#2 mine until dawn

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Ela está armada com uma nova atitude e um guardaroupa de matar ... Por vinte e oito anos, a historiadora de arte Jade Fitzgerald teve um casamento do inferno e um divórcio igualmente desagradável, trabalhou duro para controlar seu peso e sua arritmia. A última coisa que ela precisa é de outro homem para mexer com sua cabeça ou atrapalhar seu batimento cardíaco. Isso é exatamente o que ela consegue quando um estranho misterioso entra em sua vida. Ele é cínico e não aceita merda de ninguém... O ex-repórter investigativo Vince Knight está em uma missão para recuperar um antigo artefato maia de valor inestimável, que ele acredita que a mãe de Jade roubou. Ele é hábil em reunir informações mantendo-se emocionalmente desligado, até que ele conhece Jade. A mulher voluptuosa desperta nele uma fome que ele não sentia há muito tempo e um protecionismo que ele não consegue explicar. Até que um homem insano decide adicionar Jade à sua coleção de coisas belas e raras... Nem Vince nem Jade esperam a paixão que incendeia tão rápido ou o perigo iminente. Para derrotar um colecionador de arte implacável com um plano insano, Jade e Vince devem aprender a confiar um no outro e abraçar seus sentimentos crescentes.


CAPÍTULO 1 Um sussurro de um tecido, e um formigamento repentino subiu a espinha de Jade. Lentamente, ela virou-se para a porta. Ela não queria olhar, mas... Bom Deus! Um homem encheu o batente da porta, mas seus olhos, de aço cinza, feroz, uma reminiscência de uma pantera à espreita, chamou toda a sua atenção. Ela exalou, arrastou seu olhar para longe dele e deu à sua grande estrutura um pouco mais de atenção. Peito largo, ombros largos, camisa polo preta sob uma jaqueta de couro e de jeans pretos bem-vestidos - um corpo construído para o pecado. — Eu acredito que nós temos um compromisso, Professora Fitzgerald. — As palavras rolaram de seus lábios esculpidos e uma covinha piscou para ela a partir de uma bochecha magra antes de desaparecer. Bom. O olhar de Jade conectou com os seus olhos estreitados e ela percebeu que ele estava esperando por uma resposta. — Vince Knight, certo? — Ela corou quando suas sobrancelhas se ergueram. Claro, ele era Vince Knight. Ela ouviu sua voz várias vezes hoje e ontem. Sua voz pecaminosa e sexy, sozinha, profunda e rouca, era inesquecível. Isso trouxe à sua mente lençóis de seda, membros entrelaçados e corpos suados. — Entre, por favor. — Ela saiu do canto de sua mesa de trabalho, onde apoiava o bumbum. Tire sua mente fora da sarjeta, enquanto faz isso. Ela indicou a cadeira em frente à dela. — Sente-se.


— Obrigado. Ok, então ele tinha um e oitenta de altura além do material masculino de pôster e ela não tinha feito sexo em... um ano? Não, um ano e meio, se ela contar os seis meses que ela aguentou as desculpas mentirosas do marido, agora seu ex, se dizendo ocupado, cuidando das necessidades de sua secretária, e não dela. Ainda assim, isso não era desculpa para babar. Apesar de sua conversa estimulante, seu olhar ficou em cima dele quando ele entrou em seu escritório, superando-a por sua simples presença. Ele exalava poder bruto, tão avassalador que Jade decidiu colocar alguma distância entre eles. Infelizmente, ele escolheu esse momento para dirigir seu olhar de aço em cima dela, estilo Boêmio, saia camponesa enrugada verde e branca. Jade se encolheu. Realmente ela encontrou um cara lindo quando não estava no seu melhor. Ela deveria ter usado um de seus ternos novos e alguns saltos, e não a sua saia campestre atrapalhada e murcha. Ainda assim, a temperatura subiu e seu coração pegou ritmo. Ela tornouse consciente de sua estatura pequena, o que era ridículo. Com um metro e cinquenta e sete, cheia de curvas e com partes de seu corpo que se recusam a ser atenuadas, ela não era minúscula. Quando seu olhar se deteve na pele nua visível acima do decote de sua camisa preta, o queixo de Jade disparou. Controle-se antes de enviar o seu coração para uma ultrapassagem e ter um ataque de arritmia. Sua mente e corpo guerrearam. Sua mente, como sempre, ganhou. Jade respirou fundo, segurou e exalou lentamente. Ela caminhou para atrás da mesa, sentou-se e cruzou as pernas. O galã lindo permaneceu de pé, seu olhar fixo sobre ela como um míssil em busca de calor. O que ele estava esperando, e por que ele não podia parar de olhar? — Você, uh, tem um problema com sentar-se ou é com a cadeira? — Seu olhar se desviou para seu relógio de mesa, em seguida, de volta para ele. Ela sorriu para suavizar suas próximas palavras. — Você tem cinco minutos, então


eu tenho que sair. Há uma sala cheia de estudantes de história da arte me esperando no corredor. A sugestão de um sorriso brilhou em seus olhos quando ele puxou a cadeira e se sentou. — Você não mudou nem um pouco, Jade Fitzgerald. Jade franziu o cenho. — Já nos conhecemos antes? — Sim, já. — disse ele, sua voz neutra. Jade inclinou a cabeça e contemplou suas feições. Sobrancelhas arqueadas arrogantes, nariz e maçãs do rosto esculpidas e ousadas criando um rosto tão cheio de determinação que era hipnótico. Seu cabelo preto estava cortado, como se para domá-lo, mas o estilo não escondeu as ondas desafiadoras na base de seu pescoço. Seus olhos e as covinhas que suavizavam o rosto austero lhe eram familiares. Uma memória fugaz brincava com ela, e depois desapareceu. — Foi em um das peças da minha mãe? — ela perguntou. — Não. Nós estudamos na mesma escola. Seu pior pesadelo. — Isso foi há muito tempo. — Seu tom saiu frio. Vince concordou. — Eu sei. Eu estiva lá por um curto período, então eu tenho certeza que não deixei uma impressão duradoura. A memória fez cócegas na sua mente novamente. Ela lutou para segurála enquanto o estudava. Seu rosto e intensidade lembrava... quem? — Tenho certeza de que não é o caso. Eu apenas sou terrível com rostos. — Mesmo enquanto falava, pegou uma imagem. Ele não poderia ser Vinny? O boato então era de que ele veio direto da detenção juvenil para sua escola. Depois que ele desapareceu, todo mundo achou que ele foi direto de volta para a detenção. Sua atitude de durão fez dele um ímã para as meninas. Três meses foi tudo o que ele passou em sua escola, e ele esteve com metade da equipe de


torcida. Poderia ter sido um boato, mas o rebelde tinha feito cada menino da escola tomado pelos hormônios querer imitá-lo. Como ela poderia tê-lo esquecido? E como ele poderia se lembrar dela? Seus caminhos haviam colidido em seu primeiro dia na escola, um momento humilhante que ela tentou apagar de seu rolo mental. Pior ainda, ela nunca parou de tecer fantasias sobre ele, invejando as garotas que ele supostamente seduziu no banco de trás de seu Trans Am preto. Calor se espalhou até o pescoço de Jade. Ela tentou cobri-lo com um sorriso. — Eu me lembro de você agora, Vince. Você era outra coisa no colégio. O que aconteceu? Você apenas desapareceu depois de alguns meses. Vince deu de ombros. — Eu precisava de uma mudança. Que mudança. O jovem rebelde era agora um homem com músculos ondulando, um rosto de ângulos agudos e planos. Seu velho sorriso arrogante, insinuando segredos sombrios, estava ausente, mas seus olhos ainda tinham o poder de puxar um coração e perfurar uma alma. — Então, o que eu posso fazer por você? — Perguntou Jade, descruzando as pernas e inclinando-se para frente. Vince deslocou-se mais perto também. — Eu estou precisando de alguma informação. — Oh. — O estudou, mas o homem tinha uma cara de pau. — Por quê? — Quem. — ele corrigiu. — Estelle Fitzgerald. Jade ficou tensa. — Minha mãe? Ela é a breve consulta que você mencionou na sua mensagem? — Sim. Eu venho tentando localizá-la. Deixei inúmeras mensagens de correio de voz, mas ela não retornou nenhuma delas. Eu estava esperando que você me ajudasse.


Jade abriu a boca para responder, mas mordeu a língua. — Sobre o que é isso? — Nada de grave. — disse ele. Seu estômago caiu, o mesmo sentimento de naufrágio no estômago que ela teve na primeira e na segunda vez que alguém perguntou o paradeiro de sua mãe. — Por que você iria me procurar, se não fosse sério? Sua sobrancelha se elevou em um tom de aço-sobre-veludo. — Eu preciso de sua entrada em uma coisa. Você pode me dizer onde ela está e como eu posso entrar em contato com ela? — Sinto muito, eu não posso. — Por que não? — Seus olhos se estreitaram. Aqueles olhos e expressão impiedosamente controlada pertenciam a uma espécie perigosa de homem, um homem imprevisível. Ela não era imprevisível. — Porque você é a terceira pessoa a perguntar sobre ela nas últimas duas semanas. — Quem eram os outros dois? O que eles queriam? — Vince mudou o calcanhar e suas mãos vieram descansar em sua mesa. — Por que você quer saber? — Ela atirou de volta, lutando contra o desejo de se inclinar para trás. — Eu posso apenas ser sua filha, mas eu estou cansada de todo mundo ser vago sobre o porquê querem vê-la. — Olha aqui, Jade— Não, olhe aqui você. — Ela se inclinou para frente. — Eu não vou dizer nada a não ser que você jogue limpo comigo. E quanto mais você encobrir, mais eu serei convencida de que tenho todo o direito de saber o que está acontecendo. — Ele olhou com raiva para ela e uma lasca de apreensão atirou-se à sua espinha. O homem era intimidante quando irritado, mas ela não estaria recuando.


Ela levantou a sobrancelha. — Então. Por que você está procurando a minha mãe? Ele atirou ao grande relógio esportivo em seu pulso um olhar impaciente. — Você não tem tempo para uma longa explicação. — Faça-a breve. Tenho certeza de que posso obter a essência de— Desculpe-me, Professora J. — uma voz interrompeu. Jade sufocou um gemido e olhou para a porta, onde um jovem estava de pé. Shaun Holton, seu aluno de pós-graduação. — Sim, Shaun? — Desculpe interromper, mas os alunos estão ficando inquietos. Você quer que eu cancele a aula? Ela precisava saber porque Vince queria ver sua mãe, especialmente desde que o comportamento de sua mãe antes de sair para sua viagem tinha sido tão peculiar. — Não. Só um segundo. — Ela levantou-se e deu a Shaun as notas de revisão fotocopiadas. — Distribua estes em sala de aula para mim. Deixe-os saber que eu estou no meu caminho. — Quando o estudante de graduação saiu, Jade virou-se para encontrar Vince de pé. O homem nunca sorri? Ele não dizia muito e utilizava movimentos de modo econômico, mas tinha uma presença que era tangível. — Eu realmente preciso saber o que está acontecendo. Vince a estudou por alguns segundos, como se ponderando suas opções, antes de concordar. — Um artefato importante está faltando e sua mãe pode saber algo sobre isso. — O que você quer dizer com 'pode saber algo sobre isso?' — Pode estar em sua posse. Ele poderia ser mais vago? — Minha mãe é uma ávida colecionadora de antiguidades. Se ela tem isso, foi dado a ela. — Não quando o proprietário relatou que falta.


Jade piscou em confusão, então seu queixo caiu quando a implicação afundou dentro de sua mente. — Se você está insinuando que a minha mãe tomou, — um risinho sarcástico escapou dela, — então você está enganado. — Eu não cometo erros. Seus olhos se arregalaram. — Isso é tão arrogante. — Só constatando um fato. Sobre sua mãe— Devagar, Vince. Você sabe quem é minha mãe? — Isso saiu pomposo e ela nunca foi de ostentar a riqueza ou conexões de sua família, mas algo sobre a atitude de Vince lhe pareceu da maneira errada. — Você sabe alguma coisa sobre a minha família? — Na verdade, eu sei. — Mas eu não estou impressionado, sua voz parecia dizer. — Então é melhor você obter a verdade dos fatos, porque os nossos advogados vão arrastá-lo ao tribunal e processá-lo por calúnia tão rápido que você desejaria que nunca tivesse andado por aquela porta. Acusando a minha mãe de roubar? — Um riso escapou. — Por favor, saia. — Ela pegou seu laptop e notas. — Eu não fiz qualquer acusação... Ainda. — A cabeça de Jade se ergueu por sua voz calma. Ele não se moveu uma polegada e algo quente brilhou em seus olhos. — E quem disse que elas não tinham fundamento? Com os olhos apertados, Jade agarrou seu laptop sobre o peito e começou a dar a volta na mesa. Ela queria jogá-lo fora. Depois de alguns passos, ela parou, seu coração batendo, sua respiração rápida. A atitude de cara durão de Vince Knight podia ser irritante, mas o homem era muito grande e duro e pesado para ser atirado em qualquer lugar. — Eu quero que você saia. — disse ela com firmeza. — Eu não posso. Não sem conseguir o que eu vim saber.


— Se você não sair do meu escritório em cinco segundos, eu vou chamar a segurança do campus. — Acrescentou ela, estreitando os olhos. Eles levariam pelo menos cinco minutos para chegar aqui, se tivesse sorte. Saber como impotente ela estava só adicionou à sua ira. — E se eu fosse você, eu iria ver o que eu digo e quem— Mas você não está comigo, está, professora? — Vince interrompeu, incomodado como ele deixou-a chegar até ele. Não foi o que ela disse sobre sua família e os advogados ou a segurança do campus que o irritou. Foi ela. Tudo sobre Jade Fitzgerald era projetada para chocar o sistema de um homem. Sua voz, baixa e rouca, tinha o poder de fazer o seu cabelo espetar e seu intestino apertar. Seu perfume mulher-fatal, sutil, mas sensual, era uma mistura de algo exótico e florido. Toda vez que ele inalava, perfurava através de suas defesas com a precisão de um atirador de elite. Ele lhe lançou um olhar e capturou seus olhos ardentes. Ele pensou que tinha toda a situação coberta. Encontrar Jade, obter as informações sobre sua mãe e partir. Afirmar que sua mãe tinha o artefato que faltava foi um erro estúpido. Em sua linha de negócio ele não podia permitir erros estúpidos. Não, isso não estava certo. Ele não podia permiti-los quando costumava ser um jornalista investigativo. Sem mais entrevistas com ditadores pomposos, perambulando em buracos infernais devastados pela guerra ou perseguindo traficantes. Ele bateu à porta da vida, ou assim ele pensava. Um telefonema de sua tia e um pedido de ajuda mudou tudo isso. Ela, o único parente de sangue que sempre se preocupou com o que aconteceu com ele, então ele largou tudo e tomou o primeiro voo de Seattle para Los Angeles. Lidar com Jade Fitzgerald não fazia parte do plano. Era uma distração que não precisava. Mas ele sabia o que fazer. Lidar com isso. Não se envolver. Seguir em frente. — O que é que vai ser, Vince? — Perguntou Jade, interrompendo seus pensamentos, desafiando-o com os olhos piscando.


Necessitando mantê-la em seu escritório até que ele conseguisse o que queria, ele não tinha escolha a não ser render-se. Apertando os dentes, Vince saiu de seu escritório e voltou-se para observá-la. Seu sedutor quadril balançante marchou enviando calor diretamente para sua virilha. Ele desviou o olhar para longe de seu corpo. — Eu não vou a lugar nenhum sem saber o paradeiro de sua mãe, Jade. — Sério? — Ela jogou o abundante cabelo mogno e lançou-lhe um olhar de desdém. — Como é que você se propõe a obter essa informação? O que você é afinal? Um policial? Investigador Particular? — Sem esperar por uma resposta, ela virou-se de costas para ele e trancou a porta de seu escritório. Quando ela começou a descer o corredor, ele andou ao lado dela. Irritou que ela o tinha desafiado. Surpreendeu-o como ela o ignorou com tanta facilidade também. As mulheres nunca o ignoraram. Ele deslizou um olhar na calçada em seu caminho. Seus olhos castanhos estavam fixos à frente, os lábios exuberantes e inseridos num beicinho intransigente, nariz empinado e queixo determinado preso no ar. As mudanças nela eram surpreendentes. O peso extra que ela tivera na escola, tinha apenas se deslocado nos lugares certos. Agora, os quadris generosos e traseiro arredondado, cintura fina e seios bem dimensionados exigiam a atenção de um homem. Sua pele cremosa ainda brilhava com vitalidade e convidava a um toque. Infelizmente, eles não estavam mais na escola e esta mulher sexy e distante não era a garota que ele sentia que tinha algo em comum com ele. Não que isso lhe fez nenhum bem. Depois de seu primeiro encontro, ela fez questão de ficar fora do seu caminho e esnobá-lo nas poucas vezes que seus caminhos se cruzaram. Isso lhe incomodava, um feito incrível para um garoto já transportando um balde carregado de dor. Não importava que os Fitzgerald praticamente corriam a escola - o capitão do time de basquete, chefe de torcida, os membros do conselho estudantil, jornal da escola. Eles eram muitos,


excessivos empreendedores, mas algo sobre Jade tinha se destacado, chamado por ele. Vince enfiou as mãos nos bolsos da calça atrás e repreendeu a si mesmo por se desviar de sua pauta. — Nós precisamos conversar. — A frustração fez sua voz áspera. Jade não respondeu. Ele respirou rápido de irritação e o cheiro de qualquer outra coisa que ela passou em seu corpo delicioso bateu seus pulmões, fazendo-o engolir com dificuldade. — Eu ainda vou estar aqui depois que sua aula terminar. — acrescentou. — Você vai estar perdendo seu tempo. Eu tenho uma agenda lotada. — Então me encontre hoje à noite. — ele se ouviu dizer. Ela parou de andar e virou-se para encará-lo. — Não temos nada a discutir, Vince. A pessoa com quem você precisa falar é a minha mãe. Você precisa olhá-la nos olhos e dizer-lhe o que você acabou de me dizer. Eu vou chamar sua assistente em Fitz-Valdes para encontrar uma abertura para você assim que ela voltar. — Ela virou-se e levantou a mão para empurrar a porta aberta. Antes que ele pudesse questionar sua intenção, Vince mudou e bateu com a mão no batente da porta, bloqueando sua entrada. — Desculpe-me? — Ela retrucou, o olhar voando em seu rosto. Seu olhar escaldante poderia ter intimidado um homem menor, mas depois de sua educação e de viver nas trincheiras em países devastados pela guerra para cobrir histórias, ele poderia lidar com qualquer coisa que ela enviasse no seu caminho. Ele olhou de volta. Quatro segundos depois, ele deixou cair o braço e recuou. Ele estava em apuros. Suas defesas estavam tomadas quando ele veio para ela. Ela se mexeu, como se quisesse entrar na sala. Ele chegou a uma decisão. — O que você acha de começar de novo? Sou Vince Knight.


— Eu não tenho tempo para— Eu não sou um policial ou um detetive particular. Mas eu tive uma carreira como jornalista investigativo, fiz uma temporada como um IP1, mas não gostei, e agora eu escrevo ficção. Eu estou fazendo um favor a um membro da família em encontrar uma estátua desaparecida. Eu acredito que você pode me ajudar. Por favor, jante comigo para que possamos discutir os detalhes. Ela soltou um suspiro. — Eu não acho que é uma boa ideia. — Eu acho que é a coisa certa a fazer. Vou explicar o que aconteceu e você pode decidir se você ainda quer me processar por difamação. — Sua tentativa de humor falhou quando os lábios apertaram e vincos franziram a testa lisa. Frustração enrolou suas entranhas. — Eu sinto muito, Vince. Eu já tenho planos para o jantar. Ele deu à sua estrutura curvilínea uma rápida olhada uma vez mais. Sim, ela provavelmente tinha os solteiros mais cobiçados de Los Angeles batendo na porta. — Que tal um drinque antes do jantar? Jade abriu a boca para falar, mas ele não lhe deu uma chance. — Eu vou ficar no Palace, West Hollywood. Há um restaurante no primeiro andar. Vamos nos encontrar lá às seis horas. Apenas alguns minutos do seu tempo. Trinta minutos no máximo. — Eu vou pensar sobre isso. Não é o que ele esperava, mas era melhor do que nada. Ele enfiou a mão no bolso de trás de um cartão de visita e, na pressa, deixou cair sua carteira. Vários preservativos caíram do suporte de couro preto e deslizou pelo chão cimentado. Um caiu perto de seus pés. Apenas para sua sorte. Ele debateu entre escavar seus itens pessoais ou dar-lhe o seu cartão. Ele agarrou-se à sua dignidade, segurou o cartão e

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Investigador particular


empurrou-o para ela. Quando os cantos de sua boca transformaram-se com diversão, calor se arrastou até o pescoço. — Se você não puder fazê-lo, ligue para mim. — explicou. — Como eu disse, eu vou pensar sobre isso... Vinny. — Ela aceitou o cartão, empurrou a porta com o ombro e desapareceu dentro da sala de aula. Vince esperou até que a porta se fechou atrás dela, antes que ele pegasse seus pertences. Usar o apelido do ensino médio era um sinal certo de que ela ainda pensava que ele era o muito-sexuado adolescente rebelde que tinha aterrorizado seus anos passados de colégio. Seus dias de rebelde-sem-causa foram para muito longe. Então, tinha esperança de que ela iria ligar para ele. Carrancudo, Vince deixou o prédio e dirigiu-se para seu carro alugado. Ele queria que esta investigação acabasse, assim ele poderia ir para casa. A insistência de sua tia que o roubo deve ser mantido em segredo da polícia e do FBI não fazia sentido. Mas ele a conhecia bem o suficiente para ter suas suspeitas - ela estava protegendo seu irmão mais novo, seu pai. Dor surpreendeu Vince, fazendo-o apertar sua mão. O pensamento de que ele poderia estar ajudando o pai o remoeu. Ele não deve nada ao velho depois do que ele fez. Sem amor. Sem lealdade. Nenhuma obrigação. Dada uma escolha, ele não gastaria um segundo pensamento sobre o bastardo. Infelizmente, esta investigação ia agitar as coisas, levando-o de volta há 16 anos atrás, uma vez que ele preferia esquecer. Sufocando uma maldição, ele pegou seu celular e discou um número. — Tia Della? — Disse ele, quando trouxe o telefone ao ouvido. — Que tipo de relação o juiz tem com Estelle Fitzgerald?

***


— Se alguém tiver alguma dúvida antes do exame da próxima semana, vocês conhecem os meus horários de expediente. — disse Jade e sorriu para os alunos. — Eu vou sair na sexta-feira, portanto, quaisquer consultas de última hora terão que ser feitas eletronicamente ou tratadas por Shaun Holton. — Um murmúrio cumprimentou as suas palavras, mas ninguém ofereceu um comentário. — Boa sorte com a final. Ela dispensou a classe, esperou os alunos saírem do auditório antes de pegar seu laptop e se dirigir para seu escritório. Quando a porta de seu escritório apareceu, ela suspirou de alívio. Ele se foi. Apesar de que ela esperava que Vince Knight ainda ficasse à toa irritando-a. O homem acusou a sua mãe de roubo. De todas as coisas mais loucas que ela tinha ouvido, essa superou. Se não fosse tão irritante, ela teria achado engraçado. Ela entrou em seu escritório, caiu em sua cadeira e jogou o cartão sobre a mesa. Por um momento, ela encarou-o como se o ato pudesse fazê-lo desaparecer. Apagar as palavras de sua cabeça. Como ela estava ansiosa para o dia de hoje - sua última aula do semestre. Mais alguns dias para o início das suas merecidas férias de duas semanas. Isso foi antes do Sr. Eu-não-cometo-erros-Knight e suas acusações. — Muito obrigada, amigo. Ela fez uma careta, repassando a conversa em sua cabeça. Na verdade, Vince não veio sem rodeios e acusou sua mãe de roubar. Ela, por seu humor mal-intencionado, pulou a essa conclusão tão logo ele mencionou sua mãe e o artefato desaparecido no mesmo fôlego. Tudo porque ele disse que ela não tinha mudado desde o colegial. Colegial. Depois de pular dois graus, ela era muito mais jovem do que a maioria de seus colegas de classe e muito tímida e inibida, exceto com sua família. Para cobrir isso, ela tinha estado com medicamentos para controlar sua arritmia, que tinham sugado a sua energia e a deixou apática. Como seria de


esperar, muitas horas gastas com o nariz enterrado em livros e menos nos esportes levaram às gordurinhas. — Só gordurinha infantil, meu amor. — sua mãe diria. Sim, certo. Entre sua infância protegida e sua doença, não deixou uma maravilhosa impressão em ninguém, muito menos em Vince Knight. Então, o que ele quis dizer com ela não ter mudado? Ela pode não ser magra, mas ela não era gorda, tampouco. Seu louco coração ainda tinha um batimento cardíaco prematuro ocasional, atirando um impulso elétrico através de um giro repetido e chutando seu coração a duzentos batimentos por minuto, mas ela conseguiu. Ela também trabalhou duro o ano passado a se redescobrindo, graças ao manual best-seller 'Sra. MM Evan, Obtenha Alguma Atitude Impulsiva'. Mesmo o ex-marido manipulador teria dificuldade em conciliar a nova, autoconfiante, e carregada Jade da que ele tinha controlado. Quanto ao colegial, o ridículo que ela sofria quando seus irmãos e primos não estavam por perto para protegê-la das piadas 'porcas' brilhou em sua cabeça. Seu primeiro encontro com Vince seguiu. Um rapaz popular foi convidála para o baile - o baile da primavera era grande em sua escola. Mal sabia ela que era uma brincadeira. Vince estava andando no momento da humilhação e a pegou chorando enquanto um bando de crianças riam dela. Jade colocou seu laptop em sua mochila, testou as tiras e puxou o zíper com mais força do que o necessário. Então ela balançou sobre os calcanhares e suspirou. Tinham sido 16 anos, Jade. Supere. Mais fácil dizer do que fazer. Não importa o quanto tentasse, aquela garota insegura ressurgia para insultá-la cada vez que alguém mencionasse conhecê-la na escola. Ela puxou sua cópia de 'Obtenha Alguma Atitude Impulsiva' de sua gaveta da mesa e colocou-o na bolsa. Então ela ergueu o case


do laptop em seu ombro, pegou a alça da bolsa e pegou as chaves. Antes dela ir para porta, fez uma pausa para olhar o cartão de Vince. Desencadear sua cadela interna sobre ele porque ele mencionou o colegial era juvenil. Sua mãe deve ser a sua principal preocupação agora. Mesmo antes de Vince entrar em seu escritório, sua mãe tinha estado em sua mente. O comportamento de Estelle Valdes-Fitzgerald antes dela sair no cruzeiro não era normal - a expressão de ansiedade, recusando-se a se entreter ou sair, o que dizia algo sobre alguém que prosperou em funções sociais. Jade assumiu que era a fadiga cobrando um preço sobre ela, mas agora... Ela e sua mãe precisavam conversar primeiro. Vamos deixar Vince Knight esfriar seus calcanhares por enquanto.

*** Jade agarrou a borda da mesa e encarou o telefone. Durante três dias, ela ligou para a mãe só para ser direcionada para seu correio de voz. Mesmo suas mensagens de texto não foram respondidas. Seus irmãos e primos não tinham ouvido falar dela, também. Jade respirou fundo e abriu a gaveta do meio da mesa. O cartão de Vince sentado ali, zombando dela. Ela odiava dar crédito à alegação de um homem arrogante. Sua mãe era incapaz de roubar. Ela não precisa disso. Por outro lado, ela pesquisou no Google o nome de Vince Knight há dois dias e viu seu impressionante currículo. O homem não era presunçoso. Como um renomado repórter, Vince cobriu histórias no tempo da guerra para algum jornal em Seattle e até ganhou um Pulitzer por um de seus trabalhos. Sua mudança para a ficção lhe rendeu elogios literários e muitos seguidores. Apesar de thrillers militares e de espionagem não ser sua coisa, Jade tinha até escolhido um de seus livros de sua livraria favorita para sua leitura de férias.


Será que Vince Knight era meticuloso e implacável quando ele perseguia alguém? Não fez certo sobre sua mãe e sua estátua desaparecida. Jade pegou seu cartão e fechou a gaveta. Ela queria ouvir o que o homem tinha a dizer. Isso era tudo. Ela pôs no ombro sua bolsa e saiu do escritório, em seguida, discou o número dele. — Vince Knight. — Ele respondeu depois de um toque. Oh, aquela voz. Deveria haver uma lei contra isso. — É Jade. Eu posso encontrar com você esta noite. Não mais do que 30 minutos. — Bom. Seis horas está ok? — Cinco. — Ouviu-o sufocar uma maldição. — Isso vai ser um problema? — Não há problema em tudo. Eu estarei lá. Ela tinha a sensação de que se ela lhe dissesse para encontrá-la neste instante, nem leis da natureza poderiam impedi-lo de fazê-lo. — Prometa-me uma coisa, Vince. — O que é? — Sua voz era fria. — Vamos ficar com os fatos sobre isso, ok? — Como assim? — Eu não quero ouvir as conclusões com base em sua intuição como um jornalista ou o que você espera para verificar. Eu preciso ver uma clara evidência que confirme as suas alegações, caso contrário, não há nenhum ponto em ter esta reunião. — Houve um silêncio, embora ela soubesse que ele ainda estava na linha. — Vince? — Entendi. — Havia um tom de raiva na voz. — Vejo você às cinco. — Ele desligou.


Jade franziu os lábios. Então ele estava incomodado. Grande coisa. O que ele esperava que ela fizesse? Aceitasse suas palavras como a verdade, porque ele disse isso? Estava dentro de seu direito verificar a sua pretensão antes de falar com ele. Por que então ela se sentiu como se tivesse saltado de um avião sem paraquedas? Por favor, mamãe. Me ligue de volta. Antes das cinco horas.

Jade entrou dentro de seu carro e colocou as malas no banco do passageiro da frente. Toda essa preocupação teria sido desnecessária se ela tivesse forçado sua mãe para obter respostas em vez de aceitar a explicação sobre a fadiga. As palavras de Vince não paravam de tocar em sua cabeça, enchendoa de coisas que ela nunca teria pensado há uma semana. Sua mãe, pilar da sociedade, uma ladra? Ridículo. Em vez de ligar o carro, ela agarrou o volante e fez uma careta. Sufocar o volante coberto de couro não ia aliviar suas preocupações. Ela respirou fundo e chegou à uma decisão. Esquecer sobre os 30 minutos que ela tinha prometido a Vince. Ela estaria aderindo a seu lado até que ela conhecesse todos os mínimos detalhes de sua investigação.


CAPÍTULO 2 Jade parou seu carro em um estacionamento vazio do lado de fora do Palace e desligou o motor. Um gemido escapou quando ela teve um vislumbre da hora. Três minutos de atraso e contando. Isso foi o que ela teve por tomar um pouco de tempo extra para adornar seu corpo e pintar-se como uma gueixa. Presumido que ela tinha uma festa para ir após a sua reunião. Ainda assim, fazer Vince Knight engasgar com suas palavras seria um bônus. Eu não mudei... Minha bunda. Ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha e estudou o rosto no espelho retrovisor. A maquiagem e cabelo preso alto com algumas mechas emoldurando seu rosto não podiam ser rotulados como um exagero. Ela inclinou o espelho para verificar o vale sedutor criado pelo corpete preto que usava correspondendo com o vestido tubinho. Agora a visão poderia ser classificada como uma exibição olhe-e-babe. Jade pegou sua bolsa preta e o transparente xale, em seguida saiu de seu carro e trancou-o. Ela alisou o vestido de seda para baixo sobre seus quadris. Uma risada escapou. Seu traseiro tinha sua própria agenda e continuou a resistir a todas as tentativas de emagrecê-lo, mas ela estava aprendendo a viver com isso. Jade deu vários passos, olhou para baixo e fez uma careta. Seis polegadas de puro inferno. Ela era louca por sapatos bonitos, mas o olhar no rosto de Vince quando a visse neles valeria a pena.


Dois homens saíam do hotel quando ela se aproximou da entrada e congelaram ao vê-la, os olhos arregalados de apreciação. Uma prolongada 'maldição' trouxe um sorriso rápido para os lábios. Isso era todo o incentivo que precisava para trabalhar o vestido cintura alta preto com bainha assimétrica. Seus sentidos zumbiam com antecipação quando ela deslizou através das portas do hotel. Jade deu ao hall de entrada ocupado um olhar arrebatador. Quando o olhar fixou em Vince, seu coração começou a embaralhar, frágil, e seu estômago pendeu. Isso era ruim. Ela não estava perto de cheirar o homem e seu corpo já estava traindo-a. Mesmo em jeans simples e uma camiseta, ele se destacava. Ela estudou seu corpo alto, construído, quando ele se inclinou contra a recepção. Sua pele bronzeada contrastava com sua camiseta branca de uma forma atraente, seus dentes brilhantes enquanto falava com um dos gerentes. Não era justo. Ele não era mesmo seu tipo. Ela evitava os tipos silenciosos, pensativos, emocionalmente indisponíveis, como a peste. Eles eram muito difíceis de entender e complicados. Por outro lado, o que aconteceu quando um homem extrovertido havia chegado nela? Um casamento ruim e dúvidas sobre sua sensualidade. Como se sentisse o olhar dela, Vince virou-se. Ela parou de respirar, uma coisa estúpida de se fazer. Ele deu-lhe uma avaliação lenta, seu olhar persistente em seu peito antes de colidir com o dela. A expressão em seu rosto? Indiferente. Nem um pouco impressionado. O ar deixou seus pulmões em uma corrida instável. Ela torceu os lábios no que ela esperava se assemelhasse a um sorriso quando começou a atravessar a sala. Todo o tempo gasto colocando sua pintura de guerra foi desperdiçado. Como ele podia manter essa sobriedade de pedra fria o tempo todo? Vince tinha que ser feito de gelo, se servisse sua arrumação ter falhado em tentar obter que ele ficasse um pouco deslocado.


Talvez fosse esse o problema. Seu controle rígido e indiferença a fazia querer fazer ou dizer algo para sacudir sua jaula. Sua falta de interesse por ela era um desafio definitivo. Talvez houvesse alguma verdade na atração do inatingível. Vince Knight, sem tentar, a fascinava. Vince se aproximou com o tranco predatório como as quatro patas de um gato selvagem, e enviou uma lufada de antecipação através dela. Sentindo-se um pouco tonta, Jade esperava que ela não vacilasse em seus altos stilettos. — Desculpe, estou atrasada. — Disse ela, odiando a falta de ar em sua voz. — Não tem problema. Você está aqui agora. — Ele deu-lhe um outro frio olhar de cima a baixo sem fazer um comentário e levantou uma mochila que ela não percebeu que ele estava carregando. — Eu preciso te mostrar uma coisa. Seu olhar se moveu da bolsa para seu rosto. — O que é isso? — Vamos encontrar um lugar para sentarmos primeiro. — Seu olhar escuro varreu o hall de entrada como se catalogasse rostos. Ela não tinha certeza se era cuidado ou paranoia. Ela arrastou seu olhar. — Está tudo bem? — Não. A maneira calma com que ele disse lhe enviou um arrepio na espinha. Ela abriu a boca para perguntar o que estava errado, reconsiderou e fechou-a. É melhor ela começar este encontro logo e sair. Jade lhe permitiu tomar-lhe o braço e direcioná-la para o restaurante Feng Shui e lobby. Sua mão fez estragos com seus sentidos. Ela sentiu o calor por todo o caminho até os ossos. Um grupo de mulheres vindo em direção à eles a levou para mais perto dele até que apenas alguns centímetros os separaram. O calor de seu corpo penetrou em sua pele, fazendo-a tremer. Seu perfume, musk e hortelã, bateu nela. Sua mente ficou nebulosa.


— Você mora aqui em LA? — Ela perguntou, se impedindo de fazer algo estúpido como enterrar o nariz no oco de seu pescoço. — Não, Orcas Island. Eu só estou aqui para encontrar a estátua, então eu estou indo de volta. Ele estava tão certo de que ele iria encontrá-lo. Essa confiança era assustadora, e ela tinha que admitir, um tesão. Passaram um cartaz com 'ISWSSociedade internacional de cientistas mulheres' impresso nele. — Há quanto tempo você está na cidade? — Cinco dias. Por quê? — Apenas querendo saber. — Mantenha-o falando. Talvez então ela desligue a torneira do anseio sexual cru que esgueirava-se sobre ela. — Com quem você tem falado? Onde é que você olhou? Artefatos roubados são movidos tão rápido que... A voz dela sumiu quando ele parou. Ele olhou para ela e ela piscou. Os olhos penetrantes do homem pareciam ver através de seus adornos exteriores e em linha reta para a verdadeira ela - uma mulher reconstruindo sua vida após um casamento humilhante. Ela engoliu em seco e sacou uma irritação. — O quê? — Podemos sentar-nos primeiro antes de começar a me questionar? — Nós só temos 30 minutos, lembra? — Não que ela tivesse qualquer intenção de sair até que todas as perguntas fossem respondidas. Seu olhar deslizou por seu rosto e caiu para os seios. — Muita coisa pode ser feita em 30 minutos. Calor se arrastou até o pescoço dela, ardendo suas bochechas e orelhas. O canalha podre. Se ela fosse ousada o suficiente, ela teria lhe dado uma minuciosa leitura como à carne no mercado e permanecido em sua braguilha. Regra Número Cinco do Obtenha Alguma Atitude Impulsiva - se você não pode agir, diga.


— Especialmente quando uma pessoa sabe o que ela gosta e como ela gosta. — Ela respondeu, e seu olhar estalou de volta no dela. — Muito melhor. Eu não tinha certeza se você estava falando comigo ou com minhas meninas aqui. — Ela apontou para o peito. Nenhuma reação. Nem mesmo um lampejo de irritação ou de diversão. Ela ficou impressionada. No colegial, ele tinha sido um sedutor. Seu sorriso sozinho persuadia meninas no banco de trás de seu carro. O que aconteceu? Quem roubou o seu sorriso? Ela balançou a cabeça em sua loucura. — Vamos lá, Vince. Vamos encontrar os lugares. Eles entraram no restaurante de inspiração chinesa, com suas banquetas de couro vermelho e cadeiras de madeira corset-atadas. Mulheres de várias idades e etnias em ternos caros ocupavam a maior parte das mesas. Vince indicou uma mesa vazia na outra extremidade da sala. Conversas paravam enquanto atravessavam a sala, e não precisa ser um gênio para dizer quem estava segurando o interesse das mulheres. Como se coreografadas, as conversas retomavam logo que eles se sentaram. Jade escondeu um sorriso. É bom saber que ela não era a única que ele hipnotizava. O fascinante é que o colírio parecia alheio. — Posso pegar algo para beber? — Perguntou Vince, interrompendo seus pensamentos. — Claro. Vou querer club soda com limão, por favor. Ele sinalizou uma garçonete, pediu sua bebida, e conhaque para si mesmo. — Você poderia trazer a conta com o pedido? — A mulher acenou com a cabeça e saiu. Ele se inclinou para trás, passou o braço sobre as costas da cadeira e trancou seu olhar sobre Jade. Quando o silêncio se estendeu, ela apertou os lábios. — Você sabe que é considerado rude encarar.


Ele deu de ombros. — Só estou tentando decidir o que te fez mudar de ideia sobre me encontrar. Já se passaram três dias. — Eu tinha que verificar algumas coisas. — Você está preocupada com a sua mãe. — Ele declarou em uma voz calma, seu olhar vigilante. — Por quê? — Não, eu não estou. — Seu olhar penetrante não vacilou, fazendo-a sentir-se culpada por ter mentido. — Por que eu deveria? Ela provavelmente está bebendo margaritas e fazendo o cha-cha descalça numa praia privada. — Agora ele sabia que sua mãe estava fora da cidade. Ela lançou-lhe um olhar sinistro. — Você deveria me contar sobre sua investigação, não me interrogar. Sua sobrancelha se elevou. — Uma questão dificilmente se qualifica como um interrogatório. — Ah, é? Tente ser preso com esse... — ela agitou as mãos em direção ao seu rosto — olhar. Diga-me, pura e simples, Vince. O que, quando, por que e como? — Ela se inclinou para frente. Seu olhar se desviou para seu decote antes de conectar-se com o dela. Calor brilhava no fundo de seus olhos escuros, mantendo-a em cativeiro, então, a máscara que ele usava tão bem deslizou no lugar. Ela ainda estava tentando recuperar o fôlego quando ele falou. — Você só quer fatos, se bem me lembro. — Sua voz era fria. Como é que ele podia olhar para ela como se ela fosse o seu prato e sobremesa favorita depois de meses sem comida, mas depois mudar para seu antigo eu frio? — Não, eu mudei de ideia. Você é um repórter investigativo. Eu já ouvi sobre repórteres usando seu instinto de seguirO aparecimento da garçonete com as suas bebidas a interrompeu. Vince rabiscou seu nome e número do quarto na conta. — Ponha na minha conta. — Quanto é a minha bebida? — Jade perguntou a Vince uma vez que a mulher foi embora. Ela tirou a carteira de sua bolsa.


Seu olhar se desviou de suas mãos ao rosto. — Guarde isso. Você é minha convidada. — Não, eu não sou. Parei aqui para obter informações, quase a mesma coisa. — Ela estalou abrindo a carteira e puxou uma nota de dez dólares. Ela deslizou por cima da mesa para o copo. — Jade. — Ela olhou para cima. Sua voz era suave, mas o brilho em seus olhos indicavam irritação. — Não. Ele parecia tão intimidador que ela escorregou a nota de volta em sua carteira antes que pudesse se conter. Ela ficou com raiva de si mesma. — Você tem problemas, você sabe disso. Uma mulher pode pagar por qualquer coisa que ela queira sem um homem ficando todo mal-humorado sobre isso. — Eu não sou mal humorado. — Sim, certo. Os cantos de sua boca se curvaram e suas covinhas brilharam. O sorriso era bonito, como um raio de sol depois de um dia tempestuoso. Por que ela não percebeu que o lábio inferior era mais cheio do que o de cima? Ela balançou a cabeça e engoliu em seco. — Eu, hum, me fale sobre a sua estátua em falta. Ele acenou com a cabeça. — Cerca de duas semanas atrás, meu pai deu uma festa particular em sua casa. Em algum momento durante a noite, ele trouxe a sua coleção de antiguidades para compartilhar com seus convidados, entre eles, estava sua mãe. Uma das peças era uma estátua que tem estado na família por gerações. Ela enfiou a carteira de volta na bolsa e focou em suas palavras. Ela pensou que ela conhecia a maioria dos amigos de sua mãe, no entanto, o nome Knight não tocou um sino.


Vince tomou um gole de bebida e abaixou-a. — Logo depois, os convidados se mudaram de volta para a sala de estar. Quando meu pai voltou a colocar sua coleção afastada, ele descobriu que a estátua estava faltando. Jade levantou as sobrancelhas. — Porque a minha mãe é o seu suspeito? — Ela voltou até o escritório antes de a estátua desaparecer. — Ele tomou outro gole de sua bebida e embalou o copo, o cenho franzido entre as sobrancelhas. — Eu sei que isto pode vir como um choque para você, mas o comportamento dela toda a noite foi suspeito. — Isso você diz. Você estava lá? O desafio em sua voz era inconfundível. — Não. — Já conheceu a minha mãe? — Não, mas— Então você não pode dizer com certeza como ela agia. Quem a viu voltar no escritório? — Ela não se importa com o que o pai de Vince ou os outros convidados disseram. Sua mãe não era uma ladra. — Quem lhe contou sobre seu comportamento? — Os outros convidados. Ela anunciou a toda a sala que ela tinha perdido um bracelete de diamantes no escritório e saiu do quarto. — Uma pulseira de diamante azul? — Sim. Como você sabe? Ela encolheu os ombros. — Ele tem um prendedor defeituoso. O meu pai comprou-lhe o bracelete no ano que ele morreu e ela detesta sair com ele. Ela deveria ter consertado anos atrás, mas continua adiando. — Ela lhe lançou um olhar desafiador. — Se ela disse que tinha perdido, isso é exatamente o que aconteceu. — Não quando ninguém a viu usá-lo em primeiro lugar ou depois que ela voltou do escritório.


Ele bateu o vento fora de sua vela com essa. Jade pegou sua bebida e tomou um longo gole, enquanto ela passou seu cérebro para algo plausível de dizer. Deve haver uma explicação. — Você disse que falou com todo mundo que estava na festa. Você não acha estranho que todos estão dizendo a mesma coisa? — Ela estava agarrando em palhas, mas ela não se importava. Sua mãe era inocente. Quanto a Vince, sua cara de pau não dava seus pensamentos. — Eles estão tocando porque ela não está aqui para se defender. — Divertimento brilhou nos olhos de Vince, fazendo-a arrepiar. — Você acha isso engraçado? Ele esvaziou sua bebida e colocou o copo de lado. — Não, eu não. Acho admirável sua lealdade. Ela acenou com o comentário longe. — O que você espera que eu faça? Concorde com tudo que você diz? Ela é minha mãe, pelo amor de Deus. Eu a conheço. Roubar é algo que nunca faria. — No entanto, o seu comportamento antes que ela saiu no cruzeiro havia sido estranho, uma voz ridicularizou em sua cabeça. — Minha mãe carrega delicadas, pequenas bolsas quando ela está na cidade. Onde ela poderia ter escondido essa estátua? Como ela poderia ter saído da casa? — Por que ela sequer se preocupa em questioná-lo? Ele parecia ter feito a sua mente. — Quem estava na lista de convidados? Eu gostaria de falar com eles. Seus olhos se estreitaram. — Por quê? — Para verificar o que você me disse. — Você não confia em mim? — Não. Não quando você está convencido que minha mãe é culpada de algo que ela não fez. Claro, você poderia estar me alimentando em uma linha por tudo o que eu sei, mas... — Vince tirou uma bela estátua negra de sua mochila. — Isso é bonito. — Diga-me se você já viu isso antes.


Ela estendeu a mão para ele, assim que ele estava passando para ela. Seu dedo deslizou entre os dela e situou na base sensível entre os dois dedos. Ambos congelaram. Ela não podia dizer o que estava pensando, mas ele não se afastou também. A conexão era erótica, estimulante. Ele desencadeou uma tempestade de emoções dentro dela. Ela queria dizer algo espirituoso, mas sua mente permaneceu em branco. Quando ele se afastou e cutucou a estátua de pedra mais perto dela, Jade quebrou seu foco. A estatueta veio em seu socorro. Era inspiradora, a obra meticulosa e sem falhas. Ela reconheceu a divindade serpente emplumada imediatamente - Kukulcan, um antigo deus Maia. Ele ficava em pé como um humano, tinha o rosto de uma serpente e asas em suas costas. Suas feições eram bem esculpidas, olhos de lagarto como descrito, e detalhes caros para as roupas e joias. Um texto antigo estava escrito na base. Quando foi a última vez que ela viu um antigo artefato Maia bem preservado? Desde o ano em que ela passou nos museus de turismo em todo o mundo. A maioria das ruínas Maias foram invadidas por ladrões, os artefatos inestimáveis vendidos pela melhor oferta e colecionadores particulares. Mesmo o Museu de Belas Artes de Boston com a sua extensa coleção de relíquias antigas não poderia reivindicar tal achado. Jade passou o dedo sobre a superfície fria e estudou a estátua. Muito suave, a pátina mais espessa do que o normal. Talvez não tenha sido bem preservada. Com o tempo, ela poderia fazer análises estilísticas e históricas sobre a estatueta e um de seus colegas, físico-químico, poderia apoiar a sua conclusão com a análise química. Pena que Vince não precisava do seu parecer profissional. Jade tinha interrompido sua mãe no telefone e os Maias foram mencionados. Poderia haver uma conexão? Ela mordeu o lábio inferior para se impedir de falar o que pensava, empurrou a estátua para Vince e balançou a cabeça. — Não, eu nunca vi tal estátua antes. — disse ela.


— Mas? — Não é nada. Bela peça. Sério. — O que é? — Vince se inclinou para frente, atraindo o olhar para o rosto dele. — Bem, eu espero que não seja uma das antiguidades preciosas de seu pai. — Por quê? — É uma falsificação. Uma boa, mas ainda assim uma falsificação.

*** Em uma extensa propriedade bem guardada não muito longe do Palace, um homem ficou em uma janela, o olhar fixo em um SUV preto, uma vez que parou em seu caminho circular. Antecipação aguçou seus olhos cinzentos. Quando o motorista saiu do carro com as mãos vazias, olhou para a janela e se dirigiu para a casa, o homem exalou bruscamente e seus dedos se fecharam em punhos. Montague falhou mais uma vez. Ele tinha a esperança de recuperar a estátua antes do jantar que ele estaria oferecendo para o Ministro das Relações Exteriores de seu país. A falha o incomodava, mas ele sabia que não era culpa de Montague. Era culpa dele por ter confiado no juiz. Que o americano ainda estava vivo fazia a humilhação mais difícil de suportar. Montague estava ficando velho e mole. Este é o momento que ele vai ser substituído por um homem mais jovem. Alguém metódico, rápido e implacável. Alguém com fome, mas obediente. Um sorriso cruzou os lábios do homem. Antes do jantar, ele iria fazer a ligação.


Seu rosto se apertou quando ele afastou-se da janela e olhou para a porta. O quarto, feito em ouro com coleções inestimáveis exibidas em quadros e mesas antigas geralmente traziam conforto. Mas não esta noite. Até sua recente aquisição, um mapa do século XVIII de um grupo de ilhas do Caribe - sua casa de campo - não trazia qualquer satisfação. Um espelho dourado antigo na parede à sua esquerda refletia sua imagem - o rosto jovem, a pele bronzeada, nariz ponte alta, lábios esculpidos, os olhos cinzentos. As pessoas muitas vezes viam o que ele queria que elas vissem - um homem culto em seus quarenta e poucos anos, estatura média, elegante, educado, fácil de lidar e generoso. Em Washington DC ou LA, anfitriãs adoravam tê-lo em seus saraus. Alguns creditavam sua popularidade para sua boa aparência, outros aos seus encantos. Um sorriso de escárnio marcou seus lábios. Mulheres americanas só amavam os homens estrangeiros. Ele usava isso para sua vantagem. Ninguém sabia o fogo que ardia em sua alma, a fome roendo que assombrava seus momentos de vigília e roubava-lhe o sono. Em breve, ele teria tudo o que precisava. Em seguida, ele teria tempo para cumprir seu destino. Quando a batida discreta soou em sua porta, ele pegou uma taça de cristal, drenou o champanhe e colocou-a sobre a mesa ao lado dele. — Entre. O motorista do SUV entrou no quarto e fechou a porta. — Sir. — Teve problemas, Montague? — Perguntou o homem com apenas um traço de sotaque. — Sinto muito, senhor. Nós temos procurado nas casas de todos que estavam no jantar e ainda não pudemos encontrar a estátua. Sim, Montague tinha amolecido. Muito ruim. Ele gostava muito do homem mais velho. Ele caminhou até o espelho, ajeitando seu smoking quando se aproximou. Abotoaduras de diamante brilharam e o ouro de seu relógio refletiu a luz do sol quando ele escovou as lapelas.


— Eu não ouvi nada no noticiário. Você está sendo muito discreto. Não fez agitação suficiente. Quem tem a estátua real deve estar ciente das consequências. Ele estudou o rosto abatido de Montague através do espelho. Sentindo pena de si mesmo, ele estava? Ele desprezava falhas nas pessoas. Mas o homem mais velho havia lhe servido bem, sido fundamental para a aquisição das outras peças. Por isso, ele seria misericordioso. — Todos os convidados naquela noite eram ávidos colecionadores. Descubra onde eles armazenam a maior parte de suas peças. Expanda a pesquisa para incluir casas de seus amantes, seus pais, casa e escritório, cofres bancários. Verifique a existência de operações recentes. — Claro senhor. Imediatamente. — Montague engoliu, então limpou a garganta. — Nós temos um novo desenvolvimento. As sobrancelhas do homem dispararam até o seu olhar vigilante. — Alguém está atrás da estátua. Quem se atreveu a ir atrás de sua estátua? O juiz ficou incapacitado. Sua irmã não sabia para onde olhar. O fato de que ela não tentou entrar em contato com o FBI ou a polícia local significava que o juiz não confiou nela antes de sua ‘tentativa de suicídio’. — Quem? — A palavra ressoou na sala, fazendo Montague recuar. — Eu não sei senhor. Mas eu sei onde ele está hospedado. — Montague se apressou a acrescentar. — Ele comprou a estátua falsa de Cohen menos de uma hora atrás. Os Hudsons estão mantendo-o sob vigilância. Talvez Montague ainda fosse engenhoso. — Como ele pagou por isso? Montague hesitou. — Dinheiro. — Eu vejo. — Suas mandíbulas cerraram, ódio torcendo seu intestino. Mais atrasos. — Descubra quem ele é, pra quem ele trabalha. Eu quero saber se


ele esteve em contato com alguém ligado aos homens e mulheres da festa do juiz. Se ele souber que a estátua que ele possui é uma farsa, ele vai continuar a pesquisa. Veja-o e informe-me, mas não toque-o. — Este era dele. Excitação surgiu através dele. Ele fez uma pausa no processo de alisar seu cabelo negro bem preparado, preso na base de seu crânio com um clipe de platina. — Eu vou esperar alguma notícia amanhã à noite. Dispensado, Montague retirou-se do quarto e fechou a porta. Mais uma vez, deixado sozinho no seu covil, cercado por suas coleções de valor inestimável, o homem olhou para o seu reflexo com olhos cegos. Sim, era a hora de Montague ser aposentado. Ele estava velho, desleixado. Ele caminhou até a estante, abriu um livro de couro de aparência inócua e apertou os botões de ouro incrustados em seu centro falso. A estante se mexeu e abriu com um leve assobio, revelando uma sala secreta. Por um momento, ele parou e examinou sua coleção. Exibidas nas paredes estavam armas de artes marciais chinesas clássicas. Uma faca de dois gumes, usada para destruir um inimigo quando ele tinha apenas vinte. Ao lado, havia uma lança, ainda não quebrada como a haste de vime com ponta de ferro ou a barra de aço de dois metros ao lado. Sua mão agarrou, enquanto olhava para um sabre em sua caixa preta e dourada, o imperador de todas as armas. Talvez ele tivesse a chance de usá-la contra o seu novo adversário, o homem atrás de sua estátua. Ele balançou a cabeça e deu um passo para dentro do quarto. Uma mala grande estava sobre uma mesa solitária. Ele caminhou para ela, apertou a combinação, e a fechadura se abriu. Ele empurrou a tampa e estudou as quatro estátuas seguras no material de embalagem de espuma. Os lugares vazios dispararam raiva por ele. Seu pai possuía as outras quatro, que em breve seriam sua, e o juiz tinha a última. Respirando fundo, ele deixou seu olhar mudar. A raiva não iria resolver nada. Ele tinha um novo inimigo para cuidar. Ele tinha a opção de usar uma


arma menor, mais leve e ocultável. Um líquido indetectável letal. Quem iria suspeitar dele? Ele estava acima de qualquer suspeita. Um sentimento, quase de natureza sexual, percorreu-o quando seu olhar acariciou a variedade de armas antigas da morte. Facas Bagua de marfim, hastes de ferro, cauda de dragão... De seu mestre chinês, ele aprendeu a arte marcial do bagua. Pena que o velho morreu. Ele teria sido surpreendido com as habilidades aperfeiçoadas de seu aluno e odiaria o que ele se tornou. Ele soltou uma risada baixa com tons ameaçadores. Sim, tinha ido um tempo desde que ele foi caçar. O que ele não daria para sair das sombras, mas ele tinha um maior destino - encher os sapatos de seus antepassados, Gukumatz, herói de seu povo. Os Maias surgiriam novamente e governariam o próximo mundo com ele como seu líder. Ele pegou um telefone celular, conectou a uma caixa quadrada e pressionou vários dígitos. Era um insulto à sua sensibilidade ver modernos aparelhos para comunicação como arte no espaço com as suas armas antigas. Logo, ele não iria precisar deles. A estátua era a última chave para o enigma. Ele apertou send e levou o telefone ao ouvido. Ele foi atendido após um toque. — Faça as malas, Yannick. Você está vindo para a América.


CAPÍTULO 3 O olhar de Jade ficou em Vince enquanto ele escondeu a estátua na bolsa e fechou-a. — Você quer me dizer o que está acontecendo, Vince? Ele se endireitou, tomando seu tempo para responder. — O que você quer dizer? — Você não estava surpreso quando eu disse que a estátua era uma farsa. Você já sabia, não é? — Seus olhos se estreitaram. — Sim. — Sua voz era calma, sua expressão ilegível. — Então, o que foi isso? — Jade acenou com a mão para indicar a mesa e a mochila aos seus pés. — Algum tipo de teste? — Eu não insultei você por questionar suas habilidades. Seu envolvimento com o escândalo dos artefatos maias no ano passado— Isso não é o que eu estou falando. — ela interrompeu. Pela primeira vez, ela lamentou a fama que adquiriu após frustrar uma fraude de seguros por um casal passando artefatos maias falsos como autênticos. — Você queria saber se eu vi minha mãe com sua estátua em falta. Ele apoiou os cotovelos sobre os joelhos, o olhar firme. — E você viu? — Não. — Você poderia me dizer se você visse? — Sim, eu o faria. — Depois de falar com a sua mãe, é claro. — Ela não tem isso, Vince. Eu a vi várias vezes depois da noite em que seu pai realizou essa festa.


— Havia algo incomum sobre seu comportamento? Sim, mas isso era para ela investigar. Ela evitou o olhar dele e se preparou para mentir. — Não tanto quanto eu poderia dizer Vince esfregou o rosto com as mãos e suspirou. Por um momento, ele não disse nada. — Eu não quero brigar com você, Jade. — Quem falou em brigar? Você fez perguntas e eu as respondi. — Ela respirou fundo e ergueu o queixo. — Terminamos? Seus ombros largos levantaram e caíram. — Isso é você quem diz. — Então, é isso. — Ela pegou o embrulho e bolsa. — Vou entrar em contato com minha mãe. Eu vou contar a ela sobre a estátua faltando e para te ligar. — Quando ele continuou a olhar para ela, mal-estar a percorreu. — O quê? — Onde é que sua mãe mantém suas antiguidades? Por um breve momento, ela não falou. Onde ele estava indo com isso? — Eu pensei que você disse que terminamos. — Terminamos. Eu só estou querendo saber onde ela mantém seu estoque. Um ávido colecionador como ela deve ter um cofre em casa ou doar peças para um museu. Jade piscou. Não havia nenhuma maneira que ela estava indo para vasculhar as coisas de sua mãe para ele. Como ela explicaria a busca para seu irmão mais velho Lex ou convencer Baron a deixá-la brincar com o cofre em sua galeria? Além disso, sua mãe não tinha sua estátua estúpida. — Minha mãe vai esclarecer esse mal-entendido, uma vez que falar com ela. — disse ela, calmamente. — Claro. Enquanto isso, você pode verificar sua coleção. — Não. — A voz dela subiu, atraindo os olhares das mulheres nas mesas vizinhas. Ela atirou-lhes um olhar antes de concentrar sua atenção em Vince. — Eu nunca iria-


— Por que não? — Sulcos apareceram entre as sobrancelhas. — Você não quer limpar o nome dela? Ela beliscou a ponte de seu nariz e fechou os olhos. Vince estava sendo o homem mais irritante que ela já conheceu. — Não há nada para limpar. Ela não pegou a sua estátua. — Ela falou lentamente, enunciando suas palavras. — Então, você não vai ter um problema com os agentes especiais da Equipe do FBI de Crimes de Arte verificando isso. — acrescentou. Os olhos de Jade se abriram. Ela olhou para ele, incrédula. — Você não ousaria. — Não? — Suas sobrancelhas se ergueram. O idiota. Sua mão agarrou seu peito subindo e descendo enquanto ela lutava para controlar sua ira. Agentes na casa da sua mãe? Sem mencionar o cofre na galeria do Baron. Nada certamente iria destruir a reputação de seu irmão como um antiquário mais rápido do que os agentes agirem em busca de um artefato roubado em sua galeria. — Tudo bem. — Seu tom era brusco. — Eu vou ver o que posso fazer. — Obrigado. — Eu não quero sua gratidão. Estou fazendo isso para tirá-lo de cima de minha mãe. — disse ela com os dentes cerrados. Agarrando seus pertences, ela se inclinou para frente. — Você é um bastardo de coração frio, Vince Knight. Mas se você me ameaçar novamente... — Ela não sabia o que ela faria se ele fizesse, o que só aumentou a raiva dela. Ainda assim, ela nivelou-lhe um olhar mordaz e terminou: — Eu tenho certeza que você se arrependeria. — Espere. — Ele pegou o braço dela antes que ela pudesse se levantar. Ela empurrou-o para longe e Vince ergueu as mãos em um gesto apaziguador. — Não saia ainda. Por favor. Você deve saber o que você está procurando antes de ir.


Se ela passasse mais de um segundo em sua companhia, ela iria chutálo. Ela levantou-se. — É o meu trabalho reconhecer uma autêntica peça. Eu vou saber a coisa real quando eu vê-la. — O original é diferente. Jade olhou para ele. — Como? Seus ombros largos levantaram e caíram. — Você tem que ver para entender. — Boa tentativa. Como eu vou fazer isso se foi per...? — A menos que ele tenha imagens ou gravação de vídeo. Sua curiosidade profissional penetrou, lutando com sua raiva pelo domínio. — O que você tem? — Imagens. Boas. — Ele apontou um dedo polegar em direção aos elevadores. — Está lá em cima no meu quarto. Ela estudou seu rosto impassível. Sem desafio, nenhum indício de que ele planejou antecipadamente isso. É melhor que ele não tenha. Ela não estava com disposição para jogos. — Tudo bem. Vamos. Vince pegou sua bolsa e se levantou, seu tamanho sobrecarregando seu espaço. Ela apressou-se à sua frente quando eles teceram o seu caminho entre as mesas e saíram do restaurante, mas Jade estava consciente de sua presença tranquila atrás dela. A tensão entre eles irritava seus nervos. No início, ela queria ter uma rachadura fazendo-o perder a calma. Agora ela não poderia se importar menos. Ele era chato, arrogante e manipulador. Ela inclinou-lhe um olhar aquecido, mas foi desperdiçado com ele. Ele diminuiu o passo para coincidir com os dela, seu olhar deslizando ao redor do hall de entrada, os rostos sendo digitados e armazenados nos dados da memória RAM do seu cérebro. Ele estava esperando problemas ou estava vigilante por natureza? Será que ela quer saber? Convencê-lo a deixar sua mãe fora de sua investigação era a única coisa que importava.


Um suspiro desanimado escapou dela. Ela estava tão animada sobre suas próximas férias. Agora ela não podia pensar além de sua mãe, Vince e sua estatueta perdida. Seu olhar seguiu o seu braço masculino para a mochila. Ela sabia que não tinha nada que pedir-lhe para obter mais detalhes, mas era o mínimo que podia fazer para a constante ansiedade que tinha tido desde a sua reunião. — Posso te perguntar uma coisa, Vince. Ele poupou-lhe um breve olhar. — Atire. — Como é que a sua família conseguiu essa estátua? Ele fez uma careta, e por um breve momento, ela tinha certeza que ele não ia responder. — Uma antepassada herdou de um homem com quem ela era casada, um marinheiro com o nome de Jacques Descartes. — Sua voz era concisa. — Isso foi por volta de 1910. Quando ele deu a ela, ele estipulou que deveria mantêlo em um cofre privado, não exibi-lo onde as pessoas pudessem vê-lo. Poderia ter sido por causa dos tempos em que viviam ou outra coisa, mas minha família tem feito isso desde então. Não admira que ela nunca tinha ouvido falar sobre isso. Jade diminuiu o ritmo. — Ela deve estar em ótimo estado. — ela sussurrou. — Eu não sei. Eu nunca coloquei os olhos sobre ela antes. Seus olhos se arregalaram. Que estranho. Ela não podia imaginar ter uma verdadeira relíquia maia em sua família e não saber sobre ela. Seu caso de amor com a arte começou quando ela era uma criança. Em vez de hora da história, sua mãe sentava-se com ela e explicava a história de cada bugiganga em sua casa. Na época, a maioria das peças eram modernas, não os artefatos inestimáveis que sua mãe agora recolheu e entesourou em seu cofre particular. Não tinha importância. Ela ansiava para ouvir a história por trás de cada escultura, desenho e escultura. — E sobre as fotos? — Perguntou Jade.


— Minha tia deu-me no dia em que cheguei aqui e me preencheu com a história da estátua. Uma ideia surgiu na cabeça de Jade, e ela debateu se fazia-lhe a sua próxima pergunta. Quanto mais pensava sobre isso, mais animada ela se tornava. Ela queria ver a relíquia que faltava quando fosse recuperada, aprender sobre sua história. Ela deu a Vince um olhar a partir do canto do olho quando uma família de cinco pessoas, transportando sua bagagem para a entrada, cortou na frente deles e os forçaram a parar. — Uh-mm, sua família tem a procedência? — ela perguntou quando estavam sozinhos novamente. — O quê? — Sua voz era cautelosa. — A prova de autenticidade. — Seus olhos se estreitaram. Ela sorriu para fazer parecer como se a resposta não fosse importante. — Cada artefato deve ter uma carta da história - quem possuía primeiramente, quando foi vendido e para quem. Ele não falou de imediato, só ficava olhando para ela em sua intensa forma, em silêncio. Calor se arrastou até seu rosto. Ela estava quase tentada a dizer-lhe para esquecer a pergunta. — Eu acredito que o meu pai tem os papéis. — disse ele. Grande. Isso significava que não era uma peça do mercado negro. Sorrindo, Jade pensou nas possibilidades. Uma relíquia genuína antiga maia, milhares de anos de idade, sem nenhum registro público conhecido de sua existência poderia fazer um pedaço de um achado, especialmente para alguém que não tinha publicado um artigo em mais de um ano. Com a permissão de Vince, ela poderia estudar os papéis deixados para trás por seu antepassado, entrevistar membros de sua família e escrever pelo menos um artigo. O problema era Vince emprestar-lhe o artefato uma vez que ele recuperasse. Ela não tinha sido nem um pouco gentil com ele desde que eles se encontraram.


Eles pararam em frente ao elevador. Vince apertou o botão do elevador e mudou sua postura para enfrentar o lobby. Jade cortou-lhe um olhar rápido. Ela deve arriscar uma rejeição e perguntar-lhe se ela poderia estudar a estatueta uma vez que ele encontrasse? Ela respirou fundo e engoliu em seco. Ela estava sendo uma oportunista egoísta, mas era para o bem maior. Compartilhamento de informações e todas essas coisas boas. Era hora de colocar a animosidade de lado e começar a reconciliar-se com Vince Knight. — Você tem alguma pista? — Ela perguntou. — Algumas. — Eu conheço um número de comerciantes e colecionadores locais. — Agora, peça por minha ajuda. Ela puxou e apertou a alça de sua bolsa, esperando que ele dissesse alguma coisa. Sem resposta, exceto por um grunhido evasivo vindo de Vince. — Então? Com quem você tem falado? — Um número de comerciantes e colecionadores locais. — ele repetiu as palavras dela sem quebrar um sorriso. Jade suspirou. Será que ele tinha que ser tão boca-dura? Outro trecho de silêncio se seguiu. Recusando-se a desistir, ela colou um sorriso no rosto e bateu no braço de Vince. Seu olhar se estreitou em seu rosto. — Escute, se alguém está tentando encontrar um comprador para a sua peça, meu irmão Baron provavelmente tenha ouvido falar disso. Ele também conhece as assinaturas da maioria dos falsificadores na costa oeste. Ele pode identificar o gênio por trás daquela peça. — Ela empurrou o queixo em direção a sua mochila. — Ele é geralmente muito ocupado, mas eu posso chamá-lo e certificar-me que ele tenha um tempo para você. Vince concordou. — Obrigado. Falar com ele pode ser útil. — Seu olhar deslocou-se para o foyer.


Jade sufocou um gemido. Tendo conversas com este homem poderia levar uma mulher à loucura — Por que você continua fazendo isso? — Perguntou ela, não mascarando seu aborrecimento. Ele olhou para ela com o canto do olho, uma sobrancelha para cima. — O quê? — Estudando as pessoas. Você examinou o foyer quando cheguei aqui. No restaurante, você escolheu um caminho de mesa no fundo da sala. Garantindo que você tivesse a ideia da entrada e toda a sala. Ele deu de ombros. — Era a única mesa disponível. — Não, não era. E quando eu perguntei-lhe se estava tudo bem, logo depois que eu cheguei aqui, você disse que não. Então, o que está acontecendo? O elevador chegou e salvou Vince de responder a ela. A mulher foi sempre curiosa ou ela estava atormentando-o de propósito? Ele deveria ter seguido com seu plano original para explicar sobre sua mãe, escoltá-la de volta para seu carro e esquecer que já a encontrou. Esse plano foi atirado quando ela entrou no hotel nesses stilettos de quinze centímetros. Agora, ele seguia sua figura exuberante dentro do elevador, seu olhar persistente em sua bunda arredondada e firme. Deveria haver uma lei contra o uso de um vestido assim. Incomodava-o que ele não podia controlar a forma como o seu corpo responde a isso. Mas, novamente, o vestido não tinha nada a ver com o desejo ondulando através dele. Jade Fitzgerald tinha o tipo de corpo que podia fazer um homem adulto chorar. Lábios exuberantes que faziam beicinho e provocavam, e os olhos que prometiam demais. Ela o assustou. Fez querer fugir, embora ele não tivesse a menor ideia do que ele estaria fugindo. Ele desejou e deitou-se com sua parcela de mulheres com um objetivo em mente, a satisfação sexual.


Então, o que fazia Jade serdiferente? Por que ele não podia dizer a ela que a queria e acabar logo com isso? Ser honesto sobre suas necessidades muitas vezes funcionou no passado, especialmente quando a mulher em questão queria. Ele sabia o suficiente sobre as mulheres para reconhecer que Jade estava atraída por ele. Talvez a vulnerabilidade que ela tentou tão duramente esconder atrás de sua insolência estivesse detendo-o. Ele não mexia com as mulheres vulneráveis. Ele fez uma careta em seus pensamentos, especialmente quando o aroma exótico que ela usava estendeu a mão e girou em torno dele, trabalhando em seus sentidos e fazendo o desejo ondular na barriga. Ele trocou a bolsa que carregava para esconder sua virilha. Uma ereção agora seria muito humilhante. — Bem? — ela disse, seu olhar curioso trancado em seu rosto. Vince se forçou a concentrar-se em uma resposta que lhe convinha. — Por que não falamos sobre os outros homens? Você mencionou anteriormente que outros dois homens pararam por seu escritório e pediram o paradeiro de sua mãe. O que eles disseram? Pode descrevê-los? Ela soltou uma risada ofegante. — É como você trabalha? — ela perguntou. — O quê? — Invertendo scripts. Eu te faço uma pergunta, e desde que você não quer responder, você pergunta uma de sua preferência em seu lugar. — Ela sorriu e bateu em seu peito. — Isso não vai funcionar comigo. Você quer informação de mim? Você tem que me dar alguma. Além disso, eu nunca mencionei homens. Eu disse pessoas. Você está esperando problemas? É por isso que você está sendo tão vigilante? Problemas sempre o seguiam. A maioria deles ele poderia suportar. Alguém deveria tê-lo avisado sobre ela. — Alguém estava me seguindo Seus olhos se arregalaram. — Quem?


— Eu não sei. Eu senti uma presença quando eu peguei a estátua do revendedor, mas o vi no momento em que cheguei ao hotel. O homem não é nada profissional. Agora, sobre as duas pessoas... — ele solicitou. — Você acha que ele está atrás da estátua real? Ele chegou a essa conclusão, mas não havia necessidade de dizer isso a ela. O mínimo que ela soubesse sobre sua investigação, melhor. — Eu não penso assim, mas eu tenho certeza que ele trabalha para Cohen. Eu ainda devo ao homem algum dinheiro. — A porta do elevador se abriu e eles saíram. Vince apontou para a sua direita. — Este caminho. Podemos falar sobre os dois homens agora? Jade assentiu. — Dois dias atrás, um jovem se aproximou de mim no estacionamento da faculdade e perguntou se eu poderia lhe dizer onde minha mãe estava. Ele me disse que seu nome era, uh, Hudson, mas ele se recusou a explicar por que ele estava procurando por ela. Minha mãe está no conselho de várias organizações de caridade locais e é sempre alvo de doações. Presumi que Hudson estava atrás de algum dinheiro. — O que você disse a ele? — Para entrar em contato com Fitz-Valdes e deixar uma mensagem com Joel, assistente da minha mãe. Vince concordou. — E sobre a terceira pessoa? — Um francês. Ele disse que tinha um convite para alguma festa cultural na Embaixada. Ele não me deu os detalhes também. — Você pode descrevê-lo? — Alto, mais velho, calvo parcialmente, trajando roupas de grife. Por quê? — Minha tia disse que um dos convidados falava com um sotaque francês. Ela não foi capaz de contatá-lo ou... — Uma sensação de formigamento na parte de trás do seu pescoço levou-o a agarrar-lhe o braço e parar.


Ela franziu o cenho. — O que é? Ele colocou um dedo sobre os lábios e seus olhos se arregalaram. Seu olhar girou de volta à sua porta. Sons abafados vieram de dentro de seu quarto. — Fique aqui. — Ele empurrou a mochila com a estátua em seus braços e guiou-a para trás. Convencido de que ela iria obedecer, Vince se moveu em direção à porta, cada músculo em seu corpo preparado para a ação. A sensação de formigamento ficou mais forte. Ele virou a cabeça e lançou um olhar à Jade. Ela não se moveu. Seus braços se apertaram na sua bolsa e na mochila contra o peito, um vinco entre as sobrancelhas arqueadas, uma expressão indefesa em seu rosto. Ele fez um gesto em direção ao elevador e indicou que ela saísse. Jade fez uma careta e balançou a cabeça. Mulher cabeça-dura. — Não se mova. — ele murmurou. Ele colocou a palma da mão contra a porta e empurrou alguns centímetros. Segundos marcaram enquanto ele tomou um inventário rápido. A lata de lixo foi derrubada e xícaras de café de isopor não usados espalhados pelo chão. A porta do banheiro estava aberta quando ele tinha deixado fechada. Gavetas derrubadas com suas vestes, cuecas e meias competindo por espaço com suas camisas no chão. Um baque veio da direção da cama. Ele empurrou a porta mais ampla e deslizou para dentro da sala. Um homem curvado sobre os pertences pessoais de Vince espalhados por toda a cama. Vince bateu a porta para o efeito máximo. O homem olhou para cima e sufocou uma maldição, estreitando os olhos. Vince avaliou o intruso - ruivo, estatura média, mas musculoso. Indescritíveis calça e camisa cinza suadas, e um chapéu de lã correspondente. Era o mesmo homem que tinha seguido ele mais cedo. — Para quem você trabalha? — Quem quer saber? — O homem se levantou e começou a avançar.


Bastardo arrogante. Vamos ver quanto tempo isso dura. — Você me seguiu mais cedo. Diga-me quem enviou você, e eu não vou te machucar. O homem riu quando uma figura saiu correndo do banheiro. Vince girou bem a tempo e varreu sua perna para trás em uma volta, chutando alto. Ele pegou o ladrão no peito, ouviu o grunhido de surpresa quando o homem caiu para trás, para a porta. Vince se lançou para o lado e evitou um golpe espetado na têmpora a partir do primeiro homem. Ele agarrou o braço do homem, torceuo e deu um soco junto às suas costelas. O homem grunhiu e se dobrou. Vince dançou fora do caminho para que ele não estivesse mais entre os dois homens. Vince não entrava em brigas mais, mas sabia como um profissional iria responder em uma situação como esta. Os movimentos que ele aperfeiçoou ao longo dos anos foram desperdiçados sobre estes dois idiotas. Ele sorriu enquanto os dois homens se recuperavam e encaravam seus olhos faiscando de raiva. Bom. A raiva muitas vezes levava à negligência. — Diga-me quem enviou vocês, e eu vou deixar vocês saírem em um único pedaço. — ele zombou deles. — Vamos levá-lo para fora. — o perto da porta rosnou, pontuando suas palavras com maldição de quatro-letras. — Sim. — o mais perto de Vince respondeu e virou para ele. Vince chicoteou para a direita para evitar um golpe na sua mandíbula, assim quando a porta se abriu e Jade tropeçou, balançando a mochila como uma lança. Mas que...? A mulher era louca? — O que você está fazendo? — Ele gritou, bloqueando um ataque enraivecido e dando um tapa de mão aberta no pescoço de seu oponente. — Ajudando. — Jade gritou e balançou a bolsa na cabeça do outro homem. O homem tentou esquivar-se, mas não foi rápido o suficiente. O baque da estátua conectando-se com a pele seguido de maldições encheu a sala. Sua pontaria podia falhar, mas ela era forte. O bastardo ia ter um ferimento no ombro


desagradável. Do canto do olho, Vince viu os dentes do homem em um grunhido quando ele estendeu a mão para ela. Um golpe direto no queixo chamou sua atenção de volta para o seu adversário. Vince deu um passo atrás, varreu o braço para baixo e bloqueou um golpe destinado a sua cabeça. Ele agarrou o pulso de defesa do seu atacante, puxou para cima e bateu com o punho na fronte do homem. O homem dobrou e tropeçou para trás. Um baque e um grito abafado ressoou na sala. Vince virouse para ver Jade desmoronar no chão. — Vamos. — o homem perto da porta gritou, pegou a mochila do chão e saiu correndo pela porta aberta. Seu parceiro correu atrás dele. Vince não se preocupou em persegui-los. A estátua era falsa de qualquer maneira. Ele correu para o lado de Jade, o coração batendo forte, a adrenalina correndo em suas veias. Ela estava meio sentada, meio deitada no chão. Seu cabelo estava em desordem e cobria o rosto. O vestido tinha subido, as meias rolaram para revelar coxas cremosas cobertas de rendas e as alças do vestido pendiam em seus braços, fazendo-a parecer devassa. De alguma forma, ele sabia que ela iria preferir meias à meia-calça. Desejo, rápido e furioso pulsou ao longo de seus nervos. Ele estava sempre com tesão após um combate. Tendo o corpo delicioso de Jade Fitzgerald em exposição atirou-o para outro nível. Ele ignorou o peso em sua virilha e agachou-se ao lado dela. Um suspiro de alívio escapou quando ele empurrou a massa crespa de seu rosto e viu que ela estava consciente. — Você está bem? Quantos dedos estou mostrando? — Ele acenou com um dedo na frente de seus olhos. Ela golpeou a mão para fora do caminho. — Pare com isso. Não, eu não estou bem. Minha cabeça dói. — Um gemido escapou dela enquanto ela se sentava. — Hudson estava bem na minha frente. Como pude perdê-lo? — O mesmo Hudson-?


— Sim. A bola de lodo em que bati com sua estátua falsa é o mesmo homem que estava perguntando da minha mãe. Vince catalogou as informações para mais tarde. — Você não fez. Falhou em acertá-lo, quero dizer. Você teve sucesso em seu ombro. — ele tentou tranquilizá-la, seu olhar acariciando suas coxas expostas. Refinadas. Veludo suave. Ele se perguntou como elas se pareciam, seu gosto. Sua virilha cresceu mais pesadamente. Jade se mexeu. — Não se levante ainda. Você bateu a cabeça muito forte. Ela fez uma careta. — Minha cabeça não tem nada a ver com isso e você sabe disso. Você está ocupado apreciando a vista. — Ela puxou seu vestido. Seu pescoço aqueceu. Ele odiava estar envergonhado. — O vestido é projetado para chamar a atenção dos homens. — Não parecia ter um efeito sobre você antes. — Ela tocou a parte traseira de sua cabeça e fez uma careta. Ele mudou de posição para que ele pudesse separar o cabelo e verificar sua cabeça. A lesão na cabeça já estava inchando. — Eu não sou como os outros homens. — ele murmurou. — Oh? Obrigada por me avisar. Ele ignorou a resposta atrevida. — Você precisa colocar gelo sobre isso. — Ele começou a massagear o inchaço. — Deve haver uma máquina de gelo em algum lugar neste piso. Posso obterEla agarrou sua camisa. — Não se mova. Isso é bom. — Um ronronar escapou de seus lábios. — Não pare. Isso não era bom. Ela soava como se ela estivesse tendo um orgasmo. Vince cerrou o punho e baixou a mão para o seu lado. — Hey. — Ela agarrou-o e colocou-o de volta na cabeça. — Você está tornando-o melhor. Você tem um toque suave, Vince.


Toque suave? Ele endureceu, tirou a mão e levantou-se. Não se importando que ela iria notar a protuberância em suas calças, ele parou diante dela e olhou com raiva. Seu olhar encontrou o seu membro negligenciado e inchado. Como se fosse possível, ele cresceu mais esticado. Quando a cabeça levantou e seus olhos se encontraram, raiva correu através dele. Ele estava com raiva de si mesmo pelas fantasias que ele tinha tecido desde que ele conheceu esta mulher. Seus anos de disciplina significavam nada quando ele estava ao seu redor. — O que você estava pensando correndo aqui assim? Eu lhe disse para ficar de fora. — Vince retrucou, franzindo o cenho para ela. Ela ergueu as sobrancelhas. — A palestra é o agradecimento que estou recebendo por vir em seu auxílio. — Não me lembro de pedir. — Não, você não fez. Você me pediu para ficar parada. — Um rápido sorriso cruzou os lábios. — Um ano atrás, eu obedeceria. A nova eu não recebe ordens de ninguém. — Ela estendeu a mão. — Tire a carranca e me ajude a levantar. Ele não se moveu. O que ela quis dizer com ‘a nova eu?’ Por que ele deveria se importar? — Por favor. — ela acrescentou. Ele agarrou a mão dela e puxou-a para cima. Talvez ele tivesse puxado com muita força em sua raiva ou ela queria arrancar sua ligação de propósito. De qualquer modo, ela perdeu o equilíbrio e caiu espalmada contra ele. Ele não tinha escolha a não ser estabilizá-la. Seu braço serpenteou em volta de sua cintura. Sua respiração ficou presa, mas ela não fez nenhum esforço para se afastar dele. Seu olhar roçou a extensão de seu ombro. Toda a linda pele macia a um fôlego de distância. Não demoraria muito para cair à cabeça e mordiscar


sua pele. Desviou o olhar para cima. Grande erro. Seus lábios exuberantes separaram, implorando para ser reivindicado. A vontade de saboreá-la tornouse avassaladora. Sua mão apertou ao redor de sua cintura. — Você deveria ter ouvido os grunhidos e os ruídos provenientes daqui, — ela sussurrou. — Eu pensei que você estava sendo atacado por um leão. — Eles eram amadores. — Isso explica tudo. — Seus olhos estavam arregalados enquanto estudava seu rosto. — Explica o quê? — Por que você não tem uma marca em seu rosto. — Sua mão moveu-se e descansou em sua mandíbula latejante. — Nem mesmo um arranhão. O toque suave, fresco de seus dedos contra sua pele aquecida era calmante e excitante. Sua mente lhe disse para soltá-la e voltar na primavera. Criar certa distância entre eles. Correr. Mas, pela vida dele, ele não podia se mover. — Ele conseguiu um golpe. — Que coisa idiota para dizer. Ele nunca se gabou de suas habilidades até agora. — Mandíbula esquerda, certo? Um choque abalou seu corpo quando ela se inclinou para frente e deu um beijo em sua mandíbula. Levou a pura vontade de não virar a cabeça e reclamar seus lábios. Ele desengatou o braço da cintura dela e passou para trás. — O que foi isso? — Sua voz soou dura até mesmo para seus ouvidos. Ela encolheu os ombros. — Foi apenas um beijo, Vince. Aliviar. Se eu não distraísse você, o parceiro de Hudson não teria acertado você. — Ela deu um sorriso. — Eu pensei que era muito brilhante a ideia de usar a estátua como uma arma. Hudson deve estar cuidando de uma contusão bastante desagradável.


— Você também. — Ele colocou alguma distância entre eles, caminhou até sua cama e começou a vasculhar sua mala. — Você não tem que soar tão alegre com isso. — disse ela. — Se você tivesse me escutado— Sim, sim. Já ouvi. A culpa é do meu complexo de heroína. Eu tive esse pensamento idiota que você precisava de mim. Em sua cama, sim. Não lutando suas batalhas. Isso tinha que parar. Ter pensamentos sobre ela e sexo era completamente estúpido. Ela era filha de Estelle Fitzgerald, e Estelle ainda era um suspeito em sua investigação. Ele jogou sua mala. As fotografias não estavam onde ele tinha deixado. Ele começou a pegar as roupas e empurrou-as de volta na mala. — Eu deveria ter desconfiado. — continuou Jade. — A autossuficiência, tipo eu-sou-a-lei como se você não precisasse de ninguém. O que isso quer dizer? Ele atirou-lhe um olhar rápido. Ela estava vasculhando seu cabelo ondulado com os dedos, quando olhou em volta com uma expressão perplexa. Mulheres o deixavam perplexo. Ele nunca descobriu algumas das porcarias loucas que lhe disseram. A única coisa lógica a fazer seria a de escoltar Jade até lá embaixo, vê-la até o carro e nunca mais entrar em contato com ela novamente. Uma rotina simples. Então, por que a ideia o incomodava? Ela olhou para ele, quando ele amaldiçoou, sua expressão desconfiada. — O que é? O que ela diria se ele lhe pedisse para passar a noite com ele? Ele tinha certeza que ela deixaria sua cama completamente saciada. Ele estudou-a, perguntando-se por que ela estava olhando-o com uma careta. Vince forçou sua mente à deriva de pensamentos luxuriosos para a pergunta que ela tinha feito.


— As fotos sumiram. Eu as coloquei na minha mala antes de ir lá embaixo. — Ele balançou em seus calcanhares. — Por que os assaltantes levaram-nas? — Talvez você precise deixar a polícia lidar com isso, Vince. — Jade pegou o telefone do hotel. — Não. — Quando ela se encolheu com a dureza de seu tom de voz, acrescentou: — Quero dizer, isso não será necessário. — Por quê? — Ela deu-lhe um longo olhar. — Esta é a minha investigação. — Sua tia não queria os policiais envolvidos. Pelo canto do olho, ele notou algo branco que espreitava sob as gavetas ao lado da cama. Carrancudo, ele pegou. Um cartão de chave de hotel. Ele procurou nos bolsos por seu cartão-chave. Estava onde ele guardou no bolso traseiro da calça. Agora ele sabia como Hudson e seu parceiro acessaram seu quarto. A menos que eles tenham roubado o cartão-chave, alguém neste hotel os ajudou. — Você informou o FBI que sua estátua foi roubada? — perguntou Jade. — Não. — A polícia? — Ela empurrou. A tenacidade da mulher podia ser tão irritante. Ele não tinha a intenção de explicar certas coisas para ela. As proposições dela estavam fora de questão agora. Ele tinha que seguir esta ligação. Vince pegou o paletó e pegou o braço dela. — Vamos lá, vamos lá. — Não sem minha bolsa. — Seu olhar varreu a sala. — Onde está a mochila com a estátua? Algo apertou o peito de Vince e seu aperto aumentou em torno de seu braço. — Por quê?


— Ei, cuidado. — Ela arrancou os dedos de seu braço e deu um passo atrás. — Eu coloquei minha bolsa e enrolei nela. Eu não podia deixá-las fora ou segurá-los enquanto estivesse empunhando uma bolsa— De todas as idiotices... — Ei, cuidado. — Seu olhar seguiu-o quando ele jogou o casaco sobre a cama. — O que há de errado? Você está me assustando. — Hudson pegou a mochila. — Ele aterrou para fora, e lançou-lhe um olhar rápido. Ele sabia que ela ia ser um problema. — Ele agarrou-a do chão enquanto corriam para fora da porta. Ela piscou e gemeu. — Oh, não. Oh, não. — Então, ela respirou fundo e virou-se para ele, com os olhos brilhando. — Por que você não os deteve? De todas as contraditórias mulheres que ele conheceu... — Não comece comigo, Jade. Eu não estou de bom humor. — Se ela ficasse onde estava como ele ordenou a ela, eles não estariam nessa bagunça. Ele massageou seu pescoço e apertou os dentes. Ele queria que ela se fosse, mas ele sabia que agora era impossível. — Vamos. Ela balançou a cabeça. — Onde? Ele não tinha a menor ideia. Eles não podiam ficar neste hotel e não podiam voltar ao seu lugar. Não quando os bastardos tinham seu I.D. e sabiam onde ela morava. Este era o tipo de problema que ele sempre evitava, ser confrontado com alguém que ele queria beijar num minuto e estrangular no próximo. Ele não podia largá-la agora. Ele a tinha envolvido nessa confusão e não tinha escolha a não ser mantê-la com ele, até que encontrassem os seus pertences.


CAPÍTULO 4 — Para onde vamos? — Sua cabeça doía como um louco, mas o medo subindo sua espinha era pior. O pensamento de Hudson e seu parceiro com sua identificação, cartão de crédito e... as chaves da casa. — Eu tenho que fazer uma ligação. — Jade começou a atravessar a sala para o telefone de cabeceira, parou quando Vince se lançou para a frente e bloqueou seu caminho. — O quê? — Quem você está chamando? Seus olhos se arregalaram em seu tom desconfiado. — Meu primo, para começar. — Por quê? — Porque eu preciso ter certeza de que Hudson não irá às compras com o meu cartão Platinum ou decolar com meu carro. Lojas-rápidas são um centavo em uma dúzia em LA. — Ela acenou para o lado, mas ele não se mexeu. — E agora? — Seu primo é um policial? — O melhor. — Como é que você vai explicar o roubo? Ela balançou para trás e estudou seu rosto carrancudo. Isto era sobre a sua investigação. Havia algo muito suspeito sobre isso. Ele ameaçou enviar agentes atrás de sua mãe, mas ele não tinha relatado o desaparecimento da estátua para as autoridades.


— Não se preocupe Knight. Seu segredo está seguro comigo. — Que segredo? — Ele não esperou por uma resposta, apenas a segurou pelo braço e empurrou-a para a porta. — Empresto meu celular e você ligue para quem você quiser, uma vez que soubermos que Hudson e seu comparsa não estão no negociante. Esperança agitou em seu peito. — Como você sabe que ele está indo para lá? — O parceiro de Hudson era o perseguidor que mencionei anteriormente. Mesmo antes de eu pegar ele da multidão, eu sabia que o traficante estava correndo um embuste. Tudo aconteceu muito rápido. Foi tudo muito fácil. Ou bem orquestrado. Sua bolha de esperança esvaziou. Duvidava que Hudson fosse entregar sua bolsa, uma vez que encontrasse com eles. Se eles levaram juntamente com eles. — Isso é bom, Vince, mas eu me sentiria muito melhor se eu falasse com o meu primo em primeiro lugar. — Ela estendeu a mão para ele. — Posso, por favor, ter o seu celular agora? Ele lançou-lhe um olhar irritado. Ela parou de andar e ergueu as sobrancelhas, forçando-o a parar também. Era óbvio que o homem odiava ser desafiado. Então é melhor superar a si mesmo. Sua atitude meu-caminho-ou-aestrada não funcionava para ela. — Eu só quero aliviar a minha mente, então pare a carranca. — ela acrescentou. Um brilho perigoso brilhou em seus olhos e, em seguida, desapareceu. Ele puxou o celular do seu suporte e meteu-o na mão. — Jade, você está testando minha paciência. — Não pretendo. — Ela sabia que seu tom irreverente desmentia suas palavras. — Obrigada pelo telefone. — Yeah. Vamos.


Eles continuaram em direção à porta. Sua mão estava fechando na maçaneta da porta quando uma de suas meias rolou para seu joelho. Ela tentou libertar o braço de seu aperto. Ele apertou. — Vince. — O que é isso agora? — Ele não se preocupou em olhar para ela, apenas empurrou a porta aberta. — Eu preciso usar o banheiro. Ele lançou-lhe um olhar incrédulo. — Agora? — Yeah. Agora. — Ela puxou seu braço e correu para o banheiro. — Vou sair em um segundo. — Ela fechou a porta na cara carrancuda, levantou seu vestido e sufocou um gemido. Suas novas meias de seda pura foram arruinadas. Tudo por sua bravura. Ela desabotoou o cinto de ligas, tirou as meias e as jogou no lixo. Ela deu-lhe uma imagem de relance rápido, correu os dedos pelos cabelos e saiu da sala. O olhar de Vince saltou entre ela, o celular e o banheiro. Ela estendeu uma perna lisa. — Eu estava tirando minha meia em ruínas, está bem? Combater bandidos é difícil em acessórios de mulher. Seu olhar permanecia em suas pernas, em seguida, correu para se conectar com os dela. — Por que você as usa? Você não precisa. Um elogio? Bom. — Obrigada, mas a necessidade não tem nada a ver com isso. — Ela adorava a maneira como ela se sentia nelas, feminina e sexy. Não foi fácil reinventar a si mesma após um casamento humilhante de quatro anos com um idiota inseguro adúltero como seu ex. Toda vez que ela pensava sobre Jerrod e como ele despiu sua dignidade, ela queria estapear-se. Nunca mais ela daria a um homem o poder de feri-la assim. Era tudo sobre ela agora, muito obrigada. O que ela queria e gostava não o que alguém pensava que era bom para ela.


Ela empurrou os pensamentos de lado, discou o número de seu primo e trouxe o telefone no ouvido enquanto Vince fechou a porta. Eles andaram em direção ao elevador. — Sim? — A resposta rosnada de seu primo chegou a seu ouvido. — Será que eu peguei você em um momento ruim, Eddie? — Perguntou. — Jade? Nah. O capitão apenas mastigou minha bunda. Jade sufocou uma risadinha no tom azedo de seu primo. — Como está o tio Lou? Alguém tem que lembrá-lo de que você é o seu único filho. Eddie riu. — Sim, como é suposto que faria a diferença. Não me entenda mal. Eu não me importo que ele me trate mais difícil do que os outros, mas hoje... Vamos apenas dizer que, já faz um inferno de um dia. O que está acontecendo? — Eu odeio adicionar aos seus problemas — disse Jade, hesitante. — Nada que você jogue no meu caminho poderia tornar este dia pior, então ande com isso. Jade se encostou na parede, uma vez que ela e Vince pararam do lado de fora do elevador. Ele apertou o botão para baixo e ficou perto da porta, de costas para ela, dando-lhe algo mínimo de privacidade. O olhar de Jade varreu seu largo e masculino contorno, então se moveu mais abaixo. Bela bunda. Obrigou-se a se concentrar. — Um cara roubou minha bolsa, Eddie. Seu primo praguejou. — Você está bem? Será que ele te machucou? — Não, eu estou bem. — Tão bem quanto ela poderia estar com uma latejante protuberância do tamanho de um ovo, na cabeça. — O seu coração— Vencendo estável e normal. — ela o interrompeu. Depois de anos de controle da arritmia, você acha que sua família iria parar de se preocupar com ela. Eles nunca perdiam a oportunidade de lembrá-la que ela tinha a doença.


— Bom. Quando e onde isso aconteceu? — Ele perguntou. — Menos de cinco minutos atrás, no Palace, em West Hollywood. — Oh. Eu não sabia que você estava participando da convenção das mulheres acontecendo lá. Nós triplicamos a patrulha ao redor do hotel para evitar que algo assim acontecesse. Você tem a descrição do homem? Lembra-se de qualquer coisa distintiva que poderíamos usar para ajudar a capturá-lo? Após o encontro na universidade, o rosto de Hudson foi gravado em seu cérebro. — Cabelo encaracolado castanho, nariz bulboso, uma toupeira peluda no canto direito da boca. — Ela pensou que ela ouviu Vince murmurar algo e levantou a cabeça para olhá-lo. Seu olhar estava trancado na porta do elevador. — Uh-hmm, camisa esportiva escura e um chapéu de lã. Ouça Eddie, eu estou mais preocupada com as minhas coisas. Meu ID, Visa, telefone celular, chaves e controle remoto para o meu sistema de segurança da casa estão na minha bolsa. Você poderia fazer um relatório para mim? — Considere feito. Mais alguma coisa? Precisa de fechaduras de pneus em seu carro ou uma carona para casa? Eu devo estar fora daqui em menos de uma hora. A porta do elevador se abriu assim que ela abriu a boca para responder. Vince indicou para ela entrar. Com o telefone ainda no ouvido dela, ela deu-lhe um breve sorriso e entrou. — Fechaduras de pneu, seria ótimo. Devo-te, Eddie. — Não é nada. — A primeira coisa amanhã de manhã, eu vou dirigir ao Detran para a licença de direção nova. Então, eu vou chamá-lo para desbloquear os pneus. — Parece bom. — Eddie respondeu. — Vou enviar o relatório para a sua casa, ou chamá-la com o número uma vez que colocar tudo em movimento. — Meu sistema de alarme utiliza a linha de fax, para que ele possa estar ocupado depois que eu falar com a minha empresa de segurança. Chame-me na


Ashley. Eu estou no meu caminho para o... — Jade gemeu. Com toda a loucura, ela quase esqueceu seus planos para a noite. Seu olhar tocou a superfície lisa do seu relógio. Cinco minutos depois das seis? Ela já estava atrasada para a festa. — Eddie, eu tenho que ir. Chame-me com o número do relatório, ok? — Claro. Não se esqueça de mudar as fechaduras de sua casa também. — Vou fazer. Te devo uma. Eddie riu. — Sim, sim. Falo com você mais tarde. Jade terminou a chamada e pressionou os dedos contra sua têmpora. Ela podia matar por uma aspirina agora. Estar indefesa era algo que ela tinha jurado evitar a todo custo. Se ela não tivesse deixado Vince suavemente convencê-la a vir para cima para ver suas fotos, nada disso estaria acontecendo. Ela suspirou. Não, atirar suas frustrações sobre o homem era inútil. Ele não planejou Hudson e seu sócio-no-crime fugirem com sua bolsa. Ela precisava se concentrar em seu próximo passo e não apontar dedos. Ela começou a discar para sua empresa de cartão de crédito. Não era a primeira vez que ela relatava um cartão extraviado e seu número era memorizado. — O que ele disse? — Perguntou Vince. — Ele vai apresentar um relatório e enviar por fax para mim mais tarde. — Ela apertou 'Chamar' e trouxe o telefone ao ouvido. Depois de ser direcionada para vários menus, ela foi finalmente ligada a um operador, que prometeu que iria enviar-lhe um novo cartão e que aguardasse um e-mail em algum momento da próxima semana. Jade suspirou de alívio quando ela terminou a chamada. Agora, a última chamada. Ela deu um soco nos números. — Quem você está chamando agora. — perguntou Vince. Ela rangeu os dentes e atirou-lhe um olhar irritado. — Se você quer saber, — ela disse, — eu vou ligar para minha prima Ashley. Estou atrasada para sua


festa e preciso explicar o porquê. — O telefone não parava de tocar no sótão de sua prima, mas ninguém foi atendê-lo, aumentando a sua frustração incrustada. Vince cruzou os braços e fez uma careta. — Porque você não pode pular? Eu tenho certeza que eles vão entender se você explicar. — Eu não posso. Estamos dando-lhe uma festa de despedida de solteira. — Ela estava prestes a desligar quando sua prima Faith pegou o telefone e gritou um Olá alegre. Jade fez uma careta e mudou o telefone longe de sua orelha e mais perto de seus lábios. — Faith, pare de abusar do meu tímpano. — Onde está você, Jade? Todo mundo está esperando por você. — Eu estou um pouco atrasada. Eu estarei aí assim que eu puder. — Torne isso mais cedo. Só não se esqueça do stripper. Eu não posso esperar para chegar em um punhado de alguma nádega. Jade arrancou o telefone longe de sua orelha e bateu o calcanhar de sua palma contra sua testa. Um stripper? Ela deveria confirmar a reserva há dois dias. O dançarino que um amigo recomendou disse a ela para chamá-lo de volta, mas o seu número estava em sua carteira. Faith estava indo matá-la. Não, as meninas iam rasgar seus membros fora. Ela fechou os olhos e gemeu. — O que é? — Perguntou Vince, rompendo a sua auto-recriminação. Ela inclinou a cabeça para estudá-lo. Ele era quente o suficiente para se passar por um stripper, se ela pudesse levá-lo a relaxar e sorrir. A risada histérica escapou enquanto ela imaginava Vince girando em torno de uma sala cheia de bêbadas mulheres com tesão. Ela seria a primeira a quebrar as regras e tocá-lo. Era um delicioso e tentador pensamento, mas louco. — Você não quer saber. — O elevador se abriu e ela trouxe o telefone para sua orelha, enquanto ela saia. — Eu não vou esquecer Faith. Eu tenho que ir. Vejo-a em poucos minutos. Jade fechou o celular e murmurou outro xingamento em voz baixa. Ela ignorou o carrancudo rosto de Vince. — Eu preciso de uma lista telefônica.


— Agora não. Mais tarde. — Ele tentou conduzi-la em direção à entrada principal. — Não, Knight. Eu preciso obter o número do meu provedor de segurança em casa. — ela improvisou. Ela pensou que o ouviu murmurar uma maldição em voz baixa. — Eu só vou levar um segundo. Eu prometo. — Ela foi direto para a recepção do gerente de cabeça vermelha. — Pode me emprestar sua lista telefônica, por favor? — Você quer me dizer o que está acontecendo, Jade? — Vince rosnou atrás dela. — Caramba. Tudo que eu preciso é o número da minha casa— Mentira. Ela se virou para ele e recostou-se para criar alguma distância entre eles, não gostando do olhar frustrado em seu rosto. Qual era o problema dele? Ela era a única cujo mundo estava caindo aos pedaços. — Tudo bem. Okay. Já ouviu falar de uma festa de despedida de solteiro, sem um dançarino? — Ele piscou. — É, nem eu. E sou a responsável de levar um. Eu estou esperando que eles estejam listados nas páginas amarelas e aceitem uma missão de última hora. — Desculpe-me, senhora? — Veio de trás dela. Jade virou-se para encontrar a mulher à espera com o livro de telefone. — Obrigada. A mulher se inclinou para sussurrar: — Eu não pude deixar de ouvir o que você disse a seu amigo. Você pode querer experimentar esses caras. — Ela apertou um cartão de visita na mão de Jade. — Eu usei-os para festas privadas aqui no hotel. Eles são um pouco caros, mas muito bons. Quentes. — Ela abanou o rosto com a mão. — Eles garantem a satisfação dos clientes e ninguém reclamou ainda. — Ela piscou.


Calor se arrastou até o pescoço de Jade. Ela se virou para ver se Vince ouviu a conversa. Ele estava para baixo do balcão, conversando com o gerente da recepção - um alto, homem idiota com uma calvície. — Estamos falando de um dançarino, uh, de stripper, certo? — Jade sussurrou para a mulher. — Claro. Eu usei-os para festa de despedida de solteira da minha melhor amiga. Acredite você não vai se decepcionar. — Obrigada. Você salvou a minha pele. — Elas trocaram sorrisos conspiradores, e o olhar de Jade caiu para o cartão de visita. Garanhões Inc. Não é muito original, mas o cartão parecia feito profissionalmente. Ele listava os números de telefone e de telefone celular, linha de fax, e um web site. Ela espalmou-o e folheou as páginas brancas para o número de sua empresa de segurança para casa. Usando uma das canetas da recepção, anotou-o na parte de trás do cartão do Garanhões Inc.. Ela estava discando o número quando ouviu: — Sr. Knight, informamos os nossos clientes a manter seus objetos de valor no cofre aqui. — Sua cabeça girou para Vince e o gerente da recepção. — Os itens perdidos não tem tanto valor em dinheiro. — A voz de Vince foi concisa. Curiosa, Jade inclinou a cabeça para ouvir mais, a atenção dividida entre a conversa de Vince com o gerente e o telefone celular. — Ah, bom. — disse o gerente da mesa com alívio. — E você está bem? Estes homens não o feriram, ou — ele olhou para Jade, — sua convidada? — Eles feriram. — Jade falou e apontou para a cabeça. Vince atirou-lhe um olhar irritado. — Nada sério. Eu não vou tornar o hotel responsável se... — Vince fez uma pausa, — se você me der o nome da pessoa que está emitindo este cartão.


Jade deixou uma mensagem no correio de voz, fechou o telefone celular, e arrastou mais perto de Vince. Seu olhar se moveu do cartão chave no balcão entre os dois homens e a expressão tensa de Vince. Sua conspiradora ruiva correu para seu colega. — Você não acha que... — O gerente de recepção engoliu em seco e olhou para a ruiva. — Sr. Knight, garanto-vos que vamos fazer uma investigação completa sobre o fundo de cada pessoa empregada neste hotel. Essas mulheres não fariam nada antiético. — Eu não estava questionando seu pessoal ou acusando-os de cumplicidade com esses bandidos. Eu só preciso saber quando e onde eles extraviaram a chave. Nada sério. — Eu vejo. Desculpe-me. — O homem desapareceu dentro do escritório atrás da recepção. Jade bateu Vince no braço. — Eu acho que é a minha vez de perguntarlhe o que está acontecendo, Vince. Ele pegou o cartão-chave. — Achei isso no chão no meu quarto. — Ele empurrou o queixo em direção ao escritório. — O cara me disse que pertence à equipe de limpeza. Eu quero saber como Hudson e seu parceiro acabaram com ele. O gerente de recepção voltou com um livro, que ele colocou em cima do balcão e abriu. — Eu tenho a sua programação aqui. Rosário Cortez e Valerie Redding trabalharam em seu piso hoje. Elas estarão aqui amanhã de manhã. Você pode questioná-las, em seguida, se você quiser. — Não amanhã. Esta noite. Posso ter seus números de telefone e endereços residenciais? A mulher aproximou-se para ficar perto do outro gerente de recepção. — Sr. Knight, você deve compreender que não estamos autorizados a dar os endereços dos nossos funcionários.


Vince se inclinou em direção a ela e mostrou seus dentes brancos e brilhantes. A mandíbula de Jade caiu, a sensualidade crua de seu sorriso lhe roubando o fôlego. Como é que ele submeteu-a às suas carrancas em vez desse sorriso? Ela encontrou-se inclinando-se sobre o balcão para um olhar melhor para seu rosto - as covinhas, o modo como seus lábios iam para cima nos cantos. — Ouça senhorita... — Vince hesitou. — Tillman. — A mulher bateu em seu crachá. — Kirsten Tillman. — Senhorita Tillman. — Sua voz era precisa. — Perdi documentos muito importantes. Se meu concorrente consegue agarrá-los, não há como dizer o que eles vão fazer com a informação ou... — Ele parou e virou a cabeça com a cara feia para Jade. Ela apoiou o queixo na palma da sua mão e estava ocupada estudando seu rosto. — Jade? — Hmm? — Suas sobrancelhas levantaram, mas o olhar que ela deu a ele foi vago. Em seguida, ela endireitou-se e deu-lhe um sorriso tímido. — É o, uh, — ela apontou para algo acima dele, — lustre. É muito majestoso. Estou tentando descobrir se o acabamento de bronze oxidado é natural ou envelhecido com produtos químicos. É difícil dizer hoje em dia. Manter-se com essa mulher estava lhe deixando louco. Num minuto assobios de raiva indignada, no próximo olhos úmidos. Ele não tinha ideia do que se passava por trás de seus olhos cor de avelã. Ele balançou a cabeça e virou-se para a recepção. — Eu sei que isso pode parecer loucura, Sra. Tillman, mas é importante que eu fale com as mulheres hoje à noite. — A experiência lhe ensinou a sempre seguir com uma vantagem antes da pista ficar fria. Ele não estava disposto a mudar seu M.O2. agora. — Sinto muito, senhor, mas-

2

Modus Operandi


— O que você acha que seria pior para o seu hotel? — Ele cortou. — Dobrar algumas regras ou palavras saindo que o Palace é um lugar inseguro para ficar porque alguém da rua pode valsar em um quarto de hóspedes e pegar o que quiserem sem serem parados? A mulher lançou-lhe um olhar amigável, então virou-se para Vince e suspirou. — Não podemos dar seus endereços, senhor. É contra a nossa política. Mas se você decidir que é do interesse do público saber o que aconteceu aqui esta noite, não podemos pará-lo. Por uma batida, Vince a encarou. Ele entendia por que a mulher não estava indo dobrar as regras por ele, mas isso não significava que ele gostava. Quantas vezes ele enfrentou obstáculos intransponíveis e triunfou? Este não deve ser diferente. Ele queria encontrar um caminho. — Tudo bem. Desculpe-me. — Quando ele se virou, Jade estava no meio do hall de entrada, falando ao telefone, de costas para ele. Esta investigação estava se tornando mais complicada, tornando-o irritado. Tendo uma mulher que provocava seus sentidos em cada etiqueta junta não tornava mais fácil. Não importa o quanto ele queria negá-lo, ele não podia lutar contra a atração que tinha por Jade. E se ele seduzi-la e tirá-la do seu sistema? Não é uma boa ideia, especialmente porque ele queria terminar esta investigação pra ontem. Seu tio não tem muito tempo, então ele deve voltar para a ilha o mais rápido possível. Envolver-se com Jade seria uma distração que só iria atrasá-lo. Quando chegou mais perto dela, ele pegou trechos de sua conversa. — Você poderia, por favor? Quando? Trinta minutos? Mais cedo? Oh, isso seria ótimo. Sim, eu sei que eu deixei um pouco tarde demais... Eu vejo... com certeza... apenas um segundo. — Ela virou-se e lançou-lhe um sorriso luminoso.


O golpe instintivo que bateu nele só o fez mais irritado. Consigo mesmo, não com ela. Não era culpa dela que ele tinha sido celibatário por seis meses seguidos e estava tão excitado como uma cabra. — E agora? Ela parou de sorrir com seu tom rabugento. — Alguém tem que me ligar de volta. Eu poderia dar o seu número de telefone celular? Ele balançou a cabeça e recitou os dez dígitos. Ela deu-lhe outro sorriso glorioso. — Obrigada. — Depois ela repetiu o número de dez dígitos ao telefone celular, ela desligou e deu-lhe de volta o seu telefone. — Nós podemos ir agora. — Sua voz era impessoal. Um silêncio constrangedor se seguiu. Vince olhou para ela enquanto eles deixaram o hotel. Ela ignorou-o, apertou os olhos e tentou bloquear o sol de seus olhos com a mão. O sol estava se pondo e seus raios caiam sobre o seu rosto e os ombros, dando a sua pele um brilho dourado. Sua palma coçava para descobrir o quão suave e aquecida sua pele era. Ele arrancou sua atenção e procurou algo para dizer. — Como está sua cabeça? — Perguntou. — Latejando. — Seu tom era legal. — Nós podemos parar por um frasco de aspirina, se quiser. — ele ofereceu enquanto a dirigia ao local onde havia estacionado seu carro. — Tudo bem. Vou pegar algo na minha prima. Agora, o que ele tinha dito ou feito para irritá-la? Fora do quarto, ele não tinha ideia do que as mulheres queriam. Há seis meses, ele achava que tinha uma coisa boa acontecendo com sua última namorada. Então, de repente, ela o acusou de ser indiferente, muito preso com a sua escrita e saiu de sua vida. Ele não tinha ideia de onde tudo isso veio. Escrever era seu trabalho agora, seu único meio de ganhar a vida.


Vince empurrou o passado de lado e trouxe sua atenção de volta para Jade. — Será que você fez todas as chamadas que você queria fazer? Ela assentiu com a cabeça. — Sim. Essa última foi à Garanhão Inc. Eu, uh, eu acho que eu encontrei um stripper. Eu devo à Sra. Red um grande obrigado. — Sra. Red? — A ruiva atrás do balcão. Ela me deu um cartão enquanto você estava ocupado aterrorizando seu colega de trabalho. Vou enviar-lhe uma cesta de presente ou algo assim. — Ela lançou-lhe um olhar e mordeu o lábio inferior, indecisa sobre algo. — O que é? — Ele fez com que sua voz parecesse mais agradável. Ele não sabia o porquê. Verdade seja dita, ele preferia muito mais lidar com uma Jade com raiva do que a sirene provocante. — Você sabe que eu já estava assim... — ela usou seu polegar e o dedo indicador para indicar o tamanho — de pedir a você? — Pedir-me o quê? — Para dançar e tirar a roupa na festa da minha prima. Vince riu. — Eu? Os cantos de sua boca se contorceram. — Bobagem, né? Ele se conteve antes que pudesse dizer o 'inferno, sim'. — Não realmente. O que te parou? — Você nunca consideraria isso. Ela tem esse direito. — Você não sabe disso. Tente perguntar na próxima vez. — disse ele enquanto tirava as chaves do carro do bolso e apertava o controle remoto para abrir o carro.


Ela soltou uma risada incrédula. — Você quer que eu acredite que você tiraria a roupa e agitaria o seu, uh, hmm, glúteo, para uma sala cheia de mulheres? Talvez fosse o riso ou o olhar de desprezo que ela lhe dera que o fez dizer: — Sim. Seus olhos se arregalaram. — Ok. Você me pegou de surpresa, mas, novamente, eu estou aprendendo que há mais sobre você do que os olhos. — Um assobio escapou dela quando eles pararam ao lado de seu conversível preto. — Bom. Parece que você trocou seu Firebird da escola por um BMW série 6. O que há com você e carros esportivos? — Todos nós temos vícios. — Ele abriu a porta do passageiro, indicando para ela entrar e esperou até que ela tinha sentado no banco do passageiro, em seguida, caminhou até o lado do motorista e entrou. — Eu não negocio meu Firebird. Eu ainda tenho isso. — Sério? Está aqui em L.A.? — Nah. Está em casa. — Ele ligou o motor e saiu para fora do estacionamento. — E onde está a casa? — Ela perguntou, mudando o seu corpo, para que ela o encarasse, olhos iluminados com curiosidade. — Ilhas Orcas. — Seu local de nascimento e onde sua mãe foi sepultada. Como romancista de carreira, ele poderia facilmente ter comprado uma casa em qualquer lugar do país ou do mundo e chamá-lo de casa, mas a ilha continuou prendendo a ele. Era além do fato de que seu tio Remus morava lá ou que ele tinha boas memórias do lugar. Um mês atrás, ele teria negado, mas agora ele sabia que tinha algo a ver com sua mãe. Criados em sistema de assistência social, ela nunca ficou em qualquer lugar o tempo suficiente para chamá-lo de casa. Mas por pura vontade e apesar de ser frágil, ela fez uma casa para eles na ilha e estabeleceu uma base para ele.


— Esse é para onde você foi quando saiu da minha escola? — Sim. — Primeiro a ilha, em seguida, o Corpo da Paz e em todo o mundo, perseguindo histórias e brincando de roleta russa com sua vida. A região devastada pela guerra, um reduto do cartel de drogas, ou bunkers de fanáticos religiosos, não tinha importância. A tarefa mais perigosa era a melhor, tinha sido o seu lema. Ele sempre ia de ou depois de algo. Não que isso lhe fez nenhum bem. No final, ficou claro para ele que não podia fugir de seu passado ou de seus problemas. Infelizmente, esta investigação era a abertura de um capítulo em sua vida que ele pensou que seria fechado. — Todo mundo perguntava para onde tinha desaparecido. — disse Jade, quando parou em um sinal. Seus olhos brilharam em seu rosto. — Tenho certeza que eles tinham sua própria ideia de qual centro juvenil teve a sorte de me ter. — Nada disso. — disse ela rapidamente, o olhar de culpa no rosto mortificado. — Não se preocupe com isso. Eu não estou muito orgulhoso desse período da minha vida. — Sua voz saiu dura e não ficou surpreso quando Jade se mexeu e olhou para frente. Como poderia explicar-lhe o que ele passou 16 anos atrás? Saber que seu pai estava vivo, pouco antes da morte da mãe, em seguida, ter seu pai lhe rejeitando estragaram a sua psique. Não gostando do modo como essas memórias torciam suas entranhas, Vince mordeu os pensamentos. Ele não iria funcionar se ele começasse a reviver o seu passado desagradável. Por um momento, houve silêncio no carro. Jade suspirou. — Onde está o Traficante? — Próximo bloco. Cohen antiguidades. — Aquela em La Cienega Boulevard? — Ela parecia surpresa.


— Sim. Você conhece o dono? — Com o canto do olho, ele viu seu assentimento. — Benjamin Cohen. Minha mãe nos apresentou há vários anos. Eu já trabalhei com ele, ainda tive ele em uma palestra na minha classe. Tem certeza que estamos falando do mesma Cohen? O que eu conheço nunca poderia vender uma falsificação. — Ele fez. — Vince enfiou a mão no bolso do casaco, tirou um recibo e passou para ela. — Eu acho que nós estamos falando sobre a mesma pessoa. Jade estudou o recibo e balançou a cabeça. — Isso não faz sentido. Se ele está correndo um golpe, então alguém o obrigou a fazê-lo. — Forçado ou querendo, ele está envolvido. — Vince parou em frente aos cinco andares do edifício de habitação Cohen Antiguidades e desligou o motor. O sinal néon ABERTO aceso e as luzes de segurança amarelas brilhavam em torno das pinturas expostas e estátuas na janela, mas as luzes estavam fora do showroom. Franzindo a testa, ele estudou a loja. Uma sombra deslocou-se para dentro, em seguida, misturou-se com a escuridão. — Você viu isso? Jade fez uma careta para ele. — Ver o quê? — Alguém está na loja. — Cohen. Ele fecha suas portas às seis, mas fica dentro para terminar a sua papelada. Vamos falar com ele. — Jade abriu a porta do passageiro e saiu. — Jade. Espere. — Vince saltou do carro e correu atrás dela. A sensação de formigamento na parte de trás do seu pescoço retornando. Ele parou atrás dela e agarrou a mão dela antes que ela pudesse empurrar a porta. — Não toque em nada. Jade congelou e lançou-lhe um olhar preocupado. — Por quê? — Precisamos ter cuidado. — O olhar que ela deu a ele indicou que ela estava prestes a discutir. — Tente. — Então, ele puxou a manga direita do casaco


até que cobriu a mão e usou a mão para abrir a porta. Após seu encontro com Hudson e seu amigo, ele não podia dar ao luxo de ser negligente. Jade caminhou à frente dele na loja. — Mr. Cohen? — Ela gritou, virandose em círculo completo quando ela procurou no showroom. — Você está aqui? Silêncio. Vince franziu a testa. Luzes apagadas, a porta destrancada, mas o lugar parecia deserto. Algo não estava certo. Ele estudou o quarto, sobrepondo-a com a maneira que era antes. Pinturas e esculturas foram expostas em nichos em todo o quarto. Naturalmente, os ruídos cacofonia, uma mistura de música clássica silenciada, clamor de pedestres e sons de construção lá fora, tinham desaparecido. O escritório de Cohen, separado da sala de exposições, mas visível através de uma janela de vidro, estava em total escuridão. O silêncio era estranho e opressivo, mas nada parecia fora do lugar. Vince franziu a testa para a mesa e uma cadeira à sua direita. Estava desocupada durante sua visita anterior. — Será que Cohen tem um assistente? — Sim. — respondeu Jade, parecendo distraída. — Uma mulher de meiaidade. Não me lembro do nome dela. — Ela caminhou em direção ao escritório. — Mr. Cohen? — Lembre-se, não toque em nada. Nem nas portas, paredes... nada. — Mais uma vez, ele cobriu sua mão antes de abrir a porta do escritório e apertar o interruptor de luz. Luzes de néon deflagraram. O quarto estava uma bagunça. Pilhas de papéis, canetas e copos de café da Starbucks estavam espalhados por toda a mesa e no chão. Armários estavam semiabertos, os papéis derramados para fora. Um sistema de vigilância de idade era visível de um armário com portas quebradas. O computador na estação de trabalho se foi. Logo ao pé da mesa, pela lixeira, estava sua mochila. Parecia que eles tinham tentado jogá-la no lixo e ela caiu. — O que foi que eu disse? O velho está dentro disso. — disse ele.


— O que você viu? — Jade segurou o casaco nas costas e tentou espreitar em torno dele. Ele mostrou o seu quarto, levantando o braço. Ela colocou a cabeça para dentro do escritório e engasgou. — Cohen é muito meticuloso. Ele nunca iria deixar seu escritório assim. Vince entrou no quarto, agachou-se e estudou a mochila sem tocá-la. Ele pegou um lápis no chão e levantou a aba para cima da mochila. — Está vazia. — disse Jade em desânimo, levando a mochila dele. No instante seguinte, ela se afastou dele e começou a empurrar papéis e copos de café em torno ao usar a mochila para cobrir sua mão. — Whoa. Devagar. — Ela correu para o outro lado da mesa e abriu uma gaveta antes que ele pudesse detê-la. — O que você está procurando? — A minha bolsa. — Ela puxou a outra gaveta. — Não posso acreditar que Cohen está trabalhando com esses arruaceiros. — Sua voz estava tremendo. Ele esperava que ela não estivesse prestes a chorar. Ele era inepto com mulheres que choravam. Ela trocou de lado quando ele estendeu a mão para seu braço, evitou a mão e abriu a gaveta próxima. — Jade. Pare. — Por quê? Alguém já destruiu local. O que é... um... pouco... mais... Vince agarrou seu braço, passou os braços sobre ela e arrancou a mochila de sua mão. — Ele não está aqui. — Ela torceu o corpo, mas ele apertou ainda mais. — Droga, Jade. Sua bolsa não está aqui. — Você não sabe disso. — Ela olhou para ele, seus olhos brilhando. Nem uma única lágrima nos olhos. — Sabe? — Ela mexeu e ele a deixou ir. Ela deu um passo para trás e marchou para a porta. — Onde você está indo? — Vince correu atrás dela. — Estou verificando os outros quartos. — Não. Fique comigo. — Quando ela fez uma careta para ele, ele acrescentou: — Por favor.


Ela não tocou em nada depois disso. Acabou por assistir a ele com os braços cruzados enquanto ele procurava no banheiro e dois quartos. Ele era vigilante, cuidadoso para não deixar a mão ou impressões digitais. Não havia nada, só mais caos. A porta dos fundos para um beco estava destrancada. Latas de lixo enormes e um par de carros ocupavam a maior parte do espaço. Se quem estava na loja usou a porta dos fundos, ele ou ela estava muito longe. — Talvez Cohen saiu com pressa e não pôde fechar. — disse Vince. — Eu não penso assim. Concedido que ele mantém suas peças caras e raras em um cofre, algumas das antiguidades que estão lá... — indicou a sala de exposições — valem milhares de dólares. Além disso, isso é seu. — Ela apontou para um Malibu azul marinho estacionado perto de uma lixeira. Vince fechou a porta, usando a manga do paletó de novo. Ele tinha um mau pressentimento sobre isso. Isto era para ser sobre uma herança em falta, mas ele tinha um pressentimento de que havia mais coisas acontecendo. Um lote inteiro mais. — Onde está o seu seguro? Com seus braços ainda ao redor de seu corpo, Jade lhe deu de ombros, indiferente. — Eu não sei. Talvez no seu escritório. Talvez em sua casa. Vince tirou o paletó e jogou-o sobre os ombros. Ele tinha que tirá-la dali. Se Hudson e seu parceiro trabalhavam para Cohen ou não, esta era uma cena de crime. — Venha. — Não deveríamos chamar a polícia? — Ela arrastou seus pés enquanto caminhavam de volta para frente da loja. Até que ele tivesse a permissão de sua tia, ele não podia contar à polícia sobre a estátua desaparecida. Talvez fosse a hora, ela explicou por que as autoridades não foram notificadas. Ele não podia fazer muito, sem conhecer todos os fatos. — Claro. — disse Vince, tomando a palavra. — Uma vez que nós decidirmos sobre qual história contar.


Jade lançou-lhe um olhar de nojo, apertaram as mãos em torno de sua jaqueta e marcharam até a entrada. Vince ficou olhando para ela. Era por isso que ele preferia trabalhar sozinho. Ninguém para explicar suas ações ou irritar. Ela já achou que tinha algo criminoso a esconder. Esta era a certeza apertando. Ele adoraria explicar tudo sobre esta investigação a Jade agora que ela estava envolvida. Melhor ainda, ele adoraria que os agentes do FBI ou oficiais LAPD assumissem o caso, para que ele pudesse ir para casa. Ele tinha um livro para terminar e seu tio precisava dele. Vince deu um passo para trás no escritório de Cohen, assim que seu telefone celular começou a tocar. Ele arrancou-o de sua cintura, viu o número, e trouxe-o ao ouvido. — Tia Della. O que está acontecendo? — Chamei para saber se você está vindo para minha casa para o jantar, querido. Onde você está? — Eu estou seguindo algumas pistas. — Ele se agachou para estudar o sistema de vigilância. A tela estava em branco e sem fitas ao redor ou na máquina. Alguém estava falando sério sobre deixar nenhuma evidência. Vince aspirou o líquido escuro na máquina. Café. — Eu não posso prometer fazer isso, mas eu vou chamá-la assim que eu terminar. — Você tem que comer, Vince. Fiz carne assada, o seu favorito. Ele ouviu a solidão em sua voz. Sua tia nunca teve seus próprios filhos, mas adorava aqueles em sua classe de edição especial. Ele não podia deixar de se sentir culpado por não ter passado muito tempo com ela desde que chegou em LA. — Mantenha um prato aquecido para mim. Eu posso estar chegando tarde, embora. — acrescentou. — Isso não é problema nenhum. Você pode encher-me sobre o que você aprendeu.


— Claro tia Della. — Talvez ela fosse dizer a ele o que estava acontecendo com o seu pedido para não envolver a polícia. Ele levantou-se, olhou ao redor do escritório de Cohen pela última vez e recuou para o showroom. Satisfeito, ele saiu da loja e se dirigiu para seu carro. — Eu te vejo mais tarde. — Há uma coisa que eu preciso te dizer. — acrescentou rapidamente. Quando ela não falou imediatamente, Vince se preparou como se esperasse um golpe. — O que é? — O hospital ligou. A pressão em seu peito aumentou. Seu pai. Vince não conseguia juntar Jade e tê-la ouvindo seu lado da conversa. Ele parou há alguns metros do carro e deu-lhe as costas. — O que aconteceu? — Perguntou ele ao telefone. — Seu pai recuperou a consciência no início desta noite. Era engraçado como as pessoas más sempre pareciam enganar a morte. A pressão em seu peito diminuiu, embora não pudesse explicar por quê. Seu pai nunca se importou com ele ou quis conhecê-lo. O que sua tia esperava que ele dissesse? Que ele estava feliz? — Eu vejo. — Foi apenas por alguns segundos, mas o médico disse que era um bom sinal. Você, uh, parou para vê-lo? E fazer o quê? Tinha o juiz perguntado por ele? Ele não poderia fazer à sua tia essas perguntas. Seria rude. Não que ele tivesse algo a dizer a seu pai. Ele já disse seu pedaço 16 anos atrás, quando Vincent precisava de um pai e o juiz lhe disse que não havia espaço em sua vida para uma criança. Vince ingeriu com o peito apertado. A dor o pegou de surpresa novamente, o desejo de superar suas diferenças seguindo. Ele era um idiota. Ele não entendia por que pensamentos sobre seu pai, muitas vezes, reduzia-o aos 17 anos de idade passados.


— Eu estive muito ocupado, tia Della. Eu preciso encontrar a estatueta para que eu possa ir para casa. — Casa do tio que fez o necessário muito mais do que seu pai nunca fez, um homem que não era um parente de sangue e ainda o amava como um. O suspiro de sua tia chegou a seu ouvido, alto e claro. — Vá falar com ele, querido. Deixe tudo e siga em frente. Enquanto você continuar a odiá-lo— Eu não o odeio. — Sua mandíbula se apertou quando mais coisas do passadose fecharam em sua cabeça. — Eu não o conheço bem o suficiente para odiá-lo. — Ele é seu pai, Vince. Vocês dois precisam colocar o passado para trás. Faça a raiva e a dor ir embora. Uma vez que ele recuperar a consciência e descobrir que você encontrou a Estátua— Eu não estou fazendo isso por ele. — ele a interrompeu, sua voz lacônica. — Estou ajudando porque você me pediu, tia Della. — Sua tia ficou em contato com sua mãe depois que ela se mudou para Orcas Island e com ele depois que ela morreu. Para sua tia, ele faria qualquer coisa. Quanto ao seu pai, ele não poderia se importar menos se visse ou falasse com ele. Vince rangeu os dentes, repreendendo-se em silêncio. Antes de vir para LA, ele tinha suas emoções sob controle. Ele sabia que nunca se deixaria vulnerável novamente. Nunca confie em ninguém. Que diabos estava acontecendo com ele? — Bem, isso talvez seja verdade, querido, — disse sua tia, — mas esta família precisa se curar. — Eu não posso discutir isso agora, tia Della. — Ele caminhou até o carro e deslizou no assento do motorista. — Eu tenho que ir. — Vamos conversar hoje à noite, em seguida, ok? Tchau. Ele fechou o celular e colocou-o em sua pasta. Não havia nada que ele e sua tia precisavam discutir, não quando envolvia seu velho. O telefone começou


a tocar, novamente. Desta vez, era para Jade. Ele passou-lhe o telefone e esperou. Ele ouviu trechos de sua conversa. — Você tem certeza? Você pode recomendar alguma outra empresa? Sim... um concorrente. — Ela riu e revirou os olhos. — Sim, eu entendo. Obrigado por tentar. — Ela fechou o celular com um piscar de olhos e apertou-o contra sua testa. — O que foi aquilo? Por um momento, ela o ignorou, apenas mordeu o lábio inferior. Em seguida, ela lançou-lhe um olhar especulativo, fez uma careta e ofereceu-lhe o telefone. — Uh, nada. Obrigado por me deixar usar o telefone. Seu olhar permaneceu nela depois que ele pegou o telefone, mas ele não falou. Seus ombros caíram, seus lábios triturados em um beicinho e sulcos resolvidos entre as sobrancelhas. A raiva direcionada a ele, ele poderia suportar. O ar derrotado nela incomodava. Ele não conseguia nem explicar o porquê. Ele apenas fazia. — Pare com isso. — ela resmungou. — Parar com o quê? — De olhar para mim. É rude. Você poderia me levar para a minha prima? — O que está acontecendo? Uma onda de risada histérica escapou. — Você não quer saber. — Eu não iria perguntar se eu não quisesse. Ela revirou os olhos. — Ok. Bem. Se você quer saber, era o dono da Garanhão Inc. Eles não conseguiram encontrar um dançarino para a festa da minha prima. Os homens que dançavam em tão pouco tempo não estavam disponíveis. — Ela balançou a cabeça. — Hoje à noite, de todas as noites, eles não estavam disponíveis. Sorte a minha. E, claro, a mulher não poderia me fornecer um número do concorrente. Assim, em poucas palavras, eu devo


comprar um dançarino ou enfrentar a ira da minha prima. — Ela lhe lançou um olhar esperançoso. O intestino de Vince apertou. Ele deveria saber agora por que quando ele abria a boca sem pesar as consequências, sempre era mordido na bunda. De jeito nenhum que ele se ofereceria para tirar a roupa na festa de sua prima. Ele ligou o carro, pediu instruções sobre a prima e tirou o carro no meio-fio. Seguiram em silêncio até que ele parou em frente ao endereço que ela lhe dera. Jade agora tinha um olhar perdido. — Por que você apenas não chama sua prima e explica? Ela já estava balançando a cabeça antes de ele terminar de falar. — Você não entende. Eu, uh, eu já as decepcionei demais e frequentemente antes e... — Ela suspirou. — Era importante para mim que eu passasse através disto. — Ela olhou para ele: — Você poderia... uh-hmm, claro que não. Não importa. Seu peito diminuiu com alívio, mas ele a olhou e esperou. Ele queria que ela perguntasse a ele apenas para que ela estivesse em dívida com ele. Não que estar em dívida com ele tinha alguma coisa a ver com as suas intenções amorosas. Desde a reunião de alguns dias atrás, fantasias explícitas com a professora encantadora manteve-o acordado durante a noite. No estado de espírito em que estava, que era de baixa qualidade para dizer o mínimo, uma maratona de sexo, desde a tarde até a madrugada, era a única solução. Seria exorcizar a dor que atava seu intestino. Quando a língua saiu para molhar seu lábio inferior, Vince lhe seguiu, desejando que ele pudesse prendê-la em sua boca. — Eu poderia o quê? — Ele fez com que seu tom não estivesse muito ansioso. Jade ficou em silêncio por tanto tempo, que ele tinha certeza de que ela não iria responder. — Eu sei que você disse antes para lhe perguntar em vez de assumir, então eu só vou fazer isso. Você poderia me ajudar com isso? Dançar na festa?


Perfeito. Ele fingiu considerá-lo, em seguida, assentiu. — Eu poderia ser persuadido. Seus olhos se arregalaram quando ela deslocou-se para encará-lo. — Sério? Você não se importaria? Sim, ele o faria. Se ele tivesse alguma coisa com isso, deveria acabar com as pontuações. Negociação de um favor por sexo não era algo que ele tinha tentado, mas ele não tinha se arrumado em meses. Além disso, ele não conseguia se concentrar em sua investigação enquanto ofegasse atrás dela como um cachorrinho hiperventilando. — Eu não me importaria. — disse ele, deliberadamente, baixando a voz. — Eu ouvi um ‘mas’ pairando ali. — Sua voz era casual, mas a maneira como suas mãos agarraram o casaco em volta dos ombros desmentia isso. Ela estava em recuperação rápida. Sabia que ele estava tramando algo. Ele deu de ombros. — Eu acho que nós dois podemos conseguir alguma coisa disso. — Ok, Vince. Diga-me o que você quer. O que será necessário para que você possa tirar a roupa para mim... uh, quero dizer na festa?


CAPÍTULO 5 — Passe a noite comigo. Jade piscou enquanto a respiração alojou em sua garganta. Ou a cabeça batendo a fazia ouvir coisas ou ele apenas pediu que ela... — O quê? — Eu quero que você seja minha até o amanhecer. — Oh. — Ela queria bater com as mãos no rosto em chamas. Em vez disso, ela enterrou-o no paletó drapeado sobre os ombros. O casaco, cheio do cheiro almiscarado de Vince, só aumentou seus sentidos. Seu coração batia forte e sua mente ficou nebulosa. — Você está falando... em troca... caramba. — Energia que se dane. Fale sobre indecente. Ele abaixou a cabeça para que ele pudesse olhar em seus olhos. — Eu não vejo por que não deveria se beneficiar de tal acordo. Você é uma mulher bonita, sexy, e eu a acho muito fascinante. — Você acha? — Quando ele assentiu com a cabeça e deu um sorriso, sua mente confusa conjurou uma fantasia no ar. Seus lábios sobre sua pele nua, chupando o mamilo tenso em sua boca úmida, arrastando para o sul, para fazer coisas para ela que ela só tinha lido nos livros. Um formigamento começou em lugares que não tinha formigado em anos. — Certamente você não pode duvidar do efeito que tem sobre os homens, — disse Vince, — ou que eu gostaria de ir para a cama com você.


Oh, sim, ela poderia. Não, a velha Jade poderia, ela corrigiu. A nova Jade amou a onda de conscientização em cascata sob sua pele, estava mesmo tentada a esquecer seus códigos morais maternos e dizer sim. Pena que sua impulsividade tendia a lançar a cabeça em problemas, como seu primeiro casamento. Mas quem está falando de algo tão sério? Não Vince. Luxúria estava em sua mente, uma noite de decadência era sua isca, e ela a estrela. Seus hormônios gritavam com ela para ir para ele. Jade deu a Vince um olhar de soslaio, passando por suas coxas masculinas, passando por seu ombro largo no rosto esculpido. O homem poderia ser repleto de promessa sexual, mas que tipo de amante ele iria ser? Ele era o tipo dominante, que iria querer fazer as coisas à sua maneira e engoli-la inteira. Um tremor de excitação primitiva deslizou por sua espinha. Esta era a luxúria, território puro e simples, inexplorado por ela. Ela teria sorte, e loucura, para retirá-la. Não, isso não estava acontecendo. Ela não poderia considerar a sua oferta, não importa quão tentadora. Jade limpou a garganta e tentou projetar indignação. — Você não pode esperar que eu concorde com uma proposta tão absurda. — O que é um absurdo em eu querer dormir com você? — Eu não sei. — E o sono não estava no menu que ele lhe oferecia. — O que isso tem a ver? Eu acho você atraente. — Sua voz era calma. — Não significa que eu tenho que ir para a cama com você. — E você está atraída por mim. — acrescentou ele, como se ela não tivesse falado. Tão cheio de si mesmo, não era? — Por que você não liga para um serviço de acompanhantes e cuida da sua... — ela acenou para ele, — necessidade. — Prostitutas não me ligam. Você sim.


Jade engoliu, imagens sensuais surgindo em sua cabeça como margaridas. Ela esfregou seu templo, seu pulso pulsando fazendo sua cabeça mais difícil. — Eu não posso. Eu não faço uma noitada. — Por que não? Sim, Jade. Por que não? Por quê sua experiência com os homens era limitada. Jerrod foi seu primeiro e único amante. Mesmo em seu melhor dia, ele nunca jogou seu equilíbrio como Vince, ou a fez se sentir irresponsável e fora de controle. Ou a inspirou a ter fantasias eróticas. Mas, novamente, ela nunca teve outros. Gelada e reprimida na cama, o bastardo tinha dito a ela antes dele sair de sua vida. Sim, num caso de uma noite o que ela faria? — Eu simplesmente não faço. Eu sou antiquada. — disse Jade, elevando o queixo, apesar de seus pensamentos. Vince riu. — Flores, velas e música suave. Ela se irritou com seu tom divertido. — Não há nada de errado em querêlos. — Claro. Mas quando você está em uma crise de tempo... — Sua expressão mudou, seus olhos tornando-se famintos e predatórios enquanto eles percorriam seu rosto. — Seja minha até o amanhecer, e eu prometo que você não vai se arrepender. Essa conversa era insana. Discutir sexo com um homem era algo que ela nunca tinha feito ou imaginado estar fazendo. — Como você pode discutir isso de uma forma tão impessoal? — Eu estou? Calor ardia em seus olhos escuros e desejo pulsava de seu corpo tenso, batendo nela e exigindo uma resposta. Ela lambeu os lábios, estar fora de seu ambiente era desconcertante.


— Encontros de uma noite nunca são planejados. — ela protestou, odiando o leve tremor em sua voz. — Eles só, uh, acontecem. Seus ombros largos levantaram e caíram. — Eu não faço espontâneo. Isso sempre leva à lamentos. — Ele pareceu ponderar suas próximas palavras. — Olha Jade. Eu não tenho tempo ou interesse em um relacionamento. Nem quero te dar falsas esperanças de algo sério em desenvolvimento entre nós. Desta forma, nós dois sabemosn o que estamos nos metendo. Sua proposta era sórdida se realmente pensasse sobre isso, exceto que algo dentro dela não parecia pensar assim. Um pensamento muito inquietante que mereceu uma análise profunda, mas em uma outra ocasião. Neste exato minuto, ela precisava desiludir Vince da ideia de que ele poderia convencê-la a fazer sua vontade. Claro, ela deu-lhe alguns elogios por ser honesto, mas não podia se envolver com um homem que trocava um favor por o sexo. Além disso, a falta de interesse em um relacionamento insinuava algumas importantes questões pessoais. — Eu gosto que você seja honesto sobre isso, mas a minha resposta é não. Ele olhou para o prédio que abrigava o sótão de sua prima com uma expressão interrogativa. — Você disse que você deu sua palavra sobre trazer um dançarino. Insistiu que era importante você passar através disto, como que para provar alguma coisa. — Ele virou a cabeça e trancou seu olhar em seu rosto. — No entanto, você não vai considerar minha proposta simples quando é a solução perfeita. — Não há nada simples sobre sua proposta, Vince. Quanto às minhas primas, elas vão entender uma vez que eu explicar. — Ela esperava que entendesse. O velho pensamento sobre não-pode-estar-nos-seus-próprios-doispés errática Jade, que passou pela sua cabeça, arrastou-a para baixo.


A sensação dos dedos de Vince na bochecha a trouxe de volta ao presente. A corrente de energia cantarolava onde suas peles se tocaram. — Nós poderíamos ser muito bons juntos, Jade. Confiar em um homem é ter uma mente numa faixa. Ali estava ela, lutando com questões pessoais e ele ainda estava falando sobre sexo. Ela abriu a boca para fazer um comentário mordaz, mas ele pisou fundo nela com as palavras seguintes. — Seremos muito bons juntos. Seremos? — Mas eu disse que eu não estou em uma noite deSua boca cortou. Não nos lábios. Não uma invasão de língua e dentes, mas uma carícia suave na bochecha. Era uma sedução deliberada que enviou uma sacudida em todo o seu sistema. Ela poderia ter se jogado para trás e quebrado o contato, mas não conseguiu reunir a energia. Ele beliscou ao longo de sua bochecha com o canto do olho, o que fez os olhos fecharem. Então ele deu um beijo em sua têmpora. — Como você saberá a menos que você experimente? — Sua voz era baixa e gutural, sua respiração abanando sua pele. Um arrepio a percorreu o corpo, mas por dentro, ela estava derretendo. O local úmido entre suas pernas latejava, pedindo-lhe para desistir. Antes de seu cérebro confuso poder pensar em uma resposta, ele se afastou. Seus olhos se abriram. Ela piscou em confusão. O idiota manipulador. Como ele ousa oferecer a ela um encontro sexual banal e depois puxar um rápido encanto sobre ela? Sua gentileza e leves toques de pena tinham efetivamente destruído suas defesas, transformando sua mente em gosma, mexendo em anseios que ela nem sabia que tinha. Jade respirou fundo, o que era a coisa errada a fazer. Seu masculino perfume de floresta-após-a-tempestade encheu seu nariz, fazendo-a fungar em cima dele.


— Fique... longe... de mim... Vince. — A covinha piscou para ela, mas ele não se moveu para trás. — Quero dizer isso. Ele deu de ombros e recostou-se contra o seu assento. — Se você mudar seu— Isso nunca vai acontecer. — ela retrucou. Ele abriu a porta, saiu do carro e caminhou em volta do carro para o lado do passageiro. — Nunca é muito tempo. — acrescentou ele quando se inclinou para abrir a porta. — Funciona para mim. — Ela balançou a cabeça e levantou-se, trazendo seu corpo um fôlego perto dele. Por um momento, ele não se mexeu. Um brilho nos olhos avisou que ele não era tão calmo quanto tentou parecer. Seu olhar permanecia em seus lábios e ficou lá. Jade se preparou para seu próximo movimento, a respiração entrecortada e o pulso na base de sua garganta batendo rápido. A decepção ferveu contraindo o peito quando ele se afastou. O que havia de errado com ela? Ela não queria Vince Knight. Não deveria querê-lo. Ela respirou fundo, isso fez com que ela pudesse falar com um tom de nível normal. — Boa sorte com a sua investigação, Vince. Vou deixar a minha mãe saber o que está acontecendo e vou entrar em contato com você assim que eu falar com o meu irmão e pesquisar os cofres. A transição para a sua calma habitual não foi fácil. Seus lábios estavam apertados e sulcos apareceram em sua testa. Ela deliberadamente interpretou mal a reação dele. — Não se preocupe, não vou contar a verdadeira razão pela qual eu estou procurando seus cofres, embora você possa ter que dizer a verdade à Baron se você quer a sua ajuda. Ele pode conhecer um monte de pessoas no negócio antigo, mas ele está sempre conectado aos seus contatos.


Ele assentiu. — Eu vou verificar na saída do hotel amanhã de manhã. Use o número do meu celular para entrar em contato comigo. Ele não estava um campista feliz. Triste. Desde que ele soube quem nem sempre a sua vontade é feita. — Ok. Estarei em contato. — O momento era estranho, e ela não se preocupou em oferecer-lhe a mão. — Faça isso. — disse ele. Ela sentiu seus olhos sobre ela enquanto se afastava do meio-fio e corria para as portas duplas do edifício da Ashley. Ela lutou contra a forte tentação de olhar para trás, acenou para os guardas através do vidro para abrir a porta e entrou no prédio. Só então ela olhou para trás. Vince ainda estava olhando para ela. Inquietação a percorreu. Quando ela mexeu os dedos em um breve aceno, ele acenou com a cabeça e entrou no seu carro. O ar preso em seus pulmões saiu com um assobio, uma vez que ele contornou e se foi. — Boa noite, senhorita Fitzgerald. — Oi, Quinn. — Jade virou-se para sorrir para o guarda-costas que sua família contratou para Ashley. Sua prima estava prestes a testemunhar contra um incendiário. Típico de Ashley, ela recusou proteção policial. — Como vai? — Noite movimentada, com a festa e tudo mais. — Quinn olhou para a porta da frente, em seguida, de volta para ela. — Eu achei que estaria trazendo um 'amigo'? Um amigo? Ah, o stripper. Vince teria feito um substituto perfeito. Coxas masculinas, ombros largos, feições de classe mundial. A coisa era que Vince nunca poderia ser um substituto para qualquer um. Ele era... Vince. Ultramacho. Uma força da natureza. Muito seguro de seus poderes sobre os meros mortais do sexo feminino. Tudo o que ela não confiava em um homem. — Você está bem, senhorita Fitzgerald?


Os olhos espantados de Jade voaram para o guarda-costas e ela lutou com o rubor. Deve ter parecido como uma imbecil ali de pé, olhando para o nada, sonhando acordada. — Sim. Era para eu trazer alguém. Mas, uh... — Jade fez uma pausa quando um cara alto e estranho saiu da sala atrás do balcão de segurança, um laptop em suas mãos e juntou-se à Quinn e o segurança. Ela observou seus penetrantes olhos verdes, olhos puxados e cabelo preto em linha reta e se perguntou quem ele era. Ela deu-lhe um sorriso vago quando ele olhou para ela com curiosidade. Sua atenção se voltou para Quinn. — Ele vai vir mais tarde. Melhor subir. — Ela acenou e virou-se para o elevador. — Desculpe-me, senhorita? — A voz profunda do homem desconhecido parou Jade. — Você está aqui para a festa de Ashley Fitzgerald? Jade balançou os calcanhares e virou a sua cabeça. — S-sim. — Posso ver uma I.D., por favor? Ela fez um giro de corpo inteiro e levantou as sobrancelhas. — Desculpe? — Relaxa Lambert. — Quinn interrompeu, jogando ao homem mais alto e mais jovem um olhar irritado. — Eu posso garantir por ela. Ela é uma Fitzgerald, prima de Ashley. — A I.D. com foto seria preferível. — O tom do homem era educado. O olhar de Jade saltou entre os dois homens. Um motosserra não poderia cortar a tensão entre eles. Ela não tinha ideia do que estava acontecendo, mas ela tinha lidado com bastante merda hoje e não iria colocar-se em mais bagunça. O latejar na cabeça só rivalizava com um bongo. — Está tudo bem, Quinn. — ela disse, mas seu olhar permaneceu bloqueado no jovem homem bonito. — Você é? — Danny Lambert, guarda-costas de Ashley.


— Ah, você deve ter substituído a mulher, uh, qual o nome dela... Fran— Francesca está lá em cima. — Quinn empurrou um dedo para Lambert. — Ele trabalha para Noble. Ron Noble, noivo indomável de Ashley. Ela tinha que dar um ponto a Ron. Ele se recusou a deixar a sua família intimidá-lo quando veio por Ashley. Os homens de sua família ainda estavam chateados que ele tinha envolvido Ashley em uma investigação que quase a matou. As mulheres Fitzgerald perdoaram depois que ele deslizou um anel de diamante lindo no dedo de Ashley. Jade sabia que Ron havia contratado uma empresa de segurança para vigiar Ashley, mas esta era a primeira vez que ela encontrava alguém do pessoal dele. — Eu não acho que já nos conhecemos. Jade Fitzgerald, prima de Ashley. — Ela ofereceu à Lambert a mão. Ele envolveu sua mão pequena em sua maior. — Me desculpe, mas eu tenho que seguir o protocolo que Noble, Ashley e eu combinamos. Espero que você entenda. — Eu entendo Sr. Lambert. — A segurança de Ashley era uma grande preocupação para todos. Os homens contra quem ela estava prestes a testemunhar poderiam facilmente contratar um pistoleiro para silenciá-la. Jade entrelaçou as mãos, baixou os cotovelos no balcão e suspirou. — Mas esse é o problema. Eu perdi minha carteira mais cedo hoje. — Ele não disfarçou sua incredulidade. Ela torceu o nariz e sorriu. — Parece muito conveniente, não é? É verdade. Eu até relatei. Então, o que vamos fazer? Você pode confiar em mim e me deixar entrar ou ligue no andar de cima e Ashley garantirá por mim. Ele acenou com a cabeça. — Eu vou ligar. Jade deu de ombros e resignou-se a esperar. Quinn jogou um apologético sorriso em seu caminho e um olhar feio para Danny Lambert. Em poucos segundos, ela estava ouvindo o lado do guarda-costas da conversa.


— Posso falar com Ashley, por favor? — disse ele. — Danny... Danny Lambert, chefe da equipe de segurança. Onde está Ashley? Com quem estou falando...? Oh, Faith. — Sua mandíbula se apertou. — Há uma senhora aqui em baixo com o nome de Jade que... temos um protocolo a seguir, Sra. Fitzgerald. — ele terminou entre os dentes. Ele ouviu, carrancudo. — Então é melhor você descer e assinar. — Ele terminou a chamada e soltou uma maldição em voz baixa, enquanto colocava o telefone no gancho. Jade escondeu uma careta. Senhorita Bisbilhoteira Faith já armou briga com o novo guarda-costas. Ela estudou o homem, que a ignorou e fixou o olhar nas portas do elevador como se quisesse desmantelá-lo. O que Faith tinha feito agora? Ela tende irritar as pessoas sem tentar. A mudança na expressão de Danny de exasperação para antecipação fez ela voltar-se para verificar o elevador. Faith flutuava no hall de entrada, dois metros de altura figuravam um modelo semelhante em calças flare e um top confortável que mostrava muita pele. Seu cabelo estava tingido de vermelho brilhante. Elas se encontraram no meio do caminho e abraçaram-se. Faith se inclinou para trás e olhou em seus olhos. — Eddie ligou. Sinto muito pela sua carteira. Você está bem? Seu... — Ela colocou a mão em seu peito. Jade suspirou. — Aqui estou eu, Faith. O coração está batendo normal, como de costume. — Graças a Deus. Dê-me um segundo. Jade virou-se para assistir a Faith marchar para o balcão, assinar seu nome no livro de visitas, sem fazer contato visual com Danny Lambert e deslizar de volta ao seu lado. — Eu te disse que eu gosto do vestido? — Perguntou Faith. — Faz-me esquecer dos beges que o filho da mãe do Jerrod... Esqueça que eu trouxe o nome


do idiota. — Ela colocou o braço em volta dos ombros de Jade e cutucou para o elevador. — A roupa é sexy, perfeita para a sua figura. Quando decidiu renovar seu guarda-roupa, ela invadiu a sala de exposição de Faith. — As meninas devem ter dito que estive em sua casa. — Sim, escolheu o momento em que você sabia que eu não estaria lá também. — E você parou de me vestir como pote de sexo. — O vestido que ela usava era o mais ousado do grupo. Eles entraram no elevador e Faith piscou. — Eu continuo dizendo a você, se você tem o corpo, ostente-o. E você — ela deu à sua roupa outro olhar, — não fez mal para si mesma. Minha única esperança é que você queimou aquelas cortinas disformes, beges, que usava para vestir. Ela não se livrou de todas elas. — Yeah, uh, por que você não me fala sobre Danny Lambert? Faith revirou os olhos e apertou o botão para o andar de cima. — O homem teve a coragem de me chamar uma semana atrás, com uma lista de instruções que eu precisava seguir... se eu quisesse sediar essa festa para Ashley... você pode acreditar, que merda... Por causa dele, eu mudei o local, da minha casa para cá. — Ela pressionou seu dedo indicador, contando as queixas que tinha contra o pobre Lambert. — Eu também tive que dar-lhe uma lista de pessoas presentes na festa. Informar a todos os convidados para trazer documentos com fotos. Dar-lhe o nome do restaurante que faria o buffet para o evento, que passou a ser Chase. Eu disse a ele que Chase era família, seu irmão, meu primo querido, mas ele ainda insistiu. Um nervo. É claro que eu recusei, mas você sabe... Ashley. Ron está na Kern Vale lutando contra um incêndio e tendo seu melhor amigo se encarregando de aliviar sua mente. Então eu fiz. — completou, falando por entre os dentes. — O julgamento começa em poucas semanas, não é?


— Yeah. A espera tem sido uma pressão sobre ela. De qualquer forma, quando o stripper chega aqui? Jade fez uma cara de culpada. Muitas vezes ela deixou seus primos na mão durante esses anos sombrios que ela foi casada com o vulgar Jerrod. — Você vai ficar muito decepcionada se eu disser que eu estraguei tudo? Seu número estava na minha bolsa e eu deveria ter confirmado a reserva no início da semana, mas— Você se esqueceu. — Faith terminou. — Eu já me sinto mal, ok? Eu pensei que eu poderia conseguir um substituto, mas nada que eu tentei funcionou. Faith deu um longo suspiro. — Não se preocupe. Conheço um casal de meninos de uma agência de modelos que eu uso que não se importaria de fazer dinheiro extra hoje à noite. — As portas se abriram e elas saíram. — No entanto, querida... Jade se preparou para uma palestra. — Você precisa falar com alguém. Quando você me disse que você estava se tornando apática e achando ensino e pesquisa tediosos, eu pensei que você estava brincando. Tire um ano sabático. — Elas pararam fora do loft de Ashley. — Encontre algum garanhão e monte o seu corpo até o esquecimento. O rosto de Vince flutuava em sua cabeça. Ela empurrou-o para longe. — Eu estarei fora em minhas férias, depois de amanhã. — Então, tenha um caso de férias, enquanto você está nisso. Você sempre amou o seu trabalho, mas todo o trabalho e nenhum jogo... — Eu estou bem. — Faith fez uma careta. — Ah, é? — O tom de Faith estava cético. — Desde quando?


Desde que eu conheci Vince esta tarde. O último par de horas, embora estressante, tinha sido muito revigorante. Talvez ela não precisasse de um homem. Talvez ela precisasse reconsiderar a oferta de Vince. — Apenas tome minha palavra nisso, Faith. Eu estou apenas excelente.

*** O aperto de Vince aumentou no volante. Será que ele leu Jade errado? O flerte, o vestido, os sapatos de salto alto de seis polegadas, e do jeito que ela ficou olhando para ele, todos os sinais corretos. A mulher queria. Então, por que ela recusou sua proposta? Ele mudou de marcha e abrandou quando se aproximou de seu hotel. Será que ela seria mais flexível, se ele fosse oferecer-lhe um caso? Mas como poderia, quando ele não tinha certeza de quanto tempo ele estaria em Los Angeles? Ele poderia encontrar a estátua hoje, amanhã, ou na próxima semana. Em seguida, ele estaria de volta à Ilhas Orcas. Ele não tinha intenção de ficar por aí, uma vez que a encontrasse. Ele estacionou o carro fora do seu hotel e entrou no prédio. Ignorou os gestores da recepção ainda que ele pudesse sentir os olhos seguindo-o enquanto atravessava o saguão. Depois que chegou ao seu quarto, ele tirou a camisa e jogou-a de lado. Ok, então ela o rejeitou, grande coisa. Há uma primeira vez para tudo. Mas ele estaria mentindo se não admitisse que estava decepcionado. Ele deu um passo para fora das calças e da cueca, fez uma pausa para estudar sua imagem no espelho. O que exatamente ela viu quando ela olhou para ele? Seu corpo não era ruim, apenas se divertia estando forma, porque suar no treinamento o fazia mentalmente alerta. Desviou o olhar baixo, para sua


virilha e fez uma careta. Ela não estava perto dele, mas os pensamentos de seu corpo o faziam endurecer de necessidade. Apenas um chuveiro gelado poderia neutralizar o efeito da professora deliciosa. Vince estava saindo do banho quando uma batida ressoou em sua porta. Ele pegou a calça, foi até a porta e verificou através do olho mágico. Um jovem cheio de espinhas, tez morena, no início dos vinte anos e com corpo mediano deu ao corredor um olhar furtivo antes de bater, de novo. Não havia nada ameaçador sobre ele, mas isso não queria dizer nada. Vince girou a maçaneta devagar, em seguida, abriu a porta, agarrou o homem pela camisa e puxou-o para dentro do quarto. — Quem é você? O que você está fazendo na minha porta? — Cada grunhido foi acompanhado com o aumento de seu aperto. — Sr. Knight, por favor. — O homem levantou os braços em um gesto apaziguador. — Estou aqui para ajudá-lo. Para oferecer a minha ajuda. Ele não soltou o jovem, mas estreitou os olhos ameaçadoramente. — Me ajudar? Como? — Os funcionários de limpeza... Me disseram que queria saber onde eles moravam. Eu trabalho aqui e conheço-os. — Vince o estudou, viu sinceridade se misturando com cautela nos olhos do homem. Seu aperto afrouxou e ele soltou a camisa. — Qual o seu nome? — ...Tariq Bolden. Para se certificar de que não estava sendo enganado, Vince mudou-se para o telefone na mesa de cabeceira e levantou-o, seu olhar não deixando o jovem. — O que exatamente você faz aqui, Tariq. — Eu trabalho no térreo no restaurante, na cozinha. Sem quebrar o contato visual, Vince ligou para a recepção e pediu para falar com o gerente de Feng Shui. Uma vez que ele confirmou que o menino estava dizendo a verdade, ele desligou o telefone e cruzou os braços.


— Sente-se, Tariq. — Ele esperou até que o rapaz sentou-se, em seguida, estabeleceu-se no braço da cadeira em frente. — Então? Onde eles vivem? Um olhar tímido apareceu nos olhos do rapaz. — Eu, uh... você... estaria disposto a pagar pela informação? Ele se perguntava o quanto à informação lhe custaria. Tirou a carteira do bolso da calça de volta e tirou várias notas de vinte dólares. Os olhos de Tariq ampliaram. — Eu vou dar-lhe cem dólares. Cinquenta agora e cinquenta uma vez que eu confirme que você está dizendo a verdade. Tariq parecia indeciso, sua expressão estava desconfiada. Vince acenou as notas, ficando impaciente. Ele não teve que esperar muito tempo antes de Tariq assentir. Vince pegou uma caneta e um bloco do hotel na mesa, em seguida, ergueu as sobrancelhas. Uma vez que ele conseguiu o que queria, deu ao menino duas de vinte e uma nota de dez dólares. — Recolha o resto quando eu voltar hoje à noite. Menos de uma hora depois, Vince passou pela área comercial e de vestuário no norte de Newton e entrou na estrada que leva ao projeto habitacional Pueblo Del Rio, em South Central. Ele parou perto de quatro jovens no meio-fio, desligou o motor e saiu do carro. Os gritos de sirenes, rodas na calçada e pessoas gritando uns para os outros agrediram seus ouvidos. O fedor de lixo não recolhido e mijo pairava no ar. Não o incomodava em nada. Ele tinha visto pior durante os seus dias de repórter. Apertando os olhos, olhou em volta. Havia a habitual coleção de personagens desesperados e cansados com ócio: jovens desempregados pendurados para fora, vendendo Senhor-sabe-o-que ou jogando no terreno; alguns bêbados e drogados dormindo e exalando o veneno que tinham consumido antes. À sua direita, havia o edifício que estava procurando. Seus


níveis mais baixos receberam um trabalho de pintura de grafite por especialistas locais. Seu olhar se voltou para os quatro jovens. Ele esperava que um deles fosse apontá-lo na direção do apartamento de Valerie Redding.


CAPÍTULO 6 Jade sorrateiramente deu um olhar para o relógio. Duas horas e contando. Onde estavam os strippers? A espera a estava deixando louca. As outras mulheres, imersas no jogo Eu nunca, pareciam despreocupadas. Ela tomou um gole de bebida alcoólica e desejava que fosse algo mais forte. Ela estaria bêbada, dopada e agindo como uma louca se bebesse as misturas de Faith no balcão da cozinha. Ser a única pessoa sóbria em cada festa por vezes a sugava, mas era isso ou arriscar a vida dela. Controlar sua arritmia sempre veio em primeiro lugar. O olhar de Jade varreu o sótão e ela sorriu para as decorações da festa e jogos. Confie em Faith para chegar a algo incomum. Tudo estava com a forma de um pênis - piñata em forma de pênis, o cartaz de um pedaço bonitamente gostoso para o jogo Pin do Macho e sua variedade de objetos de pênis, os chapéus de papel que os convidados usavam exceto a tiara de Ashley, os adesivos, e até mesmo as palhetas utilizadas para bebidas. Quando as mulheres agiam mal, elas faziam isso com um estrondo. O tatear ia ter lugar esta noite. Ela quase sentia pena dos strippers. — Eu nunca saí de casa sem calcinha. — A risada da confissão chamou a atenção de Jade de volta para o jogo. — De que planeta você veio? — Uma mulher ralhou em meio à gargalhadas. — Comando-cruzeiro é uma passagem para a vida adulta. — outra disse e levantou a taça.


— Amém. — as outras gritaram de acordo sincero. — Beba. Beba. Beba. — O canto encheu o loft de Ashley quando as mulheres que afirmavam ter ido no 'comando' substituíram seus copos de cristal com copos highball espumando com misturas alcoólicas. Em uníssono e em meio a aplausos, elas bebiam drinques com nomes malucos como gritos-de-orgasmo, sexo-na-praia, e lento-confortável-parafuso, especialidade de Faith. — Eu nunca fiz em um lugar público... — Eu nunca dancei de topless em uma festa... Quanto mais bêbadas ficavam, mais escandalosas suas confissões. Já esteve-lá e fez-isso parecia ser a resposta para a noite. Jade se juntou à torcida, mas se perguntou se muitas das mulheres estavam dizendo a verdade. Ela fantasiava sobre a maioria de suas supostas façanhas. Por outro lado, ela participou de festas de despedida suficientes para saber que a maioria das mulheres falsificava obras apenas para ficar bêbada. Ela, é claro, fingiu para salvar a cara. Mas estaria mentindo se não admitisse que invejava as que ousaram viver selvagemente e falar sobre isso. Se ao menos ela tivesse aceitado Vince sobre sua oferta de uma noite. Ela teria algo para se gabar na próxima festa de despedida. Talvez ela ainda possa. — Eu nunca tive um caso de uma noite. — disse Jade e levantou a taça quando foi a vez dela. — Ah, querida, esses são os melhores. Jade tomou um gole de sua bebida através de um canudo em forma de pênis e sorriu enquanto mais mulheres confessavam quando e por que. Chegar a uma decisão do que ela deveria ter feito há duas horas atrás veio rápido e fácil. Era tempo de viver um pouco, ter algo a rir e se gabar. Ela esperava que Vince ainda estivesse interessado.


— Hey, Jade. Onde está o stripper que você nos prometeu? Eu quero tocar alguns pães de classe mundial. — A voz estridente soou acima dos risos e um uníssono woo-hoo encheu o ar. — Obrigado por me lembrar, Olivia. Vou ligar e ver o que o mantém. — Ela se levantou de sua cadeira e fez seu caminho para a área da cozinha. O espaçoso loft de Ashley oferecia privacidade zero e ela podia sentir o olhar de Olivia sobre ela, enquanto caminhava ao lado de Faith na cozinha-balcão-quevirou-bar. — Por que você a convidou? — ela sussurrou no ouvido de Faith quando chegou ao seu lado. — Porque ela é da família. — Faith murmurou com uma risadinha. — Uma que eu ficaria feliz em negar. Faith cutucou o braço de Jade. — Eu ouviria você. Mas, então, teria que lidar com a tia Vivian. Não convidar seu bebê iria começar uma mini-guerra dentro do clã. Jade descartou o comentário com um lampejo de sua mão. — Considerando-se que ela é fofoqueira e intrometida, teria valido a pena. — Ela viu a expressão no rosto de Faith e fez um dos seus próprios. — Sim, eu sei. Ela culpa a mãe. — Sua mãe. — disse Faith ao mesmo tempo. — Olivia é um um pedaço da velha bruxa. Ignore-a. Mais fácil dizer do que fazer. Jade olhou para o relógio. — Podemos entrar em contato com os strippers de novo? Está ficando tarde. — São apenas dez, mas se isso vai aliviar sua mente. — Faith pegou a bolsa e remexeu. — Entenda. — Ela tirou um par de algemas. Os olhos de Jade se arregalaram. — São for-?


— Mais tarde. — Faith piscou. — Lembra-se do pequeno algo que eu te falei? Ela lembrou. Os strippers seriam algemados com Ashley a uma cadeira, em seguida, chupariam balas presas em sua camisa. A primeira das festas de despedida que jamais participou. — Jade? — Quando ela olhou, Faith acrescentou: — Você está agindo estranho desde que chegou aqui. É a dor de cabeça? — Oh, sim. — Assim como seu vestido rasgado. Sorte dela, que ela e Ashley tinham o mesmo tamanho de cintura, de modo que ela emprestou suas calças Capri e um top elástico que não lhe fez justiça. Os peitos de Ashley eram a inveja das mulheres Fitzgerald. — Você está fazendo isso de novo... voando. — Faith advertiu. — Não, eu não estou. — Quando sua prima continuou a estudá-la, Jade revirou os olhos. Faith era muito preocupada, mesmo quando bêbada. — Eu estou bem. Um pouco cansada, mas bem. — Quando o olhar de cão de caça em seus olhos não se alterou, Jade sabia que era hora de mudar de assunto. Seu olhar fixo sobre as algemas ainda na mão de Faith. Se ela tivesse reservado o stripper, ela nunca teria pensado em discutir o seu ato ou perguntar o que eles pretendiam fazer. — Eu pensei que os strippers trouxessem sua música e adereços. — Eles fazem, mas desde que eu tenho um par... — Faith balançou as algemas e deu um sorriso travesso. — Eu lhes disse para não se preocupar. Sua prima tinha material pervertido e ela não sabia disso? Ela precisava acordar e começar a viver. A imagem do rosto esculpido de Vince flutuava em sua cabeça. — Ainda de pé o convite, Jade? — Olivia gritou, interrompendo seus pensamentos.


Jade apertou os dentes. — Só mais uma palavra dela e... — Ela deixou a frase pendurada e arrancou o telefone do gancho. — O que você está fazendo? — Faith esqueceu sobre seu celular e fez uma careta para o telefone na mão de Jade. — Fingir que estou fazendo uma ligação. Quero Olivia fora das minhas costas ou eu poderia torcer o pescoço dela. — Não deixe ela chegar até você. — Faith pegou o telefone da mão de Jade na mesma hora que começou a tocar. Trouxe para a orelha. — Sim? — Ela ouviu algo que a pessoa ao telefone estava dizendo, em seguida, sussurrou com alegria: — Um dos strippers está aqui. — Ela deu a Jade um high-five antes de colocar o telefone de volta para seu ouvido novamente. — Mande-o para cima. — O sorriso desapareceu de seu rosto. — O quê? Eu já lhe disse que estávamos esperando ele e seu amigo. — Houve outra pausa. — Bem. Estou indo aí embaixo. — Faith desligou o telefone e fez uma careta. — Eu realmente desprezo esse homem. — Por que você não me deixa ir assinar? Faith sacudiu um dedo. — Boa tentativa, querida. É hora de Danny Lambert e eu chegarmos em um entendimento. Sim, encontrar um quarto. Os dois estavam ofegantes um sobre o outro. — Ele é lindo. — Ele é um idiota arrogante, mas eu posso lidar com ele. — Faith balançou as algemas que ainda estava segurando em direção às mulheres. — Faça o anúncio. Eu estarei de volta daqui a pouco. Jade se virou e encarou os convidados. — Hey, senhoras. — Ninguém prestou atenção nela. — O stripper está aqui. — ela gritou. Quatorze pares de olhos zeraram com ela e Jade riu. — Precisamos preparar o quarto. Ele está a caminho.


Em uma onda de atividade, todas ajudaram a mover as mesas laterais e mesa de café e reorganizar as cadeiras e sofás em duas fileiras com espaço suficiente entre eles para o dançarino. Uma cadeira dobrável para a noiva enfeitava o lugar de honra no centro das linhas. Enquanto as mulheres removiam maços de notas de dólar de suas bolsas e sacolas, Jade pegou a camisa branca com doces e balas coladas nela e caminhou para Ashley. — Hora de trocar. — disse Jade. Ashley levantou-se, tropeçou e se apoiou contra Jade. Parecendo seus pais em aparência, as duas poderiam se passar por irmãs. Elas eram praticamente da mesma altura e tinham o mesmo cabelo castanho. — Isso é divertido. — disse Ashley com uma risadinha. — Eu não fiquei bêbada em anos. — Esse é o jeito que deveria ser, querida. Aproveite seus últimos dias como uma mulher solteira. — Ela levou Ashley no banheiro do térreo, onde uma cinta-liga feita de doces e uma minissaia de couro foram colocadas. Cinco minutos depois, elas saíram do banheiro. As mulheres risonhas foram assentadas em suas cadeiras, suas bebidas postas de lado, e seus olhares sobre a porta da frente. Famintas, antecipando, e animadas. Os pobres dos strippers estariam em pedaços em uma dança de trinta minutos. Enquanto Ashley correu de volta para sua cadeira, Jade foi pegar o maço de notas que ela tinha emprestado de Faith. Ela fechou a gaveta onde tinha escondido delas e estava pisando de trás do balcão, quando a porta da frente abriu. A alegria encheu a sala. Jade olhou para cima e congelou. Vince? Seu olhar varreu a sala e trancou com ela. Um lento sorriso assassino se estabeleceu em seu rosto. Só isso já lhe disse que ele estava tramando algo. Seu olhar arrastou por ela, apreciando a pele exposta entre sua blusa e as calças Capri antes de encontrar os olhos dela novamente. Por um breve momento, Jade


ficou enraizada no mesmo lugar, respiração pesada, estômago fazendo um traidor flip-flop. Mova-se, mulher. Jade engoliu, endireitou as costas e fechou a distância entre eles enquanto um silêncio abafado caiu na sala. A maneira como ele ignorou as mulheres na sala e nivelou aqueles olhos sedutores nela a deixava nervosa, preocupada e... animada. — O que você está fazendo aqui? — Ela sussurrou, quando o alcançou. — Você precisa de um dançarino. — Sim, mas... — Ela arriscou um olhar sobre Faith. Sua prima afundou os dentes em seu lábio inferior e fez uma careta, um sinal claro de culpa. Estreitando os olhos, o olhar de Jade virou de volta para Vince. — Eu pensei que você decidiu não fazer isso. — Eu mudei de ideia. — Por quê? — Sua proposta anterior passou pela sua cabeça. — Você não está fazendo isso só para— Não, esqueça isso. — Ele olhou para Faith, em seguida, de volta para ela. — Estou aqui porque você precisa de mim. Seu cérebro entrou em curto. De alguma forma, ela não podia se mover do ‘não, esqueça isso’. Ela não queria esquecê-lo. Ela queria que ele a empurrasse e perseguisse até que ela cedesse. Ela queria viver suas fantasias com ele, mesmo que fosse por apenas uma noite. As outras mulheres exploradoras lhe deram mais algumas ideias também. — Jade. Você quer que eu dance ou o quê? — Seu tom era vivo. Ela olhou por cima do ombro para as mulheres que estavam assistindoo como uma matilha de lobos em calor. Elas estavam indo o apalpar, e ele não queria dormir com ela. Tão injusto. Ela não podia sequer tocá-lo sem ficar vermelha no rosto.


— Sim. — Ela olhou para ele e passou o braço pelo dele. Ele cheirava bem. Musk e hortelã. — O nome da minha prima é Ashley, Ron é o de seu noivo. Você sabe o que fazer? — Eu tenho algumas ideias. Seus olhos se arregalaram. — Sério? — Sua prima explicou para mim. Sua prima estava em coisas perversas. Jade queria saber o que Faith lhe disse e a verdadeira razão por que ele voltou. — Ok. Como faço para apresentálo? Repórter disfarçado? Um policial de folga? Bombeiro? — Como apenas um Joe normal. Como não havia nada de normal sobre ele. Ela se inclinou para trás e deu-lhe um olhar arrebatador. Ele tinha se trocado desde que ela o viu pela última vez. A camisa de linho branco, abotoada até o colarinho, partindo de sua pele bronzeada e colocada sobre seus ombros largos e fortes e peito largo. Os jeans abraçavam suas coxas musculosas. Antecipação atirou-lhe a espinha. Ela não podia esperar para vê-lo dançar. Com seu sorriso branco-quente e aqueles olhos, ele escorria potente sensualidade que era certo para eletrificar o quarto. — Policial disfarçado. — Ela tinha as algemas de Faith e colocou-as em sua mão. — Elimine-as. — ela sussurrou, em seguida, virou-se para as outras mulheres e em voz alta, o apresentou.

*** Vince estudou os rostos olhando para ele e desejou que ele pudesse pegar a mão de Jade e correr. Sua proposição idiota o trouxe aqui, mas um rápido pedido de desculpas seria suficiente. Algo mudou dentro dele, quando a prima de Jade disse a ele que ‘Jade estava em apuros’. Anos de autodisciplina e controle


jogados para fora da janela e ele não conseguia explicar o porquê. Tudo o que sabia era que tinha de ajudá-la. A realização era decepcionante. Quanto ao seu público, Faith tinha dito que elas eram amigas e parentes, profissionais respeitadas em suas áreas de atuação. Não os tipos que agiam de forma inadequada com um homem decente, não observando que poderiam agir como idiotas. Olhos vidrados de muitos drinks gritavam que agir adequadamente não estava em suas agendas. Vince olhou por cima do ombro para Jade. Um sorriso incerto tocou seus lábios antes que ela enfiasse os polegares para cima. Ela parecia tão doce e vulnerável, sem saber se ele poderia conseguir isso. Por uma batida, ele estava tentado a voltar lá atrás e tranquilizá-la. Ele mudou de ideia quando Jade fez uma careta, virou a cabeça em direção às mulheres e balbuciou: — Vá. Sim, seria melhor ele continuar com o ato. Siga o roteiro e tudo ficará legal; a prima de Jade lhe tinha dito. Mas ele sabia. Havia tanta coisa que poderia mudar esta noite. Vince preparou-se e deu um passo para a frente, as algemas pendendo de seus dedos. — Senhoras. Alguém está com problemas hoje à noite. — Ashley. — as mulheres gritaram e apontaram para a prima de Jade. Ashley riu e estendeu-lhe os pulsos para ser algemada. — Eu fui muito impertinente, Oficial Knight. Isto era um pedaço de bolo. — Desculpe minha senhora, mas eu preciso primeiro encontrar as provas. — Ele acenou para Faith e ela começou a música. A música Hot Stuff bateu no ar e ele começou a mexer os ombros e quadris. As mulheres gritaram, começando a cantar e balançar seus corpos com a batida. — Trabalhe com isso, baby. — uma mulher gritou e as outras pegaram o choro.


Vince empurrou as algemas no bolso de trás enquanto dançava. Ele amava os clássicos atemporais e ficou emocionado quando Faith sugeriu usar um. Sorrindo, ele puxou as pontas da camisa de suas calças e começou a soltar os botões superiores. — Tire tudo. — uma mulher gritou. — Mais pele. — Mostre alguma coisa quente. Whoa, essas mulheres estavam agindo como loucas. Onde estava Jade? Ele precisava vê-la ou este ato não iria durar. Ele girou e olhou para trás. Ela estava perto da porta, com os olhos arregalados de admiração. Muito melhor. Enquanto ela ficava olhando para ele daquele jeito, ele estava legal. Ela lhe deu outro sinal de positivo e avançou para se juntar às outras. Seu olhar seguiu até que ela se sentou ao lado de sua prima Faith, logo atrás da noiva e em sua linha de visão. Bom. Agora olhe para mim. Em vez de olhar para ele, Jade manteve os olhos baixos e sussurrou algo para sua prima. Os sons gritados das mulheres aumentaram quando ele revelou mais pele. Ele não se concentrava em qualquer face particular. Apenas deu-lhes um olhar abrangente e continuou dançando, mas seu olhar voltou à Jade, desejando que ela olhasse para ele. Quando os botões foram desfeitos e sua camisa pendurou solta, ela virou os olhos castanhos para ele. Era uma leitura lenta que começou devagar, mais devagar do que a considerada decente. Ele sentiu uma agitação atrás de seu zíper. Quando sua mão subiu para pressionar contra seu peito, ele sabia que a tinha.

Suor se formou em sua testa e seu coração batia tão forte que Jade pensou que estava prestes a ter um ataque de arritmia. A flecha de cabelo desaparecendo na cintura de Vince era intrigante, seu abdômen num pacote de


seis e a extensão de seu peito liso perfeito. Ele levantou os braços, balançou os quadris enquanto montava as pernas de Ashley e empurrou mais perto de seu rosto. Uma suculenta fantasia quente formou-se na cabeça de Jade. Viu-se estendendo a mão para puxar o zíper para baixo, levando-o em sua mão e... O cérebro de Jade deu curto-circuito quando o seu corpo e os sentidos cantarolavam. A agitação sexual principal começou em suas extremidades inferiores e era sua culpa estar tão quente por ter concordado em fazer isso. Ela se mexeu e fez uma careta. Poderia ser a sua imaginação ou era uma protuberância atrás de seu zíper crescendo? Seu olhar encontrou o seu. O que ele estava fazendo olhando para ela? Jade olhou para as outras a partir do canto do olho, mas ninguém percebeu que ele tinha desviado do script. Ainda não de qualquer maneira. Mas não demoraria muito para que alguém percebesse que ele estava se concentrando nela e não na noiva. Jade tentou olhar para baixo. Um feito impossível, já que ele estava moendo o corpo lindo dele, o que tornava impossível não imaginá-lo entre suas pernas. Ela tentou direcionar sua atenção para Ashley, mas seu sorriso se alargou. Então ele teve a ousadia de livrar-se de sua camisa e jogá-la para ela. Ela pegou e trouxe-a para seu peito, seu cheiro almiscarado derivava do tecido macio em linha reta em seus sentidos caóticos. — Mantendo segredos? — Faith sussurrou em seu ouvido. Com vergonha de dizer alguma coisa, Jade manteve o olhar fixo em Vince. Ele não estava olhando para ela. Ele afastou-se de Ashley, soltou o cinto, enquanto balançava os quadris, desabotoou as calças e executou mais movimentos de impulso, puxou o zíper até o meio para apresentar a cueca de seda preta. As mulheres foram à loucura e Jade parou de respirar. Ele girou e balançou, flexionando os músculos e convidando sob sua pele. Não havia linhas de bronzeado. Imaginando o nudismo, sua imaginação foi à loucura. Uma mulher enrolou e escorregou notas de dólar atrás das orelhas de


Ashley. Vince foi sobre as patas traseiras para retirá-las com os dentes. Jade sorriu. Ele era bom. Melhor do que a maioria dos profissionais. O sorriso desapareceu de seus lábios quando algumas mulheres fugiram para frente a deslizar notas sob a cintura da cueca, demorando para tocar um pouco de pele ou acariciar seu abdominais cinzelados. Prostitutas desavergonhadas, Jade queria assobiar. O telefone tocou, colocando gelo sobre o ciúme ardente de Jade e fazendo com que ela inspirasse. Quando ninguém pareceu interessado em atender, ela apertou os dentes, agarrou a camisa de Vince e se levantou. — O quê? — Ela estalou no receptor quando o pegou. — Há dois homens aqui embaixo que se dizem os strippers. Alívio enviou ar correndo para fora de seus pulmões. — Eu tenho que descer para assinar, Lambert? — Nah, eu vou levá-los para cima. — Obrigada. Você é um salva vidasUma peça de roupa desembarcou em seus pés, cortando-a. Ela olhou para as calças jeans de Vince. Ela olhou para cima para encará-lo e fez uma careta. Os fortes ângulos de seu rosto pareciam tensos. As mulheres estavam em cima dele, colocando notas de dólar sob o cós da cueca, mas ele não estava se divertindo mais. — Eu estarei esperando na porta, Lambert. — Jade desligou o telefone. Vince dançou ao redor de Ashley, as algemas penduradas em sua mão. Jade sabia o que estava chegando próximo - Ashley algemada à cadeira e Vince de joelhos, chupando os doces fora da camisa cobrindo o peito magnífico. Dois dos quais foram colocados perto dos mamilos de sua prima. Isso não estaria acontecendo. Não se ela pudesse ajudá-lo.


Jade inclinou-se e pegou a calça do chão, caminhou até o sistema de áudio e apertou o botão de parada. Protestos das mulheres encheram o cômodo quando a música parou. Ela se virou com olhar furioso para elas, só parando-se para dizer algo contundente. — Esso é o fim do show de abertura, senhoras. — disse ela. Enquanto as mulheres reclamaram e choramingaram, Jade abriu caminho por elas, fechou a mão em torno do braço de Vince. — Venha comigo. — Show de abertura? — Ele perguntou, sua respiração roçando seu ouvido. — Oh, sim. — Ter o seu suado corpo nu perto dela estava arremessando seus nervos mais estimulados em uma ultrapassagem. Abrindo a porta do banheiro, ela apertou suas roupas em seu peito. — Troque-se. Os strippers estão aqui. Sua sobrancelha subiu. — Strippers? — Sim. Vou pegar seus sapatEle passou-a para o banheiro e fechou a porta. Ar congelou em seus pulmões, sua boca ficou seca. — Você me deixou passar por isso quando você sabia que strippers reais estavam vindo? — Sua voz era muito calma para alguém chateado. Mas a forma como ele plantou as mãos nos quadris e colocou-a contra a porta com os olhos ardentes contou uma história diferente. Por um breve momento, a imagem distraiu Jade. Brilhantes ombros largos e peito arfante, os músculos do estômago contraindo a cada respiração, ele parecia magnífico. Por que ele estava bravo com ela, afinal? Ninguém apontou uma arma para sua cabeça e ordenou que ele tirasse a roupa. — Faith não explicou? Eles estavam atrasados. Eu não acho que ela tinha que fazer isso.


O fogo diminuiu de seus olhos. — Sério? Ela evitou sua expressão incrédula e seu olhar se desviou para o material fino minúsculo cobrindo suas partes mais íntimas. Sua boca ficou seca, e, ao mesmo tempo, todo o seu corpo ficou quente. Ele seria esplêndido nu. Sua língua saiu furtivamente para lamber os lábios. Ele puxou uma nota de dólar da cintura e a fez perceber o que estava fazendo. Corando, seu olhar deslocou-se para o seu. Seus lábios estavam sintonizados em um sorriso presunçoso. — Eu precisava de um dançarino e lhe ofereci. — Ela encolheu os ombros com indiferença fingida. — Você foi muito bem. As mulheres gostaram. Você pode colocar sua camisa, ou algo assim? Ele fez uma pausa no processo de puxar mais notas e nivelou seu olhar sobre ela. — Mas bêbados não são muito perceptivos, são? O que você achou? Gracejar com um homem seminu não era algo que ela fazia todos os dias. Era enervante. Ela enfiou as calças para ele. — Eu acho que você foi incrível. Quero dizer, você não tinha que dançar, mas você fez isso de qualquer maneira. Por isso, eu agradeço do fundo do meu coração. — Ela suspirou de alívio quando ele colocou as notas na pia e aceitou as calças. — Então venha comigo. Jade piscou. — O quê? — Eu preciso de sua ajuda com uma coisa. — Ele puxou as calças, fechou, e pegou sua camisa. — Foi por isso que voltei, em primeiro lugar. Ela gostou que ele não tentou enrolar sobre porque voltou. — Isso tem alguma coisa a ver com a sua investigação? — Sim. Ele não tentou explicar ou usar o fato de que ele tinha acabado de lhe fazer um favor. Ela observou-o abotoar a camisa, um botão lento de cada vez. Depois de vê-lo retirá-la, isto foi mais intimista. Seu próprio show particular. Ela não pôde deixar de sorrir.


— Ok, eu vou com você. — Ela sorriu quando ele levantou uma sobrancelha.


CAPÍTULO 7 — Então, o que está acontecendo? — Jade perguntou uma vez que se afastaram da casa de sua prima. — Eu parei para ver as pessoas da limpeza do hotel. Valerie Redding se recusou a falar comigo. — Suas mãos apertaram no volante enquanto recordava o medo gritante na voz da mulher. — Rosário Cortez, por outro lado, foi mais do que disposta. Disse que não viu nada fora do normal perto do meu quarto, mas ela lembrou que Valerie estava nervosa e parecia que ela estava chorando. Eu não sei o que esses bastardos fizeram com ela, mas ela parecia muito assustada quando nos falamos. Ela não podia nem abrir a porta, apenas me pediu para deixá-la sozinha. Jade tocou sua mão. — Oh, coitadinha. Espero que ela esteja bem. Seu gesto o pegou de surpresa. Sem pensar, ele virou a mão e agarrou a dela. — Eu me senti tão inútil. Eu não podia tranquilizá-la, não importa o que eu dissesse. Eu tentei obter ajuda de seus vizinhos, para ver se eles poderiam convencê-la a sair, mas ninguém queria se envolver. Eu pensei que uma voz feminina poderia fazê-la sentir-se segura o suficiente para abrir a porta e falar. — Jade puxou a mão e ele deixou passar. Ele tinha gostado da breve ligação física. — Prometo fazer o que puder para ajudar. — disse ela em uma voz baixa e rouca. — Onde ela mora? — Habitacional do Governo. Está em uma parte muito ruim de LA, então se você tem um problema com isso eu entendo.


— Não, está tudo bem. — disse Jade. Ele ouviu a incerteza em sua voz, mas ela não se assustou. Sua admiração por ela subiu um degrau. Ele apostou que ela nunca tinha tido um motivo para visitar essas áreas de baixa renda. Em nenhum momento, Vince falou a aparência dos apartamentos decrépitos de projeto habitacional Pueblo Del Rio em South Central. Homens em jaquetas e sapatos da moda e reluzentes fileiras de dentes de ouro observavam seu carro com interesses predatórios. Vince estava certo de que alguns o tinham visto antes e pressionado os meninos que haviam falado com ele. Vigilante, ele conheceu seus olhares na cabeça, a compreensão rápida em seus olhos. Só porque eles sabiam que ele não era um traficante de drogas interferindo no seu território, ou um usuário procurando um hit não significava que eles seriam legais por eles estarem lá. Ele se virou para olhar para Jade que estava olhando com olhos redondos. Seu belo rosto estava na sombra, mas ele ainda sentia desconforto saindo fora dela. Ele desejou não ter que levá-la ao lugar, mas ele precisava de sua ajuda. — Você está bem? — Perguntou. Ela lhe deu um sorriso fraco e puxou a gola do casaco. — Sim. Onde está o apartamento? Ele apontou para um edifício à sua direita. Seis jovens descansavam perto de uma porta, conversando e fumando. — Segundo andar. Tem certeza de que está fazendo isso? — Se você está perguntando se eu estou com medo, então à resposta é sim. Só um tolo agiria como invencível por aqui. Mas eu também sei que você pode cuidar de mim. — Ela olhou para os jovens no edifício. — Ou alguém. Ele esperava que nada desse errado. Cobrindo-lhe a mão, ele deu um breve aperto. — Bom.


Em seguida, ele saiu do carro e deu a volta para abrir a porta. Enquanto caminhavam para o edifício, ela enfiou a mão na dele. Ele apertou-a quando eles se aproximaram dos jovens, que agora estavam assistindo seu progresso, com expressões variadas. — P.K. — disse Vince. Um jovem musculoso marrom-escuro com cabelo cortado curto e um bigode fino assentiu. — Hey, Knight. Você tem um desejo de morte ou algo assim? — Só estou fazendo a minha coisa, cara. P.K. sorriu para mim. — E você trouxe sua senhora desta vez? Porra, você tem cojones3, cara. — Você acha que você poderia ficar de olho no meu carro, de novo? P.K. apenas deu de ombros. Vince escorregou-lhe várias notas de vinte dólares dobradas. Sem olhar para ele, P.K. embolsou o dinheiro, em seguida, lançou um olhar para dois de seus amigos e sacudiu a cabeça na direção do carro de Vince. Os meninos se levantaram. Vince disse: — Nós vamos estar de volta em poucos minutos. — Leve o seu tempo. — P.K. virou-se para o amigo, que estava sentado no meio dos degraus. — Jay, deixe o homem e sua mulher passar? Jay, que estava mastigando a carne seca, fugiu para o lado. Jade e Vince passaram por eles, através da porta e subiram as escadas. Suas unhas se cravaram na palma de sua mão. Ele estendeu a mão e com a outra mão suavemente desenrolou os dedos. — Desculpe. — Jade murmurou.

3

Colhões


— Não se preocupe com isso. — Ele segurou a mão dela e levou-a para as escadas. O som de suas sandálias cravadas no chão cimentado chamou sua atenção. — Você está bem em subir as escadas nisso? Jade fez uma pausa para olhar para o seu pé. — Yep. Se houvesse mais lances de escadas, eu estaria xingando você ao inferno e voltando, ou iria removê-los para ir descalça. — Um tremor sacudiu seu corpo delicado nas escadas sujas. — Risque isso. Você teria que me levar. Ele sorriu para ela com um tom assentido. — Por que usar salto alto, se limita você? Ela riu, continuando a subir as escadas com ele logo atrás. — Só você, Vince, pode fazer essa pergunta. — O que você quer dizer? — Isso significa que você tem vagabundeado no exterior, em países devastados pela guerra por muito tempo. Salto alto são projetados para um propósito e um único propósito, para fazer uma mulher se sentir fabulosa. E sexy. Ele correu um olhar de admiração por suas pernas. — Eu acho que você ficaria bem sem eles. Ela lançou-lhe um olhar. — Você diz as coisas mais agradáveis. Obrigada. Às vezes não é bom o suficiente. — Quando ele abriu a boca para argumentar, ela o dispensou com um aceno de sua mão. — Acredite em mim, eu sei o que estou falando. Às vezes para uma mulher tem que ser um monte mais do que bem. Vince franziu a testa. Alguns bastardos tinham feito um número sobre ela. Mesmo em suas calças Capri preta e blusa vermelha lisa, Jade estava deslumbrante. Ela não precisava de aparência exterior para parecer sexy. Não havia pessoas no corredor, mas o baixo zumbido de tarde da noite dos talk shows emanava de portas fechadas. Eles pararam na porta de Valerie e


Vince bateu. Silêncio os cumprimentou. Ele olhou para Jade. — Você quer dar uma chance? Ela assentiu com a cabeça e se aproximou da porta. Sua batida foi suave e não intrusiva. — Valerie? Você está em casa? Nenhum som vinha de trás da porta fechada. — Valerie, nós só queremos falar com você. Você pode abrir a porta, por favor? — Mais uma vez, nada. Jade olhou para o relógio, então Vince. — É depois das onze. Talvez ela esteja dormindo. Vince deixou escapar um suspiro de frustração. — Eu não penso assim. Diga-lhe que sei por que ela está com medo e estamos aqui para ajudar. Jade bateu mais alto desta vez. — Valerie, meu nome é Jade Fitzgerald. Eu sou amiga do Sr. Knight. Ouça, nós sabemos sobre Hudson. Sabemos que ele disse algo que a assustou, mas nós queremos ajudar. Você vai abrir a porta, por favor? A porta abriu-se para o corredor, fazendo-os girar em direção a ela. Uma mulher mais velha espiou para eles. — O que quer com essa menina? — Ela perguntou. Mentiras e meias-verdades abriram as portas para ele muito mais rápido quando ele era um jornalista, mas isso não significava que ele gostava de fazêlo. Mas, às vezes, como agora, era um mal necessário. — Minha senhora, nós somos do trabalho de Valerie— Você não é o mesmo que estava aqui antes? — A mulher o interrompeu. — Sim, senhora. Está tudo bem se eu tirar uma I.D. do meu bolso de trás e mostrar quem eu sou? — Ele odiaria que ela pensasse que ele estava pegando uma arma ou algo assim. Neste bairro, ela poderia ser a embalagem para proteção, e foi por isso que ele fez certo em estar bloqueando Jade da linha de visão da mulher. Vince esperou o aceno da mulher antes que ele tirasse sua


carteira e tirou a ID — Eu só preciso falar com ela, minha senhora. — Ele caminhou em sua direção com uma marcha lenta, para não assustá-la e estendeu a sua carteira de motorista no comprimento de um braço. A mulher estudou o cartão plastificado, e então Vince antes de seu olhar se desviar para Jade. — Qual o seu nome, criança? — Jade Fitzgerald, senhora. — Ela se moveu para ficar ao seu lado e sorriu para a mulher. — Sinto muito eu não tenho uma I.D. para mostrar-lhe, no entanto. — Tudo bem. — Interesse brilhou na profundidade de olhos vermelhos da mulher. — Mas eu sei de um policial com esse nome. — Keith Fitzgerald? — Quando a mulher acenou com a cabeça, Jade disse: — Keith é meu primo. Eu sei que ele trabalha nesta área. — Eddie e tio Lou estavam em West Hollywood. — Ele é um bom homem. Duro sem bondade com as gang-bangers, cafetões e traficantes. — A mulher franziu os lábios em pensamento enquanto ela continuava a estudá-los. Então, como se chegasse a uma decisão, ela disse: — Valerie está desaparecida. Embalou suas coisas e saiu. Vince sufocou uma maldição em suas palavras. — Será que alguém veio vê-la antes ou depois que eu estive aqui? A mulher mudou seu corpo quando a cabeça de uma criança apareceu ao lado dela. — Baby, vá jogar com a sua irmã. — ela disse a ela antes de se virar para Vince e Jade. — Eu não vi ninguém. Mas ela estava em uma pressa poderosa para sair logo depois que você saiu Sr. Knight. — A mulher apertou os lábios, em seguida, acrescentou: — Espere aqui. — Ela desapareceu dentro de seu apartamento, trancando a porta atrás dela. — Agora, o que você acha disso? — Jade sussurrou. Seu olhar ficou na porta da mulher. — Eu não sei, mas ter você aqui certamente descongelou ela. Ela me xingou e chamou-me de cafetão, antes,


quando eu tentei falar com ela. — Um riso de Jade chamou sua atenção. Seus olhos brilharam. — O quê? — Nada. — Ela largou a mão e tentou parecer sombria, mas seus olhos brilhavam e os cantos de sua boca se mantiveram contraídos. — Pelo menos sabemos que Valerie está bem. Não era por isso que seus olhos brilhavam com diversão. — Você está rindo de mim? — Não. Eu nunca ousaria. — Ela ainda estava lutando para conter sua alegria. — É só que... quando você disse cafetão, a imagem de você em um terno roxo, grande chapéu e bengala surgiu na minha cabeça eApesar de tudo, Vince lutou muito para não se juntar à risada. Ele estava pensando em uma resposta quando a velha voltou com um bilhete dobrado. Ela ofereceu a ele. — Eu estava para deixar isso para ela amanhã. Não sei o que está nele, mas ela disse que é para seu chefe. Desde que você diz que veio do hotel, eu acho que não faria mal dar à você. Ele aceitou a carta, observou o endereço do hotel sobre ele. — Obrigado, minha senhora. A mulher começou a fechar a porta. — Valerie é uma boa menina. — ela fez uma pausa para acrescentar. — Seja qual for o problema que ela tem, não é de seu feitio. — Sabemos disso, senhora. Mais uma vez, obrigado por isso. — Vince embolsou a carta. A mulher desapareceu dentro e fechou a porta. Vince se dirigiu para as escadas, sua mão alcançando Jade. — Eu me pergunto o que está na nota. — Jade não podia conter sua excitação. — Vamos esperar até que estejamos fora daqui. Eles estavam há alguns metros das escadas quando um dos homens de P.K., o que ele tinha chamado de Jay, correu para o corredor. — Há dois caras


aparentando estranhos no caminho. Eles estavam perguntando pelo lugar de Valerie. P.K. pensou que você iria querer saber. Vozes masculinas vieram das escadas. Jade virou os olhos em pânico em direção à Vince. — Hudson. Eu reconheço sua voz. Este não era o tipo de problema que ele tinha previsto. — Vamos por esse caminho. — Vince agarrou o braço de Jade e levou-a de volta ao longo do corredor. Não havia nenhum lugar para se esconder. Correr estava fora de questão. Eles só iriam atrair a atenção dos homens. Só havia uma solução - dar-lhes outra coisa para se concentrar. Um casal dando amassos em uma porta não chamaria muita desconfiança. Vince apoiou Jade na porta mais próxima. Tremores fluíam através dela e seus dedos cravaram em seus braços como garras. Ele passou os braços em volta dela e puxou-a contra seu corpo duro. — Beije-me, Jade, como se sua vida dependesse disso. — Quando ela abriu a boca, ele não deu a ela a chance de protestar. Sua boca se fechou sobre a dela. Ele ficou surpreso quando ela abriu os lábios e saudou a invasão. Seus braços ao redor de seus ombros e seus corpos roçando, quase fazendo com que ele se esquecesse o porquê ele estava beijando-a. Os dois homens passaram por eles, fazendo comentários lascivos e rindo. Vince inclinou a cabeça e tirou de Jade, moldando-a a ele e esperando que ela não viesse gritando. Quando os homens foram mais longe no corredor, ele abrandou. Seu peito arfava e ele tinha um tesão. Ele agarrou os braços de Jade e sussurrou: — Vamos. Ela enterrou mais fundo em seu peito. — Jade. Mova-se. — Ele parou de apertá-la e começou a levá-la em direção às escadas. Ela tropeçou, o som de seus saltos altíssimos contra o chão parecia um canhão no silêncio do corredor. A qualquer momento ele esperava


que Hudson e seu parceiro os reconheceria. Só havia uma solução. Ele varreu Jade em seus braços, atirou-a por cima do ombro e se dirigiu para as escadas. — Hey? Ponha-me para baixo! — Jade protestou por entre os dentes, os braços agitados e as pernas se debatendo. — Cale-se. — Ele continuou descendo as escadas. — Não me diga para calar, seu Neandertal. — ela sussurrou asperamente. — Ponha-me para baixo neste instante. — Esses saltos poderiam acordar os mortos. — Ele virou a cabeça de lado para ouvir. Não havia sons de passos correndo atrás deles. Ainda assim... — A menos que você queira Hudson vindo até nós, fique quieta e curta o passeio. — O passeio? — Ela mexeu as pernas e empurrou suas costas. — Não há nada agradável sobre isso. Seu ato homem das cavernas tem mais chances de atrair a atenção do que— Não depois do jeito que você me beijou. Qualquer homem iria entender por que eu iria querer transportá-la para a cama mais próxima. — Que beijei você? — Ela sussurrou. — Você me deu patadas, seu idiota. Agora, pare de ranger meu estômago com o seu ombro ossudo e me coloque para baixo. Ombros ossudos? Ele trocou seu peso e depositou-a no chão. — Você poderia ter sido mais gentil, você sabe. — Ela ajeitou o top e olhou para ele. Ele ergueu as sobrancelhas. — A menos que você queira ser transportada de volta no meu ombro ossudo, é melhor você mover a bunda doce, Professora. Cabeça em linha reta para o carro, eu vou chegar lá. — Eu odeio os homens mandões. — Jade foi para a porta. — Se você me tocar de novo, vou derrubar você.


Vince sorriu com a resposta dela. Ele sabia que não deveria ter brincado com ela, mas agora não era o momento de lidar com a raiva. Ele tinha outras coisas para se preocupar, como os dois pit bulls no andar de cima. P.K. e seus meninos ainda estavam fora do prédio. Vince apertou a mão do homem mais jovem. — Obrigado. Onde está o carro? P.K. apontou para um SUV branco estacionado atrás do seu carro. Vince tirou mais algumas notas da carteira, apertou-as na mão de P.K. e juntou-se à Jade em seu carro. Ele ligou o motor e pisou no acelerador. A poucos quarteirões abaixo da estrada, ele parou e estacionou entre dois carros. — O que você está fazendo agora? — Perguntou Jade, não se preocupando em disfarçar sua irritação. — Esperando. Se tivermos sorte, eles podem nos levar ao seu chefe. — Ele cavou no bolso de sua jaqueta e tirou a carta de Valerie. — Por que você não vê o que ela escreveu? — As palavras mal saíram de sua boca quando Hudson passou. Vince puxou para a rua e pegou velocidade até que ele tinha dois carros entre eles.

*** Jade abriu a nota. Estava rabiscada a lápis, as palavras pouco legíveis. Ela leu em silêncio. — Oh, coitadinha. Eles a machucaram e ameaçaram fazer pior se ela contasse a alguém sobre ter dado-lhes a chave para o seu quarto. — Os bastardos. Ela continuou a ler. — Ela dá uma descrição de um terceiro homem olhos cinzentos frios, calvo, sotaque estranho... Isso soa como o francês que parou no meu escritório na semana passada. — E um dos convidados no jantar do juiz.


— O juiz? — Meu pai. — Os homens do SUV sinalizaram para sair da rua e Vince rapidamente mudou de pista, forçando Jade a apoiar-se contra o painel. — Desculpe por isso. Quando minha tia me deu a lista de convidados no jantar do juiz, ela mencionou que um dos homens era um estrangeiro alto, com olhos cinzentos. Ela não mencionou a calvície, mas ela pensou que poderia ser de um país de língua francesa. — Você não falou com ele? Vince não respondeu, sua atenção ainda na SUV branco. Ela odiava o jeito que ele distribuía informações como se fosse um elemento raro. Ou que ele estava alheio à sua frustração. Ela só foi com ele para a parte mais perigosa de Los Angeles. Sua infância protegida nunca preparou-a para lutar como um detetive em bairros desconhecidos e perigosos ou para lidar com bandidos como Hudson. Jade se obrigou a esperar enquanto Vince saiu da rua e parou a uma distância razoável de Hudson e seu parceiro, que tinha seguido para cima, ao lado de um bloco de lojas. — Eu pensei que você disse que tinha falado com todos que estavam na festa. — acrescentou ela, tentando não parecer irritada. — Minha tia não sabia quem era o homem. Ela prometeu encontrar e deixar-me saber até o final da semana. — Inclinando-se para frente, ele continuou a estudar a SUV, fazendo-a querer girá-lo e forçá-lo a falar com ela. Em vez disso, ela olhou com raiva. Ele deu a ilusão de estar relaxado, mas seus olhos estavam alertas no caminho. Ele estava em seu elemento, um predador perseguindo sua presa. — O que eles estão fazendo? — Ele murmurou. Isso era o que ela deveria estar se perguntando a si mesma, Jade decidiu. O que ela estava fazendo deixando Vince continuar a esconder as coisas dela?


Depois de Jerrod e sua infidelidade, ela prometeu não manter-se com qualquer um que guardasse segredos dela. — Sabe de uma coisa, Vince? — Ele virou a cara feia para ela. — Se você está indo para manter-me dentro desta investigação de vocês e colocando minha vida em perigo, você pode começar sendo honesto comigo. Ele se sentou de volta. — O que você está falando? Ela pressionou o mindinho esquerdo com o dedo indicador direito. — Para começar, você me fez acreditar que você entrevistou todos os convidados na festa de seu pai quando você não fez. Segundo, você ameaçou enviar agentes atrás de minha mãe quando você nem sequer registrou o roubo. Na verdade, você parece querer as autoridades mantidas no escuro sobre a estátua em falta. Houve um breve momento de tensão durante o qual ele não disse nada. As luzes da rua banhavam seu perfil forte. Sua atenção foi para a sua boca sensual que tinha corajosamente capturado a dela e despertado mais botões no seu paladar do que ela imaginou que ela tinha. Pior ainda, ela ainda podia sentir o gosto dele. Isso a irritou que, apesar de tudo, ela ainda o queria. — E então? — Ela perguntou. — Há certas coisas que não posso revelar até que eu saiba com quem estou lidando, Jade. Em outras palavras, ele não confiava nela. — Depois do que nós passamos, você não acha que você me deve uma explicação? Eu estava esperando que você me deixasse estudar a sua estátua uma vez que você encontrasse. — Eu não posso. Não é minha para emprestar. — Ela pertence à sua família, apesar de tudo. — Quando ele não respondeu, ela franziu a testa. Suas suspeitas anteriores retornando. Poderia ser uma peça saqueada? — Não é? — Sim, é verdade.


Jade deixou escapar um suspiro profundo e fixou seu olhar sobre o SUV. Ela tinha todo o direito de se sentir magoada porque Vince não confiava nela. Só uma vez ela queria alguém que acreditasse que ela valia a pena. Sua mão pairou sobre os lábios, repetindo o beijo que tinham compartilhado. O que havia de errado com ela? Ali estava ela, mais preocupada com um beijo do que chegar em casa. Era hora dela voltar à sua vida normal, em sã consciência e deixar Vince fazer a sua coisa. — Eles estão saindo. — Suas palavras se intrometeram em seus pensamentos. Os dois homens no SUV foram em direção à porta do que parecia ser um bar. Pela silhueta de uma mulher nua na placa, O Cisne Azul era um bar de dança exótica. Jade esperou Vince sair de seu carro e segui-los, mas se surpreendeu quando ele ligou o motor. Apesar de sua confissão para ficar fora do seu negócio, ela perguntou: — Você não vai segui-los? — Eu vou estar de volta depois de eu deixá-la. Qual é o seu endereço? Por um breve momento, ela o estudou. Ele estava recuando em seu escudo interior diante de seus olhos, tornando-se distante e inacessível. Ela tirou o casaco em volta dela, deu-lhe instruções e olhou para a escuridão enquanto se dirigiam para o norte. O espaço no interior do carro pareceu encolher. Ela estava mais consciente de si - cada vez que ele respirava, o calor de seu corpo e seu cheiro almiscarado. Deu-lhe um olhar. O que era tão magnético sobre ele, afinal? Por que ele fazia sentir esse cabo indefeso dentro de si? Sim, ele era bonito, mas ela conheceu sua parcela de homens bonitos. Nenhum a fez ansiar intimidade como Vince. Completamente irritada consigo mesma, Jade pensou em maneiras de manter sua mente fora dele. Ele a confundia. Estar em torno dele a colocava em uma montanha-russa de emoções. Por um lado, ela o queria, e por outro, ela


queria gritar com ele, ou correr e nunca olhar para trás. Irritada, ela procurou em seu cérebro por uma distração. A lista de coisas-a-fazer para amanhã veio em seu socorro. Amanhã seria um pedaço de um dia atarefado. Obter uma nova carteira de motorista e pegar seu carro do lado de fora do hotel de Vince estava no topo da lista. Realizar uma reunião com os alunos do grupo de pesquisa e limpar sua mesa viria em seguida. Eles pararam em sua garagem em algum momento. Vince desligou o motor e mudou até que ele estava de frente para ela. — Quais são seus planos para amanhã, Jade? — Por que você pergunta? — Sua voz saiu impaciente. — Você é sempre tão desconfiada ou é só comigo? Ela franziu o cenho para ele. Seus primos muitas vezes a acusaram de ser demasiado confiante. — Eu acho que toda esta situação está pesando para mim. — Eu sinto muito por isso. Ela não teve coragem de dizer a ele que não era culpa dele. Ela apenas deu de ombros, então congelou quando ele estendeu a mão e colocou uma mecha de seu cabelo atrás da orelha. A carícia suave enviou prazer pulsando em seu pescoço. — Eu estava esperando que você pudesse jantar comigo amanhã à noite. — acrescentou. Algo quente desfraldou em sua barriga. Ela tentou contê-lo. — Eu gostaria, mas não posso. Eu tenho muitas coisas para fazer antes de eu sair para as minhas férias. — Eu não sabia que você estava saindo. Quando você vai sair? — O dia depois de amanhã. — Quanto tempo você vai ficar fora?


— Uma semana. Talvez mais. Eu não decidi ainda. Vou entrar em contato com você uma vez que eu falar com a minha mãe, assim como eu tinha prometido, apesar de tudo. — Ela soltou o cinto de segurança e foi alcançando a porta quando sua mão se fechou sobre a dela. Ela olhou para ele, mas seu rosto estava na sombra. — O quê? — Por que você está me dando gelo? — Eu não sei o que você está falando. — Saia, uma voz em sua cabeça insistiu. Seu domínio foi solto, mas ela não se afastou. Não foi possível. Um arrepio passou seu corpo e sua respiração ficou curta. — Então por que você não vai jantar comigo? Porque você só iria me trazer dor de cabeça, ela queria dizer. — Você é um grande cara, Vince, mas eu só não sei se eu posso fazer isso. — Defina 'isso'? — Ele passou a mão pelo braço dela, deslizou através de seu ombro para a parte de trás do seu pescoço. Seu toque desencadeou uma tempestade de emoções dentro dela. Jade abriu e fechou a boca como um peixe fora d'água. Um toque e ela tornou-se a idiota da vila. Ele se inclinou para frente. — Você quer dizer 'isso'? — Sua respiração abanou o rosto antes de ele apertar os lábios nela. Sua respiração engatou, a mente ficou difusa. — Sim... não. — ela suspirou. — Qual é? Que tal isso? — Sua boca cobriu a dela, gentil e persuasiva. O gosto dele enviou uma onda de prazer através dela. Jade fechou os olhos e bebeu dele, sua mão movendo-se para descansar contra seu peito. Ele soltou os lábios o suficiente para sussurrar: — Eu quero você, Jade. Seu peito retumbou quando ele falou, as vibrações adicionando uma profunda fome dentro dela. Seu tom rico, escuro, enviou uma onda de calor através de sua pele, fazendo-a formigar. Ela sabia que não deveria incentivá-lo,


tocá-lo, mas se sentiu tão bem. Provando, ele era ainda melhor. Ela nunca sofreu por um homem como este, nunca quis devorar um. — Eu quero você, também. — As palavras saíram antes que ela pudesse detê-las. Vince não deu a ela a chance de retirar. Ele clamou a boca novamente e novamente. Suas mãos deslizaram em seu cabelo, acariciaram seu rosto, seu pescoço, apertaram o casaco de lado para chegar a seus ombros. Não mais persuasão, seus lábios exigiam uma resposta dela. Ela saudou o impulso ousado de seus lábios, suas mãos juntando a camisa e puxando-o mais perto. Ela não podia respirar e seu coração trovejava mais alto do que cascos de um puro-sangue em fuga, mas ela não se importava. Ele pegou e deu com a mesma intensidade. O sentimento de desintegração caótica a pegou de surpresa. Com ele, veio o pânico. Seu corpo estava fora de controle muito rapidamente. No entanto, ela não conseguia parar as mãos ao moverem-se para agarrar a cabeça e aprofundar o beijo. Vince fez um som gutural quando sua mão alcançou a pele nua entre suas calças e sua camisa. Jade arqueou as costas, uma explosão de energia atirou a partir do ponto de contato para o seu peito e sua barriga. Quando ele deslizou a mão sob o elástico de sua calça para o contorno de sua nádega, seu corpo empurrou de volta e ela engoliu em seco o ar. Ela não tinha ideia de como foi parar no meio do caminho em seu colo. Mas não havia dúvida de onde ela queria sua mão - sob a calcinha, entre suas pernas. Vince tomou seu pescoço exposto como um convite e choveu beijos por sua coluna. — Você tem um gosto tão bom. — Vince... — Estou aqui, baby. — Ele espalmou sua bochecha e virou a cabeça para acrescentar: — Vamos acabar com isso lá dentro.


Jade não tinha certeza de como ela reagiu ou como eles conseguiram sair do carro para a porta. Suas mãos estavam todas uns sobre os outros. Ela abaixou-se para pegar a pedra falsa em seu canteiro de flores, onde ela normalmente escondia suas chaves, quando ela olhou para a porta e congelou. — Vince? — Sim? — Sua mão estava sob sua blusa, correndo para cima e para baixo de suas costas. — A minha porta... ela está aberta. — Sua voz saiu trêmula. Vince mudou de amante a um protetor, a mão mudando ao deixar sua pele febril para empurrá-la para sair do caminho do mal. — Fique para trás. Desta vez, não me siga para dentro, Jade. Se eu disser para você ir, corra tão rápido quanto você possa para seus vizinhos e chame a polícia. — Vince esperou que ela acenasse antes de se mudar para frente, ficando perto da parede, de modo que ele não estava diretamente em frente da porta, e abriu-a. A porta se abriu em suas dobradiças. Nada aconteceu - ninguém veio correndo para fora. Ele estendeu a mão para dentro, encontrou o interruptor e acendeu as luzes. Jade ofegou.


CAPÍTULO 8 O caos - louça quebrada, almofadas das cadeiras rasgadas e mesa tombada - era demais para tomar de uma vez. Fúria e desamparo disputavam o domínio quando Jade entrou dentro da casa dela. Hudson e seu amigo. Como se atreveram esses dois bandidos ruins a fazer isso com ela? Seu corpo tremia e ela tropeçou. Vince chegou até ela, envolvendo-a em seus braços. Ela lutou para conter as lágrimas. Sua casa, sua vida privada, tudo o que ela amava, violado. Engolindo as lágrimas, ela balançou a cabeça. Agora não era o momento de deixar as emoções obterem o melhor dela. Apesar da conversa muda cheia de vitalidade, Jade se inclinou contra Vince, absorvendo seu calor e força. Seu olhar vagava sua cozinha e sala de jantar. Waterfords celebrativos quebrados na sua bancada de granito da cozinha, vasos com monogramas, taças e porcelanas em seu piso de madeira. Todos presentes preciosos de sua família. — Hudson... eles fizeram isso. — ela murmurou, inclinando a cabeça para dar a Vince um breve olhar. A raiva ardia na profundidade de seus olhos quando ele estudou o caos, mas ele não negou sua reivindicação nem concordou com ela. — Você quer que eu chame a polícia? — E dizer-lhes o quê? — Ela disse em uma voz resignada, saindo de seus braços. Seu precioso inquérito não pôde resistir a um exame minucioso. Ela abaixou-se para pegar a metade inferior de um castiçal de abacaxi e ele caiu em cima do balcão. Ela pressionou os dedos contra sua têmpora. Por onde começar?


— Podemos ficar tão perto da verdade quanto possível, Jade. — disse Vince atrás dela, sua voz suave, como se soubesse o quão frágil ela estava, quão perto estava de cair aos pedaços. Jade balançou a cabeça. — Não. Eu não posso lidar com policiais agora. Não esta noite. — Sua voz tremeu um pouco. Simplesmente não era justo. Ela deveria estar se divertindo com as primas, não lidando com essa porcaria. Tendo Vince vê-la perder só acrescentava à sua humilhação. — Eu acho que você deveria sair Vince. Eu sei Ele cortou suas palavras quando ele agarrou seus braços e girou em torno dela para encará-lo. Jade encolheu para trás, a raiva estampada em seus olhos, e tentou lutar para ter os braços livres. Seu aperto aumentou. — Você não pode dizer isso. Não, ela não queria dizer isso. Queria pedir-lhe para ficar, emprestar-lhe o conforto de seus braços e distraí-la com a sua presença. Mas era culpa dele que tudo isso estava acontecendo. Além disso, ela não queria gritar-lhe nos olhos e ter um momento do tipo 'a-razão-destas-terríveis-coisas-acontecer-para-mim' com Vince ao redor. Não havia como dizer como ele reagiria. Seu ex costumava olhar para ela com nojo sempre que ela se perdia, como se quebrar fosse uma grande falha de caráter. Seu queixo foi para cima e ela deu a Vince um olhar desafiador. — Sim, eu quero dizer isso. — Mais uma vez, ela tentou arrancar os braços livres. — Solte. Você está cortando a circulação das minhas mãos. Ele a soltou e levantou as mãos, com as palmas para fora. Ela esfregou as áreas que ele tomou e lançou-lhe um olhar frio. — Eu sei que você está chateada com o que esses bastardos fizeram com seu lugar, mas não use como desculpa para me afastar.


Sua voz forte empurrou seu último nervo exposto, ampliando a tempestade de emoções que agitavam dentro dela. Jade deu-lhe um olhar fulminante. — Para afastá-lo? Você não está perto o suficiente para eu empurrar, imbecil. Você é apenas o imbecil que, por alguma razão errada, eu escolhi perdoar depois que me tratou como uma prostituta barata. Um suspiro escapou dele. — Jade, eu pedi desculpas por isso já. Sua mão foi para seu quadril. — Sim? Quando? Porque eu devia estar dormindo ou em coma quando você o fez. — Por que você acha que eu me humilhei na frente das suas amigas, hein? Ser tateado por mulheres estranhas não é minha ideia de diversão. — ele retrucou. A raiva drenou de seu corpo como o ar correndo de um balão. Ela estava perdendo-se, e levando a frustração sobre Vince. — Antes, fora do hotel, você disse que não se importaria. — Sim, eu fiz, não foi? — Ele se afastou dela, deu ao redor outro olhar arrebatador, então trancou seu olhar sobre ela. — Eu não vou embora. Seu tom duro não permitia nenhum espaço para discussão. Bom, porque ela não tinha intenção de começar uma. Foi preciso muito esforço para ela reunir indiferença e dizer: — Fique à vontade. — Então ela se virou e correu para sua sala de estar para esconder as lágrimas. A destruição não era tão sem sentido. Nada foi deixado intacto, nem o sistema de entretenimento ou as imagens que enfeitavam uma vez as paredes. A sensação de ter sido violada retornou. — Qual é o ponto de pagar por um sistema de segurança quando alguém ainda pode quebrar e fazer isso... — A voz dela sumiu quando um sentimento de gelo se arrastou até sua espinha. Por que eles não roubaram eletrônicos? Alguma coisa estava fora. Eles deveriam ter estado à procura de...


Jade girou sobre os calcanhares, e colidiu com Vince. — Eles estavam procurando a estátua, não é? — Disse ela. Vince olhou os móveis destruídos e o sistema de áudio quebrado e fez uma careta. — Talvez. — Não há talvez nisso. Você sabe que eu estou certa. Viram-me com você, tinham minhas chaves... O que eles pensaram? Que você me deu isso para guardar? — Ela procurou em seu rosto, e viu algo que ela não gostou ou queria aceitar. Não, isso não pode estar conectado com a sua mãe. Ela se recusava a acreditar nisso. Ele empurrou uma garrafa de conhaque na mão. — Não há copos intactos ou taças, por isso beba. — Sem álcool. — Poderia desencadear um ataque de arritmia, algo que ela não queria lidar agora. — Isso vai ajudá-la a lidar com tudo. Ela empurrou-o para longe. — Eu não posso. Ele franziu a testa para sua resposta, estudando-a com uma expressão peculiar. — Vou ver a cama... oh, não. — Como ela poderia ter esquecido? Por favor, deixe-o estar lá. Ela correu em direção ao quarto. Um gemido escapou dela quando ela viu seu cofre entreaberto, vazio. Com as pernas bambas, ela passou por cima da roupa de cama, colchão, suas roupas, sapatos e potes de cremes até que ela parou onde sua cômoda ficava escondendo o cofre. Mãos vieram por trás e agarraram seus ombros. Descaradamente, ela encostou-se em Vince, tirando forças dele. — Minha avó... eles levaram as pérolas. — Sua voz quebrou. O que ela diria à sua mãe? Ela havia pego emprestado as pérolas do seguro para o evento


black-tie de sábado, a angariação de fundos para o homem que poderia ser o primeiro governador Africano-Americano do Estado à família. Ela tinha que comparecer, caso contrário o anfitrião e a anfitriã, a tia e o tio, teriam de se esconder. Mas a partir do olhar das coisas, ela não achava que ela estaria indo a lugar algum. As pérolas foram embora e o vestido que ela planejava usar estava no chão com o resto de suas coisas. Não, ela iria encontrar uma maneira de fazê-lo. Ela se recusava a voltar para a velha não confiável Jade. Ela não percebeu que ela estava chorando até Vince escovar as lágrimas do rosto. — Venha aqui. — Ele passou os braços em volta dela e enfiou a cabeça debaixo de seu queixo, sua grande mão quente e reconfortante contra sua cabeça. Ela se mexeu, tentando se libertar, mas seus braços apertaram. Fora de sua família nunca ninguém segurou-a com tanta ternura. Mais lágrimas escorriam. — Eu preciso — Shh. Deixe-me segurar você, por favor. Ela deixou-o. Ela estava sendo totalmente carente e provavelmente iria censurar-se mais tarde, mas ela não se importava. No dia seguinte, ela teria mais do que suficiente em seu prato. Hoje à noite, ela precisava de um ombro mais largo do que o dela para aliviar um pouco de sua carga. Era tão maravilhoso estar em seus braços. — Venha comigo. — disse ele, quando as lágrimas diminuíram. — Não há nada que você possa fazer aqui. Vamos sentar então você está indo fazer uma lista de tudo de valioso que eles destruíram ou roubaram. — Só o colar. — ela murmurou contra sua camisa. Nada mais importava. — Enquanto esperamos pela polícia. — ele terminou como se ela não tivesse falado. Quando ela abriu a boca para protestar, ele acenou com a cabeça.


— Eu sei o que disse anteriormente sobre chamar a polícia. Se você não se importa, eu vou lidar com eles. Sua voz firme parecia estender a mão e enrolar ao redor dela. Ela levantou a cabeça e se concentrou em seu rosto até que tudo estava embaçado. — Obrigada. Isso seria bom. Jade permitiu a Vince acompanhá-la de volta para a cozinha. Alguns bancos estavam em estado bastante decente para sentar-se, apesar de suas almofadas cortadas. De alguma forma, ele encontrou uma caneta e seu bloco de post-it no meio da bagunça e pressionou-os em sua mão. Vince sempre foi eficiente, nada nunca incomodou. Em um dia normal, a sua perfeição comoherói seria algo errado para ela. Agora ela estava apenas agradecida. — Você bebe café? — Perguntou. — É claro. — Quando ele deu um tapinha nos bolsos de sua jaqueta, algo perto de pânico tomava conta de seu peito. Será que ele estava pensando em dirigir para obter algum e deixá-la ali sozinha? — Não que eu queira agora. Por que você pergunta? Ele pegou seu telefone celular. — Eu vou fazer-nos algum, assim que eu falar com a polícia. Sentindo-se tola, Jade inclinou a cabeça e rabiscou em um pedaço de papel. Ela era uma tola. Lamentável. Uma vergonha total a seu gênero. Foi hoje cedo que ela jurou que nunca dependeria de um homem? No entanto, ali estava ela, praticamente deixando Vince assumir. Policiais estavam a caminho quando ela poderia ter chamado seu primo. Claro, Eddie faria barulho e exigiria respostas, mas ele sempre veio pela família. Mas não, ela tinha que deixar o Sr. Perfeição-personificada cuidar dela, fazendo-a sentir-se ainda mais impotente. Ela inclinou a cabeça e escutou a conversa. Mesmo o profundo zumbido de sua voz era reconfortante.


Sem pretensão de fazer sua lista, ela virou a cabeça e observou-o embolsar o telefone, em seguida, começou a vasculhar os armários. Ele encontrou um pote de descafeinado fechado, e duas canecas de café com tampa. Enquanto a água fervia, cuidadosamente lavou e enxaguou os copos. Eficiente e confortável, mesmo na sua cozinha. Ele era real? Em poucos minutos, ele colocou a quente bebida preta na frente dela. — Obrigada. Suas covinhas brilharam quando ele tomou outro banco, tomou um gole de café e acenou para o bloco ao lado de seu copo. — Você ainda não escreveu nada. Jade deu de ombros. — A única coisa que me interessa é o colar. O resto é substituível. — A mentira saiu da língua de forma tão suave que quase podia comprá-la. Ela tomou um gole de café e olhou para a louça quebrada. Esses bastardos deveriam pagar. — Eu o quero, Vince. Ele se inclinou para trás e estudou-a por cima da borda do copo. Ele pareceu ponderar suas palavras. — Será que a sua casa nunca foi assaltada antes, Jade? — Não. — Já foi à periferia antes desta noite? — Claro que não. O que isso tem a ver-? — Nunca fez nada de ilegal, que poderia colocar em risco a sua carreira? Jade piscou, não gostando da direção que suas perguntas estavam tomando. Se ele estava tentando assustá-la, ele estava fazendo um trabalho muito bom. Sua análise da pos estava chegando em poucos meses e ela não podia dar ao luxo de ter sua reputação manchada de qualquer maneira. — Não, mas-


— Hudson e seu parceiro não se parecem com o tipo que esmagam milhares de dólares em produtos eletrônicos quando eles podem facilmente tomá-los em poucos minutos e sair daqui. No entanto, — ele inclinou a cabeça em direção à sala de estar, — eles ignoraram sua unidade de entretenimento e só saíram com algo que pode ser facilmente escondido em um bolso. Isso deve dizer-lhe uma coisa. Alguém tem uma rédea curta sobre os dois. Jade engoliu quando algo frio e desagradável deslizou por sua espinha. Talvez ela precisasse sentar e reavaliar. Ainda assim, irritou-lhe que os assaltantes saíram com suas pérolas. O que ela usaria na festa amanhã? Hoje à noite, ela corrigiu quando seu olhar tocou o relógio. Já passava da meia-noite. Ela pode ter que invadir a boutique de Faith e esperar pelo melhor. Ela tentou sorrir. — Eu acho que quem quer que seja, provavelmente, ajudou a desarmar o meu alarme. — Isso é possível. — Vince esvaziou o café e colocou o copo de lado. — Hudson e seu parceiro não me parecem como técnicos em aparelhos de alta tecnologia... ah, a polícia está aqui. Jade se virou para ver luzes vermelhas e azuis piscando através de suas cortinas. Vince cobriu a mão dela, tranquilizador. Engraçado como ele era ao mesmo tempo reconfortante e emocionante. Ela tentou outro sorriso e apertou sua mão. — Tudo vai ficar bem. — disse ele. De um homem diferente, ela refutaria tal afirmação ousada. Vince, ela estava aprendendo rápido, era um fazedor. Jade assentiu e viu-o desaparecer lá fora. Ela bebeu o café e o seguiu. Ela saiu apenas quando alguém resmungou: — Você? O que você está fazendo aqui? Eddie?


— Eu conheço você, policial? — Vince perguntou enquanto Jade se apressou a sair. — Onde está a Jade? — Eddie retrucou. — Eu estou aqui. Eddie? — Jade gritou, chamando a atenção do primo dela. — O que está acontecendo? — Cristo, Jade. Onde você esteve? — Ele empurrou Vince para passar e fechou a distância entre eles. Eddie agarrou seus braços e olhou para o rosto dela. — Você está bem? — É claro. — Jade deu a Vince uma expressão perplexa antes de bloquear seu olhar sobre seu primo. A luz caiu por painéis de vidro da porta e banharam sua expressão assassina. — Me desculpe se sua delegacia te acordou. Eu estava planejando falar sobre o arrombamento amanhã de manhã. — Sobre Cohen? Eu já sei sobre isso. O país inteiro sabe sobre ele. Os olhos de Jade se arregalaram, sua mão se movendo contra o peito como se para abrandar o aumento repentino no batimento do seu coração. Ela atirou a Vince um olhar de pânico. — O que... o que você está dizendo? — Está nas notícias, Jade. Não relatar isso só piora as coisas. Inclusive para você. — Eddie deixou cair os braços, deslocando-se e disparou a Vince um olhar duro. — Quem diabos é você? Como você conseguiu envolver minha prima nessa confusão? — Ela não está. — Vince deu à Jade um olhar de advertência. — Jade não foi para dentro da loja de Cohen, eu fui. Ela suspirou. — Vince, não— Não, você não teria estado lá se não fosse por mim, Jade. — ele interrompeu com intransigente tom. — Eu procurei a loja de Cohen. Sozinho. Jade balançou a cabeça, mas a atenção de Vince já mudou para seu primo.


— Puta merda. — Eddie murmurou seu olhar saltando entre Jade e Vince. — Vocês não sabem? — Não sei o que? — Perguntou Jade. Em vez de responder a ela, Eddie disse: — Eu deixei três mensagens em seu correio de voz, Jade. Suas evasivas causaram arrepios espalhando-se através de sua pele. — Não sei o que, Eddie? Você está começando a me assustar. Segundos passavam, mas Eddie ainda não entrava em detalhes. — Precisamos conversar. — disse ele, sua voz era baixa e urgente. — Em particular. Jade deslizou sua mão através de Vince. — Está tudo bem. Se isso tem alguma coisa a ver com o que aconteceu no Cohen, então você pode dizer isso na frente de Vince. — Whoa. O que aconteceu com você? Você está discutindo assassinato tão calmamente como se fosse algo que você lida no cotidiano. — Assassinato? — A mão de Jade subiu para cobrir a boca. — De quem? — Cohen. Encontraram-no recheando uma lata de lixo atrás de sua loja. O problema é esse. Fotografias de você e dele, — sacudiu a cabeça em direção à Vince, — estão fixadas no quadro ao lado do cadáver de Cohen. Você pode explicar o que se passou naquela loja?

*** Montague levantou o copo para os lábios, mas não conseguiu saborear a quantidade generosa de conhaque que o embaixador tinha derramado nele. Medo obstruía sua garganta e gotas de suor se uniram na testa e lábio superior.


O desgraçado estava deliberadamente mantendo-o à borda. Mas, novamente, essa era a forma como o embaixador operava. Montague estudou-o com o canto do olho. Mesmo depois de horas em uma festa, não havia uma ruga no smoking feito à mão do homem, ou um fio de cabelo fora do lugar. Será que ele já pensou em Cohen, o homem cuja morte ele havia ordenado, enquanto ele estava apertando as mãos com a classe alta endinheirada da Califórnia e beijando as mãos perfumadas de suas esposas? Para eles, Renard Descartes Bouchard, o embaixador Saint-Noel para os Estados Unidos, era acima de qualquer suspeita. Apenas um grupo seleto, e Montague considerava-se um deles, sabia que o charme sutil do homem escondia uma maldade extrema e sede de poder inigualável. — Há algo de errado com a sua bebida, Montague? — Bouchard perguntou sem olhar para cima a partir das fotografias que ele estava estudando. — Não, senhor. — Montague rapidamente tomou um gole e esperava que não estivesse envenenado. Ele ajudou a eliminar o suficiente das vítimas do embaixador para conhecer o homem mataria sem remorso. Sua tentativa frustrada de matar o juiz foi um grande erro. Bouchard colocou a fotografia em cima da mesa e pegou outra. — Você fez um bom trabalho hoje à noite. Alívio percorreu Montague. — Obrigado, senhor. — Com a polícia local atrás dele pelo assassinato de Cohen, vamos continuar com a nossa busca incessante. Eu quero saber quem ele é, apesar de tudo. — Bouchard pegou a última foto e franziu a testa. — Há algo de muito familiar nele. Eu sei que eu já o vi antes. Montague permaneceu em silêncio. Depois de trabalhar para o embaixador por 15 anos, ele sabia que o homem não lhe pagava os seus pensamentos ou ideias. Bouchard gostava de fatos e soluções e a gorda conta bancária de Montague atestava isso. Pessoalmente, ele pensou que Vince Knight


- ele aprendeu o nome através de Cohen - parecia com o juiz, o proprietário da estátua que seu empregador cobiçava. Montague tinha passado semanas ao redor do juiz, aprendendo sua rotina e sobre seus amigos. Sem ele, Bouchard nunca teria chegado perto do juiz, conhecido segredos ou estabelecido o esquema de chantagem agora fracassado do juiz. No entanto, Montague não era pago para especular ou compartilhar seus pensamentos com o seu empregador. Até que ele tivesse provas de que Knight e o juiz estavam relacionados, ele iria manter a boca fechada. — Você disse que fez à mulher uma visita. — disse o embaixador, interrompendo seus pensamentos. — Nós fizemos senhor, mas ela não estava em casa. — Montague enfiou a mão no bolso para o resto das fotografias e suas mãos se fecharam em torno da joia que os Hudsons roubaram. Tolos incompetentes. Ele advertiu contra tirar nada dos arrombamentos e explicou que penhorar bens roubados deixaria um rastro. Ainda assim, eles não ouviram. Depois desta noite, nunca iriam esquecer. Empurrando o assunto de lado, Montague tirou um envelope e retirou as duas fotografias de quatro por seis e uma foto ID. — Eu não sabia sua identidade até que estávamos em sua casa. Ela é a Professora Jade Fitzgerald. Os olhos do embaixador afinaram. Ele descruzou as pernas e estendeu a mão para as fotografias. — A filha de Estelle Fitzgerald? — Sim, senhor. Quando procuramos em seu lugarBouchard levantou a mão e cortou Montague. Uma expressão estranha atravessou seu rosto enquanto ele estudava a primeira imagem, então a próxima. Montague se perguntou como ele reagiria à imagem de Jade Fitzgerald em seu vestido preto. Ela era uma mulher excepcionalmente bonita. Bouchard olhou para cima e perguntou: — Ela é sua namorada? — Eu acho que não, senhor. Não havia nada do homem em sua casa. Não há fotos suas ou deles juntos.


— A estátua? — Não estava lá. Nós pesquisamos todos os quartos e um cofre, mas não havia nada, exceto joias. O embaixador colocou as imagens no banco, cruzou as pernas e pegou o copo. Um sorriso calculado se estabeleceu em seus lábios. — Pegue o resto da noite de folga, Montague. Amanhã, siga a Professora Fitzgerald. Mantenha-me informado sobre seus movimentos. Montague iria. Em vez de sair, ele ficou de pé, com o olhar no seu empregador. Ele deveria dizer a ele agora ou esperar até amanhã? Bouchard levantou uma sobrancelha. — O que é? — Eu sei onde ela vai estar amanhã à noite, senhor.


CAPÍTULO 9 Vince sentiu os tremores passarem através de Jade enquanto ele a levou de volta para a casa. Ele desejava levá-la em seus braços e pedir desculpas por tudo o que ela tinha passado desde que se conheceram, mas ele não podia ignorar a presença de seu primo. Qualquer indício de que eles estavam em desacordo um com o outro e Eddie iria lançar-se sobre ele. A vibração dê-meuma-desculpa-para-chutar-sua-bunda do homem não era exatamente sutil. — Filho da...? — Eddie murmurou quando viu a confusão dentro da casa de Jade. Ele olhou para Jade. — É este o roubo que você mencionou lá fora? — Sim. — Vince respondeu por ela. — Nós já chamamos sobre isso. — Nós? — Eddie balançou a cabeça. — Minha prima não precisa lidar com os policiais, esta noite, Knight. Eu sei que eles vão ficar aqui por horas. — Ele pegou seu telefone celular e desapareceu na sala de estar. Vince levou Jade até o banquinho que tinha ocupado anteriormente e tomou a seu lado. Ele cobriu a mão dela com a sua, inclinando a cabeça para ouvir Eddie ao mesmo tempo. O zumbido da voz do policial flutuou da sala de estar. Vince ignorou e virou-se para Jade, assim que ela aliviou as mãos por debaixo dele. Quando ela deu-lhe um sorriso de desculpas, algo agarrou seu peito e tornou difícil para respirar. Ele não quis tentar entender ou explicar, só sabia que tinha tudo a ver com a mulher sentada ao lado dele. Ele limpou a garganta antes de falar. — Escute, eu sei que as coisas estão sombrias agora, mas eu prometo a você, eles vão descobrir no final. Nós não fizemos nada de errado.


— Nós fizemos Vince. — ela sussurrou, seu olhar assombrado. — Nós fomos para dentro da loja de Cohen depois de horas, vimos sinais de arrombamento, mas não denunciamos. Ele recuperou as mãos e apertou. — As portas estavam destrancadas, Jade, e o sinal estava ABERTO. Uma vez que explicar que e por que estávamos lá, os policiais vão entender. Ela puxou as mãos por baixo dele, e dessa vez, colocou em seu colo. Seus olhos procuraram os dele, um tom de desespero em sua profundidade. — Como é que a polícia soube que estivemos lá? Câmera de segurança, deve ter sido. — Não, eu chequei— Inacreditável. — Eddie interrompeu enquanto se aproximava de volta para o cômodo. Ele atirou a Vince um olhar acusador. — Diga-me que você sabe quem é o responsável por essa bagunça, Knight, porque eu estou prendendo o responsável. Na verdade, eu quero saber tudo o que você sabe. E não me venha com tretas. Eu não estou de bom humor. Chateado que ele não poderia tranquilizar Jade com Eddie arrebentando suas bolas, Vince arrastou o olhar para os olhos vidrados de Jade e retrucou: — Os homens que tomaram a bolsa dela fizeram isso. Os olhos de Eddie estreitaram. — Você estava junto quando sua bolsa foi roubada. Eu deveria saber. Você é como uma daquelas pessoas que coisas ruins seguem o tempo todo. Você já teve algum relacionamento com esses homens antes de hoje? Antes deles roubarem sua bolsa? — Em uma maneira de falar. Aborrecimento atravessou o rosto de Eddie. — Não brinque comigo, Knight. A única razão pela qual eu não estou puxando seu rabo para a cadeia é por causa dela. — Ele empurrou a cabeça para Jade. Homem, Eddie Fitzgerald tinha um pavio-curto para um policial. Vince não sabia o quanto seria necessário antes que ele lhe dissesse para fazer uma


caminhada. Mas um olhar para Jade matou sua frustração crescente. Ela não precisava tê-lo lutando contra seu primo em cima de todo o resto. Vince respirou fundo e suavizou o tom de sua voz. — Eu os peguei vasculhando meu quarto um pouco antes de fugirem com a bolsa de Jade. — Inicie a partir do início. — Eddie pegou um banquinho tombado e sentou. Vince explicou rapidamente sobre a festa que seu pai deu, o roubo da estátua, até o que aconteceu no Cohen. Eddie interrompeu a cada passo do caminho, interrogando como se ele fosse o criminoso mais procurado da América. — Nós não deixamos impressões digitais e tenho certeza que a câmera de segurança não registrou a nossa busca. — acrescentou Vince. Se Eddie apreciou sua vigilância, ele não mostrou. Jade, por outro lado, olhou para ele com gratidão. — Quando? — Perguntou ela, com a voz ainda trêmula. — Quando voltei para o carro. Eu também verifiquei as fitas de vigilância, mas não havia nenhuma. — Vince olhou para Eddie. — Como é que o seu povo obteve nossas fotos? — Alguém passou por fax para a delegacia. Pelo que você acabou de me dizer, quem está atrás de sua estátua não quer concorrência. — A expressão de Eddie tornou-se pensativa. — Ele usou Cohen para te arrastar e eliminou-o uma vez que ele tinha servido a seu propósito. Isso me diz que o homem é cruel e não quer ser exposto. Vince se mexeu desconfortavelmente em seu banquinho. Ele podia sentir a hostilidade aberta do primo de Jade, mas ele apreciou sua franqueza. O empregador de Hudson estava desesperado para colocar as mãos na estátua e provavelmente mataria novamente para proteger sua identidade. Atraí-los de volta para a loja de antiguidades para levar a culpa pelo assassinato de Cohen


indicava que o homem não era estúpido também. Vilões inteligentes eram uma dor na parte traseira. Ele conheceu sua parte deles durante seus dias como um repórter. — Como você arrastou a minha prima em sua bagunça de qualquer maneira? — Eddie interrompeu seus pensamentos, sua voz voltou a ser média. Vince sentiu Jade endurecer ao lado dele. Ele deliberadamente deixou de mencionar que Estelle, a mãe de Jade, era uma suspeita em sua investigação, e que tanto Hudson e a pessoa que pensava ser seu empregador pararam pelo escritório de Jade para pedir o paradeiro de Estelle. Da forma como ele via, havia certas coisas que Eddie não precisa ouvir. Vince olhou para Jade. Por trás da fadiga, ele viu um lampejo de apreensão na profundidade de seus olhos. Ele voltou sua atenção para Eddie. — Eu precisava de um parecer sobre a estátua que eu comprei de Cohen. Jade parou no meu hotel para dar uma olhada. — Eu vou fazer mais café. — Jade lhe deu um sorriso agradecido e deslizou de seu banquinho. Vince observou por alguns minutos, surpreso com o quão bem ela estava tomando tudo. A maioria das mulheres estaria histérica ao ser acusada de assassinato. Ele sabia que ela estava com medo, no entanto. Quando ele se virou, pegou o olhar de Eddie nela também. A expressão de seu primo era sombria. — Como é que você sabe sobre as fotos? — Vince perguntou, chamando a atenção de Eddie longe de Jade. — Um amigo reconheceu Jade e me chamou com a notícia. Felizmente, eu ainda estava acordado. Por que eu não tenho ouvido falar sobre esta estátua faltando? Esse tipo de notícia gera uma série de ondas. Vince deu de ombros. — Nós não denunciamos.


— Por que não? — Perguntou Eddie. — Temos detetives especialistas em roubo de arte, para não mencionar os agentes do FBI para lidar com crimes como esse. Atrás dele, Vince poderia dizer que Jade parou de se mover e estava ouvindo a conversa. — Minha tia disse que o juiz insistiu nisso. Eu não sei por que, mas eu tenho que respeitar seus desejos. — Certamente não depois disso. — Eddie sacudiu a cabeça para indicar a casa de Jade. — Que juiz está falando? Antes que Vince lhe pudesse responder, Jade disse: — O juiz é o pai de Vince. Ele disse por que ele não queria os policiais envolvidos? — Ela deslizou de volta em seu banquinho, sua expressão curiosa. — Não. Ele tentou se matar pela manhã, após a estátua ser roubada. Saltou do telhado de seu prédio de escritórios, mas de alguma forma conseguiu sobreviver. Ele não teve a oportunidade de explicar nada a ninguém ou a minha tia antes dele entrar em coma. — Oh, Vince. — Jade pegou sua mão e apertou. — Que terrível. Será que ele vai ficar bem? Seu peito se contraiu em sua compaixão, fazendo-o sentir como um idiota por não parar no hospital para visitar o juiz. Por outro lado, o velho nunca reconheceu a sua existência e, provavelmente, não gostaria que ele voltasse agora também. — Seus sinais vitais estão estáveis. Os médicos estão otimistas que ele vai sair dessa. — explicou Vince. Jade balançou a cabeça em solidariedade. — Tenho certeza que ele vai. Ele deve ter sido devastado pelo roubo para tentar o suicídio. O olhar de Vince saltou de Jade para Eddie, que usava uma expressão perplexa. — Pelo que está acontecendo, estou começando a duvidar da teoria de suicídio. Por que ele iria querer se matar? Ele estava concorrendo a um cargo


político quando isso aconteceu e, a partir de pesquisas, era bastante popular com os eleitores. — Droga. — Eddie interrompeu. — Você está falando de Honest Abe. — O juiz Abraham Dixon é o seu pai? — Jade sussurrou ao mesmo tempo. Vince achou sua descrença irritante. O juiz ganhou o apelido por ser difícil para pais caloteiros que cruzaram seu caminho, mas ele não podia sequer admitir que teve um filho. Honest Abe, é uma piada. O olhar de Vince derivou de Jade para Eddie. — Para o seu bem, espero que isso não saia desta sala. — Sua voz saiu forte. — É claro. — disse Jade rapidamente. Eddie apenas balançou a cabeça. Um breve silêncio tenso seguiu. Jade olhou para ele, com uma expressão perplexa no rosto. — Você sabe que minha mãe é uma amiga muito próxima do seu pai, Vince? — Sim. — Então, como você pode acreditar... — ela parou no meio da frase e balançou a cabeça. — Sua tia, Della Dixon, é irmã de fraternidade da minha mãe, uma amiga de longa data. O tom de Jade disse a Vince o que ela estava pensando - como poderia o amigo de Estelle acusá-la de roubar? Ele não sabia o que dizer para aliviar a dor de Jade, não com o seu primo junto à sua troca com evidente interesse. Talvez se ele falasse com ela em particular. — Podemos falar sozinhos, Jade? Ela balançou a cabeça e se levantou. — Não agora. Eu preciso pensar. Desculpe-me. — Ela correu para o seu quarto.


Vince deixou-a ir, mas uma sensação estranhamente dolorosa perfurou através dele. Ele a tinha machucado, a última coisa que ele queria. Enquanto ele continuasse a suspeitar de sua mãe, ele ia continuar a machucá-la. Eddie pigarreou. — Eu não vou fingir que entendi o que era aquilo tudo, mas soou como se tivesse dito ou feito algo para machucar minha prima. Vince suspirou, sem se preocupar em esconder o cansaço. — Eu nunca faria isso. Jade e eu precisamos discutir algumas coisas, isso é tudo. Tem sido um longo dia. — Ele se inclinou para frente para acrescentar: — Olha, cara, eu sei que você não me conhece e não se importa com os meus problemas, mas eu poderia fazer uma pausa aqui. Preciso de alguns dias para resolver tudo o que está acontecendo. Eu não posso fazer isso se eu relatar o roubo da estátua, ou ter um mandado pairando sobre a minha cabeça. — Ele procurou o rosto de Eddie, mas a expressão do policial não deu muita distância. — Tudo o que eu estou pedindo é um par de dias, três no máximo. Eddie deu-lhe um sorriso apertado. — Eu adoraria cortar-lhe alguma folga, mas você colocou minha prima em sua bagunça e minha família me espera para tirá-la dela. — Eddie se levantou. — Tudo o que eu quero de você são duas coisas, então você pode ir alegremente. Um, você vem comigo para a delegacia agora e esclarece este mal-entendido. Eu não quero ver a cara da minha prima na placa criminal. E dois, você fica longe dela até que você tenha terminado com a sua investigação. Vince rangeu os dentes enquanto Eddie se dirigia para o quarto de Jade. Seu plano de voltar para o Cisne Azul e tirar de Hudson ou seu parceiro alguma informação foi para o espaço. Ele não podia fazer muito, se ele explicasse suas ações para um grupo de detetives. Em seguida, havia a tia a quem ele deu sua palavra para manter tudo calmo. De qualquer forma, ele estava ferrado... a menos que... — Eu posso entregar Hudson e seu parceiro. — disse ele.


O policial parou de andar e virou-se para encará-lo. — Você sabe onde eles estão? — Seguimos eles a um clube hoje à noite. — Vince explicou rapidamente sobre os funcionários do hotel. — Eles, provavelmente, ainda estão no Cisne Azul. Eu sei o número da placa do carro que estão dirigindo e o modelo. Se eu não me engano, imagino que eles deixaram as suas impressões em todo Cohen e possivelmente aqui. Indo atrás deles deve manter o seu povo ocupado, jogá-los fora da minha faixa. — Quando Eddie não falou, apenas continuou a olhá-lo com olhar fixo, Vince perdeu. — Vamos lá, cara. Dá um tempo aqui. Estou lhe dando uma pista sobre o caso. — Sim, Eddie. Nos dê um tempo. Vince se virou nas palavras de Jade. Nós? Eddie fez uma careta, não muito satisfeito com o seu súbito reaparecimento. — Ele levou você para os projetos residenciais do governo Jade. — ele rosnou seu olhar movendo-se para Vince. — Nós vamos depor em algum momento na próxima semana, se você ainda nos quiser Eddie. — disse Jade, ignorando a expressão incrédula de seu primo. Ela se juntou a eles, mas evitou fazer contato visual com Vince. — Você sabe que Vince está certo. Basta dar ao seu pessoal Hudson e seu parceiro e eles vão ficar felizes em nos colocar em banho-maria por alguns dias. Eddie procurou seu rosto. — Tem certeza que você sabe no que você está se metendo? — Sim. — Ela deu a Vince um sorriso inocente que não enganou-o nem um pouco. Ela queria algo. — Eu prometi ajudar Vince chegar ao fundo deste caso e não podemos trabalhar com as pessoas ao nosso redor. Vince ouviu sua conversa com crescente espanto. Quando ela prometeu ajudá-lo? A mulher o fascinava. Um minuto olhar doce e vulnerável, em seguida,


ao lado de uma tigresa pronta para enfrentar o mundo. O que ela estava fazendo? Ela não estava fazendo isso só para ele. Na verdade, a maneira como ela evitou olhar para ele indicou que ela ainda estava chateada. — Há provavelmente um alerta para o carro de Knight. — disse Eddie. — Estava entre as fotografias que eu vi. — Ele pode deixá-lo aqui na minha garagem por um tempo. — Seus olhos encontraram Vince novamente, desafiando-o a negar-lhe. — Você não se importa não é, querido? Ela era boa. Não, mais do que boa. Ela sabia que ele seria um tolo de rejeitar a ajuda dela, e não o faria quando o primo Eddie era massa em suas mãos delicadas. Dando de ombros, Vince levantou-se e tirou as chaves do bolso enquanto andava para o lado dela. Ele passou o braço em volta dos ombros. Ela ficou rígida, mas ele fingiu não notar. — Absolutamente não, querida. Vá em frente. Traga-o e tranque-o. — Ele apertou as chaves do carro na mão e se virou para seu primo. — Você acha que você poderia nos dar uma carona para o meu hotel e remover o bloqueio de pneu no carro de Jade? Vamos precisar dele hoje à noite. Irônica diversão brilhou nos olhos de Eddie. — Se vocês dois querem brincar de ser fugitivos, sejam meus convidados. Eu vou aliviar a pressão fora de você, mas, — ele olhou para Jade, — eu espero uma ligação em 48 horas. — Obrigada. Devo-te. — Jade encolheu o braço de Vince fora e marchou até uma porta lateral. Em poucos segundos, ouviram o som da abertura da porta da garagem. Vince sorriu e se virou para Eddie. — Devo— Não. Estou fazendo isso por ela. Por razões além da minha compreensão, minha prima quer ajudá-lo. Basta lembrar uma coisa. Se o psicopata que você está atrás prejudicá-la, nada nem ninguém vai me impedir


de caçar você. — Eddie deu-lhe um sorriso frio. — Então, não faça nada estúpido e que inclua deixar de falar comigo primeiro. Espero esse apelo em dois dias. Vince não estava mais sorrindo no momento em que Eddie terminou de falar.

*** Jade tentou dar sentido ao que ela tinha feito, mas a fadiga, o interior quentinho do carro e seu zumbido monótono a fez sonolenta. Ela fechou os olhos e suspirou. Como ela pôde ir de uma professora cumpridora da lei e respeitada à ser procurada por assassinato em um período de um dia. Se qualquer indício disto chegasse à universidade, ela poderia dar adeus ao mandato de promoção. Ela trabalhou muito duro para chegar onde ela chegou e não estava disposta a deixar que nada ficasse no caminho da sua promoção. Ela abriu os olhos e olhou para a entrada do hotel. Onde estava Vince? Ele estava tendo problemas para conseguir um quarto? Talvez ela devesse ter ido com ele. Pessoalmente, ela não se importava onde ela passaria a noite ou o que restava dela. Ela precisava descansar. Em poucas horas, ela teria que enfrentar as consequências de suas decisões em plena luz do dia. Seu olhar seguiu um conversível com a sua parte superior para baixo e cheio de um grupo barulhento de crianças cruzando no final da rua. Ela não podia deixar de ficar invejosa de sua atitude alegre. Não que ela pudesse afirmar que sua vida era um mar de rosas antes de Vince entrar em seu escritório, mas ela tinha algum mínimo de ordem. Preocupava-se com sua mãe e sua promoção, mas nada tão grande. Oh, não, mãe. Ela deve tentar alcançá-la, dizer a ela o que estava acontecendo. Lágrimas queimaram a parte de trás dos olhos de Jade. Determinada a não deixá-las cair, ela piscou rapidamente. Era errado querer salvar a reputação de sua mãe ao descobrir a verdade sobre a estátua faltando? Essa era a principal razão do porque ela convenceu


Eddie para deixar Vince ir. Ela tinha que saber o que aconteceu naquela noite e se sua mãe estava em perigo com o psicopata que matou Cohen. O pensamento pareceu dedos frios correndo por sua espinha. Jade fechou os olhos e tentou desviar seus pensamentos para algo agradável - a festa de despedida de Ashley. O que Ashley e Faith estariam fazendo agora? Provavelmente o encerramento ou dormindo. Deve ser bom se preocupar com nada além de uma ressaca... Os olhos de Jade se abriram quando Vince abriu a porta do carro e deslizou atrás do volante. — Ah, você está acordada. — Ele olhou para o rosto dela. — O que está acontecendo? — Ela perguntou quando ele ajustou o espelho e o banco. — Nós estamos indo para o meu lugar. Eu tentei conseguir-nos uma suíte, mas o hotel está totalmente reservado, por causa da conferência. — Ele colocou o carro em marcha à ré e saiu do estacionamento do local. Ela olhou para ele, lutando contra o sono e tentando organizar seus pensamentos. — Talvez eu devesse passar a noite na Ashley. — A festa ainda pode estar acontecendo. — Houve uma pausa antes de acrescentar: — Não se preocupe, você vai gostar do meu lugar. Ele tem uma cama decente, e ninguém sabe onde ele está. Jade bocejou, a calma de Vince embalando-a. Ele disse uma cama? Ela esperava que ele tivesse mais do que uma, porque tinha a intenção de rastejar em uma e não sair por horas. Dividir, por outro lado, tinha o seu mérito. Seria bom adormecer com braços quentes envoltos protetores ao seu redor. É claro que o sono poderia ser a última coisa na mente de Vince. Não que ela se importasse. Ela queria que ele... Algo quente e aveludado pressionou contra seu rosto e um ritmo constante brincou em seu ouvido. Ela inalou. Hmm, masculino e picante. Ela


virou a cabeça e enterrou o nariz no pescoço de... Vince. Ela abriu os olhos e piscou, o calor inundando seu rosto. Vince estava levando-a para um apartamento. Essa era a segunda vez esta noite que ele embalou-a tão ternamente em seus braços. Era maravilhoso. — Vince. — ela murmurou. — Volte a dormir. — Você não deveria estar me carregando. — protestou ela, embora ela não fizesse nenhuma tentativa de descer. Eles entraram em uma sala de estar mobiliada, iluminada por uma lâmpada em uma mesa lateral, em seguida, desceram um corredor. — Eu não me importo. — Mas eu sou, assim, uh, apenas pesada. Ele riu, seus braços apertando suas coxas. — Você é perfeita. Ele empurrou a porta com o pé e entrou em um quarto. Uma lâmpada em um criado iluminava o quarto e uma cama king-size. Vince deve ter entrado para ligá-la antes de ele voltar para ela. Ele a colocou na cama e se agachou ao lado dela. A covinha piscou para ela. — Construída como uma mulher deveria ser. — acrescentou ele e correu os dedos ao longo de seu quadril vestida com a Capri e para baixo de suas pernas. Sua pele formigava e a onda de calor rapidamente se espalhou para o resto do seu corpo. A necessidade tão primitiva estendeu e expandiu dentro dela, apertando seu estômago e fazendo seus nervos tremerem. Ele pulsava quente e brilhante, como nada que ela já tinha experimentado antes. No entanto, ela reconheceu-o com o desejo ardente em seus olhos. Quando sua mão pousou em seu tornozelo, ela se afastou. — O que você está fazendo? — Sua voz tremeu.


— Removendo seus sapatos. Onde tinha estado toda a sua vida? Seu charme sedutor era potente. Se ela não tomasse cuidado, ela iria se apaixonar por ele. — Obrigada, mas eu acho que posso fazer isso. — Jade conseguiu balbuciar. Agora, por favor, vá embora, queria pedir-lhe. Ela não conseguia pensar coerentemente com ele tão perto. — Onde estão as minhas coisas? Vince a estudou por um instante, depois roçou os dedos em sua bochecha. — Logo atrás de você. Rapidamente, ela virou a cabeça e viu o saco plástico. Durante a viagem de sua casa ao Hotel de Vince, tinha parado em um hipermercado para ela pegar algumas coisas. Ela apertou o rosto acalorado sobre os joelhos e deu a Vince um olhar a partir do canto do olho. — Obrigada. — Você é bem-vinda. — Ele se endireitou, tomando seu tempo e fazendoa ciente de que ele não queria deixá-la ainda. Ele apontou para uma porta que conduzia a partir do quarto que lhe tinha dado. — O banheiro é por ali. Se você precisar de alguma coisa, eu vou estar uma porta à sua esquerda. Ela assentiu com a cabeça. — Eu espero que eu não o tenha expulsado do quarto principal. — Se eu dissesse que você fez, você me deixaria ficar com você esta noite? — Ele brincou. Jade engoliu a possibilidade tentadora. Ela lambeu os lábios, tentou pensar em uma resposta e veio seco. — Tudo bem. — respondeu Vince para ela. — Mau-momento. Vejo você mais tarde. Descanse. Jade assentiu e esperou até que ele saísse do quarto antes que ela cobrisse o rosto com as mãos ardentes. Isso era ruim. Toda vez que ela pensava que ela o conhecia, ele lhe mostrava uma nova faceta. Ele tinha profundidade e


um coração generoso, e ele era sexy como o inferno. Como ela eiria dormir sabendo que ele estava há poucos metros de distância, desejando-a?


CAPÍTULO 10 Vince acordou às dez, banhou-se e trocou-se em Levis pretas e uma camisa polo correspondente. Ao sair, ele parou fora do quarto que Jade ocupava. Quando ouviu nada que indicasse que ela tinha levantado, ele seguiu para a cozinha, rabiscou uma nota breve para ela e deixou-a na porta da geladeira. Saiu fora de seu apartamento e fez uma careta. O calor era sufocante. Deslizando seus óculos de sol, ele olhou em volta. Ele tinha sido determinado em alugar o apartamento mobiliado em Hollywood Hills, mas não era nada como sua casa. Ele perdeu as temperaturas mais amenas em Orcas Island, a manhã de passeios pelos bosques e ao longo da orla, escrevendo até tarde nas noites com os sons das baleias orca no fundo. Em seguida, houve o tio Remus. Com todas as coisas que aconteceram ontem, ele tinha esquecido completamente de ligar para seu tio. Vince discou o número de casa quando ele se afastou do complexo. A enfermeira do tio pegou o telefone, depois de alguns toques. — Bom dia, Rose. Ele levantou? — Sim, Sr. Knight. Só um segundo. Diagnosticado com um tumor inoperável no cérebro há um ano, seu tio Remus sofria de fortes dores de cabeça. Ele também estava cada vez mais fraco e esquecido. — Vince? É você, meu filho? Eu estava prestes a sentar-me para a refeição saudável que Rose está preparando para mim. Eu não sei onde você a achou, mas eu vou pedir para ela se casar comigo. — seu tio brincou.


Vince sorriu. Seu tio estava acordado, coerente e de bom humor. Desde que deixou a ilha, suas conversas eram breves e tensas. Remus estava geralmente sedado, entrando e saindo do sono. — Eu vou ser o seu padrinho, se ela aceitar você, senhor. O velho riu. O riso tornou-se uma risada, então, finalmente, uma tosse. Quando o ataque de tosse parou, Vince perguntou: — Você está se mantendo quente, Tio Remus? — Pare de agitação, rapaz. Fale-me sobre sua investigação. Você já falou com todos que estavam na festa? — Alguns ainda não estão disponíveis, mas estou chegando a algum lugar agora. — Isso era esticar a verdade, mas ele não queria que seu tio se preocupasse além de todo o resto. — Já faz mais de uma semana, filho... não, quase duas semanas desde que o artefato foi roubado. Você realmente acha que a pessoa ainda pode estar pendurado nela? A forma como o caso foi indo, Vince se recusou a especular sobre nada. — Eu falei com alguns negociantes, e todos eles concordam que haveria um zumbido se alguém estivesse tentando vendê-lo. Até agora, não tem tido nada. Não apenas localmente, mas no exterior também. Fui apresentado a um jovem comerciante que mantém o controle sobre o mercado. Assim que a estátua aparecer, ele vai saber sobre ele. — O mesmo jovem lhe contou sobre a peça falsa que Cohen tentou penhorar fora dele. Vince planejava visitá-lo e agradecer-lhe mais tarde. — Mantenha-me informado, — Remus interrompeu seus pensamentos. — Agora eu preciso comer o meu almoço antes que esfrie. — Outro ataque de tosse o afetou bastante. Vince esperou por seu tio para recuperar o fôlego. — Cuide-se, Tio Remus. Posso falar com Rose agora? — Ele esperou que a enfermeira voltasse


para o telefone. — Ele está tomando qualquer coisa para a tosse, Rose? Ele soa mal. — Ele está Sr. Knight. O médico me deu uma receita que eu preenchi um par de dias atrás. — Como é que ele realmente está? Houve um silêncio na linha. — Eu precisava sair de sua faixa de audição. — explicou a enfermeira. — Ele não está indo bem. O médico aumentou a dosagem da sua medicação. Ele está se tornando cada vez mais esquecido, e as dores de cabeça são mais graves. Isto é o mais lúcido que ele tem estado desde que você o deixou. Vince concordou com ela. Remus havia se tornado uma sombra do homem que ele já foi. Vê-lo tornar-se cada vez mais fraco era doloroso, e cada vez que ele ligava, Vince temia que o velho não se lembrasse dele. — Vou ver se eu posso voltar para casa por alguns dias, Rose. Enquanto isso, me ligue se ele ficar pior. — Depois que ele desligou, parou em frente de uma mercearia e apenas sentou no carro. Seu tio era muito importante para ele e perdê-lo seria difícil. Claro, ele teve um ano para se preparar, mas nunca poderia realmente estar preparado para perder um ente querido. Quando sentiu o peito aumentar o aperto, Vince resmungou uma maldição e saiu do carro. Ele recusou-se a chorar. Seu tio não estava morto ainda. Jade ainda estava dormindo quando Vince voltou ao apartamento. Ele guardou a maioria dos mantimentos, exceto o que ele precisava, então ligou a cafeteira. Ele não tinha ideia de que alimentos Jade preferia, mas indo com o que ele tinha observado ontem, ela era particular sobre o que ela comia. Ele estudou a variedade de itens que havia colocado na mesa - ovos, queijos, manteiga, legumes frescos, bacon, e croissant quente - e encolheu os ombros. Ele poderia sempre encomendar se ela não comesse ovos. Ele ligou o


forno, em seguida, começou a cortar e fatiar os legumes. Ocasionalmente, ele parava para ouvir e olhar para a porta do quarto. Não havia nenhum som, indicando que Jade ainda estava dormindo. Sua mente vagou para os acontecimentos de ontem à noite. Ele ainda não conseguia entender porque ela tinha ficado do lado dele contra seu primo. Esperou que a condição de seu pai não a tivesse influenciado. Havia muitas coisas que ele queria da professora bonita, mas pena não era uma delas. Em seguida, houve o roubo. Será que os homens entraram em sua casa porque a tinha visto com ele ou por causa da sua mãe? Se suspeitassem que Estelle pudesse ter a estátua, Vince não iria colocá-la em perigo para ir atrás da senhora. Ou pior, usar Jade para chegar até ela. Um nó frio se estabeleceu em seu intestino. Ele não sabia como isso aconteceu, mas Jade conseguiu passar a defesa que ele tinha erguido em torno de seu coração. Ele não se sentia bem com isso. Cuidar o fazia vulnerável, algo que ele não podia tentar agora. O temporizador na cafeteira disparou. Vince derramou a bebida escura em uma caneca, tomou um gole, e voltou para a sua cozinha. Ele gratinou cebolas vermelhas, pimentão e cogumelos, e acrescentou espinafre. Ele transferiu a mistura em uma assadeira, espalhou uniformemente em cima do queijo mozzarella, acrescentou ovos temperados com orégano, sal e pimenta, e polvilhou com queijo feta. Ele colocou a panela no forno para assar, colocou o bacon em uma panela em fogo médio e começou a cortar laranjas e toranjas. — Bom dia. A voz suave de Jade tomou conta dele um pouco mais tarde, e a atração de desejo impotente o percorreu. Lentamente, Vince colocou a metade de uma toranja no balcão e olhou para cima. Seu cabelo molhado, encaracolado, abraçava a cabeça, o rosto limpo estava livre de maquiagem, mas ela nunca pareceu mais bonita. Deu-lhe um lento olhar, demorando na avaliação. Os jeans e camisa que ela tinha escolhido


na loja na noite anterior serviam nela como se projetados especificamente para ela. Seu olhar voltou para seu rosto, para o sorriso incerto e sedutor nos lábios. Ele queria levá-la em seus braços e roubar aquele sorriso, moldar aqueles lábios com os seus e torná-la flexível com uma fome que não tinha nada a ver com café da manhã. — Bom dia, dorminhoca. — disse ele, em vez, enxugando as mãos em um pano. — Eu estava prestes a fazer um escândalo com uma colher e uma panela. — Seu cozimento já me acordou. — Quadris balançando, ela escorregou em direção a ele. — Você é cheio de surpresas, Vince. — Boas, espero. — Oh, sim. — Ela parou do outro lado do balcão e fixou seu olhar sobre ele. — Seja o que for, tem cheiro celestial. — Obrigado. Quer uma xícara de café? — Quando ela olhou para a cafeteira, levantou-se, enfiou a mão dentro de um armário e tirou uma garrafa de café descafeinado. Ele acenou como um troféu. — Eu tenho esse só para você, e o creme francês de baunilha nondairy está na geladeira. Um brilho apreciativo entrou em seus olhos. — Isso foi muito atencioso. Obrigada. Mas você não tem que fazer isso. Eu posso fazer algum café sozinha. Se você não se importa, quero dizer. — Sirva-se. — Ele colocou o copo e o café descafeinado no balcão, seu olhar não deixando-a. Ela pareceu relaxar, ao contrário de ontem à noite. — Você come ovos? Ela lançou-lhe um olhar surpreso. — Sim. Por que você pergunta? — Eu percebi que você é muito particular sobre o que você ingere. — Oh, isso. Apenas algo que eu tenho que fazer. — Ela não entrou em detalhes, continuou se movendo ao redor do balcão para se juntar a ele. — Eu não como bacon, mas amo ovos.


Ela estava prestes a passar por ele quando ele colocou as mãos na cintura dela e a deteve. — Eu estive pensando sobre algo a maioria desta manhã. Suas sobrancelhas se ergueram. — O quê? — Isto. — Ele reivindicou seus lábios, deslizando sua língua dentro da boca dela quando ela engasgou, amando sua plenitude e com o sabor doce que era exclusivamente Jade. Ela estendeu a mão, amassando sua camisa e puxouo para mais perto. Pressionando sua suavidade contra seu duro corpo, suas mãos seguiram seus contornos até que alcançou seu rosto. Ele segurou seu queixo e aprofundou o beijo. O que começou como um beijo de bom dia mudou e se transformou em algo maior e mais quente. Seu aroma floral encheu seus sentidos e necessidade inchou dentro dele com a fúria de uma tempestade. Ele queria tirar sua roupa, abrir as pernas e afundar dentro de sua pele quente. Deslocando-a, ele a empurrou contra o balcão e colocou um joelho entre as coxas. Seus dedos deslizaram através de seus fios molhados para manter a cabeça no lugar enquanto saboreava-a de novo e de novo. O temporizador do forno apitou. Vince interrompeu o beijo e descansou sua testa contra a dela. Olhos fechados, Jade suspirou em jorros, seu corpo tremia. Ele havia dormido com a sua quota de mulheres, mas nenhuma lhe fez isso para a sua mente e corpo como esta. Um olhar, um sorriso, e ele ansiava. Um toque e ele esqueceu-se de si mesmo. — Baby, eu não aguento mais isso. — ele rosnou. Jade engoliu em seco, desejou que ela pudesse se esconder atrás de uma réplica sofisticada, mas ela não achava que tinha uma. Ela não conseguia pensar em qualquer coisa desde que sua voz apareceu em cima dela. Nem poderia colocar alguma distância entre eles. Seu aperto na camisa dele era a única coisa mantendo os joelhos firmes.


Ela não poderia usar o passado para empurrar Vince para longe. Ele não era nada como o ex-marido. Respirando fundo, Jade abriu os olhos e olhou no cinza sem fundo de Vince. — Nem eu, Vince. — Sua voz era um mero sussurro. Um sorriso rápido tocou seus lábios sensuais. — Eu preciso fazer alguma coisa com meu tempo, porém, não é? — Ele passou o polegar sobre o lábio inferior, fazendo-o formigar. Antes que ela pudesse detê-la, sua língua se esgueirou para fora e provou. O som de sua respiração presa lembrou o quão rápido as coisas saíram do controle quando eles tocaram. — Ou nós vamos queimar, uh, queimar nossa comida. — Ela assentiu com a cabeça no forno. — Tem cheiro delicioso. O que é isso? O brilho em seus olhos lhe disse que ele estava consciente de sua gafe. Ele a soltou e se virou para recuperar a comida do forno. Ele colocou a bandeja sobre a mesa e anunciou: — Espinafre e frittata feta. Eu deveria marinar nessa mistura... — ele apontou para o suco de laranja e toranja espremido na hora, — durante pelo menos 30 minutos antes de adicionar Perrier, — ele olhou para o relógio, — mas eu não acho que podemos dar ao luxo de esperar. Com a imagem incrivelmente sexy dele se movimentando em torno da cozinha, ela podia voluntariamente congelar o tempo. Em jeans pretos e uma camisa preta, as luvas de forno e suas habilidades culinárias óbvias, era um sonho. Tudo o que ele fazia parecia tão fácil. Um formigamento cortou por sua espinha ao pensar naquelas mãos em seu corpo. Descendo até tocá-la intimamente. Dando prazer a ela. Fazendo-a gemer de necessidade. 'Então você estava lá como um saco de batatas e fazia a coisa toda parecer sórdida'. As palavras de seu ex-marido ressoavam em sua cabeça. Não gostando da direção de seus pensamentos, Jade rapidamente pegou o copo, colocou água da torneira e pôs no micro-ondas. Quando ela se virou, Vince estava escavando


a frittata em dois pratos. Mais uma vez, ela foi desviada pela imagem sexy de um homem no controle total de seu ambiente. Ele fazia isso parecer tão fácil, enquanto ela não sabia cozinhar nada que valesse se gabar. Ele olhou para cima, pegou seu olhar e ergueu as sobrancelhas. Jade sorriu e correu a falar. — Quando você aprendeu a cozinhar? Quando você estava ocupado entrevistando e expondo os ditadores e senhores da guerra em todo o mundo? — Meu tio Remus recebe todo o crédito. A autossuficiência é algo que ele valoriza e passou para mim. — Um sorriso melancólico cruzou seus lábios enquanto ele amontoou bacon em seu prato. — Ele também acredita que não se deve queixar-se da comida de sua mulher se ela não sabe cozinhar. Você cozinha? — Algo. — Qualquer especialidade particular? — Faça a sua escolha. — Ele colocou a panela na pia e voltou-se para os olhos dela com os olhos apertados. Ela apostava que ele pudesse ver através de sua mentira. Jade tentou manter uma cara séria. — Chinês, italiano, cantonês, tailandês, crioulo, espanhol. Enquanto estiver em uma caixa e vir com instruções. Ele riu. — Ria de mim tudo o que você quiser, mas você não tem ideia do quão difícil é fazer com que a coisa tenha o tempo certo. Cozinhar por 8 minutos ou até ficar macio. Quem lhes disse que nós queremos escolhas? Eu sempre acabo com massa mal cozida ou uma bagunça encharcada. — Um indício de risada escapou dele e o som suavizou suas entranhas. Ela o fez rir. Louco que possa parecer, o dia parecia mais brilhante e um otimismo estranho tomou conta dela. — De qualquer forma, me conte mais sobre seu tio. O sorriso desapareceu de seu rosto. — O que você quer saber?


Ela encolheu os ombros, recuperando a água do micro-ondas e colocando-a no balcão. — Ah-mm, quando ele ensinou-lhe como cozinhar, onde vive, e qualquer coisa que você gostaria de adicionar. Por um momento, Vince não falou. Ele tomou seu tempo derramando o suco em taças de champanhe e enchendo-os de Perrier, removendo utensílios e guardanapos. Ela adicionou uma meia-colher de café descafeinado em sua caneca e uma quantidade generosa do creme. Então ela reabasteceu o copo para ele. Uma vez que eles se estabeleceram em seus lugares, ela deu uma mordida de sua frittata e fechou os olhos em êxtase, saboreando o gosto. Quando ela abriu os olhos, Vince estava olhando para sua boca. O homem tinha um jeito de tirá-la de equilíbrio com apenas um olhar. — Hmm, bom... muito bom. Você é um cozinheiro maravilhoso. — Na verdade, ele era um homem incrível. Ela continuou a comer quando ele não falou. — Você tem um apetite muito saudável. Eu gosto disso. A mão de Jade congelou no ar. Apetite para quê? Comida, ela esperava. Ela olhou para seu prato, intocado, depois para ele. Ela estava a meio caminho de terminar sua frittata. Vince estava mastigando um pedaço de bacon, mas a partir de sua expressão, ela não achava que ele quis dizer comida. Olhos semicerrados, Jade colocou o pedaço em sua língua, fechou os dentes em volta do garfo e, lentamente, puxou-o para fora. Vince, que assistiu todo o processo com a expressão enlevada, na verdade, lambeu os lábios. Jade sorriu enquanto mastigava e engolia. Ela fingiu não entender o que ele quis dizer. — Eu não comi muito ontem à noite. Você viu os petiscos na festa de Ashley. Havia tanta coisa em forma de pênis... Não importa. Deixe-me aproveitar a sua oferta deliciosa em paz, ok? — Tudo bem. — Vince soou divertido, mas ele pegou o garfo. Por um momento, eles comeram em silêncio.


Eles estavam quase terminando quando ela disse: — Então, você vai me dizer sobre-? — Tio Remus. — ele interrompeu. Ele pegou o café. — Claro, mas primeiro, você pode me dizer por que você decidiu ser a minha defensora na noite passada? Ela sabia que ele ia trazer isso à tona. Apesar da forma ocasional que ele perguntou, ela sabia que a resposta era importante para ele. Jade colocou o garfo no prato e descansou os braços em cima do balcão. — Eu preciso saber a identidade da pessoa que está atrás de sua estátua e eu não posso com você na cadeia ou sendo assediado por policiais. — Por quê? — Seus olhos se estreitaram. — Minha mãe. Ela estava muito envolvida na campanha de seu pai. Ela organizou festas de angariação de fundos para ele e Wilkinson, ofereceu um par de dias por semana em seus escritórios de campanha. Há duas semanas, ela parou. — Sobre o tempo que seu pai deu sua festa e perdeu a estátua. — Quando falei com ela, ela disse que estava cansada. Ela até parou de ir ao seu escritório no Fitz-Valdes e sua assistente esteve vindo para casa, ao invés. Eu estava convencida de que ela estava lutando contra a fadiga crônica. Eu não sei se seu comportamento está ligado com a sua estátua perdida, Vince, mas depois do que aconteceu com Cohen, eu preciso saber o que está acontecendo e quem está por trás disso. Ele tomou um gole de café e observou-a sobre da borda da caneca. — Por que não ligou para sua mãe e perguntou a ela o que aconteceu naquela noite? — Eu pretendo. Mas eu estou preocupada com ela também. Se ela está envolvida em tudo isso... e isso é um grande se, eu quero dizer a ela tudo o que está acontecendo aqui. — Quando ele não disse nada, apenas continuou a fitála em sua forma intensa de costume, mal-estar deslizou por sua espinha. — Eu preciso saber de tudo, Vince.


Seus ombros largos levantaram e caíram. — Sem problemas. Você ainda está pensando em ir amanhã, não é? Em outras palavras, ele a queria fora de seu caminho. Ela cruzou os braços e olhou para ele. — Dana Point está apenas há uma hora de carro a daqui, não é o fim do mundo. Nós podemos facilmente nos encontrarmos todo dia — Eu prefiro noites. — ele cortou. — Discussões entre rodadas de fazer amor ou esperar até que nós estivermos cansados de madrugada. Eu estou no jogo, de qualquer maneira. Formigamento correu através de sua pele. Cansados de madrugada, e ele nem sequer abriu um sorriso. — Você tem uma mente obscena. Ele deu de ombros. — Eu não gosto de jogar quando eu vou atrás de alguma coisa. Eu quero você, Jade, e eu não tenho nenhuma intenção de esconder isso. A menos, claro, que você tenha um problema comigo dizendo isso. Como poderia ela, quando ele a fazia se sentir tão feminina e sexy? Ninguém nunca teve tal efeito sobre ela. Por outro lado, ele fez soar tão pouco romântico, como se a sua vinda e estar juntos fosse apenas um arranjo. Ela não sabia por que o pensamento a incomodava. Jade pegou o garfo e cortou a frittata restante no prato, em pedaços. Ela olhou para Vince do dossel de seus cílios. Ele levantou uma sobrancelha, obviamente esperando por uma resposta. — Eu não tenho um problema com você dizendo que você me quer, Vince. — Eu só preciso me acostumar a ouvir. — Bom. Sobre tio Remus. — Ele tomou um gole de café e segurou a taça entre as mãos grandes, um sorriso brincando em seus lábios. — Ele é o último de uma raça em extinção. Generoso. Nobre. Se você conhecê-lo, você nunca saberia que ele foi, uma vez, um advogado criminalista de renome. — O sorriso desapareceu de seus lábios.


— Isso mudou um dia, um homem que não podia sair em liberdade enviou sua gangue atrás dele. Ele estava em uma viagem de pesca com um colega quando foram para a casa dele. Mataram sua esposa e filho único. Tio Remus vendeu sua casa, se afastou de sua prática e se mudou para a Ilha Orcas para se tornar um pescador. — Um pescador? — Apesar de seu tom neutro, ela sentiu as ondas de tensão dele. Não tendo certeza sobre o que causou isso ou como aliviar isso, ela abaixou o garfo, apoiou o queixo na palma da sua mão e trancou seu olhar em seu rosto. — Comércio? — Não, principalmente para nós. Sempre que tinha uma boa captura, ele partilhava com um restaurante local. Eu cresci querendo ser como ele, um pescador. — Ele deve ter lido a descrença em sua expressão, porque ele deu de ombros envergonhado. — Eu realmente fiz, só que eu vi isso como um negócio. De qualquer forma, tio Remus não é um parente de sangue, mas ele poderia muito bem ser. Ele cuidou da minha mãe quando ela estava grávida, quebrada e sem-teto. Cuidou dela e ajudou a me criar. Eu não estaria aqui se não fosse por ele. Onde estava seu pai? Jade esperou que ele continuasse. Quando ele levou o tempo bebendo seu café, ela percebeu que ele tinha terminado. Um suspiro escapou. Só Vince poderia resumir uma vida inteira em poucas frases. Quando ele pegou seu prato e estendeu a mão para o dela, ela colocou a mão em seu pulso. — Nós ainda não terminamos. Ele franziu o cenho, olhou para o relógio, em seguida, de volta para ela. — Nós temos que ir para o DMV para obter sua carteira de motorista e parar em uma locadora para pegar um carro. — Eu sei. Eu também preciso entrar em contato com a minha empresa de segurança e a empresa de faxina que eu uso, e estar na minha casa antes de chegarem lá, mas você não me vê reclamando. Por favor, — ela apontou para o


banco, — sente e converse comigo. Por que a sua mãe estava sozinha? Onde estava o juiz, quando seu tio a encontrou? A expressão cautelosa atravessou seu rosto. — Você quer falar sobre o juiz? Ele fez soar como se fosse um assunto desagradável. Recusando-se a ser intimidada, ela balançou a cabeça. — A menos que seja um segredo de Estado e você tenha que me matar depois, sim. O sorriso que ela esperava brilhou, acompanhado por suas covinhas adoráveis. — Você é uma outra coisa, você sabe disso. Infelizmente, é uma longa história e— Vamos lá. — protestou ela. — E nós não temos tempo. Vamos falar sobre isso no caminho. Eu tenho que parar na galeria de seu irmão mais tarde e— Você vai ver o Baron? — Quando ele assentiu com a cabeça, ela sorriu. — Isso é ótimo. Ele sabe muito o que se passa no mundo da arte. Claro, eu vou com você. — Você acha que isso é sábio? — Meu irmão pode ser muito difícil, Vince. Eu devo estar lá para apresentá-lo e certificar-me que ele ajude. Vince esfregou o rosto com as mãos. — Eu estava mais preocupado com a forma que o seu irmão pudesse reagir ao seu envolvimento em minha investigação, Jade. Eu vi quão protetor Eddie foi. Devo levar minhas luvas de boxe? Ela riu. — Não, seu bobo. Você me tem. Um brilho surgiu em seus olhos. — Será?


O duplo sentido não foi perdido por ela, mas ela nunca tinha estado mais segura de qualquer coisa em sua vida. O homem a tinha. — Sim, Vince. Você me tem. Seu sorriso cheio, quando ele apareceu, sugou a respiração dela. Ele pegou a mão dela. — Vamos sair daqui.


CAPÍTULO 11 Uma hora mais tarde, Jade e Vince atravessaram as portas de La Baron Gallery. Como de costume, a temperatura ambiente da galeria e o espaço criado pelo piso de madeira e teto abobadado acalmou seus sentidos. Havia uma multidão de clientes rodando através do piso principal, muito mais pessoas do que o habitual. Ela olhou para cima no escritório de Baron. As cortinas estavam fechadas, para que não pudesse ver o interior através da parede de vidro. — Hmm, eu me pergunto quem está tendo um show. — ela murmurou. — Prelude por Dan Chancy. — disse Vince, chamando sua atenção. Ele tinha acabado de ler o cartão apoiado ao lado de uma escultura de uma mulher nua reclinada. Seu braço estendido e o pescoço a um ângulo atraente, ela parecia estar convidando um amante para se juntar à ela. Vince olhou para ela com um brilho nos olhos. — Peça agradável. Calor se arrastou até o rosto de Jade. — Eu vou deixar a artista saber. — Você o conhece? — É ela. Dan é a abreviação de Danielle, e, por favor, nunca use a palavra ‘agradável’ para descrever qualquer de suas peças quando ela está dentro da distância de audição. Ela comeria suas orelhas, público ou não. Excepcional e inspiradora são as palavras que Dan prefere, outra coisa é um insulto. — Ela olhou em volta procurando a figura alta de seu irmão, pensando que ele poderia não estar por perto. Vince mudou-se para outra peça. — Esta é dela também.


— Isso explica a multidão aqui. Ela permite à Baron mostrar seu trabalho uma vez a cada dois anos. — Poderia estar seu irmão com a artista agora? — Seu irmão só vende esculturas? — Não. Isso, — ela apontou para uma porta de entrada à sua direita, — leva para a sala de pintura. Ele apresenta tudo de carvão a óleos. Mais adiante é a fotografia, vídeo e apresentação de filmes. No andar de cima são obras a partir da virada do século e algumas antiguidades. Cada ano ele apresenta diferentes exposições de vários artistas. Espetáculos históricos ou temáticos, uma pessoa retrospectiva, ou às vezes trabalhos emergentes, estabelecidos artistas ou projetos encomendados. Minha prima Ashley, a noiva da noite passada, usa sua galeria para vender a maioria de suas peças. — Impressionante. — Vince murmurou. Sim, ela estava orgulhosa de seu irmão. Nem sempre foi fácil para ele ser a outra metade de um gêmeo idêntico e crescendo na sombra de seu irmão mais velho perfeito, Lex. A transição de Playboy para um homem de negócios sério tinha sido interessante de assistir. Infelizmente, ele já estava casado com a sua galeria. Jade tocou o braço de Vince para chamar a sua atenção. — Você quer olhar em volta enquanto eu tento localizar o Baron? Vince deu de ombros. — Claro. Há o suficiente aqui para me manter ocupado. — Vejo você daqui à pouco. — Jade contornou clientes e foi direto para a mulher de pele mocha com cabelo espetado atrás do balcão de atendimento ao cliente. — Hey, Maya. A mulher olhou a partir de uma tela de computador. — Jade. Eu imaginei que fosse você. — Ela olhou através dela, em Vince. — Você deixou o seu amigo para trás.


Jade ouviu a curiosidade em sua voz. Às vezes, uma menina tinha que reivindicar para evitar confusão. — Não se preocupe. Eu estarei de volta para ele. Maya apertou os lábios. — Muito ruim. Você está procurando Baron? — Sim. Ele está por perto? Maya apontou. — No andar de cima. Ele estava finalizando uma venda com um cliente, mas o homem já foi embora. Jade tomou a rampa curva sem parar para admirar as peças na parede. No andar de cima, ela bateu brevemente, em seguida abriu a porta, assim que Baron saiu do banheiro. — Hey, estranha. — disse Baron. — Eu não vi você em meses. Jade torceu o nariz. — Mentiroso. Tivemos o jantar no Lex antes de a mãe sair para o cruzeiro. — Como de costume, Baron estava perfeitamente preparado em sua marca registrada camisa de seda preta, calças pretas sob medida e sapatos ponta-fina. Seu cabelo castanho cortado curto na parte de trás e longo na frente acariciava seu rosto. — Mas eu estou aqui agora. Eu espero que você não esteja ocupado demais para conversar. — Eu sempre tenho tempo para a minha irmãzinha. — Ela caminhou em seus braços para um abraço caloroso. Ele beijou sua bochecha, em seguida, passou o braço por cima do ombro. — Como foi a festa da Ashley? — Ótima, mas eu tenho certeza que você não precisa de mais detalhes. Ele se inclinou para trás para que seus olhares se encontrassem. — Na verdade, eu quero. Um passarinho me contou sobre um determinado stripper que fez um show de abertura e, em seguida, desapareceu. Com a minha irmãzinha. O que há com isso? Olivia. Apenas, para quantas pessoas ela tinha ligado com esse pedacinho de fofoca? Jade forçou um sorriso blasé em seus lábios quando ela disse que não era nada disso.


— Não acredite em tudo que você ouve. — Ela saiu dos braços de Baron, agarrou sua bolsa com as duas mãos e respirou fundo. — Preciso de um favor, no entanto. — Eu acho que isso significa que não há mais discussão sobre escapadas de ontem à noite. — Yep. Você sabe como é - você fica fora do meu negócio e eu fico de fora do seu. De qualquer forma, eu tenho um amigo que precisa do seu cérebro. Eu sei que você está ocupado, mas significaria muito para mim se você pudesse ajudar. — Ele é o cara que veio com você? Jade se virou e olhou para as telas de segurança ao longo de uma parede. Uma mostrava a entrada enquanto várias cobriam o piso principal, a rampa e o segundo andar. — Eu acho que você nos viu. — Por que ele parece familiar? Eu o conheço de algum lugar? Ela encolheu os ombros. — A menos que você se lembre dele no ensino médio. Seu nome é Vince Knight, embora ele passasse por Vinny então. Ele não esteve por perto por muito tempo e— Foi uma dor real na bunda o tempo todo que ele estava lá. — ele terminou a frase para ela, fazendo uma careta. — Eu me lembro dele muito bem. Pensei que foi estranho como ele desapareceu pouco antes do ano terminar. O que exatamente ele faz agora? — Por que você tem que dizer isso assim? — Jade fez uma careta para ele. Um sorriso cínico cruzou os lábios de Baron. — Ele parecia ser um candidato para a penitenciária na escola. Ela estreitou os olhos para o seu tom condescendente. — Whoa, é meu irmão falando? Quando você se tornou tão crítico? As pessoas mudam, você sabe. Você mudou. Eu me lembro quando você tinha uma mulher diferente em


seus braços a cada mês, enquanto você brincava de ser um executivo júnior no Fitz-Valdes. Antes de tudo isso. — ela acenou para indicar sua galeria. Ele levantou as mãos em sinal de rendição simulada. — Ouch. Chega de golpes baixos. Você não pode me culpar por querer um pouco de diversidade na minha vida. — Quando ele provocativamente beliscou seu nariz, Jade bateu a mão para o lado e riu. — Sim, certo. De qualquer forma, não use façanhas do ensino médio de Vince para julgá-lo. Ele é um escritor agora. — É isso mesmo? O que ele tem escrito? — Já leu alguma coisa por V. D. Knight? Os olhos verdes de Baron afiaram com o reconhecimento. — Um pouco. Ele está bem. Ok, eu vou encontrar com ele. — Ele olhou para o relógio, então seu olhar fechou nos painéis da tela de segurança. — É melhor fazer isso rápido, no entanto. Dan trouxe o dobro de suas peças habituais, e eu tenho que usar algum tempo com as vendedoras. Devo manter o olho nelas. Jade se virou e seguiu a direção de seu olhar. Ele estava estudando Vince, que agora estava no andar de cima, conversando com uma das vendedoras. — Vamos lá, eu vou apresentá-lo. Eles deixaram o escritório de Baron e Jade rapidamente apresentou os dois homens um para o outro. — Eu vou para o sótão para ver Ashley enquanto vocês dois conversam. — disse a Vince. — Ligue-me quando você terminar. Vince balançou a cabeça, e por um momento, seu olhar fixou. Jade se esqueceu que tinha uma plateia. Quando Baron limpou a garganta, ela olhou para ele com culpa. Ele deu um sorriso, ela conhecia muito bem. — Seja bom, irmão mais velho. — Não sou sempre? — disse ele.


— Não. — Era maravilhoso ter irmãos mais velhos, mas eles poderiam ser uma verdadeira dor às vezes. Ela não estaria ficando muito tempo com Ashley, apenas o tempo suficiente para verificar seu correio de voz e chamar sua mãe. Quanto mais cedo elas falarem, melhor ela se sentiria. Jade sorriu para Vince. — Eu estarei de volta em breve.

*** Vince deixou o olhar fixo em Jade enquanto ela se afastava. Antes que ela desaparecesse descendo a rampa, ela olhou para trás, pegou seu olhar e piscou. Ele sorriu. — Tire esse sorriso do seu rosto, Knight. Essa é a minha irmã. — Baron estalou. Vince voltou a considerar a expressão tensa de Baron Fitzgerald. — Ela é uma mulher fascinante. — E você é um bastardo ousado. — Os olhos de Baron se estreitaram. — Dizendo o óbvio? — Desafiando o destino. — Baron respondeu. — Eu não tenho a amabilidade com homens que farejam Jade. — Quando Vince sorriu com o seu comentário, ele perguntou: — Você achou o meu comentário engraçado? — Não, só que você trata-a como se ela fosse uma criança. Ela é uma mulher adulta. — Infelizmente. — Baron murmurou. — Com uma mente própria e um talento especial para convidar problemas. O último bastardo que a machucou eu desejava que ele nunca tivesse posto os olhos nela. Então, estou de olho em você. — Ele se virou e começou a caminhar para seu escritório.


Vince deu um passo atrás dele. — Eu não tenho nenhuma intenção de ferir sua irmã. — Fico feliz em ouvir isso, Knight, porque se você sair da linha, eu vou fazer você desejar nunca ter nascido. O escritório de Baron era espaçoso com pinturas de cavalos nas paredes, Vince observou antes de se virar para encará-lo. — Tudo isso por dizer que ela é uma mulher fascinante? — Por olhar para ela do jeito que estava fazendo. Eu não sei o que está acontecendo entre vocês dois, mas é melhor você estar no nível. Minha irmã não precisa de outro homem fodendo com sua cabeça. — Ele indicou uma cadeira e esperou por Vince se instalar. — Alguém a machucou? — As palavras saíram antes que Vince pudesse detê-las. Baron recostou-se contra o seu assento e estudou-o cuidadosamente, então ele sorriu. — Seu ex-marido, mas não se preocupe. Cuidamos do bastardo. Jade tinha sido casada? Por que ela não tinha dito nada? Com toda a porcaria que ela teve de lidar desde que se conheceram, eles não tinham tido a oportunidade de trocar histórias de vida. Exceto por esta manhã, mas ele optou por não lhe preencher os ouvidos com detalhes sórdidos sobre sua infância. Em seu caminho para o DMV, ele desviou a conversa para a vida após o ensino médio, seus dias de faculdade e carreiras escolhidas, apesar da tentativa dela de trazer o seu pai à conversa. Ele tinha uma porrada de coisas para tratar no presente sem abrir essa lata de minhocas. — Eu não tenho o dia todo, Knight. — Baron interrompeu seus devaneios. — O que posso fazer por você? Vince se inclinou para frente. — Eu estava esperando que você fosse me ajudar a localizar uma estátua sumida.


— Sinto muito, cara. Eu não trato de itens roubados. No entanto, posso dizer-lhe se ela está no mercado. — Ele acenou com a cabeça em seu computador desk top. — O que você pode me dizer sobre ela? Baron escutou sem interromper enquanto Vince rapidamente descreveu a estátua e tentou minimizar sua importância. — Não é particularmente original, mas o dono é ligado a ela e eu prometi encontrá-la para ele. — Hmm, interessante. Essa descrição se encaixa num artefato de origem antiga Maia, por volta de 20 AC. A que eu estou falando é feita de granodiorito, não granito. Não há muito conhecimento sobre a estátua, mas há uma abundância de rumores sobre as escritas em sua base. — Baron sorriu. — É engraçado. Maias foram as únicas pessoas nas Américas, a desenvolver uma forma de escrever que ainda hoje algumas de suas inscrições não podem ser decifradas. — Os olhos de Baron se estreitaram. — Você quer ouvir mais, Knight? Vince estudou Baron, reconheceu os sinais de irritação no rosto do homem, mas não havia nada que ele pudesse fazer sobre isso agora. — Isso seria bom. Baron balançou a cabeça. — Você tem alguns cojones4, cara. Eu tenho que te dar isso. De qualquer forma, os maias acreditavam na evolução dos mundos e que 2012 seria o ano em que este mundo termina e outro começa. Algumas pessoas dizem que a estátua, juntamente com outras oito de vários deuses maias têm instruções sobre como escapar do apocalipse. Como eu estou indo? — Isso depende de que outra coisa você tem. Baron deu-lhe um sorriso de escárnio. — Você acredita no sobrenatural - feitiços, encantamentos, magia? Não sabia onde Baron estava indo com sua pergunta, Vince balançou a cabeça. — Não realmente.

4

Colhões


— Então você não estaria interessado nos detalhes. — Baron recostou-se na cadeira e nivelou um olhar irritado em Vince. — Então? Será que estamos falando da mesma estátua ou você ainda quer algo de mim? — A mesma estátua. Como você sabe tudo isso? — Eu estou no campo, Knight. Eu faço o meu negócio por saber o que está acontecendo. — Baron virou a cadeira para puxar um livro velho, grosso, capa de couro, de uma estante atrás dele. — O único registro da existência da estátua Kukulcan está neste livro. — Ele voltou para a mesa, abriu uma página que já estava marcada e deslizou por cima da mesa para Vince. A página mostrava uma imagem preto e branco da estátua. Vince estudou. — É única. — Baron sorriu. — Há uma fortuna que está sendo oferecida para quem encontrá-la. — Quanto? O olhar de Baron se tornou vigilante. — Cem mil. Isso era tudo o que Vince não precisava, revendedores e interesseiros doidos impedindo sua investigação. Ele voltou sua atenção para o livro e virou uma página. — O que mais o livro diz sobre isso? Baron encostou-se na cadeira. — Não há muito agora. Recentemente, adquiri o livro por ninharia, no entanto, já foi considerado único. Dois anos atrás, ele foi roubado do Museu Nacional da Costa Rica. A polícia o recuperou há algumas latas de lixo de distância, com as páginas que contém a história da estátua roubadas. Uma verdadeira vergonha, porque com as páginas fora, o livro perdeu a maior parte de seu valor. Enfim, tudo o que restou da estátua foi essa imagem, que, como você pode ver, está nas páginas de introdução, e o nome de seu proprietário original, Jean-Baptiste Descartes. — Baron colocou o livro de lado. — Então, você está na oferta de uma recompensa, Knight? Vince balançou a cabeça. Ele sabia que tinha que ser honesto com o Baron. — Não. Eu fui encomendado por seus donos para encontrá-la.


As sobrancelhas de Baron dispararam. — A família Descartes? Vince concordou. — Um ramo dela. Jacques Descartes, filho de JeanBaptiste Descartes deu a estátua para sua esposa, um membro da minha família em algum momento de 1910, e tem estado na minha família desde então. — O casamento não durou um ano, mas a estátua ficou. — Algumas semanas atrás, meu pai realizou um jantar em sua casa. Os convidados incluíam alguns empresários muito proeminentes e mulheres, líderes políticos e financistas poderosos neste estado. Durante o decorrer da noite, ele trouxe a estátua e mostrou-a, mas até o final da noite, a estátua foi embora. Eu recebi um telefonema de minha tia para ajudar a encontrá-la. Por uma batida, Baron estudou. — Estou curioso sobre uma coisa. Você tem prova de propriedade? Vince fez uma careta. Jade tinha lhe feito a mesma pergunta. — Meu pai tem. Quando o Baron continuou a estudá-lo, Vince voltou seu olhar sem vacilar. — O juiz Abe Dixon é o seu pai, não é? — Disse Baron. Vince não ficou surpreso com a pergunta. Suspeitava que Baron soubesse muito mais do que ele estava deixando parecer. — Sim. — A minha irmã está envolvida nessa confusão? Vince não vacilou diante da pergunta. Ele não podia nem mentir e dizer não, nem mencionar o roubo. Essa era a história de Jade para compartilhar, não dele. — Não da maneira que você quer dizer. — Sem rodeios, Knight. — Ela sabe sobre a estátua, se é isso que você está perguntando. — Vince respondeu evasivamente. — Olha, o que é que você não está me dizendo? Estou correndo em círculos, tentando ficar um passo à frente de quem quer que esteja


atrás da estátua. Se você sabe alguma coisa que possa me ajudar, cuspa, homem. Baron grunhiu, obviamente, não apreciando seu nervosismo. — Estou preocupado com a minha irmã, Knight, porque com quem você está lidando é muito cruel. — Como você sabe disso? — A menos que ele já saiba sobre Cohen. — A condição de seu pai, para começar. Você não acha que eles são responsáveis? Vince sentou-se e esfregou as costas de sua cabeça. Depois de um breve momento, ele acenou com a cabeça. — O que mais você sabe? — Eu sei que quem a tem não tentou vendê-la. Essa é a boa notícia. A má notícia é que... — Baron se inclinou para frente, — seu pai tinha uma cópia da estátua feita antes de desaparecer. Era uma boa de uma réplica, também. Difícil de diferenciar do original, a menos que você seja um especialista. — Como você sabe sobre isso? Baron deu de ombros. — O falsificador é um amigo meu. Isso estava ficando cada vez melhor. Talvez o falsificador pudesse explicar como a estátua falsa encontrou o seu caminho para a galeria de Cohen. Vince se inclinou para frente. — Posso falar com ele? — Desculpe Knight, impossível. — Por que não? — Vince estalou. — Ele desapareceu.

***


Vince estava entrando no piso principal do andar de cima quando Jade veio de baixo. — Isso foi rápido. — Ela estudou sua expressão sombria. — Ele foi útil? — Muito. — Ele a segurou pelo braço. — Vamos sair daqui. Eu preciso parar na locadora de carros mais próxima para pegar alguma coisa. Ela olhou por cima do ombro e pegou o olhar de seu irmão. — Dê-me um segundo, enquanto eu digo adeus ao Baron. — Ela foi até onde o Baron estava, perto da mesa de Maya, e viu a causa da expressão no rosto de seu irmão. — Ok Baron, o que aconteceu? — Disse ela, a preocupação fazendo o peito apertado. Ele se inclinou contra a mesa de Maya e fez uma careta para ela. — Eu sei que você odeia quando interfiro em sua vida, mana, e você provavelmente vai ficar chateada comigo sobre isso, mas desta vez estou justificado. Não se envolva com ele. — Ele empurrou a cabeça para Vince. — Ele não é nada além de problemas. O que Vince disse a ele? — Eu aprecio sua preocupação, mas eu posso cuidar de mim mesma. Ele não parecia convencido. — Você ainda está indo para a casa de praia? — Sim. — Bom. — Seu alívio era palpável. — E Faith vem? — Em um ou dois dias. — A mentira saiu de seus lábios com demasiada facilidade, o que era incômodo. Sua prima tinha uma reunião com a sua bancária que financiava a coleção primavera e não tinha intenção de tirar umas férias. Se Baron soubesse disso, ele poderia simplesmente aparecer na casa de praia para ver como ela estava. A última coisa que ela precisava. — Eu tenho que ir, Baron. — Ela esfregou o braço carinhosamente e deu um passo para trás. — Oh, você já ouviu falar da mamãe?


— Não. Essa é a segunda vez que você perguntou sobre ela esta semana. O que está acontecendo? — Eu preciso falar com ela sobre alguma coisa. Se você ouvi-la, diga-lhe para me ligar. — Quando seu irmão franziu a testa, Jade acenou e voltou para a porta. — Eu te ligo mais tarde. Ela se juntou a Vince e os dois deixaram a galeria, mas estava consciente do olhar de seu irmão sobre eles. Baron não era tolo. Ele iria ligar os pontos e saber que sua mãe estava envolvida com a estátua sumida de Vince. Ele também poderia verificar com Faith sobre as férias na praia, o que seria catastrófico, se ela não pedisse à sua prima para atuar para ela. Seu estômago se agitou com a tensão e culpa. Ela estava muito fora de sua zona de conforto com as mentiras e sendo procurada por assassinato, e tudo por causa de um homem que mal conhece e que continuava a manter as coisas dela. Não mais. Eles mal deixaram o estacionamento da galeria, quando ela se virou para enfrentar Vince. Sua expressão era ilegível, mas a forma como ele segurou o volante o denunciou. Ele estava fervendo por trás dessa calma exterior. Depois de ter visto o quão legal ele poderia estar sob situações extremamente destrutivas, não podia deixar de se preocupar. — Então? O que o Baron tem a dizer? — Ela fez com que o seu tom de voz fosse leve. — O juiz foi quem ordenou fazer uma cópia da estátua. — Oh. — Ela não esperava uma resposta tão direta. — Por quê? Será que o Baron disse como ele descobriu sobre isso? — O falsificador era um amigo dele. Quanto ao por que, eu tenho uma teoria. Seus olhos se arregalaram. — Qual?


Ele ignorou completamente as suas perguntas. — Um par de dias depois do acidente do juiz, alguém invadiu o estúdio do falsificador e destruiu. Minha aposta é que era Hudson e seu chefe ilustre, o bastardo conivente. Sabendo quão cruéis Hudson e seu chefe eram, ela esperava que o amigo de seu irmão estivesse bem. — Talvez você precise falar com o cara, Vince. Quero dizer, o falsificador. O juiz poderia ter dito a ele por que ele precisava fazer uma cópia. Vince deu um risinho cínico. — O juiz é a lei sozinho, Jade. Ele nunca explicou suas ações à ninguém. — A mordida em seu tom a surpreendeu. — Além disso, o seu irmão disse que o amigo desapareceu. Assim que ele viu o que tinham feito ao seu estúdio e leu sobre o acidente do juiz, ele fugiu da cidade. Até o seu irmão não sabe onde ele está escondido. Jade deu a Vince um olhar ansioso. Qualquer menção de seu pai só o deixava mais chateado, mas ela tinha que saber o que estava acontecendo. — O que mais Baron te disse? Algo frio se estabeleceu em sua barriga quando Vince falou sobre a recompensa pela localização da estatueta e do livro que seu irmão havia lhe mostrado. — É possível que a pessoa atrás da estátua era a pessoa por trás do assalto em Costa Rica. — acrescentou. — Com o juiz em coma, é impossível saber com quem estou lidando. Uma ideia surgiu na cabeça dela enquanto ela passava mentalmente sobre tudo o que aconteceu ontem. — Por que não colocar Hudson sob vigilância? Ele poderia levá-lo para o seu patrão. Ele descartou a ideia com um aceno de cabeça. — Eu usei-os como moeda de troca na noite passada. Seu primo provavelmente os tem sob sua custódia, mesmo enquanto falamos.


Ela trabalharia em seu primo mais tarde. Agora eles precisavam arrumar algumas coisas. — Encoste naquele posto de gasolina. — Ela apontou para a SevenEleven uma meia-quadra de onde eles estavam. — Por quê? Nós estamos apenas há um par de quadras da Locadora. — Eu sei, mas precisamos conversar e eu quero toda a sua atenção. — Ela estava completamente polida e a abordagem era suave. Ele fez uma careta, mas ainda parou e desligou o motor. Ele virou-se para encará-la, colocou um braço no volante e o outro na parte superior do seu assento. — Que história é essa? — Você. — disse ela com firmeza. — A maneira como você distribui informações como se fosse um bem precioso. Você me puxou para esta investigação, Vince, mas você continua valsando — ela fez rabiscos imaginários no ar com seu dedo, — em torno de questões que eu acho que são importantes. Seus olhos se estreitaram. — De onde é que isto vem? Que questões? — Seu pai, por exemplo. Você me rejeitou esta manhã, me desviou cada vez que eu trouxe o seu nome, uma vez que deixamos o seu apartamento. Eu preciso de respostas, Vince. Ele sentou-se, passando as mãos sobre sua cabeça. — Jade, agora não é o momento para essa porcaria. Eu estou em um humor de merda. Ela piscou e estreitou olhos desafiadores para a dele. — Você sabe o que? Assim como eu, e não é uma merda. Eu conheço o seu pai há anos, mas eu nunca ouvi falar de você. Ninguém sabia que existia. — Eu sabia. — ele retrucou em voz mortal. A mão de Jade subiu para pressionar seu peito, seu coração constrito com a dor que ela vislumbrou em seus olhos. Ela estendeu a outra mão, mas ele


se afastou. Ela baixou a mão e engoliu, ajuntando seu cérebro para dizer alguma coisa. — Você sabe do que se trata? Jade se sentia muito mal por empurrá-lo para obter respostas, mas ela não podia voltar atrás agora. — Honestidade. — Não, isso é sobre você e como você gosta de ordem. Precisa de ordem. Tudo e todos em seu lugar. Sem incertezas. Sem surpresas. Sempre no controle. Os privilégios de alguém de seu passado. — Jade não tinha certeza do que ele leu em sua expressão, porque ela não tinha certeza do que ela estava sentindo. Choque porque algumas de suas farpas a acertaram, raiva que ele se atreveu a virar o jogo sobre ela. Sua voz perdeu a sua vantagem e tornou-se neutra enquanto ele continuava. — O caso do assassinato de Cohen, a invasão, a maneira como você se sente sobre mim desequilibrou você. Eu entendo isso, mas isso não diz— Hey. — Que eu tenho que compartilhar cada detalhe da minha vida, do passado e pres— Hey. — ela gritou novamente, chateada com sua voz calma e do jeito que ele estava manipulando a conversa. — Isto não é sobre mim, ok? Não... faça... isso... sobre... mim. Só porque você tem problemas não resolvidos de seu passa— Todos nós temos problemas não resolvidos, Jade. Levada de volta, ela o encarou. — O que é que isso quer dizer? — Você não mencionou o seu ex-marido ou o fato de que já foi casada. Como...? O irmão dela é claro. — Eu não fiz porque... porque não é pertinente à esta investigação. — Além disso, não era da sua conta. — Não é pertinente a nós? Por que você me quer, mas continua lutando.


Ele pensava que sabia todas as respostas, não é? — Escute você... você... — Ela parou e rosnou sua frustração. Ele estava certo. Só irritou-a quando alguém foi rápido sobre ela e fez sentir-se mal. — Você é tão teimoso que me faz querer gritar. Eu te conheço há alguns dias, Vince, os quais temos passado lidando com seus inimigos psicopatas. Dificilmente as condições para jogar um de-alguma-maneira-eu-fui-uma-vez-casada-com-um-idiota. É um período da minha vida que eu não me orgulho. — Porque foi um que você não estava no controle? Ela não queria ouvir sua teoria de dois centavos sobre o que a fez irritada. Ela soltou um suspiro de frustração. Por que ela estava tentando forçá-lo a se abrir? Ela era a única ficando toda quente e incomodada, enquanto ele permanecia tão bem. — Você sabe o que? Esqueça. Tentar falar com você é como bater a cabeça contra uma parede de tijolos. Inútil. Eu estou deixando você... sim, eu estou. — acrescentou desafiadoramente quando ele abriu a boca. — Vou levá-lo para o lugar de aluguel de carros, em seguida, ir para meu caminho. — Ela soltou o cinto de segurança. — Jade— Não adianta tentar me convencer do contrário. — Ela saiu do carro, bateu a porta e fez uma pausa para recuperar o fôlego. Por que eu sempre me entusiasmo com idiotas? Ela pensou que Vince era diferente. Ela olhou para o teto do carro, desejando poder vaporizar o carro com ele dentro. Talvez então ela não estivesse tão zangada e confusa. Um suspiro escapou. Ela não queria que ele fosse embora de sua vida; ela só queria que tudo fosse normal. A maneira como eles estavam na manhã de ontem ou na semana passada. Previsível? Com ela no controle? Agora ela estava pensando como ele. Ela estava consciente de carros fechando pela rua nas proximidades. As construções altas próximas pairavam sobre eles, formando uma silhueta através dos céus azuis da Califórnia. Uma mulher em uma minivan parou ao lado da


bomba de gasolina, olhou com curiosidade, depois entrou no minimercado. Jade podia ver a mulher olhar para ela através das paredes de vidro, em vez de fazer compras. Ela ignorou. Ela era realmente uma maníaca por controle? Ela não pensava assim. Ela marchou ao redor do carro, a batida destacada de seu coração lembrandolhe para se acalmar. As respirações profundas que ela tomou não a ajudaram em nada. Pouco antes de chegar à porta, ela abriu e Vince saiu do carro. Sua expressão de remorso fez seus pés vacilarem e sua raiva se dissipou rapidamente. Ela parou e apoiou o corpo contra o carro, incerta sobre como proceder. — Por que estamos lutando, querida. — Sua voz era suave e realmente intrigado. Porque eu estou com medo. Ela mordeu o lábio e segurou as palavras para não saírem. Era a verdade. Ela estava com medo de seus sentimentos crescentes por ele, de confiar em outro homem com o coração, e de se machucar novamente. A única vez que ela perdeu o controle, ela acabou em um casamento do inferno. Seus pensamentos trouxeram uma onda de pânico. Ela ergueu o queixo e mentiu. — Eu não sei porque. — Oh, querida. — Ele fechou a porta do carro e deu um passo em direção à ela. — Eu sinto muito. Jade deu um passo longe dele. — Não. Se você me tocar eu vou... Eu vou... — Ela balançou a cabeça. — Eu não sou forte o suficiente para lidar com isso. Um olhar incrédulo atravessou seu rosto. — O que você está falando? Você é a mulher mais forte que eu conheço. Ontem teria sido demais para a maioria das mulheres, mas você ficou lá comigo. Você foi incrível. Ela lhe deu um olhar dúbio. — Você só está dizendo isso para me acalmar.


— Não, eu não estou. — Vince deu um passo hesitante em sua direção. Jade tentou se mover, mas seus pés calçados em sandálias ficaram enraizados. Ele fechou a distância entre eles e inclinou a cabeça para estudar seu rosto. Ela olhou para ele, sem saber o que esperar. — Eu não estou acostumado a dividir nada sobre mim com as pessoas, mas eu prometo tentar com... — Um carro puxou para cima do posto afogando algumas de suas palavras. — Por favor. Basta ter paciência comigo. A sinceridade de suas palavras, o olhar gentil nos seus olhos causou uma sensação amanteigada no centro do peito. Ela não conseguia tirar os olhos dele - as feições, os olhos cinzentos cheios de esperança. Talvez fosse hora de ela começar a confiar de novo e parar de ser tão arisca. — Ok. Prometo ser mais paciente. — disse Jade. Ele segurou seu rosto, baixou a cabeça e deu-lhe o mais gentil dos beijos.


CAPÍTULO 12 Jade fechou o celular e suspirou. Ela realmente deveria comprar um celular novo e parar de tomar emprestado o de Vince. Ela até deu seu número à sua mãe. Muito bom isso dela. Sua mãe não estava retornando as suas chamadas ou mensagens de texto. Sabendo de Estelle, ela provavelmente estava se divertindo tanto que ela desligou o celular, para que ninguém a perturbe. Talvez fosse a hora dela levar isso um passo adiante. Assim que ela chegasse em casa, ela chamaria os escritórios da Royal World Cruises e eles teriam de localizá-la. Sua mãe estava a bordo de um dos seus navios. Tendo tomado essa decisão, Jade sentiu-se muito melhor. Ela olhou para o espelho retrovisor e balançou a cabeça. Vince, em seu SUV compacto alugado, ainda estava seguindo-a, apesar de suas objeções. Ela estava convencida de que Hudson e seu chefe tinham seguido em frente, uma vez que não encontraram nada na casa dela, mas Vince pensava o contrário. Ele pode ser tão teimoso, mas ao mesmo tempo, tão doce. Um sorriso sonhador apareceu em seus lábios enquanto ela repetiu sua conversa anterior. Ela não tinha que se sentir tonta só porque ele tinha prometido ser mais aberto, mas depois de ser casada com um mentiroso, era refrescante obter alguma honestidade de um homem. Está certo que ela não tinha apreciado a proposta de uma noitada de Vince, mas ele não tinha suas necessidades ou ele não podia lhe oferecer revestidas de açúcar. Isso foi ontem. Hoje era um novo dia, e o lado romântico dela esperava que ele quisesse mais. Ela queria mais. Não, ela merecia mais, e pela primeira vez, ela se recusava a ter um assento traseiro. Limpar o nome de sua mãe em relação à


estátua roubada era a sua primeira prioridade, mas tornar algumas de suas fantasias realidade era a segunda seguinte. Será que ela poderia sobreviver fazendo amor com o grande, lindo Vince Knight? É claro que ela podia. Ela era uma mulher adulta agora, e mulheres adultas são tratadas com calma, não agonizam sobre o que fazem. No entanto, ela não conseguia impedir o coração de ansiar por mais. Vince era um homem fascinante, e dada a chance, ela poderia se apaixonar por ele mais rápido que beija-flor voando. Jade balançou a cabeça. Ela era uma tola impulsiva. Uma fraude. Não importava quantas vezes ela dissesse a si mesma que não se deve confundir sexo com amor, se arremessar em relacionamentos, ou que o homem em questão tinha declarado abertamente que era só um breve caso, seu coração ainda doía mais. Por um momento, ela se concentrou em dirigir, seu olhar varrendo as casas residenciais fechadas com seus gramados perfeitos e altas cercas que circundam a estrada sem muito interesse. Ela não estaria saindo para Dana Point até amanhã, por isso era razoável supor que ela e Vince iriam passar a noite dividindo seu lugar - sua cama ou seu, oh... oh, não importava onde eles acabariam, contanto que eles estivessem juntos. Jade abrandou quando ela entrou na Wild Orchard Terrace, a subdivisão do campo de golfe onde ela tinha comprado para ela a perfeita casa singular. Não tão perfeita agora que tinha sido assaltada. Mais uma vez, ela olhou para o carro de Vince. Havia alguns carros atrás dele, mas nenhum era o caminhão de Hudson, graças a Deus. Ela virou em sua rua e seu coração disparou. O Camry vermelhoflamejante da Faith ocupava metade de sua entrada de automóveis. Conhecendo sua prima, ela já tinha visto o conversível de Vince em sua garagem e tinha um monte de perguntas para lançar em Jade. Ser questionada era a última coisa que ela precisava agora.


Jade estacionou ao lado do Camry e pulou para fora do carro. Ela se apressou passando pelo caminhão da empresa de segurança, a van da equipe de limpeza e a pick-up repleta de móveis quebrados. O carro de Vince parou no meio-fio. — Faith está aqui. — disse ela, sem um preâmbulo quando ele baixou a janela. Preocupação brilhou em seus olhos. — Será que vai ser um problema? — Oh, sim. Explicar o arrombamento não vai ser, mas o seu carro é outra questão. Posso oferecer-lhe uma explicação plausível, desde que ela não o veja. — Jade seguiu o olhar de Vince para sua vizinha do lado, que desceu sua varanda, seu olhar curioso bloqueado sobre eles. A mulher intrometida gostaria de saber o que estava acontecendo. Mais alguns vizinhos que trabalhavam em seus jardins ou vendo os seus filhos também olhavam seu caminho e acenaram com a cabeça quando Jade pegou seus olhos. Ela sabia que a atividade em sua casa iria gerar interesse, mas não tanto. Jade suspirou e virou-se para Vince. — Vá, por favor. Agora. — Você tem certeza? — Seu olhar se moveu em seu rosto, tocou os carros no meio-fio e seus vizinhos, em seguida, virou de volta para ela. — Eu sei que eu disse que quanto menos pessoas souberem sobre a minha investigação, melhor, mas se você precisa dizer à sua prima a verdadeEla balançou a cabeça. — Não. Eu amo minha prima, muito, e eu odeio dizer isso, mas ela acha que pode resolver os problemas de todos, o que ela normalmente faz e faz com que seja difícil dizer não. Vince fez uma careta. — Então, eu percebi ontem à noite. Jade piscou para sua admissão reveladora. Ela perguntou sobre o que Faith tinha dito à Vince durante a sua viagem de elevador para o andar de Ashley na noite passada.


— Então você sabe o que quero dizer. Eu vou ficar bem. Eu posso cuidar das coisas daqui, — ela fez uma onda arrebatadora com o dedo, — incluindo vizinhos intrometidos. Sua covinha brilhou, depois desapareceu. — Eu tenho certeza que você pode. Devo estar de volta pelas cinco, mas se você precisar de mim antes, então, me ligue no meu celular. — Seus olhos se tornaram ferozes, uma carranca vincando a testa. — Não vá a lugar nenhum sem entrar em contato comigo em primeiro lugar, Jade. Por favor. Até eu descobrir o que está acontecendo, temos de ter cuidado. Ela tentou um sorriso indiferente, mas o esforço foi difícil. Conversas sobre sua investigação frequentemente enchiam-na de pavor. — Claro. Você também deve ter cuidado. Vince correu os dedos ao longo de sua bochecha. — Eu vou. Eu tenho um monte para checar. — Ele segurou a parte de trás de sua cabeça e puxou suavemente. O beijo que se seguiu foi quente e possessivo, e muito breve. — Especialmente nesta noite. — acrescentou ele, seu hálito quente abanando sua pele sensibilizada. Então ela se afastou, embora a paixão desenfreada em seus olhos ardentes intimidasse um pouco. Jade lambeu os lábios, deu um passo para trás com as pernas trêmulas e acenou. — Vá. Por favor. — ela murmurou, quando ele não fez nenhuma tentativa de conduzir, esperou até que ele se afastou, antes de girar sobre os calcanhares e caminhar para sua casa. — Hey, Jade. — uma voz chamou. Em um short azul e uma blusa branca, um chapéu protegendo sua pele de porcelana do sol de verão e os pés em chinelos de salto alto, Helen McCloud cuidadosamente atravessou seu gramado. — Helen.


— O que está acontecendo, meu amor? — Perguntou a mulher mais velha. — Radcliff pensou ter ouvido sirenes na noite passada e o seu serviço de limpeza está acumulando lixo em sua pick-up. Eu disse a Radcliff que você vai nos dizer o que está acontecendo, embora, ele pensa que você teve um arrombamento, especialmente depois que viu os homens de sua empresa de segurança chegarem. Digo-vos que nenhum destes sistemas de segurança são mais seguros. O que com... Rangendo os dentes, Jade mal se conteve de dizer a ela para calar a boca. Normalmente ela não se importava com a maneira de Helen perguntar e responder suas próprias perguntas, antes que alguém pudesse colocar uma palavra lado a lado. Hoje ela não estava de bom humor. — Helen, eu não posso falar agora. — Quando os olhos da mulher se arregalaram, obviamente, assustada por ter sido cortada, Jade virou a cabeça em direção à sua casa. — Você está certa. Alguém entrou na minha casa ontem à noite, e eu preciso cuidar das coisas. Vejo você mais tarde. Jade acenou e correu para a porta. A qualquer minuto, ela esperava Helen chamar com algo para detê-la. Engraçado como sua família havia aplaudido a sua decisão de se mudar para esta subdivisão tranquila, com suas casas de médio porte e tapetes de grama sobrepostos com os vizinhos, mas momentos como este a faziam desejar que ela tivesse ficado em seu antigo apartamento. Ela nunca teve que lidar com vizinhos intrometidos. Um suspiro de alívio escapou dela quando abriu a porta e entrou dentro de sua casa. Exceto pela a linha de sacos de lixo perto da porta, a cozinha estava completamente limpa. Ruídos vieram da sala de estar. — Faith? — Quarto. — sua prima gritou. Jade mudou de direção, acenando brevemente para Lila, uma de suas funcionárias de limpeza, ocupada pegando pedaços de vidro do chão na sala de estar. Faith entrou no corredor com um monte de ternos em seu braço quando Jade se aproximou da porta de seu quarto. Elas se abraçaram.


— Arrombaram e você não me disse? Como você está? — Faith sussurrou, inclinando-se para trás para estudá-la. — Ótima. — O choque não estava totalmente esquecido, no entanto. As telas desfiadas espalhadas pelo corredor que antes eram pinturas originais caras, incluindo algumas de sua prima Ashley. — Quando tudo isso aconteceu? — Perguntou Faith. — Ontem à noite. Faith tinha uma expressão perplexa. — Por que você não me ligou? — Eu não podia. Não quando você era necessária à Ashley. Enfim, o que você está fazendo aqui? — Será que Eddie disse a ela sobre o arrombamento? — Eu parei na Ashley, mas ela ainda estava dormindo. Eu achava que você ainda estaria dormindo. Faith fez um gesto de desprezo. — Eu estou acostumada à horas estranhas. De qualquer forma, eu estou aqui porque eu trouxe sua roupa. — Que roupa? — Jade levantou as sobrancelhas. — Você sabe, a coisa do jantar hoje à noite. Lembra-se, a arrecadação de fundos para o nosso futuro governador Wilkinson? Eu disse que ia tentar fazer uma roupa. O jantar de Wilkinson foi o motivo que ela tinha pego emprestado as pérolas do jazigo da família. Agora, a ideia de participar de um evento era pouco apetecível. Infelizmente, não havia como desistir dele. Ela tinha que comparecer. Além do que, o encontro de jantar com Vince ia ter que ser cancelado, ela não tinha ninguém para culpar além de si mesma. Um beijo e ela era massa de vidraceiro. Jade respirou fundo e deu à sua prima um breve sorriso. — Obrigada por me trazer a roupa, querida. Com o outro vestido desintegrado, eu definitivamente vou precisar dele. De qualquer forma, podemos falar mais tarde? Eu preciso ver os agentes. — Ela esticou o pescoço para ver se conseguia identificar os homens que sua companhia de segurança tinha enviado.


— Oh, não. Precisamos conversar. Agora. Prometo ser breve. — Faith a agarrou pelo braço, puxou-a para o quarto e fechou a porta com o pé. — Ok, me diga o que está acontecendo? Irritação na prepotência de Faith percorreu Jade até o seu olhar pousar em suas roupas no chão. Elas foram separadas e empilhadas em dois grupos. Sua raiva se dissipou rapidamente. — Oh, Faith— Quero dizer que tipo de ladrão quebra as coisas, em vez de levá-los embora? — Faith sussurrou. — É tão sem sentido. Jade respirou fundo. — Acho que as pessoas que roubaram minhas chaves fizeram isso. Pelo menos, isso é o que Eddie pensa sobre as coisas. Ele veio na noite passada, quando nós o chamamos de — Nós? — Vince e eu. Ele me deu uma carona para casa na noite passada. Eu, uh, passei a noite na casa dele. — A mandíbula de sua prima caiu. O rosto de Jade ficou quente. — Não é o que você pensa. Dormimos em quartos separados. Faith riu. — Só você, Jade, teria um galã no quarto ao lado e não perdeu o sono por causa disso. Jade colocou as mãos nos quadris. — Quem disse que eu não perdi o sono? Por que estamos falando em sussurros? Faith virou a cabeça em direção à porta. — Por causa dos dois seguranças idiotas lá fora. Eles estão verificando se há uma razão para colocar a culpa em você, é claro. Você sabe, janela deixada aberta ou qualquer outra coisa. — Ela acrescentou o fardo em seu braço para a pilha no chão. — Eu escutei sua discussão anterior. Aparentemente alguém desarmou o sistema, substituindo os seus códigos. Eles estão tentando encontrar alguém para culpar em vez de seu pessoal, que o projetou. Vai entender. Jade sorriu. Confiava em Faith para ter o dedo no pulso das coisas, e Jade nunca tinha apreciado mais.


— Eu vou falar com eles. Então, o que você está fazendo com isso? — Ela indicou as roupas no chão. — Eu estava classificando-as em limpeza seca e máquina-de-lavar. Estou assumindo que você gostaria de lavá-las antes de usá-las. — Você lê minha mente. Vou levar as laváveis comigo para a casa de praia e trabalhar com elas durante a semana. O resto eu vou mandar para Jets Drycleaners. — Deixe-me levá-los para as pessoas que fazem a minha. — Faith ofereceu. — Você vai obter o desconto que eu costumo ter na Falasha. Falasha Designs era a empresa de design de Faith. Jade abraçou sua prima. — Obrigada. — Você faria o mesmo por mim, sua boba. Vá falar com os agentes. — Faith mexeu os dedos e enxotou-a. — Não deixe que eles saiam do gancho também. Se eles não fizessem tais sistemas de baixa qualidade, os assaltantes não iriam decodificá-los. Você pode me dizer sobre onde você e Vince desapareceram ontem à noite. Presumo que o carro em sua garagem é dele. Ah, e por falar nisso, eu me lembro dele no colégio, breve como a sua estadia foi. Você tinha uma queda por ele, naquela época, não é? — Ela riu quando os olhos de Jade se arregalaram. — Vá em frente antes que os agentes venham procurar por você. Jade saiu correndo do quarto. Os homens não estavam no quarto ao lado do dela ou na saleta. Quando os funcionários de limpeza disseram que eles estavam lá fora, Jade caminhou para a porta dos fundos. Ela estava atravessando a cozinha quando a luz do telefone da casa chamou sua atenção. Com tudo que aconteceu, ela tinha esquecido completamente de verificar seu correio de voz. Jade foi até a ponta do balcão, pegou o telefone e discou para ouvir suas mensagens. Ela tinha oito novas mensagens.


A primeira era de seu primo Eddie. Ele havia deixado esta manhã. Ela não sabia se deveria estar preocupado ou não. As próximas três eram de seu irmão mais velho, Lex. Elas foram gravadas em algum momento na noite passada. Ela esperava que elas não tivessem nada a ver com a investigação de Vince ou o arrombamento. Jade recuou quando a próxima mensagem começou a tocar. O telefone escorregou de seus dedos e bateu no balcão. A maldição escapou de seus lábios e os funcionários de limpeza, ainda na sala de estar, colocaram a cabeça através do arco que separa o living da área de cozinha. Ela deu um sorriso fraco, pegou o telefone e apertou o botão para ouvir a última mensagem novamente. Quando desligou, Jade correu de volta para o quarto e esperou que sua prima não visse como ela estava abalada. — Faith, eu preciso falar com Lex. Você pode ficar aqui até que eu volte? — É claro. — Faith a estudou, franzindo a testa. — Você está bem? Não, ela não estava bem. Agora, mais do que nunca, ela estava preocupada com sua mãe. Talvez procurar um livro de telefone para obter o número da linha de cruzeiro. Os poucos que tinha antes do roubo estavam provavelmente na parte inferior dos sacos de lixo. — Jade? Ela piscou e olhou para sua prima. O que Faith tinha pedido a ela antes? — Oh, eu estou bem. Vou falar com os caras de segurança antes de sair. — Ela trabalhou duro para formar um sorriso. — Obrigada por estar aqui. Eu devo a você. — Ela ignorou a expressão preocupada de Faith e saiu da sala.

*** Vince passou pela empresa de propriedade de um jovem garoto gênio de computador com um pulso para artefatos roubados. Depois de duas horas


passadas olhando para a tela do computador enquanto cruzava vinte e três anos da peça em bases de dados de obras de arte ausentes mencionadas, e informações trocadas com os seus amigos em quatro continentes, ele o deixou mais frustrado e nervoso. Não havia menção da estátua Maia, o que significava que alguns ricos colecionadores particulares tinham acrescentado à sua ou escondido e trancado a porta do cofre. Apenas a sua sorte. Vince entrou em seu carro e ligou o motor. Ele ainda esperava que Jade fosse procurar na coleção de sua mãe. Quanto mais cedo ele eliminasse a mulher como suspeita melhor ele se sentiria a respeito de cobiçar sua filha. Não que isso importasse. Apenas era ilógico. Se Estelle tinha a estátua ou não, não iria impedi-lo de querer Jade. Era o momento de sua tia lhe dizer tudo o que sabia sobre o relacionamento da mãe de Jade com o seu pai. Ele virou o telefone celular e ligou para o número dela. Ele não tinha do para o jantar na noite passada por causa do arrombamento na casa de Jade, mas tinha lhe falado brevemente antes de ir para a cama. Ela sabia que ele tinha saído do hotel. O telefone foi atendido após vários toques. — Tia Della— Vince. Oh, graças a Deus. Eu tenho tentado obter notícias suas no último par de horas. Seu estômago se apertou com a urgência em sua voz. — O que aconteceu? — Eu estou com seu pai. Houve um assalto na noite passada. Ele se perguntou quando Hudson e seu pessoal iriam voltar para a casa do juiz. — Foi tudo tomado? — Não que eu possa dizer, mas você pode parar lá, por favor. Lidar com isso é muito frustrante. — Eu estou a caminho. — Ele odiava aquela casa, odiava ser lembrado da reunião humilhante e dolorosa que houve entre ele e o juiz há dezesseis anos


atrás. Por outro lado, sua tia precisava dele, e ela era uma mulher que ele se curvaria para trás para acomodar. Vince ligou à Eddie Fitzgerald, mas a conversa foi breve. O detetive tinha perdido os irmãos Hudson no Cisne Azul e estava incomodado. Ainda assim, ele prometeu verificar os dados do arrombamento e invasão na polícia de Los Angeles para assaltos recentes na área e comparar o MO5 com o de Jade. — Ninguém pode entrar aqui, senhor. — disse um oficial quando Vince parou em frente à casa de seu pai. — Della Dixon está me esperando. — Está tudo bem, Kincaid. — outro policial chamou da porta. — Deixe-o passar. Ele é sobrinho da senhora Dixon. — Vince saiu do carro e foi para o oficial. Eles apertaram as mãos. — David Fox. Meu parceiro e eu fomos os primeiros a chegar. Vince concordou. Ele observou que havia quatro carros-patrulha. Não é surpreendente, considerando que era o juiz. — O que aconteceu, Oficial Fox? O policial se afastou e indicou para Vince precedê-lo dentro de casa. — A empregada entrou ao meio-dia e encontrou o sistema de segurança desarmado e o portão e porta destrancados. Ela passou a noite em sua sobrinha. Como você pode ver, — ele indicou o hall de entrada, — a confusão é sem sentido. Parece mais como um ato de vandalismo do que uma tentativa de assalto. A governanta disse que nada está faltando. Vince não parou apesar de seu olhar varrer o foyer. Era como na casa de Jade. Vasos quebrados, pinturas retiradas dos quadros e vidros quebrados. Ele não sabia quantos anos algumas das peças tinham, mas 15 anos atrás, quando ele veio na casa do juiz, um bom número delas estavam nos corredores.

5

Modus Operandi


— Cuidado. — Oficial Fox o advertiu, apontando para os cacos de vidro de uma pintura. A sala de estar e sala de jantar pareciam muito ruins. O oficial levou Vince para onde sua tia, em um terninho roxo escuro, sentava ao lado da governanta da casa do juiz, a senhora Johnson. A bengala de Della estava ao seu joelho, seu rosto enrugado de preocupação. Isso mudou quando ela viu Vince. — Oh, meu querido, você está finalmente aqui. Ellen Johnson olhou para cima, seus olhos se estreitando. — O que ele está fazendo aqui? — Eu pedi que ele viesse, Lois. — disse Della com firmeza. — Ele não é — Isso é o suficiente. — Della estalou, interrompendo a governanta. — Existe um problema aqui? — Oficial Fox perguntou, seus olhos se movendo de Della para a governanta, depois de volta para Vince. Vince não disse nada, mas seu olhar ficou bloqueado com a senhora Johnson. Duas semanas atrás, quando Della lhe tinha trazido para a casa, a empregada tinhasido grossa, o chamou de oportunista egoísta. Essas foram as palavras exatas que o juiz tinha jogado nele 16 anos atrás. A mulher devia ser a governanta então. Quando ela olhou para ele, Vince esperou por ela para dizer aos policiais que ele tinha todos os motivos para odiar o juiz. — Existe um problema, minha senhora? — Oficial Fox perguntou à governanta desta vez. — Não há nenhum problema, oficial. Eu não estava esperando o Sr. Knight, isso é tudo. — Sua voz destilava veneno.


— Oh. Okay. — O policial olhou duvidoso, mas optou por não seguir essa linha de questionamento. — Estamos quase terminando aqui. Você pode querer chamar a companhia de seguros para avaliar os danos, senhora Johnson. — Não se preocupe oficial. Meu sobrinho vai cuidar disso. — Della respondeu antes da governanta poder falar. — Você tem sido muito útil. Muito obrigada. Se não precisa de mais nada, vamos entrar em contato com você ou o departamento. Vince não disse nada ao oficial, mas viu-o sair. Ignorando a governanta, ele se virou para a tia. — Podemos conversar, tia Della? — Claro querido. Dê-me seu braço. Vince a ajudou a levantar e passou-lhe a bengala. Caminhando lentamente para acomodar seu tornozelo lesionado, ele a levou para o escritório. Os assaltantes não haviam poupado o quarto. A enorme mesa de cerejeira que havia ocupado uma extremidade do quarto, quando ele visitou, agora estava de cabeça para baixo, a maioria dos livros não estava mais nas prateleiras, e as cadeiras tiveram seus assentos e almofadas rasgados. — Selvagens. — Della murmurou. — Alguém está pagando para ser rigoroso. — Ele a colocou em um lugar para que ela pudesse descansar o tornozelo. Ela torceu durante uma caminhada antes que ele chegasse em LA. — Tia Della, este não é o primeiro arrombamento que estes homens têm feito. — Ele manteve a voz baixa. — O que você quer dizer? — Ela sussurrou. Vince explicou rapidamente o que aconteceu na casa de Jade. — Acho que os assaltantes têm como alvo as pessoas que estavam na festa do juiz. Vou verificar com os outros para ver se elas foram vandalizadas, também. No caso de Jade, sua associação comigo poderia ser a razão. Della fechou os olhos e balançou o corpo para trás e para frente. — Oh céus. Oh céus. Eu disse à Abe que ele era um tolo por tirar a estátua para fora


do cofre, mas ele escutou? Não. Agora olhe para a bagunça que está causando. — Ela abriu os olhos e suspirou. — Às vezes eu acho que a estátua está amaldiçoada. Vince recordou as palavras de Baron Fitzgerald, algo sobre superstições. Ele não compraria tal absurdo. — Você sabia que ele fez uma cópia da estátua? Della franziu a testa. — Não. O que ele quer com uma falsa? A menos que... talvez fosse para Estelle Fitzgerald. Ela é uma colecionadora, você sabe. — Seu tom mudou, tornou-se reflexivo. — Ela era minha irmã de irmandade. Cubana. Maravilhosa. Tinha todo o homem que queria ofegante atrás dela, mesmo na faculdade, e seu pai não foi uma exceção. Vince fez uma careta. — Você está dizendo que o juiz e a mãe de Jade estão envolvidos, tia Della? Você me disse que os dois eram apenas amigos. — Ah, sim, eles são, mas há mais. Seu pai encontrou Estelle antes de Dorian Fitzgerald. Se apaixonou por ela duramente, mas cometeu o erro de não dizer a ela como se sentia. — Ela balançou a cabeça. — Então ele fez um segundo erro por apresentá-la a Dorian. Ora, os homens Fitzgerald são bonitos e charmosos. Eles não perdem tempo quando querem alguma coisa, ou alguém. Seu pai não teve a menor chance. Infelizmente, ele não deixou de amar Estelle mesmo depois que ela se casou com Dorian. Mesmo a sua mãe não podia se comparar à Estelle. Quando Dorian morreu, ele realmente achava que tinha uma chance com Estelle. Três anos depois, ele ainda estava esperando por ela sair do luto de seu marido, e vê-lo como mais do que um amigo. Isso foi na época em que você veio para vê-lo. Ele sabia que não podia ganhar se ela soubesse sobre você ou sua mãe. Era isso que deveria justificar o comportamento do velho? Não em seu livro. Isso só mostrou que o juiz não era tão invencível como Vince tinha pensado. Não que isso importasse. Não havia nenhuma possibilidade de reconciliação entre eles. — Eu não sei o que você quer que eu diga, tia Della.


— Nada, meu querido. Eu não estou tentando racionalizar o comportamento de Abe, lembre-se disso. Ele fez escolhas terríveis e tem vivido com as consequências. Mas eu sempre pensei que Estelle não tratou-o bem, também. Saber que um homem te ama da forma como seu pai a ama e continuar a ser amigos não é apenas cruel, é um ato de egoísmo. Ela deveria ter deixado ele ir antes. Se ela roubou sua estátua, talvez ele vá vê-la como a mulher egoísta que ela é. Vince esfregou a testa. Inacreditável. Seu pai obcecado com Estelle, ele com Jade. Não, ele não era nada como o velho dele. Sua intenção lasciva com Jade era apenas isso. Pura luxúria ondulando. Não havia nenhuma maneira de que ele deixaria tornar-se algo sério, e muito menos uma obsessão. — Eu tenho que ir, tia Della. Você precisa de mim para lidar com o seguro? — Oh, não se preocupe. Isso foi para tirar o jovem do nosso caminho. Eu vou ficar bem. Tenha cuidado lá fora. Eu não gosto que alguém queira a estátua. Se esses homens te incomodarem, eu quero que você pare a investigação. A estátua não vale a pena se você se machucar, está ouvindo? — Eu vou ficar bem. — Foi uma coisa boa que ele não tinha mencionado o assassinato de Cohen, no entanto. Vince apertou seu ombro e saiu da sala. Em seu caminho para fora, fixou o olhar com a senhora Johnson. A mulher provavelmente suspeitava que ele vandalizou a casa do juiz para se vingar dele. Ele tinha tentado uma vez, mas não mais. Ele só queria encontrar a estátua, para que ele pudesse ir para casa. Depois que ele saiu da casa do juiz, Vince verificou suas mensagens. Havia uma de Jade. Ele murmurou uma maldição quando ele ouviu de volta. O que ela quis dizer com ‘uma mensagem preocupante no meu correio de voz que eu preciso verificar’? Será que a mulher nunca ouvia-o? Ninguém sabia onde os irmãos Hudson estavam ou o que estavam fazendo. Eles poderiam estar esperando por


ela agora. No entanto, ela estava dirigindo para a casa de seu irmão, sozinha. Pior, ele não tinha ideia de onde seu irmão morava. Vince pisou no acelerador enquanto se dirigia de volta para a casa de Jade. Sua prima lhe daria indicações de onde ela estava indo. Ele não poderia justificar o medo que fez o peito apertar e seu coração acelerar. Tudo o que sabia era que ele não podia deixar nada acontecer com Jade.


CAPÍTULO 13 — Diga à Estelle que ele sabe tudo. Ela deve... A voz de Cohen tinha sumido, como se alguém o tivesse interrompido. O que ele quis dizer com ‘ele’? Por que ligar para Jade e não à sua mãe? Claro, ele poderia ter tentado o celular da mãe como ela tinha vindo a fazer e foi recebido pela mensagem de caixa postal. Jade olhou e apertou sua mão no volante como se pudesse, através de pura vontade, parar a voz aterrorizada de Cohen lhe assombrando. Tinha uns noventa graus lá fora e ela deslizou a janela para baixo para se aquecer, mas um frio ainda se arrastava sob a pele, alimentando seus medos e transformando-os dentro em agulhas. O que Cohen queria dizer antes de desligar? Depois do que aconteceu com ele, Jade rezou para que nada tivesse a ver com a estátua roubada de Vince e as pessoas depois disso. Frustração brotou dentro dela, aumentou o conhecimento de que sua mãe estava em apuros e ela não tinha ideia de como ajudar. Ela tomou respirações profundas e exalou lentamente, numa tentativa inútil de acalmar o seu batimento cardíaco, para parar de entrar em pânico. Se alguém sabia o que sua mãe estava fazendo antes de sair no cruzeiro, seria seu irmão, Lex. Mas, para sondar sua cabeça sem revelar muito levaria algum engenho. Seu irmão era muito inteligente e perspicaz para não ver através de sua fachada. Ela precisava de um plano.


Suspirando, Jade pisou no acelerador. Pela primeira vez, ela não apreciava o passeio panorâmico ao longo de Palos Verdes Drive West. Ela passou muitas caminhadas de verão e passeios a cavalo sobre estas colinas, ou brincando em piscinas de maré ao longo das falésias. Mesmo que seu primeiro beijo tivesse sido em Abalone Cove, uma linda praia, remota na península. Mas nenhuma dessas memórias apagavam a voz de Cohen de sua cabeça ou atenuavam suas preocupações sobre sua mãe. Sua descrença, era como manteiga-não-derretendo-em-sua-boca, sua mãe não poderia estar envolvida em qualquer coisa decadente. Ela desejou que os últimos dois dias não tivessem acontecido ou... Jade balançou a cabeça. Não. Nenhuma oração ou desejo. Era hora dela enfrentar a realidade. Infelizmente, essa realidade envolvia acreditar que sua mãe era uma ladra. Ontem, ela zombou da ideia. Hoje, especialmente após a mensagem codificada do antiquário, agora morto, ela não podia abrir um sorriso, se tentasse. Foi lealdade para com sua mãe que a impediu de enfrentar a verdade? A lealdade à sua família foi martelada nela em uma idade muito jovem. Ela até se recusou a considerar a ideia de que o roubo na casa dela foi por causa de sua mãe. Tinha sido tão fácil culpar Vince. Não mais. Sua mãe estava até o pescoço nessa confusão. A sensação de traição liquidava Jade em seus pensamentos traidores. Ela encolheu os ombros, a determinação para chegar ao fundo de toda a bagunça correndo por ela. Vince poderia ajudá-la. Ele já pensava que sua mãe era culpada, de qualquer maneira. O irmão Lex, por outro lado, pode ser um problema. Ele não deve saber o que ela estava fazendo. Jade abrandou quando ela se virou para a estrada estreita que levava ao portão de entrada de sua casa de infância. Ela apertou o interfone, seu olhar varrendo a alta cerca e as árvores ao redor da mansão. Memórias brilharam em sua cabeça - ela, seguindo seus irmãos e seus amigos onde quer que fossem e


se ressentindo de ser a única menina, sua alegria quando Ashley entrou para sua família depois que seus pais morreram, e um ano mais tarde, Faith. Um sorriso tocou os lábios de Jade. Como idílica sua vida havia se tornado uma vez que suas duas primas entraram para o seu agregado familiar. Sua generosa mãe tinha feito isso possível. O pensamento limpou o sorriso do rosto. Por que ninguém abre o portão? Jade apertou o interfone, novamente. Ela devia ter visto se Lex estaria em casa antes de sair da dela. Como um desenvolvedor imobiliário com vários projetos em grandes Cidades da Califórnia, seu irmão nunca estava muito em casa. Quando ela ligou, ele tinha acabado de deixar seu escritório no Fitz-Valdes, seu assistente tinha dito a ela. Talvez ela devesse ter tentado seu celular. Não que ele teria feito muito bem. Seu irmão perfeccionista não acreditava em falar em um telefone celular enquanto estivesse dirigindo. Bem à tempo, Jade pensou irritada quando o portão se abriu em suas dobradiças. Ela deu à boa manutenção da paisagem de flores, palmeiras e arbustos, um olhar de passagem, sua mente sobre o que ela estava prestes a fazer. Ela odiava a ideia de bisbilhotar as coisas de sua mãe, mas as circunstâncias são o que são, ela não tinha escolha. Estacionando no pátio de calçada ao lado do SUV de Lex, Jade se dirigiu para a porta interior. Um cachorro começou a latir, depois outro, e outro. Oh, ela não tinha tempo para visitá-los. Talvez mais tarde. Ela abriu a porta interior e se dirigiu para a porta em arco. A porta da frente estava destrancada. Jade entrou no hall de entrada, fechou os olhos enquanto ela respirava os aromas familiares de pastelaria fresca misturada com limão-polonês do polidor da madeira. Alguém tinha deixado a porta aberta, e os sons suaves de fontes de água filtravam através dela. O efeito foi imediato - a paz surgiu através dela. Casa. Seu refúgio. Enquanto as crianças em sua escola poderiam provocá-la sobre seu peso e enchê-la de humilhação e raiva, ela andava por estas


portas e se sentia segura, amada e acarinhada. Começando com abraços de Sra. B, beijos e bolos acabados de fazer. Jade abriu os olhos, olhou em volta e sorriu. Ela sabia exatamente como abordar o assunto de sua mãe com seu irmão. A sala de espera para a esquerda estava vazia. Não que ela esperava encontrar seu irmão lá. Ela atravessou o piso de madeira e partiu para a grande escadaria. Houve muitas mudanças e em torno da mansão Mediterrânea desde que Lex decidiu nela residir. Ele tinha adicionado uma asa extra, substituiu as antigas fontes em cascata ao redor da piscina, e acrescentou um lago de carpas, mas ainda manteve a arquitetura original de colunas de corda, arcos, nichos de parede em arco, e altos tetos dramaticamente espaçados. — Jade. — uma mulher gritou. — Eu sabia que você ia chegar quando ouvi os cães. Eles têm um especial latido só para você, eu sempre digo. — Sra. B. — Ela caminhou para os braços da mulher para um abraço. Aroma de especiarias misturadas com perfume floral da senhora B flutuava ao nariz. Jade inalou, recostou-se e sorriu. — Como vai você? — Muito bem, filha. Muito bem. — A mulher deu um passo atrás, cruzou os braços sobre o peito grande, e deu à Jade um olhar a mais. Ela balançou a cabeça grisalha lentamente, uma carranca decidida sobre a testa forrada. — Você perdeu peso, baby. Demais. — Ela sacudiu um dedo. — Isso acontece por não vir pra casa comer minha comida. — Agora que a escola está fechada para o verão, eu prometo parar por mais vezes. — Hmm-mm. Jade riu. Ambas estavam conscientes de que não podiam controlar sua arritmia, enquanto transportando excesso de peso ou entregando-se à cozinha rica, mas de pratos deliciosos. — Estou falando sério. Mas agora, eu estou procurando Lex, senhora B. Onde é que ele está escondido?


— No andar de cima. Eu já anunciei você para ele. Então não deixe de passar pela cozinha antes de sair, ouviu? Tem sido um tempo desde que eu cozinhava para você. Ou Ashley... a pobre criança quase foi morta por aquele louco. Eu sempre digo que as crianças não devem sair de casa. Não até que se casem. — Ela estalou a língua e partiu para a cozinha. Ela fez uma pausa para acrescentar: — então há Faith. Ela ligou, você sabe. Jade franziu a testa, tentando seguir o monólogo desconexo de Sra. B. — Faith? — Sim. Queria saber se você chegou aqui já. Eu disse a ela que você vai chegar aqui quando você chegar aqui, e nem um minuto mais cedo. — Será que ela quer que eu chame ela de volta? — Ela não disse, mas eu disse a ela que eu vou enviar seu pacote com você. Vá em frente agora. — Sra. B. acenou em direção ao segundo andar. — Não mantenha seu irmão esperando. O olhar indulgente de Jade seguiu o número redondo da Sra. B até a governanta desaparecer na cozinha. Seus anos de faculdade brilharam em sua cabeça, quando a senhora B. iria mexer e corrigir-lhe com um pacote de cuidados sempre que ela visitava. O que ela daria para voltar no tempo e ser tão despreocupada novamente. Pensamentos tolos. Um suspiro escapou. Viagem no tempo só acontece em fantasias. Dando dois passos de cada vez para o segundo andar, Jade foi direto para a primeira porta à sua esquerda, bateu e gritou: — Lex? Não houve resposta. Ela abriu a porta e enfiou a cabeça na sala, enquanto seu irmão saía do banheiro. Ele usava um roupão amarrado na cintura e estava ocupado secando o cabelo com uma toalha grande. — Hey, irmão mais velho. Devo entrar ou esperar por você lá embaixo?


Lex riu. — Você ainda não espera ser dito para entrar, antes de estourar em uma sala, Pontinho. — Ele aliviou para o apelido que ele tinha dado a ela quando ela era adolescente. Aos cinco e sete anos, ela era diminuta em comparação com seus três e quatro anos. Jade sorriu. — Eu bati. — Sim, certo. Já que você está aqui, você pode muito bem entrar. — Ele indicou o sofá na alcova que ligava à sua sala de estar privada antes de ir para o closet para se vestir. Jade jogou a bolsa no sofá e pegou um copo de uma bandeja na mesa de café. Calmante jazz tocava ao fundo. Serviu-se de limonada, espremida na hora se ela conhecia a senhora B., e depois se acomodou para esperar. O quarto de seu irmão era confortável, mas supermasculino – todo de prata e carvão. Mesmo os sofás de couro eram cinza escuro, o mogno da mesa de café. Tinha a necessidade desesperada de cor, mas tinha uma vista esplêndida. De frente para a parte de trás da casa e da piscina, que também ostentava uma vista espetacular sobre o Oceano Pacífico e Catalina. — Você poderia me servir um pouco de Brandy, irmã? — Lex gritou enquanto caminhava de volta para o quarto. Jade colocou a bebida para baixo e fez o que ele pediu. Ele tomou a bebida de sua mão e se sentou à sua frente. Ele tinha colocado calças pretas ocasionais e uma camisa polo cinza que lembravam tanto de seu pai. Dorian Fitzgerald tinha muitas vezes favorecido pretos e cinzas, também, e Lex era um xerox de seu pai - de suas sobrancelhas arqueadas até a fenda no queixo. Jade pousou o copo e pegou um busto de uma rainha egípcia antiga da mesa ao lado. — Então, como foi São Francisco? — Bom. — Você está lá tão frequentemente que eu estou começando a me perguntar se você tem alguém especial.


Lex deu um sorriso indulgente, seu olhar tocando o busto que ela continuou acariciando nervosamente. — Nada disso. Estamos dando os toques finais no prédio de escritórios. Então, o que está acontecendo no campus? Jade apertou a estatueta para o peito, os dedos dispostos a parar de se mover. Ela rapidamente encheu sobre sua pesquisa e que ela estava para ser promovida. — Eu não estou preocupada com isso, no entanto. Então, quando é a inauguração? Ele tomou um gole de sua bebida e levantou as sobrancelhas. — De quê? — Fitz Towers, São Francisco. — Mais uma vez, o olhar de Lex foi para as mãos, sua expressão concentrada. Jade colocou o busto para baixo. Quanto mais ela adiasse, mais nervosa ficava. Lex geralmente tinha um efeito relaxante sobre ela. Algo sobre o seu sorriso e a maneira calma dele fazer as coisas. Baron e Chase, por outro lado, tendem a ser barulhentos e violentos, e facilmente conseguem uma alteração dela sem tentar. — Só mais alguns meses. — Lex drenou sua bebida, colocou o copo na mesa e se inclinou para trás em sua cadeira. — Então, pontinho, a que devo esta visita? Diga. Agora. Em vez da mentira elaborada que tinha planejado, Jade fingiu um olhar ofendido. — Não posso visitá-lo sem uma razão? Eu senti sua falta. — Assim que ela disse isso, ela percebeu que ela realmente sentia. Ela via os gêmeos o tempo todo, mas Lex estava sempre longe. — Eu não tenho visto você em um tempo, então quando a senhora Talbert me disse que você estava no seu caminho para casa, pensei: por que não parar? Você está indo para a festa de Wilkinson hoje à noite? — Nossa, ela era uma covarde. Um pensamento muito deprimente. Lex estudou, franzindo a testa. — Claro. Deixei uma mensagem no seu correio de voz sobre isso. Você ainda que eu envie a limusine para buscá-la?


Isso era parte do plano antigo. Antes de Vince. — Não. Eu estou, uh, vindo com um amigo. — Esperava que Vince não se importasse de um rápido desvio antes de seu encontro para jantar. — Alguém que eu conheço? — Eu não penso assim. — E graças a Deus por isso. Se Lex soubesse de Vince, ele iria contratar algum investigador particular para verificar a seu fundo. Ela prefere ouvir sobre Vince de Vince, não de seu irmão. Ela não gostou da forma como Lex se manteve olhando para ela. Ele poderia dizer que ela estava nervosa? — Mas, por outro lado... — ela continuou. — Você conhece muitas pessoas. Então, talvez os seus caminhos se cruzaram. Quem sabe? — Okay. Já chega. Ela estava começando a choramingar como uma idiota. Tempo para fazer seu caminho através disto ou ser presa. Ela era muito velha para uma reprimenda. — Eu vim para pegar uma coisa da casa de minha mãe... o colar de esmeraldas e a pulseira do conjunto. A carranca na testa de Lex se intensificou. — Eu pensei que você já tinha escolhido as pérolas da avó para hoje à noite. — Sim, mas a roupa que Faith fez para mim pede algo mais brilhante e, uh, colorido. Eu sei que minha mãe não vai se importar. Eu vou, uh, — ela acenou para a ala onde os quartos de sua mãe estavam localizados, — ver se ela os deixou em sua caixa de joias. Se eles não estão lá, tenho certeza de que eles estão no cofre. — Sua respiração ficou suspensa enquanto esperava Lex falar chamá-la de mentirosa. Ela era péssima em mentir. Quando ela olhou furtivamente em sua direção, alívio escorria por ela. Ele estava olhando em sua bebida. Finalmente, ele olhou para cima e deu de ombros. — Isso está bom para mim, irmã. Você falou com ela desde que ela saiu? Ar correu para fora de seus pulmões, e Jade sorriu. Abertura perfeita. — Não. E você?


— Duas vezes. Há alguns dias, e esta manhã. Ela está se divertindo, mas não no navio. Ela decidiu parar por Saint-Noel para visitar um cara, um velho colega de faculdade. Eu deixei essa mensagem em seu correio de voz também. Jade ignorou a segunda alfinetada sobre deixar uma mensagem em seu correio de voz. Tudo o que importava era sua mãe. Ela estava bem, graças a Deus. Não havia nenhum ponto em contato com a linha de cruzeiro agora, mas ela ainda precisava falar com ela. — Você, uh, acontece de ter o número de telefone do seu amigo? Lex franziu a testa. — Mãe não é criança, Pontinho. Ela não precisa deixar os números de telefone quando ela está com os amigos. O que está acontecendo? Ela deu de ombros e deu um sorriso que ela esperava ser inocente. — Ah, nada. Eu só quero perguntar-lhe algo. Onde exatamente é Saint-Noel? — Em algum lugar perto de Guadalupe. Eu não tenho certeza de sua localização exata. — Hmm, eu acho que já ouvi falar disso antes... algo sobre ter as praias mais bonitas do Caribe. Enfim, eu tentei ligar para ela mais cedo, mas só deu seu correio de voz. Eu gostaria de ter falado com ela antes de sair. — Com o aquecimento para o assunto, Jade avançou para a frente. — Toda vez que eu liguei ou parei por lá, ela estava ou descansando ou ocupada se preparando para a viagem. Lex olhou para o espaço por um breve momento. — Eu acho que se envolver em ambas as campanhas de Wilkinson e Honest Abe teve um efeito sobre ela. Eu pensei que ela estava exagerando, até mencionei a ela um par de meses atrás, mas você sabe como mamãe fica. Quando ela começa um projeto, nada nem ninguém pode impedi-la. Ela tem isso em sua cabeça: que a Califórnia precisava de um governador negro, então liderou a comissão para eleger Wilkinson. Ter um homem reto como Honest Abe como seu parceiro de corrida era um golpe de gênio. É por isso que eu fiquei surpreso quando ela parou.


Quando Jade tinha falado com ela, sua mãe insistiu que fadiga era o motivo dela deixar de apoiar os dois homens e que seu médico havia lhe ordenado para descansar. Como filha de confiança que ela era, Jade tinha acreditado nela. — Seu comportamento não faz qualquer sentido. — As palavras de Lex chamaram a sua atenção. — E a partir de pesquisas, Wilkinson e Honest Abe estavam indo muito bem. Eles teriam dado ao atual governador e vice-governador um funcionamento para seu dinheiro. Na verdade, Wilkinson ainda podia fazêlo. Quanto ao porquê de Honest Abe tentar o suicídio... — Lex balançou a cabeça. — Outra coisa que não faz qualquer sentido. Jade mordeu a língua para impedir-se de corrigir o irmão. Vince disse que seu pai poderia ter sido empurrado. Mas até que eles tivessem a prova, ela não ousaria compartilhar essas informações com qualquer pessoa, inclusive seu irmão. — Então, minha mãe não disse por que ela deixou de apoiar os dois candidatos? — Oh, ela o fez. Depois de eu perguntar-lhe várias vezes. Foi pouco antes do suicídio de Honest Abe. — Jade podia ouvir o barulho animado de seu coração enquanto esperava seu irmão terminar. — O que ela disse? — Ela perguntou quando ele não falou imediatamente. — Algo sobre odiar os políticos tacanhos e seus caminhos sem escrúpulos. Quando eu pedi uma explicação, ela só me ignorou. Jade mordeu o lábio inferior, sua mente correndo. Tinha sua mãe brigado com o pai de Vince ou Wilkinson? Isso explicaria por que ela deixou de apoiar um ou outro homem. — Eu me pergunto se ela já visitou o juiz no hospital. Jade não se deu conta de que tinha falado em voz alta até que Lex falou. — Eu não sei. Ela estava em casa a maior parte do tempo e ainda teve seu


assistente chegando à mansão para discutir negócios em vez de ir para o escritório. Se ela foi visitá-lo, ela nunca mencionou isso. Talvez a ruptura foi entre a sua mãe e o juiz. Mas se fosse esse o caso, por que ela participou de sua festa de jantar, uma semana depois? Não, Jade deve encontrar provas, então especular. Não havia muito que o irmão poderia dizer a ela agora. — Lex. Ele olhou para ela e levantou uma sobrancelha. — Se a mãe chama-lo novamente, você poderia dizer a ela para me ligar? Não no meu celular, mas à casa de praia. Ele acenou com a cabeça. — Sim, a senhora Talbert mencionou que estaria indo para Dana Point amanhã. Por quanto tempo você vai ficar? — Uma semana. Duas no máximo. Você estava pensando em usá-la? — Não. Faith está indo com você? Baron fez-lhe a mesma pergunta. Mais uma vez, a mentira saiu da língua. — Em um ou dois dias. Ela tem algumas coisas para cuidar antesEla deixou a frase pendurada quando o telefone tocou e Lex se voltou para buscá-lo. As mentiras estavam começando a chegar até ela. Primeiro Baron e agora Lex, no entanto, ela não tinha contado à Faith que ela estava usando-a como uma muleta. Ela empurrou a culpa de lado. Era uma pequena mentira, não vale a pena agonizar sobre isso. — Hey, Faith. Nós estávamos falando sobre você. As palavras de Lex puxaram Jade de volta para o presente. Oh, por que toda vez que ela mentia ela era pega? Só desta vez, ela teria gostado de fugir com isso, ou pelo menos dado tempo suficiente para corrigi-lo. Descaradamente, Jade ouviu o lado de Lex da conversa.


— Só as coisas boas. — disse seu irmão, então riu. — Você está pronta para a sua coleção primavera? Oh? Eu vejo. Você sabe que nós estamos aqui, se precisar de nós. — Ele balançou a cabeça. — Tudo bem... faça à sua maneira. Claro. Ela está aqui. Só um segundo. — Ele entregou a Jade o telefone e levantou-se. — Eu vou estar na biblioteca. Jade esperou até que seu irmão saiu da sala, em seguida, trouxe o telefone para sua orelha. — Hey. O que está acontecendo? — Vince Knight. Jade suspirou e recostou-se no sofá. — Deixe-me adivinhar. Ele ligou para casa para falar comigo e ficou furioso que eu não estava lá. — Na verdade, ele veio aqui. Seu bastão móvel gritando e atirando chamas. Eu não tinha escolha a não ser dizer-lhe onde foi. Jade piscou. — Você está dizendo que ele está a caminho daqui? — Oh, sim. Tentei perguntar a ele o que estava acontecendo, mas o homem dá um novo significado à palavra 'cale-a-boca'. Ou devo dizer intenso. Ele precisa relaxar. De qualquer forma, por que ele estava agindo todo louco? — Como eu poderia saber? — Outra mentira. Ela levantou-se e caminhou até a janela. Por um momento, ela olhou para a cena com olhos cegos, então suspirou e olhou ao redor para se certificar de que ela estava sozinha. — Escute, eu disse tanto à Baron quanto Lex que você vai estar se juntando a mim na casa de praia. Eu não queria eles caindo sem avisar para me verificar. Você sabe como eles ficam. Faith riu. — Oh, sim. Eu tenho suas costas, menina. Você está pensando em farrear com o misterioso Knight? Jade hesitou em seguida, fez uma careta. — Há uma forte possibilidade disso. — Ah. — Houve uma ligeira hesitação da Faith, então: — Basta ter cuidado.


— Por que você diz isso? — Você não sabe nada sobre Vince, querida. Jade piscou. — O quê? De onde está vindo isso? Você não é a que me disse para encontrar um estranho e ter uma aventura de férias? — Eu sei, mas eu não gosto da maneira como ele agiu antes. Você sabe. Possessivo. Tipo que me lembrou seu ex— Vince não é como Jerrod. — Jade não conseguiu parar o aborrecimento rastejando em suas palavras. Doeu que sua prima pensasse que ela precisava ser advertida contra Vince. Ela tinha certeza que Faith, de todas as pessoas, entenderia. Sua prima nunca tinha escondido o fato de que ela não tinha nenhuma utilidade para os homens, exceto para o prazer que lhe deram na cama. Por que um roteiro diferente para ela? — Você mal conhece o homem, Faith, e você já está formando uma opinião. — Certo. Ok. Me desculpe, eu expressei minhas preocupações. Eu só não quero que você se machuque. Jade fechou os olhos e apertou a ponte do nariz com os dedos. — Eu sei o que estou fazendo. — Será? Ela esmagou a voz da dúvida em sua cabeça. — Eu realmente sei. — Então vá em frente e faça a sua coisa. Uh, a limpeza está quase pronta. Está tudo bem se eu deixá-los ir? Eu preciso ir para casa para me preparar para a festa de Wilkinson. Os sentimentos de sua prima ficaram feridos. Jade voltou para o sofá e desabou. Ela estava cansada de lidar com as coisas e as pessoas pelas suas atitudes. — Tudo bem, Faith. Falo com você esta noite.


*** Ele estava perdido. Vince abrandou para espiar as placas das ruas. Tinha Faith Fitzgerald dito para virar à esquerda ou à direita em Palos Verdes Boulevard? Ou talvez ela o enviou em um ganso selvagem? Ele ainda lembrou a relutância da mulher em lhe dizer onde Jade tinha ido. Se ele não tivesse mencionado o encontro que tinha esta noite, sua prima não teria lhe dado o endereço. Xingando, Vince fez uma meia-volta e começou a voltar. Seu celular escolheu aquele momento para tocar. — Sim. — ele respondeu uma vez que ele abriu-o e levou-o ao ouvido. — Oh, eu peguei você em um momento errado, querido? — Não, tia Della. O que está acontecendo? — Eu finalmente encontrei-o – o francês da festa. — Isso é uma grande notícia. — Sim, só que ele não é francês. Só nasceu num país de língua francesa no Caribe. Eu tinha falado com os amigos de Abe em San Diego e soube que ele era um convidado de Wilkinson, amigo de seu pai e parceiro de corrida. Falei com a gerente de campanha de Wilkinson depois que você saiu, e ela identificou o homem como Renard Descartes Bouchard. Vince franziu a testa. — Descartes? Não é esse o nome de-? — Nosso antepassado... o marido de Madame Jacqueline. — Sua voz era surpreendentemente desprovida de todas as emoções. — Eu não sabia que tinha outros parentes. — Especialmente aqueles que usavam o nome de Descartes. Mas, novamente, seu pai fez com que ele soubesse tão pouco sobre sua família quanto possível. E se ele tivesse um grande número de parentes lá fora em algum lugar - primos, tias e tios? Ele respirou fundo e


tentou conter a emoção que acompanhou a possibilidade. — De onde ele é? Será que ele tem uma família? — Ele é de Saint-Noel. Vince franziu a testa. — Onde é isso? — Saint-Noel é composto por um grupo de ilhas perto de Guadalupe ou Martinica, eu não me lembro qual. É uma das poucas ex-colônias francesas no Caribe que recebem independência. Renard é o seu embaixador aqui. A moça com quem falei prometeu seu contato. Por que sua tia não estava animada com essa aparição repentina de um parente perdido há muito tempo? Vince fez uma careta. Ou talvez ela sempre soubesse sobre ele. — Tia Della? — Sim, querido? — Você sabia alguma coisa sobre este homem antes de hoje? — Não. Foi como um choque para mim, também, quando eu ouvi o nome dele. Seu pai nunca mencionou conhecê-lo antes de qualquer um. Não se preocupe muito com ele, apesar de tudo. Vou descobrir mais e deixá-lo saber, logo que eu puder. Algo na voz de sua tia partiu sinos de alerta em sua cabeça. — Tia Della— O pessoal do seguro da casa estão na porta, querido. Vamos falar mais tarde. — Então, a linha ficou muda. Vince olhou para o telefone celular de soslaio. O que estava acontecendo?


CAPÍTULO 14 Nada. Jade balançou sobre os calcanhares, os nós em seu estômago. Ela procurou em cada gaveta, cada prateleira, e cada vitrine. Como nos aposentos privados da mãe, não havia nenhum sinal da estátua no cofre. Seu olhar varreu a sala que foi uma vez um abrigo antiaéreo. Equipado com monitores de vídeo que mostram o interior e o exterior da mansão, um telefone celular e um teclado de alarme, ele agora era um refúgio seguro em caso de roubo, e sala para armazenamento de joias e objetos da coleção de sua mãe. Sem mencionar o material de cama, fornecimento de alimentos de emergência suficientes para alimentar um exército, medicamentos, água, e qualquer outra coisa que seu irmão escondeu nas pesadas caixas de metal verde no canto leste. Seu nariz coçava. Jade bateu com a mão sobre a boca, mas não antes de um espirro escapar. O som ecoou pelas paredes. Um arrepio serpenteou por sua espinha. Ooh, como ela odiava estar aqui. Algo sobre a falta de janelas e as paredes de concreto de oito polegadas reforçadas sempre pareciam para ela como se ela estivesse presa... Jade riu alto para dispersar seus pensamentos mórbidos. É claro que ela não poderia estar presa. Não com as obras-de-arte de aparelhos que sua família tinha instalado. Ainda assim, nada disso, inclusive o piso e paredes de madeira texturizados remodelados, poderiam dissipar a sensação sinistra da sala. Um grunhido a fez girar ao redor, a mão dela para seu peito. — Oh, Lex. Você assustou a vida fora de mim.


Seu irmão retirou o banquinho que tinha colocado na porta, encostou-se à estrutura de aço, e sorriu. — Ainda com medo de ficar presa aqui? Tudo era possível, com aparelhos eletrônicos ou não. Pesadelos sobre estar fechada no cofre com nenhuma maneira de sair a atormentava quando criança. A pressão de seu pai, e mais tarde Lex, insistindo nisso, faria com que ela tivesse colapsos. Sua doce mãe, amorosa teve que acabar com os julgamentos. A mãe muito doce que ela agora suspeitava de furtar a estátua de Vince. — Jade? A voz de seu irmão trouxe seu foco em sua conversa. — Você está bem? — Preocupação brilhou em seus olhos castanhos. Enxugando o rosto limpo de culpa, Jade torceu o nariz e mentiu. — Yeah. E para sua informação, eu ultrapassei os pesadelos há milhares de anos. Lex riu. — Você encontrou o que estava procurando? Jade se encolheu. Ele sabia sobre sua espionagem? Como? Ela percebeu o olhar dele sobre o case de couro debaixo do braço e alívio atravessou através dela. — Sim. Estava em uma das gavetas. — Ela correu para o seu lado ao recuperar as esmeraldas na caixa em sua axila e agarrando-a com mais força. Estando em torno de seu irmão, dentro do cofre, a própria mansão lembrou do que tinha vindo a fazer nos últimos 30 minutos. Ela não conseguia engolir a culpa, não importava o quanto tentasse. — É melhor eu ir para casa e me preparar para a festa. — Seu amigo Knight está aqui. Ela fez uma pausa no meio do caminho. — Quando ele chegou aqui? — Há pouco tempo atrás. — Lex ajeitou o corpo e sacudiu a cabeça em direção às escadas. — Vá lá em cima. Vou trancar.


Há pouco tempo atrás? O que eles tinham feito? Jade não se moveu, seu olhar não deixando seu irmão. — Vocês dois conversaram? — Algo. — Sobre? — Isso e aquilo. — Lex afastou-se da porta e passou por ela. — Você está mantendo seu convidado esperando, pontinho. Ele parecia impaciente para ir embora. — Como você... uh, não importa. — O irmão dela tinha um talento especial para a leitura de pessoas. — Você sabe o que? Este quarto precisa de uma grande limpeza. Há poeira por toda parte. — Quer ser voluntária? — Lex jogou por cima do ombro enquanto ele examinava a área. Jade riu. — Sim, você gostaria. Vejo-o hoje à noite. — Ela correu em direção à escada. Vince estava andando pelo hall de entrada, quando ela chegou lá em cima. Jade se apressou ao longo do corredor largo ligando a porta de volta para o hall de entrada. Ela passou pela porta que dava para a cozinha à sua direita e o corredor menor levando aos aposentos privados da mãe à sua esquerda, sem uma pausa no seu passo. Seu olhar ficou trancado em Vince. Ele parecia uma pantera - impaciente, perigoso, mas tão bonito que seus sentidos enjaulados beberam dele avidamente. Ela nunca poderia se acostumar com a maneira como seu coração dava um baile sempre que ela o viu, ou como ele dominava seu ambiente, tornando tudo claro em importância. — Ei, você fez isso. — ela gritou, enquanto ainda estava a uma distância razoável dele. Vince se virou seus olhos estreitando enquanto ele lhe olhava uma vez mais. — O que aconteceu? Eu pensei que nós concordamos que você esperaria por mim em seu lugar.


Uh-oh, ele não era um campista feliz. Ela encolheu os ombros. — Eu deixei uma mensagem em seu correio de voz. Seu olhar ficou trancado em seu rosto. — Sim, sobre algo que você precisava verificar. O que foi que não podia esperar até-? — Eu estou bem, Vince. Ninguém me seguiu. — acrescentou em um sussurro quando ela veio parar ao lado dele. — Essas pessoas não estão brincando. Ela estudou seu rosto bonito. Era sua imaginação ou ele estava mais nervoso do que o habitual? Certamente, não porque ela desobedeceu seu ditame. O homem precisava aprender que ninguém controlava os movimentos dela. Não mais. — Eu sei que eles não estão Vince. É por isso que estou aqui. — Ela olhou para o corredor, mas a porta do porão parecia fechada. Ainda assim, ela não poderia discutir a mensagem de Cohen com seu irmão nas proximidades. Ela tocou o braço de Vince. — Vamos passear no jardim e falar. Vince seguiu seu olhar e compreensão brilhou brevemente em seus olhos. — Quando você está pensando em voltar para o seu lugar? — Só mais alguns minutos, então eu vou estar pronta para ir. Por quê? — Eu preciso sair o mais rápido possível. — Sua mão deslizou para baixo do comprimento do seu braço para segurar a dela e então ele sacudiu a cabeça em direção à porta da frente. — Vamos dar essa caminhada. Sim, ele estava definitivamente na borda. Ela podia sentir a tensão em seu corpo. Assim que saiu, Jade dirigiu seus passos em direção à parte de trás da mansão. Ela se aproximou de seu corpo duro, gostando da sensação de sua mão sobre a dela e sua proximidade. Ar escapou de seus pulmões em um suspiro. Seu aroma almiscarado e terroso chagava a ela a cada momento. Fez querer envolver-se em torno dele como uma videira e nunca deixar ir.


Sua mão, calejada e áspera, escovava eroticamente contra ela suavemente. Era uma tarde quente de verão, mas as palmeiras espalhadas ao redor do composto ofereciam sombra e a alta privacidade. Os aglomerados de escarlate, púrpura e flores brancas enchiam o ar com seus aromas doces. Era um dia lindo. Enquanto eles se moviam mais longe da casa, Jade se permitiu o luxo de fingir que eles eram um casal normal dando um passeio. Ouvindo as gaivotas e o som das ondas, antecipando estarem sozinhos e trocando um beijo ou mais. Sem estátua perdida. Sem Hudson e seu patrão sem rosto. E definitivamente sem antiquário morto. — O que estava em seu correio de voz? A pergunta de Vince puxou-a de volta para a Terra. Jade resistiu ao impulso de fazer beicinho e suspirou. Era tão injusto. Não havia como escapar de sua investigação. — Uma mensagem curta de Cohen. Apenas antes de ele ser atacado. — Atacado? — Vince parou e olhou para ela, sua expressão chocada. Jade deu-lhe o que esperava ser um sorriso de desculpas. — Desculpe. Isso não deu certo. A mensagem era realmente para a minha mãe e, uh, eu não estou completamente certa sobre a parte do ataque. Vince não abriu um sorriso. — Por que ele iria deixar uma mensagem para sua mãe no seu correio de voz? — Eu não sei. Talvez ele tentou entrar em contato como eu fiz e não conseguiu. Na mensagem, ele falou sobre um homem. Disse que este homem sabia de tudo e avisou para minha mãe ter cuidado. Ele estava prestes a dizer mais quando o telefone ficou mudo. Ou ele foi cortado, quem sabe. Mas ele parecia realmente com medo.


Uma expressão estranha se instalou no rosto de Vince. — Eu quero ouvir essa mensagem, Jade. — Ele soltou a mão dela e esfregou sua nuca. — Você não a apagou, não é? — Claro que não. Eu estava muito ansiosa para chegar até aqui e procurar neste lugar. — Procurar pelo quê? — A estátua. — Quando suas sobrancelhas se ergueram, ela acrescentou: — Eu não sabia sobre o que Cohen estava chorando ou mesmo se ele tinha alguma coisa a ver com a estátua. Eu tinha que saber. — Ela parecia na defensiva, mas não se importou. O olhar em seus olhos a preocupava mais. — E? Ela sacudiu um dedo na frente do rosto. — E pare de me olhar assim. Ele se inclinou para trás, perplexo. — Como o que? — Como se você estivesse pronto para dar o bote. Como se você não tivesse certeza se deve confiar em mim ou no que eu estou dizendo a você. — Sua carranca se aprofundou. Ele poderia ser tão intimidante quando queria, mas ela não estava de bom humor. — Eu estou do seu lado, amigo. Tem estado desde o início. — Um olhar de descrença cruzou seu rosto. Ela descartou-o com breve aceno de mão. — Ok, talvez não no início, mas isso não vem ao caso. O que importa é agora. Nós concordamos em trabalhar juntos, certo? Para ser honesto. Não tratar o outro como inimigo. — Jade, não estou — Oh sim, você está. Você não tem ideia de como nervosa estou em mentir para a minha família, a valsar lá, — ela acenou para a casa, — e secretamente procurar a estátua com o meu irmão a um grito de distância. Vince empurrou as mãos nos bolsos da frente, seus maciços ombros caídos e um afrouxamento na postura. Uma tentativa óbvia de parecer relaxado


e calmo, mas ela não estava acreditando. Seus olhos se estreitaram dando-lhe distância. Ele não estava nada ok. Muito ruim. — Todo o estresse por nada. — disse ela. — A estátua não está aqui. Claro, se você não acredita em mim, vá em frente e procure na mansão. Basta ter em mente que nós vamos ter que explicar para Lex quem você realmente é e tudo sobre a sua investigação. Conhecendo o meu irmão, ele vai querer saber todos os detalhes e verificar tudo, enquanto deteria você aqui o Senhor sabe por quanto tempo. Vince cruzou os braços e soltou um suspiro longo. Jade fingiu não ouvir. — De qualquer forma, eu não sei o que eu estava pensando, em primeiro lugar, de me preocupar e correr até aqui para procurar aquela estátua. Minha mãe não iria trazê-la aqui. Não se é um item roubado. Não que eu esteja dizendo que ela tem. — ela acrescentou rapidamente. — Mas se ela fez, então não há uma explicação plausível. — Oh, não há? — Seus olhos brilharam. — Ei, ei. — Ela pressionou um dedo em um dos seus braços cruzados. — É da minha mãe que estamos falando aqui. É claro que há uma explicação perfeitamente razoável para o seu envolvimento. Eu posso não saber o que é agora, mas eu prometo a você que não é nada parecido com o que você está pensando. — Ela observou que sua expressão se suavizou. Na verdade, Vince pareceu divertido, suas covinhas adoráveis piscando. Quando ela tinha se tornado o entretenimento? E como ela poderia ficar irada quando ele fazia tão difícil? Ela respirou profundamente. — Ou o que você estava pensando quando nós discutimos seu possível envolvimento. Desta vez, Vince deu uma gargalhada. Observando-o, o som vindo de dentro dele, era raro. Seu interior amoleceu. Ela sorriu. Vince parou de rir ao dizer: — Você terminou? — Sim, uh... na verdade, não. Você vai ter que pedir desculpas a Faith. — Assim como ela esperava, uma risadinha escapou dele. — Estou falando sério,


Vince. Você intimidou ela para lhe dar instruções e ela está regiamente chateada. Você não tem ideia de quanto tempo a senhorita Rainha do Drama guarda rancor. Ela não vai me fazer, ou você, esquecer. Então, por favor, jogue bonito e acalme os ânimos. — Quando ele deu de ombros, ela disse: — Ok, agora eu terminei. — Sente-se melhor? Ela fez uma careta. — O que a maneira como me sinto tem a ver com alguma coisa? Eu estava apenas explicando o estresse que eu tive que lidar para ajudá-lo a encontrar a sua estátua. Isso é tudo. — Vamos lá. — Ele passou um braço em torno do ombro ocasionalmente e levou-a para a casa. — Nós precisamos sair daqui. Quanto à sua mãe, esqueçaa por agora. — Eu gostaria de poder. Dá pra acreditar que ela já não está a bordo do navio de cruzeiro? — Jade não deu à Vince a chance de responder, apenas apertou sua mão, a que pairava sobre seu ombro e pediu-lhe para ir em frente. — Ela ligou para Lex e lhe disse que estava visitando um amigo. Eu não sei o que fazer com isso, mas eu vou continuar tentando o celular dela, até que eu encontre-a. — Sua mãe tinha que dar algumas explicações. Como por que ela pagou por um cruzeiro de duas semanas, quando ela tinha a intenção de desembarcar depois de alguns dias. Jade empurrou os pensamentos de sua mãe de lado e cutucou Vince com o ombro. — Então? Por que você não me diz por que você está com tanta pressa para sair? E por que você está tão tenso? — O pedaço bonito lançou um olhar surpreso que fez ela rir. — É uma coisa óbvia que não é minha direção de improviso aqui que está incomodando você. O que aconteceu? Por um momento ele não falou como se reorganizasse seus pensamentos. — Minha tia finalmente descobriu a identidade do convidado desconhecido na festa - o que o juiz não tinha entrevistado. Ele é um diplomata de uma ilha no Caribe. Preciso encontrá-lo.


Jade parou de andar, seu coração balançando no 'uma ilha no Caribe’. Ela parou de acreditar em coincidências desde que ela conheceu Vince. Agora, ela procurou seu rosto como se tivesse a resposta para suas perguntas. — Qual é o nome da ilha, Vince? — Ela perguntou. — Saint-Noel. — Aimeudeus. O braço de Vince apertou ao redor do ombro, a cabeça mergulhando para que ele pudesse olhar para o rosto dela. — O que foi? — Minha mãe. Ela está em Saint-Noel, Vince. O velho amigo da faculdade que ela está visitando é de Saint-Noel. — Ela podia ouvir as engrenagens girando em sua cabeça enquanto ele absorvia a informação. — E então? — Você já conheceu este amigo dela antes? Jade balançou a cabeça. — Não, mas isso não significa que ele não existe. Mamãe poderia ter se comunicado com ele todos esses anos, nunca cheguei a visitá-lo, ou ele poderia ter apenas se mudado para lá. — Isso saiu defensivo, mas dane-se, em seu coração, ela ainda esperava que sua mãe fosse inocente. Infelizmente, alguma coisa sempre acontecia para minar suas convicções. Jade engoliu um nó na garganta e respirou fundo. Ela prometeu a si mesma que encararia a realidade, não importa o custo. — Você acha que há uma conexão? — Eu não sei. — A preocupação atravessou seu rosto enquanto a estudava. — Espero que não, porque o nome do meio do homem é Descartes. Renard Descartes Bouchard. Ele poderia ser meu parente. Sua primeira conversa sobre a estátua brilhou na cabeça de Jade. Ele mencionou que Jacques Descartes era o seu ancestral e o proprietário original da estátua. Pela sua expressão, ela não poderia dizer se ele estava animado sobre o encontro de um parente perdido ou não. — O que sua tia disse sobre ele?


— Nada. — Vince transferiu a mão no fundo das costas e dirigiu-a de volta para a casa, de novo. — Na verdade, quando falamos, ela soou estranha. Eu preciso falar com ela antes de localizar Bouchard. Algo na voz de Vince lhe disse que não estava mais nisso. Jade mordeu o lábio, enquanto se perguntava se deveria fazer a pergunta queimando a língua. Ah, sei lá. Ela estava profundamente nesta investigação dele e ela poderia muito bem soltar sua ira com questões pessoais. — Você acha que ele está atrás da estátua? Quero dizer, já que ele é um Descartes, ele pode ter alguma reclamação sobre ela. Vince balançou a cabeça, com o olhar fixo à frente. — Eu duvido. Ela foi dada para o nosso lado da família, não dele. De qualquer forma, ele poderia ser um parente distante perdido tentando se reconectar com a gente. Whoa. ‘Nosso lado da família’? Ela teve a nítida impressão de que ele não quer ser associado com o juiz. Talvez entrar em contato com este homem não tinha nada a ver com a estátua. O que quer que sejam suas razões, Vince parecia bastante determinado. — Então você deve encontrá-lo. — Jade apertou-lhe a mão, enquanto eles vieram parar ao lado de seu carro. A mão de Vince derivou para cima para dobrar um fio de cabelo que tinha escapado de seu rabo de cavalo atrás da orelha. Ar lutava para escapar de seus pulmões quando seus dedos roçaram sua pele sensível e seu estômago se agitou. — Talvez eu tenha que adiar a nossa noite do jantar, Jade. — Ele procurou o rosto dela, com a mão cobrindo seu rosto. — Diga-me que você entende. Eu quero passar mais tempo com você, mas— Shhh. — Jade cobriu a mão com a dela e engoliu seu desapontamento. Ela olhou para a frente, para esta noite. Não só para aprender mais sobre ele, mas para o que poderia ter seguido. Como ela disse, a vida adorava jogar suas bolas em curva. — Está tudo bem. É mais importante encontrá-lo então-


— Não é. — ele interrompeu com firmeza. — Mas a estátua está sumida por duas semanas agora. Você mesmo me disse, quanto mais tempo leva-me a descobrir o que aconteceu, menor a chance que tenho de realmente encontrá-la. Eu falei com todo mundo na festa naquela noite, exceto Bouchard. — E a minha mãe. — acrescentou Jade, resignando-se com a verdade. — Sim, e sua mãe. — Sua voz se suavizou, e ela podia jurar que havia um vislumbre de ternura na profundidade de seus olhos. Ou talvez tenha sido uma ilusão, porque quebrou o contato visual quando ele baixou a cabeça. — Eu vou fazer isso para você mais tarde. — ele sussurrou em seu ouvido. A emoção de antecipação deslizou por sua espinha na promessa gutural. Agora tudo o que ela tinha a fazer era agir como se estivesse acostumada com homens sussurrando intenções lascivas em seus ouvidos. Jade lançou-lhe um sorriso brincalhão e esperava que ele não pudesse ver passar sua bravata. — Eu vou ter certeza de que mantenha essa promessa. Uma risada escapou dele pouco antes de ele virar a cabeça para esfregar seus lábios nos dela. De um canto de sua boca para o outro, as pequenas pinceladas brincaram. Mas cada curso começou uma faísca dentro dela. Então ele agarrou a parte de trás de sua cabeça e magistralmente puxou para mais perto, moldando seu corpo ao dele. Uma onda de sensação transformou as faíscas em uma bola de fogo gigante. Seus lábios cobriram os dela, a língua deslizou por seus lábios para saborear sua pele interna, sensível. Jade suspirou. Descaradamente, ela inclinou-se para tomar tudo o que ele oferecia. A sensação e o gosto de sua língua enviou uma explosão de necessidade por ela. Isso era o que estava faltando em sua vida, e pela primeira vez, ela ia ser gananciosa. Não haveria nenhuma parada até que ela estivesse satisfeita. Felizmente, ele também, e não olharia para ela com a decepção depois. Isso destruiu totalmente a ela. Uma vez foi o suficiente.


Empurrando os pensamentos feios de lado, Jade chegou até a bloquear os braços em volta de seu pescoço, e puxou-o para mais perto. Vince arrastou-a mais contra seu corpo até os dedos dos pés mal tocarem o chão. Seus beijos, quentes e possessivos, arremessou-a em linha reta em uma névoa intemporal de sensações e necessidades. Pálpebras fechadas, com os joelhos tremendo, ela desligou na cara da vida, sem se importar que seu irmão pudesse estar assistindo. Nada mais importava, além dessa paixão que tudo consome. A investigação de Vince, sua mãe, o arrombamento na casa dela, tudo tornou-se secundário para a primal verdade - a química entre eles era real, quente, e deslumbrante. Cada célula de seu corpo gritava por ele, cada batida do seu coração respondeu a ele. Muito cedo, o beijo aliviou, mas ela não se importava. Ele se concentrou em seu lábio superior, depois inferior. Choveu quentes, beijos suaves ao longo de sua mandíbula, e em sua garganta. A cabeça de Jade caiu para trás quando ele mordeu o lóbulo da orelha. Um instante depois, ele levantou a cabeça, seu olhar quente. — Hoje à noite. Não importa o que aconteça, eu vou voltar para você. Na parte de trás de sua cabeça, ela sabia que ela deveria explicar sobre a festa de hoje à noite, mas ela não podia colocar palavras em sua boca. Talvez mais tarde. Em vez de tentar falar, ela balançou a cabeça como uma boneca de cabeça de mola. Ela não queria saber sobre o olhar em seu rosto, mas a partir da necessidade nua gravada nas características e nos olhos de Vince, ela sabia que o tinha. Tinha muito.

*** Pé no pedal do acelerador, Vince esperava que algum guarda de trânsito com excesso de zelo não o apanhasse enquanto ele estreitava a distância entre ele e Jade. Mais cedo, quando eles pararam na casa dela para pegar suas coisas


e ouvir a mensagem de Cohen, ela disse a ele sobre a festa. Um jantar para arrecadar fundos que seu tio estava dando para o seu pai e seu companheiro de chapa, Wilkinson. Por um lado, ele estava aliviado por saber que Jade estaria ocupada até que ele se juntasse à ela. Mas, ao mesmo tempo, ele juntou isso ao fato que o juiz ainda estava lutando por sua vida, mas os organizadores não tiveram escrúpulos em ir em frente com sua agenda política. Nojo tomou conta dele. O que estava errado com ele? Depois de expor os senhores da guerra e líderes corruptos, convém saber que lealdade significava 'tomar' na política. Então, o pai estava sendo desrespeitado? Não era da conta dele. O homem nunca se preocupou com ele ou quis ter nada a ver com ele de qualquer maneira. Era justo que se sentisse da mesma maneira. Vince respirou fundo para aliviar a pressão sobre o peito. Não funcionou. Depois de todos esses anos, ele não poderia ainda se preocupar com seu velho. De jeito nenhum. Concordar em ajudar a recuperar a estátua tinha sido uma péssima ideia. Voltar para Los Angeles, onde a coisa toda aconteceu, era completamente estúpido. Assim que ele chegasse à estatueta maldita, ele estava indo para casa. Voltar para sua ilha. Voltar ao normal. O beijo que ele tinha trocado com Jade flutuava em sua cabeça, e Vince tomou mentalmente um passo para trás. Jade, com seus olhos bonitos e suaves suspiros, ela poderia vir a ser um problema. Ele tinha acabado de se certificar de que ela não iria. De jeito nenhum ele seria chicoteado como o pai. Vince saiu para a rua. Só mais alguns blocos. Seu olhar foi para o relógio no painel. Vinte minutos para sete. Ele deveria estar lá antes da limusine pegar Jade. Mas se não, ele estava em apuros. Ele deveria comparecer à festa de hoje à noite, não importa o quê. A festa de hoje à noite era um black-tie, evento somente para convidados. A ideia de usar o nome de seu pai para entrar passou por sua cabeça.


Infelizmente, isso poderia atrair atenção indevida, que era a última coisa que ele precisava. Ele tinha a intenção de pegar Renard Bouchard indefeso. Toda vez que ele pensava na porcaria que as pessoas de Bouchard puxaram esta noite, o sangue de Vince fervia. Duas horas de espera e planejamento, e tudo o que tinha para mostrar para ele era um pequeno acidente. Um pequeno acidente perfeitamente executado. E o desgraçado responsável, um dos guarda-costas de Bouchard, teve a coragem de sorrir antes de ir embora. Vince cerrou os dentes e apertou sua mão no volante. Um para Bouchard. Dois, se ele contasse o arrombamento na casa de Jade. Não ia ter um terceiro incidente. Seu intestino disse a ele que Bouchard era um atrás da estátua. Ele suspeitava disso antes de Jade mencionar anteriormente, mas tinha dado ao homem o benefício da dúvida por causa de alguma lealdade familiar injustificável. Apenas veio a provar que ele deve sempre confiar em seu instinto. Esse sexto sentido dele o tinha tirado de verdadeiros lugares apertados ao longo dos anos. As poucas vezes que ele ignorou, ele desembarcou em situações idiotas totalmente merecidas. Rastrear Bouchard em sua embaixada tinha sido muito fácil. Mas conseguir passar o guerreiro da Amazônia e seus assistentes na recepção tinha acabado por ser uma tarefa intransponível. Quanto à besteira sobre Bouchard ter um calendário apertado e sem abertura para um compromisso até a próxima semana, ele não comprou isso. Não tinha acreditado quando o seu guerreiro lhe dissera, daí o incidente. Esqueça a próxima semana. Ele e Bouchard estavam se enfrentando esta noite. Vince parou fora de seu apartamento e ficou aliviado ao ver as luzes acesas na sala de estar. Sem limusine estacionada lá fora também. Boa. Agarrando sua mala de roupas, ele saltou do carro e correu para a porta da frente. Ele abriu a porta e entrou. — Jade?


Não havia nenhum sinal dela na sala de estar. Ele contornou o sofá e uma mesa lateral, e dirigiu-se para os quartos. Ele bateu suavemente na porta do quarto, gritou o nome dela, mais uma vez, e inclinou a cabeça para ouvir uma resposta ou movimento. Nada. Vince pendurou o saco de roupa por cima do ombro esquerdo, estendeu a mão para a maçaneta com a mão direita e se virou. A primeira coisa que notou foi a parafernália de cabelo espalhados sobre a cama. Em seguida, o banheiro se abriu e Jade entrou no quarto. Ela soltou um suspiro assustado quando o viu, suas mãos foram para fechar as lapelas de seu roupão de banho. Mas não antes de ver seus belos seios exuberantes, calcinhas rendadas pretas, e uma cinta-liga correspondente. Uma carga de consciência sexual surgiu através dele. — Bati e chamei o seu nome. — disse ele sem jeito quando ele sabia que seria melhor e mais sábio, sair de seu quarto e deixá-la terminar de se vestir. Mas seus pés ficaram enraizados. — Eu estava no... — Sua voz foi sumindo e ela virou a cabeça para indicar o banheiro. — Eu não estava esperando você. — Eu sei. — Vince estudou, a maneira como ela o observava com cautela. Ela tinha todos os motivos para isso. Pensamentos de Bouchard haviam recuado muito para o fundo. Algo selvagem e louco estava solto em suas veias, um ardente desejo de tomá-la. Quinze minutos, não havia muito pra cercar, mas ele queria fazer. — Eu quero levá-la para a festa. Seus olhos se iluminaram. — Oh. Ok. — Nós não poderemos estar lá por muito tempo. — Só o tempo suficiente para que ele cumpra seus objetivos, mas, as coisas mais importantes primeiro. Vince entrou no quarto e jogou o saco de roupa em cima de sua cama. Os olhos de Jade se arregalaram, seu olhar correndo do saco e, em seguida, de volta para ele. Sua boca se abriu e fechou enquanto ele se aproximava.


Menina esperta. Linda, graciosa, e por vezes irracional, mas muito malditamente inteligente não reconhecendo suas intenções. Com outra mulher, ele teria ido para os movimentos, jantar à luz de velas obrigatório, vinho e música suave, a sedução é claro, meticulosamente planejado com um objetivo prazeroso em mente. Com Jade, o seu comportamento normal significava ser perfeito. Sim, ele queria seu corpo, mas como sua mente funcionava foi o que a fez prendê-lo, fascinado, também. Esse era um território novo para ele, que era completamente inquietante. Não havia plano para o que esperar entre eles. Nenhum manual a seguir. Não que ele se importasse. Ele queria ir com o fluxo, deixá-la exercer seu poder sobre ele. Vince parou na frente de Jade, o cheiro dela batendo nele. Florido e exótico, intoxicante como ela. Ele estendeu a mão e girou o fio de cabelo pendurado ao longo de sua bochecha em torno de seu dedo, seu olhar em seu rosto. Olhos exóticos olhavam para ele através de cílios luxuosos escuros. Lábios entreabertos, melados e cintilantes, chamando-o. Será que o olhar de seu espanto sempre regia homens ou era só ele? — Você está linda. Um sorriso tocou seus lábios. — No meu roupão? Não importava o que ela usava. — Oh, sim. Eu amei o que você fez com o seu cabelo. — Obrigada. Eu, uh... não deveríamos estar nos arrumando? Ele observou a forma como seus dentes brilharam entre os lábios brilhantes. Ela já tinha aplicado maquiagem. Não que ela precisasse. Seus olhos castanhos eram fascinantes, sem as sombras, os lábios atraentes sem a cor adicionada, e sua pele de granulação fina e macia. Vince segurou seu rosto. — Eu estou pronto. — Ele estava sempre? Sua ereção pulsava impiedosamente. Em seguida, ela lambeu seu lábio inferior mais cheio, apenas um breve piscar nervoso, e ele era um caso perdido. Desejo esvaziou de seu


estômago, tornando-se difícil respirar. Ele tinha que prová-la agora ou enlouquecer. Vince baixou a cabeça, inalando seu aroma aquecido pelo calor sensual de seu corpo. Ou era o cabelo dela? Não importava. Ela cheirava celestial. A outra mão dele caiu em sua cintura para puxá-la para mais perto. Jade se inclinou para trás, com as mãos segurando os braços de apoio. — Vince, eu não acho que nós temos tempo... — Seu protesto morreu quando ele mordiscou a orelha. Em vez disso, ela soltou um gemido suave, música para seus ouvidos. — Você quer que eu pare? — Perguntou ele, rezando para que ela dissesse que não. — Basta dizer a palavra.


CAPÍTULO 15 Segundos se passaram enquanto Vince esperou pela resposta de Jade, no entanto, pareceu uma eternidade. Ela mordeu o lábio inferior cheio, desejo e indecisão claro em seu rosto bonito. Sua mão apertou ao redor da cintura dela, a vontade de beijá-la e tomar o assunto de sua mão aumentou para ele. Infelizmente, ele percebeu como ela era arisca quando se tratava de qualquer coisa sexual. Ele não podia se dar ao luxo de estragar isso, agindo como um idiota imaturo. — Diga-me o que você quer, querida? — Sua voz saiu rouca. Ela estendeu a mão para tocar seu rosto, fazendo sua pele formigar. — Devemos comparecer a esta festa. — ela sussurrou. — Eu sei. Um beijo, então eu vou embora. Eu prometo. Ela riu, esfregando as costas de sua mão sobre sua barba incipiente antes de passar um dedo em seus lábios. — Você não percebeu que um beijo entre nós sempre se transforma em algo maior? — Eu não estou reclamando. — O som da risada dela bateu nele como uma onda, fazendo seu estômago doer. — Nem eu. — Ela descansou a palma da mão contra o peito dele, ficou na ponta dos pés, e pressionou seus lábios contra os dele. O beijo hesitante fez Vince estremecer. Uma volta de sua língua, então ela se inclinou para trás. — Pronto.


— É a minha vez. — disse ele em uma voz gutural que não reconheceu como sua. Ele queria que ela sentisse toda a gama de sua paixão, e sucumbisse a ele voluntariamente. Seus olhos fcaram redondos, ela agarrou seus braços. — Você prometeu— Apenas um beijo. — Sua cabeça voou para baixo e ele reivindicou seus lábios. Ao mesmo tempo, ele a puxou contra seu corpo duro. Afundando a mão em seu cabelo, ele enfiou a língua por seus lábios para explorar as maravilhas úmidas, acetinadas do interior de sua boca. O sabor dela, doce e exótico, o deixou tonto. Seus braços subiram para circundar seu pescoço e o apertaram. Ele sentiu os tremores passarem através do corpo dela, tal como o seu. Habilmente, ele arrastou para a frente, meio transportando e meio arrastando-a, até que ela estava de costas contra a parede. Ele se preparou, as pernas ligeiramente afastadas, enquanto aprofundava o beijo. Sua fome era tão chocante e inesperada, a sua resposta desenfreada tão emocionante. Ele saqueou sua boca como um homem faminto. O sangue rugia em seus ouvidos. Suas mãos tremiam como um adolescente à beira de seu primeiro encontro sexual. Vince pegou a gola de seu roupão e o separou. Ela suspirou contra sua boca, seus seios desenfreados derramando-se. Do canto do olho, viu um monte perfeito. Linda. Suculenta. Feito para ser amamentado. Ele pegou-o e esfregou, apertando o mamilo enrugado com os polegares. A qualquer momento, Vince esperava que Jade fosse endurecer, afastálo, ou dizer-lhe para parar. Ele iria matar-se, uivar como um cão raivoso, mas ele iria respeitar seus desejos. Um protesto surgiu de seu peito quando seus braços caíram de seu pescoço para seus braços. Oh, merda, aqui está.


Mas, em vez de empurrar para longe, os dedos de Jade cavaram em sua carne como garras. Ela arqueou as costas, oferecendo-lhe um melhor acesso aos seus seios exuberantes. Esqueça o beijo. Não era o suficiente. Nunca poderia ser suficiente entre eles. Mas isso não significava que ele não poderia arrastar isto para a eternidade e depois. Ele tinha um saco cheio de truques sexuais só para ela. Ele queria ela no limite, caindo para o outro lado com nada, além do som de seu nome em seus lábios. Ele soltou a boca para trilhar uma linha sensual para baixo de seu peito, saboreando o sabor e a textura de sua pele, seu aroma floral exótico. — Vince. — ela suspirou, sua respiração saindo em jorros, seu peito subindo e descendo rapidamente. — Bem aqui, querida. — Vince enterrou o rosto no vale entre os seios, sensações cruas balançando seu corpo. Nada do que ele tinha experimentado o havia preparado para isso. A sensação dela. Suave. Intoxicante. Ele virou a cabeça, esfregou seu rosto contra ela, em seguida, puxou um mamilo enrugado em sua boca. Jade sacudiu e estremeceu como se cutucada por um fio elétrico. Seus gemidos ficaram ainda mais violentos quando ele roçou seu mamilo com os dentes e acalmou com a língua. O sabor dela, sua resposta apaixonada e absoluta era mais do que ele esperava. Mudou-se para o outro mamilo, suas mãos deslizando para baixo, acariciando sua cintura. Sua pequena calcinha não era barreira para as mãos famintas. Ela era bem-acolchoada - amplos quadris, bunda firme para amortecer um homem. Ele segurou suas amplas nádegas e apertou. — VinceEle mudou de posição, cortando suas palavras com a boca. Ele não podia parar agora. Ele tinha que tocá-la, tinha que fazê-la gozar. Uma mão segurou sua nuca enquanto aprofundava o beijo, enquanto a outra varria em torno de seu quadril, seguindo sua tanga delicada para o ápice entre as pernas.


Suas coxas apertaram juntas em resistência. Aw. Ela não queria isso. O que estava errado com ele? Vince lançou seus lábios para mendigar. — Deixeme, por favor, querida. Eu só quero agradá-la. Mas se você quer que eu pare... — Não. — ela suspirou, pegou o rosto dele, e trancou os lábios com ele. Ela pressionou seus quadris contra sua mão, as coxas tremendo, mas ainda não lhe dando acesso ao que ele buscava desesperadamente. Ok, então ela ainda não tinha certeza se devia confiar nele ou não. Ele poderia trabalhar em torno disso. Agradar uma mulher nunca foi um problema para ele. O problema era que ele queria mais do que isso com Jade. Ele queria a confiança dela. Vince acariciou os quadris de seda, passando a mão para cima e para baixo de suas coxas. A cinta-liga em uma mulher era sexy. Ele traçou o cinto laçado, desejando que ele pudesse voltar atrás e vê-la, tudo dela. Mais tarde. Agora mesmo... Ele mordiscou ao longo de sua mandíbula, o pescoço, a área sensível atrás da orelha, as mãos mudaram de direção, acariciando suas coxas, pedindo sua rendição. Por fim, ela relaxou as coxas tremendo quando elas se separaram. Vince passou o dedo sobre o material fino que cobria suas partes mais íntimas. Ele podia sentir seu calor, sua tanga molhada com seu desejo. Mais uma vez, ele tirou um tempo acariciando-a através da cobertura de seda, dandolhe uma falsa sensação de segurança. Quando seus lábios novamente bloquearam, ele puxou as tiras de lado e trabalhou seu caminho através de cachos de cabelo que escondiam o tesouro. Seu tesouro. Um tremor sacudiu seu corpo quando seus dedos roçaram as dobras de seda. Ela estava quente. Escorregadia. Pronta. Ele queria espalhar a sua largura, explorar seus segredos com a boca, e perder-se tão profundamente nela até que nenhum deles poderia dizer onde um começava e o outro terminava.


Ela fez um som profundo em sua garganta quando as pontas de seus dedos circularam e provocaram as fendas de seu sexo. Vince deslizou um dedo dentro dela, lentamente acariciando suas paredes internas e esfregando o nó sensível com o polegar. Jade se contorceu e gemeu, fazendo-o imaginar que ela estava montando ele e não a mão. Ele empurrou um segundo dedo, empurrando cada vez mais fundo. Seus músculos inferiores apertaram sua mão, seus quadris empurrando e sua respiração engatada. Ela encorajou-o com sons suaves, combinados aos movimentos de suas mãos, balançando e moendo. Ele sabia que ela estava perto quando ela se abaixou, agarrou seu pulso, e empurrou-o contra si mesma. Controlando o ritmo e seu prazer. Ele gostaria de dirigir o espetáculo, mas foi gratificante ver uma mulher que sabia exatamente o que queria e como ela queria. — Fale comigo. — ele parou de beijá-la o suficiente para sussurrar em seu ouvido. Ela apertou os olhos apertados e suspirou: — Sim. — Sim o quê? — Mais fundo. — ela pediu, e ele obedeceu. — Mais rápido. Sim. Oh, sim. — Suas unhas se cravaram em sua pele quando ela agarrou sua mão com mais força, seu corpo vibrando. Vince a imaginou em cima dele, de acordo com ele, contorcendo-se e levando-o mais profundo, implorando por mais. Jade deixou escapar um gemido soluçado, suas coxas apertando ao redor de sua mão. A força de seu orgasmo quase o chupando, também. Os danos causados por suas unhas seriam sérios, mas Vince não se importava. Tudo valia a pena para que a visse se perder. Ela caiu contra ele, ofegando e tremendo, gritando seu nome. Exatamente o que ele queria ver. Sem ser comandada por ele. Ele nunca tinha visto paixão tão crua e real.


Vince acariciou seu pescoço, esperando a onda diminuir. Ele podia sentir seu perfume feminino misturado com seu perfume, uma combinação explosiva para um homem na sua condição. ‘Sua condição’ era a última coisa que ele queria pensar agora. Seu pênis pulsava incessantemente, implorando pela liberação. Ele ignorou as suas próprias necessidades, com o braço forte ao redor de Jade, apoiando seu peso e abraçando-a. Sua respiração tornou-se menos acelerada e as mãos relaxaram, depois caíram. Levou algum tempo antes que ele retirasse a mão de entre as pernas dela. Ele não ficou surpreso quando os músculos inferiores apertaram em torno dele. Seu bebê era tão sensível. Fazer amor com ela ia ser uma experiência. Com o rosto pressionado contra o peito e a cabeça abaixada, tudo o que ele podia ver era a coroa de cabelo na cabeça. Ela empilhou-o em um pão francês com algumas mechas emoldurando seu rosto. Agora tufos de cabelo pendurados sobre os ombros, o rolo ameaçando perder os pinos que prendiam no lugar. Vince deu um beijo na cabeça. — Hey. Jade se aconchegou mais em seu peito, fazendo-o perceber que ela poderia estar com medo de olhar para ele. Inacreditável e fascinante. A mistura de inocência e sofisticação tinha-o totalmente encantado. Ele inclinou a cabeça para roubar um vislumbre de seu corpo. O robe escorregou de seu ombro para revelar um saboroso peito, a curva suave de seu estômago, e uma coxa arredondada lisa. A cinta-liga e meias de seda preta pareciam decididamente sexys contra sua pele. Com ela se contorcendo e se contorcendo, ele ficou surpreso que elas não tinham se soltado. Ele se perguntou se eles poderiam resistir a uma queda na cama. Combatendo a direção de seus pensamentos, Vince ergueu a mão, ainda molhada com o gozo de Jade, à sua boca. — Hmm. Assim como ele esperava, sua cabeça se levantou. Ela olhou para ele, sem fazer barulho, os olhos encantadores cheios de admiração. Agora era uma expressão de milhões de dólares. O tipo para fazer um homem se sentir acima


dos meros mortais. Ele lambeu os dedos, fazendo sons de sucção. — Eu sabia que seríamos muito bons juntos. Eu não posso esperar para a festa em si, uma e outra vez. Quando seus olhos se arregalaram, ele sorriu. Era, obviamente, uma coisa errada a fazer, porque o temor deixou seu rosto e ela lhe lançou um olhar maligno. — Eu acho que vou ter que esperar até mais tarde. — acrescentou. Ela mexeu para criar algum espaço entre eles, agarrou a gola do seu manto, e puxou-os juntos. — Um beijo. Ele não tinha certeza se as palavras foram dirigidas a si mesma. Elas soavam muito parecidas com uma recriminação. Ele odiaria que ela se arrependesse do que tinha acontecido. Ele deliberadamente escolheu entender mal. — A culpa é minha. Eu me empolguei. Mas, você mesmo disse. Nossos beijos tendem a explodir eO som da campainha interrompeu. Os dois se viraram para olhar para a porta do quarto. — A limusine está aqui, eu acho. — disse Vince. Jade ficou tensa. — A festa do jantar. Eu esqueci. — Sua mão foi para seu cabelo, em seguida, caiu para empurrar seu peito. — Vá até ele. Diga a ele para nos dar... — Sua voz sumiu quando seu olhar se desviou para baixo de seu corpo. — Oh meu. Vince seguiu seu olhar para sua ereção latejante e fez uma careta. Sim, seria preciso um milagre para fazê-lo decente. Ele odiava banhos frios e, sentiase decepcionante raso após se masturbar. Mas, com a imagem do corpo exuberante de Jade em sua cabeça, os sons de seus gritos ainda soando em seus ouvidos, e o delicioso sabor dela em sua boca, isso só poderia ser suportável. — Você precisa que eu, uh, cuide de suas necessidades? — Ela perguntou em um sussurro ofegante.


Ele olhou para cima e seus olhares conectaram-se. Ela parecia tão culpada que ele estava tentado a aceitar sua oferta. De jeito nenhum. Vince balançou a cabeça. Sem rapidinhas com ela. Ficar até o amanhecer poderia aliviar, mas ele precisaria de várias noites para ter suas necessidades atendidas. — Só se estiver ficando aqui, querida. Uma vez que não está, ele pode esperar até mais tarde. — A campainha tocou novamente. — Eu vou cuidar disso. — Ele caminhou até sua cama e pegou seu smoking. — Você tem certeza? Eu posso falar com o motorista. Ele se virou, o saco de pano no braço, escondendo seu tesão. — Veja. Ele não vai notar nada. Por que você não acaba de ficar pronta? Eu devo acabar em 15 minutos ou menos. — Ele atirou-lhe um último olhar, lembrando-se da paixão persistente em seus olhos, seu cabelo levemente despenteado e os lábios inchados. Ele lutou contra o desejo de levá-la de volta em seus braços e nunca mais sair da sala, por alguns dias. Os sacrifícios que se tem de fazer. Aquele desgraçado do Bouchard, melhor que esteja na festa. Jade assistiu ao jogo de emoções no rosto de Vince com interesse e, em seguida, preocupação. Para um homem que tinha apenas alguns momentos atrás, segurado-a como se ele não quisesse deixá-la ir, ele pareceu chateado. A campainha tocou novamente, levando-o a arrancar a porta do quarto e entrar no corredor. Jade soltou a respiração que não sabia que ela estava segurando. Homens. Quem disse que eles eram fáceis de entender estava tão errado. Vince era tal contradição, tão complexo. Um minuto frio e distante, ao lado de calor quente o suficiente para tirar roupas de uma mulher com seu olhar. Um suspiro escapou. Melhor focar em algo mais simples, como os sentimentos dela. Jade tomou medidas provisórias para sua cama. Seus joelhos vacilantes, o cerne sensibilizado entre as coxas, e a umidade em sua tanga, tudo lhe lembrava o que tinha acontecido. Ela tinha explodido. Não, implodido. Seu primeiro entorpecente, ondulante, me-faz-querer-morrer, orgasmo.


Ela sentou-se à beira da cama, seu olhar varrendo as paredes do quarto - maçante bege e carpete, e uma listrada igualmente sem inspiração, edredom verde e bege. Essa plana sala triste, mas ela teve um de seus momentos mais fantásticos da terra nela. Contra a parede, nem menos. Suas orelhas esquentaram quando lembrou seu comportamento imprudente. Dirigiu Vince sobre o que ela queria. Guinchando como uma alma penada. O que tinha acontecido com ela? Juro por Deus, ela deveria ter vergonha de si mesma. Um riso escapou de seus lábios. Não, ela não poderia ter vergonha se ela tentasse. O riso se transformou em gargalhada desabrochada, o som reverberando ao redor das paredes. Se não fosse pela parafernália de cabelo na cama, ela iria rolar em cima dela e chutar os calcanhares no ar com alegria. Impertinente, Jade impertinente. Mas hey, ser impertinente era muito mais divertido do que ser sisuda, obcecada por sua arritmia, ou viver através das heroínas em seus romances, as façanhas de seus primos, e anedotas de solteira dos amigos. Ela nunca se sentiu mais viva do que agora. Uma coisa boa que isso foi apenas o começo. Outra risadinha escapou dela apenas quando pegadas de Vince pareciam estar fora de sua porta. Ela bateu com a mão sobre sua boca. — Você está bem aí, gata? — Perguntou. Jade balançou a cabeça, em seguida, percebeu que ele não podia vê-la através da porta. Ela deixou cair sua mão. — Eu estou bem. Vou sair em um segundo. — Não tenha pressa. Eu vou estar dirigindo. Sim, esse era o seu homem. Vince, ela estava aprendendo rapidamente, não gostava de depender de outras pessoas. Ele era um típico cara ativo. Hmm, e essas mãos talentosas que ele tinha. Então, preocupado em satisfazê-la e nem sequer pediu nada em troca. Tal generosidade era humilhante. Ternura caiu


sobre ela, transformando seu interior em gosma. E nem pela vida dela, ela não conseguia parar de sorrir. Ok, já basta. Ela estava começando a agir como uma idiota. Respirando fundo, Jade se levantou e foi ao banheiro. O rosto olhando para ela do banheiro não era o de uma idiota. A devassa era mais parecida com ela. Nenhuma maquiagem poderia esconder os lábios inchados ou o olhar complacente e satisfeito em seus olhos. Faith daria uma olhada para ela e saberia o que ela estava fazendo. Quando chegasse à festa estava certo que iria apertá-la. Quem se importa? Deixe o mundo inteiro saber. Jade pegou sua bolsa de maquiagem e começou a consertar seu rosto. Em seguida foi o cabelo. Em vez do toque francês, ela escovou e usou um ferro de ondular para criar cachos soltos. Finalmente, ela deixou cair o roupão e estudou seu corpo quase nu. Seus mamilos ainda estavam enrugados, lembrando-a de Vince mamando sobre eles, e vergões fracos marcavam o lado do vale de seus seios. Vince tinha arranhado com sua barba incipiente, que erótico. Ainda assim, ela teria que cobrir as marcas. Tinha que haver um limite para o que ela poderia mostrar para o mundo. Ela tirou o biquíni fio dental e acrescentou às roupas já usadas antes. Tangas eram desconfortáveis para começar, mas ter uma esfregando a área sensível entre as coxas toda a noite seria absolutamente insuportável. Ela pegou um par de calcinhas de seda normais e fez uma pausa, uma ideia se formando em sua cabeça. E se... Não, ir nua era muito ousado. Definitivamente não é a sua coisa. Ela empurrou uma perna através das calcinhas e, mais uma vez, parou. Quem deve decidir quando e como ela se comporta? Eu. Jade olhou para a calcinha, em seguida, virou-se para olhar para a renda dourada do vestido de chiffon. Ela


poderia ousar? Ela não teria que se preocupar com linhas de calcinha e ninguém saberia. Ela empurrou a calcinha de volta na bolsa, e pegou o sutiã preto. Uma vez que ela colocou-o, ela escorregou no vestido dourado. O chiffon interlaçou no busto reunido e o decote V exibia seu decote atraente. As alças finas mostravam os ombros e os braços suaves. A saia até o chão cheia de rendas de ouro sobrepostas abraçavam os quadris e espumava a seus pés. Por último, brincos gotas de diamante e colar de esmeralda de sua mãe. Ela estudou seu reflexo. Hmm, não estava ruim. Sua cintura parecia menor, seu busto mais proeminente do que o habitual, e sua bunda... não adianta ir lá. Mas as esmeraldas adicionavam apenas o traço direito de cor dramática necessária ao vestido. Ela não podia esperar para ver a expressão de Vince. Jade calçou sandálias pretas, pegou a bolsa combinando e a capa dourada, e correu para a porta. Ela abriu-a para encontrar Vince encostado na parede oposta, parecendo delicioso em um smoking. — Você está lindo. — disse ela antes que pudesse pensar. Calor se arrastou até seu rosto quando ele riu. — Essa é minha fala. — Sua leitura era lenta, demorando-se em seu peito. — Definitivamente vale a pena esperar. — Ele se inclinou com cara feia para a região em torno de seu peito. — Mas essas joias não podem ser compartilhadas com o público. Jade piscou. — O que você está falando? As esmeraldas são seguradas e— Tenho certeza de que elas são. — ele interrompeu, em seguida, passou um dedo pelo seu decote, fazendo com que Jade recuperasse o fôlego. — Eu estava falando sobre isso. Sinto muito sobre as marcas. Eu vou ter cuidado da próxima vez ou fazer a barba antes de tocar em você. Jade percebeu que ele estava falando sobre seus seios e as marcas que tinha deixado em sua pele. Ela baixou o rosto para verificar. Oh merda. Ela tinha


feito um trabalho desleixado de cobrir os vergões. — Eu preciso reaplicar base de cobertura e— Oh, não, você não vai. — Ele passou a capa duas vezes sobre os ombros com as pontas penduradas na parte de trás, de forma eficaz sem deixar a pele visível abaixo do queixo. Antes que ela pudesse reagir, ele colocou a mão na parte de baixo das costas e empurrou-a para a frente. — Nós já estamos atrasados. Então ele pensou que ela estava mostrando muita pele. Difícil. Espere até que ela lhe informasse que ela estava sem calcinha. Ela puxou a capa e deixoua cair naturalmente sobre os ombros, seu decote exibido. — Você sabe que está tudo bem, se estamos elegantemente atrasados. Tio Hank não vai se importar. — Mas eu vou. — Ele fez uma careta para o peito, em seguida, pegou as chaves, e levou-a até a porta. — Vou me encontrar com Bouchard lá hoje à noite. — Oh. — Porque ele não soava emocionado sobre isso? — Eu não sabia que você tinha encontrado ele. Quando você organizou tudo isso? — Eu não. Eu descobri sobre seus planos para a noite por acidente. Não é à toa que ele veio escoltá-la para a festa. E ela, em seu romantismo, num momento carente, tinha assumido que ele não podia esperar para estar ao seu lado. O que era um infortúnio. — Você o viu esta tarde, também? — Não. Fui informado de que era impossível sem uma hora marcada. Afinal de contas, ele é o embaixador de Saint-Noel para os Estados Unidos. Jade ouviu Vince, mas sua atenção estava em seu carro. — Oh meu Deus, Vince. Há um amassado em seu carro. — Sua cabeça se voltou em direção à ele, seus olhos procurando o rosto na luz do sol que desaparecia, seu pulso irregular. Ele foi ferido? Ela já tinha visto o rosto dele, tocou e beijou-o, apenas há uns momentos atrás. Ainda... Ela tocou em seu braço, fazendo-o parar de andar e olhar para ela. — Você está bem? Você não está ferido, está? — Não, eu estou bem.


Ele abriu um sorriso, e o tempo diminuiu. Tudo correu embaçado, o rosto encheu a visão - os olhos cinzentos penetrantes sob barras arrogantes nas sobrancelhas, o nariz em negrito, e aquelas covinhas, oh-tão adoráveis. Não exatamente pronta para ouvir o que sua voz interior lhe dizia, Jade engoliu. — O que... o que aconteceu? — Sua voz saiu esganiçada, seu cérebro ainda com neve. — Um dos capangas de Bouchard 'bateu em mim’. — Ele a pegou pelo braço, levou-a até o banco do passageiro da frente do SUV, e abriu a porta. Estavam os sons de carros, vozes e música dos apartamentos vizinhos artificialmente mais altos do que o habitual? Obrigou-se a concentrar-se na sua conversa. — Por quê? — Ela não esperou por sua resposta. É claro que ela sabia o porquê. — Eu estava certa, não estava? Ele é o cara atrás da estátua. Vince concordou. — Venha. Precisamos ir. Jade não poderia fazer-se entrar no carro, o olhar fixo no rosto. Como ele poderia soar tão calmo enquanto o pânico e a raiva agitavam suas entranhas? Ele poderia ter sido seriamente ferido. — Isso foi um atentado contra sua vida, Vince? — Claro que não. Sua resposta foi um pouco rápida demais para o seu gosto. Ela olhou para ele. — Como você sabe? — Eu apenas sei. — ele estalou e Jade se retraiu. Ele deve ter notado sua resposta. — Sinto muito, mas ficar aqui dissecando os motivos do homem é inútil. Precisamos de provas. E eu não posso obtê-las quando ele está no clube e estamos aqui. Podemos ir agora? Por favor? Jade entendeu a causa de sua maldade, mesmo que ela não gostasse disso submetido à ela. No entanto, ela não ia fazer um grande alarde sobre ele. Ela tinha outras coisas para se preocupar.


Ela deslizou em seu assento, sua mente correndo. Se Bouchard era um atrás da estátua, consequentemente, era o responsável pelo roubo em sua casa, a morte de Cohen e a tentativa de enquadrá-los por isso. O francês para quem Hudson trabalhava estava, provavelmente, na folha de pagamento de Bouchard também. Ela engoliu em seco com o pensamento de estar na mesma sala com um homem tão cruel ou reunindo Vince com ele. Sua mãe estava em seu país fazendo Deus sabe o quê. Ela deve ser avisada. Mas como? Se ela pudesse retornar suas ligações. Vince se acomodou ao volante e ligou o carro. — Qual é o caminho mais rápido para esse, uh, Carrere Club? — Há apenas um caminho a partir daqui. — Ela rapidamente deu-lhe as instruções e, em seguida, sentou-se, um silêncio pesado se estabelecendo entre eles. Ela não queria se preocupar ou entrar em pânico, ou ser uma dor na parte traseira, mas ela tinha que saber de tudo. Era a única maneira de parar o medo que lentamente subia o peito paralisando-a. Jade mudou para que ela enfrentasse Vince. — O que aconteceu hoje à tarde? Ele esperou até que eles estavam correndo pela Santa Monica Boulevard antes de falar. — Eu soube por minha tia sobre a posição elevada de Bouchard e a localização de seus escritórios em Los Angeles. Sua residência principal é em Washington DC, mas nos últimos meses, ele tem passado muito tempo aqui em LA, faz sentido, já que ele está atrás da estátua. Ele mudou de pista e entrou na West Sunset Boulevard. — No começo, seu pessoal foi muito educado e simpático, mesmo depois que eu expliquei que eu queria ver o embaixador por uma questão pessoal, mas não tinha hora marcada. Isso logo mudou, uma vez que fizeram um telefonema. Ou Bouchard estava me esperando e tinha informado sua assessoria pessoal sobre o que fazer ou tinha câmeras apontadas para seu lobby. Disseram-me para sair


imediatamente. Eles chamaram a segurança para me expulsar de seus escritórios. Jade não sabia por que ele parecia divertido. Não havia nada de engraçado sobre a sua história. — Então o quê? — Uma vez que eles não poderiam me deixar entrar, eu estava mais determinado do que nunca para vê-lo. Nada de novo lá, homem teimoso. Jade balançou a cabeça. — Deixe-me ver se eu posso preencher os espaços em branco - você esperou, tentou emboscálo, mas seus seguranças desfizeram seus planos. — Você tem um jeito com as palavras, querida, mas sim, certamente resume tudo. Exceto que meu plano era segui-lo até a sua residência. Depois, eles protagonizaram o acidente, um dos guardas tentou me seguir para casa. — Ele deve ter ouvido-a ofegar. — Não se preocupe. Eu dei-lhe o deslize. — ‘Não se preocupe’, diz ele. Ha. — Apesar de sua resposta alegre, dedos frios se arrastaram até sua espinha, um sinal claro de que ela tinha todos os motivos para ter medo. Algo sempre deu errado em sua vida, sempre que ela se sentiu assim - o dia em que seu pai morreu e quando seu ex a abandonou. Algo desagradável estava no ar. Seus pensamentos balançaram de volta para a mãe. Ela deve encontrar uma maneira de chegar até ela. Vince pegou a mão dela e apertou. — Eu vou pegar o bastardo, Jade. — Claro. — Ela odiava que ela tão desesperadamente queria acreditar nele, e ela sentiu todo interior morno e distorcido, porque eles estavam de mãos dadas. Ela devia estar concentrada no sentido oposto, pelo amor de Deus. Ou pedindo-lhe para deixá-la sair de seu carro amassado. Ser uma otária era algo que ela tinha jurado nunca ser depois do casamento. Risque fora o fato de que Vince fez sentir-se sexy, bonita, e viva pela primeira vez em anos. Além disso, ele precisava dela esta noite. Não havia maneira de os guardas deixá-lo passar através dos portões de Carrere Club sem ela.


Então algo aconteceu com ela, alimentando seus temores. — Vince, como embaixador, Bouchard é invulnerável. Ele tem imunidade diplomática. — Eu sei. Por que ele não parecia preocupado? Bouchard poderia fugir com o assassinato. Sim, Olá, ele já estava ficando impune – de Cohen. E o juiz estava mal realizado. Ela puxou a mão de Vince para chamar sua atenção. — Não vai ser fácil falar com ele hoje à noite, você sabe. Ele pode ter os seus homens misturando-se com os convidados, prontos para fazer a sua vontade. Talvez você deva esquecer esta noite e conversar com Eddie primeiro. Ele já sabe o que está acontecendo. — O que poderia possivelmente fazer seu primo? Nenhuma agência de aplicação da lei pode tocar Bouchard. — Seu aperto aumentou em torno de sua mão. — Ouça. Conheci homens como ele quando eu era um repórter. Número incontável deles. Eu fiz com que o mundo soubesse das suas obras. Se Bouchard é culpado, nada vai me impedir de expô-lo. Jade suspirou. Ela estaria mentindo se não admitisse que sua veemência era um pouco reconfortante. Só um pouco. Inteligentes, homens duros como Bouchard eram imprevisíveis, uma lição que aprendeu quando ela descobriu as falsificações dos artefatos maias. Sem entender os motivos do homem, Vince poderia muito bem estar tateando no escuro. Medo por ele fechou ao redor de seu coração e apertou. Como se consciente de seus pensamentos, Vince disse: — Eu sei que as coisas parecem incertas e um pouco assustadoras agora, mas eu prometo a você, eu não vou deixá-lo fugir com a porcaria que ele tem puxado nos últimos dias. Jade balançou a cabeça. — Eu não estou preocupada com ele e o que ele fez, seu bobo. Eu estou preocupada com você. O que ele pode fazer para você. — Vamos lá, querida.


— Não, Vince. O homem sabe que você está em cima dele. Correndo fora da estrada e enquadrá-lo por um assassinato que não cometeu, ambos não conseguiram impedi-lo de ir atrás dele. Você viu o que o pessoal fez com Cohen. E se...? — Sua voz se quebrou com o pensamento de que algo aconteça a ele. Senhor, ela o encontrou. Ela recusava-se a perdê-lo, não para aquele louco. — Jade. — Não, não me chame neste tom condescendente. Tenho certeza de que o pensamento cruzou sua mente. — Seu estômago se apertou em rejeição, mesmo quando as próximas palavras deixaram seus lábios. — E se ele decidir que você é dispensável, Vince? O que, então?


CAPÍTULO 16 Renard Bouchard acomodou-se no banco de trás de sua limusine e esperou o guarda fechar a porta. Uma vez sozinho, seus dedos se fecharam em um punho, o desejo de esmagar algo atirando através dele. Os atrasos. Um problema após o outro. Raiva queimou seu peito. Como ele poderia ter deixado passar o único filho de Abe Dixon? Vince Knight pode ser ilegítimo, mas ele ainda era o descendente direto do General, o único e verdadeiro herdeiro do legado de Descartes. Abe Dixon não era digno de tal herança. Ele era fraco, facilmente influenciável. Knight não pode ser tão facilmente descartado ou manipulado. A única solução é ter certeza de que o General não descubra a existência de Knight. Nada e ninguém vai impedi-lo de cumprir o seu destino. Bouchard respirou fundo. Não havia tempo para perder o controle ou se concentrar. Ele sacrificou muito para ver tudo desaparecer por causa de uma falha inesperada. Não há mais jogos de gato e rato com Vince Knight. Matar Knight não era mais um esporte, mas uma questão de sobrevivência. Sua sobrevivência. A porta da limusine se abriu, interrompendo seus pensamentos. Yannick Dupree em calças pretas, um pescoço de tartaruga preta sob uma blusa de seda branca com babados e um colete de lapela preto caiu no banco oposto e lançoulhe um olhar irritado. — A porta. — Bouchard lembrou.


Yannick acenou para um guarda para fechar a porta da limusine, então cruzou os braços sobre o peito, deliberadamente achatando os seios falsos. Apesar das janelas escurecidas, Bouchard ainda podia ver o rosto do homem com raiva impecável, a peruca morena elegante com altas-luzes loiras, e os pingentes de diamantes em suas orelhas. Yannick estava lindo como uma mulher. Quando ele estendeu a mão para tocar seu bigode faltando, Bouchard retrucou: — Pare com isso. É apenas temporário. Os olhos verdes do homem mais jovem brilharam. — Eu nunca tive de recorrer a isto para realizar um trabalho. Bouchard ignorou a explosão quando o motorista acelerou os motores e a limusine começou a se mover. Sua residência de Bel Air ficava à cinco minutos de carro do Carrere Club, tempo suficiente para fazer Yannick entender que ele não iria poder lidar com a sua loucura. Muito estava em jogo. Yannick era eficiente, metódico, e nunca tinha sido pego nos dez anos que ele tinha sido um assassino de aluguel e outros serviços oferecidos. Com seu rosto bonito e sorriso inocente, ele poderia encantar o seu caminho dentro e fora de qualquer situação. Seu corpo esbelto, tez verde-oliva suave e características refinadas tornava difícil adivinhar sua idade ou nacionalidade. Sua arrogância, no entanto, parecia ter crescido desde a sua última aventura, há três anos na Costa Rica. Bouchard estava corrigindo isso. Não deveria haver qualquer dúvida a respeito de quem estava no comando hoje à noite. Bouchard fixou seu olhar sobre o jovem. — Eu quero que você ouça com atenção, Yannick, porque não tenho a intenção de repetir. Montague descobriu a pessoa que cuidou do evento de bufê de hoje à noite, a empresa fornecendolhes garçons e garçonetes temporárias, e tirou uma de suas temps por uma razão - para que você possa substituí-la. Você está indo como uma mulher. — É humilhante para um homem com minhas credenciais que-


Bouchard sacou sua mão direita e agarrou o pescoço de Yannick, cortando suas palavras. Ele permaneceu impassível quando o homem mais jovem lutou para erguer a mão solta. — Você sabe como isto vai, não é? — Disse ele com uma voz entediada. — A menor pressão sobre sua artéria carótida irá deixar você inconsciente. Um soco em uma área precisa de sua caixa torácica romperá seu baço. No momento em que a aplicação da lei local encontrar seu corpo, você vai estar morto de hemorragia interna. Eles não vão mesmo ser capazes de identificar você, porque tudo em você é falso, incluindo seu passaporte. De acordo com a gola alta, o pomo de Adão de Yannick balançava quando ele engoliu. Seus olhos indicavam que ele entendia sua posição precária muito bem. Bouchard aliviou a pressão e deixou-o ir. Yannick fugiu tão longe dele quanto possível, esfregando o pescoço, o olhar furioso. Boa. Deixe que ele despeje toda a sua raiva e frustrações sobre Knight. — Agora, onde você estava? Ah, sim, o seu disfarce. Knight viu seu rosto depois de bater no seu carro. Considerando o que você tem que fazer hoje à noite, você não quer que ele reconheça você antes de estar pronto para ele. O homem não é um tolo. — Assim que Knight tinha dado o seu nome ao seu pessoal, seu assistente tinha pesquisado isso e veio com todos os artigos que o homem já tinha escrito. Minucioso e meticuloso, Knight era como um cão de caça quando ele ia atrás de uma pessoa, o que significava que ele poderia desenterrar coisas que é melhor deixar enterradas. — Eu quero vê-lo morto. — Vai ser o meu prazer. — A voz profunda de Yannick era desprovida de emoção, mas seus olhos brilharam com antecipação. — Bom. — A limusine desacelerou. Bouchard levantou o casaco de pele de uma mulher de seu assento e passou para Yannick. — Coloque-o, estamos prestes a entrar no clube. — Se as pessoas fossem avistá-los, ele queria ter certeza de que o vissem em companhia feminina.


O homem mais jovem rapidamente cobriu seu uniforme enquanto a limusine parou brevemente, em seguida, decolou novamente. — Quando eu saio? — Quando Javier estacionar a limusine, após me deixar fora. Não se esqueça de falar com uma voz estridente quando se dirigir a alguém. Você é uma mulher agora. — Só o ligeiro aperto dos lábios pintados de Yannick indicou que ele ressentia o lembrete. Quando a limusine parou, o guarda abriu a porta e Bouchard saiu sem olhar para trás. Ele sabia que seus comandos seriam obedecidos.

*** Vince não sabia mais o que dizer para aliviar as preocupações de Jade. Por 30 minutos em linha reta, ela lhe ficou em cima com as razões mais bizarras do por que ele não deveria se reunir com Bouchard, apoiando-as com histórias de seu passado e desventuras recentes de seus primos. Era o suficiente para levar um homem à loucura. No entanto, quanto mais ela se afligia com ele, mais calor espalhava-se em seu peito. Cada olhar, toque, ou sorriso seu perfurava mais um furo através da armadura que ele tinha construído para conter seus sentimentos. Na parte de trás de sua cabeça, ele estava ciente de que ela era uma confusão por natureza, mas ele não podia ignorar como ela o fazia sentir. Fora Tio Remus e sua tia, ninguém jamais se importou, de uma forma ou de outra, se algo acontecesse com ele. Antes que ele pudesse parar, Vince levantou a mão de Jade aos lábios e deu um beijo em seus dedos. — Eu agradeço a sua preocupação, baby, masEla retirou a mão da dele. — Você não está me levando a sério, Vince. Eu odeio isso. Apenas... pare com a rotina de exército de um homem só. Você não é invencível.


— Não é possível discutir com você sobre isso. — Seu tom saiu alegre, mas dane-se, ele não queria lutar com ela. Verdade seja dita, ele preferia discutir seus planos para mais tarde esta noite. Pensamentos lascivos e brincadeiras sexuais que ele poderia segurar, essa dor interminável roendo suas entranhas só mexiam com a cabeça. — Mas eu estou é insultado. Você não acredita que eu posso cuidar de mim ou de você. — Nós não estamos falando de confiança e você sabe disso. — ela rebateu. — Eita, você não ouviu nada do que eu disse? — Neste espaço confinado? Eu mal posso perder uma palavra. Ela fez um som que soava muito parecido com um grunhido frustrado. Ele atirou-lhe um olhar de lado, mas seu rosto estava nas sombras. — Claro que eu ouvi. É nesse Bouchard que você não confia. Você acha que ele pode vir a ser como o casal que tentou desacreditá-la depois que você pegou vendendo artefatos falsos. Ou o psicopata que tentou matar sua prima Ashley quando— Ok, ok, então você deu ouvidos. Ela não parecia mais descontente, graças a Deus. Quando ele olhou para ela, ela torceu o nariz para ele. Ela parecia tão adorável que ele lutou contra o impulso de parar o carro e beijá-la sem sentido. — Mas ao contrário dos outros bandidos, Bouchard pode se esconder atrás da imunidade diplomática. — acrescentou Jade. — Talvez eu devesse pedir a meus irmãos ou primos para ficarem esta noite à sua volta. — De jeito nenhum. — Por quê? Eles são honestos, confiáveis, e— Dor real na bunda. — ele terminou sem pensar e ouviu-a respirar fundo. Oh, jogada inteligente, Knight. Realmente suave. Nesse ritmo, ele estaria gastando outra noite dormindo no quarto ao lado do dela, em vez de ficar com ela. É melhor que ele diga algo em sua defesa. — Você sabe o que quero dizer,


Jade. Seu primo Eddie é um policial espinhoso. Ele acendia em mim tudo, menos o bem. Seu irmão Baron não está muito para baixo da escada. Eu só não os quero no meu negócio. Ela riu. — Você precisa suavizar-se. Sério. Meus irmãos nunca forçariam a sua opinião sobre você ou trairiam a sua confiança. Mas ele seria obrigado a ter algum tipo de relacionamento com eles. Sentar-se para discutir o que precisava ser feito. Confiar a eles informações pessoais e ficar à sua volta. Só um tolo acreditaria que pessoas são confiáveis ou que sempre estariam lá quando você precisava deles. Seu pai havia lhe ensinado bem demais para que brincasse com isso. — Tenho certeza de que não o faria. — disse Vince, escolhendo as palavras com cuidado. — Mas eu não opero dessa maneira. Eu prefiro fazer as coisas do meu jeito. — Então, eu tenho notado. — O tom de Jade era de desaprovação. — Alguma vez lhe ocorreu que você ia ganhar muito mais, deixando as pessoas ajudarem ao invés de empurrá-las longe? — Uma vez. E não ganhei nada. — Só perdeu sua inocência. Querer a validação de seu pai era o mais idiota que ele já tinha feito. Mas, novamente, ele tinha sido ingênuo e desesperado. Lutou por sua mãe e perdeu. A experiência lhe ensinara a deixar tal insensatez. Isso era mais seguro, voar sozinho. Nenhuma relação para segurá-lo, a menos que defina os limites. Assim como ele tinha feito com ela. Ou tentou fazer, ele corrigiu. Com Jade, seu passado e modus operandi não valiam nada. O pensamento era desconcertante. — Então, como você pode esperar que eu confie em você quando você não está disposto a fazer o mesmo? Como o amor, você tem que ser receptivo a fim de recebê-lo.


Confiar? Amor? Por que as mulheres sempre complicam as coisas com as etiquetas? Quando a conversa mudou de Bouchard para eles? Vince foi salvo de responder quando ele desacelerou para parar em frente à porta de aço do Carrere Country Club. Vários guardas com fone de ouvido, walkie-talkies, olhou-os com o exame minucioso de agentes treinados. Provavelmente, ex-militares ou policiais. Ele pegou o cartão de convite da bandeja de café onde Jade tinha deixado cair, baixou a janela, e estendeu-o a eles. Uma vez que eles foram autorizados, o silêncio encheu o carro, as palavras de Jade pesando sobre ele. Vince tomou seu tempo, vendo no relvado rolamento verde, árvores maduras, uma caixa de areia aqui e um lago artificial lá enquanto dirigia em direção à casa do clube. Ele passou seu cérebro para dizer alguma coisa. Qualquer coisa para aliviar a súbita tensão entre eles. — Eu confio em você, Jade. O silêncio seguiu. — Realmente? — A voz de Jade era baixa e grave. Ele disse a primeira coisa que veio na cabeça. Não planejada ou não, era a verdade. Não era porque ele queria entrar em suas calças também. Ele confiava em Jade. — Você realmente faz Vince? Ele parou no patamar alto do Club House e atirou-lhe um olhar. Seus olhos estavam um pouco cautelosos e brilhantes, com curiosidade ou talvez esperança, ele não poderia dizer. Surpreendia-lhe como ela poderia deixar de ser resistente e na-sua-frente ir à frágil e vulnerável em um instante. Ela parecia como se bastasse uma palavra errada dele para desmoronar. Oh, esqueça. Ele poderia muito bem mergulhar no buraco que ele havia criado. Às vezes, um homem tinha de avançar e fazer a coisa certa.


— Você está certa. Eu não sou grande no departamento de confiança, mas você... — ele segurou seu rosto e acariciou-o: — Você, eu confio com qualquer coisa. Um sorriso iluminou seu rosto bonito. — Eu confio em você, também. Então, você sabe, — uma risada escapou dela, — se você deve falar com Bouchard hoje à noite, vá em frente. Eu estarei lá se precisar de mim. Sua confissão, dita em uma voz trêmula, achatou completamente os muros de proteção que tinha erguido ao redor de seu coração. Vince não sabia o que seria o próximo para eles, mas tinha certeza de que seria muito bom. Ele plantou um breve beijo em seus lábios, sorrindo. — Não seria de nenhuma outra maneira, baby. — Aah. — Ela apontou para sua janela. — Os guardadores estão esperando para estacionar o carro. Ele voltou sua atenção para os atendentes de estacionamento. Todos eram jovens, provavelmente estudantes universitários, ao contrário dos homens polidos em ternos escuros com fone de ouvido e walkie-talkies no fundo, mantendo um olhar sobre as coisas. — Eu vou estacioná-lo eu mesmo, rapazes, se vocês não se importam. Os jovens deram de ombros, mas um alto magro desabafou: — Nós obtemos gorjetas para cada carro que estacionamos, senhor. — É mesmo? — Vince gostou da coragem do rapaz. Ele sinalizou para que ele chegasse mais perto. — Diga-me. Se eu estou planejando uma fuga rápida, digamos, em cerca de 30 minutos, onde é o melhor lugar para estacionar? O rapaz apontou para o lado esquerdo do clube de dois andares de estilo georgiano. — No Pino Número Um. — Eu acho que você ganhou a sua gorjeta. — Vince tirou uma nota de dez dólares da carteira e entregou a ele, em seguida, dirigiu ao longo da unidade paralela à casa. Mesmo na penumbra, ele pôde ver o tijolo moldado de areia


utilizado para a construção do piso inferior do edifício. Ele estacionou ao lado da área de teste para os jogadores de golfe que esperam para jogar primeiro. Luz derramava de várias janelas de grandes dimensões do segundo andar para a área de estacionamento. Combinadas com as luzes de segurança, iluminava o interior do seu carro. Ele voltou sua atenção para sua adorável companheira. Agora que eles tinham chegado, ele não estava com pressa para compartilhar dela. Vince curvou um braço ao longo de seu assento, e traçou a alça do vestido de Jade através da capa. Ela era tão incrivelmente bonita. Seu olhar seguiu a inclinação de seu rosto suave e mudou-se para o inferior, ao seu decote delicioso. Ia ser difícil assistir os homens cobiçarem-na. Mas, novamente, consertar o nariz de pau de algum rico só poderia fazer a noite suportável. Verdade seja dita, ele desejava que ele pudesse esquecer seus objetivos e do carro. Odiava reuniões sociais, odiava trocar conversa fiada e curiosidades com estranhos. Se não fosse por Bouchard... Vince empurrou os pensamentos de lado. — Pronta? — Oh, sim. — Jade pegou sua bolsa e estendeu a mão para a maçaneta da porta. — Trinta minutos de topo e estamos indo para casa.

*** Onde estava Knight? Bouchard tomou um gole de bebida e fez uma careta, seu olhar varrendo ao longo do cocktail. Em um dia normal, ele teria gostado do elegante ambiente - os painéis de parede manchados, arandelas com tons de cristal acentuando as paredes e teto de caixotões com sancas dentil. Em vez disso, ele se sentia enjaulado, à espera de comer. Ele não estava acostumado


a gelar os calcanhares para qualquer um, definitivamente não à alguém tão insignificante como Vince Knight. Seu olhar encontrou o clã Fitzgerald. Não havia outra maneira de descrevê-los, uma vez que pareciam tão numerosos hoje à noite. Três gerações presentes, se a anfitriã, Karyn Fitzgerald, fosse creditada. Seus homens, jovens ou velhos, eram altos e fortes, corteses e autoconfiantes. Ele podia até dizer arrogante, o que era natural, já que todos foram bem sucedidos e bem respeitados em suas profissões escolhidas. Suas mulheres, algumas belas e outras mal passavam de bonitas, tinham um certo brilho. Ele diria que eles estavam muito contentes, confiantes de seu lugar na sociedade e do carinho de seus cônjuges. Bouchard respirou fundo, sufocando a amargura agarrando seu peito. Ele não tinha motivos para se ressentir dos Fitzgerald. Então, eles tinham orgulho de sua linhagem e realizações? Ele faria o mesmo se soubesse onde sua família morava. O pensamento fez com que seus dedos apertassem na haste de seu champanhe, quase quebrando a peça delicada. Não, o que o incomodava era a demonstração pública de afeto. Ele abominava tal comportamento. Seu olhar se deslocou e encontrou Yannick. O jovem estava sorrindo e flertando com pessoas do sexo masculino, uma bandeja de bebidas em suas mãos. Ele tinha os enganado totalmente. Seus olhares colidiram e Yannick empurrou uma mecha de cabelo atrás da orelha. A mensagem era clara - Knight não tinha chegado. De sua posição de um dos pilares, Bouchard tinha uma visão clara do foyer e galeria do clube. Pelo menos ele tinha, até que sua companheira presente, uma alta e magra atriz de Hollywood com falta de senso de moda bloqueou. Karyn Fitzgerald os apresentou, chamou a loira de uma estrela em ascensão digna de seu tempo. Que ridículo. Ele não conseguia sequer lembrar seu nome. Ele fez sons evasivos para seu monólogo, desejando que a mulher fosse calar a boca. Então ele notou que os Fitzgeralds viraram em uníssono a olhar


para a entrada. Os homens sorriram. Suas mulheres acenaram e fizeram um sinal, sussurrando o nome de Jade. Vince Knight e sua namoradinha tinham chegado. À tempo. Seus olhos se estreitaram quando ele viu Knight, ódio mastigando seu intestino. Ele afogou o resto de sua bebida, virou a cabeça, e falou com a figura silenciosa atrás dele. — Avise Yannick. Agora. Quando Montague desapareceu em direção à sala de jantar, Bouchard viu uma linda visão em ouro deslizar a mão pelo braço de smoking do Knight. Jade Fitzgerald? Mon Dieu. Elle est enchanteresse. A imagem que Montague tirou não tinha lhe feito justiça. Em um vestido que elogiava sua pele de ouro e esmeraldas enfeitando seu lindo pescoço, ela ofuscou todas as mulheres da sala - uma joia cintilante no meio de sóbrios vestidos de grife pastéis pretos e insípidos. Bouchard estudou - os olhos cor de avelã de franjas com cílios exuberantes, os lábios exuberantes e nariz arrebitado. O corpo de uma deusa. Elle était exquise. Seu rosto se iluminou com o riso enquanto ela trocou abraços, apertou as bochechas e mandou beijos. Ela parecia completamente em casa com o dinheiro novo e velho. Curiosamente, ele ouviu de outra forma. Uma ideia brilhante passou na cabeça de Bouchard. Quanto mais pensava sobre isso, mais sentido fazia. Tentou recordar o que mais ele sabia sobre Jade - divorciada, bem viajada, falava várias línguas, sua língua nativa incluída, e uma conhecedora das coisas raras. Brilhante e refinada. O tipo de mulher desperdiçada para um homem como Knight. Seu olhar mudou-se para seu inimigo. Inepto. Rígido. Fora do lugar. Ele era seu amante? Bouchard estudou a linguagem corporal, a forma como o seu olhar sempre voava de volta para o rosto de Knight, de vez em quando, sua proximidade, e da forma possessiva que ele olhou para ela. Era óbvio que eram


amantes, mas isso não importava. Ele poderia fazê-la esquecer Knight. Ele iria, uma vez que o bastardo estivesse morto. Bouchard orgulhava-se de adquirir a mais bela e mais rara das coisas pinturas, antiguidades, joias, mulheres. Jade Fitzgerald, com seu talento e educação, seria uma adição bem-vinda à sua coleção. Bouchard virou-se para sua acompanhante. — Desculpe-me, ma chérie. — Ele beijou as costas da sua mão e sufocou o impulso de afastá-la quando ela riu e apertou mais perto dele. — Tem sido um prazer falar com você. Espero que um dia eu chegue a ver o seu lindo rosto na tela. — Eu tenho uma suíte privativa no andar de cima, Renard. — a atriz sussurrou em seu ouvido. — Podemos nos ver hoje à noite. Bouchard estudou a mulher, reorganizando seus pensamentos. As possibilidades de um quarto acessível dentro do clube eram intermináveis. Ele estava definitivamente interessado, mas não para o que ela tinha em mente. — Seria um prazer. Meia hora ok? — Ele beijou a mão dela novamente, persistente. — Ooh. Você é um impaciente. — A atriz acariciou seus cachos loiros e discretamente colocou algo no bolso esquerdo. — Meu cartão-chave. Deixe o guarda para trás, a menos que você esteja planejando uma surpresa para mim. — Ela cutucou e riu antes de deslizar para longe. Chienne malade. Sua Jade nunca iria falar ou agir dessa forma. Seu olhar a procurou, antecipação correndo por ele. Tinha sido um tempo desde que ele tinha mostrado interesse em uma mulher ou dormido com uma. Ele faria Jade entender o quão especial ela era. Sua ruminação foi interrompida por conhecidos que precisavam de sua atenção e desperdiçavam seu tempo. Ainda assim, ele prometeu jogar uma


partida de golfe com um senador e um deputado federal, e concordou em se encontrar com um empresário interessado em abrir casinos em seu país. Um leve som passou e uma garçonete parou ao lado dele. — A bebida, senhor? Ah, Yannick. Bouchard virou-se para colocar a sua vazia taça de champanhe sobre a bandeja dourada e pegou outra. — Ele está aqui. — sussurrou Yannick e acrescentou em voz alta para o benefício dos companheiros de Bouchard, — Mais alguma coisa, senhor? — Não, obrigado. — Assim que a atenção se desviou dele, Bouchard trouxe a bebida aos lábios e a usou como uma cobertura enquanto ele instruía Yannick. — Mudança de planos. Não utilize o solário. Há uma chave no meu bolso esquerdo. Abre uma suíte no andar de cima. Use-o. — Ele tomou um longo gole de sua bebida, à espera de Yannick para escovar por ele e artisticamente recuperar o cartão-chave do bolso. Uma vez que o jovem se afastou, Bouchard desculpou-se e foi em busca de sua anfitriã.

*** — Vince, querido, eu espero que você não se importe se eu roubar Jade por alguns segundos. Prometo trazê-la de volta em pouco tempo. Os olhos se voltaram para ele, doze pares ao todo. Já era ruim o suficiente que ele se sentia desconfortável em reuniões sociais, mas ser o foco de atenção era totalmente desconcertante. Ainda assim, ele fez o seu melhor para ignorar os Fitzgeralds e sorriu para a pequena mulher mais velha. — Tudo bem, senhora. Sra. Karyn Fitzgerald, advogada de estrelas e tia-avó de Jade, deu um tapinha no seu braço de uma forma maternal. — Não, não, querido. Eu já lhe disse para me chamar de tia Karyn.


Oh, aqui vamos nós de novo. Os Fitzgeralds tinham um jeito de colocá-lo no lugar. Ele começou bem, quando ele e Jade tinham chegado. O escrutínio infinito e as questões pessoais dos mais velhos. Toda vez que um recuava, outro era substituto dele ou dela. As mulheres eram quentes, diretas e sem rodeios. Trataram-no com familiaridade, apesar de mal conhecê-lo. Os homens, por outro lado, eram muito desconfiados, olhando-o como falcões fariam com um rato, desfrutando de vê-lo se contorcer. Vince ignorou os seus sorrisos e acenou com a cabeça. — Obrigado. Eu vou. — Nós vamos mantê-lo ocupado enquanto você estiver fora, mana. — Uma das primas de Jade em um vestido colante preto sem alças disse brincando e passou um braço na cintura de Vince. Jade tinha apresentado como Olivia, e embora sua prima agisse como se o tivesse conhecido antes, ele não conseguia se lembrar de quando ou onde. Jade ignorou Olivia e lançou-lhe um olhar desamparado. — Eu vou estar de volta em breve. — Ela murmurou, em seguida, virou-se para perguntar à sua tia: — Por que ele quer me conhecer? — Eu não sei querida, mas ele não aceitaria um não como resposta, — Vince ouviu a resposta de sua tia. — Eu não sabia o que fazer. Jade virou uma última vez e lançou-lhe um olhar do tipo "resgate-me, por favor". Ou talvez ele interpretou mal isso porque algum idiota queria conhecê-la. Uma sensação que ele não podia definir torceu o intestino. Tê-la ficando com outro homem não estava na agenda desta noite. Na verdade, a própria ideia de Jade com outro homem o fazia cerrar os dentes. Ele tinha que seguir. — Então, Vince? O que você faz para viver? — Perguntou em voz alta Olivia, cortando seus pensamentos, impedindo seus planos. Vince custou soltar a mulher agarrando seu braço. — Eu sou um escritor. — Oh? Publicou alguma coisa?


Não tendo certeza onde o interrogatório estava indo, ele deu de ombros. — Alguns. — Ooh. Quando você consegue tempo para escrever quando você está ocupado nas noites trabalhando como stripper? — Desculpe-me. — Faith disse em voz alta da parte de trás e deu uma cotovelada em Olivia empurrando-a fora do caminho, plantando-se entre eles e, inadvertidamente, resgatando-o de uma situação que poderia ter sido constrangedora. — Vince, olhe para você. — Faith se inclinou para trás para dar-lhe um olhar uma vez mais. — Você parece bem bonito. — E você. — Vince sorriu com alívio. Ela estava deslumbrante em um vestido de seda azul elétrico. — Essa coisa velha? Encontrei fora do rack. Onde está minha prima? Não me diga que ela lhe deixou com este bando intrometido. — Ela piscou para ele, então voltou sua atenção para os outros. — Desculpe o atraso, pessoal. Espero que eu não tenha perdido nada. — Um garçom parou diante dela e lhe ofereceu uma bebida. — Oh, Chase. Obrigada. Bom smoking. — Um pouco apertado no peito, mas serve o seu propósito. — Chase explicou enquanto habilmente equilibrava uma bandeja com taças de champanhe em sua palma. Jade tinha introduzido Chase à Vince anteriormente como um de seus irmãos e irmão gêmeo idêntico de Baron. Se não fosse por seus trajes diferentes, ele não poderia distingui-los. — Está tudo bem aqui? — Quando todos levantaram seus copos e assentiram, Chase disse: — Ótimo. O jantar será anunciado a qualquer momento. Vejo vocês daqui a pouco. — O que aconteceu? — Faith perguntou a ninguém em particular, uma vez que Chase saiu.


— Alguns garçons não compareceram então ele decidiu preencher. — explicou Baron antes de focar a sua atenção em seu encontro. Vince ignorou a conversa em torno dele e olhou para cima, seu olhar varrendo a sala lotada e esperando que ele pegasse um vislumbre de Jade. Era impossível ver além de sua vizinhança imediata. Demasiadas pessoas. Ele passou um momento a catalogar seu entorno. As portas francesas à sua esquerda levavam ao salão de banquetes, onde as pessoas de Chase Fitzgerald estavam arrumando as mesas ocupadas para o jantar. À sua direita, um outro conjunto de portas separadas do salão do foyer. Através deles, ele podia ver os elevadores e as escadas que levavam ao segundo andar. Jade tinha explicado sobre as suítes privativas no andar de cima e solário somente para os sócios do clube. Com a disposição do clube em sua cabeça, Vince se desculpou e levou Faith longe dos outros. — Eu preciso encontrar Jade, mas antes de sair, eu devo pedir desculpas por meu comportamento anterior. Me desculpe se eu ofendi você. Faith balançou a cabeça. — Pedido de desculpas? Eu pensei que eu era a única que deveria estar desculpando-se pelo ato mal-intencionado de Olivia. Do que você está falando? — Mais cedo na casa da Jade, eu não tive a intenção de intimidar você para me dar instruções para a casa de Lex. Faith revirou os olhos. — Jade colocou-o pra fazer isso, não é? Ela é uma estressada. Não, eu não estava ofendida, mas é melhor eu te avisar, Knight. — Ela inclinou-se para acrescentar: — Seja bom para a minha prima ou você vai ter uma razão para estar realmente sentindo muito. — Ela deu um passo para trás e deu-lhe uma piscadela 'conspiradora’. — Eu vou encontrar o meu acompanhante e me misturar, mas se eu ver Jade, eu vou dizer a ela que está faltando-lhe alguma coisa.


Vince sorriu enquanto observava Faith desaparecer no meio da multidão. Balançando a cabeça, ele decolou em direção oposta. Os Fitzgeralds podem ser uma dor, mas ele deu-lhes crédito por sua lealdade. Era humilhante ver como eles olhavam um para o outro. Qual era a sensação de ser incluído em tal círculo? Ele empurrou o pensamento de lado e voltou sua atenção para a tarefa de encontrar a sua mulher. Atravessar a sala lotada acabou por ser uma façanha impossível. Mudou-se para a parede e as portas que dão para a sala do banquete, em seguida, circulou pela sala. Quanto mais demorava, mais inquieto ele se tornava. Onde ela estava? Ele estava do outro lado do salão, quando viu um flash de ouro. Ar correu para fora de seus pulmões em relevo. Um alívio de curta duração. A pessoa com quem ela estava falando, um homem, levantou a mão aos lábios. Mas o que...? Por que ela não estava pegando a mão dela de volta? A sensação que tinha tido anteriormente voltou, torcendo seu intestino e fazendo rugir o sangue em seus ouvidos. Ele não podia enganar a si mesmo desta vez. Ele estava com ciúmes, à primeira vez em seus 34 anos. Era totalmente juvenil e um sinal de insegurança, mas dane-se, Jade era dele. Encontrou-a em primeiro lugar. O bastardo, era melhor começar a tirar suas patas de cima dela ou... Vince quase derrubou uma garçonete para chegar ao lado de Jade. Ele deu um passo para trás para permitir que a mulher passasse. Quando ela não se moveu, ele fez uma careta para ela. — Desculpe? — Vince Knight? — A garçonete perguntou em voz baixa. Vince lançou um olhar para Jade, para se certificar de que ela ainda estava lá, então voltou sua atenção para a garçonete. Um pouco magra ao seu lado, a mulher era alta, quase a sua altura. Ela também usava muita maquiagem e pareceu divertida sobre algo.


— Sim. — Vince ergueu as sobrancelhas. — Eu tenho uma mensagem para você. Vince atirou à Jade outro olhar preocupado. O homem estava agora sussurrando algo em seu ouvido, mas ele ainda segurava sua mão. A mão de Vince fechou em punhos, raiva atirando através dele. Ele nivelou a garçonete um olhar irritado. — O quê? — Eu tenho uma mensagem de Renard. Renard? Quem diabos era Renard? Então ficou claro para ele. Renard era o primeiro nome de Bouchard. — Onde está ele? — Ele quer te encontrar. — Onde? — Vince cortou sua paciência se esgotando. — No andar de cima. Suíte Seis. A porta será desbloqueada. — Ok. Com licença. — Ele começou a caminhar para Jade, assim que o homem que estava babando em sua mão deu um passo para trás e olhou para cima. Longo cabelo preto em um rabo de cavalo. Olhos cinzentos, frios e desafiadores. O reconhecimento foi imediato. Em posição de descanso veio à raiva. Bouchard.


CAPÍTULO 17 — Diga-me que você vai pensar sobre a minha proposta, ma cherie. — disse Bouchard urgentemente, seu aperto aumentando. Jade acalmou o desejo de tomar-lhe a mão. Ele a estava machucando. — Claro, eu vou. — Oh, as coisas que ela passava por Vince. O galã era melhor mostrar-lhe alguma apreciação esta noite. — Vamos discutir o assunto durante o jantar, oui? O pensamento de engolir alimentos, enquanto sentava em uma mesa com Bouchard era o suficiente para fazê-la vomitar. Mas se isso significava aprender mais sobre o homem, ei, como poderia dizer não? Ela trabalhou duro para produzir um sorriso genial. — Isso seria maravilhoso, Renard. — Será um prazer. — Ele deixou sua mão ir, balançou a cabeça e se misturando à multidão. Jade soltou a respiração que ela não sabia que estava segurando e mexeu os dedos. Eew, ela ainda podia sentir a marca de seus lábios em sua pele. Ela esfregou as costas de sua mão contra seu vestido, mais e mais rápido. — Resposta interessante para um gesto tão encantador. Jade se virou, o cocktail cranberry em seu copo de cristal quase derramando. — Vince. — Ele era a razão que Renard tinha corrido para longe? — Você só perdeu Bouchard.


— Eu sei onde encontrá-lo. — Seu olhar deslocou-se do homem recuando até se tornar acusador em Jade, seus olhos frios o suficiente para congelar a água fervente. — O que foi aquilo? Jade chamou um garçom enquanto pensava na melhor maneira de explicar seus planos. Depois que ela voltou à bebida intocada, ela deu à Vince um sorriso. — O que foi o quê, querido? Seus olhos se estreitaram, e não compraram seu ato inocente. — Você e Bouchard. Ele é o homem que sua tia arrastou você para conhecer? — Você pode acreditar? Alguém devia dizer a ela o ladrão assassino que ele é. — Ela ignorou sua carranca e colocou o braço em torno do seu. Mantendo o seu olhar para frente, ela manteve o tom de voz leve, apesar da tensão escorrendo de Vince. — Mas eu aprendi uma coisa ou duas sobre o que pode ser útil para você... nós, e é isso que conta, certo? — Você tem o hábito de permitir que a arrastem e babem em cima de você em público? Jade deixou escapar um suspiro. O homem mal-humorado não sabe que ele não tinha absolutamente nada para se preocupar quando ele veio com ela? Não que isso não agradou a ela, ver sua reação de amante com ciúme. — Não, eu não, então limpe a expressão feroz de seu rosto. Você não está assustando ninguém. Vamos. — Ela puxou seu braço. — Eu preciso te dizer o que eu tenho planejado. — Não. — Ele não se moveu. — O que quer dizer ‘não’? Eu ainda não expliquei o que... — A voz dela sumiu quando ela percebeu que eles estavam atraindo a atenção. Ela ficou na ponta dos pés para sussurrar no ouvido de Vince. — Vamos para a varanda e discutir isso.


— Não há nada para discutir, Jade. — Sua voz era firme, o músculo em seu tique-taque na bochecha. — Não quando se trata de você e aquele filho da puta. Sua prepotência poderia ser tão irritante. — Sim, ela envolve ele, e nós vamos falar sobre isso. Ou então eu vou fazer uma cena que todo o clube estará falando pelos próximos anos. Ele levantou uma sobrancelha para ela. — Por que não dar um tapa em Bouchard quando ele estava babando sobre a sua mão? — Porque, uh... porque simplesmente não fiz. Lá está a etiqueta social que minha família espera que eu tenha, Vince. Uma das quais, estar sofrendo desconforto em público com dignidade. — Um sorriso esperto cortou em seu rosto, e realização bateu nela. Ah, então ele concluiu que ela era incapaz de causar uma cena, não é? Podia gritar, insultar, e agir mal-intencionada com o melhor deles... em sua cabeça. Como é que ele podia lê-la tão bem? Ela gessou um olhar maligno no rosto. — Isso não significa que eu não faria uma cena. — Sim, com certeza. Jade se irritou quando ele a levou para o salão de banquetes. Ela era um livro simples? O ano passado passou pela sua mente. Não, ela estava longe de seus dias de gatinha brava. Ela não tinha sofrido com Bouchard beijar sua mão, porque não conseguia se livrar da fluência, muito obrigado. O sacrifício tinha sido por Vince, o ranzinza, arrogante, que agora se recusava a ouvi-la. Oh, isso a irritou. Quando passaram as portas que dão para o salão de banquetes, Jade soltou o braço de Vince, abriu-a e entrou no quarto. — Jade? Ela virou a cabeça para olhar para ele. — Nós precisamos conversar Vince. Você tem uma escolha de fazê-lo lá, — ela acenou para o salão lotado, — ou na varanda. — Sua voz era calma e firme, desmentindo sua irritação.


Não esperando para ver se ele a seguia, Jade deu à sala um olhar abrangente para se certificar que seu irmão Chase estava por perto, então ignorou o garçom e garçonetes zumbido, e correu ao longo da lã estampada do tapete. Ela contornou fileiras de mesas de madeira decoradas, colocados para quatro. Banquetas de couro, separadas por consolas altas personalizadas, de frente para quatro cadeiras de couro. Se ela não estivesse muito incomodada, ela teria admirado a definição de jantar. Seu irmão havia se superado. Um suspiro de alívio escapou dela quando chegou ao outro lado da sala sem ninguém, incluindo os funcionários regulares de Chase que a conheciam, detendo-a. Jade deixou de lado as tapeçarias de lã xadrez para revelar uma outra porta francesa. A partir das pastilhas de vidro, ela podia ver o reflexo de Vince enquanto ele se aproximava, seu olhar escuro trancado nela. Ele pareceu com mais raiva do que antes, e apreensão deslizou por sua espinha. Os confrontos não eram a sua coisa. Se não fosse por sua mãe, ela iria esquecer a coisa toda. Se Bouchard não a assustasse tanto, ela iria realizar seus planos e, em seguida, dizer à Vince após o fato. Mas ela precisava dele por perto quando ela se encontrasse com Bouchard. Jade estendeu a mão para abrir a porta. — Eu vou fazer isso. — disse Vince atrás dela. Ela lançou-lhe um olhar de busca quando ele abriu e afastou-se para que ela passasse em primeiro lugar, a expressão dele de volta para a máscara ilegível que ela odiava. Murmurando um suave obrigada, Jade precedeu ele para a varanda. A filtragem da luz através das cortinas parcialmente abertas iluminou a fileira de cadeiras com encostos verdes de madeira e cadeiras de balanço. Ela deu a volta e foi direto para o corrimão de metal preto abraçando a varanda. Apoiando-se contra ele, sua mão agarrou o metal frio para apoio.


Com vista para o buraco dezoito, a sacada oferecia uma vista espetacular sobre o campo de golfe durante o dia. Agora tudo que Jade via eram as sombras das árvores, areeiros e campos inclinados. Por trás dela, Vince diminuiu a distância entre eles e apareceu na periferia de sua visão. Ao contrário dela, ele se inclinou para trás contra o corrimão e cruzou os braços. Ela podia sentir seu olhar inflexível sobre ela. Jade respirou fundo e virou-se para estudar o rosto sisudo. — Eu tenho um plano, Vince. — Se isso envolve você confraternizar com Bouchard, é um não. Ela odiava quando ele adotava sua atitude meu-caminho-ou-cai-fora. — Você não está remotamente interessado em quem ele é? Quais são seus motivos? — Não. — Ele deixou cair as mãos para pegar o corrimão. — Eu só me preocupo com uma coisa, Jade, e é colocar minhas mãos sobre a estátua antes que ele faça. — E se ele o fizer? Ele riu. — Isso não vai acontecer. — E se ele decidir vir atrás uma vez que você obtê-la? E se ele é tão obcecado em vingança e atingir você... nós, ou a minha mãe? — Vince ficou quieto, sulcos aparecendo entre as sobrancelhas. Jade aproveitou seu silêncio. — Ele é frio e calculista, Vince. Ele tentou ser charmoso e espirituoso quando falamos, mas seus olhos o denunciaram. Nós vimos o que ele é capaz. Ele não tinha que matar Cohen, mas fez de qualquer maneira. O silêncio que se seguiu foi pesado, e ela ouviu rodas agitadas na cabeça de Vince enquanto ele digeria suas palavras. — O que você tem em mente? — A partir de seu tom de voz, ela sabia que ele odiava pedir-lhe, ainda que apenas uma pergunta. — Ele quer que eu estude a coleção de antiguidades de sua família, a maioria dos quais nunca foram catalogados. Alguns estão em sua casa em DC e


o resto está em seu castelo da família em Saint-Noel. — Vince já estava balançando a cabeça. — Eu não estou dizendo que eu deveria— Não. — Ele empurrou contra o corrimão e se afastou dela, em seguida, virou-se bruscamente para encará-la. — O homem é imprevisível e implacável. A situação é volátil o suficiente sem jogar você no meio dela. — Você não me deixou terminar. — ela exclamou irritada por sua postura arrogante. Ela não tinha a intenção de visitar a casa de Bouchard. — Jade, o plano é ridículo. Inaceitável. — Como você sabe já que você ainda não ouviu o resto? — Ela perguntou, a voz calma, apesar de sua atitude. — Eu não preciso. A própria ideia de você em qualquer lugar perto do homem vira o meu estômago. Por que lhe parece perfeitamente normal está além de mim— Eu não acho que é normal, tudo bem? — Ela o interrompeu, aproximando-se dele. — Você sabe o que? Você é tão tacanho que eu não sei por que me preocupei em explicar nada para você. Tudo sempre tem que ser do seu jeito. — Ela jogou as mãos em sinal de rendição e mudou-se de volta ao corrimão. — Esqueça. — A menos que... — ele continuou como se ela não tivesse falado. — A menos que esta seja uma oportunidade que você não pode se dar ao luxo de perder. Ela balançou a cabeça, também desanimada para perguntar o que ele estava falando. A dor de cabeça estava se formando atrás de seus olhos. Era realmente uma ideia tola ir junto à Bouchard enquanto ela pegava informações sobre o homem? Parecia perfeito quando ela ouviu ele falar sobre sua coleção. Vince se aproximou, agarrou seus braços e virou-a. Com o rosto nas sombras agora, ela não podia ler sua expressão muito bem.


— Esta pode ser a oportunidade perfeita para estudar os artefatos, não é? Tenho certeza que eles provavelmente foram roubados anos atrás e nunca foram vistos por ninguém, exceto Bouchard e sua família. Os olhos de Jade se arregalaram quando a implicação afundou nela. — Quantos artigos você acha que você poderia conseguir de um estudo como esse, professora? Um livro, talvez? Jade piscou para Vince, raiva inchando em seu interior, substituindo rapidamente em descrença. — Você sabe o que? Você é um verdadeiro idiota. Eu estava fazendo isso por você, não por mim ou para a minha carreira. — Ela encolheu com as mãos de seus ombros, o desejo de limpar o olhar acusador de seu rosto forte. Em vez disso, ela agarrou a capa e cruzou os braços sobre o peito. — A ideia nunca passou pela minha cabeça. Nem uma única vez. Ele olhou para suas mãos como se não soubesse o que fazer com elas, em seguida, empurrou-as na frente dos bolsos de suas calças. — Você pediu para estudar a minha estátua uma vez que eu encontrá-la. — O seu ponto é? — Bouchard está lhe dando a oportunidade de estudar uma coleção inteira delas. Dezenas, talvez centenas de figuras. O que lhe fez supor que ela era egoísta e egocêntrica? Jade abriu a boca para dizer-lhe o que ela tinha planejado - que era para ter alguns jantares com Bouchard aqui em Los Angeles e entender seu cérebro - mas ela não achava que poderia formar uma frase. Doía muito se defender. Como ela poderia ter acreditado na sua merda de eu-confio-em-você? Você não pode confiar em alguém, em seguida, virar e acusá-la de ter um motivo pessoal. Imaginar que ela se colocaria para receber carícias revoltantes de Bouchard e lhe desse a mão para um beijo. Deveria ter um sinal de corra-emdireção-oposta de seu cérebro para seus pés sempre que um idiota cruzava seu caminho.


Não querendo dar à Vince a satisfação de ver que ele a tinha machucado, Jade virou a cabeça em direção às portas e falou, esperando que sua voz não fosse traí-la. — Vá encontrar Bouchard e comparar notas sobre quem é o idiota maior. — Ela se afastou dele, seu aperto na capa aumentando. Ele seguiu. — Vá em frente. Bouchard não vai esperar para sempre. — Jade. — Ele estendeu a mão para tocá-la, sua voz incerta. — Não. — Jade levantou o queixo. — Você me disse exatamente o que você pensa de mim, então agora saia. — Eu não quis dizer... — Ele esfregou a nuca e xingou baixinho. — Eu preciso explicar. Ela não estava interessada. — Eu vou estar aqui. — Você vai? Prometa-me que você não vai sair. — Ele olhou para ela, urgência em sua voz. Ela queria dizer a ele que ele tinha perdido o direito de exigir algo dela, mas a dor e a raiva bloquearam sua garganta. Ela teve que limpá-la para dizer: — Claro, Vince. Por um breve momento, ele não se mexeu, sua mão apertava e afrouxava com a frustração óbvia. Jade não sentia um pingo de compaixão por ele. Quando ele finalmente concordou com a cabeça e girou sobre os calcanhares, ela virouse e agarrou o corrimão. Era muito doloroso vê-lo ir embora sabendo que ela nunca mais o veria. — Sinto muito. — disse ele atrás dela. Então, ela também. Ele não tinha ideia de quanto. O som da porta de correr abrindo perto parecia incomumente alto, fazendo-a estremecer. Um punho gigante enrolou em seu coração, apertando-o firmemente. Jade apertou sua mão contra seu estômago, como se ela pudesse parar a dor.


Cair por idiotas deve ser mais do que uma falha em seu caráter. Era uma maldição. Com o marido, ela foi pega de surpresa. Vince nunca fingiu nada além da alma ferida, mas ela ainda tinha se apaixonado por ele.

*** Vince não entendia o que estava acontecendo com ele. Insegurança. Birras por ciúmes. Comportamentos idiotas clássicos que ele sempre desprezou em outros homens. No entanto, ele deixou a imagem de Jade e Bouchard empurrá-lo lá, fazê-lo paranoico. Paranoia, outro grande vencedor na categoria comportamento inaceitável. Não é à toa que ele fugiu para fora da varanda. Ele não gostou do que se tornou. Não, ele precisava parar de mentir para si mesmo. Remover-se da situação desconfortável era o seu modus operandi normal. Sem remorso. Sem arrependimentos. No entanto, a necessidade de se desculpar e explicar tinha furtivamente pairado em cima dele com Jade. Explicar suas ações ou falar sobre seus sentimentos não eram exatamente os seus pontos fortes. Vince estava no meio da sala de banquetes, quando percebeu que os convidados estavam chegando para o cômodo. Um olhar arrebatador indicava que Bouchard não era um dos convidados já sentados. Ele entrou no salão de cocktails e ficou cara a cara com os Fitzgeralds. — Knight, estava procurando por você. — disse Baron Fitzgerald. — Onde está Jade? O que ele deveria dizer a eles? Que ele desarrumou e regiamente chateou sua irmãzinha? Ele odiava mentir para essas pessoas, mas ele não tinha escolha. — Ela está no banheiro feminino do andar superior. Vou busca-la agora.


— Estamos na mesa oito. O que resta do pódio. — Faith lhe disse quando passou por ele. Vince concordou e correu em direção ao foyer. Culpa esquivou seus passos. Ele passou anos evitando se sentir assim. Não, ele passou anos evitando situações que levam a esses sentimentos. No entanto, uma vez que Jade entrou em sua vida, nada mais parecia importar. Não o seu passado, não a sua formação, e definitivamente não a promessa que ele fez a si mesmo para nunca, nunca olhar para trás. Nada fazia sentido. Ele dirigiu-se para as escadas, dando dois passos de cada vez. Quanto mais pensava sobre o que aconteceu lá fora, na varanda, mais desconcertado se sentia. Era o mesmo tipo de sentimento que ele costumava ter antes de ir disfarçado para uma história. Completamente sem saber o que esperar. Desconfiado. Vince balançou a cabeça. Isso era ridículo. Não havia necessidade de se sentir fora de equilíbrio. Ele iria fazer as pazes com Jade da única maneira que sabia. Na cama. Uma vez que eles lançassem as suas emoções reprimidas, as coisas voltariam ao normal. Ele chegou ao segundo andar e fez uma pausa para obter o visual. À sua esquerda estavam os banheiros, e além deles, uma porta parcialmente aberta através da qual ele podia ver uma mesa redonda, lâmpadas de assoalho, e sofás confortáveis. O solário. Ele virou-se e dirigiu-se para a direita, fazendo uma pausa quando chegou à primeira porta. Suíte Oito. Vince parou há duas portas no corredor, do lado de fora da Suíte Seis, e bateu. Um comando murmurado para entrar filtrou através da porta fechada, mas anos sendo cauteloso o fez hesitar. E se... Raiva de si mesmo por ceder à paranoia, mais uma vez, ele virou a maçaneta, abriu a porta e deu um passo para dentro. Num piscar de olhos, ele notou a cama cereja rainha com edredom xadrez, combinando com o pufe e a cadeira transbordando com... roupas femininas?


A luz apagou-se e um som sibilante que ele reconheceu muito bem chegou aos seus ouvidos. Vince mergulhou para a frente, mas ele não foi rápido o suficiente. A cauda de dragão cortou através de sua têmpora direita antes de bater no chão.

*** Jade olhou para o escuro, seus olhos ardendo com lágrimas não derramadas. A temperatura estava caindo rapidamente, mas esse não era o motivo, ela estremeceu. Admitir finalmente que tinha se apaixonado por um homem tão errado para ela era sério. Definitivamente não é o mais inteligente que ela tinha feito em sua vida adulta. Não que seu cérebro tinha nada a ver com isso. Mas, ela entrou sozinha nisso, e ela ia ficar fora dele. Como é que uma pessoa se desapaixona, afinal? Não era como se Vince fosse o Sr. Horrível o tempo todo. Ele poderia ser tão doce. A maneira como ele tinha ajudado na festa de despedida de sua prima, levou-a quando ela estava dormindo e cuidadosamente tirou os sapatos. Em seguida, houve os beijos dele, do jeito que ele gostava de tocá-la e fazê-la... Seus olhos nadaram e queimaram com lágrimas não derramadas. Talvez fosse melhor concentrar-se em seus pontos maus - sua arrogância, secretismo, e desconfiança. Uma lágrima escorreu pelo seu rosto, e Jade bateu nela, irritada que ela a deixou cair. Depois de seu ex-marido, ela prometeu nunca ser magoada, quanto mais ela ficasse em torno de Vince, mais ela iria ser arrastada para um vórtice de emoções. Ela não podia dar ao luxo de ir por esse caminho, de novo. Agora o quê? Sair daqui soava muito bom para começar. Ela tinha uma cópia da chave de seu apartamento, e ela não precisava chamar um táxi para levá-la lá, também. Seu irmão Lex era uma criatura de hábitos, por isso era uma aposta certa que


ele tinha usado a mesma companhia de limusine e motorista que tinha usado nos últimos anos. O motorista, Leo alguma-coisa-ou-outra, a conhecia pelo nome e não teria nenhum problema dando-lhe uma carona. Jade arrastou uma respiração afiada e olhou para o salão de banquetes enchendo rapidamente. Ela não podia ver Lex, embora Baron e os outros já estivessem sentados em uma mesa. Atravessar a sala de banquetes estava definitivamente fora. Isso deixava as escadas à sua direita. Ombros curvados, ela dirigiu-se para as escadas, parou na área de teste para os jogadores que esperam para a tacada inicial no número um e suspirou com frustração com a frota de limusines. Era quase impossível localizar qual limusine era Leo. Melhor ligar para ele e pedir-lhe para buscá-la na frente. Em vez de ir em direção ao estacionamento, Jade decolou na direção oposta, em direção à entrada principal e recepção. Não ter nenhum telefone celular era um tal inconveniente. Amanhã, ela deveria substituir o que tinha perdido. Ela estava entrando no hall de entrada quando ela espiou Bouchard escoltado de uma familiar e bonita loira na sala de jantar. Não deveria o embaixador estar reunido com Vince neste exato momento ou já tinham terminado? Ela olhou para o relógio. Fazia menos de cinco minutos desde que Vince saiu. Não que isso deve ser alguma de sua preocupação, certo? Ainda assim, Jade olhou ao redor quando ela cruzou para a recepção, esperando Vince se materializar. — Posso usar o seu telefone, por favor? — Perguntou para a senhora na recepção do hotel. — Hey, irmã. — Chase chamou atrás dela antes que a mulher pudesse responder. Suspirando, Jade se virou para seu irmão. Ele ainda estava com um uniforme de garçom, que veio em seu socorro como um tópico desviado. — Eu


pensei que você estava se trocando para o terno para o jantar e os discursos, Chase. — Não quando eu estou mais uma vez com uma garçonete a menos. Aquela que chegou tarde desapareceu de mim. — Ele olhou ao redor, uma carranca em seu rosto bonito. — Talvez você precise ligar para a agência e registrar uma reclamação. — Oh, eu pretendo chamar Sammy depois disso. Ela vai querer saber sobre a mulher. Eu nunca tive problemas com temps de sua agência antes. — Sua atenção voltou-se para ela. — Onde está Knight? Ele disse à Baron que ele estava no caminho para chegar ao banheiro no andar de cima um par de minutos atrás. Vocês dois devem se sentar. Estamos nos preparando para o primeiro curso, você sabe. Banheiro no andar de cima? Teria ele se reunido com Bouchard no solário? Era o único lugar lógico para uma reunião privada no andar de cima. Uma reunião muito curta, considerando a presença de Bouchard lá embaixo. Seu olhar deslocou-se das escadas para seu irmão. — Chase, o embaixador de Saint-Noel e sua acompanhante chegaram lá de cima? — No olhar distraído e confuso de seu irmão, ela explicou, — Distinto cara com cabelo comprido puxado para trás, jaqueta branca— Eu sei quem ele é. Um dos garçons apenas acompanhou-os para o... — Sua voz sumiu quando um de seus funcionários chamou sua atenção. Ele olhou para ela, sua expressão impaciente. — Eu tenho que ir, irmã. Encontre o seu homem e se sente pronta. Mesa oito com o resto da turma, do lado esquerdo do pódio. O embaixador e sua companheira estavam com Wilkinson nos últimos dez minutos. Ele se recusou a se sentar quando eu escoltei Wilkinson para a sua mesa. Então, onde estava Vince? Provavelmente esperando lá em cima. Mesmo quando ela disse a si mesma que ela deveria deixá-lo sozinho, as pernas a levaram para a escada. No momento em que ela chegou ao segundo andar, Jade


estava convencida de que tinha desperdiçado seu tempo verificando Vince. O homem era um adulto, e poderia cuidar de seu negócio sem ela torcendo as mãos como uma boba apaixonada sobre a sua segurança. Além disso, o que poderia acontecer? Bouchard não era estúpido o suficiente para puxar alguma coisa aqui. Jade parou no topo da escada, inclinou o ouvido para ouvir, seus olhos varrendo o corredor. As luzes brilhavam no corredor, e ela podia ouvir os sons vindos de trás das portas de algumas das suítes fechadas. As luzes estavam apagadas no solário, mas a porta estava aberta. Sim, ele provavelmente estava lá, esperando com paciência infinita o que ele projetou tão bem. Ela começou a avançar. — Vince? — Ela gritou, empurrando a porta aberta, com mais força do que o necessário. Seus olhos corriam ao redor da sala, esperando ver sua figura alta. O quarto parecia vazio. Jade lançou um longo suspiro, recusando-se a entrar em pânico. No entanto, seu coração batia forte com medo. Ela bateu o interruptor de luz e as arandelas acentuando as paredes se iluminaram. Rapidamente, ela caminhou para a frente, verificando em torno das mesas e sofás. O quarto tinha seis baías, cada uma com sua grande claraboia quadrada, decoradas de forma diferente, e separadas por pilastras decoradas. Nada fora do lugar, e sem Vince. — Vince? — Sua voz saiu esganiçada. Ela limpou-a e tentou novamente. Na segunda vez, ela saiu mais alto, embora ainda atada com medo. Ela pensou ter ouvido um som no corredor e se virou. O sangue rugia em seus ouvidos, o pulso em sua têmpora e batendo furiosamente na garganta. Sua mão apertou em seu peito e por um breve momento, ela pensou que estava no auge de um ataque de arritmia. Engolindo em seco, Jade refez seus passos e olhou no corredor.


Vazio. Ela estava começando a imaginar coisas. Indo em sua sombra. Ela correu para a frente, parou do lado de fora do banheiro dos homens e inclinou a cabeça. — Qualquer um aí dentro? Nenhuma resposta. — Vince? Silêncio. Engolindo nervosamente e rezando para não pegar algum homem no processo de fazer o seu negócio, Jade empurrou a porta e espreitou. Um suspiro trêmulo de alívio escapou dela quando pareceu deserto. Ela deu um passo para dentro do cômodo, inclinando-se para verificar sob as portas dos banheiros. Sem pés. Sem Vince. Como poderia um homem adulto desaparecer sem deixar rastro? Jade começou a refazer seus passos quando algo à beira de um depósito de lixo pegou seus olhos - partes de uma peruca e um pano branco. As latas de lixo estavam convenientemente localizadas ao lado das pias. Não se preocupando em questionar suas ações, ela mudou-se para a frente e tirou os itens. Uma peruca morena com luzes loiras e uma blusa de seda com babados, como as garçonetes usavam esta noite. Garçonete faltando de Chase. Ela olhou para o lixo e piscou para os tecidos manchados com batom vermelho e Deus sabe o que mais escondido debaixo deles. Ok, este era um caminho sobre sua cabeça. Ela era uma professora pelo amor de Deus, não uma detetive. Apesar do silêncio motivacional, Jade não deixou a peruca e blusa para trás. Ela drapeou sua capa com segurança ao redor de seus ombros, enfiou a bolsa debaixo de sua axila, e agrupou as provas na mão. Apressando-se para fora do banheiro dos homens, ela voltou para as escadas.


Ela olhou para o corredor com portas que dão para suítes privadas. Nada parecia fora do lugar, mas isso não queria dizer nada. Ela iria verificar o carro de Vince, se ele ainda estava lá, falar com o segurança sobre o seu desaparecimento. Bouchard seria estúpido de machucá-lo com todas essas pessoas aqui esta noite, incluindo o comissário de polícia. Ela estava perto da escada quando ouviu os sons. Thump. Thwack. Bump. Carrancuda, ela parou no meio da passada e inclinou a cabeça, seu coração quase parando. Os sons vieram novamente, soando mais como maldições. Isso não é seu negócio, Jade. Continue. Os membros tinham o direito de fazer o que eles quisessem na privacidade destas suítes. Suas pernas tremendo, ela continuou em frente. Ela alcançou o topo da escada quando um pensamento lhe ocorreu. E se Vince estava na sala precisando de sua ajuda? Seus pés vacilaram e seu olhar ampliou sobre a porta, como se quisesse ver através dela. Medo obstruiu sua garganta, mas ela não podia sair. Não sem verificar. Que tola era por amar esse homem, ela repreendeu-se e olhou ansiosamente para baixo das escadas. As pessoas lá embaixo ouviriam se ela gritasse, não? Ela empurrou de lado a vontade de correr, respirou fundo, e rastejou passando os passos. Não havia mais sons vindos do quarto para o corredor, e sem um guincho. Ela se aproximou, com as costas contra a parede oposta, com os joelhos batendo. Ela estava há poucos passos de distância da Suíte Seis quando ela sentiu a pressão em seu peito. Falta de ar. Tontura. Oh, não. Não é um ataque de arritmia. Não agora. O pânico a percorreu. Faça 'manobras vagais’, Jade. Agora mesmo. Ela respirou fundo, segurou-o, em seguida, ela puxou fortemente, como se tocasse uma trombeta. Um Mississippi... dois Mississippi... três Mississippi...


Dez segundos depois, seus pulmões começaram a arder. Ela exalou, e mais uma vez, engoliu em seco, realizada, e se abateu. Mais e mais ela executara os exercícios, rezando para que eles restaurassem seu batimento cardíaco a um ritmo normal antes que alguém saísse da Suíte Seis. Ela não podia dar ao luxo de ter um episódio grave, ou a subsequente viagem a uma sala de emergência, um cateter empurrado em seu coração. Fazia anos desde que ela teve um ataque sério, mas ela se lembrava, e temia aquele cateter. Talvez ela estivesse melhor lá embaixo. Apenas no caso. Jade se virou para ir em direção as escadas assim que a porta para a Suíte Seis abriu. Ela engoliu em seco, preparou-se, e olhou para trás, a partir do canto de seus olhos. Choque bateu por ela e suas pernas ameaçaram cair. Ela lançou o ar que estava segurando e abriu a boca para gritar.


CAPÍTULO 18 — Jade. Não. Com os olhos arregalados, ela caiu contra a parede. — Eu não queria assustá-la. — Vince ofereceu-lhe a mão, mas ela se encolheu, confirmando o que já sabia. Com o rosto machucado e a camisa ensanguentada, raciocinou que ele deveria parecer uma visão. Dobrando a cabeça para que seus ferimentos não fossem visíveis a ela, ele fez uma careta, observando o olhar indefeso, acuado em seus olhos. Ela parecia ter dificuldade para respirar. — Você está bem? — Eu vou ficar bem. — Suas palavras foram desarticuladas, quase inaudíveis. — Isso não vai durar muito tempo. O que não duraria? Ela levou um bocado de ar, segurou-o até que seus olhos nadaram com lágrimas. Ela estava tendo um ataque de pânico? O rosto de sua mãe flutuou em sua mente, os olhos rolando na parte de trás de sua cabeça, movimentos bruscos do corpo, e membros se contraindo. Os anos que passara para bloquear o passado desmancharam em nada. Horror, enorme e poderoso, puxou para ele, sugando-o em linha reta em um lugar tão escuro e assustador que ele não poderia pensar ou respirar. Pare com isso. Ela não é assim. O coração de Vince bateu duro e irregular, com o rosto úmido. Seu olhar encontrou Jade, e a razão retornou. Ela estava consciente, de pé, mesmo conseguindo uma ou duas palavras. Não deitada no chão, debatendo-se. Este era apenas um ataque de pânico, e ele não era mais uma criança. Ele precisava


ser forte, não reviver um passado incapacitante que era melhor esquecer. Ele respirou fundo, colocou seus próprios demônios para o lado, e se concentrou em Jade. Vince ignorou a maneira como ela se enrijeceu quando ele agarrou seus ombros e olhou em seus olhos. — O que posso fazer para ajudar? Ela mexeu seu ombro, tentando tirar suas mãos, e ficou claro para ele. Ela ainda estava com raiva. — Eu sinto muito pelo que eu disse anteriormente, baby. Ok? Apenas me diga o que eu preciso fazer— Privacidade. — ela o interrompeu, com a voz baixa e tensa. — Vá. Vince sabia que a coisa certa a fazer era se virar e deixa-la, mas ele não podia sair. Ele não queria. O olhar assombrado em seus olhos chamavam por ele, disse-lhe que ela precisava dele. Assim como sua mãe havia necessitado antes de cada ataque. Ele empurrou o pensamento de lado. Seus olhos se encontraram em uma espécie de duelo, Jade piscando com raiva, suas desculpas ainda reconfortantes, ele esperava. Sentia-se tão inepto. Não fazia nada que ia contra sua natureza. Cada gole de ar que ela tomou apertou seu coração, fez com que seu peito doesse. Ele prendia a respiração, esperando ansiosamente até que ela exalava para ele fazer também. Assistindo a sua luta, tão corajosa, mas vulnerável, uma realização bateu Vince duro no peito. Ele estaria disposto a colocar sua vida em risco para proteger esta mulher. Ele a deixou ir o tempo suficiente para desabotoar a camisa ensanguentada, enrolá-la e deixá-la cair no chão, deixando-o em sua camiseta de algodão branco. Ele estendeu a mão para Jade e puxou-a em seus braços, estremecendo com suas contusões latejantes. Ele ignorou sua própria dor e concentrou-se em cima dela.


Ela estava rígida e inflexível, mas ele não se importava. Mais tarde, ela poderia expulsá-lo daqui para o inferno e de volta, ou se recusar a ter qualquer coisa a ver com ele. Mas ele ficaria louco se ele a deixasse lidar com isso sozinha. Enfiando a cabeça debaixo do queixo, ele esfregou as costas e murmurou palavras suaves. Ele acrescentou desculpas - por assustá-la, ser um idiota, envolvendo-a em sua investigação, acusando a mãe de roubar sua estátua. Ele não podia acreditar que ela veio até em cima para procurá-lo depois do que ele disse, mas estava feliz que ela fez. Vince sentiu os tremores correndo através dela e da umidade reveladora de lágrimas em sua camisa. Ele continuou a balançá-la, tentando absorver sua dor e amaldiçoando-se por causá-la. Lentamente, seu corpo relaxou e sua respiração se tornou normal. Ele se inclinou para trás para estudar seu rosto, mas ela se recusou a encontrar seus olhos. Ele ergueu o queixo com o dedo indicador até que seus olhares se encontraram. O olhar assombrado se foi, mas seus lindos olhos cor de avelã estavam vermelhos, seus cílios molhados. Ela havia mastigado seu batom, deixando seus lábios rosados naturais. Deus, ela era linda, mesmo depois de um ataque de choro. Ele empurrou uma mecha de cabelo do rosto e enfiou-a atrás da orelha. — Sente-se melhor? Ela enxugou os olhos com a palma das suas mãos e assentiu. — Sim. Obrigada. — Você quer agradecer-me? Não quer me bater? Ela franziu o rosto ao ouvir sua voz provocante. — Por que eu iria querer fazer isso? — Por quase a assustar até a morte. Por não dar-lhe o seu espaço quando você me pediu isso. Eu mereço um corte superior médio. — Ele piscou para ela quando ela sorriu. — Apenas certifique-se que é deste lado do meu rosto, apesar


de tudo. — Ele bateu no lado do rosto ileso. — O outro lado tem recebido demasiadas chibatadas esta noite. A transformação foi instantânea. Seus olhos se arregalaram quando ela deu um passo atrás. — Seu rosto... Eu esqueci completamente. — Ela estendeu a mão e acariciou sua bochecha ilesa. — Me desculpe, eu vou ter mais cuidado. — disse ela quando ele estremeceu, em seguida, virou suavemente a cabeça para um melhor olhar para sua contusão. — Oh, Vince. Você precisa ver um médico. A ferida doía como louco, e ele provavelmente precisava de alguns pontos, mas iria curar. Os físicos sempre curam. Mas o toque suave de Jade e a preocupação brilhando em seus olhos eram como um bálsamo para a sua alma, feridas que tinham inflamado por anos sem cura. Vince sorriu. — É apenas um arranhão, baby. Você deve ver o outro cara. — Ele acenou com a cabeça em direção à suíte, não sentindo um pingo de culpa por se gabar. Jade olhou para a porta parcialmente aberta, em seguida, de volta para ele. — O atacante ainda está lá? — Ela sussurrou. — Oh, sim. Eu estou esperando por Eddie. Ela piscou. — Meu primo? Vince concordou. Com Bouchard querendo sua cabeça, ele tinha decidido sobre um novo plano de jogo. — Eu vou ser direto com os policiais de agora em diante. Vou até registrar o roubo da estátua e falar com eles sobre os acontecimentos na galeria de Cohen. — Uma vez que ele explicasse tudo o que havia acontecido para sua tia, ele tinha certeza que ela iria entender sua razão para jogar limpo. O segredo não tinha sentado bem com ele de qualquer maneira. — Se alguma coisa grave acontecer comigo, eu quero que eles saibam onde procurar. — Bouchard. — Seu tom era distraído, sua atenção de volta em seu rosto, seus dedos pressionando sobre a maçã do rosto inchado.


— Exatamente. Como você me disse, Eddie já sabe muito. — Ele retirou a mão de seu rosto. Não importa o quão tentador que era ficar lá e deixá-la alarmada sobre ele, ele tinha que manter um olho em seu atacante. Ele abriu a porta e puxou-a para dentro. As luzes do banheiro bateram na sala - cadeiras viradas e mesa desarrumada, a roupa de cama desalojada, as lâmpadas quebradas. O olhar de Vince caiu em seu atacante ainda inconsciente no chão. — Esta maneira. — Ele tentou orientar Jade longe do homem e para o banheiro. — É como se um furacão passou por aqui. — Apertando os olhos, seu olhar correu ao redor da sala, até que ela viu o homem no chão. Com os olhos arregalados, ela deu um passo para trás. — Ele está...? — A voz dela sumiu. — Morto? Não. Apenas inconsciente. — Vince soltou a mão dela e não fez nenhuma tentativa para detê-la, quando ela deu um passo para trás. Ele não quis entrar em seu caminho ou culpá-la se ela optasse por sair. Mordendo o lábio inferior, o olhar de Jade afastou do homem de Bouchard. — Você tem certeza? Seu corpo está torcido em um ângulo tão estranho. — Isso é porque eu o amarrei com seu chicote. O mesmo que ele usou em mim. Acredite em mim, eu saberia se ele estivesse morto. — Ele não tinha dominado a arte interna de kung-fu para tirar a vida das pessoas. Nem mesmo de quem o queria morto. O soldado de infantaria do Bouchard não tinha tais escrúpulos. — Bouchard o enviou para me matar. Vestido como garçonete antes, ele me disse para encontrar Bouchard nesta sala. Mas quando cheguei aqui, — ele apontou para a figura imóvel no chão, — ele estava esperando por mim. Jade voltou para o seu lado, os olhos faiscando de raiva. — Bastardo conivente. Enquanto ele estava babando em cima de mim, estava planejando


isso. — Ela disse a ele sobre a intenção de seu irmão para registrar uma reclamação com o proprietário da empresa de temporários que ele tinha usado para contratar a garçonete faltando e as provas contundentes que ela tinha encontrado no banheiro dos homens. Vince enviou a informação em sua memória RAM para posterior recuperação. Talvez Eddie não se importasse de verificar a empresa de temporários, também. Indo pelo caminho que Bouchard operava, a real garçonete estava, provavelmente, em um latão de lixo em algum lugar. — O que você estava fazendo no banheiro dos homens? — Perguntou Vince. Jade bateu-lhe com o ombro e lhe lançou um olhar zombeteiro. — Procurando por você, seu bobo. É uma coisa boa que eu fiz também. Talvez haja algo em suas coisas que poderia ligá-lo à Bouchard. Vince tirou um cartão-chave do bolso da calça. — Ele tinha isso em seu bolso, mas sem identificação. Uma vez que tem o logotipo do clube, eu assumi que é para este quarto. Eu estava prestes a experimentá-lo quando te vi. — Ele queria trazer o ataque de pânico, mas a forma como ela estremeceu o fez decidir mantê-lo para mais tarde. Quantas vezes ela tinha os ataques e o que desencadeava eles? Ele precisava estar preparado. — Gostaria de saber sobre a mulher que está neste quarto, no entanto. Ela poderia ser cúmplice de Bouchard. — Ele acompanhou uma mulher para jantar hoje à noite. Não deve ser difícil descobrir se ela é a aquela a estar neste quarto. — Jade assentiu em direção ao banheiro. — Vamos. Eu preciso ver o dano no seu rosto. Enquanto isso, você pode me dizer por que o homem de Bouchard não tem uma marca nele, ele ainda está inconsciente, enquanto você, com sangue por todo o seu rosto e um olho fechado quase inchado, está andando por aí, todo alegre. Ele balançou as sobrancelhas. — Habilidades loucas, baby. — Sabichão. Sente-se. — Ela apontou para o vaso sanitário fechado, uma vez que entrou no banheiro espaçoso. Vince deu uma olhada em seu rosto no


espelho em cima da pia e gemeu. Oh homem, não admira Jade perdeu-se lá fora. Levaria dias para o inchaço diminuir, e ele não tinha dias. Esta noite era para ser especial, mas seu rosto amassado iria levar Jade longe. Só isso já era o suficiente para fazê-lo querer pegar Bouchard. — Vai ficar melhor quando eu limpá-lo. A voz reconfortante de Jade se intrometeu em seus pensamentos como se soubesse exatamente o que estava em sua mente. Quando ela puxou seu braço, Vince sentou e observou-a emprestar uma toalha de rosto do rack do banheiro e molhá-la. Ele fechou os olhos quando ela começou a limpar seu rosto, seu toque suave e cuidadoso. Era engraçado como o momento fez o retrato maior tornar-se tão claro. Ele queria essa mulher em sua vida. O toque suave de sua mão em seu corpo. O cheiro familiar de sua pele quente provocando seus sentidos. O som melodioso de sua voz em seus ouvidos. As coisas que ele deliberadamente evitava, mas agora não podia imaginar viver sem. Havia apenas um pequeno problema. Ele não estava procurando compromisso. O que ele poderia oferecer à uma mulher além de grande sexo? Vince fez uma careta. Com Jade, ele não podia sequer usar isso como alavanca. — Como é que Eddie reagiu ao seu chamado? — Ele mostrou interesse até que eu mencionei onde eu estava, então ele enlouqueceu. Maldito farda azul, ameaçou me transportar para a cadeia se eu sequer deixasse essa suíte. Qual era o problema? — Vir aqui, eu acho. Eddie não gosta muito de Wilkinson. Ou do seu pai. — acrescentou em tom de desculpa. — Não me pergunte por quê. Ele nunca explicou. Enfim, eu só espero que ele não faça nenhuma loucura. — Como? — Chegar aqui com a estridente sirene.


Vince fez uma careta. Ele esperava que tivesse feito a coisa certa entrando em contato com o detetive durão. A última coisa que ele precisava era de Bouchard saber que o seu homem não tinha conseguido. — Feito. Tudo o que temos a fazer é levá-lo para uma sala de emergência e tê-lo costurado. Vince ia verificar sua obra, e então a porta da suíte se abriu.

*** Bouchard não fez nenhuma tentativa de aproveitar o seu jantar ou ouvir os discursos políticos chatos. Yannick não tinha chamado como préprogramado, o que só podia significar uma coisa. Ele falhou. Obviamente, ele tinha subestimado Knight. Quanto à Yannick, tal incompetência não seria tolerada. Vingança pode não trazê-lo mais perto de alcançar seus objetivos, mas iria apaziguar a ira agitando em seu intestino. Bouchard tomou um gole de bebida e sorriu para seus companheiros. A atriz já não era útil para ele. O comissário de polícia e sua esposa, por outro lado, tinha um monte de possibilidades. O homem tinha sido gentil o suficiente para dar-lhe o seu cartão de visita, com o seu número de telefone de casa rabiscado no verso. O conhecimento de que ele pudesse manipulá-los ou qualquer pessoa, enredar e executar qualquer coisa bem debaixo de seus narizes e fugir com ela normalmente lhe trouxe muita satisfação. Não esta noite. Sua mão apertou em torno de seu copo de vinho de cristal. Vince Knight. Era tudo culpa dele. Sem mais, dependendo de subordinados incompetentes. Ele deve saber mais sobre o seu inimigo, suas fraquezas. Cada homem tinha uma. — Então, Senhor Comissário? É verdade que você está perto de descobrir a identidade da pessoa por trás do pequeno acidente do juiz Abe?


O sorriso morreu nos lábios de Bouchard com a questão da atriz e um aperto esmagador trancou em seu peito. Aquele velho tolo Montague tinha deixado testemunhas? O comissário tomou seu tempo limpando a boca antes de colocar o guardanapo. — Sinto muito, senhora Evans. Eu não tenho liberdade— Você está investigando o incidente, porém, não é? A teoria de suicídio não convenceu seu departamento. Na verdade, o seu pessoal, incluindo você, se recusou a comentar sobre isso desde que aconteceu. Mas você está entre amigos agora, Senhor Comissário. — Ela sorriu para Bouchard e piscou para a esposa do Comissário. — Nós prometemos não correr para os tabloides. É verdade que você está perto de resolver o caso? O homem parecia encurralado, e em uma situação diferente, Bouchard teria intervido. No entanto, ele queria ouvir a resposta do homem. — Ouvi dizer que há uma testemunha que viu outra pessoa com o juiz sobre o telhado antes que ele pulasse. — continuou a atriz, recusando-se a ser desencorajada. Bouchard drenou sua bebida, seu olhar em busca de Montague. Certamente, não demoraria muito tempo para correr em cima e descobrir o que aconteceu com Yannick? Um sentimento próximo ao desespero seguiu o calcanhar de sua raiva. Idiotas. Ele estava cercado por idiotas, todo o lote deles. Não depois de hoje à noite. Ele iria se livrar deles. De todos.

*** Nenhuma sirene anunciava a chegada de Eddie, mas ele entrou na suíte Seis com o superior cão oficial de segurança do Carrere Club - um homem alto, loiro bem construído a quem apresentou apenas como Walden, nenhum nome.


Jade abraçou seu primo enquanto Walden verificou o pulso do homem inconsciente. — Ele está vivo. — Walden estreitou os olhos enquanto seu olhar varria a sala. Era óbvio que ele não estava se divertindo que algo como isto aconteceu em seu horário. Eddie, por outro lado, parecia encontrar um monte de motivos para sorrir. Exceto que o sorriso era dirigido à Vince e foi concebido para incitar. — Então? Quer me contar o que aconteceu, mais uma vez, Knight? Vince calmamente explicou sua tentativa fracassada de entrar em contato com Bouchard na embaixada Saint-Noel, o acidente encenado, e a mensagem da garçonete, que mais tarde lhe deu uma emboscada na suíte. Jade notou que ele não entrou em detalhes sobre o que aconteceu entre ele e seu agressor, exceto para dizer que o homem o atacou e ele se defendeu. Eddie não pediu detalhes também. Uma vez que ela acrescentou seu pouco, seu primo e Walden trocaram um olhar insondável e o homem da segurança saiu da sala. — Ele atacou você e você defendeu-se. — Eddie repetiu as palavras de Vince, a zombaria em sua voz ostensiva. — Um pouco modesto, não é? — Ele se agachou pelo homem inconsciente e estudou o chicote em torno de seus pulsos e tornozelos, sem tocá-lo. — É verdade que um deles pode cortar o osso? — Sim. — Quantos fios na ponta dele? — Um. Oito polegadas. — Você é um sortudo. Vince deu de ombros. — Eu acho. Eddie cortou-lhe um olhar enviesado. — Ou talvez a sorte não tenha nada a ver com isso.


Vince levantou uma sobrancelha, o músculo em sua mandíbula correndo. — Significa? Eddie saltou para seus pés. — Significa ponto de pressão, toque da morte, ou seja, lá o kung-fu mumbo-jumbo que você usou esta noite que precisa de treinamento. Espero que você possa reanimá-lo, e eu espero que ele não vá sofrer nenhum dano permanente. Vince fez uma careta. — Vamos lá, cara. O bastardo veio atrás de mim com tudo o que tinha. Ele foi rápido, mais bem treinado do que eu. Eu não tinha escolha a não ser fazer o que eu podia para detê-lo. — Ele esfregou a nuca, franzindo o cenho. — Mas se ele está gravemente ferido, eu vou assumir a total responsabilidade, enfrentar as consequências. — Está certo. Eu vou segurar você— Pare. — Jade quebrou, trazendo sua atenção para ela. — Por que vocês dois estão um na garganta do outro? Temos o homem de Bouchard e provas suficientes para enterrá-lo. Vince precisa de pontos sobre a sua cabeça, e não palestras, Eddie. Ele disse a você que ele quer jogar limpo? Relatar o roubo e explicar a nossa presença na galeria de Cohen? Eddie olhou para Vince. — Não, ele não fez. Mas eu suspeitava que algo estava acontecendo, quando ele chamou. Sua resposta agora o explica. Desculpe por ter pegado pesado com você, cara, mas eu tinha que saber. — Ele ofereceu sua mão para Vince, que balançou sem hesitação. — Nós estamos frios? Vince concordou. — Sim, nós estamos. — Eu vou fazer o que posso para suavizar as coisas para você quando você chegar, mas agora, eu preciso recitar os Direitos de Miranda para o desprezível. Observando-os, Jade balançou a cabeça em confusão. Homens. Ela nunca iria entender. Vince mudou-se para o lado do homem, deslocou-o, e entregou um tapa em suas costas, mesmo entre as escápulas. O olhar de Jade


ficou bloqueado no rosto do homem, hipnotizado. Seus olhos se abriram em primeiro lugar, em seguida, correu em volta do quarto. Ele torceu furiosamente, numa tentativa fútil de se libertar de suas restrições, e vomitou maldições em francês. Jade mudou-se para ficar ao lado de Vince, rodeada por suas habilidades. Ela estava prestes a dizer algo quando Walden entrou na sala com um saco de lixo e jogou o conteúdo no chão. O colete Borgonha de garçonete, gravata borboleta, maços de tecido com batom vermelho... — Jade. A voz de Vince trouxe sua atenção de volta para ele. Ele estava segurando o casaco e colete, sua capa e bolsa. Ela pegou seus pertences e seguiu-o para fora, onde ele pegou sua camisa do chão. Eddie se juntou a eles e emitiu instruções como um sargento. — Por enquanto, esta é a história que nós vamos dar aos caras no térreo, incluindo Chase. Um homem de Bouchard fingiu ser uma garçonete para que ele pudesse se esgueirar no andar de cima para as suítes e arrombá-las. Walden ouviu sons suspeitos de um dos quartos, surgiu para investigar, e interrompeu-o. A evidência encontrada por Jade apoiará a história, e Chase vai ajudar a identificálo. Não vamos mencionar você, o cartão-chave, ou a conexão entre ele e Bouchard, até chegarmos a ele no centro. — E sobre a garçonete que ele estava substituindo? — Perguntou Jade. — Eu vou verificar isso uma vez que eu falar com Chase. — Eddie olhou para Vince. — Eu quero que você segure sobre o roubo e a visita de Cohen até o meu apelo. Vocês dois mantenham a mentira por um tempo, também. Talvez o nosso assassino travesti possa tirar um apelo por entregar seu chefe. Jade balançou a cabeça. — Quão bom isso vai ser? Bouchard tem imunidade diplomática.


— Nós podemos tornar a vida muito difícil para ele, ele vai fugir daqui e voltar para qualquer fossa da qual ele se arrastou para fora. — Houve um breve silêncio, durante o qual o olhar de Eddie saltou de Vince para ela, e de volta para Vince. — O que foi? — Perguntou Vince. — O acidente de seu pai está sendo investigado. Eles estão mantendo segredo, mas é muito intenso. Qualquer um com um rancor contra ele está sendo questionado. Estou falando de pais caloteiros, mães que perderam seus filhos para o sistema por causa de sua decisão, e até mesmo jovens infratores que ele tinha enviado para o corredor. Até agora, eles secaram em branco. — Eddie parou e fez uma careta. Mais uma vez, ele olhou para ela. — Se vocês dois querem conversar em particular... — Jade ofereceu. — Não. — Vince pegou a mão dela na sua. — Seja o que for, ele pode dizer isso na sua frente. — Ele deu a Eddie um olhar impaciente. — Não vai demorar muito até eles descobrirem sobre o evento de 10 anos atrás, Knight, e conectá-lo com você. Especialmente com suas fotos flutuando em torno da delegacia. Jade não precisou olhar para Vince para saber que ele ficou tenso. Seu punho apertou-lhe a mão, depois relaxou. — Obrigado por me avisar. — Vince disse a ele. Eddie encolheu os ombros e estendeu a mão para a maçaneta. — Sim, eu sou um Don Quixote regular. Vocês dois devem usar a porta de trás. — Ele desapareceu dentro da Suíte Seis. Eles fizeram o caminho para o carro de Vince sem encontrar ninguém. No mesmo momento, eles deixaram o clube e foram rumo ao leste em direção à UCLA e sala de emergência mais próxima. Jade não sabia o que dizer para aliviar o silêncio espesso dentro do carro. Pior, ela sabia que envolvia o pai de Vince, um assunto tabu que ela estava morrendo para afundar seus dentes. A maneira


que Vince agarrava o volante e olhava para frente a advertiu. Qualquer tentativa de conversa foi recebida com respostas monossilábicas. Quanto mais perto chegavam do hospital, se tornavam mais tensos. Jade decidiu não prosseguir com isso quando eles estacionaram do lado de fora do hospital e se dirigiram para a sala de emergência. Parecia uma eternidade, enquanto o médico ER costurava a testa de Vince e enfaixava o ferimento. Ele tinha sido assaltado, Vince explicou quando o médico verificou o resto de seu corpo para contusões e ossos quebrados. Sem ossos quebrados, mas ele tinha hematomas suficientes para interessarem Jade. Se o médico acreditou na história de Vince ou não, era outra questão. Ele usou anestesia local e trabalhou no rosto ferido, então disse a ambos como cuidar da ferida e para voltar em uma semana para os pontos serem removidos. Jade não falou muito, uma vez que deixou a sala de emergência. Eles estavam no meio do caminho para casa quando ela reuniu coragem suficiente para perguntar: — O que aconteceu há dez anos, Vince? — Isso não é importante. — Deve ser se incomoda tanto. — Eu não estou incomodado. Está no passado. Algo melhor é esquecer. Ela recusou-se a ser intimidada por sua concisão. — Ah, vamos lá. Isso pode ter lhe escapado, mas seu passado esbarrou com você. Caso contrário, Eddie não teria avisado. — Ele não disse nada. — Eu sei que tem algo a ver com o seu pai, algo que pode fazer os policiais pensarem que você é culpado por empurrá-lo. Nenhuma resposta. Isso se estendeu, e Jade estava convencida de que iria explodir com outra frase lapidada. — Quantos anos você tinha há dez ano,s de qualquer maneira? Vinte... Vinte e um... vinte e dois...? Ele soltou um grunhido baixo. — Vinte e quatro. Você é sempre tão tenaz? — Só quando é algo importante. O que aconteceu?


Um suspiro escapou dele. — Eu invadi a corte quando meu pai estava presidindo um caso e acusei-o de ser uma fraude e impróprio para julgar. Ela não esperava isso. Mas, novamente, ele disse a ela que seu tio Remus e sua mãe o haviam criado, não seu pai. — Diga-me desde o início. Por favor. — Minha mãe trabalhou para Dixon quando ele era um Procurador Federal. Eles se envolveram e ela ficou grávida. Dixon não queria a responsabilidade e eles decidiram se separar. Essa foi a versão que minha mãe me disse quando ela estava morrendo. — Mas? — Avance até dez anos atrás. Eu encontrei seu diário e tinha a história real. Sim, ela estava grávida e queria ficar com o bebê enquanto o juiz não queria. Ele disse a ela para removê-lo, ela se recusou. Seu médico, a quem mais tarde ela soube era um amigo do juiz deu-lhe um monte de razões médicas porque ela tinha que passar pelo aborto. Quando ela confrontou o juiz, ele tentou comprála. Quando isso falhou, ele ameaçou usar suas influências para tê-la declarada uma mãe ruim e a criança tirada dela e colocada para adoção ou na assistência social. Seu coração afundou no nada sem fundo quando lágrimas agruparam em seus olhos. Ela atraiu uma respiração afiada, mas não aliviava a dor no peito ou impedia as gotas de rolarem pelo seu rosto. — Como poderia? Ela estava carregando você... seu filho. Vince deu de ombros. — Ele não queria reconhecer ou ser selado com um filho ou uma esposa. Fez seus papéis assinalando de que ela nunca iria tentar entrar em contato com ele ou me dizer sobre ele. Eu não sabia que ele estava vivo. Não até que eu estava no colégio. — Oh, querido. — Ela estendeu a mão e agarrou a sua. — Eu sinto muito.


— O que você tem que se desculpar? — Como se ele percebesse que sua voz era áspera, ele suavizou. — É uma história antiga que esta investigação louca está dragando. Realmente não importa. Apesar de suas palavras, ela sentiu a tensão derramando dele. Ele ainda sentia, e seu coração sangrou por ele. Que tipo de monstro rejeitaria sua carne e sangue, em seguida, virava, e ameaçava a mãe? Será que sua mãe sabia? — Me desculpe, eu empurrei você para obter respostas. — disse Jade. Vince manteve o silêncio, quando ele entrou na rua que levava ao seu apartamento. — Talvez fosse melhor que você tenha feito, quem sabe. Eu não falei com ninguém sobre isso desde que minha mãe morreu. — Homens como o juiz deveriam ser chicoteados, castrados. — Sua voz tremia tanto que as palavras saíam desconexas. — Hey. — Vince estacionou a caminhonete, apagou as luzes, em seguida, virou-se para tocar seu rosto. — Não chore sobre isso, baby. Não sinta pena de mim, também. Eu tive isso muito melhor do que alguns. — Como você pode dizer isso? Você perdeu sua mãe e ele rejeitou você, o filho da puta. Ele varreu uma lágrima de sua bochecha com o polegar, e depois inclinou-se para beijá-la. — Ele não vale nem um pouco de suas emoções, Jade. Isso podia ser verdade, mas seu homem merecia ser amado, e ela queria fazer isso hoje à noite, e todas as noites durante o tempo que ele deixasse. Ela iria trazer o riso de volta em sua vida e enterrar toda última memória desagradável que seu pai idiota havia criado.


CAPÍTULO 19 Vince abaixou a cabeça e lhe deu um beijo suave, sem urgência. Jade ansiava por mais calor, mesmo que por apenas alguns segundos. Com suas contusões, ela tinha certeza que os planos desta noite estavam fora. Enfiou-lhe a língua e provou sua doçura. Ele soltou um grunhido com fome, deslizou seus dedos por seu cabelo, e aceitou o convite. O beijo que se seguiu, quente e carnal, teve sua dança pulsada e saltada. Ele recuou, arrastando seus lábios ao longo de sua mandíbula até sua orelha. — Você tem um gosto maravilhoso. — Sua voz rouca tinha uma vantagem instável. — Eu não posso esperar para provar cada centímetro do seu corpo glorioso. Uma sensação vertiginosa caiu sobre ela da promessa em sua voz. Ela cobriu o rosto e olhou para seu rosto banhado pela luz de segurança do lado de fora de seu apartamento. — Vince, tem certeza de que, uh, deveria? Eu não quero agravar seus ferimentos? Ele riu baixinho. — Algumas contusões não estão me impedindo de te amar, Jade Fitzgerald. Não esta noite. Eu preciso de você. — Ele recuperou sua boca, novamente. Seus dedos cravaram em seus braços e ele estremeceu. Se ela tivesse pressionado sobre uma ferida? Ela o soltou e arrancou sua boca da dele. — Seu braço... eu te machuquei?


Ele suspirou e baixou a cabeça para pressionar suas testas juntos. — Não, você não fez. Esse é o meu corpo respondendo a você. Não tenha medo de me tocar, Jade. Eu não poderia suportar isso. Parte dela se admirava de que ela poderia fazer um homem tão poderoso e confiante como Vince tremer com a necessidade. A outra parte, a parte insegura, temendo que ela pudesse não ser capaz de agradá-lo. Ele deu a seu rosto uma leve carícia. — Venha. Vamos para dentro. Jade ainda estava recuperando o fôlego quando ele saiu, virou a caminhonete e abriu a porta do passageiro. Eles correram para o apartamento dele. Uma vez que ele abriu a porta, ele a puxou para dentro e fechou a porta com o pé. Vince ligou o interruptor, então se virou para observá-la. Seu rosto ferido ostentava um olho roxo, criando um efeito de pirata, deixando-a sem fôlego. Sua intensidade a deixava nervosa e um pouco autoconsciente. Ele soltou um suspiro e sorriu, suas covinhas adoráveis piscando, amolecendo seu interior. — Esperei muito tempo para isso. Queria rasgar o vestido fora de você desde que você o colocou. — Ele estendeu a mão para traçar a alça do vestido, acariciar seu rosto, movendo-se para pressionar no pulso furioso na base de seu pescoço. — Tão suave. Jade engoliu em seco, sem saber o que fazer. Ele a fez se sentir tão vulnerável, mas ela sabia que ele nunca iria machucá-la. Não por suas ações ou palavras, não intencionalmente. Talvez se ela explicasse o passado... Vince não lhe deu uma chance. Mudou-se em seu espaço, grande, vibrante e totalmente masculino. Seu cheiro, uma mistura de suor e invernoverde, bateu nela. Ele era tão avassalador que Jade instintivamente deu um passo para trás, trazendo-a de volta contra a parede. Um sorriso satisfeito roçou os lábios sensuais quando ele se preparou, palmas das mãos na parede atrás de sua cabeça. Ela o viu estremecer, mas antes


que pudesse dizer qualquer coisa, ele abaixou a cabeça para beijá-la. Seus lábios, tão primorosamente suaves e sedutores, roubaram o fôlego. Seu interior derreteu, seu cérebro transformando em neve. Não sabendo o que fazer com as mãos trêmulas, Jade chegou até a pressioná-las levemente contra seu peito. Ela podia ouvir seu coração batendo forte de emoção. Ela acariciou-o através do tecido de algodão, querendo acalmar os hematomas que ela tinha visto em seu peito durante o exame no ER. Apesar de sua garantia, ela não podia suportar causar mais dor à ele. Suas mãos deixaram a parede, uma em sua nuca, a outra para acariciar seu rosto, seu pescoço, em seguida, deslizou para baixo em sua lateral para descansar em sua cintura. Em todos os lugares que ele tocava deixava um rastro de fogo, sua pele formigando, seus sentidos zumbindo. Seja qual for, o mínimo de controle que ela tinha escapou. Jade virou a cabeça para trás, quebrando o beijo. — Vince. Por favor. Desacelere. — Por quê? — Seus lábios morderam o ombro, fizeram uma breve pausa para pegar a alça do vestido com os dentes e deslizá-la para fora. Jade não conseguia controlar os arrepios ou o desespero a persegui-la. — Nós precisamos conversar primeiro. Por favor. Sua cabeça se levantou, os olhos ardendo de desejo e descrença. — Agora? Sua voz nervosa causava calor a subir seu rosto. Ela queria olhar para longe, rastejar em algum lugar e esconder a sua vergonha, mas estava cheia de ser uma covarde. — Sim. Ele esfregou o rosto. — Não me diga que isto é sobre meus machucados novamente. Por favor. Eu estou bem. Eu não sou frágil, eu posso deixar alguns solavancos me impedir de amar-


— Silêncio. — Ela puxou sua mão para baixo, acariciou sua bochecha, o curativo cobrindo a sobrancelha direita, o rosto um pouco inchado. Como ela poderia pedir para ele parar quando ele era tudo o que ela sempre quis? — Não é isso. Mas há algo que você deve saber antes de... antes de fazê-lo. Ele soltou um suspiro de alívio. — Ok. O que é? — Eu não sou muito boa nisso. Ele inclinou a cabeça, confusão piscando na profundidade de seus olhos. — Não é boa em quê? — Fazer amor. — Seus olhos se voltaram para os lábios, inchados de seu beijo. — Sexo. — ela esclareceu. Sua expressão suavizou. — Quem lhe disse isso? — Meu ex-marido. Foi bastante agradável quando nós, uh, fizemos aquilo, mas eu raramente... você sabe. Ele franziu o cenho. — Atingiu o orgasmo? Suas orelhas ficaram quentes, a vergonha cortando profundo. Ela olhou para o pulso batendo furiosamente na base de sua garganta e assentiu. Ele tinha a pele tão suave, quase nenhum cabelo visível acima do decote em V de sua camiseta. Que gosto ele teria ali? Talvez ela nunca fosse descobrir. — Ele disse que era sua culpa. A cabeça de Jade subiu na mordida em seu tom e seus olhares colidiram. Ele estava zangado com ela? O seu timing pode ser ruim, mas era melhor prepará-lo do que tê-lo afastando-se dela com decepção. — Me desculpe, eu estou trazendo isso agora, mas eu não quero... não queria falhar. Ele, meu-ex, disse que eu era uma decepção na cama. É por isso que ele dormiu com outras mulheres. Vince sufocou uma maldição e segurou seu rosto, seus olhos perfurando os dela. — O desgraçado mentiu.


Ela piscou. — Mentiu? — Está certo. Hoje cedo, antes de sairmos para a festa, foi falsa a sua resposta? Seu orgasmo? Jade balançou a cabeça com tanta força que seu cabelo voou para suas bochechas. — Claro que não. Foi o mais admira... — ela se pegou e engoliu em seco, lutando contra um rubor. — Não, eu não. Seu polegar acariciou seus lábios. — Eu não penso assim. Você é uma mulher apaixonada e seu ex era um idiota. — Ele a beijou suavemente. — Nós vamos provar que ele estava errado hoje à noite. Melhor ainda, você vai revelar o verdadeiro você hoje à noite. Repetidas vezes. Num minuto ele estava prometendo-lhe o Nirvana, no próximo, seus lábios estavam fazendo amor com sua boca. Logo, os úmidos, demorados beijos tinham ela choramingando com a necessidade, fazendo-a sentir-se impotente. Quente. Tonta. Ele pressionou contra ela, quadril com quadril, sua ereção empurrando contra sua barriga. Ela desejava que ela fosse ousada o suficiente para chegar até lá e tocá-lo. — Diga-me como você se sente querida. — ele ordenou. Ela mal podia respirar, muito menos formar uma sentença completa. Jade abriu a boca, mas nada veio fora, só jorradas de ar e gemidos de prazer. Em vez de falar, ela mostrou a ele. Com seu corpo, ela apertou e esfregou contra o seu. Com a boca travada com a sua, línguas escovavam e provocavam. Com as mãos, rodando seu rosto, seus ombros e braços fortes, o peito... Ela reuniu coragem suficiente e baixou as mãos para sua bunda mortal. — Perfeita. Jade não percebeu que tinha falado em voz alta até Vince acalmar e deixar escapar um suspiro. — Não, querida. Esta é a perfeição. — Suas mãos em concha nos seios através dos materiais de chiffon. Seus mamilos já tinham


endurecido para saliências apertadas. Suas mãos hábeis causavam prazer atirando a partir de seu toque para seu núcleo interno. — Tão receptiva. Eu poderia gozar apenas por tocar em você. Assim, ela poderia, como ela fez antes, sob as mãos hábeis. Ela enfiou a mão sob a camisa, tocando suas costas, tendo prazer nos músculos contrastantes sob a palma da mão. — Quer tirar? — Sim, por favor. — Tão educada. Temos que mudar isso. Hoje à noite. — Ele levantou os braços. — Vá em frente. — Quando ela hesitou, ele acrescentou: — Tire-a. Jade riu. — Você é tão mau. — Ela agarrou a parte inferior de sua camiseta e empurrou-a para cima. Sem a sua ajuda, ela teve que ir à ponta dos pés para conseguir passá-la por seu peito. Quando ela viu o sorriso dele, fez uma pausa. Ele estava gostando de brincar com ela, o cachorro bonito. Talvez ela pegaria coragem suficiente para provocá-lo de volta, querendo fazê-lo com a mesma intensidade desenrolando dentro dela. Com os braços para cima, preso pela camiseta, ele estava aberto para sua leitura. Observá-lo tirar a roupa não tinha preparado Jade para a sensação de seu corpo quente tão perto dela. Ela olhou, engoliu em seco e olhou um pouco mais. Pele bronzeada calva caída sobre os músculos esculpidos, poderosos ombros largos e estômago sulcados brilhavam com o poder. Algumas cicatrizes aqui e ali, contusões frescas ao lado e mais algumas, só o fizeram mais fascinante. Ela deu um beijo em uma contusão antes que pudesse se conter. Um gemido masculino escapou dele. Ela o surpreendeu. Ela surpreendeu-se. Seu ex nunca foi para as preliminares, e nunca lhe permitiu tocá-lo assim. Ficando mais ousada, ela mordiscou em seu peito, amando o calor de sua pele macia, o poder bruto contido por baixo, mas sempre cuidando para não machucá-lo. Quando


ela lambeu em seu mamilo, o músculo debaixo pulou, provocando sua boca úmida. Passou os dentes e ele tremeu. Wow. — Você está me deixando louco. — Ele puxou a camisa e jogou-a para trás, os olhos disparando faíscas, a respiração instável. Não sabendo o que ele diria, seu olhar deslizou para o cabelo esparso desaparecendo dentro de suas calças. Sua ereção era visível, convidando ao toque. Jade engoliu em seco. Ela poderia se atrever? Ela ouviu a sua respiração tornar-se dura. Quando olhou para cima, ela observou os olhos turvos, o suor na testa. — Você é magnífico. — disse ela. — Então me toque. Por favor. — Ele acariciou seu rosto, mudou-se para os lábios e os interiores sensíveis de sua boca. Seu coração deu um baile frágil quando ela deslizou a mão mais baixo. Seu abdome esculpido deslocado, contraindo enquanto ele respirava fundo. Em seguida, ela colocou a mão em torno dele. Oh, meu. Ele era longo. Duro. Ela não tinha ideia sobre o comprimento normal da maioria dos homens, mas Vince era incrível. Maior do que ela tinha fantasiado. Acariciou-o, desde a base até a ponta. Vince soltou um gemido trêmulo, virou-lhe o queixo para beijá-la. Sua mão pescou sob seu vestido para seu seio, escovando um polegar sobre um mamilo apertado. Seu corpo estremeceu, eletrificada por seu toque. Ela soltouo para firmar-se contra a parede. — Oh, baby. — ele suspirou asperamente. — Você não sabe o que faz para mim. — Ele estendeu a mão para a bainha de seu vestido, ajuntando-o lentamente, seus dedos brincando com sua pele através da meia-fina. Ele alcançou o topo de sua perna, acariciando-lhe a pele nua.


Jade engasgou com o calor e prazer se espalhando por suas coxas até a articulação entre as pernas. Quando ele avançou mais, agarrou suas nádegas e apertou-a contra si, a sensação vertiginosa caiu sobre ela, mais uma vez. — Cristo. — A mão dele esvoaçou sobre a fenda que separa suas nádegas e moveu-se rapidamente ao redor de seus quadris para a frente. — Você não está usando— Calcinhas? Sim. — Ela sorriu quando ele se inclinou para trás para olhar para ela com admiração. — A noite inteira? — Sim. Ele riu, passou os braços em volta de sua cintura e bunda, e pegou-a como se ela não pesasse nada. — Eu sabia que tinha um traço bizarro em você. Jade riu, envolvendo suas pernas ao redor de sua cintura e os braços em volta do pescoço. Bizarro? Nah, ela estava longe de ser isso, mas ela não se importaria de tentar algumas coisas impertinentes com ele ou sobre ele. Ela sorriu para ele, apreciando a forma como os músculos deslocavam quando ele a levou para o quarto. — Posso fazer outra confissão? — Enquanto não me impedir de fazer isso... — Ele enterrou o rosto entre os seios, acariciou, e respirou profundamente. — Hmm, você cheira maravilhoso. Seu hálito quente fez sua pele formigar. Com seu interior fundido, que era uma maravilha, ela encontrou sua voz. — Esta foi a primeira vez que eu deixei a calcinha. Eles entraram em seu quarto e ele acendeu a luz com uma escovada de seu ombro. Uma vez que ele a deixou à beira de sua cama desfeita, ele cutucou os joelhos abertos quando ele se ajoelhou e se estabeleceu entre eles. — Por que isso? — Ele perguntou com uma voz preocupada. — Você. Você me faz querer experimentar coisas. Agir de forma diferente. — Ela acariciou seu rosto virado para cima.


— Diferente bom ou diferente ruim? — Ele pegou a bainha de seu vestido e atirou-o para cima, expondo os joelhos, em seguida, suas coxas. — Oh, ruim. Muito, muito ruim. — Ele riu. — Bom, porque isso faz dois de nós. — Ele acariciou suas panturrilhas, baixou a cabeça para mordiscar em sua coxa. A intimidade surpreendente roubou o fôlego de Jade. Nunca passou pela sua mente protestar ou cruzar as pernas. Basta ter ele ali entre suas pernas, de joelhos, com a boca algumas respirações longe de tocá-la intimamente para hipnotizá-la. — Encoste-se. — Vince ordenou. Jade cumpriu, descansando sobre os cotovelos, sua respiração irregular, seu olhar firme. Esperando. Ansiosa. Apreensiva. Ela deve parecer como uma devassa com seu vestido agrupado em torno de sua cintura, seus estiletes, e ela atrás nua. Sua mão deslizou debaixo dela, puxou-a para mais perto da borda da cama, enquanto a outra empurrou-a mais aberta. Suas coxas tremiam, o rosto em chamas. Sentia-se tão vulnerável, exposta, uma massa tremendo de nervos. Mesmo o fato de que ela tinha se depilado e se preocupado com suas partes íntimas no início da noite não tornava mais fácil. Ele estava lá, olhando para ela com fascinação extasiada. Suas inseguranças dobraram. — Linda. — ele respirou contra sua carne aquecida, em seguida, beijoua, ali mesmo no ápice de suas coxas. Sensações cruas balançaram seu corpo, suas ansiedades esquecidas. Gemidos escaparam de sua boca, contorcendo o corpo. O sentimento foi além de qualquer coisa que ela já sentiu. Em poucos segundos, ele tinha tomado o controle de seu corpo, sua mente, tudo o que ela já tinha conhecido e virou-os. Nada mais importava apenas ele. Sua boca sexy. Sua língua perversa. A maneira como ele a fazia sentir.


Jade segurou em torno da cama, pressionando contra sua boca, procurando mais. Nada a havia preparado para isso. Nem seus livros de romance, e nem filmes ou seriados populares, e nem seu fiel vibrador. Nada poderia ter. Seu braço soltou e ela caiu de costas. Não sabendo o que fazer com as mãos, ela estendeu a mão para a cabeça, fechando os olhos em êxtase. Um zumbido profundo escapou de sua boca quando o prazer disparou. Tornou-se um grito de luz explodindo por trás das pálpebras e sangue rugiu em seus ouvidos. O ápice estava arremessando-a em um turbilhão de sensações em que nada mais importava, mas o prazer, deixando sem funcionar, ondulante, e sem fim. Seus gritos encheram a sala, ela repuxava o corpo, quase empurrando-o para fora dela, mas ele a manteve firme. Seus golpes ousavam, a boca ainda sedenta por ela. Lágrimas encheram seus olhos e tornou difícil ver Vince quando ele mudou. Ele se esticou, escancarou sua gaveta de cabeceira. Ele ficou com o preservativo entre os dentes, as mãos indo para o cinto. Senhor, ele era magnífico. Jade queria rastejar em cima dele e engoli-lo inteiro. Sentou-se, colocou as mãos para o lado, e abriu o zíper de suas calças com os dedos trêmulos. Ela enfiou a mão dentro para encontrá-lo. A sensação dele, duro, longo e grosso, aveludado, porém suave, ondulado com veias, era divino. Ela empurrou suas calças para baixo para suas coxas para revelar tudo dele. Oh, meu. Levantou-se majestoso de um tufo de cabelo encaracolado ébano. Então, curioso, nunca passou pela sua mente se envergonhar. Ele fascinava com seu poderoso corpo, as cicatrizes, tudo o que fazia Vince Knight. Seu amante. Sua fantasia. Sorrindo, ela acariciou e apertou-o. Quando ele gemeu, ela sussurrou: — Eu quero fazer isso direito. Diga-me o que fazer.


— Baby, mais certo que isso e minha cabeça vai explodir. — Ele arrancou o preservativo e embainhou-se sob o seu olhar. O olhar em seus olhos quase fez ele gozar. Vince nunca tinha visto tal fascínio, tal desejo desinibido, como se ela não pudesse esperar para saltar nele. No entanto, ele sabia que ela não era tão experiente. Que ele tinha que ir devagar com ela. Ela fugiu para o meio da cama, tirou o vestido fora, e jogou-o de lado. Seu sutiã seguiu. Quando ela chegou para seus saltos altos, ele pegou a mão dela. — Deixe-os. Ele se juntou à ela, ajoelhou-se entre os joelhos levantados, seu olhar varrendo ela. Seus olhos castanhos brilhavam de antecipação. Seu perfume, rosas selvagens, misturado com o cheiro de sua excitação. Vestida com a cintaliga preta e meias que contrastavam com suas coxas cremosas, aqueles saltos, e seu colar de esmeraldas, ela estava direto virando sua fantasia. Muito mais do que ele tinha imaginado. Droga, ele poderia gozar só de olhar para ela. — Gloriosa. — ele murmurou e deu um beijo em seu joelho, seus dedos deslizando por sua coxa, acariciando sua barriga e tórax antes de segurar seu peito. Seus lábios seguiram o que a mão tinha feito, explorando, adorando até fechar em um mamilo tenso. O gosto dela era inebriante. Jade arqueou as costas, suas unhas cavando em seus ombros. Sua resposta desenfreada, seus arrepios e gemidos, encorajaram-no. Ela estava florescendo bem diante de seus olhos, e se sentia bem. Como se ele foi feito para ser seu amante, para cumprir suas fantasias. Ele acariciou o vale entre os seios e deslocou-se para o outro mamilo. Ela segurou sua cabeça, se contorcendo. Quando ele levantou a cabeça, ela deslizou para baixo até que ela pudesse beijá-lo - na testa, os olhos, até que seus lábios se encontraram em um beijo longo e quente. Uma mão acariciou sua bochecha, outra viajou pelo peito úmido quente, além de sua barriga, para


encontrá-lo. Suas mãos se fecharam sobre sua ereção. — Eu quero sentir você dentro de mim. — Eu também, baby. Então faça. — Ele selou os lábios trêmulos com os dele, deslizou a mão para baixo de sua barriga para os cabelos úmidos inferiores, e deslizou um dedo dentro dela, verificando e certificando-se de que ela estava pronta. Ela apertou em torno de seu dedo, fazendo-o imaginar como se sentiria quando ele estivesse dentro dela. Quando ela empurrou, levantando seus quadris para atender sua mão, ele empurrou mais profundo, acariciando e sondando. Um grito e ela estava no limite, seu nome em erupção de seus lábios. — Olhe para mim. — ele ordenou. Jade forçou seus olhos a abrirem, seus olhares bloqueando. Ele cruzou as pernas mais elevadas, suportando a maior parte de seu peso com os braços, e entrou nela, lento e cuidadosamente, como ele teria gostado de mergulhar. — Vince... oh. — ela gemeu. Ele congelou. — Você está bem? Eu machuquei você? — Oh, não. Está perfeito. Sangue pulsando em suas têmporas, ele empurrou para a inclinação. Ela estava apertada. Quente. Molhada. Não havia outra maneira de descrever a forma como ela o abraçou. Pela primeira vez as palavras lhe falharam, a língua presa ao céu da boca. Sim, perfeito estava perto o suficiente. Ele começou a se mover, empurrando e retirando, o pulso de seu orgasmo aumentando seu prazer. Ele pegou velocidade, seus quadris empurrando para encontrar o seu, suas mãos agarrando qualquer parte de seu corpo encharcado de suor que pudesse alcançar. Quando ela acariciou seu rosto e passou o polegar pelos lábios, puxou-o na boca, chupou-o enquanto seus músculos inferiores puxavam-no cada vez mais fundo. Seus movimentos pegaram velocidade, seu sangue correndo, seu cérebro dormente.


Jade resistia e se contorcia, incitando-o a cada gemido. Como se isso não bastasse, ela empurrou as pernas cada vez mais alto, até que montou seu pescoço. Em seguida, ela estendeu a mão para tocá-lo, exatamente onde eles estavam unidos. Nada o havia preparado para a sensação de seus dedos tocando-o enquanto ele deslizava para dentro e para fora dela. Ela levou-o direto ao limite. Vince jogou a cabeça para trás e soltou um som abafado, o prazer sobrecarregando-o.

*** Vince não tinha certeza de quanto tempo tinha decorrido antes da razão retornar. Os pés com stiletos de Jade estavam enrolados em sua cintura, com os braços ao redor de seus ombros, seu belo rosto corado e banhado em suor. Sua respiração era superficial e espasmódica, lágrimas sorviam através de suas pálpebras fechadas. Ele estava esmagando ela. Ele mudou de posição, levando-a com ele até que ela estava deitada em cima dele, seu rosto se enterrou no oco de seu pescoço. Ele sabia que deveria perguntar se ela estava bem, mas seus ouvidos ainda estavam tocando, o coração galopando mais rápido do que um puro-sangue. Ele não tinha ideia do que tinha acontecido, e não tinha forças para analisá-lo ou o sentimento de pânico torcendo seu intestino. Nada com Jade já correu conforme o planejado. Ele partiu para impressioná-la com seus truques sexuais, pensava que ele tinha conseguido, mas, no final, ela tinha... Ele não tinha ideia do que ela tinha. Ele estava em apuros. Ele passou a mão pelas costas dela, sentiu os pequenos tremores correndo através dela. Sua resposta bruta enviou seu sangue correndo para os lombos. Ele a queria, mais uma vez, o seu tempo de recuperação surpreendendo-


o. Seus braços se apertaram ao redor dela, como se ela fosse desaparecer se ele relaxasse. Ficaram assim por um tempo, abraçados, corações batendo em uníssono. Vince beijou sua testa e se levantou. — Onde você está indo? — Sua voz soava cansada. — Cuidar das coisas. — Ele olhou para sua virilha. Quando ela seguiu seu olhar, seu órgão estúpido começou a levantar. Seu suspiro tinha um sorriso. — Você faz isso comigo o tempo todo, baby. Nunca se esqueça disso. — Ele se arrastou para fora da cama, puxou as cobertas do pé da cama, e colocou-as em torno dela. — Relaxe. Estamos apenas começando. Seu olhar tocou o relógio em sua mesa de cabeceira. — Você sabe que são quase três da manhã? — Sim, mas o sono é superestimado. — Ele desapareceu no banheiro, o som de sua risada seguindo-o, trabalhando o seu caminho direto para o seu coração. Vince sorriu. Nenhum ponto de preocupação com algo que ele não podia controlar. Ele não sabia o que ela fez com ele, mas se sentia bem. Um olhar no espelho e ele fez uma careta. Mesmo depois dos pontos e os curativos, ele ainda parecia uma porcaria requentada. Ele abriu a porta do chuveiro, abriu a torneira e entrou. Ensaboou uma toalha de rosto e lavou o rosto, com cuidado para não fazer seus pontos molharem. Ele estava quase pronto quando a porta do banheiro abriu e Jade entrou. Ele não podia vê-la claramente através da porta de vidro opaco. Abriu-a um pouco para gritar: — Hey, baby. Quer se juntar a mim? Em vez de lhe responder, a mão apareceu na abertura, segurando seu celular. — O celular continua tocando. Você quer responder? De jeito nenhum. Ele não queria qualquer interferência do mundo exterior. Cristo, agora ele estava agindo como um tolo. E se fosse a enfermeira


de seu tio? Ele desligou a água, saiu do chuveiro, e aceitou o telefone e beijou-a ao mesmo tempo. — Obrigado. O telefone parou de tocar, mas o número apresentado não era o seu número da casa na ilha. Era Eddie Fitzgerald. O homem nunca dorme? O reflexo de Jade no espelho do banheiro o distraiu. Ela estava apertando o lençol em torno de seu corpo delicioso, seu olhar sobre seu corpo nu. A fome ousada em seus olhos o atirou para cima novamente. Ele devia estar com ela, entregandose a si mesmo, não seu primo. Quando ela pegou o seu olhar, ele piscou. — Gabe-se. — Jade saiu do banheiro. — Eu estarei fora em um segundo. — Era melhor Eddie ter uma boa razão para chamá-lo a esta hora tardia. Vince capotou seu telefone aberto e levou-o ao ouvido. — É melhor que seja bom detetive. — Nós temos um problema. Vince puxou a toalha de um rack e limpou a água no peito e nas costas. — O que é? — Cerca de cinco minutos atrás, o nosso travesti agarrou seu braço esquerdo e tombou na mesa de interrogatório. O sangue drenou da cabeça de Vince. — O que aconteceu? — Ataque do coração. Vince espiou para dentro do quarto e seu olhar bloqueou com Jade. Ela tinha empilhado travesseiros e colocado o edredom em volta dela, e estava encostada no resto da cama. Ele sorriu para ela, e ela acenou de volta. Mas a partir de sua expressão, ela sabia que algo estava acontecendo. Ele deu um passo para trás, empurrou a porta do banheiro próximo com o pé, e voltou à sua conversa com Eddie. — Você está dizendo que ele está morto?


— Não, ele estava inconsciente, mas o paramédico estabilizou-o em nosso caminho para o pronto-socorro. Ele está atualmente no hospital, sob observação e fortemente vigiado. Era difícil imaginar um homem na condição física de Yannick ter um ataque cardíaco. Poderia ele ter fingido? Ou teria ele tentado se matar e não conseguiu? Vince estava familiarizado com sepukku, o suicídio ritual e honrado praticado por samurais no período feudal. Então era uma espada reta no intestino. Agora, de acordo com um amigo japonês que ele conheceu em um dojo na Europa, eles pulavam em frente de trens ou pílulas de cianureto surgiam no sopé do Monte Fuji. Houve recrudescimento nas sociedades subterrâneas praticando o bushido proibido, o código não escrito de conduta do samurai, que incluía a morte antes da desonra. Poderia Yannick ser um membro de tal sociedade? Até mesmo a maneira dos seus movimentos quando ele lutou eram uma mistura de Bagua, arte marcial chinesa, e Aikido, um estilo de luta estritamente japonês. Mas será que ele preferia enfrentar a morte porque ele não cumpriu as ordens de Bouchard? Ok, isso seria levar as coisas longe demais, especialmente neste dia e ano. — Você estava no quarto quando isso aconteceu? — Perguntou Vince. — Não. Eu tinha estado trabalhando com ele por duas horas seguidas e havia saído para pegar uma bebida. Os caras na sala de observação, disseram que ele agarrou seu braço e engasgou. Em seguida, ele torceu, dando-lhes as costas, antes de tombar. Talvez o homem não tivesse tentado o suicídio. Talvez ele tivesse deliberadamente atingido um ponto de pressão e perda de consciência auto induzida? Isso poderia ser feito. Vince tinha visto um velho mestre executar o truque. — Será que os médicos confirmaram que ele teve de fato um ataque cardíaco? — Ah, você acha que ele pode ter fingido. O pensamento passou pela minha mente, também, e tenho a certeza que eu mencionei isso ao médico. —


Eddie parecia cansado. — Ele disse que tinha a certeza após o exame de sangue. Ele mencionou a verificação da elevação das enzimas cardíacas que prejudicavam células musculares cardíacas liberadas na corrente sanguínea. — E sobre o ECG? — Anormal, o que significa que ele ou teve um ataque hoje à noite ou teve um antes de hoje. O exame de sangue deve confirmar se ele teve hoje, apesar de tudo. Você sabe o que me irrita? O departamento está pagando por tudo isso e o homem sabe disso, o que me leva à minha próxima pergunta. Quão seguro é esse movimento Kung-fu que você aplicou sobre ele? Vince fez uma careta. — Você está insinuando...? Cristo, Eddie. Tudo que fiz foi espremer sua artéria carótida e colocá-lo para dormir. Dificilmente perigoso. — Especialmente quando feito por alguém com a sua formação. Por outro lado, ele estava chateado e estava lutando por sua vida. Ele poderia ter fatalmente ferido Yannick? De jeito nenhum. Ele tinha visto as pessoas usando essa técnica aqui e no exterior, sem vítimas. — Eu estou dizendo a você que é bastante seguro. — Eu vou deixar o médico decidir isso. Claro, eu vi alguns megalomaníacos de minha delegacia demonstrar o movimento da artéria carótida e usar CPR para reanimar uma pessoa. Nunca vi ninguém ferido, exceto seus egos, mas isso não significa que você está limpo, não até que o médico diga. Eu vou deixar você saber o que descobrir. Enquanto isso, não vá a qualquer lugar, Knight. — A linha ficou muda. Vince fechou o celular e agarrou a borda da pia. Ele queria quebrar alguma coisa. Apenas quando ele pensou que as coisas estavam começando a melhorar para ele, foi golpeado. A técnica mak dim que usara em Yannick não era letal. Ele saiu do banheiro para encontrar Jade esperando do outro lado. — Hey. Ela estudou-o. — Ei você, também. Está tudo bem?


— Não. Era Eddie. — Ele explicou o que seu primo havia dito e não foi surpresa quando ela tomou seu lado. Uma das coisas que ele adorava nela era sua lealdade. Ele esperava que não fosse cega neste momento. — Oh, querido, eu sinto muito. — Ela esfregou as costas molhadas, consolando-o. — Você não está louco por Eddie perguntar se você é responsável, não é? — Não. Eu faria, também, se eu estivesse no lugar dele. Mas eu sei que não prejudicou o homem, não além de dormir. — Ele estava começando a se repetir, um mau sinal. Sentia-se culpado quando ele tinha certeza de que ele não tinha nenhum motivo para isso. Esperava que ele não tivesse motivo. Ele puxou a toalha e jogou-a de lado. Havia apenas uma cura para a construção da tensão sob sua pele — Venha comigo, querida. — Ele pegou Jade e marcharam para a cama. Houve tom de desespero em sua tomada de amor, que fez sua união carnal mais poderosa. Antes de seus gritos misturados morrerem e sua cabeça nebulosa clarear, Jade tinha enrolado no ombro dele e adormecido, a palma da mão perto de seu coração. Vince ficou acordado por muito tempo, maravilhado com a sua paz interior, apesar das incertezas de amanhã. Ou ele era um idiota ou ele estava apaixonado. Seja qual for o caso, se sentia bem. Isso não apagava o fato de que um homem estava hospitalizado e ele apenas poderia ser responsável.


CAPÍTULO 20 Jade acordou com uma batida constante contra sua orelha e um braço pesado ao redor de sua cintura. Vince. Com a cabeça em seu peito e uma perna em seu quadril, ela deve ter se enrolado sobre ele em algum momento da noite passada. Não, mude isso para esta manhã. O homem não tinha deixado ela dormir, seu corpo dolorido era a prova de sua decadência. Um sorriso lento aqueceu o caminho para seus lábios, seus olhos abrindo. Jade apertou contra o traço de luz que entrava das ripas das persianas bege. Ela levantou a cabeça para verificar o relógio na mesa ao lado da cama. Onze horas, e Vince ainda estava apagado. Ele parecia tão indefeso, as arestas de seu rosto se suavizando no sono. Seu rosto parecia menos inchado, também, o escurecimento da pele ao redor dos olhos fazendo-o parecer jovial. Seu maravilhoso, amante pirata. Seu olhar atravessou seu peito, seu braço direito, que ficava ao lado de sua cabeça em seu travesseiro. Tudo nele fascinava, mesmo o cabelo viril sob sua axila. Quanto tempo ela teria ele? Uma vez que ele encontrasse sua estátua, ele voltaria para sua casa, e ela teria suas lembranças. Tristeza penetrou roubando sua felicidade. Jade deu-se uma agitação mental. Ela se recusou a deixar que pensamentos sobre o futuro trouxessem-na para baixo. Com cuidado para não acordá-lo, ela tirou o braço de sua cintura, em seguida, estendeu a mão para o lençol de algodão listrado cobrindo-o e levantou para que ela pudesse tirar a perna de cima dele. Ela fez uma pausa para estudar sua forma esplêndida, corando quando os detalhes vívidos de suas palhaçadas brilharam em sua cabeça. O homem havia corrompido ela para a vida.


Uma vez fora da cama, Jade recolheu suas roupas do chão, pegou seus stilettos, e se arrastou para a porta. — Onde você pensa que está indo? Jade gritou e se virou. — Eu pensei que você estivesse dormindo. — Covinhas apareceram e os olhos brilharam. Ela bateu o braço sobre o peito, numa tentativa inútil de cobrir seu corpo nu quando ele deu-lhe um olhar uma vez mais. Vince se apoiou em seu cotovelo e balançou a cabeça. — Eu pensei que eu queimei a modéstia em você na noite passada. Venha aqui. Eu acho que você precisa de uma reciclagem. Suas orelhas inflamaram. Ele estava certo. Depois da noite passada, não havia um centímetro de seu corpo que o homem não tinha mordiscado ou tocado. Ainda assim, uma mulher tinha que tomar uma posição. Ela plantou a mão em seu quadril. — Ou talvez seja você que precisa de um lembrete, homem amante. Você não queimou nada, nós fizemos. Juntos. — Ele riu, o som enchendo a sala. Jade não achava que ela já tinha o ouvido rir em voz alta ou com tal abandono. Ela sorriu. — Você é uma outra coisa, Jade Fitzgerald. — Ele balançou as pernas para baixo, levantou-se e espreguiçou-se. Desavergonhado, homem lindo, provocando-a com o seu corpo magnífico. Sua ereção, longa e rígida, projetava-se majestosamente. Será que ele não se cansa? Ele seguiu a direção de seu olhar. — De quê? Oh, não, ela tinha falado em voz alta. Ela ignorou a sobrancelha levantada e encolheu os ombros. — Uh, nada.


Ele desfilou para o lado dela, ousando como queria, e segurou seu rosto. — Sendo modesta novamente. Você quer saber alguma coisa, baby, pergunte. — Ele a liberou de suas coisas e deixou-as cair no chão, em seguida, puxou-a em seus braços, sua ereção pressionando contra sua barriga. O beijo que se seguiu foi lento e doce. Ele tocou a testa dela e sorriu. — O que é? Seus sentidos cambalearam, tornando-se impossível encontrar sua voz imediatamente. — Você nunca se cansa de fazer amor? Ele fez uma careta. Opa, talvez ela devesse tê-lo chamado sexo. Fazer amor significava que ternas emoções estavam envolvidas. Compromisso e responsabilidade. Ela se recusava a retratar ou baratear o que fizeram na noite passada, chamando de sexo. Ela adorava Vince. Tinha tudo mole no interior e olhos pegajosos no mero pensamento dele. Isso deve ser levado em conta como algo. — Bem? — Ela perguntou. — Eu tenho um apetite sexual saudável. Isso é um problema para você? Jade sorriu para seu tom defensivo. — Não realmente. Eu posso lidar com isso. — Um pensamento lhe ocorreu. E se ela não tinha medido até suas outras conquistas? — Eu fiz. Ontem à noite. Um olhar perplexo atravessou seu rosto, em seguida, suas covinhas piscaram para ela de seu escuro, rosto magro. — Oh, sim. Um jogo para mim em todos os sentidos. Não é possível obter o suficiente disso. — Ele beijou seus lábios. — Ou isto. — Ele segurou seu corpo por trás e apertou-a contra si. — E eu não tenho nenhum problema em acorrentar você na minha cama por semanas para convencê-la, oh infiel. A própria ideia enviou um pulso de antecipação através dela. — Você faria? Sério? — Tente-me. — Um brilho atravessou seus olhos.


Isso poderia dar a seus sentimentos tempo para se transformar em algo mais do que a luxúria. Por outro lado, ele só poderia estar provocando. Ainda assim, era bom ter um vislumbre do velho feliz e despreocupado Vince. — Ok. Vou trazer as algemas. — Ela atirou-lhe com uma piscadela e sorriso. Vince piou com o riso, levantou-a do chão, e virou um círculo completo. — É por aí. Vamos começar com um banho. — Jade envolveu suas pernas ao redor dele, agarrou em seu pescoço quando ele se curvou as costas para pegar um pacote prata do monte cheio sobre a mesa de cabeceira. — Um longo. Ela riu e inclinou a cabeça para chover beijos por todo o rosto. O homem tinha definitivamente estragado ela. De alguma forma, ele conseguiu levá-los dentro do banheiro e ligou o chuveiro. Ela cutucou a cabeça longe dos espetaculares sprays. — Você vai ter suas suturas molhadas. — Tarde demais. — Ele deixou-a deslizar para baixo de seu corpo, centímetro por centímetro, observando sua expressão com um sorriso presunçoso. — Deixe a presunção fora de seu rosto, Vince Knight. Ele a beijou. — Não muda nunca. Ela fez uma careta para ele, esfregando os braços. — Significado? — Você é honesta. Natural. Vigorosa. Gosto de uma mulher que não tem medo de mostrar seus sentimentos verdadeiros. Ela mexeu os dedos ao longo de seu lado, fazendo com que seu corpo se contorcesse. O homem era delicado. — E eu amo um homem que é tão sensível. — Ela mergulhou para as axilas. — Hey. — Ele pulou para trás, tentando fugir dela. — Pare com isso. Ela o seguiu e pressionou seu corpo contra o dele. — Eu tenho você agora. Desamparado. Todo meu. — Ela arrastou os dedos ao longo de seus lados,


através de seu peito embora cuidando para não tocar os hematomas escuros, pastando seus mamilos, antes de enterrá-los sob seus braços. Sua risada encheu o pequeno cubículo, em seguida, seu corpo cedendo. Jade sorriu para ele, o queixo vindo para descansar em seu peito e suas mãos caindo até a cintura. — Eu gosto de ver você assim. — Como? — Feliz. Relaxado. — Eu gosto de ver você assim. — Em um movimento suave, ele agarrou as mãos e prendeu-as com uma das suas. Ele levantou os braços para cima e mexeu os dedos de sua mão livre na frente de seus olhos, seus olhos brilhando com uma coisa diabólica. — Sob meu poder. Desamparada. Nua. Jade olhou. — Você tem problemas de controle, você intimida. Deixe de lado as minhas mãos. Ele baixou a cabeça para sorrir para ela. — Não-oo. — Você não está jogando limpo. Ele sorriu. — Eu nunca faço, e não quando se trata de amor. Amor? Jade sugou o ar e se esqueceu de exalar. Ele disse amor. Isso significava que seu sentimento estava além de luxúria? Ou era uma figura de linguagem? — Você tem cócegas, baby? Aqui? — Ele tocou em sua axila. Jade se contorceu e exalou bruscamente. — Ou aqui. — Ele passou a mão por seu lado até a cintura, em torno de sua volta para seu bumbum e coxas. Ele estava em todos os lugares ao mesmo tempo. Jade tentou escapar de seus dedos e arrancar as mãos livres, ela gritava mais do que uma alma penada. Ela queria que ele falasse mais sobre seus sentimentos, sentimentos deles, enquanto a palavra "amor" ainda flutuava no ar. — Vince Knight, se você não-


— Flexível. Suave. Eu nunca soube que a pele poderia ser assim, macia. Ela notou a mudança em seu tom. Rouca e profunda, não era mais brincalhona. O momento para a conversa foi perdido. — A sua é, também. Ele zombou da ideia. — Estou cheio de cicatrizes. — Ele passou a palma da mão ao longo de sua barriga, depois para cima através de seus seios, brincando com seus mamilos. Jade suspirou, os joelhos tremendo, uma dor surda, a partir de sua barriga. Alguém poderia pensar que depois de ontem à noite, ela estaria torcida. — Solte as minhas mãos, Vince. Por favor. — Ainda não. Tem alguma ideia de como você é maravilhosa? Como é perfeita. Eu poderia deleitar-me em você para sempre. — Ele fechou a boca sobre um mamilo enquanto sua mão se moveu mais baixo. Seu toque era infinitamente suave, correndo para cima e para baixo de suas coxas, depois de se estabelecer em um ponto, o nó no ápice de suas pernas. Ela era tão sensível ali, tão pronta para ele. Como uma corda enrolada, ele arrancou e tocou, e ela respondeu. — Por favor. — Por favor, o quê? Vá devagar? Mais rápido? Um suspiro escapou dela enquanto prazer pulsava entre suas pernas para o resto do seu corpo. Ela caiu contra ele, fraca e indefesa. Ela sentiu os músculos se movendo e abriu os olhos. Ele estava ensaboando uma esponja. Sem dizer uma palavra, ele esfregou os ombros, costas e qualquer superfície que pudesse alcançar. Então ele deu um beijo em sua testa e virou-a. Jade o deixou cuidar de seu corpo, enquanto ela cedia. O homem gostava de vê-la desmoronar, como um mestre admirando sua obra prima. Toda vez que ela tentou uma jogada, ele correu com ela. Ele estava sempre um passo à frente dela, como se antecipando cada movimento seu. Era


a hora dela fazer algo sobre isso. Quebrar seu mundo. Afundar sua mente. Ela poderia retirá-lo? Jade deu um passo para longe de Vince e virou-se para encará-lo. Água caía em sua cabeça e rosto, mas ela ainda podia ver a expressão em seu rosto. Presunçoso. Ela estendeu a mão e inclinou o bico para que ele pulverizasse a parede, então varreu o cabelo molhado do rosto. — É a sua vez. — Ela tomou a esponja de sua mão. — Vire-se. Ele hesitou, estudando sua expressão. Ela ergueu as sobrancelhas. — Sim, senhora. — Então ele estragou tudo piscando um sorriso arrogante que lembrava o velho Vince. Vamos ver quanto tempo antes que ela limpasse aquele sorriso de seu rosto. O que lhe faltava em experiência, ela ia fazer-se em entusiasmo. Vince colocou os braços na parede do chuveiro e apoiou a testa sobre eles enquanto ela ensaboava, em seguida, esfregou as costas. Ela tinha muito mais superfície para cobrir, mas ela não se importava. Ele estava tão perfeitamente junto, cada músculo em perfeitas condições. Ela nunca se cansava de tocar e olhar para ele. Ela fez uma careta quando notou as cicatrizes finas correndo de seu ombro esquerdo, através de sua espinha dorsal, e até os pneuzinhos certos. Quem se atreveu a machucá-lo? — O que aconteceu? — Seu dedo traçou uma cicatriz. Vince deu de ombros. — Perigo ocupacional durante os meus dias de repórter. Eu cruzei com um general muito apegado a um chicote. Sua mão parou. — Espero que ele esteja apodrecendo na prisão em algum lugar.


— Isso seria o certo. Ele está vivendo em uma raia de luxo, correndo seu país. Quando eu o conheci, o bastardo sádico estava batendo seus soldados menores de idade em sua submissão. Crianças de até dez anos. Ele não teve que dizer a ela o que tinha acontecido. — Você se ofereceu para tomar o lugar de um menino. Vince soltou uma risada auto-irônica. — Muito bom isso foi. O menino morreu uma semana depois. Uma mina terrestre explodiu debaixo de seus pés. Apenas uma outra vítima da guerra. Seu tom duro disse-lhe que havia mais. Jade passou os braços em volta dele e lhe deu um breve abraço. — Diga-me mais sobre suas viagens, Vince. Você deve ter visitado alguns lugares interessantes. Ele ficou em silêncio por um tempo muito longo. — Dificilmente. Apenas a mesma velha fossa onde quer que eu fosse. Ela se inclinou para trás e continuou a esfregar seu corpo. — Eu viajei um pouco antes de começar a escola, estudar arte. Mas eu acho que museus e atrações turísticas não são o que você quis dizer. — Não. Os lugares que visitei não eram bonitos. Apenas repleto de salvadores autonomeados famintos e matando seu povo, em nome da liberdade, religião ou ideologia. — Se você odiava seu trabalho-? — Eu não. Não no começo. Eu sempre quis escrever, e eu adorei o desafio de ser mais esperto que eles - os generais, os xeiques, e os senhores da guerra. Fazendo-os pensar que eu era seu amigo e, em seguida, expô-los, significava algo. Mas depois de um tempo... — ele encolheu os ombros. — Eu percebi que era inútil. Meu editor começou a censurar alguns dos meus artigos. Pressão viria de cima e uma parte do meu trabalho começou a mudar. Ou eu estaria transferido para uma história diferente quando eu estava no meio de uma sensível exposição. Totalmente louco. Eu aprendi uma lição muito importante.


Quando se trata de política, há uma linha tênue entre aliados e inimigos. Eu decidi mudar para a ficção. Pelo menos você sabe que é mentira, sem fatos revestidos de açúcar. Ela escorregou debaixo do braço, e plantou-se entre ele e a parede. Seus braços caíram e ele deu um passo atrás para dar-lhe mais espaço. Ela estudou sua expressão triste e lhe deu um pequeno sorriso, enquanto ela limpou seu peitoral. — Pelo menos você está fazendo o que você sempre quis fazer, escrever. Um monte de pessoas apenas sonham cumprir seus desejos, mas se contentam com a segunda melhor coisa. — Jade não conseguia parar de rastejar tristeza em sua voz. Vince franziu a testa. — Você não quis sempre ensinar? — Hmm, não realmente. Eu queria estudar arqueologia, mas minha família não podia ouvir sobre isso. — Por quê? Você é inteligente. Será que você não pulou uma série ou algo assim? — Duas séries. É por isso que a escola era um pesadelo. Para adicionar à isso, eu era uma criança doente e não era autorizada a praticar esportes. Vagabundear por todo o mundo desenterrando ruínas antigas teria sido a pior escolha de carreira. — Era patético que, dez anos depois, ela ainda estava jorrando o argumento de sua família. Ainda mais triste é que ela ainda se sentia culpada por deixá-los convencê-la a não perseguir seu sonho. — Onde foi que você fez a sua graduação? — UC Santa Barbara. Fui aceita no MIT, mas minha mãe ainda estava lidando com a morte de meu pai e precisava de mim aqui. Isso era estranho. Desde que ele tinha ouvido falar sobre a mãe de Jade, a mulher não era do tipo carente. Surpreendia-lhe como os Fitzgeralds tratavam Jade como uma boneca de porcelana. A mulher tinha força e coragem. Ela


também estava se movendo perigosamente perto de sua virilha e sua ereção estava crescendo rapidamente. Vince se forçou a se concentrar em sua conversa. — Pós-graduação? — UCLA. Eu conheci meu ex-marido durante meu segundo ano. Sim, o idiota que tinha feito sentir-se menos do que uma mulher. Ele adoraria quebrar sua cara. — Qual era o seu campo? Moron-ics? — Um gemido trêmulo escapou dele quando ela acariciou-o, não com a esponja, que agora estava ao lado de seu pé no chão do chuveiro, mas com a mão. — Eu gosto disso. — Jade riu. Vince não tinha certeza se ele queria sua descrição maior de seu ex ou sua resposta ao seu toque. Ele empurrou contra sua mão, o sabão tornando o movimento suave. — Na verdade, Doug era professor visitante, um arquiteto. Ele era um palestrante frequente no Palestras Hammer Museum. Vince resmungou. Que hora para ter uma conversa sobre seu ex. — Ele pode ser um cientista top, e eu ainda diria que ele é um idiota e... — Sua voz sumiu quando ela beijou seu peito, seguindo até a sua barriga e depois ficou em seu joelho. Seu rosto foi nivelado com a ponta do seu pênis inchado, o que ela ainda segurava. — Jade? O que você está fazendo? — Fazendo você se sentir bem. Ele desligou a água com a mão trêmula. Olhando para a coroa de seu cabelo molhado, o músculo do estômago apertou com desejo e algo próximo de entrar em pânico. — Você não precisa. — Sua voz soava estranha aos seus ouvidos, como se um sapo estivesse alojado em sua garganta. — Não gosto disso.


— Mas eu quero. — Ela sorriu sua mão bombeando-o. — Toda vez que você me toca, é como você conhecesse o meu corpo melhor do que eu. Você sabe exatamente onde tocar e o que fazer, quando aplicar pressão ou facilitar fora. É estranho, mas incrível. Eu quero aprender o seu corpo, também. Eu quero saber o que te leva à loucura. É justo. Cristo. Será que ela não sabia que ele ficava um pouco louco toda vez que ele deslizava dentro de seu corpo ou ouvia seu nome em seus lábios quando ela atingia o pico de prazer? — Eu faço baby. Com toda— Shh. — Ela brincou com ele com a língua, fazendo-o estremecer. — Deixe-me te amar. Por favor. Vince respirou instável e se entregou à tortura requintada de sua boca e língua. Ele desejou que pudesse fechar os olhos e perder-se nela, mas era muito fascinante observá-la. Seus lábios deliciosos enrolados em torno dele, seus sensuais olhos semicerrados de prazer, água em gotas em seu corpo exuberante como diamantes líquidos. Sua doce, sedutora aventureira. Apoiou-se contra a parede com um braço e estendeu a mão para acariciar seu couro cabeludo, rosto, brincando com seus fios molhados. Ele puxou suavemente, até que seus olhares se encontraram. Ela tomou tudo dele e um suspiro irregular de prazer escapou dele, sua mão segurando a cabeça. Ele fechou os olhos, deixando-a trabalhar a sua magia sobre ele. Doce mãe de Deus, ela quase levou-o para fora de sua mente. Quando seus golpes se aprofundaram, Vince sabia que era hora de acabar com a tortura. — Pare. — advertiu, com a língua pesada e garganta seca. Ela não deu atenção a ele, em vez disso sua mão atingiu em volta para pegar sua nádega e puxá-lo para mais perto, seus golpes se tornando mais rápido. — JadeTudo girou fora de foco e ele sabia que estava perdido. Ele estava impotente para lutar contra ela ou a onda de calor que ameaçava engoli-lo. Vince fechou os olhos e jogou a cabeça para trás quando espasmos de prazer intenso


esmagaram através de seus sentidos. Sua mente ficou em branco, com os joelhos em ruínas. Quando sua sanidade voltou, ele estava encostado na parede, peito arfando, o corpo tremendo. Muito fraco para estar em seus próprios dois pés. Jade passou os braços ao redor de sua cintura e abraçou-o apertado, então passou a mão suave para cima e para baixo de suas costas. Ele sabia que deveria dizer alguma coisa. Qualquer coisa. Mas sua língua ficou colada ao céu da boca. Todo o tempo que ele fez amor com ela, ele estava um pouco louco. Ele sempre se orgulhava de estar no controle de seu corpo. A piada estava sobre ele agora. Jade se mexeu e segurou seu rosto, seu sorriso doce e seus olhos brilhando. — Isso foi lindo. Ele absorveu os doces, beijos carinhosos que ela apertou em seus lábios e rosto. Senhor, como ele a amava. Vince endureceu. Isso poderia ser realmente amor ou o sexo estava bagunçando com a cabeça? Não, o que ele compartilhou com Jade era além do sexo. Ele a amava. A questão era: quais eram os seus sentimentos em relação a ele? Jade cutucou. — Hey. Você está bem? Ele não tinha a intenção de se apaixonar por ela, mas aconteceu, e agora ele precisava de seu amor, ansiava por ouvi-la dizer isso. E se ele estava se pondo para mais uma rejeição? A de seu pai quase o destruiu. Ele não sabia o que faria se Jade dispensasse-o e seus sentimentos também. Melhor não arriscar. Ele desviou os olhos, como se não ver seu rosto bonito e corpo exuberante iria parar o medo arranhando seu intestino. — Vince? Ele soltou um suspiro e voltou-se para ela. Seu sorriso se foi e a luz em seus olhos havia esmaecido. Vince passou seu cérebro para dizer alguma coisa.


— Eu estou legal. Eu só preciso de comida para reabastecer a minha força para manter-me com você, baby. — Suas mãos caíram para longe de seu corpo e cruzaram sobre o peito, com os olhos piscando. Isso foi a coisa errada a dizer? — Jade, isso foi um elogio. — Sério? — Sim. Realmente. Você é aventureira e espontânea. Nada como a imagem que você pintou ontem à noite. — Mas é sempre sobre mim, não é? O que eu quero fazer e sentir. Nunca sobre você. — O que você está falando? Seu rosto amassou e parecia que ela queria bater nele. — Você sabe o que? Nada. Apenas a velha boba soprando vapor. — Ela apontou o polegar em direção à porta do chuveiro. — Vá. Por favor. — Jade— Eu preciso lavar meu cabelo, Vince. — Ela lhe deu as costas e ligou o chuveiro novamente. Sim, talvez ele precisasse sair. Tudo o que ele disse só a fez mais irritada. — Vou começar o café da manhã. Vince empurrou a porta e saiu do chuveiro. Ele pegou uma toalha da prateleira e envolveu-a em torno de sua cintura, seu olhar sobre Jade quando ela pegou o shampoo. Ele a irritou, mais uma vez. E ele não tinha ideia do porquê. O que ela quer dele? Falar após o sexo não era o seu lugar, e ele não era bom em expressar seus sentimentos. Vince saiu do banheiro, colocou um par de Levis e uma T-shirt branca, pegou o celular, e se dirigiu para a cozinha. Uma vez que ele tinha a cafeteira ligada, ele checou seu correio de voz. Eddie Fitzgerald não tinha chamado. Ele chamou o detetive e deixou uma mensagem, em seguida, começou a remoção de comestíveis da geladeira. Seus pensamentos deslocaram para Jade.


Tendo ela chateada com ele incomodava muito, principalmente quando ele não podia fazer nada sobre isso. Vince olhou para a coleta de frutos, ovos e pão, e sorriu. Talvez houvesse algo que ele pudesse fazer. Os alimentos tinham uma forma de suavizar as pessoas para fora, e os dois tinham trabalhado o apetite desde a noite passada. Eles nunca chegaram a comer nada na festa. Vince acabou de pôr a mesa, quando seu celular tocou. O número de Eddie Fitzgerald foi exibido. — Ei, detetive. O que está acontecendo? — Você deixou uma mensagem para chamá-lo de volta. — Eddie parecia chateado. Algo frio enrolou no peito de Vince, mas ainda assim ele tentou manter seu tom casual. — Só verificando o prognóstico de Yannick. — O exame de sangue deu negativo. Ele falsificou o ataque cardíaco, mas não importa mais. — Eddie soltou. — O que você quer dizer? — O bastardo fugiu em algum momento, esta manhã. — O quê? — Ele se foi, Knight. Não quero aborrecê-lo com os detalhes, mas basta dizer que reflete mal em nós. Ele esperou até que o meu parceiro e eu fomos embora, por volta das seis da manhã, derrubou os caras que tinha nos substituído, e desapareceu. Meu capitão já está gritando negligência da nossa parte. Há uma caçada acontecendo agora. Vince tomou um gole de seu café e forçou-o para baixo de sua garganta, sua mente agitada com perguntas e possibilidades. Uma coisa era certa, Yannick estaria vindo atrás dele. — Ele não matou os oficiais, não é?


Eddie soltou uma risada irônica. — Não. Ele desembarcou ambos no hospital com uma concussão, mas isso não faz dele um homem menos procurado. Esse cara diplomata, uh, Bouchard. O quanto você sabe sobre ele? — Não muito. Mas eu pretendo descobrir mais assim que eu ficar on-line. Meu apartamento, infelizmente, não tem acesso à Internet. — Eu conheço um amigo que pode fazer uma verificação de antecedentes sobre ele. Vou estar em contato, se alguma coisa acontecer. Enquanto isso sentese apertado e vigie à sua volta. E não faça nada estúpido como fazer a Bouchard uma visita ou... Vince desligou as viagens de Eddie. Jade tinha entrado no quarto, e em calças brancas Capri, uma camisa floral branca e sandálias de salto baixo, ela parecia deliciosa. E pronta para fugir. A bolsa grande que ela trouxe de sua casa e o saco de roupa para o vestido dourado estavam seguros em suas mãos. Ela não ia a lugar nenhum. — Eu tenho que ir, Eddie. — Vince interrompeu o policial e desligou o telefone, seu olhar não deixando Jade. Ele deixou cair o celular na mesa e começou a caminhar para ela.


CAPÍTULO 21 Jade assistiu Vince com cautela enquanto ele caminhava em sua direção, seus olhos se estreitando. Vestido com roupas escuras e seu queixo precisando fazer a barba, ele parecia impressionante e perigoso, como uma pantera poderosa preparada para a ação. Talvez esse fosse o problema dela. Ele era esmagadoramente físico em tudo o que ele fazia, mas tão fora de seu alcance emocionalmente. Chame de ganância, mas ela queria tudo dele, o bom e o mau, o passado e o presente. Seu olhar deslocou-se para a mesa. Pilhas de torradas marrom-ouro francesas, bacon crocante, salada de frutas, suco de laranja e café. O homem não faz nada em pequenas medidas. — O cheiro parece estar bom. — disse ela. Vince parou diante dela e deixou cair o queixo para estudar seu rosto. — O que se passa com as malas? — Como ela desejava poder dizer-lhe a verdade. Apenas despejar tudo e ver o que acontece. Infelizmente, ela tentou isso uma vez e ele explodiu em seu rosto. — Eu estou indo para casa. — Ela lhe deu um pequeno sorriso. Confusão brilhou nos olhos de Vince. — Para o lugar de sua mãe? — Não. Minha. — Por quê? Não há nada naquela casa. Sem móveis ou— Eu sei. Eu estou indo recolher minhas roupas e penso ir à Dana Point. Lembra-se de minhas férias?


— Uh. — Ele coçou a barba incipiente. — Ok. Vamos comer primeiro. — Ele arrancou a bolsa de sua mão e ela caiu no chão, em seguida, passou o braço em torno do ombro. Os ombros de Jade caíram. A maneira como ele não tentou convencê-la da saída a machucou. Ela queria que ele lhe perguntasse... não, pedisse para ficar com ele. Deus, ela era uma idiota. Vince Knight não era o tipo de mendicância. Alheio às suas vibrações, Vince beijou sua testa enquanto ele a levava para a mesa. — Hmm, você cheira maravilhosa. Estou me tornando parcial para violetas. Suas vísceras se suavizaram. Ele tornava tão difícil ficar bravo com ele, o homem lindo. Levou-a para a sua cadeira, se estabeleceu em frente a ela, e deu um sorriso com covinhas. Ele era incrivelmente lindo. Tão injusto. Com medo de que ele pudesse ver seus sentimentos, o olhar de Jade mudou-se para a refeição à sua frente. — O pão francês parece ótimo. — Pão francês com banana e canela, a minha especialidade. — ele corrigiu. — Aqui para você. Ele

empilhou

seu

prato

com

quatro

peças,

acrescentou

melão/melancia/salada de morango na lateral, em seguida, deu-lhe a escolha de bordo aquecido ou xarope de mirtilo. Jade estava com muita fome para deixar seu tumulto interior estragar seu apetite. Por um tempo, os únicos sons no quarto eram os de utensílios esfregando contra o prato. Ela estava na metade de sua refeição, quando olhou para cima. Vince estava olhando para ela com um sorriso indulgente, o prato ainda intocado, um pedaço de bacon entre o polegar e o dedo indicador. — O quê?


Seu olhar deliberadamente passou por sua boca para o decote em V da blusa antes de encontrar o dela. — Eu amo uma mulher com um apetite saudável. Amo? Seu coração deu um baile raquítico. Essa foi a segunda vez que ele usou a palavra nesta manhã. Sua resposta no banheiro mostrou claramente que o homem não estava pronto para falar sobre seus sentimentos. Ele provavelmente não sabia o que ele tinha dito. Oh, bem, ela poderia manter as coisas simples, também. Ir com o fluxo. — Você não me deu a chance de comer alguma coisa ontem à noite, você e seu insaciável apetite sexual. — Eu mal comecei. — Ele sorriu, pegou o garfo e começou a comer. — Eu estive fantasiando sobre você desde que nos encontramos Jade Fitzgerald, e eu pretendo cumprir cada um deles. Jade piscou, seu copo de suco de laranja congelado em seus lábios. — Fantasiou? Sério? — O primeiro dia que nos encontramos, quando você me mandou para fora de seu escritório, eu queria trancar a porta, içar você naquela sua mesa colossal, e fazer coisas ruins para o seu corpo delicioso. Jade engasgou com o suco de laranja. Vince se inclinou para frente para continuar. — Eu provavelmente não teria deixado seu escritório por horas e você teria perdido sua aula. Suas palavras enviaram um desejo saltando ao longo de seus nervos, fazendo apertar o estômago. — Mas você parecia tão irritado. Eu pensei que você queria me balançar ou algo assim. — Ou algo assim. No elevador do hotel, em nosso caminho para o meu quarto, eu estava tentado a parar. Eu estive três dias de molho, enquanto esperava você para retornar a minha ligação. Então você entrou naqueles stilettos e o vestido sexy e eu sabia que eu tinha que ir embora. Você continuou


empurrando por respostas, e eu não parava de pensar em maneiras de te calar. — O sorriso que se seguiu era absolutamente pecaminoso. — Todas elas terminavam com você se contorcendo contra a parede do elevador. Oh garoto, ele conseguiu. Jade apertou suas coxas juntas para controlar a onda de calor. Isso era bom, um passo em direção a expressar-emoções la la landia. A ninfa nela desejando seus detalhes. — Fazer o quê? — Baby, você não tem ideia do que pode ser feito em um elevador. — Vince voltou para sua comida como se a discussão estivesse encerrada. — Oh, seu desmancha-prazeres. — Ela apontou o garfo em sua direção. — Você não sabe que o sabor está nos detalhes? — Eu prefiro mostrar do que dizer. — Ele contorceu as sobrancelhas. — Mas a cena no chuveiro esta manhã? Muito melhor do que qualquer uma das minhas fantasias. Jade sorriu e tomou um gole de suco. — Oh, você gostou disso. — Por um momento, ela poderia jurar que um olhar autoconsciente atravessou seu rosto. Vince, estranho? Sim, certo. — E você? — Ela empurrou. — Você precisa perguntar? Ok, agora é a sua vez. — acrescentou rapidamente. Jade engoliu em seco e balançou a cabeça. Mesmo depois de fazerem amor ontem à noite, ela não podia sentar-se à mesa com ele e discutir suas fantasias. Isso só não era ela. — Eu não... não tinha qualquer pensamento de nós dessa forma. — Mentirosa. Ela riu e cobriu o rosto com as mãos. Deveria ela se atrever? Seria uma primeira vez. Mas, novamente, um monte de coisas más que fizeram na noite passada e esta manhã eram novas para ela, também. Ela estudou-o por entre os dedos, o brilho em seus olhos. Ele parecia tão adorável e acessível, e era maravilhoso vê-lo se abrir. Ela seria uma tola se não participasse.


Jade deixou cair as mãos sobre a mesa, pegou o garfo, e brincou com ele. — Sua voz. A testa de Vince levantou. — O que tem a minha voz? — Você sabe. É sexy. Indecente. — Uma risada escapou dela. — Eu ouvi a mensagem que você deixou três vezes e ficava vendo lençóis de seda e corpos nus. — Ela lançou-lhe um olhar e acalmou sua expressão confusa. — Então você entrou pela minha porta e... Wow. Eu acho que sua voz deveria ter me preparado. Um olhar para você e eu sabia. — O quê? — Ele se inclinou para frente, sua comida esquecida. — Isso, uh, você seria um amante maravilhoso. Estou feliz em dizer que você não me decepcionou. Ele acenou com a cabeça regiamente. — Obrigado. Agora vamos ouvir os detalhes dessas fantasias. Jade riu da ansiedade em sua voz. — Eu prefiro mostrar do que dizer. — ela repetiu suas palavras anteriores. — De acordo. — Ele se inclinou para frente e deu um beijo em seus lábios. — Isso pode levar horas, dias mesmo. Parece que você vai ter que adiar suas férias. O paraíso pode ser encontrado aqui, querida. Estou feliz que você está ficando. Oh, o bastardo sorrateiro. Tudo o que falou sobre fantasias era para que ele pudesse manipulá-la a ficar. — Você acha que é tão escorregadio, não é? Ele sorriu, sem arrependimento. — Do que você está falando? — Você me enganou. — Nós dois conseguimos o que queremos, dificilmente é um truque. — Ele continuou a comer.


Isso era verdade até certo ponto, mas ela estava olhando para a frente, seu tempo de praia. Sozinha. Não é particularmente atraente agora, no entanto. Jogue com Vince e isso poderia ser perfeito. — Estou de férias, Vince. — Isso não era o que ela queria dizer. — Então trate este lugar como um resort cinco estrelas. — Ele olhou ao redor da sala escassamente decorada e fez uma careta. — Não há muito a olhar, mas ele vem com cinco estrelas de serviços. Todas as suas necessidades serão antecipadas e satisfeitas. A onda de calor espalhou por todo o corpo dela com a promessa em sua voz. Não era que ela se importasse com seu apartamento. O apartamento tinha todas as comodidades que alguém poderia querer. A vista não era ruim, muitas árvores. Mas não era o seu lugar. Com Vince, ela precisava estar em um ambiente familiar, fora da equação do poder. — Eu amo a ideia, mas poderíamos fazer tudo isso na casa de praia. — Muito longe da ação. — Ele se inclinou para trás. — O que me lembra, eu acabei de falar com o seu primo. Mudança suave de assunto, mas ela não estava desistindo. Se for a última coisa que ela faria, ela ensinaria o significado da palavra compromisso. Que o homem gostava de ter do seu jeito. — O que Eddie tem a dizer? — Jade se levantou e pegou os pratos da mesa. — Você não tem que fazer isso. Você é minha convidada. — Vince levantou também. Jade deu um passo para trás, colocando os pratos de fora de seu alcance. — Este hóspede tem a intenção de levar o seu peso em torno de... hey! Ele pegou-a em seus braços em um movimento suave. — Esse é o meu trabalho, baby.


— Você é tão bobo. Coloque-me no chão antes que eu escorra calda por cima de você. — Pingue longe. Nós só vamos voltar para o chuveiro. Eu gosto de tomar banho com você. — Ele caminhou com ela até a pia e colocou no chão ao lado da pia. — Está vendo? Eu tenho uma máquina de lavar louça. Ainda bem, Jade pensou, olhando para a pilha de coisas que ele tinha usado. — Eu carrego a máquina. Você fala. O que o meu primo disse? — Isso pode esperar. Eu não posso. — Ele a levou de volta para o quarto.

*** Jade mudou para que ela enfrentasse Vince. Eles estavam a caminho da casa de seu irmão para devolver as esmeraldas, mas ela ainda não conseguia superar o que ele disse a ela. — Você realmente acha que Yannick poderia puxar algo assim? Renderse inconsciente para que ele pudesse ser levado às pressas para o hospital apenas para escapar da custódia da polícia? — Em uma batida de coração. Além disso, faz todo o sentido. Ele sabia que não tinha a menor chance na delegacia, e você viu como o pronto-socorro é louco em nossa visita ontem à noite. Policiais ou não policiais, ele tinha uma chance muito maior de escapar enquanto estava lá do que na delegacia. Jade encolheu os ombros. Sabendo que o assassino estava lá fora, livre, gelava até os ossos. — Você acha que ele vai... ele vai vir atrás de você? Vince concordou. — Oh, sim. Eu estarei esperando. Jade estudou seu perfil forte, o conjunto do rosto, o músculo batendo no queixo, a forma como ele agarrava o volante. Ele estava tenso. As palavras que


ele falou ontem à noite no clube passaram por sua mente. Seu atacante era mais rápido e melhor treinado, ele disse. Tudo fazia sentido agora. Ele não podia dar ao luxo de baixar a guarda, onde Yannick o estava preocupando. Dedos frios rastejaram até sua espinha e arrepios se espalharam sobre a pele ao pensamento de que o assassino psicopata vinha atrás dele. Certamente seu primo iria oferecer-lhe proteção. — O que Eddie disse? — Perguntou ela. — Esteja ao redor e olhe à minha volta. Ambos ficaram em silêncio, cada um perdido em si e os seus pensamentos, mas ambos cientes do perigo maior que Vince estava. Em um momento, ele parou à porta da casa de sua família. Jade falou com a senhora B., e as portas se abriram. Lex estava em casa, e não parecia surpreso ao ver Jade com Vince. Ele a abraçou antes de seu olhar escuro balançar para Vince. — Nós sentimos sua falta no jantar da noite passada. — Tínhamos outros planos. — Jade explicou rapidamente. — Tia Karyn compreendeu. — Ela tinha sido sincera com sua tia quando chegou, disse-lhe que não iria ficar muito tempo. — Eu vejo. — Seu olhar parou no curativo na têmpora de Vince e os hematomas em sua bochecha direita. — Knight, eu não sabia que você é o tipo de briga. Jade revirou os olhos. — Ele não estava em uma briga, bobo, apenas— Eu suponho que você está aqui para devolver as esmeraldas. — seu irmão a interrompeu, apontando para a caixa de couro na mão. Jade ignorou e olhou para Vince, que estava olhando para ela com uma expressão divertida. Oh, ele pensou que sua tentativa de desviar a atenção de Lex longe dele era engraçada? O homem não tinha ideia de quão terrivelmente curioso e afiado seu irmão era. Se Lex descobrisse sobre sua investigação, então


bye-bye seu ninho de amor e planos de encontros para mostrar-e-dizer. Ela se virou para o irmão. — Vou colocá-las no cofre, mas eu vou estar de volta. — A advertência em sua voz não era sutil. — Não tenha pressa. Knight e eu podemos esperar. — Lex indicou a sala de estar e acenou para Vince. Vince olhou para Jade e piscou antes de decolar com seu irmão. A carranca de Jade se transformou em um sorriso. Bastardo arrogante. Quão louca ela estava sobre ele. Ela não perdeu tempo devolvendo as esmeraldas, e estava a caminho no andar de cima quando a figura arredondada da governanta apareceu no topo das escadas. — Ei, senhora B. Eu só estava vindo vê-la. — Agora não, filha. Venha. Sua mãe quer falar com você. Jade congelou. — Ela está em casa? — Só o bom Deus sabe onde ela está agora. Não, ela está no telefone. Eu sempre digo que viajar para o exterior não é seguro, especialmente para uma mulher sozinha. — Ela deu um passo para trás e segurou a porta para Jade. — Devagar agora. Não quero o coração de vocês ficando muito estressado. Sua mamãe não vai a lugar nenhum ou... As divagações da senhora B. desvaneceram no fundo quando Jade correu para o telefone mais próximo. Ela pegou o telefone da cozinha e caiu em um banquinho. — Mamãe? — Olá, querida. Alívio a percorreu. — Oh, mamãe. Onde você esteve? Você está bem? Houve uma breve risada de Estelle. — É claro que eu estou bem, querida. Lex não te disse que eu estou em Saint-Noel? Na verdade, Liseux. Uma de suas ilhas menores.


— Por quê? Por que você não poderia responder às minhas mensagens? Eu estive tão preocupada. — Eu estou aqui agora, querida. Eu estou visitando um velho excêntrico que não acredita na tecnologia moderna. — Um riso tonto flutuava por baixo da linha. — Os guardas nos pediram para nos livrarmos cada moderno aparelho, antes que pudéssemos ser autorizados a permanecer. Para contar o tempo, usamos relógio ou ampulheta. Você pode acreditar nisso? É um château incrível. E sua coleção de antiguidades? Inacreditável. Querida, você poderia ficar aqui um ano inteiro e não terminar de catalogá-los. Jade segurou o telefone, a ansiedade substituindo o alívio. Bouchard mencionou a antiga coleção de sua família. Poderia haver uma conexão? — Quem é este homem de idade, mãe? Qual o nome dele? E o que você quer dizer com ‘nós’? Houve um murmúrio de fundo, em seguida, sua mãe disse: — Só um velho amigo. Eu tenho que ir querida. Se os guardas souberem que eu entrei para verificar o meu correio de voz... Jade se levantou do banquinho. — Você precisa falar com Vince primeiro, mãe. — Vince? — Vince Knight. — Jade saiu correndo da cozinha. — Filho do juiz Abe. Houve um breve silêncio na linha. — O que você está falando, querida? Abe não tem filhos. — Ele tem um filho. — Jade correu pelo corredor em direção à sala de estar. — O juiz Abe é uma fraude e um hipócrita, mãe. Ele mentiu para você e para todo mundo que o conhece. Ele tinha uma mulher grávida 35 anos atrás, em seguida, chutou para fora depois de ameaçá-la se ela entrasse em contato com ele ou dissesse à criança sobre ele. Quando Vince estava em sua adolescência, o juiz se recusou-


— Pare com isso, Jade. Basta parar isso. A veemência da voz de sua mãe causou o vacilo de seus pés. Três anos atrás, sua mãe tinha gritado as mesmas palavras para ela. Na época, ela repreendeu-a por acreditar nas mentiras de seu marido. — Por que você faz isso para si mesmo, mi ija? — Sua mãe continuou, sua voz soando tensa. — Você está tão confiante. Qualquer um pode andar fora da rua e reivindicar qualquer coisa, e você acreditar neles. Abe não tem filhos, ele nunca quis qualquer. Mas ele é um homem trabalhador honesto, um homem que você conhece desde que era uma criança. Como você pode acreditar nessas mentiras cruéis sobre ele? Jade tinha parado de andar no meio da palestra da mãe. Agora, ela se encostou na parede, a poucos passos do hall de entrada e sala de estar. — Elas não são mentiras, mãe. Vince é filho de Abe. — Oh, querida. — Um suspiro longo sofrido se seguiu. — Qual prova que ele lhe ofereceu? Certidão de nascimento? Elas podem ser forjadas. Você o viu visitar seu pai? Eles só permitem parentes. E sobre a irmã de Abe? Você fez chamá-la para confirmar a sua identidade? Jade engoliu em seco e balançou a cabeça. Vince não tinha mencionado visitar seu pai, e nunca passou pela sua mente para confirmar as coisas que ele disse a ela. Dúvidas penetraram, mas ela empurrou-as de lado. — Ele não precisa me mostrar alguma prova mãe. Ele está dizendo a verdade. Confie em mim. — Seu coração não mentiria para ela. — Eu confio em você, querida, você sabe que eu faço. É que o seu julgamento quando se trata de homens é tão... tão... Ok, vamos dizer que ele está dizendo a verdade. O que ele quer? Por que apareceu agora, quando Abe está em coma e não pode expô-lo como uma fraude? Onde você conheceu esse homem, afinal?


Abe era a fraude, não Vince. Disso ela tinha certeza. — Ele está aqui para encontrar a estátua roubada. Kukulcan. — Quem lhe pediu para encontrar a estátua? Jade ouviu a urgência que veio na voz de sua mãe. Vince nunca mencionou o nome do parente que lhe pediu para encontrar a estátua sumida. Ela só assumiu que era sua tia. Em vez de responder à pergunta de sua mãe, Jade se lançou em uma explicação. — Ela foi roubada na noite que o juiz deu uma festa. Você sabe, uma semana antes de sair. Vince está procurando-a e ele acredita que você pode saber algo sobre ela. Na verdade, ele acredita que você a tem. — Não confio neste homem, Jade. Por favor. — Houve um sinal de desespero na voz de sua mãe. — Não confie em ninguém atrás da estátua. — Pelo menos me diga se você sabe sobre isso. — Eu tenho que ir querida. Apenas preste atenção às minhas palavras. — Mamãe. Há outro homem atrás da mesma estátua... o embaixador de Saint-Noel nos EUA. Ele é perigoso e— Não confie em ninguém, por favor. E pelo amor de Deus, não deixe este homem te fazer sentir pena dele. Você deve parar de acreditar que você pode curar todo o homem ferido como você fez com esses cães vadios de vocês. Jerrod foi o suficiente. Jade respirou fundo. Isso doeu, mas ela não estava indo para lá. Não agora. — Mãe, por favor. Apenas me diga o que você sabe sobre a estátua. — Fique fora disso, Jade. Isso não é da sua conta. Eu te amo e vou te ver até o final da semana. — O telefone ficou mudo. Jade soltou um grunhido alto de frustração e lutou contra o impulso de gritar. Sua mãe a deixava louca, às vezes. Por que ela não podia confiar nela? Então ela desarruma o grande momento quando se casou com esse perdedor


Jerrod e ficou com ele, ano após ano, acreditando em suas mentiras de que ele mudaria. Isso não significava que ela estava destinada a uma vida difícil ou que cada homem que ela conhecesse não era confiável. Vince era diferente, caso contrário, ela não teria se apaixonado por ele. Você se apaixonou por Jerrod também, uma voz interior lhe recordou. Ela tinha sido cegada pela sua maturidade e sofisticação, acreditando que ele era uma cópia carbono de seu pai. Vince não era nenhuma dessas coisas. Ele era pé no chão, apenas alguns anos mais velho que ela, e de confiança. Acima de tudo, confiável. Ela precisava sair dali e encontrá-lo. Ao vê-lo, seu sorriso sexy, e os olhos escuros garantiam que dissiparia todas essas dúvidas irritantes. Jade não se incomodou em tirar o telefone de volta para a cozinha. Em vez disso, ela correu para a sala de estar. Estava vazia. Então ela avistou os dois homens do lado de fora, examinando o vintage Rolls de Lex. Por um momento, Jade estudou-os. Ambos os homens eram altos, bem construídos e tranquilos de um modo calmante. Ambos não confiavam facilmente, mas eles estavam rindo como velhos amigos. As palavras de sua mãe tocaram em sua cabeça, assombrando-a. Não confie em ninguém atrás da estátua. Qual prova que ele lhe ofereceu? Jade balançou a cabeça. Vince nunca mentiria para ela. Além disso, Lex poderia localizar um impostor há uma milha de distância, mas ele tinha aquecido até Vince depois de apenas uma reunião e estava agora mostrando seu brinquedo de alto preço. Conhecendo seu irmão, ele teve Vince investigado. Não, sua mãe estava errada. Vince nunca mentiria para ela.

***


— Tem alguma coisa errada com a comida? Jade olhou para cima. — Huh? Vince largou o garfo e empurrou de lado o seu meio comido filé de vitela cognac-flambado. Jade tinha estado agindo de forma engraçada, uma vez que deixou a casa de seu irmão. Talvez mais do que isso. Será que ela estava se preocupando com Yannick? — Você comeu sua salada, mas não tocou sua pasta. Você está bem? — Oh, sim. — Ela franziu o nariz delicadamente. — Eu apenas não estou com fome. — Nós vamos ficar bem, você sabe. — Ela lhe lançou um olhar perplexo. — Tudo o que Bouchard e Yannick estão tramando não vai funcionar. Um pequeno sorriso em seus lábios. — O bem triunfará sobre o mal e todas essas coisas boas? — Não. Eu não vou deixá-los ganhar. — Essa confiança. — Estava girando em palavras, mesmo que sua mãe ainda tocasse em sua cabeça. Jade balançou a cabeça, em seguida, abafou um bocejo. — Desculpe. Estou batida. Culpa dele por não deixá-la dormir. Vince sinalizou a garçonete, então pegou na parte de trás do bolso da calça a carteira. Uma vez que ele pagou sua conta, ele acompanhou Jade fora do restaurante, descansando a mão sobre a parte baixa de suas costas enquanto eles contornavam mesas cheias de clientes. Ele olhou para o relógio enquanto esperava o manobrista trazer sua caminhonete. Vinte depois das nove. Não admira que Jade estivesse cansada. Ele passou o braço sobre seus ombros, puxou-a mais perto de seu lado, e deu um beijo em sua testa. Ela deu-lhe outro sorriso cansado, encostou-se à ele, e voltou a olhar para a noite.


Ela realmente devia estar cansada. Eles tinham ficado em seu irmão um pouco mais de tempo do que tinha previsto, mas parou por sua casa para pegar sua roupa e livros. Ela insistiu em fazer o inventário dos poucos móveis intactos e as coisas que ela tinha deixado. Em seu caminho para casa, eles decidiram parar em Angeli-Caffe-Pizzaria em Melrose Avenue, por alguma culinária italiana. Um manobrista levou o seu maltratado carro alugado. Vince deu a gorjeta à ele, fez com que Jade se sentasse, e deu a volta ao carro para o assento do motorista. — Eu vou ter você enfiada na cama em no— Minha mãe ligou. — interrompeu Jade. Vince virou para olhar para ela. As luzes do restaurante permitiram-lhe ver a expressão guardada dela. — Quando? — Quando estávamos no meu irmão. Conversamos brevemente. — Eu vejo. Ela lançou-lhe um olhar maligno, seus olhos piscando. — Você está se perguntando por que eu não mencionei isso antes, não é. Bem, eu não estava pronta para discutir o assunto. Vince notou seu tom arrogante. Por alguma razão, ela estava procurando briga. Ele se recusou a obrigá-la. — Ok. — Eu estava... Eu ainda estou processando o que ela disse. Eu apenas pensei que eu devia falar isso. Podemos ir agora? Ele não ligou o carro. Ao contrário, ele se inclinou para trás contra o seu assento e olhou para a noite. — Por que falar quando você não tem nenhuma intenção de me dizer o que ela disse? — Ele se virou para olhar para ela. — Sentindo-se um pouco culpada sobre nós? — Por que eu deveria me sentir culpada? Não tenho nada a esconder.


— Nós partilhamos segredos passados entre si, Jade, no entanto, aqui está você, incapaz de me dizer o que sua mãe disse. Ela tem a minha estátua, não é? — Não... talvez... eu não sei. Podemos ir para casa? Em um horário diferente, ele teria ficado feliz em ouvi-la chamar seu apartamento de casa, agora ele só estava interessado no que a estava incomodando. Vince olhou e procurou seu rosto. Ela olhou para ele. — O que está acontecendo, Jade? Ela balançou a cabeça. — Não me pressione, Vince. Não esta noite. Ok? — Você não quer me dizer o que ela disse? Tudo bem. — Ele ligou o carro e saiu do estacionamento. Ele deixou Melrose Avenue, virou à direita na North Vista Street e seguiu para o norte em direção ao seu apartamento alugado em North Curson Avenue. O silêncio no carro tornou-se opressivo, agarrando-o. O que ela não estava dizendo-lhe? Ele se virou para falar com ela uma vez que ele estacionou fora de seu apartamento e desligou o motor, mas ela não lhe deu uma chance. Ela já estava saindo do carro. Vince correu atrás dela. Não havia nenhuma maneira que ele iria deixá-la de mau humor e seguir em frente por causa de algo que sua mãe disse. Eles estariam discutindo isso hoje à noite. Agora mesmo. Ele tinha o suficiente para lidar com ela, sem acrescentar isso à lista. Jade estava perto da porta, braços cruzados em seu peito. Vince não falou, apenas abriu a porta e estendeu a mão para o interruptor de luz. — Não ligue as luzes, Knight. — uma voz com um sotaque estrangeiro ordenou da escuridão de sua sala de estar.


CAPÍTULO 22 O instinto de Vince de proteção assumiu. Ele alcançou por trás dele, empurrou Jade longe da porta e em direção à parede do lado de fora, em seguida, deslizou para dentro do quarto e bateu a porta fechada. Ele esperava que ela corresse para a segurança e não olhou para trás. Seja qual for o rancor que o intruso tinha com ele, se recusava a colocá-la no meio. Os músculos tencionaram e equilibraram para a defesa, ele apertou os olhos e esquadrinhou a sala escura. Sem mobiliário extraviado ou uma sombra fora do lugar. Raiva queimou seu peito. Ele não tinha visto esta visita. Em um dia normal, ele teria notado que as cortinas que tinha deixado abertas agora estavam fechadas e as luzes de segurança não tinham ligado quando eles dirigiram-se para dentro. — Se mostre desgraçado. — Vince rosnou, os olhos correndo ao redor. — Você não deveria ter feito isso. As palavras vieram da sua direita, o sotaque francês. Yannick? Sem mover a cabeça, Vince revirou os olhos, tentando encontrar o intruso. — Eu não recebo ordens em minha casa. — Sua casa. Minha arma. — A pessoa deu um passo adiante, ao lado do centro negro de entretenimento, sua arma apontada para o peito de Vince. — Agora, vire-se lentamente e abra a porta. O sangue de Vince ficou frio. Ele odiava armas. Ainda assim, ele tinha que dar à Jade mais tempo para fugir. Ele ainda não podia dizer se era Yannick ou um dos soldadinhos de chumbo de Bouchard.


— Quem é você? Como você entrou na minha casa? — Traga-a de volta para dentro, Knight. — O homem enunciou suas palavras. Vince sentiu sua raiva aumentar. Bom. Emoções levam ao descuido. O homem se aproximou de uma mesa lateral, mas a escuridão tornava impossível ver sua expressão ou prever seu próximo movimento. Não que houvesse muito que Vince poderia fazer com a arma apontada para ele. A única cobertura possível era o sofá de dois lugares para a esquerda, mas ele não podia correr mais que uma bala. — Você quer falar, acenda as luzes e me enfrente como um homem. — disse Vince. — Um passo para longe da porta e ela é uma mulher morta. O tom de emoção enviou um calafrio através de Vince. — Você está blefando. O homem inclinou-se e acendeu a lâmpada na mesa ao lado. Não era Yannick. Mas ele reconheceu o homem alto com calvície e olhos cinzentos frios. Ele era um dos guardas na embaixada de Saint-Noel, e Vince pensou tê-lo visto na noite passada na festa. — O que você quer? O guarda-costas levantou a mão enluvada esquerda em direção à boca e falou para o que parecia ser um relógio walkie-talkie em seu pulso. — Ela é toda sua meninos. Vince se virou e abriu a porta. Jade sufocou um grito e cambaleou para trás, com os olhos arregalados de medo. Ele não perdeu tempo à procura de cúmplices do homem, apenas a alcançou. — Sinto muito sobre isso, baby, mas você deve entrar. — Ele tentou parecer calmo, mas ela ainda se encolheu.


— Por quê? — Ela sussurrou, procurando seu rosto antes de seu olhar correr atrás dele. — Você está mais em perigo aqui. Ela pulou em seus braços. Desta vez, ele deu ao estacionamento escuro um olhar arrebatador. Nada mudou, mas isso não quer dizer nada. Seu olhar voltou para Jade. Ele queria dizer a ela para confiar nele, que ele não ia deixar nada acontecer com ela, mas ele não tinha nenhuma maneira de garantir a sua segurança. Tudo o que sabia era que ele faria o que tivesse que ser feito para protegê-la. Ele a levou para dentro da casa. — É ele. — Jade sussurrou em uma voz trêmula quando viu o homem com a arma. — Aquele francês que — Montague, mademoiselle Fitzgerald. — O intruso indicou o sofá com um aceno de cabeça, a arma agora apontada para ela. — Por favor, sente-se. Vince apertou as mãos sobre o braço de Jade e manobrou-a atrás dele. Ela agarrou a parte de trás de sua camisa e segurou firme. Montague pagaria por apontar a arma para ela. — Diga-nos o que você quer e saia da minha casa. — Vince rosnou. — Mova-se. — O homem acenou-os longe da porta com a arma, seus olhos se estreitando. Anos entrevistando a escória tinham tornado Vince muito bom em ler as pessoas. A linguagem corporal, as ligeiras nuances em seu tom, seus olhos. Montague não conseguia esconder seu desespero, algo que Vince teria usado contra ele se ele estivesse sozinho. Manter Jade segura tinha precedência agora. Vince se moveu lentamente para longe da porta, enquanto arrastava Jade atrás de si. Ele chegou a virar-se para firmá-la quando ela tropeçou, mas parou depois que chegou ao sofá. A mesa de café os separava de Montague que agora estava ao lado da porta. O desejo de usar a mesa de café como uma arma passou através de Vince, mas ele apagou-o.


— Tudo bem, meu velho, você tem toda a nossa atenção. — Eu estou aqui para lhe oferecer um acordo. — disse o homem. — Eu não faço acordos com matadores e assassinos. Montague balançou a cabeça. — Eu não tenho tempo para jogos, Knight. Você quer ouvir a minha oferta ou não? Vince ergueu as sobrancelhas. — Será que Cohen conseguiu um? Meu pai? — Sim. — Montague estalou. — Eles se recusaram a levá-la. — Um som de fora fez o homem recuar, os olhos correndo para a janela mais próxima. — Não cometa o mesmo erro. Jade espiou do seu lado, mas o olhar de Vince não mudou de Montague. Era medo nos olhos do homem? — Eu não estou interessado em sua oferta. Xingando baixinho, Montague enfiou a mão no bolso. Jade engasgou quando ele tirou suas pérolas desaparecidas. — Eu estou tentando fazer a coisa certa, Knight. — Deixou cair o colar no sofá. — Você me deve. — Por devolver algo que você roubou? — Vince disse com um sorriso de escárnio. — Não, pelas informações que lhe dei ontem. Desta vez o suspiro de Jade foi por um motivo diferente. Vince não teve tempo de explicar. Depois que ele foi expulso da embaixada Saint-Noel, Montague tinha passado direto por ele e deliberadamente deixou cair um pedaço de papel com o itinerário de Bouchard. — Você me levou à uma armadilha. — Vince estalou. — Seu assassino psicopata quase me matou. — Não é meu. Eu não tinha ideia do que tinha planejado para matá-lo. Não espere ter sorte duas vezes, e não com Yannick.


Jade gemeu. O guarda-costas ouviu e lançou-lhe um sorriso zombeteiro. — Ele é incansável e nunca comete o mesmo erro duas vezes. — Faróis varreram a janela e pânico brilhou em seus olhos. — Dar-me a estátua é a única maneira de detêlos... Detê-lo. Vince franziu a testa. O homem estava definitivamente assustado. Talvez ele pudesse desviar-se e levá-lo para baixo. — Será que você estragou com seu chefe, Montague? Ele está atrás de você, também? O homem mais velho ignorou as especulações. — Tudo que eu preciso é de informações sobre o paradeiro da Sra. Fitzgerald. Ela não está a bordo do navio de cruzeiro, apesar de sua bagagem estar em seu quarto. Seu nome apareceu na lista de passageiros no voo de Los Angeles para Miami, mas não estava em qualquer voo que deixou os aeroportos mais próximos no dia em que chegou ou desde então. Onde ela está? — Por quê? — Jade conduziu, mais uma vez, espiando por trás de Vince, sua mão ainda segurando a camisa. — O que ela fez para você? — Ela tem a estátua. Checamos os lares de todo mundo que estava na festa, casas de seus namorados e amantes, bancos e cofres por qualquer transação, e deu em nada. A única casa que não foi procurada é da sua mãe. Vince deu de ombros. — Azar. Os lábios de Montague apertaram. — Apenas me diga onde ela está. Uma vez que ele tiver a estátua, ele vai dar o fora. Não havia nenhuma dúvida que “ele" significava Bouchard. — Será que ele vai parar de caçar você, então? É a estátua seu poder de barganha? Como se cansado de atuar, os ombros de Montague caíram, mas a arma ainda estava apontada para eles. — Terminei. Ele não era assim, não quando eu comecei a trabalhar para ele 30 anos atrás. As conversas gerais e suas malucas profecias sobre o que fez isso com ele, eu não quero ser uma parte disso. Não


mais. Eu quero passar o resto da minha vida a brincar com os meus netos. — Ele lhes lançou um olhar suplicante. — Então, por favor, me diga onde a Sra. Fitzgerald está. Leve-me para ela. Traga-me a estátua uma vez que você obtê-la. Qualquer coisa. — Ele tirou um pedaço de papel dobrado do bolso e deixou-o cair ao lado das pérolas no sofá. — É onde eu posso ser encontrado. O silêncio encheu a sala. Vince não poderia deixar-se sentir pena do cara, não depois do que ele os colocou completamente. Seu pai ainda estava em coma, e Cohen estava morto. Vince olhou para o pedaço de papel dobrado, então balançou a cabeça. — Sinto muito. Eu não posso dar à você. O homem mais velho soltou uma risadinha irritada. — Por quê? Você colocaria sua vida — ele balançou a cabeça em Jade, — e a vida de sua mãe em perigo por causa de seu pai? Homens como o juiz não mudam. Ele nunca vai recebê-lo em sua vida só porque você encontrou sua estátua desaparecida. Ele é o mesmo homem que o rejeitou. O mesmo homem que tratou sua mãe como sujeira. Ele é incapaz de amar alguém além de si. — As palavras atingiram um nervo, lembrando Vince de seu objetivo inicial de utilizar a estátua para mostrar a seu pai o que ele tinha perdido por rejeitá-lo, talvez até ganhar o seu amor. Mas isso estava no passado agora. O que ele não gostou foi do fato de que Montague e Bouchard sabiam muito sobre ele. — Como você sabe? — Vince perguntou sua voz plana. O guarda-costas acrescentou algo em sua língua nativa e continuou a zombar dele. — Você talvez queira dizer isso de novo em Inglês, velho. — perguntou Vince. — Você é um idiota. Bouchard vai te caçar. Ele não está acima de usar as pessoas que você ama para obter o que deseja. Pessoas como ela, — ele balançou a cabeça em Jade, — ou seu tio doente na ilha. Ele está planejando


isso há muito tempo, e nada vai impedi-lo. Ninguém pode. — Ele acrescentou algo em francês, e então suspirou. — Não diga que eu não avisei. Se você mudar sua mente, você sabe onde me encontrar. — Ele se virou, abriu a porta e saiu do quarto. Vince se adiantou para pegar o papel e as pérolas. No papel estava o nome e o número de um motel barato em Pasadena. Um som fez Vince chicotear ao redor. Jade estava freneticamente socando números em seu telefone celular e murmurando baixinho. — O que é isso? Quem você está chamando? — Minha mãe. — Ela trouxe o telefone para sua orelha. — Por quê? — Ela está no castelo que o velho Montague mencionou. Devo avisá-la. Pedir-lhe para sair. Ela me disse que estava visitando um velho excêntrico dono de lotes de antiguidades e que evita tecnologia moderna. É por isso que ela não poderia retornar minhas ligações. Eles foram obrigados a entregar seus celulares para os guardas. — Ela trouxe o telefone para sua orelha. — Quando Montague falou em francês, ele disse que o velho louco merecia ser bloqueado em suas masmorras com suas relíquias. Talvez eu seja paranoica, mas soa como se eles estivessem falando sobre o mesmo homem. Desculpe. Mamãe. — ela falou ao telefone: — Nós temos uma emergência aqui em casa. É uma questão de vida ou morte. Por favor, por favor, volte para casa. Ligue para mim. — Ela fechou o telefone e fez uma careta. — E se ela não receber a minha mensagem? Vince não respondeu a ela. — É isso que você não poderia compartilhar comigo mais cedo? Jade lançou-lhe um olhar suplicante. — Oh, querido, eu sinto muito. Eu tenho sido tão horrível com você por nada. Tudo o que ela disse, não importa. Não mais. — O que exatamente ela disse?


Um gemido alto veio de fora da porta, interrompendo-o. Jade saltou para trás quando um outro se seguiu. Desta vez, soou como se alguém tivesse arranhado a porta. — Fique para trás. — Vince se moveu em direção à porta, cabeça inclinada para captar os sons de fora. Ele apagou as luzes da sala de estar e esperou. Não havia nada além de silêncio, o tipo de silêncio estranho que fez sua pele arrepiar. Ele virou a cabeça para Jade. Ela fugiu para o corredor que levava aos quartos e estava olhando para ele com olhos desconfiados, com as mãos segurando a porta. No caso de alguém entrar no apartamento, ele a queria fora do caminho do mal. — Vá para o quarto e feche a porta. — ele instruiu em um sussurro. — Não saia até eu mandar. Jade assentiu, e depois desapareceu. Uma vez que ele ouviu a porta do quarto fechando, Vince foi até a cozinha, abriu uma gaveta e retirou o cinto de facas. Ele agarrou-o e fez com que as lâminas de aço inoxidável estivessem seguras quando ele correu de volta para a porta da frente. Se alguém entrasse, ele estaria pronto para eles. Ele pegou uma das facas e segurou-a firmemente em sua mão. Agachou-se junto à janela e levantou o canto das cortinas para espiar lá fora. Ninguém se escondia nas sombras do estacionamento escuro, mas algo estava na varanda da frente. Ele não podia dizer o que era. Ele agarrou a maçaneta, virou-a e abriu-a. Nada aconteceu. Ele olhou para fora e viu o corpo esparramado no tapete de boas-vindas marrom-escuro. Quando ele ligou o interruptor, a luz da sala de estar iluminou... Montague.


Os olhos do homem mais velho estavam arregalados. Sua mão direita estava estendida e estava perto da porta. A esquerda estava enrolada em volta do pescoço, tentando parar o sangue escorrendo para fora dos cortes profundos no pescoço. Mais cortes eram visíveis em sua camisa preta e calças, o sangue fazendo com que os tecidos grudassem a seu corpo. Yannick e seus chicotes malditos. O olhar de Vince varreu o estacionamento enquanto ele tirava a camisa. Ele ainda estava lá fora? Esperando que saísse para que ele pudesse pegá-lo também? Como antes, nada se movia na escuridão. Mas um rastro de sangue levava mais fundo no monte escuro e mais agrupado em torno do corpo de Montague. O bastardo tinha deixado um rastro a partir do ponto de ataque antes de cair na varanda. Vince se agachou ao lado de Montague, removeu a mão do homem, e substituiu-a com sua camisa. Os cortes eram profundos, o corpo ainda quente. Ele colocou dois dedos na garganta de Montague. Sem pulso. — Oh, Deus. — Jade sussurrou atrás dele. — Não olhe. — Vince ficou de pé e firmou-a enquanto ela balançava. Seu lábio inferior tremeu, seus olhos arregalados e mal-assombrados. Vince empurrou a porta com o pé e trancou-a. — Vou ligar para Eddie. Pegue suas coisas. — Ele cutucou para os quartos, enquanto soltava o cinto de faca. Os olhos de Jade seguiram seus movimentos, ampliando quando viu as facas. — Por quê? — Você está indo para Dana Point. Ela franziu a testa. — Eu? E você? — Eu vou tomar providências para tirar sua mãe de Saint-Noel. Se Montague estava certo sobre sua pesquisa, ele não vai demorar muito antes de saber que ela estava naquele navio de cruzeiro e que ela saiu em Saint-Noel. Se ela tem a Estátua-


— Eu acho que ela tem. — Jade interrompeu. — Eu não sei por que, mas ela soou muito estranha quando falamos. Você sabe, como se ela tivesse com ela. Vince concordou. — Então eu preciso encontrá-la antes que eles encontrem.

*** Jade olhou para o espelho do banheiro e suspirou. Ela tentou cada desculpa esfarrapada que ela poderia sonhar para convencer Vince a deixá-la ir com ele. Ele teve uma resposta para todos os seus argumentos. Ainda assim, ela não teve coragem de lhe dizer a verdade, o real motivo pelo qual ela queria ir com ele, sua mãe não acreditava que ele era filho do juiz Abe e não confiaria em qualquer coisa que ele dissesse. Suspirando, Jade saiu do banheiro e parou junto à porta para estudar Eddie e Vince. Os dois homens estavam conversando em voz baixa, mas o olhar no rosto de Eddie indicou que Vince lhe tinha dito tudo. A versão diluída que tinha dado ao outro policial alegou que os dois tinham chegado em casa depois do jantar e foram se preparar para dormir quando ouviram um barulho do lado de fora da porta, abriu-a e encontrou o homem. Não, eles nunca tinham visto o homem antes, Vince tinha adicionado quando solicitado. As mentiras continuavam acumulando. Se elas custassem a Eddie sua carreira, seria sua culpa por tê-lo metido nisso. Talvez não fosse tarde demais para ele a fiança. — Eddie. — Seu primo lançou-lhe um olhar preocupado. — Você precisa parar de fazer isso. — Ele levantou uma sobrancelha. — Nos encobrir. — Os dois homens fizeram uma careta para ela como se ela tivesse perdido a cabeça. — Quantas leis você quebrou nos cobrindo? Isso poderia custar-lhe tudo para o que você trabalhou.


Ele deu uma breve risada. — Não, não vai. Ela estudou seu primo, notando o brilho nos seus olhos inteligentes. — Você está gostando disso, não é? O aspecto de capa e espada. Você está fazendo isso para esfregar no nariz do tio? — Não, prima. Eu escrevo um relatório sobre todos os incidentes que eu investigo; eu só não vou dizer a ninguém que eles estão conectados. — Ele sorriu. — Tudo está legal. Jade suspirou. Os dois continuaram a conversar e ela ouviu trechos de sua conversa, mas ela não se incomodou em participar. — Tem certeza de que Montague não tocou em nada aqui? — Perguntou seu primo a Vince. — Eu não quero que algum colega com excesso de zelo encontre sua impressão dentro de seu apartamento. — Ele usou as luvas o tempo todo que ele falou com a gente. — respondeu Vince. — Bom. Enviei dois dos nossos rapazes para verificar seu quarto de hotel. É uma coisa boa que você deixou cair essa nota quando tentou salvar a vida dele, caso contrário, teria sido difícil de explicar como é que estava dentro da casa. Além disso, eles encontraram um carro estacionado na rua. Um localizador GPS estava anexado embaixo dele. Vou verificar os seus carros apenas no caso de terem rastreado vocês também. Enquanto isso, eu vou ver o que posso fazer antes de sair para Saint-Noel. Jade se animou. — O quê? Vince caminhou ao seu lado. — Ele está vindo comigo. — E quanto a mim? — O olhar de Jade saltou entre os dois homens. Quando ninguém falou, ela perguntou, mais uma vez. — Eu vou também. Certo? Em vez de lhe responder, Vince pegou-a pelo braço. — Vamos sair daqui, baby.


Jade olhou para eles, sentindo-se traída. Foi ela quem os apresentou e agora eles eram tão grossos como ladrões. — Sim, vocês dois precisam ir. — Eddie evitou seu olhar e correu para a porta. — Enquanto isso, eu vou ver se eu posso encontrar o barco que Yannick usou para entrar no país. Seu tipo nunca usa os canais certos. — Ele parou com a mão na maçaneta e olhou para trás. — Nós encontramos a garçonete que ele substituiu. A mulher disse que um homem que se encaixa na descrição física de Montague em uma máscara invadiu seu apartamento, amarrou-a, e lhe roubou o uniforme. Sua senhoria a desamarrou esta manhã depois que foi para o seu apartamento e ouviu sons estranhos vindos de dentro. A senhoria recebeu um telefonema da agência de trabalho temporário que havia contratado a garçonete. Acho que Chase ligou para a agência e disse-lhes que ela perdeu o evento no clube. Em seu caminho para a casa de praia, o silêncio encheu o carro. Jade teve vontade de gritar o quão frustrada e impotente que se sentia. — Eu não entendo por que meu primo tem que ir com você, mas não eu. Nenhum de vocês fala francês. Vince apenas grunhiu. — Como você vai conseguir um visto sem alertar o povo de Bouchard? — Eu tenho maneiras. Suas respostas sucintas chateavam-na. Para adicionar à isso estava sua culpa. Ela não deveria ter deixado sua mãe confundi-la. Um silêncio vazio enervante desceu dentro do carro, mais uma vez. Ela olhou para o perfil de Vince, tão duro e impenetrável. Depois de sua provocação e risadas, esta manhã, ela odiava vê-lo tão distante. Jade suspirou e virou-se para olhar para as luzes vermelhas do carro na frente deles quando eles aceleraram ao longo Pacific Coast Highway. O que ela tiraria dessa relação? Uns poucos dias de diversão, então 'bye, tenha uma boa vida'? Em poucos dias, Vince iria receber a sua estátua, em seguida, voltar para


a sua ilha. Ela poderia deixá-lo ir sem uma luta? Ela seria uma tola por fazer isso. Por outro lado, ele deve querer ficar. Uma coisa que tinha aprendido de seu casamento desastroso era a de que o amor não pode ser forçado. — Eu tenho uma confissão a fazer, Vince. Ele lançou-lhe um olhar perplexo. — Você tem? — Sobre a minha conversa com a minha mãe. Ela disse coisas... coisas que me incomodaram, por isso eu não queria discuti-las com você antes. Eu estou pronta agora. Ele contemplou suas palavras, depois assentiu. — Ok. — Eu queria que ela falasse com você quando ela ligou. Expliquei quem você era, mas ela disse que, uh, que você não é quem você alegou ser porque seu pai não tem um filho. Ela insistiu que eu deveria ter pedido por uma prova. A breve risada lhe escapou. — Que tipo de prova? Jade engoliu em seco, sentindo-se como uma traidora por ouvir sua mãe. — Oh, coisas bobas como, uh, você sabe, sua certidão de nascimento. Quero dizer, como se pede isso, quando se encontra com alguém pela primeira vez? — Vince não respondeu, apenas pisou no acelerador. A caminhonete pegou velocidade. — E, uh, ela queria saber se eu tinha falado com sua tia ou visto você visitar o seu pai. Eu sei que foi estúpido da minha parte deixar suas palavras me incomodarem, mas— Qual foi a sua resposta. — ele perguntou. Jade tentou se lembrar de suas palavras exatas. — Eu disse a ela que você não precisava me mostrar alguma prova, porque você não iria mentir para mim. Vince não falou por um longo tempo. Em seguida, ele a surpreendeu quando pegou a mão dela e deu um beijo na palma da mão. — Obrigado.


— Você está me agradecendo? Se eu não tivesse deixado suas palavras me afetarem, não teria lutado, e— Não é culpa sua. Você quer respostas. Você quer respostas de mim faz algum tempo. Jade fez uma careta. — Desculpe, eu sei que posso ser um pouco impaciente. — Um pouco? — Ele riu. — É apenas que o tema do meu pai não é algo que eu compartilho muitas vezes com as pessoas. — Ele se virou para a estrada privada que conduzia à comunidade à beira-mar fechada de Beach Road. — Em um momento, eu pensei que ele e eu gostaríamos de reconciliar nossas diferenças. Mesmo quando eu concordei em ajudar minha tia encontrar a estátua, eu tinha esperança de que poderíamos falar, uma vez que ele recuperasse a consciência. Agora eu sei que era apenas um sonho. Jade exalou bruscamente. — Ainda há tempo— Não. — Ele balançou a cabeça. — Isso não vai acontecer. Mas a minha mãe... eu não entendo como ela poderia tê-lo amado todos esses anos. Simplesmente não faz sentido. Mesmo depois da porcaria que ele despejou sobre ela, ela ainda o amava. Tínhamos algumas fotos dos dois juntos, que ela guardava no meu quarto. Eu encontrava o seu olhar para elas com lágrimas nos olhos. Ela disse que ele tinha morrido em um acidente na estrada antes de eu nascer, e tinha sempre histórias engraçadas sobre ele - o advogado brilhante com um coração grande. Eu acreditava em tudo que ela me dizia. Ele era o meu herói. — Ele ficou em silêncio enquanto Jade falou com o guarda no portão e eles foram deixados passar. Ele seguiu suas instruções e parou o carro do lado de fora de uma casa de dois andares à beira-mar e desligou o motor. — Quando você soube a verdade? — Alguns dias antes dela morrer. Jade deixou escapar um suspiro. — Oh, baby. Sinto muito.


Sua voz tornou-se baixa e selvagem. — Quando ela confessou ter mentido sobre sua morte e contou que ele ainda estava vivo, mas, oh, nós estávamos melhor sem ele, eu não entendi. Tornei-me zangado, ressentido. Senti que tudo o que ela já me disse era mentira. Que toda a minha vida tinha sido uma mentira. Passei os últimos dias de sua vida... — sua mão apertou o volante, sua expressão sombria, enquanto olhava através do para-brisas para a noite, — odiando-a e desejando que ela estivesse morta. Quando ela morreu, eu senti como se tivesse matado ela. — Você não odiou ou matou ela. — Jade gritou, com lágrimas borrando sua visão. — Você se sentiu traído, isso é tudo. Pela pessoa que você mais confiava. Você tinha apenas dezessete anos, pelo amor de Deus, estava ferido e atacando. O que você sentiu não era real, ok? — Ela não percebeu o quão forte as unhas estavam cavando em seu braço até que ele cobriu sua mão e arrancoua. Ele apertou-a contra seu rosto quente. — Sinto muito. — ela sussurrou. — Não sinta. — A pessoa que traiu sua mãe foi o juiz. Ele deveria ter pensado nas consequências antes que ele a engravidasse. — Ela só poderia perfurar o nariz do homem. Ela ainda poderia fazê-lo quando ele recuperasse a consciência. Vince apenas deu de ombros. — Talvez ele não conseguiu lidar com a sua doença. — Eu não me importo. Ele ignorou sua responsabilidade para com ela e você, o grande covarde, gordão. — Não, ele seria inútil se ele não poderia nem estar lá para ela quando ela mais precisava dele. — Quanto mais razão... não importa. — Como ele poderia defender aquele bastardo? Jade balançou a cabeça. Ela estava feita. Deflacionada. Não há mais luta deixada por ela. Ela precisava apagar as vibrações negativas de sua mente, de si. Eles tinham o suficiente para lidar - Bouchard, Yannick, a viagem para Saint-Noel - sem deixar o peso do passado derrubá-los, também.


— Vamos para dentro. — Ela saltou do carro e correu para a porta. Enquanto Vince buscava as malas na parte de trás do carro, ela abriu a porta e desarmou o alarme de segurança. Um lampejo de seu dedo no interruptor e a iluminação embutida na cozinha se acendeu. Isso foi o suficiente para iluminar as escadas. Assim que Vince colocou as malas para baixo, ela agarrou sua mão. Ela queria tanto ele que se sentia vibrar. — Eu vou lhe mostrar depois, uh, amanhã. Agora? Venha comigo lá em cima. Ele riu e olhou ao redor da sala grande enquanto começavam a subir as escadas. — Não temos a casa para nós? — Sim. Por quê? — Então, por que ir lá para cima? Há muitos quartos aqui em baixo. Jade riu. — Você gostaria, seu demônio. Não, eu estou tomando você atrás de paredes. Começaremos essa luta em um... hey! Ele a levantou na escada. Seu braço travou em torno de sua cintura enquanto ele a prendia contra a parede. Suas sandálias escorregaram de seus pés e escorregaram para o fundo das escadas. — Quero dizer isso, Vince. Não haverá mais paredes. Tem camas lá em cima. Lotes de quartos. — Onde está seu senso de aventura? — Então, sua boca cobriu a dela. Jade se esqueceu de sua troca boba e colocou os braços em volta do pescoço enquanto seus beijos drogados a fizeram perder o senso de tempo e lugar. Sensações deslizando debaixo de sua pele. Ele colocou uma coxa entre as dela e levantou a cabeça. — Eu amo esta posição. Você não tem escolha, além de se pendurar em mim por equilíbrio, o que me dá acesso à tudo isso. — Ele passou a mão para baixo e para cima em sua lateral, em seguida, segurou os seios. Ele a beijou, puxou o lábio inferior entre os dentes, e chupou.


Erguendo mais alto para que ela pudesse envolver as pernas ao redor de sua cintura, eles subiram o resto das escadas. — Onde está o nosso quarto? — Vince perguntou contra seus lábios, seu hálito quente. — Escolha um. Eles cambalearam em um só, sem sentido com a necessidade, rasgando as roupas do corpo um do outro. Sua junção foi explosiva e selvagem. Levou várias horas, antes de queimarem a maior parte de sua energia e se enrolarem no braço do outro. Em algum lugar entre a vigília e o sono, um pensamento ocorreu a Jade. Ela não perguntou à Vince de que doença sua mãe sofria. Ela virou a cabeça e beijou seu pescoço. — Baby, você está dormindo? Ele riu e apertou seu braço ao redor dela. — Metade do caminho. — Posso te perguntar uma coisa? — Hmm-mm. — O que estava errado com sua mãe? — Hmm? — Você disse que ela estava frágil... doente. Do que ela sofria? — Epilepsia. O tipo ruim. Sua resposta tirou o fôlego dela. — Será que ela teve ataques muitas vezes? — Sim. Sérias convulsões. Ela usava a medicação, mas ainda as tinha. Seu coração estava batendo tão forte que pensou que ela estava prestes a ter o seu próprio ataque. Ela respirou fundo. Parte dela queria deixar o assunto de lado, enquanto outra precisava saber se ele poderia lidar com sua doença de arritmia. Jade levantou a cabeça para olhar para o rosto dele. Seus olhos estavam fechados. Ela engoliu e lambeu os lábios. — Como é que você lidava com elas... as crises?


— Não bem, eu tinha medo. Assustava-me até à morte cada vez que ela tinha um ataque. Eu odiava vê-la sofrer. — Ele deu de ombros. — Mas aprendi a lidar com elas. Ela deitou a cabeça no seu peito, sua mente correndo. Seu ex-marido havia se apavorado quando soube sobre sua arritmia. Antes de dormir, Jade chegou a uma decisão. Era melhor dizer à Vince a verdade e lidar com as consequências do que ele adivinhar por si mesmo. Quando surgisse uma oportunidade, ela iria dizer a ele sobre sua condição.


CAPÍTULO 23 Jade pressionou a testa contra a porta francesa e suspirou. Após três longos dias de agonia, manter a discrição estava ficando com ela. Não havia muito acontecendo. Sem Yannick ou Bouchard, sem telefonemas ou mensagens de texto de sua mãe, e sem sinal dos passaportes falsos que Vince estava esperando de seu amigo em Seattle. A única coisa boa a sair desses dias foi a informação que eles se reuniram em Saint-Noel e Liseux, uma de suas maiores ilhas e onde sua mãe havia desembarcado. Qualquer informação que Vince não reuniu a partir da Internet, ela conseguiu através do telefone de informações de Liseux Bureau. Eles agora sabiam a identidade que o velho Montague tinha mencionado - General Descartes, o avô de Bouchard. Eles tentaram chegar à casa do general sem sorte, aumentando a sua frustração. Quanto à Vince, ele se tornou mais calmo com o passar dos dias. Ele fez amor com ela como se demônios estivessem presos em seus calcanhares, e no meio, ele tinha a cabeça enterrada no laptop, pesquisando Bouchard na Internet. Seu olhar encontrou-o, seu Vince, o homem dos seus sonhos. Tronco nu, músculos brilhando na luz do pré-amanhecer, movendo-se ao longo de um círculo imaginário, realizando movimentos intricados com as mãos abertas, corpo em perfeita coordenação. Ele era tão gracioso, seus movimentos sutis e não ameaçadores. Interno kung-fu, ele disse a ela, contava com estratégia e habilidades para superar um adversário, e não a força bruta. Ele estava praticando todas as manhãs. No início, ela pensou que estava em preparação para a próxima


aparição de Yannick. Acontece que ele não conseguia dormir e a prática o ajudava a relaxar. Ele mesmo lhe mostrou alguns movimentos de autodefesa que poderiam fazer grandes danos à um atacante. Ha, como se ela alguma vez pudesse conseguir. Pânico seguido por um ataque de arritmia era provável que conseguisse antes mesmo que ela conseguisse um soco. Ainda assim, ela bem humorada com sua beleza real aprendeu uma coisa ou duas. Suspirando, Jade se afastou da porta. Era isso. Ela se recusava a esconder dentro de si mais. Jade correu para cima, trocando-se em shorts pretos de ginásio, sutiã esportivo, e uma camiseta. Depois de escorregar em seus tênis de corrida, ela correu escada abaixo. Ela pensou ter ouvido o som do telefone celular de Vince, mas quando ela inclinou a cabeça, só havia silêncio. Dando de ombros, ela contornou os sofás da sala de estar e mesa de jantar, abriu a porta do pátio e respirou fundo. O ar fresco do mar e os sons suaves do bater das ondas contra a areia a encheu de uma paz interior que ela não tinha sentido. Este não era o paraíso. Não com perigo sentado pesado sobre os ombros. Um súbito arrepio rastejou através de sua pele. Jade esfregou os braços. Sem mais pensamentos mórbidos. Eram quase seis e meia, mas o sol não tinha subido ao longo dos penhascos para aquecer seu pequeno lugar. Ela olhou para cima e para baixo no trecho estreito quase deserto de terra, a maioria dos moradores e inquilinos ainda dormiam. Sua casa, como outras ao lado dela, estava junto à uma praia privada. À sua direita era uma área pública com várias quadras de voleibol e basquetebol, e anéis de fogo. Dana Point Harbor era visível à distância. Seu olhar se desviou para Vince. Ele estava usando chutes e socos agora, flexionando seus músculos e apertando com cada movimento. Será que ela nunca se cansaria de olhar para o homem? Com todo o tempo que passou no telefone e navegando na net, ela não


tinha tido a chance de falar com ele sobre o seu problema de coração. Não que houvesse qualquer pressa. Além disso, o foco deveria ser em sua viagem iminente a Saint-Noel e não ela. Jade se abaixou para amarrar seu tênis. O cheiro dele, masculino e inebriante, atingiu seu nariz e ela olhou para cima. — Como você faz isso? — O quê? — Mover-se tão rápido. — Seus olhos corriam pelo seu corpo enquanto ela se endireitava. Pernas abertas, os braços na cintura, sua calça de moletom montava baixo em seus quadris, provocando seus sentidos. — Uma hora você está lá, na próxima aqui. Ele deu de ombros. — Você estava tão absorta em pensamentos que você não me viu chegando. Você quer praticar a autodefesa comigo lá dentro? Se ela ficasse lá dentro mais um minuto, ela iria enlouquecer. — Eu acho que vou para uma corrida curta em vez disso. Ele olhou para cima e para baixo na praia e fez uma careta. — Baby, eu disse a você— Nós estivemos aqui por dias, Vince. Não aconteceu nada. Estou cansada de ficar enfiada dentro de casa. Ele estudou as falésias antes de virar seu olhar sobre ela. Ele pareceu debater consigo mesmo. — Ok. Mas não vá muito longe. Eu quero você na minha frente o tempo todo. Ela revirou os olhos, pegou sua expressão exasperada, e repreendeu-se por uma resposta tão infantil. Ele só estava tentando protegê-la. Ela estendeu a mão, os dedos dos pés mal tocando o chão, agarrou-lhe o rosto e derramou todo o seu amor em um único beijo. Sua mão veio descansar em sua cintura e puxála para mais perto. — Me desculpe, eu estou sendo tão difícil... — ela sussurrou uma vez que o beijo terminou. — Eu acho que a espera está ficando difícil para mim.


Vince esfregou os dedos por seu queixo. — Eu sei. Mas vai ser em breve, eu prometo. Ela esperava que sim. — É melhor eu ir. Eu, uh-mm, pensei ter ouvido o som do telefone celular antes de sair de casa. Você pode querer verificá-lo. Vejo você daqui à pouco. — Ela saiu. Vince a observou por alguns segundos. Engraçado como as coisas aconteceram. Ele não esperava se apaixonar quando chegou pela primeira vez em Los Angeles, mas agora ele não podia imaginar sua vida sem Jade. Sua segurança era sua prioridade agora. Ele não tinha ideia de qual seria o próximo passo de Yannick e Bouchard ou o que aconteceria quando eles chegassem em Saint-Noel, então seu plano original seria realizado. E ele não estava deixando-a para trás. Mesmo que ela tivesse lido e dissecado todos os artigos sobre Bouchard que tinha conseguido na Internet, Jade não tinha insistido em se juntar à eles na viagem para Saint-Noel. No entanto, ele sabia que, ao excluí-la de seus planos, havia ferido os sentimentos dela, e vê-la infeliz regiamente mexeu com sua psique. Quando voltasse de sua corrida, ele iria contar a ela sobre o passaporte que ele pediu a seu amigo em Seattle para que ela aceitasse a imagem Mais uma vez, Vince digitalizou as colinas circundantes, os poucos barcos espalhados no horizonte, e o trecho de praia. Ele sabia que era cedo, mas ainda, tudo parecia calmo demais. O tipo de calma que anunciava problemas. Seu olhar tocou Jade mais uma vez antes de ele entrar dentro da casa. Como se soubesse, seu celular começou a tocar. Ele subiu dois degraus de cada vez, pegou o telefone e abriu. Ah, Jeff. Bem a tempo. — Diga-me que você tem uma boa notícia? — Eu enviei tudo ontem à noite pela FedEx, incluindo o dela. Você deve recebê-los esta manhã. — Devo-lhe uma bebida, amigo.


— Apenas cuide de si mesmo, homem, e volte em uma única peça. Vince fechou o telefone, pegou seu laptop, e desceu as escadas. Uma vez que ele colocou o laptop em uma mesa perto de uma janela com uma visão clara da praia, ele inicializou, em seguida, pegou um par de binóculos e saiu da casa. Ele espiou nos poucos barcos boiando nas margens, as colinas circundantes, e a costa. Não vendo nada suspeito, ele se instalou em uma das cadeiras do pátio. Mais pessoas foram saindo de suas casas de praia, mas por agora, ele os conhecia de vista. Sabia suas rotinas, também. Ainda assim, ele manteve um olho neles, procurou algo incomum. Jade estava em seu caminho de volta quando o som de seu celular chamou sua atenção. Eddie, ele observou quando abriu. Eles não tinham se falado desde a noite em que Montague foi morto. — É bom finalmente ouvir você, detetive. O que está acontecendo? — Demais, e não há nada de bom nisso. — O mau humor de Eddie nunca diminui. — Vocês estão bem? — Se você está perguntando se Yannick nos fez uma visita, a resposta é não. Mas, novamente, você já sabe disso. — Significado? — Um carro nos seguiu até aqui e temos dois guardas no portão. Eu fiz as contas. Então? O que há de novo? — Yannick sumiu, mas não antes de eliminar os irmãos Hudson com aquele chicote maldito dele. Foi o que aconteceu na noite passada fora de um bar movimentado, mas ninguém viu ou ouviu nada. Meu capitão está começando a ligar os pontos, e eles vão chegar até mim. Quero estar pronto, mas não posso manter corpos arregaçando a esquerda e direita. — Parece que Bouchard e Yannick estão limpando a casa. — Vince lembrou da mulher que o ajudou a pôr o dedo em Montague. — Alguma vez você encontrou a faxineira do hotel?


— Sim. Eu segui-a até parentes em Philly. Ela está segura. Por enquanto. Yannick teria que cavar bem fundo para encontrá-la. Eu já avisei, no entanto. Eu odeio admitir isso, mas o homem é inteligente demais para ser subestimado. Oh, tem havido uma série de atividades em torno do jato particular de Bouchard. Antes que você pergunte, um amigo invadiu algum sistema de aviação e tem seu plano de voo. Eles estão abastecendo para uma viagem de volta para o leste. Ele vai acompanhá-los e me informar quando eles chegarem a Dulles. Eu tenho um amigo que me deve um favor demarcando o terreno. Ele vai fotografar todos que embarcam e ficam fora do jato, incluindo os comissários de bordo e pilotos, e enviará um e-mail com as fotos para o meu celular, por isso espere algo em seu endereço de e-mail. Vince teve que admirar a eficiência do detetive, e era a primeira vez em sua vida. Havia bem poucos homens que tinham em alta estima. — Parece que você tem tudo coberto. Eu devo ter nossos passaportes alguma hora esta manhã. — Informe o portão. Tudo deve ser confirmado com eles com antecedência. Minha prima está por perto? — Não. Ela está lá fora correndo. — Caminhando em direção à casa agora, Vince observou. — Ela virá com a gente, Eddie. Eu já tenho o passaporte dela. — Cara, isso é loucura. Ela não pode lidar com isso. Na verdade, estou surpreso que ela durou tanto tempo. — Jade é dura. Nós dois sabemos que ela estava certa. Ela fala a língua, nós não. Vamos precisar de sua ajuda. — Ele queria que esta investigação terminasse. Assim que voltasse de Saint-Noel, ele pretendia levar Jade para Orcas Island para encontrar seu tio, cuja saúde estava se deteriorando rapidamente. — Nós podemos dar um jeito, Knight. Nós não podemos fazer o nosso trabalho enquanto nos preocuparmos com sua segurança.


Não importava onde eles estivessem. Enquanto Bouchard e Yannick ainda estivessem lá fora, Jade estaria mais segura onde pudesse ficar de olho nela. Ela parou ao lado dele, seu olhar saltando entre o rosto e o celular. Vince cobriu o telefone e disse: — Vou começar no café da manhã quando eu terminar aqui. — Ela assentiu com a cabeça e entrou na casa. Vince trouxe de volta o telefone ao ouvido. — Estou pegando-nos bilhetes para esta noite. Se você tem um problema com isso...? — Eu não tenho. Ligue-me com os detalhes. Mantenha a verificação de seu e-mail. — Então ele desligou. Vince levantou-se e entrou na casa.

*** Jade estava no banho quando ouviu a campainha. O pacote FedEx de Vince estava finalmente aqui, graças a Deus. Ele tinha estado louco de preocupação com o relógio e verificando constantemente pelo caminhão do correio. No meio disso, ele ficou colado no computador, checando e-mails de Eddie. Jade ouviu movimentos no seu banheiro e fechou a água. Ela pegou um roupão e envolveu-o em torno de seu corpo molhado. — Baby, foi o pacote da FedEx? — Ela gritou. — Sim, foi. — respondeu uma voz estranha quando ela entrou no quarto. Jade congelou no ato de amarrar o roupão, arregalando os olhos. Um jovem musculoso em preto inclinou-se despreocupadamente contra a parede, com uma arma na mão. A respiração alojou em sua garganta e seu coração ameaçava explodir. Seu olhar correu para a porta do quarto, uma sensação incômoda lavou sobre ela. Vince. — Vista-se, senhorita. Você está vindo comigo.


— Quem é você? Onde está Vince? Vince? — Ela gritou, o medo apertando seu peito e fazendo sua respiração engatar. — Eu tenho certeza que ele pode ouvi-la, mas ele está muito ocupado para responder. — Um sorriso torceu os lábios do homem. — Yannick não gosta de interrupção. — Se ousar machucá-lo... — Jade deu um passo em direção à porta, mas seu algoz engatilhou a arma. — Engraçado. Ele disse a mesma coisa apenas alguns minutos atrás. Sua devoção ao outro é muito admirável, o que deve tornar o nosso trabalho mais fácil. Vista-se. Vista algo bonito, o patrão ordenou. Para o inferno com a preferência de seu chefe, ela vestia o que ela queria. Batidas e grunhidos vieram do andar de baixo, quase parando seu coração. Eles estavam machucando Vince. Joelhos tremendo e o coração batendo forte, Jade tropeçou em sua pressa para alcançar à cômoda. Com adrenalina em suas veias, tudo parecia se mover lentamente, até mesmo os seus processos de pensamento. Ela tirou um par de lingerie e ficou irritada quando ela não podia fazer a simples tarefa de colocá-los. Uma vez que ela conseguiu isso, ela estendeu a mão para seu moletom. — Eu disse uma coisa bonita. — o homem agarrou por trás dela. Jade congelou. Ele marchou até o armário e tirou a única roupa lá, o vestido dourado que ela tinha usado para a festa há algumas noites. Ele apertou-o no nariz e respirou fundo, depois olhou de soslaio para ela. — Sexy. Desejo que Yannick não estivesse tão desesperado por seus negócios no andar de baixo. Você e eu poderíamos ter uma diversão. — Ele jogou o vestido para ela. — Ponha-o ou eu vou fazer isso por você. Com a arma apontada para ela, Jade não teve escolha a não ser obedecer. Ela tentou segurar seu manto sob os braços ao mesmo tempo que colocava o


vestido, mas o manto continuava escorregando, arrancando um riso de seu sequestrador. Frustrada e assustada, Jade focou no que era importante. Vince. Não sua modéstia. Resolução e raiva explodiu através dela, junto com ela a inspiração. Ela não ia tornar mais fácil para este bastardo ou o seu patrão. Jade deixou o roupão cair. Os olhos do homem se arrastavam sobre ela, sua boca aberta. Ela deu um passo em seu vestido, dançou enquanto ela puxouo para cima. Seus olhos nublados com luxúria. Jade virou-se e ofereceu-lhe as costas, mas manteve um olho nele através do espelho. — Você poderia fechar para mim? — Ele fez uma pausa, lançou um olhar incerto na porta do quarto, em seguida, para ela. Mais sons vinham do andar de baixo. — Depressa, por favor. — Sem truques ou vou ser obrigado a te machucar. Seu coração batia em seu peito e medo bloqueava suas cordas vocais. Ela assentiu. Ele ainda não se moveu, como se tendo certeza se ia confiar nela ou não. A lição de Vince ressoou em sua cabeça. Mantê-lo distraído, então, agir. — Como é que você soube onde nos encontrar? Ele fez uma careta. — Nós, uh, tínhamos um microtransmissor no cinto de Montague. Ouvimos tudo o que ele disse a vocês. — ele se gabou. — Incluindo a conversa depois de Knight encontrar o seu corpo. O homem ainda não se mexeu e mais grunhidos e pancadas filtraram através da porta, cada som um assalto a seus sentidos torturados. Jade queria gritar para ele se apressar. Levou todo o seu esforço para manter a voz calma. — Capistrano Beach não foi mencionado naquela noite. — Mas seu namorado disse que você estava indo para Dana Point, e ele estava indo para Saint-Noel. — Ele riu, arrastando em sua direção. — Como se


ele pudesse entrar em nosso país sem o nosso conhecimento sobre o assunto. Nós passamos os últimos dois dias em barcos vasculhando estas praias, procurando por você. Esta manhã, nós tivemos muita sorte. Você foi correr. Seu coração caiu. Ela trouxe esses tontos para eles. O conteúdo do seu estômago ameaçou empurrar para fora. O homem parou atrás dela, agarrou seu vestido com uma mão, e trocou a arma para puxar para cima o zíper. A arma não apontou para ela. Jade respirou fundo, com foco em Vince e seus ensinamentos. Ela poderia fazer isso. Ela tinha que fazer isso. Jade deixou cair a cabeça para a frente, em seguida, bateu duro no rosto do homem. A dor irradiou a partir do ponto de contato e desapareceu, mas o homem gritou e cambaleou para trás, com a mão pegando o nariz. A arma escorregou de sua mão e derrapou no chão. Funcionou. Ela não podia acreditar que isso realmente funcionou. Ele amaldiçoou-a, descontroladamente olhando ao redor em busca da arma. Jade mergulhou para ela, agarrou-a, e se virou para apontá-la para ele, seu coração batendo forte. Seus olhos se arregalaram com a descrença, o sangue escorrendo por entre os dedos para sua camisa. — Vamos. — A voz dela não tocou com autoridade o suficiente, mas agora ela tinha a vantagem e o bastardo sabia. Ela limpou a garganta e repetiu o comando em um tom mais firme. — Abaixa a arma, professora. A frieza da nova voz enviou uma nova dose de pânico através de Jade. Ela virou sua cabeça em direção à porta. Yannick, vestido de preto como seu parceiro, um chicote na mão, estava enquadrado na porta. Em um dia diferente, ela teria se maravilhado com suas feições, tão lindo, quase afeminado. Mas seus olhos chamaram sua atenção. Frio. Cruel. Jade engoliu seus dedos apertando a arma.


— A menos que você queira Knight morto nos próximos cinco segundos, você vai largar essa arma. Tinha sido pega, e ambos sabiam disso. Os ombros de Jade caíram e ela deixou cair a arma de sua mão. — O que você quer? — O paradeiro de sua mãe. Vamos. — Ele indicou as escadas com a cabeça, em seguida, jogou a seu colega um olhar de nojo. — Limpe-se. Jade correu escada abaixo, seus olhos procurando a sala grande por Vince. Seu coração quase parou quando o viu. Amarrado a uma das cadeiras da sala de jantar, com as mãos atrás das costas, com a cabeça pendendo para frente em seu peito. Havia sangue por toda parte - sua camisa, seu rosto, suas calças. Ele parecia quase morto. — Desgraçados. Como você pode?! — Se ela pudesse tocá-lo... sentir o calor de sua pele... Ignorando os dois homens que estavam ao lado de Vince, ela se lançou na direção dele. Um apito estranho preencheu o ar, então, algo em volta de sua cintura e puxou-a para trás. O impulso trouxe seu corpo contra um corpo duro. Jade olhou para baixo em estado de choque ao ver o chicote enrolado em volta da cintura. Ela empurrou e mexeu, tentando se libertar. — Pare. — a voz ameaçadora de Yannick sussurrou em seu ouvido, seu braço substituindo o chicote. — Você não quer que eu machuque você, professora. Jade congelou. — Quero ele alerta. — seu captor disse aos seus homens. Um dos homens girou o braço e golpeou Vince no lado de sua cabeça. — Não. — Jade gritou. — Por favor. Não o atinja. Não mais.


A voz de Jade chegou à Vince através da névoa de dor entorpecente em seu cérebro. Ele forçou seus olhos a abrirem, pelo menos, ele esperava que fizesse, caso contrário, ele tinha que estar sonhando. Sua Jade estava diante dele em seu vestido de ouro, brilhante e bonito. Ele queria rasgar o vestido dela, desvendar seu corpo delicioso, e fazer amor... Por que ela estava chorando? Vince tentou levantar a mão e alcançá-la, mas ele não podia se mover. Dor disparou seu lado, o choque fazendo suas memórias voltarem. O caminhão da FedEx, o forte golpe no lado de sua cabeça quando ele abriu a porta, e recuperou a consciência apenas para ser perfurado e agredido em um estupor. Os dois bastardos tinham tomado voltas com ele, enquanto o bastardo Yannick assistia. Vince respirou fundo, ignorou a dor irradiando através de seu peito, e fez um inventário de seu entorno. Havia três deles... quatro, incluindo um com uma mão no nariz ruim que estava pisando fora da escada. Jade tinha feito isso? Ele concentrou-se sobre ela. — Por favor, deixe-o ir. — disse Jade. — Eu vou— Não, deixe-a ir. — Vince interrompeu. — Eu vou dizer o que você quer saber. — Você teve sua chance. — A voz de Yannick estava calma. — Eu sou o único que sabe onde sua mãe— Cale-o. O golpe do lado de sua cabeça coincidiu com o grito agudo de Jade. — Não. Vince engoliu a saliva com gosto metálico e se forçou a se concentrar. Ele iria desfrutar rasgar esses tontos. Mas, primeiro, ele tinha de assegurar a libertação de Jade. Seu olhar se chocou com o dela. Sentimentos crus brilharam em seus olhos - medo, arrependimento, mas acima de tudo, uma emoção que ele estava


fugindo e se recusava a enfrentar desde que se conheceram. Ela o amava, e colocaria em risco a vida de sua mãe para salvar a sua. — Ela não sabe de nada. — disse ele. Jade olhou para longe dele e se virou para Yannick. — Eu vou dizer o que você quer saber se você prometer deixá-lo ir. — Jade, não! — Claro, minha querida. — A voz benevolente de Yannick era tão falsa quanto o sorriso em seu rosto. Vince balançou sua cadeira, uma tentativa fútil de atrair a atenção de Jade. — Ele está mentindo, Jade. Não confie... — Eu falei com a minha mãe há vários dias. — disse Jade mais alto, afogando suas palavras. — Ela está na Liseux. Vince percebeu os olhares trocados dos quatro homens, o aperto sutil de mandíbula de Yannick. — Quem ela está visitando? — Perguntou Yannick lentamente, enunciando suas palavras. Jade olhou desafiadoramente para ele. — O avô de Bouchard. — O general. — os dois homens ao lado de Vince sussurraram em pavor. — Por quê? — A voz de Yannick não estava mais calma. Seu tom era mais baixo, ameaçador. Quando Jade não respondeu de imediato, o braço apertou em volta da cintura. — Por que ela está visitando o velho? — Eu não— Para dar-lhe a estátua, é claro. — Vince interrompeu. Era óbvio o medo que o general evocava nesses canalhas. — Era parte de um negócio que meu pai e o general fez. O juiz fez a estátua falsa e ia passá-la como a coisa real, enquanto vendia a verdadeira para o general. Ele precisava do dinheiro para sua campanha. — Na medida em que as mentiras saíram, não foi ruim.


Yannick refletia sobre a resposta de Vince, em seguida, puxou o celular e discou um número rápido. — Ela está em Liseux. — disse ele ao telefone. — O general... é claro... Santa Ana? Onde está... John Wayne. — Ele ouviu, seu olhar deslizando para Vince. — Knight? Mas... você me deve... o que você quer dizer? — Ele ficou em silêncio por um tempo, seus olhos brilhando com raiva. — Tudo bem. — Ele fechou o celular e nivelou seu olhar sobre Vince. — Ele é todo seu, meninos. Faça-o... puta. — Ele estava distraído demais para perceber o que Jade fez em seguida. Ela bateu a cabeça em sua clavícula. O orgulho de Vince foi de curta duração quando Yannick mandou-a voando com um revés. Ela caiu sobre as costas de um sofá, um curto grito escapando dela. A raiva explodiu dentro dele, alimentando seu desespero. — Por que você não pega alguém do seu tamanho? — Ele gritou enquanto Yannick ergueu o chicote. — Ou você gosta de sair socando as mulheres? Yannick fez uma pausa, virando-se para Vince. — Teria sido divertido brincar com você, Knight, e depois colocá-lo fora de suas misérias, mas eu tenho assuntos mais urgentes para tratar. — Ele puxou o braço de Jade e puxou-a para cima. — O que você é? Um homem ou o cachorro treinado de Bouchard? Apenas admita que está com medo de me enfrentar. — Yannick ignorou. — Nós temos um nome para homens como você neste país. Frango.Tente-me, Yannick. De homem para homem. Nada de armas ou chicotes. Mostre-me o que você tem. A risada de Yannick soou maníaca. — Você não tem chance. E sobre ela. — Ele balançou a cabeça em Jade. — Você não se importa sobre o que Bouchard planejou para ela? Ele não quer um defeito em seu corpo delicioso, ele nos disse. — Um sorriso malicioso tocou seus lábios. — Você vê, ele tem um apetite insaciável por coisas bonitas... as mulheres, joias de valor inestimável, antiguidades. Não importa se elas pertencem à outra pessoa. O que ele quer, ele leva. Uma vez que ele adquire-as, ele as mantém escondido de olhares indiscretos


apenas para o seu prazer pessoal. Sua mulher aqui — ele balançou a cabeça em Jade, — deve mantê-lo ocupado por um tempo. O pensamento dele querendo tocá-la encheu Vince de raiva, mas não podia ceder às emoções. Era o que Yannick queria. Emoções levam ao descuido e, neste caso, pode levar à morte. Homens mortos não defendem seus entes queridos. Ele não podia enfiar uma bala na parte de trás de sua cabeça, era o que ele ia ter dos homens de Yannick. Sua única chance era provocar Yannick para uma luta. Ele evitou o olhar de Jade. — Está tudo acabado entre nós. Nosso relacionamento era para ser temporário de qualquer maneira. — Jade suspirou, o som penetrando seu coração, sua alma rasgando. Ele não podia se dar ao luxo de olhar para ela. Não agora. O olhar em seus olhos iria enfraquecê-lo. — Então? Quer dar a um homem morto a chance esportiva? Um sorriso cruzou o rosto de Yannick. — Por que não. Eu já volto. — Você não vai voltar. Com medo de perder na frente de seus homens? Uma mudança primal veio de Yannick, como uma coceira de um cavalo selvagem querendo correr solto, e fazer o que quer naturalmente. Ele chamou um dos seus homens, um com o nariz quebrado. — Leve-a para o carro. Isso não vai demorar muito. Vince não podia deixar de assistir Jade enquanto era levada para longe. Sua cabeça erguida em um ângulo real, com as costas retas, mas ele sabia que o homem estava machucando seu braço, deixando hematomas em sua pele delicada. Sinto muito, meu amor. Como se ela tivesse ouvido a fala dele, ela virou a cabeça e seus olhos se encontraram.


Ele esperava lĂĄgrimas, raiva, ou talvez medo. Em vez disso, ele se viu olhando para os olhos cheios de... nada. Em branco. Sem vida. A luz que brilhava dentro dela se foi, extinta pelas suas palavras deliberadas e insensĂ­veis.


CAPÍTULO 24 Vince se preparou quando Yannick se moveu atrás dele. Uma ranhura de um canivete e as mãos amarradas estavam livres. Ele mexeu os dedos dormentes, tentando infundir vida a eles. Levantar-se foi uma luta, suas costelas doíam como o diabo, sua cabeça batendo. Seu olhar tocou a porta onde Jade tinha desaparecido. Se o idiota com ela tocasse em um fio de cabelo na cabeça... Os homens de Yannick mudaram os móveis para criar uma área aberta, em seguida, estabeleceram-se perto do balcão da cozinha. Suas posturas indiferentes não enganou Vince. Eles encheriam seu corpo com chumbo num piscar de olhos, se seu chefe desse a ordem. — Vamos acabar com isso, Knight. — Yannick mudou-se para o centro da clareira, girando a cabeça, e saltou sobre seus pés. Vince começou a circulá-lo, tentando relaxar. Seus dedos formigavam enquanto a circulação voltava, mas o trabalho de pés evasivos que sempre fazia sem pensar levou mais esforço. A dor atravessava seu peito a cada respiração. Um segundo Yannick estava pulando em seus pés, o próximo ele estava voando em direção a ele. Vince mal evitou o soco em suas costelas feridas, defendendo, e beirou a dobra de seu braço direito. Yannick se recuperou rápido, e foi para um ponto vulnerável no joelho de Vince com um chute varrendo para trás. Vince interceptou o chute com um soco certeiro em seu peito do pé. Em vez de ir para baixo, Yannick girou sobre o piso de madeira, parou e correu-lhe, desta vez apontando para seu pescoço.


Levou todo esforço de Vince para aparar uma enxurrada de golpes letais do homem dirigidos à ele. Um levou-o para trás, pousando-o contra a porta do pátio de vidro. Ofegante, ele balançou a cabeça, o suor escorrendo em seus olhos, o medo arranhando seus sentidos. Ele não ia durar, e não neste ritmo. Seus ferimentos desaceleraram-no para baixo, enquanto Yannick, mais rápido e mais leve, parecia imparável. Perder não era uma opção. Jade. Jade precisava dele. Vince respirou fundo, sentiu a mudança no fluxo de energia profunda dentro dele. Ele não sabia qual era a sensação de realmente amar outra pessoa até Jade. Seu qi6 deslocado de seu peito e agrupado em seu devido lugar, abaixo de seu umbigo. Para ela, para o seu futuro, ele tinha que controlar essa luta e determinar o seu resultado. Calma deslizou através de seu corpo e se estabeleceu no âmago do seu ser, a dor em seu peito agora um pulsar maçante. Seu corpo começou a funcionar como uma unidade, movimentos e reflexos inatos restaurados. Poucos socos encontraram suas marcas, mas Vince absorveu a dor. Ele fingiu um tropeço para trás, viu o sorriso se espalhar no rosto de Yannick. Tão certo de sua vitória, Yannick baixou a guarda, e veio depois todo arrogante. Vince abriu a palma da mão esquerda para dentro, bloqueando o soco, então continuou para baixo, depois para cima, e com impulso súbito, foi para sua virilha. Yannick gritou e caiu no chão, o centro de sua energia destruída. Vince cambaleou para trás, ouvindo o deslizamento e clique de armas. Ele levantou a cabeça para olhar para os homens de Yannick. Um farfalhar veio de trás dele, seguido de um pano macio. — Abaixe-se. Vince bateu no chão duro, adicionando mais hematomas em seu corpo já maltratado. Dois tiros foram disparados, tão juntos que soou como um. Então houve um silêncio. Ele ficou para baixo, respirando com dificuldade, esperando 6

é uma força cósmica que, segundo a cultura tradicional chinesa, criou e permeia o universo.


a picada de uma ferida de bala. Sem picada, mas seu corpo mudando do modo de batalha ao normal o fez extremamente consciente de cada uma de suas lesões. Secretamente, ele levantou a cabeça, observou que os homens de Yannick já não estavam de pé. — Você tem o direito de permanecer em silêncio, seu pedaço de... — Eddie Fitzgerald recitou um dos mais coloridos Direitos de Miranda 7 , estapeando Yannick e até acorrentando seus pés juntos. — Você está bem, Knight? — Eu vou viver. — Vince sentou-se, cada centímetro de seu corpo latejante, inconsciência ameaçando o derrubar. — Jade. — Ele deu uma guinada para cima. — Onde ela está? — Eddie gritou atrás dele. Gritando seu nome, Vince correu para a porta e puxou com tanta força que ela bateu em suas dobradiças. Não havia nenhum carro do lado de fora, apenas grupos de pessoas, turistas e amantes da praia, conversando em voz baixa e olhando em direção ao portão, onde vários carros da polícia estavam estacionados. Havia uma fita amarela em torno da cabine do guarda. Por um momento impressionante, sua mente ficou em branco e ele se esqueceu de respirar. — Onde está minha prima? As palavras de Eddie agarraram-no de volta. Vince não podia falar. Ele estava tonto com medo, frio, com dor. Raiva queimando tão profundo que ele queria uivar. Ele passou correndo por Eddie e Yannick e na casa de praia. Os homens de Yannick tinham caído em cima um do outro, com os olhos em branco, o sangue escorrendo de buracos no centro do peito. Ele pegou sua jaqueta de couro preta e chegou dentro do bolso para as chaves do carro enquanto corria de volta para fora.

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É a explicação dos direitos que a polícia tem que dar ao imputado que esteja em sua custódia.


— Knight, — Eddie gritou. Vince não parou em seu caminho para o carro. — Um dos homens era para vigiá-la para fora daqui. — Para onde ele foi? Yannick riu. — Você nunca vai encontrá-la. Vince queria limpar o sorriso do seu rosto. Ele empurrou a porta do carro aberta em seu lugar. — Aeroporto John Wayne. Eu ouvi sua conversa com Bouchard. — Estamos levando meu carro, Knight. O SUV pelo portão. Estou dirigindo. — Não. O detetive olhou para ele. — Nós vamos fazer isso do meu jeito ou de jeito nenhum em tudo. Eu quero levá-la de volta, tanto quanto você. Vince rangeu os dentes. — Certo. Eddie cutucou Yannick em direção ao portão, quase fazendo com que ele caísse sobre a correia em torno de seus tornozelos. — Você quer ter outro ataque cardíaco, bola de lodo? Seja meu convidado. Eu vou ter certeza que é permanente desta vez. Vince xingou baixinho e foi direto para o SUV. Ele não quis falar com os policiais ou os paramédicos. Ele estourou os pontos de sua velha ferida, mas não havia tempo para lidar com isso. Ele deslizou no banco do passageiro, fumegando. E desejou que pudesse decolar, e caçar Bouchard por conta própria. Sem regras ou perguntas. Da maneira que ele sempre trabalhou. — É o filho da puta que matou o meu homem? — Um oficial alto perguntou à Eddie. — Sim, xerife. — Eddie empurrou Yannick pra frente. — Os outros dois não tiveram a mesma sorte. Eles estavam apontando para mim. O outro saiu


mais cedo com uma refém... uma jovem mulher. Eles estão indo para o Aeroporto John Wayne para se encontrar com seu chefe em seu jato particular. Renard Descartes Bouchard, o embaixador de Saint-Noel. — Que carro o homem está dirigindo? — Perguntou o xerife. — Um preto, um Nissan Armada. — um menino em torno de quinze anos gritou entre os transeuntes. O xerife acenou para ele. — Obrigado, meu filho. — Em seguida, ele enfrentou seus homens. — Coloque um APB 8 sobre o Armada. Um alerta de segurança do aeroporto sobre o jato. Vocês dois — ele apontou para dois policiais, — liguem para o ME para cuidar dos corpos na casa e transportar este homem à nossa delegacia. — Ele tomou Yannick pelo braço e levou-o para seus homens. — Você está desperdiçando todo seu tempo. — disse Yannick com uma risada. — Eu tenho imunidade diplomática e o jato, como a nossa embaixada, está sob nossa soberania. Ninguém pode embarcar ou procurá-la. O xerife lhe deu um sorriso frio. — Quer apostar? — O departamento de Estado terá seu distintivo e— Levem-no. — o xerife o cortou e entregou-o a um de seus homens, então ele se virou para Eddie. — Vamos, detetive. Eu quero o outro homem em minha custódia, também. Eddie não discutiu com ele. Ele correu para o seu carro, voltou uma vez para certificar-se de que Yannick estava bloqueado no banco de trás do carro da polícia, então ele deslizou atrás do volante. Um paramédico bateu na janela de Vince e gritou: — Você precisa de atenção médica, senhor? Vince balançou a cabeça. — Podemos ir agora? — Perguntou à Eddie.

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Alerta de busca


O detetive não lhe respondeu, apenas ligou o motor e decolou depois da viatura com sirene do xerife. — Você sabe que toda essa comoção só vai tirar o elemento surpresa. Bouchard vai saber que estamos chegando. — Você quer dizer isso ao xerife? — Perguntou Eddie. — Ele está chateado o suficiente como está. Compreensível, já que Yannick matou um de seus oficiais. — Yannick tinha um ponto, no entanto. Vocês ou a segurança do aeroporto não podem procurar no jato de Bouchard. Eu posso. — Ele deu ao detetive um olhar a partir do canto do olho. — Vou entrar, Eddie. Com ou sem a sua permissão, vou tirála. Houve um breve silêncio. — Você a ama, não é? — Não é óbvio? Se o filho da puta toca-la... — O pensamento virou suas entranhas em gelo. — Eu acho que você precisa se preocupar mais sobre a arritmia dela do que sobre ele tocá-la. Vince fez uma careta. — Sua o quê? — Seu problema de coração. A respiração de Vince prendeu em seu peito. O passado correu de volta, assombrando e assustador. O desamparo e medo durante os ataques de sua mãe, o alívio e ressentimento depois. Não sua Jade. Não a mulher que ele queria passar o resto de sua vida junto. — Hey. Você está bem? A voz de Eddie veio a ele como se de longe e Vince percebeu que ele estava pressionando contra o painel de instrumentos com uma mão fechada. Ele deixou cair a mão, tentou controlar sua respiração e reorganizar seus pensamentos. Os carros borrados na estrada entraram em foco.


— Você não sabia. — Eddie pareceu surpreso. — Quando criança, ela costumava ter muitos ataques, o que acabou por ser o efeito colateral dos remédios que ela tomava. Na faculdade, ela parou de tomá-los e assumiu o controle de sua vida. Agora eles são poucos e espaçados. Ela tenta evitar situações e coisas que podem desencadeá-los. — Como o quê? — Perguntou Vince em uma voz oca. — A cafeína, o álcool, o choque inesperado para seu sistema ou emoções fortes. Vince chupou uma respiração profunda, lembrando momentos de arrepiar os cabelos em que eles se encontravam. Ela tinha saído para ajudá-lo com esta investigação e, ao longo de toda ela, tinha um problema cardíaco? Suas ações agora faziam sentido. Como ela se recusava a beber álcool depois do arrombamento na casa dela, sendo a única mulher sóbria na festa de sua prima, só beber café descafeinado. No clube, quando ela o encontrou cortado e sangrando, ela deve ter tido um ataque. O som de seu telefone celular salvou Vince de amaldiçoar a si mesmo por não questioná-la ou empurrá-la para obter respostas. Ele puxou-o do bolso e tirou-o. — Sim? — Querido, onde você está? Sua tia era a última pessoa que ele queria falar. Ele não tinha a intenção de contar a ela sobre o que aconteceu em seu apartamento há alguns dias, mas ela tinha visto no noticiário e chamou-o para ter respostas. Uma vez que eles falavam, ela insistiu para parar a investigação e ir para casa. — Eu ainda estou aqui na Califórnia, tia Della. Podemos falar mais tarde? Agora não é uma boa hora. — Ah, mas eu tenho uma notícia maravilhosa sobre seu pai. Ele recuperou a consciência.


— Isso é bom. — Ele não poderia dominar o entusiasmo suficiente, nem mesmo para ela. Não era que ele não estivesse feliz. Ele só tinha seus próprios problemas para lidar. — Estou feliz que ele está bem. — Agora você não tem que ir à Saint-Noel para encontrar Estelle e a estátua. Seu pai pode lidar com ela. Eu disse à ele o que você atravessou para tentar localizar a estátua e ele não pode esperar para falar com você. Hoje. Acho que ele está muito triste pelo passado e seu pequeno mal-entendido. Inacreditável. Depois de todos esses anos, ela ainda queria trazê-los juntos. — Eu não posso vê-lo, tia Della. Não agora. — Eddie mudou de pista e seguiu o carro do xerife da I-5 e I-405 para Norte. Eles estavam se aproximando. — Vamos conversar mais tarde, ok? Eu tenho que ir. Ela suspirou. — Eu acho que isso significa que você ainda está indo atrás de Estelle. Me desculpe, eu o coloquei nisto, baby. Ligue-me quando você voltar de Saint-Noel. Vince fechou o celular e o empurrou no bolso. Ele adorava a tia, mas nem mesmo por ela, ele iria colocar-se com seu pai egoísta. Neste momento só uma coisa importava, e era Jade. Obtê-la de volta. Dizer-lhe que a amava. Planejar um futuro com ela. Ele esperava que ela o amasse, rezou que ela não tenha acreditado nessa porcaria que ele falou logo antes do homem de Yannick levá-la para longe. Ela era o seu futuro. Com ela ao seu lado, ele lutaria com qualquer que fosse os demônios que atormentassem o passado, presente ou futuro. Vince reprimiu os pensamentos quando eles entraram no McArthur Boulevard e se aproximaram do Terminal Roadway. Jade tinha que ficar bem ou haveria o inferno para pagar.

***


Jade acordou com um zumbido constante, seda contra sua bochecha, e um gosto engraçado em sua boca. Havia um perfume vagamente familiar no ar. Ela lutou contra a névoa em sua cabeça e abriu os olhos. Ela teve o inventário do que a circundava - edredom cetim azul sobre a cama, plush, tapete branco, armários de cerejeira com alças banhados a ouro, e um sistema de entretenimento de arte. As janelas estavam fechadas. Ela estava a bordo de um avião. O jato de Bouchard? Isso explicaria o cheiro. Ele tinha usado a mesma colônia na noite da festa. Onde eles estavam indo? Há quanto tempo ela esteve apagada? Seu coração bateu forte e rápido, Jade se sentou. Uma sensação vertiginosa tomou conta dela e ela deixou cair a cabeça entre os joelhos. Ela respirou fundo e escutou o seu batimento cardíaco. Um ataque de arritmia agora seria desastroso. Não, ela não podia enfraquecer. Um suspiro de alívio escapou. Seu batimento cardíaco não tinha ido fora do curso, mas a dormência no lado direito do pescoço dela a fez estender a mão para tocar o local. Ela sentiu o ligeiro solavanco e lembrou-se da picada de uma agulha hipodérmica. O que tinham injetado nela? Em vez de esperar do lado de fora da casa, o homem de Yannick tinha pressionado a arma para o lado dela, e a mandou ficar no banco do motorista do carro. Com lágrimas escorrendo pelo rosto, Jade mal conseguia ver a estrada. Vinte minutos mais tarde, depois de falar com alguém em seu telefone celular, ele a fez encostar. Ele estava longe do Aeroporto John Wayne, ela notou antes que ele agarrasse sua cabeça e empurrasse a agulha em seu pescoço. Mais memórias voltaram para assombrá-la e as lágrimas encheram seus olhos. Vince amarrado a uma cadeira, sangrando, mas inquebrável. Seu bebê nunca teria uma chance, e não contra Yannick. Mesmo se ele tivesse milagrosamente derrotado o psicopata, os homens de Yannick tinham armas.


Sua respiração engatou e Jade cobriu a boca para parar os soluços. Foi um esforço inútil. Ela se dobrou, com lágrimas escorrendo pelo seu rosto. Com os soluços diminuindo, a raiva cancelou a dor. Os dois homens responsáveis por tomar tudo dela poderiam estar a bordo do avião neste exato momento e ela estava chafurdada na auto piedade. Nada traria de volta Vince. Ela iria chorar mais tarde. Agora ela precisava ser forte. Era o que Vince esperaria dela. Jade fugiu para a borda da cama king-size, pisou no tapete de pelúcia, e caminhou até a janela. Estava escuro lá fora e ela não tinha como saber que horas eram. Ela virou-se e aproximou-se cautelosamente da primeira porta à sua esquerda. Ela hesitou brevemente, em seguida, abriu-a. Luz se acendeu, lançando um brilho de ouro na Jacuzzi, encanamentos banhados a ouro e luminárias no banheiro. Irritada, ela começou a fechar a porta. Em seguida, um estojo de maquiagem e produtos de higiene pessoal ao lado da pia lhe chamou a atenção. Jade entrou. Os produtos do corpo, cremes, e a marca da maquiagem eram todos os que ela preferia. Um sentimento assustador desfraldou dentro dela. Ela correu para fora do quarto, fechou a porta e encostou-se nela, seu coração perto de estourar. Por que Bouchard tem sua marca de cosméticos? Talvez fosse apenas uma coincidência. Não poderia ter outra mulher a bordo do avião. Desta vez, ela não hesitou antes de arrancar aberta a porta ao lado. Vestidos, casual e formal, calças e tops, blusas e saias enchiam os racks. Ela reconheceu projetos de sua prima Faith. Ela não queria olhar, sabia o que iria encontrar, mas ela ainda pegou um vestido e verificou a etiqueta. Seu tamanho. Sapatos, botas e sandálias. Gavetas cheias de lingerie e peças de vestuário. Tudo em seu tamanho. Dentro dela, o sentimento doentio intensificou. O rugido de sangue em seus ouvidos e a respiração saindo em jorros, ela saiu do quarto.


— Estou muito feliz por ver que você está finalmente acordada. — disse Bouchard em francês por trás dela e Jade congelou. Ela não tinha ouvido o abrir da porta. — Eu espero que você esteja satisfeita com a minha escolha. Repulsa era mais parecido, mas ela não podia expressar isso, não se quisesse vencê-lo. Sua mente correu, seu latejante pulso em sua garganta e têmporas. Havia duas maneiras de lidar com isso. Ela podia deixar claro que ela não gostou de ser sequestrada e exigir ser levada para casa, ou jogar junto e esperar por um momento oportuno para agir. Uma coisa que Vince lhe tinha ensinado na semana passada era a paciência. Vince. Sua garganta se fechou com dor e ela lutou para engolir. Ela deveria parar de pensar nele ou ela pararia de funcionar. O desejo já estava lá, arranhando-a. Jade varreu seu cabelo longe de seu rosto, colou um sorriso, e virou o rosto para Bouchard. Usava calças pretas e uma camisa de seda preta, como os homens que ele tinha enviado para matar o homem que ela amava. Apesar de suas palavras e o sorriso em seus lábios, seus olhos cinzentos eram frios. — Seu gosto é impecável, Monsieur Bouchard. Eu não poderia ter feito melhor. — Ela falou em sua língua também. O frio deixou seus olhos. — Renard, ma chérie. Não há necessidade de ser formal. — Ele entrou e fechou a porta, seu olhar correndo sobre ela. — Sua prima foi muito útil. Ela acreditava que as roupas eram para a minha sobrinha, que é do seu tamanho. Mãos suadas, joelhos ameaçando cair, os braços de Jade estavam tensos. O homem era louco e precisava de sua inteligência para lidar com ele. Levou todo o seu esforço para jogar mudo. — É muito generoso de sua parte substituir as coisas que Montague e seus homens destruíram, mas você não precisava.


A raiva brilhou nos seus olhos. — Você deveria ter me chamado para estudar minhas antiguidades, Jade. Eu não teria recorrido a meios desleais para chegar aqui. Sim, claro, culpar a vítima, seu psicopata. — Eu ia ligar para você, mas— Você estava distraída. — Seus lábios se apertaram com repugnância. — Knight não era digno de você. Com o tempo, você vai esquecê-lo. Nunca. Não enquanto ela vivesse. Jade olhou ao redor do quarto, odiando cada minuto que passava na presença deste homem ou respirava o mesmo ar que ele. — Para onde estamos indo? — Saint-Noel, por agora. — Ele sorriu. — Mais tarde, eu vou te levar a lugares e mostrar-lhe coisas que você apenas sonhou, Jade. Você vai chegar a apreciar os meus sonhos e o que eu posso lhe oferecer. Apreciá-lo? Ele lhe dava nojo. Será que ele acha que ele poderia roubá-la e mantê-la refém sem sua família vir atrás dela? — Eu tenho que esquecer você que você me trouxe contra a minha vontade e matou alguém que me importa? — Seus olhos ficaram mais frios em sua explosão, mas Jade se recusou a recuar. — E a minha mãe? Você está planejando matá-la também? — Sua expressão de cruel indiferença indicava a situação de sua mãe. O estômago de Jade caiu e ela engoliu em seco. — Eu não sei por que ela está se associando com um homem tão vil como o general, mas eu poderia ser convencido a deixá-la ir. — O que você quer de mim, Renard? Ele correu um olhar possessivo sobre ela e sorriu. Seus olhos brilharam no que ela assumiu ser triunfo. — Você e eu temos muito em comum, ma chérie. Por agora, quero lhe mostrar uma coisa. — Ele foi até a porta que ele atravessou, abriu-a, e acenou para que alguém viesse para a frente. Um homem em algum tipo de uniforme com uma caixa de metal de rodas em um carrinho. — O jantar estará pronto em dez minutos, senhor.


Bouchard assentiu. — Qualquer palavra de Yannick? Jade prendeu a respiração e esperou a resposta do homem. — Não, senhor. Vamos alertá-lo assim que ele ligar. Bouchard liberou o homem, sentou-se na cama, e puxou a caixa mais perto. Ele deu um tapinha na cama ao lado dele. — Sente-se. Jade se sentou na beirada da cama, há uma distância razoável dele e de sua caixa idiota, mas dentro dela, a esperança reacendeu. Se Yannick não estava seguindo o plano, seu Vince poderia estar vivo. Bouchard, alheio à sua agitação interna, deu um soco em uma combinação de números para destravar a caixa. — Estes, ma chérie, são os meus bens mais preciosos. Levei anos para encontrar todas as peças. Quase todas as peças. A estátua com a sua mãe é a última na coleção. Mas esta noite... — seus olhos vidrados com uma emoção que Jade não conseguia definir. — Hoje à noite eles estarão juntos pela primeira vez em milhares de anos. — Um clique, em seguida, ele empurrou a tampa da caixa. Jade recuou pelos chicotes, facas em formas estranhas, e punhais amarrados na tampa da caixa. Os artigos da namorada de Eddie, escrito no email para Vince, tinha mencionado armas incomuns. Os 20 anos que Bouchard estivera no corpo diplomático, que tinha sido publicado em quatro países diferentes, e em cada lugar, uma antiga estátua maia havia desaparecido – duas de museus, duas de colecionadores particulares. Em todos os casos, as pessoas tinham morrido no mesmo método letal - por cortes de armas incomuns. Em todo caso, ele fugiu porque ninguém poderia fixar os assassinatos à ele. — Isto é o que começou tudo. Minha pedra Rosetta. — Bouchard levantou cuidadosamente uma laje rodada de granito de dentro da caixa e ofereceu à ela. Jade se encolheu, então ela viu o brilho duro em seus olhos e aceitou a pedra, estudando-a tanto com fascínio quanto repulsa. Mesmo sem uma análise aprofundada, ela sabia que era genuíno. A pátina era fina e natural, o maia


escrito. Na pedra tinha um símbolo de oito lados estranho com desenhos. Parecia um calendário maia, mas como nada que ela já tinha visto. — Você vê estes desenhos nos cantos do Octograma? — Bouchard tocou a superfície com reverência. — Cada um simboliza uma estatueta. Minhas estatuetas. Separados, eles são apenas artefatos, nada de especial. Mas juntos, eles têm poderes inacreditáveis. Tudo que eu preciso são os quatro com o general para terminar o anel externo, aquele que está com sua mãe no centro, e meu sangue, em seguida, a porta de entrada será aberta. Sangria pelas elites dominantes, adivinhação e magia desempenhavam um papel importante nas civilizações antigas, mas alguém que acredite neles no presente era ridículo. — A língua maia nunca foi completamente decifrada. Você não poderia ter traduzido o texto. — disse ela. — É aí que você está errada, ma chérie. Sim, eu tentei usar traduções por diferentes linguistas e cheguei à lugar nenhum. Então eu aprendi sobre este homem. — Ele colocou um livro fino, encadernado em couro, ao lado dela. — Ele, pessoalmente, traduziu a escrita na pedra. Jade mal olhou para o livro. Ela sabia da reputação do cientista, ou a falta dela. Seu trabalho tinha sido desafiado por inúmeros filólogos. Ela abriu a boca para dizer à Bouchard que o cientista disse à ele o que ele queria ouvir, mas mudou de ideia. Antagonizar o homem não iria conseguir o que ela queria: sua liberdade. Melhor jogar de interessada e saber mais sobre como a sua mente distorcida funcionava. — Esse portal que você mencionou, onde nos leva? Sua respiração tornou-se curta e superficial, gotas de suor pontilhavam sua testa. O olhar em seus olhos cresceu mais selvagem. — Para o próximo mundo. No ano de 2012, os deuses devem mostrar um filho real à porta de entrada para o novo mundo, diz a inscrição. Eu sou o descendente direto de Pakal K'inich Janaab.


— Interessante. — disse Jade, fingindo interesse. K'inich Janaab 'Pakal ou Pacal, o Grande, era famoso por comissionar à construção do famoso Templo das Inscrições, o maior passo de pirâmide no México. — Você sabe o que vai acontecer no ano de 2012? — Perguntou Renard, intrometendo em seus pensamentos. — Segundo a crença popular, este mundo vai acabar e o próximo começar. — disse ela, embora os dias atuais maias acreditavam que seria um momento de transição, uma mudança na consciência, não uma destruição física do mundo. — Eu pretendo ser o escolhido para repovoar o próximo mundo. — Virou a maleta de metal aberto para Jade poder ver o seu conteúdo. Jade mal olhou para as quatro estatuetas, mas ela reconheceu-as como as peças roubadas. Ela se esforçou para não se afogar na amargura. Seu Vince tinha passado por tanta porcaria por causa da loucura deste homem. — O que tudo isso tem a ver comigo? — Perguntou ela. Ele sorriu. — Como uma historiadora de arte, você estudou culturas antigas. Você sabe costumes de civilizações passadas, o que funcionou e o que não funcionou. Você será minha parceira, minha companheira. Vamos repovoar o mundo e evitar erros passados e presentes. — Ele continuou. — Mas, primeiro, o general. Devo obter as figuras dele. Essa foi a segunda vez que ele mencionou o avô. Jade decidiu jogar junto, para ver o quanto de seus planos depravados ele poderia revelar. — Quem é o general? — General Descartes, o homem que tirou tudo de mim. O homem que abateu todos que eu já amei - meus avós, minha mãe, minhas irmãs - e roubou minha herança. O ódio queimava em seus olhos e nada que ele dizia fazia sentido.


— Meu pai, uma vez um homem poderoso, teve de implorar-lhe para trabalhar em uma terra que já foi nossa, uma terra que minha família tinha possuído por milhares de anos. Ele destruiu. O general o matou, e eu jurei vingálo. Vingar toda a minha família. Um psicopata. — Então, você e o general não estão relacionados? — Não. — Seus lábios se curvaram em um sorriso de escárnio. — Eu posso compartilhar seu nome, mas o seu sangue não flui em minhas veias. Ele me adotou e balançou sua ilícita riqueza para tentar controlar-me. Uma batida na porta interrompeu-o e Jade soltou a respiração que ela não sabia que estava segurando. Bouchard se levantou, caminhou até a porta e abriu-a. Um de seus homens sussurrou algo para ele e para a esquerda. Ele se virou para ela. — Nós temos menos de duas horas antes de aterrissar. Tome um banho, vista-se em algo confortável, e se junte à mim no conjunto de refeições para o jantar. — Ele colocou a pedra de volta na caixa, trancou-a, e saiu da sala. Não havia nenhuma maneira que ela poderia compartilhar uma refeição com aquele homem. Jade olhou ao redor da sala, sua mente correndo. Ela deveria encontrar uma maneira de sair desta situação. Seus olhos se encontraram na caixa de Bouchard e uma ideia começou a se formar em sua cabeça. Quanto mais pensava sobre isso, mais ela sabia que era a única maneira. A questão agora era quando agir.


CAPÍTULO 25 Vince ignorou o aperto em torno de seu peito enquanto ele se levantava e seguia Eddie para fora do avião. Ele tinha recusado os analgésicos que os paramédicos tentaram enfiar goela abaixo na delegacia de Eddie, mas eles tinham enrolado suas costelas mais apertadas do que uma múmia e isso doía como o inferno. A medicação poderia ter ajudado, mas estar grogue nesta missão não era uma opção. Quanto às bandagens, ele iria tirá-las fora na primeira oportunidade. O voo de nove horas, com paradas em Fort Lauderdale e San Juan, Puerto Rico, tinha sido terrivelmente lento, forçando os nervos. Ele tentou manter sua mente fora de Jade, percorrendo ao longo dos artigos sobre Bouchard. Pela terceira vez. Cada detalhe de façanhas da vida - de carreira e sexuais do homem, sua obsessão com artefatos antigos e a tensa relação pai adotivo/filho com o general Descartes – estava gravado em seu cérebro. Bouchard era mais um psicopata que o mundo não precisava. — Onde está o guia que vai nos atender? — Perguntou Eddie, interrompendo seus pensamentos. — Aqui no aeroporto. Ele disse que ia levantar um cartaz com o meu nome. — Ele tinha contratado uma empresa de turismo em Liseux e pediu um guia de língua Inglesa depois que descobriram que Bouchard não tinha usado o Aeroporto John Wayne. Oficiais de Dana Point tinham encontrado o cúmplice do Nissan que Yannick tinha usado no estacionamento de uma pista de pouso privada à oeste de Capistrano Beach. A conversa com os funcionários do aeroporto confirmaram a breve parada que o diplomata tinha feito no seu


aeroporto para pegar sua sobrinha doente antes de decolar, novamente. Um amigo de Eddie conseguiu o seu plano de voo. O avião tinha nos deixado em linha reta para o espaço aéreo do México, rumo ao sul. — Seria melhor ele estar aqui. — Eddie resmungou. — Quero isso encerrado e terminado hoje à noite. Vince não disse nada disso. A reação de Eddie diferente da habitual atitude não era surpresa. O xerife de Dana Point tinha ligado ao seu capitão e assim que Vince e Eddie chegaram à sua delegacia, o capitão o tinha levado de lado para uma conversa baixa. A voz irritada do homem mais velho tinha penetrado nas paredes finas de seu escritório. — Eu quero o seu distintivo na minha mesa neste instante, Eddie... isso é certo, você está suspenso durante a investigação sobre o que aconteceu naquela casa de praia... porque você nunca faz nada pelo livro, figurão... me entregando relatórios incompletos... não chamando para backup... é claro que ela estava com problemas, mais uma razão para não ir sozinho... e onde está Jade agora, hein? ... é isso mesmo, você não sabe... eu não me importo que você pegou aquele bastardo... um policial morreu hoje e Jade ainda está sumida... vá para casa, Eddie... vamos encontrar o embaixador usando canais apropriados e trazê-la para casa... sim, eu ainda quero um relatório completo sobre a minha mesa até o final do dia... um completo relatório, Eddie, ou terá um beijo de adeus ao pouco que resta de sua carreira. Eddie saiu do escritório com o capitão em seu calcanhar, ainda parecendo irritado. Cada policial dentro da distância de audição, de repente tornou-se preocupado com outra coisa, até que o capitão fechou com Vince. Vince fez uma careta quando ele recordou a longa palestra que ele tinha recebido do homem sobre civis tomarem o destino em suas próprias mãos em vez de deixar a polícia fazer o seu trabalho. Ele tinha impressões digitais e uma declaração do assistente de Cohen ligando os irmãos Hudson e Montague pela morte de Cohen, o capitão acrescentou. Da próxima vez que ele soubesse que


um crime havia sido cometido, era seu dever cívico denunciá-lo, o capitão tinha ditado antes de deixá-lo ir. Fora da estação, Vince havia encontrado Eddie esperando por ele. Ele não tinha certeza se o detetive mais tarde entregou o relatório que o capitão queria, mas Eddie tinha voltado para sua delegacia antes de saírem para o aeroporto. — Detetive Fitzgerald? — Um homem de compleição alta gritou com um sotaque pesado quando Vince e Eddie saíram do portão de desembarque. — Sim? E você é? — Eddie perguntou os olhos apertados. O homem mostrou o distintivo. — Jean-Yves Lafontaine, Chefe de Polícia, Departamento de Polícia de Liseux. — Ele apontou para o companheiro mais jovem. — Diretor Ralph Gaillard. E você — ele acenou para Vince, — deve ser Monsieur Knight. — Vince não disse nada. — Devemos ir? Temos um carro esperando lá fora. Vince trocou um olhar com Eddie. Como eles sabiam seus nomes verdadeiros? Os nomes em seus passaportes eram fraudulentos. Ser atendidos pela polícia no aeroporto não parecia bom. Para começar, eles estavam operando fora do canal da polícia. Mesmo o capitão de Eddie não sabia que eles tinham deixado o país. Ou melhor, eles esperavam que ele não soubesse. — Desculpe senhores, mas não podemos acompanhá-los a qualquer lugar, até você explicar o que está acontecendo. — disse Eddie devagar e com cuidado. — Não aqui, por favor. — disse Jean-Yves. — Vocês têm o hábito de assediar turistas, senhor? — Acrescentou Vince. O chefe sorriu. — Se esse é o seu título oficial, Monsieur Knight, eu sou todo ele. Entretanto, não oficialmente, você está aqui para me ajudar a pegar esse, uh, o que os americanos chamam? — Ele acrescentou algo em francês. — Babaca? — Seu colega ofereceu. — Essa é a palavra... babaca Bouchard.


Vince se sentiu um pouco melhor. Quem pensava que Bouchard era um babaca estava bem em seu livro. Eddie, obviamente, sentiu o mesmo, porque ele assentiu. Eles seguiram os oficiais no andar de baixo, onde Vince pegou sua bolsa na esteira de bagagens antes que eles deixassem o prédio e empilhassem dentro de um jipe preto. Os dois policiais locais sentaram na frente, com um mais curto e mais jovem atrás das rodas. Vince e Eddie se acomodaram na traseira. — Como você sabia que estávamos vindo? — Eddie perguntou o que queimava a ponta da língua de Vince. — O capitão chamou o nosso escritório para nos dizer sobre as últimas aventuras de Bouchard e pedir nossa ajuda. Ele e uma equipe de seus homens estarão chegando amanhã. Ele também nos deu as suas descrições e os nomes nos passaportes falsos que você usou para obter vistos na nossa embaixada. Apenas no caso de você chegar em nosso solo antes dele, temos que colocar você preso por obstrução da justiça. Descobrir que você estava neste voo não foi muito difícil, por isso, aqui estamos nós. Vince sufocou uma maldição. Aquilo era pior do que ele pensava. Ele deveria ter deixado Eddie e viajado sozinho. Ele sempre funcionou melhor sozinho. — Estamos sob prisão? — Perguntou ao oficial. O chefe deslocou-se para enfrentá-los. — Não, Monsieur Knight, caso contrário, você estaria algemado. Você veja, eu tenho um pequeno problema. General Descartes é um herói nacional, um homem reverenciado por meu povo e um amigo muito próximo do nosso presidente. Homens como ele, que fizeram sacrifício voluntário pelo nosso povo, são a espinha dorsal deste país. Suas minas e fábricas mantém a comida na mesa e suas generosas doações educam nossa juventude. Bouchard Descartes, na contra-mão, é uma vergonha, um criminoso envolto em respeitabilidade por causa do general. Cada país que ele


serviu, seu nome tem sido associado com atividades criminosas ainda que ele nunca tenha sido cobrado. Por quê? Ele não deixa quaisquer testemunhas. — Não sabe o general sobre suas atividades? — Perguntou Eddie. — Ninguém ousaria dizer a ele sem provas. O general não gosta de tecnologia moderna, por isso ele não vai ler sobre as aventuras de seu neto na internet ou assistir na televisão. Meu mentor e a filha do nosso chefe desapareceu 15 anos atrás, depois de assistir a uma das peças de Bouchard. O homem passou os últimos 15 anos de sua carreira tentando obter provas, algo para mostrar ao general, mas ele falhou. Não encontrar o assassino de sua filha o deixou um homem quebrado. Esta é a primeira vez que temos prova de atividades criminosas de Bouchard. Seu avião pousou uma hora atrás. Primeiro, ele enviou uma equipe de seus homens para a ilha do general antes que ele e a mulher se juntassem a eles. — Quantos homens estão com ele? — Perguntou Eddie, novamente. — Oito, mas temos o elemento surpresa do nosso lado. Conhecemos a ilha muito bem. A moradia pode ser abordada a partir de qualquer direção sem ser visto. Há abundância de árvores. Devemos agir esta noite. Se esperarmos até que seu capitão chegue, pode ser tarde demais. Como eu disse, Bouchard não deixa testemunhas. Suas palavras provocaram um calafrio pelas costas de Vince. — Quantos homens você alinhou para a operação de hoje à noite? Os oficiais locais trocaram um olhar antes de o chefe responder. — Só nós dois, e vocês dois como nosso backup. — Por que só vocês dois? — Eddie interrompeu. — Bouchard tem funcionários nossos em sua folha de pagamento. Desde que nós não sabemos suas identidades, no entanto, não podemos confiar em ninguém. Eu confio em Gaillard, porque eu, pessoalmente, o recrutei quando eu assumi.


Um breve silêncio se seguiu à medida que acelerou por uma rua, que adequava Vince muito bem. Apesar de oferecer sua ajuda, o chefe local tinha sua própria agenda, que era pegar Bouchard com a mão no pote de biscoitos. Ele e Eddie tinham sua própria, tirar Jade e sua mãe com segurança. Bouchard foi implacável e não hesitaria em matar qualquer um deles. Mas isso não estaria acontecendo em seu turno. Sua atenção se voltou e ele observava o cenário de passagem sem muito interesse. A vida noturna estava em seu auge, as pessoas em volta se contorcendo nos clubes locais e discotecas, músicas audíveis dentro do carro, apesar das janelas fechadas. Arranha-céus ao fundo, palmeiras em todos os lugares, e o cheiro do mar no ar, Liseux era o seu paraíso típico. Pena que uma serpente planejava se enroscar nele. Iates, lanchas e veleiros, de vários tamanhos disputavam espaço ao longo das docas. Eles subiram em um de tamanho médio, junto com o jovem oficial, uma vez mais, ao leme. Vince pegou sua bolsa e desceu as escadas para se trocar. Foi um alívio remover as ataduras constritivas de todo o peito. Ele não perdeu tempo verificando suas contusões. Ele puxou uma faca da correia da bolsa, agarrou-a em torno de sua cintura, e fez com que todas as facas estivessem seguras antes de se reunir com os outros homens. Ninguém falou, até que chegaram à ilha e esconderam o barco em um enclave no lado sul. — Knight, você não é um oficial e, portanto, sem licença para portar armas de fogo. — o chefe disse, segurando simultaneamente duas pequenas pistolas no cinto e uma com silenciador debaixo da jaqueta. Vince deu de ombros. — Eu sei. — Ele levantou a gola do casaco e expôs as facas. — Espero que eu não precise de uma licença para usar estes por aqui. — Não, você não. — Ele se virou para Eddie e o oficial Gaillard e ofereceu à cada um duas armas, uma delas com um silenciador. — Vamos ficar juntos até chegar à vila. Se os guardas estiverem patrulhando o composto, teremos que


derrubá-los um de cada vez. — Ele jogou óculos de visão noturna monocular para todos. — Ok. Vamos. Eles seguiram para o norte em um único grupo, mas mantiveram-se perto da praia. O chefe estava na liderança, seu oficial atrás dele, Vince seguinte, e Eddie na parte traseira. Vince estudou seu redor na noite sem lua. Havia um relevo vulcânico à sua esquerda, uma abundância de árvores e plantas rasteiras para cobrir, e um cheiro forte de flores silvestres no ar. Com suas roupas escuras, se misturar não deveria ser um problema. Todos estavam quietos, também, o que era perfeito. À noite, o som viajava. Depois de um tempo, o cheiro pungente de tabaco misturou-se com as flores. Fumo fresco. O chefe levantou a mão e todos pararam. Virando-se, ele apontou para a frente e indicou que eles estavam perto e deveriam mover-se com mais discrição. Vince removeu uma faca de uma bainha e continuou em frente. Se não fosse pela polícia local, eles teriam se orientado à direita no complexo do general e sido descobertos por um dos homens de Bouchard. Não havia muro, cerca ou portão que separava a folhagem selvagem de arbustos podados, palmeiras e jardins floridos. Vince se agachou ao lado dos dois oficiais e tomou o inventário. A casa era velha e colonial. Um grande relógio de sol fixo no centro da calçada e do complexo, que embora enorme, só tinha uma luz de segurança perto da entrada. Luzes fracas também brilharam de uma janela parcialmente afundada perto da entrada. Ele contou três guardas no total, um muito próximo à eles. O chefe esperou até que Eddie se juntou a eles antes de apontar para uma palmeira à esquerda da casa. Uma luz vermelha queimava e escurecia, indicando que um guarda estava fumando um cigarro. — Ele é meu. Knight, você está comigo. — Ele balançou a cabeça para os dois guardas na varanda à sua direita. — Gaillard e Fitzgerald, derrubem aqueles dois. Fitzgerald assuma a liderança. Nenhum movimento, atirar para matar. Nós


vamos circundar a casa e nos encontraremos na parte de trás. Uma vez que o exterior estiver seguro, vamos passar para dentro. Vince estava logo atrás do chefe quando ele se arrastou perto de sua presa. Seu coração batia com um fervor crepitante, a cada segundo arrastando, esticando os nervos. Todos os seus anos de formação tinham levado a isso, e cometer um erro ou calcular mal era inaceitável. A vida de Jade estava em jogo. O chefe pisou em um galho e eles congelaram. O guarda deve ter ouvido o crack porque ele esmagou o cigarro no chão, levantou-se e dirigiu-se para eles. Vince assistiu-o através dos óculos de visão noturna, seu aperto firme na faca. Sua respiração desacelerou. Se o chefe hesitasse, ele tomaria o guarda para baixo em um movimento rápido. O chefe não o fez e o guarda caiu com som mínimo.

*** O olhar de Jade viajou para a única janela do quarto. Sem chance de escapar através dela, a menos que ela pudesse derreter as barras de segurança de metal. Quanto à porta, o guarda tinha arrastado uma cadeira e se plantado ao lado direito. Isso deixava o seu plano inicial, que exigia os itens na caixa de Bouchard. Estava agora em cima de um aparador antigo e elegante na extremidade oposta da sala. Ela tinha que encontrar o caminho para a caixa. Talvez ela pudesse distrair o guarda. Afinal, eram apenas os dois. Vários dos homens de Bouchard estavam fora e ele tinha tomado dois com ele para se encontrar com o general. Jade não dava crédito à promessa de Bouchard de deixar sua mãe ir, não sem vantagens. Ela tinha que conseguir as vantagens. Com o coração na garganta, as mãos e os joelhos tremendo, Jade se levantou.


— Sente-se, senhorita. — o guarda ordenou, falando em francês. — Eu, uh, só quero dar uma olhada nisso. — Ela apontou para um Monet na parede e tentou sorrir. Talvez fosse o fato de que ela falou em sua língua ou que sua voz tremia, indicando seu nervosismo, mas ele balançou a cabeça e afundou de volta em seu lugar. Agora, era mantê-lo distraído. — Eu sou interessada em arte e a coleção do general é bastante impressionante. — Ela passou a palma úmida ao longo da borda da mesa retangular e rezou para as pernas levarem-na para o outro lado da sala. — Tome essa mesa de mogno, por exemplo. As bases de pedestal com pernas em cada extremidade, as tampas dos pés de bronze e todos os rodízios gritando nobreza. Eu diria que data de cerca de 1820. Ele murmurou alguma coisa ininteligível. Ela observou-o pelo canto do olho enquanto ela atravessava a pintura ao lado do aparador. — Esta peça, uma das Catedrais de Monet em Rouen, foi sempre foi o meu favorito. — Ela virou-se para sorrir para o guarda, mas ele parecia estar meio-dopado. Era agora ou nunca. As mãos tremendo, ela se atrapalhou com a almofada e desajeitadamente pressionou a combinação para abrir a caixa. — É claro que em comparação com obras do mestre, a peça— Afaste-se da caixa. Seu coração saltou para a garganta. Engolindo, Jade olhou por cima do ombro. Ele estava se movendo em direção a ela, sua arma na mão. Era engraçado como a visão da arma não assustava tanto quanto o pensamento de Bouchard entrando e pegando-a. Seu olhar passou por ele até a porta. — Está tudo bem, você sabe. Eu vou estar trabalhando com Renard sobre essas peças. É por isso que ele me deu a combinação para a caixa. — Confusão acendeu nos olhos do guarda e ela aproveitou a oportunidade para agarrar a


mais delicada das estátuas, quase soltando-a em sua pressa. — Olhe para esta. Não é requintada? O homem estava de cara feia, seu olhar saltando entre a estátua e a caixa. — Volte a colocar a estátua, senhorita Fitzgerald. Por favor. Tinha sido ok. — Claro. Imediatamente. — Fingindo colocá-la de volta, ela tirou rapidamente a espada de aparência bizarra e apertou-a contra a pedra. Ela virou-se para o guarda. — Eu me pergunto quanto dano esta espada faria a ela se eu esfregasse o suficiente. Seus olhos se arregalaram de horror. — Não. Ele vai te matar se você tocá-la. — Eu vou me arriscar. Seu pomo de Adão balançou quando ele engoliu. — Você é louca. Não, ela estava desesperada e com medo, e chateada. O homem que amava estava morto e sua mãe logo a seguir, pelo que ela estava certa. A injustiça deu garras para ela. — Não, eu não sou a única que é louca. Seu chefe é. Sabe o que ele faria com você se eu destruísse isso? — Ela correu a ponta mais fina da lâmina sobre a estátua e pedaços de pedra calcária flutuaram a partir dela, fazendo com que o guarda praguejasse. — Eu vou dizer a ele que você destrancou a caixa e deu para mim. Seu aperto aumentou sobre a arma, o suor pontilhava sua testa. Ele poderia tanto ouvir o que ela queria ou matá-la. De qualquer maneira, ele estaria profundamente em apuros. Jade esfregou a ponta da espada contra a estátua, de novo. — Não. Por favor. Diga-me o que você quer. — Leve-me para ele. — O homem hesitou brevemente, mas algo em seus olhos deve tê-lo avisado. Amaldiçoando, ele se virou para sair da sala. Jade seguindo.


*** Seis guardas abatidos, Vince e os três homens contornaram a casa para a entrada e escorregaram para dentro da vila. O primeiro andar estava em escuridão total, exceto por um corredor mal iluminado forrado com fotos emolduradas de mapas antigos e homens olhando sombrios em uniformes militares. Não foi difícil encontrar as escadas que levavam para o porão. Na metade do caminho, ouviram vozes suaves, as palavras indiscerníveis. Eles se arrastaram para o fundo, onde as luzes de uma sala à sua esquerda derramavam sobre o seu caminho, e pararam para ouvir. As vozes se foram. Eles entraram para dentro da sala. Estava vazia, exceto pela caixa em cima de um aparador. Parecia fora de lugar entre o mobiliário antigo. — As estatuetas roubadas. — Eddie disse quando abriu a tampa. — Armas de morte de Bouchard, — Vince acrescentou com desdém. — Perfeito. Evidências. Nós vamos coletá-las no caminho para fora. — disse o chefe sussurrando. Vince já estava no corredor quando os três homens chegaram com ele. Era um labirinto interminável de salas fechadas com portas de ferro pesadas, velhas, enferrujadas com uma luz cobre redonda na parede que lançava sombras sinistras. Deviam ser as masmorras que Montague havia mencionado. — Nãooo. A palavra ricocheteou nas paredes e o coração de Vince simplesmente parou. Jade. Os pontos pretos apareceram em sua visão e a respiração rasgou fora de seus pulmões. Um segundo ele estava congelado no corredor, no próximo corria em direção à sua voz. Ela estava bem? Bouchard a tocou? Vince balançou a cabeça. Pensamentos como esses podem levar um homem à loucura.


Ele virou uma esquina. Luz derramou de uma porta aberta para o corredor. Ele não se preocupou em olhar para trás. Seu estômago envolto em gelo e o coração bombeando com uma fúria cega, ele entrou na sala, assim que Jade gritou. — Se você machucá-la, eu juro, eu vou destruí-lo. Vince seguiu a voz ofegante, desarticulada, e piscou. Em um olhar arrebatador, ele pegou a estátua delicada em sua mão e o bagua crescente de duas folhas na outra. Os guardas ficaram ao lado de seu chefe, atordoados. Estelle estava amarrada à uma cadeira, Bouchard de pé sobre ela, e o general parecia ter desmaiado. Cinco pares de olhos se voltaram para a porta e o tempo parou por um instante, então tudo aconteceu de uma vez. Jade suspirou o nome de Vince. Estelle olhou passando Vince e sussurrou: — Eddie? — Você? — Bouchard rosnou. Vince manteve firmemente a faca, pronto para deixá-la ir. — Você realmente não achou que Yannick poderia me parar quando você a tinha, não é? — O impulso primordial para vingar agitou dentro dele. Tudo o que ele tinha a fazer era jogar a faca. — Você está vivo. — Jade sussurrou. As lágrimas na voz de Jade o chamaram e Vince olhou em sua direção. Um erro que ele percebeu quase imediatamente. Ele sentiu menos do que viu Bouchard se mover, em seguida, uma faca bagua estava navegando através do ar, indo direto para Jade. Seu olhar sobre ele, ela não percebeu o que estava prestes a acontecer. A faca, apropriadamente chamada de garras de um dragão, poderia cortar um osso, resultando em morte instantânea. Não havia outra opção, não quando se tratava de Jade. Vince arremessou a faca em direção à Bouchard enquanto ele caía para a frente com uma intenção: evitar que a arma chegue à ela. Tiros soaram


exatamente quando ele a agarrou. Ele quebrou sua queda com o ombro, segurando-a firme. Ele sentiu seu calor, cheirava o cheiro dela. Ela estava sã e salva. Seu bebê estava bem. Ele tentou sentar-se, mas se sentiu lento. Estranho. Frio. Jade olhou para ele com os olhos cheios. — Você me salvou. Oh, baby, eu te amo... ohmeuDeus. — Seus olhos se arregalaram de horror. Ela tinha dito que o amava? — Jade? — Vince tentou sentar-se novamente, mas a dor esfaqueava no peito. — Te amo. Muito. — Sua voz soava estranha e havia um zumbido nos ouvidos. — Ajuda. — Jade gritou. — Alguém chame uma ambulância. Vince apertou os olhos, tentando se concentrar em seu rosto. Por que ela estava pedindo ajuda? Será que ela estava machucada? Então ele viu a mão dela. Estava coberta de sangue. O sangue dela. Não, ele gritou silenciosamente em sua cabeça. Por favor, deixe-a estar bem. Em seguida, o rosto de Eddie apareceu ao lado dela. — Ele está machucado, Eddie. — Jade sussurrou, as lágrimas escorrendo pelo rosto. — Ajude-o. Por favor. — Um helicóptero está a caminho. Segure aí, amigo. — A voz de Eddie veio de longe, misturando-se com a de Jade. — Fique comigo, baby. — ela sussurrou. — Não me deixe, por favor. — Nunca. Minha. — Sombras invadiram a periferia da sua visão, a frieza em seu peito se espalhando. — Para sempre. — Ele apertou os olhos, tentando se concentrar em seu rosto, mas a escuridão era mais forte. Ele fechou e foi sugado para baixo.

***


Jade olhou para os olhos fechados de Vince e lutou contra o terror arrepiante agarrando suas entranhas. Que ele nunca pudesse acordar não era uma opção. Fazia quatro dias agora, ela chorou, repreendeu, e pediu-lhe para voltar para ela sem sucesso, mas ela não estava desistindo. Sua vida não significava nada sem ele. A faca de Bouchard havia perfurado seu pulmão e com todos os seus outros hematomas internos, seu corpo tinha simplesmente desligado. Ele entrou em coma, mesmo antes dos cirurgiões terminarem de reparar os ferimentos. Os médicos e os especialistas ficavam dizendo-lhe para ser paciente. Esperar. Seu corpo vai reparar a si mesmo. Eles não tinham ideia de que cada segundo que passava sentia como a eternidade. Jade continuava repassando esses últimos momentos, quando Vince tinha irrompido na sala e ela percebeu que ele estava vivo. Como ela podia ter sido tão estúpida por distraí-lo em um momento tão crucial? Culpa mastigava suas entranhas. As lágrimas encheram seus olhos. Como ele ousou bloquear a faca destinada para ela? Ela não deveria estar zangada com ele. Ele não seria o homem que adorava se ele não agisse da maneira que fez. Ele era tão extraordinário e não era justo que ele teve que sofrer por causa de sua estupidez, por causa de seu pai e sua estátua amaldiçoada. O único consolo era que Bouchard estava morto. Ele evitou a faca de Vince, mas não podia correr mais que balas. Boa viagem. A porta se abriu atrás de Jade e duas enfermeiras entraram. — Senhorita, precisamos verificar seus sinais vitais agora. Você poderia esperar lá fora, por favor? Jade balançou a cabeça, apertou a mão de Vince, e saiu da sala. As lágrimas corriam livremente pelo seu rosto e ela não podia ver para onde estava indo, até que os braços quentes de sua mãe envolveram em torno dela e puxaram-na para perto.


Sua mãe não tinha saído de seu lado, uma vez que voou com Vince para o hospital privado em Liseux, exceto para obter-lhe algo para comer, trazê-la uma muda de roupa, e sentar-se com Vince enquanto ela tomava banho. Jade perguntava se parte era a culpa pela estátua sumida ou o amor por sua filha levou à dedicação da mãe. Eddie, por outro lado, poderia facilmente ter voado de volta para os estados, uma vez que a comitiva de seu pai chegou, mas tinha escolhido ficar. Ele poderia até mesmo perder o emprego. Quanto ao general, ela não estaria compartilhando o quarto de Vince dia e noite, se ele não tivesse intervindo. Jade ficou tensa nos braços de sua mãe, incapaz de aceitar a oferta de conforto. O frio sob a pele e em torno de seu coração engrossava, em vez de diminuir. Se sua mãe não tivesse tomado a estátua e trazido para o general, Vince não estaria lutando por sua vida agora. — O juiz e Della acabaram de chegar. — sussurrou a mãe, cortando seus pensamentos. A cabeça de Jade se ergueu. Do outro lado da sala, o general em sua cadeira de rodas estava em uma conversa profunda com o juiz Abe Dixon. Della se sentou ao lado deles, com os olhos vermelhos e um lenço pressionado no nariz. Como se pudesse sentir seu olhar queimando, eles olharam para cima. Jade olhou de volta. Ela não tinha como estar feliz que a família de Vince estava mobilizada por ele. Eles foram responsáveis por esta confusão. Eles começaram com a estátua estúpida. Sua mãe era parte disso, também. Doía-lhe a admiti-lo, mas ela culpava todos eles pela dor que havia passado por Vince e sua condição atual. Jade recuou dos braços de sua mãe. Ela segurou a língua, porque nada era mais importante do que Vince e sua recuperação, mas estava na hora da verdade. Com o pai de Vince aqui, ela tinha que saber. — Eu quero saber tudo, mãe.


Estelle assentiu. — Claro. Venha comigo. — Ela levou-a para longe dos parentes de Vince e pelo corredor até um canto privado.

*** Vince recuperou a consciência com o cheiro estéril do hospital, as paredes brancas, e máquinas. Seu olhar varreu a sala, em busca de Jade. Onde ela estava? Será que ele tinha imaginado choro, falas e ela implorando-lhe para voltar para ela? E se ele tivesse sonhado resgatá-la daquele homem louco? Pânico o surpreendeu. Ele disparou, quase caindo de costas na cama, quando um feitiço atordoante tomou conta dele. Ele arrancou os tubos de seus dedos e braços, e as máquinas dispararam. Uma enfermeira entrou no quarto com Eddie atrás dela. — Você precisa se deitar, senhor. — Onde está ela, Eddie? Será que conseguimos tirá-la? Será que nós— Por favor, Sr. Knight. — As enfermeiras tentaram empurrá-lo de volta na cama. — Você vai rasgar seus pontos e começar a sangrar. Pontos poderiam ser refeitos. Jade não estar bem era o fim de tudo, totalmente inaceitável. — Ela está bem? — Sua voz quebrou, mas ele não se importava. — Ela está bem, Vince. Jade está bem. Seu olhar procurou o rosto de Eddie. — Eu preciso vê-la. Por favor. Eddie assentiu. — Eu vou buscá-la. Enquanto isso deixe a enfermeira cuidar de você, amigo. Você não quer que Jade ouça o barulho que essas máquinas estão fazendo quando ela chegar aqui.


Ela provavelmente pensaria que ele tinha partido. O choque para o seu sistema provavelmente iria forçar sua arritmia. — Ela está bem, apesar de tudo. O bastardo não a machucou. — Você salvou a vida dela, homem. Pisando certo entre ela e essa faca condenada. Vince se inclinou para trás e estendeu o braço à enfermeira para colocar de volta os tubos. — Diga-me que você pegou o desgraçado. Eddie sorriu. — Nós o pegamos. Como está se sentindo? Vince tentou dar de ombros. A dor percorreu seu corpo. — Eu estou bem. Eu só preciso— Ver Jade, eu sei. — Eddie abriu a porta, em seguida, fez uma pausa para acrescentar: — Seja bom para ela, Knight. Eu o respeito e tudo, mas se você pisar fora da linha... — Eddie deixou a ameaça cair e saiu da sala. Dentro de minutos, Jade correu para o quarto. — Você está acordado. — Ela tentou sorrir, mas seu queixo tremia, ferindo o seu coração no processo. — Eu pensei que tinha perdido você. A porta se abriu e fechou, quando as enfermeiras saíram do quarto, mas seu olhar permaneceu bloqueado nela. Deus, como ele a amava. — Você nunca poderá me perder, baby. Ela caminhou ao seu lado, com lágrimas escorrendo pelo seu rosto. Ele segurou seu rosto com as mãos trêmulas e roçou a umidade com os polegares. — Nunca, jamais. — Eu te amo tanto. — Ela deu um beijo em seus lábios e o sal em suas lágrimas misturaram com a doçura de sua boca. Algo levantou em seu peito e Vince fechou os olhos. Ele lutou contra os sentimentos ardentes no fundo de sua garganta. Era tão bom vê-la, tocá-la, beijá-la. Ele estava em paz. Ele abriu os olhos e tentou dizer a ela que a amava,


mas as emoções haviam tomado suas cordas vocais. Em vez disso, ele mostroulhe com os lábios e a língua. Em seguida, ele puxou-a para baixo para que ela se deitasse ao lado dele e apenas segurou-a sem falar. Ela se acomodou como ela pertencia, com a mão em seu peito, logo acima de seu coração. Paz bemaventurada. Depois de um tempo, ele teve suas emoções sob controle o suficiente para perguntar: — Por que você não me contou sobre sua arritmia? Ela levantou a cabeça para olhar em seus olhos, cautelosa. — Eu queria, mas o momento simplesmente não parecia certo. — Ela soltou um suspiro. — Uma parte de mim estava preocupada que você iria me deixar se você soubesse. Ele correu os dedos pelo seu rosto e sorriu. — Você não pode se livrar de mim tão facilmente, se você tentasse. Na saúde e na doença, você está destinada a ser minha Jade Fitzgerald. Ela sorriu em meio às lágrimas. — Então você me perdoa? Em seu atual estado de espírito, ele poderia perdoá-la apenas sobre qualquer coisa. — Isso depende. — ele brincou. Ela revirou os olhos. — Do quê? Ele queria que ela prometesse nunca saltar em uma situação que poderia provocar arritmia nela, mas ele não podia vê-la concordando com isso. — Prometa ser minha para sempre. — Para sempre é muito tempo. Eu pensei que você me queria até o amanhecer? — Eu nunca vou viver com pouco, vou? Não, eu não vou me contentar com menos. Não com você, Jade. Então, você quer se casar comigo ou— Sim. — Ela beijou seu pescoço, bochecha e lábios. — Oh, sim. Eu não vou me contentar com menos tanto quanto. Só você, Vince Knight. Eu vou me contentar com você.


Ele selou sua resposta com um beijo possessivo duro. Uma breve batida na porta, então a voz de Eddie disse: — Guarde-o para mais tarde, vocês dois. As pessoas aqui fora estão morrendo de vontade de entrar. — Vá embora. — disse Vince sem olhar para cima. — Dá-nos cinco minutos. — Jade murmurou junto com uma risadinha. — Dez. — Vince corrigiu. A porta se fechou, mas antes de Vince poder começar a mostrar a ela o quanto ele a adorava, Jade colocou a mão sobre sua boca. — Nós precisamos conversar. — Mais tarde. — Agora, por favor. Seu pai e sua tia estão aqui. Vince parou, pensou sobre isso, depois deu de ombros. — Bom. Eu posso pessoalmente dizer-lhes que eu não quero herdar a estátua. Ela me trouxe nada além de problemas. — Você sempre pode aceitá-la, em seguida, devolvê-la aos legítimos proprietários. — Qual país? — Ele arqueou uma sobrancelha. — Peru, México, Guatemala... — Ele fez uma pausa e tomou uma decisão. — Eu vou dar a este país. Quantos dias antes de você ter que voltar a trabalhar? — Três, mas eu, uh, eu posso espremer em mais uma semana. Por quê? — Eu quero que você conheça o Tio Remus. Eu quero te mostrar todos os lugares que eu costumava sair quando eu era garoto. Quero levar você— Oh, querido, isso seria maravilhoso e sim, eu adoraria isso. — ela disse, rindo, em seguida, olhou para a porta. — Antes de entrar, eu quero dizerlhe sobre a estátua. Como minha mãe a obteve. Ele enterrou o rosto em seu pescoço. — Eu não cuido-


— Por favor. — Ela ergueu sua cabeça, em seguida, agarrou e intimou-o a olhar em seus olhos. — Divirta-me. — Ele correu os dedos para baixo emsua lateral. — Nós poderíamos estar fazendo um monte de coisas mais interessantes. — ele rosnou. — Mas tudo bem. Fora com isso. — De acordo com minha mãe, Bouchard se aproximou de seu pai há alguns meses e se apresentou como um parente perdido há muito tempo. Durante as primeiras visitas, eles conversaram sobre os Descartes nos Estados Unidos e Saint-Noel. Depois de um tempo, ele conduziu as negociações para artefatos, então, pediu a seu pai para ver a estátua. Uma vez que ele viu, ele mudou. Ele começou a empurrar seu pai para vendê-la para ele. Ele até chegou a dizer que o general mandou-o comprá-la de volta, que era justamente sua propriedade. Quando seu pai se recusou, Bouchard tentou chantageá-lo. Ele deu a entender que ele conhecia o segredo de seu pai e seu pai achava que ele estava falando de você. Desde que ele está concorrendo a um cargo público, algo assim teria destruído suas chances de ganhar. Ele viu o efeito que teve sobre Wilkinson quando Bouchard disse à ele. Wilkinson queria que seu pai saísse da eleição ao invés de perderem. Quando seu pai confiou em minha mãe, ela ficou lívida. Ela deixou de apoiar a campanha de Wilkinson. — Quando ela disse que nunca tinha ouvido falar de mim... — Ela estava mentindo. Quer dizer, ela já sabia sobre você, mas não tinha certeza de que era realmente a pessoa que você dizia ser. De qualquer forma, os dois fizeram uma verificação de antecedentes sobre Bouchard, viram sobre sua obsessão com artefatos, e saíram com um esquema de louco. Cohen concordou em ajudar. — A réplica? — Sim. Era para passar por uma coisa real. Como ele já tinha visto a coisa real, Bouchard reconheceu-o como uma farsa. Vince fez uma careta. — E sobre a história de como ele foi roubado?


— Eles fizeram isso para enganar Bouchard. O plano era reivindicar a estátua que foi roubada durante a festa, em seguida, ter a falsa aparecendo na galeria de Cohen. Vince balançou a cabeça. — Será que minha tia sabe sobre isso? — Não. Seu pai alimentou a mesma mentira antes que ele entrasse em coma. Quando o povo de Bouchard começou invadindo as casas das pessoas que tinham estado na festa, minha mãe foi à Saint-Noel para saber mais sobre Bouchard e o general. O general não sabia nada sobre a estátua ou o interesse de Bouchard nela. — Ela rapidamente falou sobre o que Bouchard tinha planejado fazer com as estátuas. — Eu duvido que elas tenham esses poderes. Vince estremeceu com o pensamento do que Jade deve ter passado. Mais agora do que nunca, ele estava feliz que o cretino estava morto. — Há alguma verdade na história sobre o general matar sua família? — Não, de acordo com a minha mãe. A família de Bouchard se alinhou com os franceses durante a revolução e foi pega no meio. Eu acho que ele precisava de alguém para culpar e o general foi útil, especialmente desde que ele comprou suas terras. É realmente triste. O general estava planejando deixar-lhe tudo. Aquela noite, ele se gabou de matar o único filho do general e neto, na frente da minha mãe. — Ele não ia deixá-la ir, certo? — Não. Foi uma coisa boa que vocês chegaram. Ele beijou sua testa. — Você tinha as coisas sob controle antes de chegarmos lá, baby. — Você acha? — Oh sim. Minha própria mulher ninja. — Ele a beijou, de novo, em seguida, acenou com a cabeça na porta. — Nós temos que falar com eles? Ela deu uma risadinha. — Sim. Dê-lhes os seus cinco minutos. — Ela levantou-se, com um sorriso suave no rosto. — Você sabe por quê?


— Por quê? — Porque você e eu temos o para sempre. — Ela piscou para ele e saiu para abrir a porta para seu pai e sua tia. Petulante mulher. A vida ia ser divertida com ela ao redor. Ele não podia esperar para levá-la longe de todas essas pessoas e começar a viver.


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