nº 72 - ano VII maio/2013
ANOS
com
VOCÊ!
SE NÃO MELHORAR,
PARA
- Os gargalos enfrentados - Como escoar nossa produção de grãos e frango
- A queda do lucro e da competitividade - As possíveis soluções
Diagnósticos: Novas tecnologias, qualidade das amostras e cautela na execução geram resultados mais rápidos
Sumário Capa
Logística
Ponto final
Se não melhorar a infraestrutura, o Brasil vai parar
Redação do AviSite Especial de Aniversário
20
Carne de frango: que tal o setor deixar de pagar a conta sozinho?
Diagnósticos
Cada vez mais a tecnologia auxilia na identificação e no diagnóstico rápido de exames laboratoriais
30
Notícias Curtas Siav tem 98% das áreas comercializadas
11
AviGuia
Zoetis: Nova vacina contra S.Typhimurium e S. Heildelberg
Artigo técnico
Fermentação da cama reutilizada de aviário e seus efeitos na carga microbiológica
38
66
52
Eventos
06
Painel do Leitor
07
Portfólio
65
Notícias Curtas Postura
Estatísticas e Preços
XI Congresso APA apresentou um conteúdo mais maduro e mais amplo
Pintainhas de Postura
49
Desempenho do ovo em abril
50
Produção e mercado em resumo
58
Pintos de corte
59
Produção de carne de frango
60
Exportação de carne de frango
61
Oferta Interna
62
Desempenho do frango vivo em abril
63
Matérias-primas
64
O ovo em rede nacional
44
Produção Animal | Avicultura 3
eDITORIAL
expediente Produção Animal - Avicultura ISSN 1983-0017
Seis tecnologias avícolas (sites, e-mails, boletins informativos e revista) e agora também por meio das redes sociais (Facebook e Twitter, por exemplo). Seis anos de um compromisso mensal, de um compromisso de conteúdo apurado e profícuo para a avicultura. Um orgulho que toda a equipe da Revista do AviSite divide com você leitor e espera dividir por muitos outros anos. Além da data comemorativa, esta edição da Revista do AviSite circula sem a Revista do Ovo – único veículo especializado e dedicado à avicultura de postura do Brasil – que agora passa a ser bimestral. Surpresas e grandes novidades editoriais estão sendo preparadas para a Revista do Ovo. Acompanhe! Outro destaque desta edição é a sua reportagem de capa: logística. Nossa deficitária logística não condiz com a posição que a avicultura brasileira ocupa no ranking mundial. Se não fossem as dificuldades na infraestrutura, os resultados, em volume e receita, poderiam ser melhores. Confira a reportagem completa a partir da página 18.
ância ca
Lançamento da Revista do Ovo
A Revista do AviSite
NESTA EDIÇÃO
O que esperar da tecnologia de pressão negativa
Produção Animal-Avicultura
Sétimo volume da Revista do Ovo
Produção Animal-Avicultura
Uma abordagem sobre os pontos críticos da vacinação e porque há falhas
Impacto econômico da Influenza Aviária
Alternativa
Desempenho
A utilização de milheto como alimento
O setor em 2011 e suas projeções
NESTA EDIÇÃO
nº 57 - janeiro/2012
nº 57 - janeiro/2012 A Revista do AviSite
nº 57 - janeiro/2012
Falhas vacinais
A avicultura da América Latina está preparada para administrar um eventual surto da doença?
randeza, poio onal
nº 60 - ano VI abril/2012
De janeiro a setembro
Autoridades e entidades lembram as boas notícias, os desafios e os erros da avicultura
Segundo volume da Revista do Ovo
nº 59 - ano VI março/2012
VALE A PENA?
tura As múltiplas oportunidades para os seus negócios estão aqui!
NESTA EDIÇÃO Sexto volume da Revista do Ovo
Falhas vacinais parte II
Nutrição de poedeiras velhas
Redução de sódio
Celulite em frangos
As medidas para garantir a correta imunização das aves de postura
Os aspectos que envolvem a produtividade e a qualidade do ovo
Como ficam os alimentos à base de carne de frango?
Como evitar a lesão que traz perdas de US$ 10 milhões ao ano
WPC 2012: tendências e tecnologias em resumo
Exclusivo:
Especial nutrição:
Síndrome do Osso Negro: você sabe como evitar?
Aminoácidos, nutrição de precisão e minerais na forma orgânica
Monitoria da Influenza Aviária na Antártica será retomada em breve
Onde está e para onde vai a produção de frango no Brasil
EXEMPLOS DE SUCESSO
- Os benefícios econômicos das enzimas na ração
Zé Garrote
Aroldo Filho
Domingos Martins
Dario Mascarenhas
2022: As do tivas perspec da FIESP MAPA e de para carne frango
Ciliomar Tortola
ABATE
Lanagro-SP
Controle da sanidade aviária no Brasil passa por Campinas
E mais:
Ideias para melhorar a segurança e a qualidade da carne de frango
NESTA EDIÇÃO
Décimo volume da Revista do Ovo
nº 67 - ano VI novembro/2012
- Panorama do processamento na visão do consultor Fábio Nunes
E mais: AviGuia EXPO WPC 2012
PREMIX
Qual a sua definição? Como escolher? E como assegurar sua qualidade?
EXCLUSIVO: Tabelas de entalpia para consulta
nº 57 - janeiro/2012 A Revista do AviSite
nº 71 - ano VII abril/2013
nº 70 - ano VII março/2013
NESTA EDIÇÃO:
GO
L ICIAA
ÁLO CAT
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Produção Animal-Avicultura
XIV
MEDICAMENTO VIA ÁGUA DE BEBIDA Descobrimos tudo sobre como medicar lotes doentes de aves usando a água como principal parceira
SBS
nº 57 - janeiro/2012
Perspectivas do USDA para 2013
nº 68 - ano VI dezembro/2012
AviGuia 2013
MARGEM
DE LUCRO Por que há tanta diferença no ganho do varejista sobre a margem do produtor de frango?
MANEJO ADEQUADO DE CASCAS E OUTROS RESÍDUOS É IMPORTANTE PARA REDUZIR O IMPACTO AMBIENTAL
Vacinação in ovo: o futuro
4 Avicultura | Produção Animal
Tecnologia de luz infravermelha no controle da temperatura
72 revistas editadas e que somam quase 4 mil páginas publicadas sobre a avicultura brasileira
Produção Animal-Avicultura
Alto custo das matérias-primas assusta. Mas temos o melhoramento genético a nosso favor
Produção Animal-Avicultura
Produção Animal-Avicultura
Em um formato variado e dinâmico, evento reuniu os principais nomes da avicultura mundial
ARTIGO: Orçamento empresarial na avicultura
nº 69 - ano VI fevereiro/2013
A Revista do AviSite
nº 57 - janeiro/2012 A Revista do AviSite
A Revista do AviSite
nº 57 - janeiro/2012
nº 65 - ano VI setembro/2012
Especial Associações: Adeus à velha avicultura
Será que isto ajuda? Produção Animal-Avicultura
Produção Animal-Avicultura
- O perigo invisível das micotoxinas
FÔLEGO PROVISÓRIO
nº 66 - ano VI outubro/2012
Frigoríficos paulistas recebem incentivo de ICMS até o final do ano
A trajetória, os planos e as perspectivas de cinco empresários brasileiros
Produção Animal-Avicultura
nº 61 - ano VI maio/2012
nº 64 - ano VI agosto/2012
A Revista do AviSite
A Revista do AviSite
A Revista do AviSite
nº 57 - janeiro/2012
nº 57 - janeiro/2012
Quais são os desafios da incubação moderna?
nº 63 - ano VI julho/2012
nº 57 - janeiro/2012
Revista do Ovo
Nutrição em foco
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nº 58 - ano VI fevereiro/2012
A produção brasileira de ovos, segundo o IBGE
Produção Animal-Avicultura
Produção Animal-Avicultura
O frango no Brasil em 2011
NESTA EDIÇÃO
Manejo A importância da qualidade de uma franga
Segundo tempo da crise econômica e custo dos insumos não impedem crescimento. Para o USDA, produção mundial de frango fica perto de 83,1 milhões de toneladas
toneladas
nº 57 - ano VI janeiro/2012
A Revista do AviSite
A carne avícola em 2012
Boa leitura!
Produção Animal-Avicultura
nº 56 - ano V dezembro/2011
A Revista do AviSite
Ração Peletizada As vantagens e os desafios do produto para o mercado
Produção Animal-Avicultura
A Revista do AviSite
nº 55 - novembro/2011
Especial
A Revista do AviSite
nº 55 - ano V novembro/2011 nº 56 - dezembro/2011
nº 54 - ano V outubro/2011
nº 57 - janeiro/2012
A Revista do AviSite completa seis anos de existência. São mais de 2190 dias (considerando os dias dos anos bissextos) dedicados especialmente à elaboração de conteúdo informativo e jornalístico para as suas edições mensais. Temos, até o momento, 72 revistas editadas e que somam quase 4 mil páginas publicadas sobre a avicultura brasileira: suas descobertas, suas conquistas, seus desafios e sua evolução. Pela ciência da numerologia, o 6 é um número especial. É o número da construção, das associações e do compartilhamento. Isto significa que o papel da Revista do AviSite – o de promover a comunicação entre o setor avícola, levando a informação para quem precisa e para quem quer se aprimorar na atividade – apenas se reforça. Estamos construindo uma revista mais forte, mais atraente e mais informativa. Estamos (sempre) em busca de associações e de parcerias para desenvolvermos um trabalho cada vez mais voltado à realidade e à necessidade do setor. Estamos ampliando nossa atuação e compartilhando muito mais o nosso conteúdo através dos meios de comunicação já convencionais ao mundo dos negócios e das
Depois de tudo que o setor enfrentou (e ainda enfrenta) é um alívio se despedir do ano que passou. Agora, é hora de olhar para frente e colocar em prática o que aprendemos com a crise
Publisher Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Redação Andrea Quevedo (MTB 27.007) Érica Barros (MTB 49.030) Mariana Almeida (MTB 62.855) imprensa@avisite.com.br Comercial Daniel Cannos Fernanda Bronzeado publicidade@avisite.com.br Diagramação e arte Mundo Agro e Innovativa Publicidade luciano.senise@innovativapp.com.br Internet Jessica Sousa webmaster@avisite.com.br Administrativo e circulação Caroline Esmi financeiro@avisite.com.br Fale com a redação! imprensa@avisite.com.br Tel: (19) 3241 9292
Mundo Agro Editora Ltda. Rua Erasmo Braga, 1153 13070-147 - Campinas, SP
Agradecimentos Gostaríamos de registrar um especial agradecimento aos profissionais que colaboraram para a elaboração desta edição: Cintia Reina, Ricardo Paetzold, Henrique Gasperoni, Irineo da Costa Rodrigues, Jarbas Santos, Ademir Pereira da Silva, Luana Gomes, José Perboyre, Marcelo Oliveira, Augustinho Exteckoetter, José Paulo Triches, Domingos Martins, Karina Kanashiro, Nilva Vieira Seben, Alfredo Lang, Bruna Robassa, José Eduardo dos Santos, Ricardo Gouvêa, Ariel Antonio Mendes, Alberto Back, Márcio Botrel, Nair Katayama Ito, José Di Fabio, Dilmara Reischak, Lindolfo Rocha...
Gallimune 4 e VAXXITEK® HVT+IBD: juntas para imunização completa contra Gumboro. A Merial conta com uma equipe referência em serviços de vacinação em todo o território nacional. Este diferencial contribui para o uso adequado de nossos produtos e promovem uma melhor performance para suas aves no campo.
Valdenir José Finato - Coordenador Técnico de Vacinação.
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Contra as doenças de Marek e Gumboro.
Pneumovirose, Newcastle e Gumboro.
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subcutânea. »
Favorece uniformidade do lote.
Eventos
2013 Junho 06 a 08 2ª FAVESU - Feira de Avicultura e Suinocultura Capixaba Local: Marechal Floriano, ES Realização: AVES e ASES Contato: (27) 3288-1182 Informações:: www.favesu.com.br E-mail: comercial@favesu.com.br 10 a 12 Conferência Facta 2013 Local: The Royal Palm Hotel - Campinas, SP Realização: Fundação Apinco de Ciência e Tecnologia Avícolas (Facta) Contato: (19) 3243-6555 Informações: www.facta.org.br/conferencia2013 E-mail: facta@facta.org.br 18 a 20 Simpósio Internacional Modelagem na produção de suínos e aves Local: Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – Unesp/Jaboticabal, SP Realização: Unesp/FCAV Informações: www.funep.org.br/mostrar_evento. php?idevento=325 20 Avicultor 2013 Local: Rua Pitangui, 1904, Sagrada Família, Belo Horizonte, MG Realização: Avimig Contato: (31) 3482-6403 Informações: www.avimig.com.br/agenda.php
Julho 19 a 21 54º Festa do Ovo de Bastos Local: Recinto de Exposições Kisuke Watanabe, Bastos, SP Realização: Sindicato Rural e Prefeitura de Bastos Contato: (14) 3478-9800 Informações: www.bastos.sp.gov.br
6 Produção Animal | Avicultura
Agosto 27 a 29 SIAV – Salão Internacional da Avicultura Local: Anhembi, São Paulo, SP Contato: (11) 3031-4115 Informações: www.ubabef.com.br/23congresso E-mail: congresso@ubabef.com.br 27 Simpósio OvoSite de Produção e Mercado de ovo Local: Anhembi Parque, São Paulo, SP, durante o SIAV Realização: OvoSite, Revista do Ovo e UBABEF Informações: www.ovosite.com.br e www.ubabef.com.br/23congresso Email: simposioovosite@ovosite.com.br
Setembro 10 a 12 X Curso de Atualização em Avicultura para Postura Comercial Local: Centro de convenções Unesp/FCAV Jaboticabal, SP Realização: Unesp/FCAV Contato: (16) 3209-1303 Informações: www.funep.org.br
Outubro 30 e 31 V Simpósio Internacional e IV Congresso Brasileiro de Coturnicultura Local: Centro de Convenções da Universidade de Lavras, MG Realização: Universidade de Lavras – UFLA Informações: www.nucleoestudo.ufla.br/ necta/index.php/inicio Contato: (31) 3829-1240 E-mail: simposiocodornas2013@gmail.com
Novembro 12 a 15 Congresso Latino-americano de Avicultura Local: Centro Internacional de Ferias y Convenciones, El Salvador Informações: www.avicultura2013.com E-mail: amartinez@avicultura2013.com
Eventos
7 Produção Animal | Avicultura
Painel do Leitor
nº 71 - ano VII abril/2013
NESTA EDIÇÃO:
AviGuia 2013
MANEJO ADE E OUTROS RES QUADO DE CASCAS PARA REDUZIR ÍDUOS É IMPORTANTE O IMPACTO AM BIENTAL Vacinação in ovo: o futuro
A edição de abril mostrou como o manejo adequado de cascas e outros resíduos de incubatório é importante na redução do impacto ambiental. Também falamos sobre a vacinação in ovo. A publicação contém também a edição do Catálogo AviGuia 2013.
Resíduos de incubatórios
Tecnologia de luz infraverme no controle da temperatu lha ra
Uma questão ambiental na avicultura de corte que envolve custos e destinação adequada do material para descarte. Hoje, no mercado brasileiro, já é possível encontrar alternativas que possibilitam aproveitar eventuais benefícios econômicos de um uso mais racional desses resíduos O lado bom da fala da Presidente é que ela anunciou, também, a revisão dos produtos que integram a cesta oficial, pois entende que “o conceito de cesta básica está um pouco ultrapassado”.
Avicultura no meio da floresta Papel nutritivo e social da carne de frango chama a atenção das prefeituras para o projeto “Avicultura familiar”, da Universidade Federal do Amazonas, que traz renda e trabalho para a população ribeirinha do Estado foi tema da edição de abril da Revista do Ovo. A matéria sobre “Avicultura Familiar” no Amazonas, está excelente. Gostaria mais uma vez de agradecer à equipe da Revista do Ovo pela grande divulgação do trabalho realizado pelo Setor de Avicultura da Universidade Federal do Amazonas -UFAM. Isto certamente nos envaidece e motiva a continuar-mos pesquisando e divulgando os projetos desenvolvidos no Amazonas. Um grande abraço. Frank Cruz Coordenador do Setor de Avicultura da Universidade Federal do Amazonas Manaus, AM
Participe e envie seu comentário para
imprensa@avisite.com.br As opiniões publicadas de leitores não refletem a posição do veiculo
8 Produção Animal | Avicultura
Acabei de receber uma cópia da reportagem. Ficou muito boa! Parabéns! E obrigado pela divulgação, isto pode me ajudar muito em meus projetos. Qualquer novidade aviso vocês! Mais uma vez, obrigado. Airon Magno Aires Zootecnista e especialista em ER/Biogás São Carlos, SP
Produção de pintos de corte
Após um semestre de recuos produção volta a registrar expansão O levantamento mensal da Apinco apontou que em fevereiro passado foram produzidos no Brasil 477,792 milhões de pintos de corte, volume 1,83% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado. Esse foi o primeiro registro, após seis meses consecutivos, de crescimento anual: entre agosto de 2012 e janeiro de 2013 o volume produzido registrou evolução negativa, com índices de redução que chegaram a superar os 10%. Vamos ser inteligentes e produzir o que damos conta de vender. Vamos nos lembrar do ano de 2012. Carlos Alberto de Morais Lara Pará de Minas, MG
Painel do Leitor
DANISCO ANIMAL NUTRITION, AGORA FAZ PARTE DA DUPONT A DuPont é uma empresa de base científica das mais respeitadas e inovadoras do mundo, que trabalha em setores industriais diversos como agricultura, alimentação, construção e transporte, entre outros. O foco-chave da DuPont é aumentar a produção de alimentos de forma sustentável e a segurança alimentar a fim de auxiliar a alimentação da população em crescimento. O trabalho pioneiro da Danisco Animal Nutrition com enzimas, betaína natural e probióticos é baseado em soluções dirigidas ao cliente, com o intuito de agregar valor em toda a cadeia alimentar, fornecendo melhorias nos setores de saúde e produtividade animal.
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Copyright© 2013 DuPont ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados. O logo oval da DuPont™ e todos os produtos que apresentem as marcas ® ou ™ são marcas comerciais registradas ou marcas comerciais da DuPont ou de suas afiliadas.
Danisco Animal Nutrition Produção Animal | Avicultura 9
Notícias
Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br
As cinco mais lidas no AviSite em abril
1
Norma dos Frigoríficos deve entrar em vigor agora em abril
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IBGE: em 2012 abate de frangos caiu, mas volume de carne aumentou
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oncluída em dezembro de 2012, a Norma Regulamentadora Nº 36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados foi publicada no Diário Oficial da União neste mês de abril, segundo informa Ariel Antonio Mendes, diretor de Produção e Técnico Científico da Ubabef. “Após dois anos de elaboração, esta norma, que já está pronta, deverá entrar em vigor para adequar a estrutura das plantas de abate e de processamento de carnes e seus derivados. Saiba mais na página 14.
3
s dados finais do IBGE relativos a 2012 mostram que - pelo menos nos abatedouros operantes sob inspeção federal, estadual ou municipal - foram mínimos os efeitos da alta de custos sobre a produção brasileira de carne de frango, pois o número de cabeças abatidas apresentou redução inferior a 1%, enquanto o volume de carne produzida registrou índice de evolução oposto, com aumento próximo de 1%.
BRF, Marfrig e os números de abate do IBGE
C
ontrapondo-se os números dos abates sob inspeção (IBGE) àqueles apresentados nos balanços anuais da BRF e Marfrig (empresas que têm 100% de seus abates inspecionados), verifica-se que a participação das duas, em conjunto, sobre o total registrado nacionalmente, manteve-se relativamente estável no último triênio. Ou seja: correspondeu a 45,7% do total em 2010, recuou para 45,4% em 2011, voltando a subir pouco mais de meio ponto percentual em 2012, ano em que representou 46% do total inspecionado nacionalmente.
5
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MAPA define programa de gestão de risco diferenciado para estabelecimentos avícolas
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a sexta dia 12 de abril, a edição do Diário Oficial da União traz a íntegra da Instrução Normativa nº 10, de 11 de abril de 2013, pela qual o Ministério da Agricultura, através de sua Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), define o programa de gestão de risco diferenciado para estabelecimentos avícolas. O programa era aguardado desde dezembro de 2012, quando a DASDA, atendendo a proposições do setor, alterou dispositivos da Instrução Normativa nº 56, de 2007. 10 Produção Animal | Avicultura
4
H7N9 chinês dispara sinal de alerta entre exportadores brasileiros de frango
A
agência de classificação de risco Fitch Ratings observou que o aumento no número de casos de gripe aviária na China pode representar um sério risco para empresas avícolas norte-americanas que exportam para aquele país e para redes de fast-food dos EUA com atuação direta no mercado chinês. Mas, no caso das empresas avícolas, o risco maior recai sobre os exportadores brasileiros, para quem a China adquiriu importância capital nos últimos anos. Saiba mais na página 16.
Notícias
Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br
Siav tem 98% das áreas comercializadas e massiva confirmação de produtores e técnicos
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Enteroadsorvente de micotoxinas para rações.
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, eficiência e fluidez em um só produto.
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União Europeia. “Essas delegações e autoridades se somarão aos visitantes que estarão no evento por meio do Projeto Imagem e do Projeto Comprador, ambos em parceria com a APEX-Brasil, viabilizando a vinda de jornalistas e compradores estrangeiros para o evento”, explica Santin. Inserido na programação do SIAV, o 23° Congresso Brasileiro de Avicultura contará com mais de 60 palestrantes, entre presidentes e diretores de empresas, especialistas técnico-científicos nacionais e internacionais e líderes empresariais. Na pauta das palestras estarão temas que desafiam o dia a dia dos técnicos e dos empresários do setor.
pu
poucos meses de sua realização, o Salão Internacional da Avicultura (SIAV), evento promovido pela União Brasileira de Avicultura (UBABEF) entre os dias 27 e 29 de agosto, no Anhembi (São Paulo,SP), consagrou-se antecipadamente como um dos maiores sucessos do setor avícola brasileiro em 2013. De acordo com o diretor Administrativo e Financeiro da UBABEF, José Perboyre, 98% da área comercializável do evento já foi vendida. “Teremos a presença de mais de 30 agroindústrias de aves e ovos, 20 empresas de equipamentos, todas as empresas de genética avícola, laboratórios, produtores de rações, empresas de logística, certificadores e outros players da cadeia avícola, trazendo novos produtos e serviços para o mercado”, destaca. O sucesso não se restringiu apenas a comercialização, segundo o presidente executivo da UBABEF, Francisco Turra. “Temos já uma massiva confirmação de produtores. Presidentes das agroindústrias informaram que, além destes, deverão trazer, no mínimo, mais 2 mil avicultores”, destaca. Esses produtores contarão com total suporte para participação no evento, como disponibilização de ônibus e de agência do Banco do Brasil, para financiamentos. “Além dos avicultores, estarão presentes empresários, diretores, gerentes de compra, técnicos de campo e dos frigoríficos e vários outros membros da cadeia produtiva, juntamente com lideranças nacionais e internacionais”, completa o presidente da UBABEF. Conforme o diretor de Mercados da UBABEF, Ricardo Santin, delegações estrangeiras de mais de 20 países já confirmaram presença no encontro, juntamente com autoridades internacionais da OIE, da FAO/ONU e da
m
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Starfix é o enteroadsorvente de micotoxinas de última geração que conjuga os princípios de adsorção associados aos benefícios das beta-glucanas. Isso torna o Starfix extremamente eficiente e com amplo espectro de atuação, proporcionando altos índices de adsorção e rápida recuperação dos animais nos casos de micotoxicose.
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Produção Animal | Avicultura 11
Notícias
Presidente da Facta ressalta destaques da Conferência
A
Conferência Facta é um dos mais tradicionais eventos técnico-científico do setor avícola brasileiro. Na edição desse ano, de volta a Campinas, SP, o temário conta com várias novidades. “A programação é inovadora” afirma Marcos Macari, Presidente da Facta. O dirigente destaca os dois Simpósios de Incubação e Saúde Intestinal que deverão ocorrer simultaneamente em auditórios diferentes. Esse é uma das singularidades da Conferência deste ano. Nesta 30º edição, os dois auditórios simultâneos com palestras e painéis permitirão uma abordagem mais ampla dos assuntos e um espaço maior para discussão e compartilhar experiências. “Os dois temas dos Simpósios foram selecionados por serem assuntos atuais e acredito que é necessária uma atualização constante sobre a evolução científica tanto em incubação quanto em saúde intestinal”. O último dia terá um elenco de palestras com temas variados entre eles tifo e paratifo aviário, micotoxinas, modelagem, resistência e antimicrobianos, doenças metabólicas, ambiência e cenário mundial das commodities. Macari ressalta a qualidade técnica dos palestrantes, tanto os nacionais quanto os de renome internacional. “A diversificação da origem dos colegas convidados enriquece a troca de experiência durante os debates. Essa é uma das características da Conferência Facta. Historicamente, o evento oferece suporte para que haja essas discussões com bastante eficácia”, acrescenta. O dirigente frisa que durante a ocasião será lançada a terceira edição do livro “Manejo de incubação” e a reimpressão do título “Produção de frango”. Ambos poderão ser adquiridos com a entidade. Sobre algumas outras ações da Facta, o Presidente
ressalta os cursos que deverão acontecer no ano de 2013. A entidade está organizando edições que discutirão imunologia em setembro e salmoneloses em outubro. Para 2014, está previsto mais um módulo cujo tema será vacinas e vacinações em maio. Nas palavras do presidente, esses cursos são importantes para o setor avícola porque são essenciais para os profissionais se aprimorarem tecnicamente.
Avicultura em debate A Facta está inserindo em seu portal (www.facta. org.br) um ícone no qual se pretende dinamizar os debates sobre a avicultura brasileira e mundial – Avicultura em Debate. Pesquisadores, alunos de pós-graduação, professores, técnicos em avicultura e demais interessados na cadeia de produção avícola nacional poderão encaminhar textos para serem inseridos no portal da FACTA. Dúvidas e questões referentes ao assunto em tela poderão ser feitas através do próprio portal, sendo que as mesmas serão remetidas ao(s) autor(es) para serem respondidas. Assim, a interatividade ocorrerá entre o público leitor e o(s) autor(es). Serão bem vindos, também, dos alunos de pós-graduação o encaminhamento das revisões de literatura que compõem suas teses e dissertações. Esse material é rico em informações e, com certeza, terá grande utilidade no aprimoramento dos técnicos e demais profissionais da área avícola. A FACTA pretende com essa iniciativa contribuir ainda mais com o aprimoramento técnico-científico dos profissionais da cadeia de produção avícola, a fim de manter o Brasil em posição de destaque no cenário internacional.
FACTA está inserindo em seu portal um ícone no qual se pretende dinamizar os debates sobre a avicultura brasileira e mundial
12 Produção Animal | Avicultura
Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br
Produção Animal | Avicultura 13
Notícias
É pra valer Frigoríficos brasileiros agora devem seguir regras quanto à segurança e à produtividade de seus colaboradores. A IN 36, que regulamenta normas de qualidade no trabalho, foi assinada pelo ministro do Trabalho no dia 18 de abril
C
oncluída em dezembro de 2012, a Norma Regulamentadora Nº 36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados, foi assinada no dia 18 de abril de 2013, pelo ministro do Trabalho, Manoel Dias, e tem um prazo de seis meses para entrar em vigor, com exceção para alguns itens, que demandam mais tempo para adequação. No entanto, a classe empresarial, apesar de se mostrar favorável à norma, já teme alguns prejuízos. Um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) indica que as empresas terão que investir R$ 7 bilhões nos próximos dois anos para se adequar à nova norma. A IN 36 traz uma série de regras para adequar a estrutura das plantas de abate e de processamento de carnes e seus derivados. Essas adequações incluem regulamentações sobre o uso de EPI’s, os tipos de EPI’s, os equipamentos que devem estar instalados em cada seção do frigorífico, o tipo do mobiliário, as condições ambientais de trabalho entre outros requisitos. “Os principais objetivos da NR 36 são a adequação dos frigoríficos para proporcionar melhores condições de trabalho e de segurança aos colaboradores e a elevação da qualidade e da segurança dos produtos”, explica Ariel Antonio Mendes, diretor de Produção e Técnico Científico da União Brasileira de Avicultura (Ubabef). De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA Afins), a nova regulamentação vai mudar a realidade de cerca de meio milhão de trabalhadores no setor frigorífico, a partir da adoção de novos critérios que preveem a melhoria das condições de saúde e segurança nas indústrias. No caso do setor avícola, a segurança e a saúde do trabalhador 14 Produção Animal | Avicultura
sempre foram uma preocupação. De acordo com os números da Ubabef, hoje já são cerca de 3,5 milhões de trabalhadores diretos e indiretos na avicultura, sendo que 360 mil estão nas indústrias frigoríficas. O principal ponto de polêmica da NR 36 são os intervalos de descanso no expediente dos trabalhadores de frigoríficos. Pela regra atual, o trabalhador só tem direito a uma hora de intervalo para o almoço. Com a NR, terá direito também a pausas durante o expediente conforme sua jornada de trabalho. Por exemplo: para os que cumprem jornada diária de trabalho de 8h48 minutos, são 60 minutos de pausa. Para a jornada acima de 9h10 minutos, são 70 minutos de descanso e para a jornada de 6h, os intervalos variam de 20 minutos a 60 minutos. Caso a jornada ultrapasse 9h58 minutos, as pausas devem ser de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados. Em todos os casos, as horas de descanso devem ser computadas como efetivamente trabalhadas e está vedado o aumento do ritmo de trabalho para compensar as pausas. Nos frigoríficos avícolas, segundo Ariel Antonio Mendes, da Ubabef, os pontos críticos de lesões dos trabalhadores – e que causam os maiores números de afastamentos e de licenças médicas - concentram-se na etapa da pendura e na etapa da desossa. “Os movimentos repetitivos da pendura podem causar lesões em alguns trabalhadores, assim como a temperatura da sala de cortes, que fica entre 10ºC e 12ºC, pode causar alguns desconfortos”. De uma maneira geral, a NR 36 prevê também algumas adequações físicas para as plantas frigoríficas. Em alguns casos, os frigoríficos terão que investir, também, na construção de salas específicas para atender a determinação das pausas e intervalos dos trabalhadores.
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MAPA define programa de gestão de risco diferenciado
USDA rebaixa projeção para produção
O
s dez maiores produtores mundiais de carne de frango devem registrar, em 2013, aumento de volume em relação a 2012. Mas três deles tendem a apresentar índice de evolução inferior ao previsto apenas seis meses atrás. Entre eles o Brasil, cuja produção pode continuar aquém dos 13 milhões de toneladas (veja tabela).
A
Instrução Normativa nº 10, de 11 de abril de 2013 definiu o programa de gestão de risco diferenciado para estabelecimentos avícolas. O programa era aguardado desde dezembro de 2012, quando a SDA, atendendo a proposições do setor, alterou dispositivos da Instrução Normativa nº 56, de 2007. Acesse, no AviSite, o texto integral da IN nº 10/2013: http://www. avisite.com.br/legislacao/
Conheça os antecedentes da nova IN – que envolve parte significativa da avicultura de postura e entra em vigor dentro de 60 dias: http://www. avisite.com.br/noticias/index. php?codnoticia=13776
CARNE DE FRANGO Tendências dos 10 maiores produtores mundiais 2012 e 2013 - MILHÕES DE TONELADAS VARIAÇÃO
PAÍS PRODUTOR
2012 (prelim.)
2013 (A)
2013 (B)
B/A
B/2012
EUA
16,621
16,341
17,012
4,11%
2,35%
China
13,700
14,100
14,050
-0,35%
2,55%
Brasil
12,645
13,005
12,835
-1,31%
1,50%
UE-27
9,510
9,580
9,550
-0,31%
0,42%
Índia
3,160
3,420
3,420
0,00%
8,23%
México
2,958
2,950
2,975
0,85%
0,57%
Rússia
2,830
2,850
2,950
3,51%
4,24%
Argentina
1,936
2,022
2,022
0,00%
4,44%
Turquia
1,687
1,700
1,700
0,00%
0,77%
Tailândia
1,550
1,450
1,560
7,59%
0,65%
Outros
16,177
16,125
16,536
2,55%
2,22%
TOTAL
82,774
83,543
84,610
1,28%
2,22%
Fonte dos dados básicos: USDA - Elaboração e análises: AVISITE (A) = previsão de outubro de 2012 / (B) = previsão de abril de 2013
Produção Animal | Avicultura 15
Notícias
China: avicultura comercial não foi infectada
S
egundo comunicado das autoridades sanitárias chinesas, nenhuma das amostras coletadas em granjas avícolas apresentou positividade à cepa H7N9 da Influenza Aviária. Detalhado, o comunicado expedido pelo Ministério da Agricultura (MOA, na sigla em inglês) específica que, de 68.060 amostras obtidas em mercados de aves vivas, habitats de aves silvestres e migratórias, granjas comerciais e abatedouros avícolas de todo o país, apenas 46 amostras revelaram positividade ao vírus. Desse total, mais de 95% (ou seja, 44 amostras) eram provenientes de 14 diferentes mercados de aves vivas localizados nas províncias de Jiangsu, Zhejiang e Anhui (leste da China), Henan (China central) e da cidade de Xangai. A OIE também observou que os
casos mundiais de Influenza Aviária decorrentes do subtipo H5N1 se encontram dentro do nível esperado e acrescentou que, com o avançar da Primavera no Hemisfério Norte o número de ocorrências deve decrescer. Acesse, no site da OIE (em inglês), a resposta às diversas questões que vêm sendo levantadas em relação ao H7N9: www.oie.int/en/for-the-media/ press-releases/detail/article/ questions-and-answers-on-influenza-ah7n9/%22
Newcastle é promessa no combate ao câncer
O
vírus da doença de Newcastle, segundo mais temido da avicultura logo depois do vírus da Influenza Aviária, está em vias de, enfim, ter um fim nobre: atuar como agente de combate ao câncer da próstata. Utilizando modernas técnicas de genética inversa, pesquisadores do 16 Produção Animal | Avicultura
VMRCVM (sigla, em inglês, do Colégio Regional de Medicina Veterinária de Virginia-Maryland, EUA) constataram que, geneticamente modificado, o vírus da doença de Newcastle mata todos os tipos de células cancerígenas da próstata, aí inclusas aquelas resistentes aos tratamentos hormonais.
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Notícias/Empresas
Para BRF, Brasil perde competitividade
Aurora devolve esperança a Xaxim, SC
N
o início dos anos 2000, produzir um frango no Brasil custava US$ 0,40, enquanto nos Estados Unidos a mesma ave tinha um custo de US$ 0,70. Uma larga, confortável vantagem. Mas esse trunfo brasileiro foi diminuindo com o passar do tempo e, hoje, a diferença é de apenas cinco centavos: US$ 1,15 por aqui e US$ 1,20 lá. Este foi um dos exemplos levantados por José Antônio Fay, presidente da BRF, para demonstrar como o Brasil perdeu competitividade gradativamente e sustentar sua pregação em defesa de uma urgente redução nos custos de produção do país. Em palestra no seminário Brasil de AMANHÃ, Fay também lembrou o custo para levar aos portos e para embarcar os produtos que o Brasil exporta. E fez questão de deixar claro que os salários devem subir, mas desde que acompanhados, na mesma proporção, por ganhos de produtividade. Confira, a seguir, as principais ideias expostas por Fay. Leia mais sobre logística em extensa reportagem publicada a partir da página 20.
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A
Coopercentral Aurora Alimentos deu início, no fim de abril, aos abates no Frigorífico de Xaxim. Serão abatidos 60.000 frangos por dia, crescendo até atingir, em dezembro, a capacidade máxima instalada de 238.000 cabeças/dia. A cooperativa retomará a contratação de funcionários a partir de julho, até atingir o número aproximado de 2.200. A unidade foi arrendada em dezembro pela Aurora. A fábrica pertencia à massa falida da Chapecó Companhia Industrial de Alimentos e estava arrendada anteriormente para o frigorífico Diplomata, que entrou em recuperação judicial no início de agosto. A Aurora investirá R$ 60 milhões neste semestre para recolocar em pleno funcionamento a unidade industrial.
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performance beyond phytase Produção Animal | Avicultura 19
Logística
Se não melhorar, vai parar Nossa deficitária logística não condiz com a posição que a avicultura ocupa no ranking mundial. Se não fossem as dificuldades na infra-estrutura, os resultados, em volume e receita, poderiam ser melhores
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ssa história começa na década de 50 quando Juscelino Kubitschek acreditou que se podia avançar meio século em cinco. Para isso ampliou os incentivos concedidos à indústria automobilística – que ele vislumbrava como o motor do desenvolvimento do Brasil. Essa política foi bem sucedida na época e em conseqüência o transporte rodoviário de cargas e passageiros permanecem preponderantes no País até os dias de hoje. Segundo dados do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), 65,5% da matriz de transportes do Brasil estão concentrados em rodovias. Nos EUA – país com dimensão territorial comparável à nossa – esta modalidade de transporte corresponde a 28,7% do total (veja gráfico na página ao lado). Em suma, se fosse aplicada a proporção da matriz de transportes americana em território brasileiro, com os custos nacionais atuais, a redução nos gastos com transporte seria de R$ 90 bilhões – o que equivale a 2% do PIB brasileiro. Estamos perdendo dinheiro. O levantamento “Competitividade Brasil”, realizado pela CNI, mostra que entre África do Sul, Argentina, Austrália, Canadá,
Chile, China, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, Índia, México, Polônia e Rússia, o Brasil só ganha da Argentina. Está no grupo de países menos competitivos em seis dos oito fatores condicionantes, segundo a CNI, sendo eles: Disponibilidade e custo de mão de obra; disponibilidade e custo de capital; infra-estrutura e logística; carga tributária; ambiente macroeconômico; ambiente microeconômico; nível educacional da população e tecnologia e inovação. A infra-estrutura é um setor determinante para aumentar o lucro e a competitividade de todos os setores do Brasil. Todos. Mas quem sofre mais com isso é a agropecuária. No alto do ranking brasileiro dos principais usuários dos serviços de logística, o agronegócio destina 13% de sua receita líquida para este fim sendo que mais de 60% desta parcela é destinada apenas para os custos de transportes. “Não podemos ter uma infra-estrutura concentrada no transporte rodoviário num país continental como o Brasil. Como é que vamos concorrer com a Argentina, por exemplo, onde as distâncias até os portos, em geral, não passam de 300 quilômetros?” questiona Alfredo Lang, Dire-
Crédito: Jonathan Campos/Gazeta do Povo
No sentido horário: Embarque de cargas frigorificadas no porto de Paranaguá, Embarque de grãos em contêiner, Trem da Ferroeste e Terminal ferroviário de embarque de grãos em Itiquira (MT)
Crédito: Jonathan Campos/Gazeta do Povo Produção Animal | Avicultura 21
Logística
tor Presidente da Cotriguaçu Cooperativa Central, localizada em Cascavel, PR. “Você não pode ficar enfrentando filas nos portos e atraso nos embarques, colocando em risco os contratos já assumidos. Mas é o que está acontecendo atualmente. A China está cancelando compras do Brasil em função desses problemas”. No Sul, onde estão concentrados os maiores frigoríficos avícolas do País, o modal rodoviário apresenta estradas esburacadas com péssimos sistemas de apoio
Programa de Investimentos em Logística prevê aplicação de R$ 91 bilhões para dez mil quilômetros de ferrovias e R$ 42 bilhões para 7,5 mil quilômetros de rodovias
aos motoristas e pedágios caros. No Paraná, a conservação das vias é crítica, nas palavras de Augustinho Exteckoetter, Gerente de Logística da Copacol, sediada em Cafelândia, PR. “Existem muitas dificuldades no percurso. A péssima conservação da estrada oferece riscos aos motoristas e aumenta a manutenção dos caminhões. Esses fatores influem sobre o preço dos fretes”. Esse valor adicional é oneroso para a avicultura brasileira. Está embutido nas duas pontas da cadeia produtiva. Tanto no começo, no transporte das matérias-primas para as indústrias, quanto no final, no caminho dos produtos até os portos para a exportação. Atualmente, devido à imensa quantidade de caminhões, os motoristas passam mais tempo ao volante. Quanto mais tempo, mais caro fica. Parte do aumento se justifica pela implantação, no ano passado, da Lei 12.619, que obriga os caminhoneiros a descansarem meia hora a cada quatro horas ao volante e 11 horas ininterruptas entre dois dias de trabalho. Com esse panorama, a soja brasileira perde competitividade em relação com a de outros países vizinhos. O mesmo acontece com o milho. Ricardo Paetzold, Gerente Corporativo de Logística da Globoaves, conta que há um ano, no auge da crise dos insumos, a companhia optou por comprar milho do Paraguai. “Mesmo com os trâmites legais da importação ficava mais barato comprar do nosso vizinho. Imagine uma coisa dessas”, desabafa. No cenário nacional, 60% dos grãos são transportados por rodovias.
Escoamento da produção Com a carreira profissional iniciada na companhia paranaense, com sede em Cascavel, PR, Ricardo faz um raio x do transporte da produção de frango até os portos para a exportação: “As rodovias são simples, lotadas e defasadas. E perigosas. Principalmente a BR 277, que corta o estado verticalmente. Pela falta de segurança e pelos altos preços de pedágio cobrados pelas concessionárias, o custo do transporte aumenta em comparação a outros meios”. Domingos Martins, Presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) chama a atenção: a BR-376, conhecida como a Rodovia do Café, localizada no trecho de Apucarana a Ponta Grossa, precisa ser duplicada com urgência. “Alguns trechos já são duplos, mas precisamos de obras em toda a extensão da via”, frisa. Em Santa Catarina, a situação é semelhante ao PR. O sistema rodoviário estadual e federal é formado por vias em péssimo estado de conservação. No grande oeste catarinense, onde se concentra a produção de aves, as rodovias estão destroçadas. O pavimento está 22 Produção Animal | Avicultura
Precisamos de estradas duplas e triplas que cortem o Brasil verticalmente e horizontalmente
rompido, o acostamento sumiu e a pista de rolamento está repleta de crateras. A SC-283 e a SC-BR-480 são exemplos desse dilema. Os custos do transporte rodoviário chegam a crescer 40% em razão dessa deficiência logística. José Eduardo dos Santos, Secretário Executivo da Associação Gaúcha de Avicultura desenha o panorama referente ao Rio Grande do Sul. Para ele, nas rodovias onde existe a concessão de pedágios para iniciativa privada, as estradas contam com boa manutenção. Mas a opção férrea é deficitária, precária e abastece somente a região Norte do Estado.
Ferrovias O crescimento constante de cargas e a busca por um transporte mais barato e eficiente incentiva os investimentos em ferrovias. Mas, atualmente, o sistema férreo conta com várias limitações. Irineo da Costa Rodrigues, Diretor Presidente da Cooperativa Agroindustrial Lar, localizada em Medianeira, PR, conta que um contêiner leva em média 1,5 dias para chegar ao porto por caminhão partindo da sede da cooperativa. De trem, leva em torno de sete dias. A diferença de tempo é decorrente da qualidade da ferrovia, a disponibilidade do trecho de Guarapuava até Paranaguá (onde fica o porto), que não permite melhor desempenho em termos de velocidade - alguns trechos precisam ser percorridos a 16 Km/h - e também, a falta de
locomotivas e vagões. O dirigente comenta que 23% da produção da cooperativa é escoada pela via férrea. Essa porcentagem condiz com os dados de âmbito nacional. Menos de 1/3 do que é enviado para Paranaguá segue via trens. No caso dos grãos, apenas 35% da safra paranaense é transportada por ferrovias. O maior nó logístico brasileiro é a quase total ausência de integração de modais de transporte. Uma medida paliativa seria a construção de terminais adequada para fazer o transbordo entre dois modais, por exemplo. Integrar ferrovias, rodovias e hidrovias pode diminuir os custos logísticos do País e o tempo de entrega. Edemir Trevizoli Junior, Gerente de exportações da GT Foods comenta que para escoar os produtos destinados à exportação, a empresa utiliza vários modais: Rodoviário da planta produtora ao porto (a companhia possui quatro plantas industriais de abate em Maringá, Terra Boa, Paraíso do Norte e Paranavaí) e também o multimodal, que é a utilização de rodoviário da planta até a pátio ferroviário de Cambé, PR, onde os containeres são embarcados via ferroviário com destino ao porto de Paranaguá. “A ferrovia está sendo utilizada por nós, sendo que cerca de 60% das cargas destinadas ao porto de Paranaguá vão via este modal”, atesta. Quando se usa a via rodoviária, o container demora aproximadamente 15 horas para chegar ao Porto de Paranaguá. Já quando é utilizado transporte multimodal (rodovi-
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Logística
ário + ferroviário) o container chega a quatro dias. “Com certeza, se tivéssemos uma malha rodoviária e ferroviária melhor, os prazos certamente seriam menores”. E os preços idem. Alfredo Lang, da Contriguaçu, calcula que o frete de transporte rodoviário de um contêiner no percurso de Cascavel a Paranagu gira em torno de R$ 3.000,00, enquanto que no transporte ferroviário poderia custas 30% menos. Apesar de possuir quatro grandes portos operacionais (Itajaí, S. Francisco, Itapoá e Ibituba), Santa Catarina não possui uma linha férrea. “Seria uma grande saída”, comenta o Diretor Executivo da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), Ricardo Gouvêa. “Um terço dos grãos consumidos pelo grande parque agroindustrial catarinense vem do Brasil Central. São mais de 2.000.000 toneladas adquiridas em Mato Grosso do Sul, distante 2.000 km, e transportadas em mais de 50.000 viagens de carretas. O custo desse
transporte representa a metade do preço final de milho e soja que chega ao oeste catarinense”, conta.
Investimentos Mudança de mentalidade. É nesse conceito que Álvaro Wolcitechoski, da Secretaria de Estado de Infra-estrutura e Logística do RS acredita para que haja melhorias no cenário logístico nacional. “Precisamos cobrar novos processos de concessão do governo”, declara. Nos últimos meses, o Governo Federal anunciou o maior programa de concessões da área de transportes, que promete investir mais de R$ 200 bilhões ao longo das próximas três décadas. Calcula-se que o tempo que o Brasil ficou paralisado, em termos de investimentos, gerou um déficit na área de infraestrutura entre R$ 400 bilhões e R$ 500 bilhões. “Precisamos esboçar um cenário viável levando em consideração nossos custos e o Governo tem que se movi-
Crédito: Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Melhorar as condições das rodovias seria uma alternativa mais rápida e menos onerosa, já que a construção e ampliação de ferrovias demandam mais tempo e mais dinheiro
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Principais gargalos PARANÁ BR-376, conhecida como a Rodovia do Café, localizada no trecho de Apucarana a Ponta Grossa, precisa ser duplicada com urgência. Alguns trechos já são duplos, mas precisa-se de obras em toda a extensão da via.
Trecho entre Iporã e Umuarama, no PR. Mais obras, como esta, de implantação dos acostamentos, são necessárias mentar nesse sentido. A iniciativa privada é um parceiro. Para dar uma continuidade ao processo precisamos transcender as classes e transcender os partidos políticos”, sentencia. Para o RS, Wolcitechoski acredita que o plano de médio e longo prazo é a federalização da rodovia BR 101, que ainda está sob concessão estadual. Outra solução é a extensão da Ferrovia Norte Sul – que, hoje, liga Belém, no Pará, a Panorama, em São Paulo – com o intuito de cortar o Cone Sul e terminar na capital gaúcha. Wolcitechoski frisa que é preciso contar com a ajuda do setor privado. Em agosto do ano passado, a presidente Dilma anunciou o Programa de Investimentos em Logística (PIL) com o objetivo de aumentar a escala dos investimentos públicos e privado em infra-estrutura de transporte. Para especialistas da área de logística, a mensagem que o governo passa à sociedade ao chamar a iniciativa privada a participar de grandes projetos de infra-estrutura representa uma quebra de paradigmas. As autoridades estão admitindo que o orçamento da União não é su-
ficiente para financiar as obras com vistas para reduzir os gargalos de logística. O programa prevê a aplicação de R$ 133 bilhões, dos quais R$ 91 bilhões são destinados para dez mil quilômetros de ferrovias e R$ 42 bilhões para 7,5 mil quilômetros de rodovias. Para Henrique Gasperoni, Diretor de Marketing do Instituto Brasileiro de Supply Chain, o investimento público não vai dar conta do recado. “Tratando-se de logística, não tem como ser otimista, mesmo com esses números do Governo. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi lançado há dez anos e vimos poucas melhorias. Não tem como ficar otimista agora. O Brasil está há 30 anos parado”. Como algumas ações pontuais, cita a necessidade da mobilização dos setores e da população. Para ele, é preciso cobrar o Governo. “Afinal de contas, pagamos impostos”. Mas ele acredita que a entrada da iniciativa privada pode melhorar o déficit e cita um exemplo: “Veja as estradas de São Paulo, que figuram entre as dez melhores estradas do País. Um contraponto é o pedágio. Mas, apesar disso, funcio-
SANTA CATARINA No grande oeste catarinense as rodovias estão destroçadas. O pavimento está rompido, o acostamento sumiu e a pista de rolamento está repleta de crateras. A SC-283 e a SC BR-480 são exemplos desse dilema. Santa Catarina não possui uma linha férrea. RIO GRANDE DO SUL Conta com linha férrea deficitária que atende somente o Norte do Estado. Uma solução para o escoamento de grãos é a extensão da Ferrovia Norte Sul – que, hoje, liga Belém, no Pará, a Panorama, em São Paulo.
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Logística
Para enviar um contêiner de carne de frango via rodoviária de Cascavel para Paranaguá (as cidades distam 600km) a Cotriguaçu gasta US$ 1.200, o equivalente a US$ 2,50/km. Do porto paranaense para o porto holandês localizado na cidade de Roterdã (distante 10.000km) o valor chega a ser US$0,31/km
nam”. Para o dirigente, melhorar as condições das rodovias seria uma alternativa mais rápida e menos onerosa, já que a construção e a ampliação de ferrovias demandam mais tempo e mais dinheiro.
Parcerias público privadas Para Ricardo Gouvêa, da Acav, apenas uma parceria público privada (PPP) pode viabilizar a construção de duas ferrovias que mudariam a competitividade do Estado de Santa Catarina e da região Sul em geral. A primeira seria a chamada Norte-Sul, apelidada de Ferrovia do Milho. Em obras desde 1987, o principal projeto ferroviário do País ainda é um esboço do que deveria ser. A conclusão da parte Sul do traçado, que ligaria SC ao MS, é essencial para ajudar no escoamento de milho. Um montante de R$ 4,2 bilhões dos cofres públicos foi depositado na estatal Valec que prometia entregar o projeto concluído até outubro de 2010. Até hoje nenhum trem passou pelo trecho. A previsão atual de entrega é dezembro desse ano e os custos dos erros cometidos e das obras remanescentes giram em torno de R$ 430 milhões. Enquanto essa reportagem era redigida, a compra dos trilhos ainda não tinha data para sair e a Valec pediu emprestado mil toneladas de trilhos para a Ferrovia Transnordestina. O negócio ainda não foi selado, mas só depende de uma sinalização do governo para que se concretize. O empréstimo não resolve a vida da Valec - que
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precisa comprar 243 mil toneladas de trilhos - mas ajuda a aliviar a tensão sobre os cronogramas da Ferrovia Norte-Sul, com obras entre os Estados de Goiás e São Paulo. A segunda ferrovia seria a Leste-Oeste, também conhecida como Ferrovia do Frango, que cortará Santa Catarina, ligando o oeste com o litoral barriga-verde. O projeto será elaborado pela mesma Valec e o traçado da ferrovia será definido pelos estudos técnicos que consubstanciarão o projeto, mas a princípio ligará Chapecó ao porto de Itajaí. O edital para a contratação da empresa que vai fazer o projeto foi divulgado no dia 06 de maio. O prazo para a entrega do projeto será de oito meses. Já para o início efetivo das obras, o Governo Estadual já assinalou: com todos os trâmites legais, como as licenças ambientais, a previsão é que o projeto comece no final de 2014. Todas as ferrovias que serão concedidas para a iniciativa privada passarão por processo semelhante. Irineo da Costa Rodrigues, da Lar, espera ansiosamente a expansão da Ferroeste (ligando Cascavel, PR a Maracaju, no MS). “A ferrovia certamente melhoraria nossos custos logísticos e facilitaria de sobremaneira o transporte de grãos do MS para nossas indústrias aqui da região”, conta. A Lar possui negócios de grãos e insumos no Sul do MT e para a cooperativa haverá ganhos para todos os setores se esse trecho fosse concluído. “Além da redução dos custos logísticos, também aliviaria o grande volume de caminhões nas estradas, tornando mais barata a manutenção das mesmas e proporcionando maior segurança a quem viaja por estas vias. Enfim, melhoraria em muito a logística do País”, atesta. A adequação de trechos da Ferroeste entre Maracaju (MS), Cascavel (PR) e Mafra (SC) faz parte do segundo grupo de concessões de ferrovias para a iniciativa privada, cuja a licitação está prevista para junho e o contrato deve ser assinado em setembro de 2013. Recentemente, a ainda estatal Ferroeste fechou um acordo operacional com a América Latina Logística (ALL), para amenizar o gargalo no ponto de conexão entre as linhas das duas empresas, em Guarapuava, PR, w aumentar a produtividade da malha. O acordo ainda define o tráfego de composições diretamente de Cascavel a Ponta Grossa, permitindo um melhor escoamento da soja do Oeste do estado para a região paranaense dos Campos Gerais, onde estão localizadas processadoras do grão. Como não dá para ficar esperando de braços cruzados, no Paraná, por exemplo, algumas ações foram tomadas para que a avicultura continue crescendo. Domingos Martins, que também ocupa o cargo de Presidente da Unifrango, holding que congrega 17 empre-
sas avícolas, fala sobre o Centro de Armazenagem e Distribuição. Uma iniciativa com capacidade inicial de 8,4 mil toneladas de produtos congelados, chegando a 25 mil toneladas com a finalização das três etapas do projeto, que está em andamento. “O CDA da Unifrango está localizado em Apucarana, no Norte do PR, e é uma tentativa de resolver o problema logístico e de estocagem que enfrentamos”, afirma. A Cotriguaçu Cooperativa Central, controlada pelas cooperativas paranaenses Coopavel, C. Vale, Copacol e Lar, inaugurou em meados de março, em Cascavel, a primeira fase de um projeto de logística que contempla recepção, armazenagem e transporte de cargas frigorificadas e contêineres por ferrovia. “Estamos fazendo a nossa parte”, declara o Presidente da Cotriguaçu, Alfredo Lang. “Temos um terminal portuário em Paranaguá com capacidade estática para 210 mil toneladas de grãos. Recentemente, fizemos uma PPP com o governo do Paraná, que concedeu o terreno da Ferroeste e nós construímos o terminal e uma câmara frigorífica para 10 mil tone-
ladas e vamos construir outra também de 10 mil toneladas”. Além disso, a cooperativa está avançando para construir um armazém para 120 mil toneladas de grãos, com previsão de construção de outros dois do mesmo tamanho. O montante total previsto é de R$ 200 milhões. “É um investimento que beneficia os produtores e o país, já que vai nos dar mais competitividade para exportar”, conta Lang, que continua: “Com a instalação da câmara frigorífica, estaremos prestando serviços de armazenagem de produtos congelados das cooperativas e frigoríficos da região. No pátio de contêineres, com equipamentos de última geração, estaremos realizando a intermodalidade, passando de transporte rodoviário para o ferroviário”. As cooperativas vão reduzir os custos com transporte e poderão contar com uma estrutura que garanta condições para armazenar produtos ecumprir os prazos de entrega previstos nos contratos. “Em conseqüência, vamos conseguir maior rentabilidade e poderemos repassar esse ganho aos nossos associados”.
Na rodovia PR 486, estão sendo feitos as alças de acesso da nova trincheira do Trevo do Cedro, em Perobal Produção Animal | Avicultura 27
Logística
É preciso incentivar as parcerias público privadas. Terminal de cargas recém inaugurado pela Cotriguaçu é exemplo bem sucedido
Portos “Estamos dependendo de rodas”, desabafa José Perboyre, Diretor Financeiro Administrativo da Ubabef. Para ele, o problema de logística está longe de ser uma novidade. E é um entrave que não pode esperar mais para ser solucionado. Em sua opinião, o governo está completamente ciente da situação. “Inclusive porque em 2011 entregamos nas mãos das autoridades uma lista de necessidades logísticas que precisam ser melhoradas, como os acessos ferroviários e o aumento do calado dos portos, além de mais unidades portuárias espalhadas pelo País”. Outro agravante é que no caso do Brasil os portos são antigos e o calado de água, a profundidade mínima necessária para a embarcação flutuar sem perigo de encalhe, raso. Com os navios cada vez maiores o que acontece é que as embarcações simplesmente não conseguem atracar. Muitas vezes os navios precisam ser redirecionados para outros portos nos países vizinhos, como no Urugua,i e depois a carga é transportada por terra de volta para o Brasil. Além disso, as filas não param de aumentar. Rodrigo Demori, Gerente Corporativo de Logística da GT Foods, explica que a infraestrutura deficitária dos portos prejudica muito as operações da agroindústria além da burocracia da Receita Federal e Ministério da Agricultura. “Os processos de liberação das cargas são demasiadamente lentos. Com constância temos cargas que não são liberadas a tempo pelos órgãos e os mesmos justificam com falta de contingen28 Produção Animal | Avicultura
te. Sempre quem paga esta conta é o exportador, chegando ao ponto de perdermos competitividade com nossos concorrentes mundiais por causa dos altos custos que a burocracia nos gera”. No entanto, altos investimentos demoram. Para Perboyre, existem medidas que podem ser aplicadas agora e que podem ajudar a mudar as configurações atuais. “Poderíamos criar um novo porto com o que já temos. Um porto menos burocratizado operando em um período diário maior. Santos fica aberto apenas no horário comercial. Sabem quantas horas o porto de Xangai funciona? Todas. Ele não fecha. Precisamos reavaliar as estruturas atuais para desburocratizar o processo. Não podemos ficar parados. Tem algumas ações que podem ser feitas já e os resultados serem colhidos agora”. Parece que o Governo ouviu a entrevista com Perboyre. Enquanto essa reportagem estava sendo redigida, a Secretaria de Portos instituiu o Programa Porto 24h em Santos, Rio de Janeiro e Vitória. O projeto presume a integração eletrônica entre as equipes de fiscalização, que passam a atuar nos sete dias da semana e 24 horas por dia para a liberação de cargas, embarcações e veículos nos portos. A medida será estendida no dia 06 de maio para os portos de Suape, Paranaguá, Rio Grande, Itajaí e Fortaleza. Todos os entrevistados para essa reportagem foram unânimes ao afirmar que é preciso investir em todos os modais de transporte e também na interação entre eles. “Precisamos de estradas duplas, tri-
Enquanto essa reportagem era redigida, a Secretaria de Portos instituiu o Programa Porto 24h em Santos, Rio de Janeiro e Vitória
plas que cortem o Brasil verticalmente e horizontalmente. Precisamos de linhas férreas duplas para que dois trens possam utilizar a mesma estrutura. Sem esse investimento o Brasil vai travar em cinco anos”, afirma pragmático, Ricardo da Globoaves. Não podemos arriscar a posição que conquistamos no espaço internacional. Segundo a Cotriguaçu, atualmente, para mandar um contêiner de carne de frango via rodoviária de Cascavel para Paranaguá (as cidades distam 600km) a empresa gasta US$ 1.200, equivalente a US$ 2,50/km. Do porto paranaense para o porto holandês localizado na cidade de Roterdã (distante 10.000km) o valor chega a ser US$0,31/km. Outro exemplo: para enviar uma tonelada de soja de Sorriso, MT, a Paranaguá,PR,
a cooperativa gasta US$ 147,00 por tonelada para 2.500 quilômetros. Para mandar um navio de Paranaguá à China se gasta US$ 45,0 por tonelada para percorrer 17 mil quilômetros. “Ou seja: gastamos mais internamente com transporte do que para fazer nossos produtos chegar a outros países. Precisamos melhorar nossa logística se quisermos manter nossos clientes ou até mesmo ampliar nossas vendas”, sentencia Lang. E vamos. Apenas nos dez dias que essa reportagem foi redigida, várias ações ocorreram com o intuito de para melhorar a logística. E outras estão previstas para acontecerem até o final de maio. Os passos estão sendo dados mais lentamente do que deveriam e com atraso. No entanto, o importante é que estamos caminhando.
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Diagnósticos
Diagnósticos para avicultura Cada vez mais a tecnologia auxilia a produção avícola na identificação e no diagnóstico mais rápido de exames laboratoriais. Hoje, o setor conta com técnicas como a biologia molecular, mais sensível e com melhor especificidade. Porém, para garantir eficiência e rapidez nos resultados, a qualidade das amostras e a cautela na execução das análises são primordiais.
T
estes de sorologia, bacteriologia e virologia. Estes são alguns dos exames realizados para detectar e diagnosticar patógenos causadores das mais diversas enfermidades que acometem a produção avícola. E, graças a estes exames, é possível monitorar, controlar e manter o plantel saudável ou, então, com o diagnóstico preciso, entrar com as medidas sanitárias cabíveis. Hoje, as técnicas laboratoriais para a avicultura estão mais avançadas. O que antes era aplicado apenas para a medicina humana, agora também é aplicado nos testes e exames veterinários. Como é o caso da biologia molecular, que analisa a estrutura e a função do material genético e também das proteínas das amostras colhidas. “As metodologias moleculares não são as mais recentes, mas são as mais avançadas para os exames laboratoriais veterinários”, diz Márcio Botrel, diretor Técnico do Laudo Laboratório Avícola. “O seu diferencial é que somam extrema sensibilidade com extrema especificidade. Apesar disto, não são infalíveis e os seus resultados devem ser associados com os de outras metodologias e analisados com cautela”. De acordo com a veterinária Nair Massako Katayama Ito, do Laboratório Spave, as técnicas laboratoriais devem ser aplicadas e continuamente
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modificadas, ou adaptadas, às necessidades do mercado e aos problemas que ocorrem no campo. “É importante ter um método rápido de diagnóstico para adotar medidas especiais de biosseguridade ou quarentena, mas isto não significa que seja seguro. Todo exame rápido tem risco para erro de diagnóstico e tomada de decisões precipitadas. É importante diferenciar prestador de serviços laboratoriais de laboratório de diagnóstico para responder se o setor está evoluindo”, avalia. Mas como determinar o que é um exame de resultado rápido e preciso? Atualmente, os exames moleculares realizados na produção avícola revelam os resultados entre 24 e 48 horas. O que pode ser crucial para a resolução de possíveis medidas emergenciais. “Muitas vezes, o problema não está ligado à tecnologia aplicada para o diagnóstico, que pode ser a mais sofisticada do mercado, e sim a outros fatores como a escolha dos testes e amostragem corretos para cada situação, qualidade das amostras e da execução do testes e correta interpretação dos resultados”, alerta Botrel, do Laudo. A evolução dos diagnósticos laboratoriais na avicultura no Brasil é um processo contínuo, porém limitado. “Infelizmente, não desenvolvemos novas tecnologias.
Biologia molecular analisa a estrutura e a função do material genético e também das proteínas
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Diagnósticos
Metodologias moleculares não são as mais recentes, mas são as mais avançadas para os exames laboratoriais veterinários
Importamos as técnicas de diagnóstico de ponta de países da Europa e dos Estados Unidos”, comenta Alberto Back, diretor Técnico do Mercolab. Segundo ele, o seu laboratório trouxe da Holanda uma nova tecnologia para diagnósticos avícolas. “Esta é uma novidade de ponta para o setor laboratorial”, revela. A tecnologia DNAble, um novo teste molecular, já é oferecido pelo Mercolab, primeiramente, para a identificação de salmonellas. “A tecnologia DNAble permite resultados mais rápidos, em 12 horas. E é essa rapidez a sua maior diferenciação dos outros métodos hoje aplicados”. Back diz que, em breve, a tecnologia DNAble será aplicada também para testes em micoplasmas e outros patógenos.
Tecnologia pública Quando se fala em estrutura dos laboratórios de diagnóstico veterinário no Brasil logo se imaginam duas categorias: a pública e a privada. E nestas duas categorias existem os chamados oficiais, de referência, do Ministério da Agricultura, Pecu32 Produção Animal | Avicultura
ária e Abastecimento (Mapa), que estão aptos a realizar o diagnóstico das enfermidades listadas pelo governo. Na avicultura, no âmbito público, está o Laboratório Nacional Agropecuário em São Paulo (Lanagro-SP). O Lanagro segue o Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) e em sua Unidade de Sanidade Aviária, situada em Campinas, SP, realiza rotineiramente o diagnóstico das salmoneloses e micoplasmoses aviárias, assim como da doença de Newcastle (DNC), da influenza aviária (IA) e da laringotraqueíte infecciosa das aves (LTI), a fim de dar suporte laboratorial às ações da Defesa Sanitária Animal. “Algumas das metodologias empregadas hoje pelo Mapa para o diagnóstico das enfermidades aviárias de controle oficial garantem a detecção rápida, sensível e específica dos micro-organismos”, descreve Dilmara Reischak, fiscal Federal Agropecuário, médica veterinária responsável pela Unidade de Sanidade Aviária do Lanagro. “Para a implantação destas técnicas, o governo federal vem investindo recursos tanto para a aquisição de equipamentos e insumos, como para o treinamen-
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Diagnósticos
Na avicultura, são realizados, rotineiramente, o diagnóstico das salmoneloses e micoplasmoses aviárias, Doença de Newcastle (DNC), Influenza Aviária (IA) e da Laringotraqueíte Infecciosa das Aves (LTI)
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to do pessoal em centros internacionais de referência e melhoria da infraestrutura dos laboratórios”. Conforme explica Dilmara, o Lanagro utiliza atualmente técnicas de biologia molecular para o diagnóstico das enfermidades aviárias contempladas no PNSA. “Hoje, para o diagnóstico de triagem da DNC e da IA, por exemplo, é realizada a prova de PCR (reação em cadeia da polimerase) em tempo real, que permite detectar a presença do ácido nucléico viral em amostras de campo em 24-48 horas após a chegada do material no Lanagro”, explica. “Antes da implantação desta metodologia, o Lanagro levava de duas a três semanas para informar ao Serviço Veterinário Oficial um resultado preliminar, pois dependíamos única e exclusivamente das provas convencionais de detecção viral. Além disso, as provas moleculares utilizadas hoje permitem também que o Lanagro possa informar rapidamente ao Serviço Veterinário Oficial se um vírus da DNC detectado em território nacional é virulento ou não. Da mesma forma, por sequenciamento genético, pode-se relatar se um vírus de IA isolado no País é de alta ou baixa patogenicidade em aproximadamente 72 horas, sem precisar esperar pela conclusão dos testes de patogenicidade in vivo que tardam 10 dias”. De acordo com ela, o diagnóstico das salmoneloses aviárias no Lanagro também conta com ferramentas auxiliares de biologia molecular. “Apesar da rotina da área de Bacteriologia da Unidade de Sanidade Aviária ainda ter como base as técnicas convencionais de isolamento e identificação bacteriana, o laboratório possui implantada, na Unidade de Microbiologia de Alimentos, a metodologia de ribotipagem automatizada, que permite a identificação das salmonelas em gênero, espécie e sorovar, bem como a caracterização do perfil genético do micro-organismo”. Dilmara explica que o emprego desta tecnologia dá suporte ao Plano de Redução de Patógenos do Ministério da Agricultura e também ao PNSA. “O Lanagro utiliza também a técnica de PCR para o diagnóstico das micoplasmoses aviárias, principalmente Mycoplasma gallisepticum (MG) e Mycoplasma synoviae (MS), e da laringotraqueíte infecciosa das aves.” Apesar de todas as vantagens das técnicas moleculares empregadas, dentre as quais a profissional destaca a rapidez, sensibilidade e especificidade, ela salienta que essas técnicas não são capazes de substituir integralmente as provas convencionais de diagnóstico bacteriológico e virológico. “Todas as provas empregadas, sejam elas moleculares ou tradicionais, têm sua importância neste grande ‘quebra-cabeça’ que é o diagnóstico laboratorial e nenhuma destas ferramentas pode ser desmerecida”, alerta.
Produção Animal | Avicultura 35
Diagnósticos
Opinião do mercado Veja a aqui a opinião dos profissionais dos principais laboratórios privados de diagnóstico avícola do Brasil sobre a evolução, serviços e estrutura deste setor. Apenas destacamos aqui as empresas que foram contatadas pela Revista do AviSite e que reponderam à Redação dentro do prazo estipulado.
Alberto Back
Lindolfo Rocha
Diretor Técnico do Mercolab, Cascavel, PR Tecnologias “As tecnologias voltadas à biologia molecular, sem dúvida, foram um grande avanço para o setor. Hoje, já temos tecnologias mais recentes como a DNAble, introduzida no Brasil pelo Mercolab, que permite maior rapidez para o resultado dos exames, de 12 a 24 horas”. Dificuldades do setor “Eu diria que a maior dificuldade do setor no Brasil é a estrutura laboratorial hoje existente. Nós temos laboratórios com capacidade para manter a saúde do plantel avícola, mas não para desenvolver tecnologias mais modernas, eficientes e ágeis. Há pouco investimento, por parte do governo, em melhorias da estrutura laboratorial, de uma forma geral”. Serviços “O Mercolab oferece uma série de serviços de diagnósticos e de capacitação de profissionais. Fazemos isolamentos bacterianos, isolamentos fúngicos, sorologia, processos sorológicos Elisa SAR e HIG, PCR, detecção de toxinas, histopatologia, sorotipificação de salmonellas em grande escala e variedade, análises bromatológicas, serviços de consultoria para diagnósticos, cursos de interpretação de resultados de laboratório entre outros”.
Linha de Diagnóstico, Abase, Jaguariúna, SP Tecnologias “A Abase atende ao mercado nacional através da distribuição dos kits IDEXX para diagnóstico e monitorias das principais enfermidades de aves. As técnicas laboratoriais, desde que interpretadas levando-se em consideração o histórico da granja e uma anamnese bem feita (para casos clínicos), são bastante seguras e servem como suporte para uma tomada de decisão rápida e confiável. Algumas técnicas podem ser concluídas em menos de duas horas”. Dificuldades do setor “Uma grande dificuldade é convencer os produtores quanto à importância de se realizar monitorias periódicas dos plantéis, sejam eles de reprodutoras, corte ou poedeiras. O objetivo das monitorias é aprimorar o manejo sanitário da granja ou região, conhecendo previamente os desafios que podem ser caracterizados como possíveis fontes de problemas e perda financeira”. Serviços “A Abase oferece aos clientes suporte técnico qualificado, tanto para a realização da técnica laboratorial quanto para a interpretação dos resultados, utilizando o software XChek, fornecido pela Idexx”.
Márcio Botrel Nair Massako Katayama Ito Laboratório Spave, São Paulo, SP Tecnologias “A mais recente tecnologia de ponta para diagnósticos avícolas são as baseadas em engenharia genética, por exemplo PCR. Mas, mas muitos deles, utilizados para detecção de micro-organismos, são genéricos e não permitem diferenciar patógenos virulentos dos não virulentos. O nosso diferencial é utilizar ferramentas de diagnóstico que permitam correlacionar um resultado microbiológico ou sorológico com o que ocorre dentro da ave para encontrar respostas que levem à solução do problema de sanidade”. Dificuldades do setor “As técnicas laboratoriais devem ser aplicadas e continuamente modificadas, ou adaptadas, às necessidades do mercado, dos problemas que ocorrem no campo. É importante ter um método rápido de diagnóstico para adotar medidas especiais de biosseguridade ou quarentena, mas isto não significa que seja seguro. Todo exame rápido tem risco para erro de diagnóstico e tomada de decisões precipitadas. É importante diferenciar prestador de serviços laboratoriais de laboratório de diagnóstico para responder se o setor está evoluindo. Em termos gerais, houve pouca evolução nestes dois setores”. Serviços “O Spave está credenciado para monitoria oficial para toda cadeia produtiva, micoplasma e salmonella e, à parte, prestamos serviços de consultoria, assessoria em projetos, treinamentos técnicos e laboratoriais anatomopatológico, sorológicos e bacteriológicos. Atuamos nas áreas de biosseguridade geral e sanidade de reprodutoras, incubação/pintinhos, frangos de corte e galinhas de postura”. 36 Produção Animal | Avicultura
Diretor Técnico do Laudo Laboratório Avícola, Uberlândia, MG Tecnologias “Com certeza, apesar de não serem tão recentes, as metodologias moleculares são as mais avançadas no momento”. Dificuldades do setor “A subutilização dos serviços laboratoriais, em parte, devido à subvalorização da área de sanidade animal e também à percepção, por parte dos usuários, de que o serviço laboratorial é apenas uma despesa para informar sobre um problema sanitário e não uma ferramenta (investimento) para ajudar a aumentar a produtividade”. Serviços “O Laudo Laboratório Avícola oferece, testes biológicos, ligados à sanidade avícola: sorologia (bactérias, vírus); bacteriologia (detecção/ isolamento e identificação). Virologia (detecção, titulação de vacinas); controle sanitário de plantéis avícolas; monitoria laboratorial; monitoria de plantel SPF; testes de eficiência de desinfetantes; testes do PNSA; produção e fornecimento de imunorreagentes avícolas; controle de qualidade de produtos biológicos”.
José Di Fábio Diretor Científico do JFLaboratório, Campinas, SP Tecnologias “A evolução dos exames laboratoriais no campo da biologia molecular foram imensos e nos permitem, cada vez mais, aprimorar e melhorar os nossos diagnósticos”. Dificuldades do setor “Existem inúmeras, mas talvez as maiores sejam a dificuldade de se conseguir conservação adequada das amostras de campo, problemas de envio e preço abusivo dos fretes aéreos, principalmente”. Serviços “O JFLaboratório oferece serviços, basicamente, de consultoria em biosseguridade, sorologia, bacteriologia, histopatologia e biologia molecular. Abrangemos desde granjas de avós, matrizes, frangos de corte, poedeiras, fábricas de ração, incubatórios, abatedouros e laboratórios de produtos veterinários”.
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Artigo técnico
Fermentação da cama reutilizada de aviário e seus efeitos na carga microbiológica, na ambiência das instalações e na incidência de podermatites em frangos de corte Ricardo Sant’Anna Martins1, Rosangela Poletto2; Maria José Hötzel3 1 – Mestre em Agroecossistemas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis/SC 2 – Professora, Instituto Federal do Rio Grande do Sul, Sertão/RS 3 – Professora, Departamento de Zootecnia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis/SC
O
principal objetivo da fermentação da cama de aviário é propiciar condições microbiológicas adequadas que permitam a sua reutilização. Entretanto, os diferentes métodos de fermentação também podem alterar as características físico-químicas da cama (Macklin et al., 2006). Essas, por sua vez, podem contribuir para uma maior volatilização de amônia (NH3) e para o desenvolvimento de pododermatites de contato (PDD) nos frangos. A PDD ou dermatite do coxim plantar, conhecida comumente como calo de pé, é um tipo de inflamação que ocorre em aves pelo contato abrasivo com a cama de aviário lesionando a pele na base do pé e em menos frequência a pele que recobre a articulação do tarso (Berg, 2004). O presente trabalho foi dividido em duas etapas, sendo a primeira etapa realizada no período de vazio sanitário e tendo como objetivo avaliar os
38 Produção Animal | Avicultura
efeitos de dois métodos de fermentação da cama, sem cobertura e com cobertura de lona, na qualidade físico-química e na carga microbiológica da cama. A segunda etapa foi realizada no período de criação e teve como objetivo avaliar os efeitos dos métodos de fermentação na qualidade físico-química da cama, ambiência (volatilização de NH3) e na incidência e severidade de PDD nos frangos.
Materiais e Métodos – Etapas 1 e 2 O estudo foi realizado em quatro aviários comerciais de 1.200 m² cada, pertencentes a um mesmo produtor, os quais foram avaliados por 3 lotes consecutivos. Nos quatro aviários foram usadas camas reutilizadas de maravalha de eucalipto e pinus misturadas com casca de arroz com idade no início do estudo de 12 criadas. Os lotes consistiram de fêmeas da linhagem Cobb com densidade de aloja-
Camas fermentadas com cobertura apresentaram maior quantidade de NH3 liberada na primeira semana de criação
mento de 11,25 frangos/m², tratadas com ração comercial e submetidas ao mesmo manejo. Os métodos de fermentação de cama utilizados na Etapa 1 do estudo foram: a) enleiramento da cama no centro do aviário (fermentação em leira sem cobertura) e, b) cobertura da cama enleirada no centro do aviário com lona preta de PVC com espessura de 150 µm (fermentação em leira com cobertura), conforme Figuras 1a e 1b. As camas foram fermentadas por 8 dias nestas condições. Após o período de fermentação houve um intervalo de 5 a 6 dias para ventilação e preparação do aviário para o alojamento dos pintinhos. Na Etapa 2 (período de criação), as coletas de cama para as análises físico-químicas, a mensuração de NH3 no ambiente e as avaliações de PDD nos frangos foram realizadas semanalmente, iniciando no dia 1 (primeiro dia de alojamento ou criação) e nos dias 7, 14 e 21 de cada lote. O registro de NH3 no ar foi realizado na altura dos frangos e o manejo de viragem da cama nos aviários foi realizado duas vezes por semana com o auxílio de ancinho e máquina de mexer cama. Para a classificação de PDD, foram utilizados escores de 0 a 4, onde 0 = ausência de PDD, 1 e 2 =
A
mínima evidência de PDD, e 3 e 4 = evidência de PDD (WQAPP, 2009). O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, sendo que cada bloco foi representado pela idade da cama, totalizando 6 repetições por tratamento de fermentação, conforme Figura 3. Os dados foram analisados para os efeitos principais e interação de fermentação de cama e dia (etapa 1: dia de fermentação e etapa 2: dia de criação ou idade dos frangos), e aviário e bloco (idade da cama). A incidência de PDD foi também correlacionada aos fatores físico-químicos da cama e idade dos frangos por meio de análise de regressão linear múltipla. As diferenças entre médias foram ajustadas pelo teste Tukey e valores de P < 0,05 foram considerados diferenças estatísticas.
Resultados e Discussão – Etapa 1 Ambos os métodos de fermentação foram efetivos na redução da carga de bactérias mesófilas das camas de aviário submetidas a 8 dias de fermentação (P<0,05, Tabela 1). Apesar da fermentação com cobertura ter apresentado maior retenção de NH3 na cama no oitavo dia de fermentação (P<0,05), o efeito tóxico da NH3 não propiciou maior redução
B
Figura 1: Fermentação em leira sem cobertura (a) e fermentação em leira com cobertura (b)
Produção Animal | Avicultura 39
Artigo técnico
da carga microbiológica da cama em comparação com a fermentação sem cobertura (P>0,05). Esses resultados contradizem Macklin et al. (2006), que observaram maiores reduções da carga de bactérias mesófilas em camas reutilizadas que foram fermentadas com a utilização de cobertura (o que o autor atribuiu ao efeito tóxico adicional da NH3) quando comparado a camas fermentadas sem a utilização de cobertura.
Nos aviários que foram enleirados com cobertura, observou-se uma correlação positiva de escore 3 de PDD com a idade dos frangos e umidade da cama
Acima, ave com Pododermatite de contato. Abaixo, ave sem lesões
Figura 2: Esquema do desenho experimental dos métodos de fermentação sem (a) e com cobertura (b) no decorrer dos 3 blocos avaliados
40 Produção Animal | Avicultura
No presente estudo não foram observados redução ou aumento da carga de bactérias mesófilas em cada sucessiva reutilização da cama, ou seja, nas camas com idade de 12, 13 e 14 criadas (efeito de bloco, P>0,05), o que sugere que a carga de bactérias das camas reutilizadas encontrava-se estabilizada, portanto, não apresentando sensibilidade ao efeito tóxico da NH3. Vale ressaltar que o mecanismo de estabilização da carga microbiológica é muito importante para o equilíbrio da microbiota e controle da multiplicação de microrganismos patogênicos presentes na cama (Lu et al., 2003). A temperatura da cama durante a fermentação permaneceu acima de 55 ºC a partir do segundo dia de fermentação e se manteve assim até o dia 8 em ambos os métodos de fermentação. Os valores de temperatura encontrados estavam de acordo com as normas de compostagem da Agência de Proteção Ambiental Americana (US EPA, 2003), que estabelece um mínimo de 3 dias com temperatura acima de 55 ºC para a eliminação efetiva dos principais microrganismos patogênicos em biossólidos.
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Artigo técnico Tabela 1: Comparação das médias das variáveis físico-químicas e microbiológicas de camas reutilizadas com idade de 12, 13 e 14 lotes de criação antes e após o período de fermentação nos métodos de fermentação sem e com cobertura Variáveis da cama
Resultados e Discussão – Etapa 2
Fermentação sem cobertura
Fermentação com cobertura
Erro padrão
dia 1
dia 8
dia 1
dia 8
Umidade (%)
21,1ab
24,1a
18,5b
24,3a
1,22
pH
8,8
8,9
8,8
9,0a
0,02
NH3 (ppm)
67,1
b b
b
57,6
b
b
65,1
b
106,9
a
4,58
No período de criação, os aviáBactérias rios que tiveram as camas fermenmesófilas 7,5a 6,5b 7,9a 6,0b 0,19 tadas com cobertura apresenta(UFC/g) ram maior quantidade de NH3 lia,b Médias com letras diferentes na linha diferem significativamente, P < 0,05. berada pela cama na primeira semana de criação (P<0,05, Tabela 2). Isso foi devido às condições de impermeabitudo, houve um aumento significativo da umidade lização da cobertura (Macklin et al., 2006), bem da cama ao longo do período de criação. como a um pH mais elevado no dia 7 (P<0,05, TabeAlém de apresentar maior concentração de NH3 la 2). O teor de umidade da cama não diferiu entre na cama, os aviários que foram enleirados com coos métodos de fermentação (P>0,05, Tabela 2), conbertura também apresentaram maiores níveis de NH3 no ambiente dos aviários no primeiro dia de alojamento (P<0,05). No entanto, os valores de NH3 Tabela 2: Perfil físico-químico de camas reutilizadas (idade de 12, 13 e 14 criadas) nos métodos de fermentação sem e com cobertura nos dias 1, 7, 14 na cama e no ambiente não ultrapassaram a concene 21 de criação dos frangos tração de 25 ppm, valor considerado nocivo ao bem-estar e desempenho zootécnico de frangos de corte Variáveis da (Wang et al., 2010). O controle da volatilização de dia 1 dia 7 dia 14 dia 21 EP cama NH3 pode estar atribuído às condições de umidade Fermentação 8,1a 8,5a 8,6a 0,03 pH 8,5a sem da cama durante o estudo (< 30%) (Ritz et al., 2005). cobertura (a) Umidade (%) 15,8a 20,8a 23,11a 27,8a 0,82 Na avaliação de PDD, não foi observado efeito NH3 (ppm) 23,51b 11,94c 17,51b 19,27b 1,72 dos métodos de fermentação da cama na incidência de lesões de escore 0, 1, 2, 3 e 4 nos dias 7, 14 e 21 Variáveis da dia 1 dia 7 dia 14 dia 21 EP cama (P>0,05, Tabela 3). No entanto, observou-se uma Fermentação a b a a 8,3 8,5 8,6 0.03 pH 8,5 correlação positiva de escore 3 (evidência de PDD) com a a a a cobertura (b) Umidade (%) com a idade dos frangos (r2 = 0,61) e umidade da 16,3 19,4 23,4 26,7 0,82 cama (r2 = 0,50; P<0,01). Sugere-se que a maior senNH3 (ppm) 35,4a 20,4b 16,8b 25,6b 1,72 sibilidade cutânea dos pés dos frangos nesta idade, a,b Médias com letras diferentes na mesma coluna diferem bem como sua maior atividade física no período inisignificativamente, P < 0,05. EP = Erro padrão. cial de criação, possa favorecer as correlações encontradas visto que a umidade da cama se manteve em Tabela 3: Incidência e severidade de pododermatites de contato (PDD) em teores ideais durante o estudo (Ritz et al., 2005). Esfrangos de corte com idade de 7, 14 e 21 dias alojados sobre camas reutilizadas fermentadas sem cobertura (a) e com cobertura (b) tudos futuros devem ser conduzidos para avaliar as progressões das lesões de PDD até a data de abate. Escore de PDD*
0 1 2 3 4
Idade dos frangos (dias)
Métodos de fermentação
7
14
21
Erro Padrão (%)
a
29,3%
17,5%
10,8%
3,61
b
38,8%
26,1%
11,8%
3,61
a
21,3%
6,3%
4,8%
1,22
b
16,8%
7,8%
6,1%
1,22
a
27,8%
23,6%
27,0%
2,53
b
23,6%
23,7%
28,0%
2,53
a
21,3%
52,5%
56,1%
3,63
b
20,6%
42,1%
53,8%
3,63
a
0,1%
0,0%
0,7%
0,12
b
0,0%
0,1%
0,1%
0,12
* Escores de 0 a 4, onde 0 = ausência de PDD, 1 e 2 = mínima evidência de PDD, e 3 e 4 = evidência de PDD (WQAPP, 2009).
42 Produção Animal | Avicultura
Conclusão Os métodos de fermentação da cama de aviário com e sem cobertura foram efetivos na redução da carga de bactérias mesófilas durante 8 dias de fermentação em camas reutilizadas com idade inicial de 12 criadas. Ambos os métodos de fermentação não afetaram a incidência de pododermatites durante as 3 primeiras semanas de criação. Sugere-se que o método de fermentação com cobertura seja dispensável devido ao aumento de mão-de-obra para sua utilização, e aos efeitos indesejáveis de acúmulo e volatilização de amônia que foram verificados na fase inicial de criação dos frangos. A referência bibliográfica e a íntegra do trabalho estão disponíveis em www.avisite.com.br/cet.
Produção Animal | Avicultura 43
Notícias de Postura
O ovo em rede nacional O XI Congresso APA de Produção e Comercialização de Ovos apresentou um conteúdo mais maduro e mais amplo para a cadeia produtiva do ovo. A proposta é elevar o evento, que até então era focado na postura paulista, para o âmbito nacional
Fotos: APA
M
uitas novidades foram apresentadas neste XI Congresso APA de Produção e Comercialização de Ovos, organizado pela Associação Paulista de Avicultura (APA) e realizado entre os dias 19 e 21 de março, em Ribeirão Preto, SP. A começar pela presidência do evento, que nesta edição teve o empresário mineiro Leandro Pinto, da Granja Mantiqueira, no cargo. “Unidos somos mais fortes, por isso eu gostaria de convidar toda a cadeia produtiva para traçar um novo rumo para avicultura de postura”, disse em seu discurso durante a abertura oficial do Congresso. “Esta é uma forma de ampliarmos a participação do evento. De ampliarmos a atuação do evento para o âmbito nacional”, explicou Erico Pozzer, presidente da APA, sobre a figura de um produtor mineiro, pela primeira vez, na presidência de um evento que sempre se formatou como paulista. “Nosso próximo passo, é transformar este evento em um grande encontro nacional do setor”. No conteúdo, o encontro refletiu um maior diálogo entre representantes de todos os elos da cadeia produtiva, desde os produtores, passando por fornecedores, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), até o varejo. Este quadro, segundo os organizadores, é consequência do bom momento da atividade, que conseguiu superar desafios impostos pelo mercado no ano passado e ainda entra 2013 com boas perspectivas para o preço do ovo. O presidente APA defende que o momento, marcado pelo otimismo, contribuiu para elevar o nível dos debates. “As boas perspectivas foram positivas porque os participantes vieram ao congresso mais abertos para discutir a atividade”, avalia. Talvez por isso, este XI Congresso tenha registrado um recorde de público. Foram 456 pessoas, de todas as partes do País, reunidas para discutir 44 Produção Animal | Avicultura
estratégias e soluções para garantir a produtividade e a rentabilidade da produção de ovos. (Confira a cobertura completa dos assuntos e das palestras deste Congresso na edição de maio/junho, número 19, da Revista do Ovo).
Trabalhos premiados Quatro trabalhos inscritos e apresentados no XI Congresso de Produção e Comercialização de Ovos receberam as premiações de honra do evento. Os trabalhos concorriam em quatro categorias: Outras áreas, Sanidade, Nutrição e Manejo. Confira os ganhadores: Outras Áreas “Unidade Haugh e Índice Gema de Ovos Comerciais Armazenados por Diferentes Períodos e em Diferentes Temperaturas” Rodrigo Alves Souza – Unesp/Jaboticabal Sanidade “Uso de bacteriófagos lícitos na desinfecção de casca de ovos contaminados com Salmonella enteritidis” Guilherme A. M. Gonçalves – Unesp/Botucatu Nutrição “Nível ótimo de treonina de acordo com o modelo de Reading” Katiani Silva Venturini – Unesp/Jaboticabal Manejo “Luz: produção e qualidade dos ovos de codornas japonesas”. Andrea de Brito Molino – FMVZ
Leia as últimas notícias do setor em www.ovosite.com.br
Simpósio OvoSite já tem palestrantes confirmados P
rogramado para acontecer dentro do Salão Internacional de Avicultura (Siav), no dia 27 de agosto, no Anhembi Parque, em São Paulo, SP, o Simpósio OvoSite já conta com a confirmação de alguns palestrantes, a saber: Antonio Carlos Paraguaçu, Sergio Rami, Leandro Pinto e Rogerio Belzer. O evento terá o formato de uma mesa redonda, com duração de duas horas e trinta minutos. Será um momento único e especial para reunir o setor de postura comercial junto ao maior evento da avicultura brasileira de 2013. A participação é gratuita.
Confira abaixo a programação: Simpósio OvoSite sobre Produção e Mercado de Ovos 27 de Agosto de 2013 – terça-feira Salas 1 e 2 Mesa Redonda (das 14h às 16h30), Moderador a definir Atualidades da produção mundial de ovos – Antonio Carlos Paraguaçu (Hy-Line International, Des Moines / Iowa) Agregação de valor na produção de ovos – Sergio Rami (Consultor) Perspectivas da produção de grãos – A definir Integração Contratual: Uma Estratégia de Acesso ao Mercado Internacional – A definir Desafios da comercialização de ovos no Brasil – Leandro Pinto (Granja Mantiqueira) O ovo no autoserviço: como atrair cada vez mais o consumidor – Rogerio Belzer (Presidente do Instituto Ovos Brasil)
100 95 75
25
Informações: www.ubabef.com.br/23congresso ou www.ovosite. com.br ou pelo e-mail: simposioovosite@ovosite.com.br
5 0
SimposioOvoSite-Cartaz
terça-feira, 12 de março
LOHMANN LSL
Idade a 50% de Produção
A4
de 2013 16:25:44
140-150 dias
Pico de Produção
94-96%
LOHMANN BROWN
Idade a 50% de Produção
140-150
Pico de Produção
94-96%
Ovos por Ave Alojada
Ovos por Ave Alojada
72 semanas de idade
320-330
72 semanas de idade
315-320
80 semanas de idade
360-370
80 semanas de idade
350-360
90 semanas de idade
410-420
90 semanas de idade
400-410
Massa de Ovo por Ave Alojada
Massa de Ovo por Ave Alojada
72 semanas de idade
19,5-20,5 kg
72 semanas de idade
19,5-20,5 kg
80 semanas de idade
22,3-23,3 kg
80 semanas de idade
22,5-23,5 kg
90 semanas de idade
25,5-26,5 kg
90 semanas de idade
25,6-26,6 kg
Peso Médio de Ovo
Negócios de sucesso...juntos
Produção de Ovos
30 semanas de idade
59,0-60,0g
40 semanas de idade
62,0-63,0g
60 semanas de idade
64,0-65,0g
80-90 semanas de idade
65,0-66,0g
Coloração da Casca do Ovo
Características dos Ovos Consumo de Ração
DESEMPENHO DAS LINHAGENS
40 New ton
1 – 20 Semanas
7,0-7,5 kg
Produção (20-80 semanas)
Peso Corporal
Período de Postura
100-110 g 1,3-1,4 kg
80 semanas
1,7-1,8 kg
Fase de Produção
97% 94%
Qualidade Interna do Ovo
Excelente
Rusticidade (climas quentes)
Excelente
Relação DZ Ovo/ kg Ração
Excelente
Semanas acima 90% (ave/dia)
33
30 semanas de idade
61,0-62,0g
40 semanas de idade
63,7-64,7g
60 semanas de idade
66,5-67,5g
80-90 semanas de idade
68,3-69,3g
Coloração da Casca do Ovo
Características dos Ovos Consumo de Ração
Resistência da Casca 1 – 20 Semanas Produção (20-80 semanas)
2,0-2,1 kg/kg massa de ovo
Em 20 Semanas Fase de Recria
Viabilidade
Produção de Ovos
Branco brilhante
Resistência da Casca
Conversão Alimentar
LOHMANN DO BRASIL Av. da Luz, 821 - sala 1 - Jd. Alto Rio Preto São José do Rio Preto - SP - Brasil CEP: 15020-360 Email: contato@ltz.com.br Site: www.ltz.com.br Fone: 17-3212.7347 Fax: 17-3234.2706
Peso Médio de Ovo
Conversão Alimentar Em 20 Semanas
Peso Corporal
80 semanas Fase de Recria
Viabilidade
Período de Postura
Fase de Produção
Vermelho >35 New ton 7,4-7,7 kg 110-118 g/ dia 2,0-2,1 kg/kg massa de ovo 1,6-1,7 kg 1,95-2,15 kg 97% 94%
Qualidade Interna do Ovo
Excelente
Relação DZ Ovo/ kg Ração
Excelente
Semanas acima de 90% (ave/dia)
26
Notícias
Instituto Ovos Brasil homenageia Embrapa
O
Instituto Ovos Brasil prestou, no último dia 5 de abril, uma homenagem à Embrapa Suínos e Aves, empresa de pesquisa agropecuária vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O objetivo da cerimônia foi reconhecer e agradecer o empenho e apoio de toda a equipe de pesquisadores na proposta de adoção de medidas de mitigação de riscos como alternativa ao telamento dos aviários de postura previsto nas IN56 e IN59, que entrariam em vigor em dezembro de 2012 afetando toda a cadeia produtiva de ovos no País.
José Roberto Bottura entrega a homenagem à Dirceu Talamini, Chefe Geral da Embrapa Suínos e Aves
Ovo ganha espaço em programa A equipe do programa Dia Dia, da Band, foi recentemente até a cidade de Itanhandú, no sul de Minas Gerais, para mostrar a produção de ovos na maior granja da América Latina, a Granja Mantiqueira, que mantém cerca de 11 milhões de galinhas. O objetivo do programa era mostrar como é o processo de produção do ovo - desde o incubatório até a etapa da embalagem do produto. Assista ao vídeo: http://goo.gl/RvxUM Utilize o leitor de QrCode de seu SmartPhone ou Tablet e acesse o vídeo muito mais facilmente
Revista divulga receitas e dicas Huevo Loco: De dar água na boca
Nova estrutura administrativa Agora, o Instituto Ovos Brasil, além de um Conselho Diretivo, conta com duas novas diretorias: a de Administração e Marketing e a Técnica. Segundo Rogério Belzer, presidente do Conselho e novo diretor Administrativo e de Marketing da entidade, essa já era uma proposta antiga dos membros para direcionar melhor as atividades e enfocar de forma mais eficiente os trabalhos do Ovos Brasil. “Esta reestruturação administrativa foi aprovada dia 17 de abril, durante a reunião do Conselho do Instituto, em São Paulo, SP”, revela Belzer. Para o cargo de diretor Técnico foi nomeado José Roberto Bottura, até Equipe do OvoSite e Revista do Ovo então diretor-executirecebeu Rogério Belzer em sua sede vo da entidade. Para efetivar a mudança na organização do Ovos Brasil será preciso fazer uma alteração no estatuto da entidade. “A assembleia para formalizar esta mudança no estatuto deve acontecer no mês de maio, em São Paulo, na sede da Associação Paulista de Avicultura (APA)”, explica. Belzer, que hoje também é consultor avícola, esteve na sede da Editora Mundo Agro, em Campinas, SP. A equipe da Revista do Ovo e o profissional discutiram temas e ideias para o Simpósio OvoSite, um evento voltado à postura comercial brasileira, que acontecerá no dia 27 de agosto, durante o SIAV, da Ubabef, em São Paulo, SP. 46 Produção Animal | Avicultura
A
publicação Casa e Comida, da Editora Globo, divulgou bela reportagem, em sua edição de abril/maio, com receitas à base de ovo que valem por uma refeição. Intitulado “Quebre em caso de emergência”, o texto sugere a receita Huevo Loco, que leva batata, jamón e ovo. O material também traz dicas de conservação e armazenamento do ovo: “A geladeira é o melhor lugar para armazenar ovos. Retire-os da embalagem e guarde-os em um recipiente com tampo. É melhor colocá-los mais ao fundo das prateleiras para evitar oscilações de temperatura”. Confira a receita do Huevo Loco: http://goo.gl/oBd70 Utilize o leitor de QrCode de seu SmartPhone ou Tablet e acesse o vídeo muito mais facilmente
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Produção Animal | Avicultura 47
AviGuia | OVO
Poedeiras produtivas com até 100 semanas de idade Este é o desafio genético que a ISA-Hendrix está se propondo ao mercado. A meta é alcançar a produção de 500 ovos por ave
V
ocê já imaginou ter em sua granja uma poedeira de 100 semanas de idade, com uma produção de 500 ovos durante sua vida e sem muda forçada? Pois este é desafio que a ISA-Hendrix Genetics se propôs ao mercado de postura comercial brasileiro. Oferecer tal poedeira, com este aprimoramento genético. “A ISA tem trabalhado intensamente em todas as suas linhagens disponíveis no Brasil como a Bovans White, Isa Brown, Hisex White, Hisex Brown, Dekalb White e Dekalb Brown”, explica Otavio Antonio Rech, Cientista Animal e Representante Técnico e de Vendas para a América do Sul. “Os padrões atuais estão acima de 400 ovos por ave alojada, num ciclo de 90 semanas de idade, e o projeto é chegar a 500 ovos em 2020. Porém, já é possível perceber o incremento de produção e a melhoria da persistência de produção anualmente e, em muitas regiões, já se pode observar o prolongamento do ciclo com bons resultados”. Mas se os índices produtivos das poedeiras já estão favoráveis e respondendo às expectativas dos produtores por que avançar mais ainda nesta concepção? “O melhoramento genético na avicultura não para”, afirma Rech. “Temos também três fortes motivos para apostarmos neste desenvolvimento, que são: 1) aumentar a produtividade das aves pela seleção genética, cujo manejo de muda forçada seja apenas opcional e se diferenciando dos outros produtos de mercado; 2) bem-estar animal, na Europa a muda forçada já está proibida e isso é uma tendência em muitos países do mundo. Ao produzir aves com ciclo prolongado e sem a necessidade da muda forçada a ISA contri-
48 Produção Animal | Avicultura
Desafio poedeiras ISA-Hendrix: 100 semanas de idade e produção de 500 ovos por ave até 2020
bui com as políticas de bem-estar animal e desenvolvimento sustentado da produção; 3) equipamentos, o avanço das gaiolas verticais, em algumas regiões, torna o manejo da muda forçada complicado e a possibilidade de extensão do ciclo traduz-se num benefício muito bem aceito pelo setor produtivo”. De acordo com Rech, os centros de pesquisa e desenvolvimento da ISA-Hendrix, localizados no Canadá, França e Holanda, trabalham incessantemente para tornar suas aves as mais produtivas do mercado, reconhecidas por sua persistência de produção e qualidade dos ovos. “Além dos três motivos já citados, também buscamos a redução do custo de reposição e melhor aproveitamento por ave alojada”, acrescenta. “Trata-se realmente de um grande avanço e um marco no desenvolvimento genético das poedeiras”. No entanto, o desafio não é fácil. Requer investimentos e dedicação a pesquisas e trabalhos de campo. “Este trabalho, especificamente, emprega o manejo de seleção genética tradicionalmente conhecido e agrega avanços obtidos pelo forte investimento da empresa em genética computacional e marcadores genômicos. Este último trabalho desenvolvido em parceria com a Cobb Vantress”, revela Rech. Neste campo, a utilização dos marcadores genômicos tem possibilitado um rápido avanço sobre características difíceis de serem trabalhadas pela metodologia tradicional. Além, é claro, dos parâmetros produtivos normalmente avaliados, reduzindo o intervalo entre gerações. A empresa dispõe de várias patentes neste seguimento, o que torna o trabalho exclusivo em alguns itens produtivos”.
Alojamento de pintainhas de postura
Volume de março apresenta alta na comparação com mês anterior
O
EVOLUÇÃO MENSAL (OVOS BRANCOS E VERMELHOS) - MILHÕES DE CABEÇAS PINTAINHAS COMERCIAIS DE POSTURA
% OVO BRANCO
MÊS
2011/12
2012/13
VAR.%
Abril
7,134
7,059
Maio
6,474
Junho
6,587
Julho Agosto
2011/12
2012/13
-1,04%
72,99%
74,73%
7,370
13,83%
73,28%
73,84%
7,458
13,22%
76,27%
76,32%
6,716
7,595
13,08%
76,55%
73,58%
7,115
7,596
6,76%
73,23%
72,68%
Setembro
6,935
6,905
-0,44%
75,96%
74,29%
Outubro
6,622
7,273
9,83%
75,52%
75,56%
Novembro
6,707
7,372
9,92%
74,38%
76,15%
Dezembro
6,507
6,779
4,19%
75,02%
84,25%
Janeiro
6,641
7,323
10,27%
75,68%
77,60%
Fevereiro
6,249
6,417
2,69%
76,54%
76,30%
Março
7,292
7,232
-0,82%
75,89%
79,08%
Em 3 meses
20,181
20,972
3,92%
74,73%
77,71%
Em 12 meses
80,978
86,378
6,67%
74,18%
75,92%
Fonte dos dados básicos: UBABEF – Elaboração e análises: AVISITE
Acumulado em 12 Meses
2012
86,438
86,378
Set
86,270
83,999
84,029 Ago
85,588
Jul
85,315
Jun
84,650
Mai
83,548
Abr
82,670
Mar
81,799
80,904
Março/2012 a março/2013 Milhões de cabeças
80,978
levant am ento mens al da U BA B EF ap ont a que em março pas s ado foram alojadas no País 7, 232 milhõ es d e pint ainhas d e p os tura, 79,0 8% d elas d es ti nadas à futura pro duç ão d e ovos brancos. I s s o repres ent a uma queda 0, 82% s obre o mesmo mês do ano pas s ado, quando o aloja mento d e pint ainhas foi d e 7, 292 milhõ es. Em comparaç ão com o mês anterior, fevereiro, o volume alojado apres entou alt a de 12,67%. Porém, é imp or t ante fri s ar que fevereiro é mês mais cur to e, is s o levado em consid e raç ão, reduz o p ercentual d e aumento para algo próximo d e 1, 8%. N o trimes tre, o volume alojado ficou próximo d os 21 milhõ es, mais exat amente, 20,972 milhõ es d e pint ainhas alojadas, uma variaç ão d e 3,92% s obre o mesmo trimes tre do ano pas s ado. H ouve aumento na repres en t atividad e d e pint ainhas alojadas para pro duç ão d e ovos brancos: no primeiro trim es tre d o ano pas s ado repres ent avam 74,73%, nes te ano es s e p ercentual subiu para 77,71%, 3 p ontos p ercentu ais a mais. Por enquanto, o volume d e alojam ento diário (233 mil pint ai nhas) projet a para o ano 85 milhõ es d e c ab e ç as, cerc a d e 0,6% inferior a 2012. O alojamento d e pint ainhas acumulado nos últimos 12 mes es (8 6,378 milhõ es d e pint ainhas alojadas) regis tra cres cim ento sup erior a 6,6%. D esd e janeiro d e 2013 o alojamento acumulado em 12 mes es mos tra es t abilidad e no volume variando d e um aloja mento mínimo d e 8 6, 270 milhõ es d e pint ainhas alojadas ao má ximo d e 8 6, 438 milhõ es.
Out
Nov
Dez
Jan
Fev
Mar
2013 Produção Animal | Revista do Ovo 49
Estatísticas e Preços Desempenho do ovo em Abril de 2013
Preço médio no quadrimestre apresenta incremento de 27,8% sobre média do ano passado
M
esmo tendo enfrentado uma redução de preços próxima de 9% entre o início e o final do mês, em abril passado o ovo teve desempenho superior ao habitual. Para comprovar, basta observar que na média dos 10 anos anteriores apresentou, no quarto mês do ano, desvalorização superior a 7% em relação a março. Desta vez a queda de um mês para outro não passou de 3%. Observando-se o que vem ocorrendo com o frango vivo (cujos preços, ao sofrerem forte recuo, fizeram com que a média mensal ficasse apenas 19,68% acima da registrada um ano antes contra, por exemplo, quase 86% em janeiro), a
OVO BRANCO EXTRA
Evolução de preços no atacado paulistano R$/CAIXA DE 30 DÚZIAS Média mensal e variação anual e mensal em treze meses
Média anual em 10 anos R$/CAIXA
MÊS\ ANO.
MÉDIA R$/CXA
VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL
ABR/12
46,25
-12,53%
-5,75%
MAI
45,31
5,18%
-2,04%
JUN
51,40
6,91%
13,45%
JUL
53,31
13,42%
3,71%
2007
AGO
53,19
15,53%
-0,23%
2008
SET
49,00
18,02%
-7,87%
OUT
48,77
19,77%
-0,47%
NOV
53,29
32,68%
9,27%
2010
DEZ
56,60
25,47%
6,21%
2011
JAN/13
54,35
41,73%
-3,98%
FEV
65,11
45,62%
19,80%
MAR
67,00
36,53%
2,39%
ABR
64,81
40,12%
-3,27%
R$ 34,47
2004 2005
R$ 33,48
2006 R$ 27,48
2009
R$ 39,42 R$ 43,62 R$ 38,63 R$ 37,93 R$ 44,61 R$ 49,11
2012
R$ 62,78
2013* *2013: 01/Jan a 30/Abr
primeira impressão é a de que neste último abril o ovo teve resultado excepcional, pois seu preço médio ficou mais de 40% acima do registrado no mesmo mês do ano passado. Atenção, porém, porquanto em abril de 2012 o ovo sofreu forte desvalorização, o que fez com que o preço médio mensal recuasse 12,5% em relação a abril de 2011. Isso considerado (e não pode ser desprezado), a variação não chega a 12% ao ano, e portanto, foi ligeiramente menor que a do frango vivo. Curiosamente, no entanto, os ganhos de um e outro produto se igualam quando se compara o resultado médio dos quatro primeiros meses do ano com o desempenho médio dos 12 meses de 2012. Neste caso, o preço médio alcançado pelo ovo no quadrimestre (R$62,78/caixa) apresenta incremento de 27,8% sobre a média do ano passado (R$49,11/caixa). Pois o incremento do frango vivo foi apenas 0,4 ponto percentual inferior: ficou em 27,4%. Pela média dos últimos 10 anos, a tendência do corrente bimestre (maio-junho) é de ligeira alta. Mas tudo vai depender, muito mais, da evolução do consumo que, pelos relatos gerais, anda bem aquém do esperado. E não só para o ovo.
Média 2003/12 2013
Preço relativo no ano em comparação à média mensal de 10 anos
104%
Jul
Ago
94%
Jun
93%
Mai
110%
103%
115%
Abr
95%
Mar
104%
Fev
106%
Jan
105%
118%
113%
109%
88%
96%
116%
Preço em Dezembro do ano anterior = 100
Set
Out
Nov
Dez
Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITE / Obs.: valores finais arredondados, daí eventuais diferenças nos percentuais 50 Produção Animal | Revista do Ovo
Produção Animal | Revista do Ovo 51
AviGuia: produtos, serviços e empresas
Zoetis
Vacina contra S.Typhimurium e Heildelberg
P
ara ajudar o produtor a fazer a diferença. Com esse lema, nasceu a Zoetis no dia 1º de fevereiro de 2013. Recente, porém com uma expertise de 60 anos. A empresa foi recém-desmembrada da Pfizer e conta com a expertise de 60 anos em saúde animal proveniente da multinacional americana – que ainda detém 80% das ações da companhia ante 20% de capital aberto. Agora, independente, a Zoetis se compromete a manter o compromisso de desenvolver produtos e soluções para todos os clientes espalhados em 120 países pelo mundo. E como pontapé inicial, a empresa acaba de lançar no Brasil a Poulvac ST – vacina viva contra Salmonella Typhimurium e Heildelberg para poedeiras e frangos de corte. Em um evento realizado em Campinas, SP, na tarde do dia 16 de abril, a Zoetis apresentou a ferramenta de segurança alimentar. O programa iniciou com a apresentação sobre salmoneloses do médico veterinário Vladimir Pinheiro, membro do Joint Expert Group in Microbiological Risk Analysis (JEMRA) em Salmonella e Campylobacter em Carne de Frango da FAO/ OMS (ONU) e representante do MAPA no Grupo de Trabalho e na Comissão do CODEX Alimentarius em Higiene de Alimentos da FAO (ONU) em Salmonella e Campylobacter em Carne de
Equipe da Zoetis durante lançamento em Campinas, SP
Frango. A partir deste ano, também membro da Comissão Científica Consultiva em Microbiologia de Produtos de Origem Animal do DIPOA do MAPA. Depois, o Depois, o Gerente Técnico Eduardo Muniz complementou a apresentação com estratégias de controle da bactéria no campo. Depois da contextualização sobre as salmoneloses e a crescente preocupação com a garantia de segurança alimentar, Felipe Pelicioni, Gerente de Produtos Biológicos mostrou as características da Poulvac ST: uma vacina viva liofilizada produzida com amostras isoladas do campo da S.Typhimurium, selecionadas pela capacidade de infecção. A parte estrutural da cepa é mantida mas ocorre uma mudança na
parte genética. No caso, a deleção do gene aro-A e SerC que são aminoácidos aromáticos essenciais para o crescimento bacteriano. A deleção do gene aro-A impossibilita que a bactéria produza esses aminoácidos. Resultado: a multiplicação é limitada nos intestinos. “Um ponto que merece destaque é que as aves vacinadas com um dia de idade excretaram a vacina Poulvac ST entre 7 a 14 dias após a vacinação”, ressalta Pelicioni. O profissional destacou que a vacina geneticamente modificada é aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança do MAPA. Nos dias seguintes, a empresa promoveu o lançamento em Maringá e Cascavel, ambas no Paraná. Saiba mais sobre o lançamento: www.zoetis.com.br.
No começo de abril, o médico veterinário Eduardo Muniz chegou à companhia como Gerente de Serviços Técnicos da unidade de negócios Aves. Nesta posição, o executivo será responsável pelo gerenciamento da equipe técnica de campo, que mantém contato direto com clientes de todo o Brasil. Atuará no direcionamento do time para orientá-lo no atendimento às necessidades dos clientes da companhia, que receberão suporte na escolha de vacinas e medicamentos mais adequados para prevenção e tratamento de doenças em aves, além de apoio técnico e manutenção das máquinas vacinadoras in ovo.
52 Produção Animal | Avicultura
Produção Animal | Avicultura 53
AviGuia: produtos, serviços e empresas
Vetanco
Coccidiose Aviária em SP e MG
F
elipe Chiarelli Adorno, assistente técnico/comercial responsável pelo Programa de Monitoria da Qualidade Intestinal SP e MG da Vetanco do Brasil, pesquisou a incidência da cocciodiose aviária em ambos os estados. Adorno reparou que “a necessidade constante do aumento da produtividade e o desenvolvimento dos sistemas intensivos de criação ocasionou um aumento nos desafios sani-
tários”. Para o assistente técnico, desta forma, a coccidiose passou a ter grande importância no manejo sanitário da criação intensiva de frangos de corte. “Segundo PRADO (2005), na região sul do Brasil, a Eimeria acervulina foi encontrada em 90% das granjas comerciais. Já a Eimeria maxima e a Eimeria tenella, em 60%. Para ter-se uma ideia dos prejuízos causa-
dos, CASTRO (1994) constatou que no Brasil as perdas pela coccidiose subclínica chegam a U$19,1 milhões/ano, sendo 11,85 milhões com perdas na produção de carne e 7,25 milhões em ração”, afirma, textualmente, em artigo..Acesse a íntegra do texto, com os gráficos, em: www.avisite.com.br/ cet /trabalhos.php?codigo=270. Saiba mais sobre a Vetanco em: www.vetanco.com.br
Gráfico 1: Comparativo entre a porcentagem de aves com lesões macroscópicas observado durante necropsia e raspados de mucosa intestinal para observação de coccidiose subclínica. *: Não foi realizado raspados de mucosa intestinal para pesquisa ao microscópio de E. acervulina. Fonte: Vetanco do Brasil, Monitoria da Qualidade Intestinal do estado de SP e MG. Gráfico 2: Comparativo entre a porcentagem de aves com lesões macroscópicas observado durante necropsia e raspados de mucosa intestinal para observação de coccidiose subclínica. 54 Produção Animal | Avicultura
Produção Animal | Avicultura 55
AviGuia: produtos, serviços e empresas
Abase
Workshop sobre interpretação sorológica Representantes dos principais laboratórios de diagnóstico veterinário participaram do encontro
A
parceria entre os laboratórios Abase e Idexx realizou nos dias 14 e 15 de março o Workshop sobre Interpretação Sorológica, no Hotel Fazenda Duas Marias, em Jaguariúna, SP. O evento teve como enfoque os temas: Micoplasmoses Aviária, proferido por Pablo Lopes, do Idexx e Doença de Newcastle, apresenta-
da por Beatriz Cardoso, da Vor Consultoria. Já Melissa Hills, também do Idexx, fez uma apresentação sobre Interpretação de Resultados Sorológicos com ênfase na nova versão do software da companhia, o xChek Plus. Na parte da qualidade laboratorial, o tema “ISO 17025 e sua aplicação no ensaio sorológico
de ELISA” foi apresentado pelo consultor em qualidade, o biólogo Vandeilton Nunes, da Brasil Consultores. Os convidados, representantes dos principais laboratórios de diagnóstico veterinário do Brasil, também participaram de aulas práticas de apresentação e funcionamento do xChek e da realização de teste de ELISA para Mycoplasma gallisepticum. Durante o teste foram abordados os principais fatores que devem ser considerados para a obtenção de resultados consistentes e solucionadas as dúvidas técnicas acerca do ensaio. “O evento superou as expectativas, é um contato muito próximo com os clientes, que nos permite entender melhor as necessidades e promover o aprimoramento técnico nas equipes”, destacou Edison Baba, diretor da Abase. Saiba mais: www.abase.com.br.
Ilender do Brasil
Extimox 50 em nova embalagem
A
ilender do Brasil apresenta a nova embalagem para a amoxicilina EXTIMOX 50 que agora pode ser encontrado em sachês de 100 gramas. “A nova embalagem é uma solicitação dos nossos clientes e estamos satisfeitos em atendê-los. Os sachês facilitarão o uso do produto no dia a dia das granjas” comenta Simone Alessandri, assistente de marketing da ilender. Outro produto da linha que ganhou nova embalagem foi o antimicrobiano FOSBAC, amplamente conhecido no mercado avícola e distribuído pela ilender, passando a ser comercializado em sachês de 200 gramas além da tradicional embalagem de 1 kg. 56 Produção Animal | Avicultura
EXTIMOX 50: Nova embalagem foi uma solicitação dos clientes
A ilender é uma empresa multinacional presente no mercado brasileiro há mais 20 anos e que se encontra em franca expansão da sua linha de medicamentos e aditivos. “Estamos presentes em todos os Estados brasileiros produtores de aves e suínos, levando assistência, conhecimento e apoio aos nossos clientes através do Programa Soluções ilender”, diz Simone. O programa foi lançado no ano passado durante o WPC em Salvador e consolidado durante o Brasil Sul de Avicultura, em Chapecó, SC, no mês de abril. Para maio, a expectativa é receber clientes e parceiros na AveSui, em Florianópolis, SC. Saiba mais em: www.ilendercorp.com.
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Revista do AviSite: Matérias técnicas, índices e cotações. JORNALISMO DE VERDADE! AVICULTURA REAL! Produção Animal | Avicultura 57
Estatísticas e Preços
Produção e mercado em resumo
Produção de pintos de corte Março/2013 524,588 milhões | 5,20%
Produção de carne de frango Março/2013 1.048,685 mil toneladas | -0,42%
Exportação de carne de frango Março/2013 319,688 mil toneladas | -12,08%
Oferta interna de carne de frango Março/2013 728,997 mil toneladas | 5,73%
Alojamento de pintainhas de postura Março/2013 7,232 milhões | -0,82%
Farelo de Soja Abril/2013 R$ 765,00/ton | 6,13%
Milho Abril/2013 R$ 26,64/saca | 2,46%
Desempenho do frango vivo Abril/2013 R$ 2,12 | 19,68%
Desempenho do ovo Abril/2013 R$ 64,81/caixa | 40,12% Todas as porcentagens são variações anuais
Aumento na produtividade contribui para a queda na rentabilidade da atividade em março
E
mbora a oferta interna de março tenha ficado cerca de 6% acima do mesmo mês do ano passado, superando as 700 mil toneladas - após 5 meses seguidos abaixo desse patamar - o volume ofertado no primeiro trimestre foi 11,6% menor que no mesmo período do ano passado. Essa menor oferta interna propiciou ao setor uma remuneração mais justa pelo seu produto e a recuperação parcial das imensas perdas verificadas no decorrer de 2012. Mas a partir de meados de março o mercado do frango vivo e abatido começou a perder o equilíbrio entre oferta e demanda verificada nos dois primeiros meses do ano, tendo como conseqüência uma queda nos preços que foram se intensificando cada vez mais. Esse desequilíbrio em relação ao volume ofertado ao mercado não tem relação com um aumento no volume de pintos de corte produzidos - em fevereiro, por exemplo, foi cerca de 2% superior ao mesmo mês do ano passado. Porém, naquele período, o setor estava em crise e a produção de pintos foi uma das mais baixas do ano. Entretanto, existe a constatação de que, aliado a uma exportação de carne de frango abaixo das expectativas do setor para o primeiro trimestre (queda de 7,5%) e um menor consumo interno do produto, a produtividade alcançada na criação de frangos tem proporcionado um maior volume de carne de frango, algo próximo de 10%. Com certeza, se não totalmente, esse volume adicional é um dos fatores que tem contribuído para a queda na rentabilidade da atividade. Ao mesmo tempo se constata que, as baixas provenientes do frango vivo e abatido não estão sendo repassadas integralmente ao consumidor. O que poderia favorecer um maior consumo e ajudar a restabelecer o equilíbrio do mercado. Produção Animal | Avicultura 58
Produção de pintos de corte
Em março, volume real menor que o de fevereiro
O
Evolução mensal MILHÕES DE CABEÇAS
MÊS
2011/12
2012/13
VAR. %
Abril
513,028
483,664
-5,72%
Maio
536,043
524,327
-2,19%
Junho
514,100
514,783
0,13%
Julho
501,880
515,160
2,65%
Agosto
530,405
502,649
-5,23%
Setembro
515,772
478,335
-7,26%
Outubro
539,183
523,338
-2,94%
Novembro
544,747
483,605
-11,22%
Dezembro
550,243
497,797
-9,53%
Janeiro
515,465
514,079
-0,27%
Fevereiro
469,206
477,792
1,83%
498,647
524,588
5,20%
Em 3 meses
1.483,318
1.516,459
2,23%
Em 12 meses
6.228,718
6.040,117
-3,03%
Março
Fonte dos dados básicos: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE
Produção real
Volume nominal mensal ajustado para mês de 30 dias
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
2012
Set
Out
Nov
507,7
511,9
481,7
483,6
497,5
506,5 Ago
478,3
483,7
486,4
498,5
514,8
507,4
Milhões de Cabeças
482,6
levantamento mensal da Apinco apontou que em março passado foram produzidos no Brasil 524,588 milhões de cabeças, apresentando aumento de quase 10% sobre o mês anterior (477 milhões em fevereiro) e de pouco mais de 5% sobre o mesmo mês do ano passado (498 milhões em março de 2012). Sem dúvida significativa, a variação mensal esconde uma verdade: a de que março é mês mais longo (três dias a mais) que fevereiro. E isso faz enorme diferença, porquanto atualmente o setor vem produzindo entre 16 e 17 milhões de pintos de corte diariamente. Isso considerado, o alojamento de março passado em vez de aumentar quase 10% caiu perto de 1% em relação a fevereiro. Corresponde, aliás, ao que vem chegando ao mercado no momento como frango vivo. Mas se o volume alojado é menor, porque os preços [do frango vivo] são piores que os do mês passado? Senão única, a principal explicação é encontrada na declaração (visivelmente desesperada) de um criador: “O frango vem atingindo um peso extraordinário – 15% a 20% maior que o alcançado no início do ano”. Em outras palavras, ainda que o volume real de março tenha sido ligeiramente inferior ao de fevereiro, a carne de frango dele decorrente (considerada a produção nacional) vem sendo pelo menos 10% maior que a de fevereiro. A produção de pintos de corte acumulada no primeiro trimestre (1,516 bilhão) projeta para o ano uma produção de 6,065 bilhões, volume quase 1% acima do produzido em 2012. Por enquanto, o acumulado em 12 meses totaliza 6,040 bilhões, uma redução de 3% sobre o mesmo período do ano anterior.
Dez
Jan
Fev
Mar
2013 Produção Animal | Avicultura 59
Estatísticas e Preços Produção de carne de frango
Pela primeira vez no ano, total produzido ultrapassa o milhão de toneladas
E
Evolução Mensal MIL TONELADAS
MÊS
2011/12
2012/13
VAR.
Abril
1.078,983
1.057,893
-1,95%
Maio
1.121,019
1.107,369
-1,22%
Junho
1.089,220
1.090,615
0,13%
Julho
1.094,724
1.083,764
-1,00%
Agosto
1.032,743
1.030,725
-0,20%
Setembro
1.048,767
1.015,150
-3,21%
Outubro
1.104,318
1.027,594
-6,95%
Novembro
1.067,411
1.000,732
-6,25%
Dezembro
1.138,387
970,109
-14,78%
Janeiro
1.156,403
963,946
-16,64%
Fevereiro
1.051,621
909,425
-13,52%
Março
1.053,124
1.048,685
-0,42%
Em 3 meses
3.261,148
2.922,056
-10,40%
Em 12 meses
13.036,720
12.306,007
-5,61%
Fonte dos dados básicos: APINCO Projeções e análises: AVISITE
Produção mensal nominal e real Março de 2010 a março de 2013
Mil toneladas Volume nominal mensal (Mil/t) Volume real (ajustado para o mês de 30 dias) - Mil/t
1150 1100 1050 1000 950
60 Produção Animal | Avicultura
mar/13
jan/13
nov/12
set/12
jul12
mai/12
mar/12
jan/12
nov/11
set/11
jul/11
mai/11
mar/11
jan/11
nov/10
set/10
jul/10
mai/10
850
mar/10
900
m março passado, pela primeira vez no ano, a produção brasileira de carne de frango ultrapassou o milhão de toneladas, chegando a 1.048.685 toneladas, volume 0,42% menor que março de 2012 (1.053.124 toneladas), cerca de 5 mil toneladas a menos. Com esse resultado, a produção de carne de frango do primeiro trimestre do ano chega a 2.922.056 toneladas, um recuo de 10,40% na comparação com o mesmo período de 2012, quando foram produzidas 3.261.148 toneladas. Em relação ao trimestre anterior, quando foi produzido o menor volume trimestral do ano passado, a redução é de 2,5%. Embora março tenha ficado acima do milhão de toneladas, a produção média do primeiro trimestre foi de 974 mil toneladas, propiciando um volume mais ajustado às necessidades do mercado com benefícios para todo o setor. O volume do trimestre projeta para o ano uma produção de 11,688 milhões de toneladas de carne de frango, 7,5% menos do que o produzido no ano passado, quando o setor produziu 12,645 milhões de toneladas. Entretanto, a produção do primeiro trimestre normalmente é a menor do ano, devendo aumentar gradativamente nos próximos trimestres. O volume acumulado em 12 meses, de 12.306.007 toneladas, segue em evolução negativa, de -5,61%, na comparação com os 12 meses anteriores. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) atualizou suas projeções de produção para o Brasil. Pela nova previsão, o Brasil produzirá um volume de 12,835 milhões de toneladas, redução de 1,3% sobre a previsão anterior (13,005 milhões/t).
Exportação de carne de frango
Embarques 7,5% menores no trimestre inicial do ano
M
EVOLUÇÃO MENSAL MIL TONELADAS
MÊS
2011/12
2012/13
VAR. %
Abril
325,263
331,001
1,76%
Maio
338,523
374,904
10,75%
Junho
331,321
307,194
-7,28%
Julho
310,874
312,297
0,46%
Agosto
354,337
317,482
-10,40%
Setembro
304,591
305,763
0,38%
Outubro
335,733
343,511
2,32%
Novembro
358,704
312,224
-12,96%
Dezembro
350,252
339,040
-3,20%
Janeiro
328,877
290,475
-11,68%
Fevereiro
281,674
291,083
3,34%
Março
363,613
319,688
-12,08%
Em 3 meses
974,164
901,246
-7,49%
Em 12 meses
3.983,761
3.844,663
-3,49%
Fonte dos dados básicos: SECEX/MDIC
Acumulado em 12 meses e variação anual
3,845 -3,49%
mar/13
3,889 -1,83%
fev/13
3,879 -2,44%
jan/13
3,918 -0,64%
dez/12
nov/12
0,54%
3,929
3,975 2,75%
out/12
3,967 2,61%
set/12
3,966 1,71%
ago/12
4,003 2,83%
jul/12
4,002 1,50%
jun/12
4,026 2,27%
mai/12
1,76%
abr/12
3,989
2,02%
3,984
Preço médio mensal (US$/t) Março de 2012 a março de 2013
mar/12
esmo tendo correspondido ao melhor resultado de 2013, as exportações de carne de frango de março passado ficaram 12% aquém das alcançadas um ano atrás, em idêntico mês. Mas o resultado negativo – ressalte-se – não se deve a um retrocesso dos embarques (tanto que o volume do mês ficou muito próximo da média dos últimos 12 meses – 320.388 toneladas) e, sim, ao excepcional resultado alcançado em março de 2012, mês em que se exportou o segundo maior volume de toda a história do setor. Por conta disso e ainda porque no primeiro mês de 2013 também houve redução dos embarques, o volume acumulado no primeiro trimestre do ano, pouco superior a 900 mil toneladas, apresenta redução próxima de 7,5%. Essa redução foi decorrência de quedas de 13,69% e 14,47% nos embarques de cortes e de industrializados. Mesmo assim, a receita cambial do período registrou aumento anual de 2,2% - a despeito de cortes, industrializados e carne de frango salgada terem apresentado resultados negativos. E isso só ocorreu porque, combinado a um aumento de 2,24% no volume exportado, a tonelada do frango inteiro experimentou, no trimestre, valorização anual de 18,53% no preço médio. No último quinquênio (2008/ 2012) os embarques do primeiro trimestre corresponderam, na média, 23,62% do total anual, projetando para 2013 exportações de 3,815 milhões de toneladas. Esse resultado não é muito diferente do volume exportado nos últimos 12 meses: perto de 3,845 milhões de toneladas, que, por sua vez, correspondem a uma redução de cerca de 3,5% sobre idêntico período anterior.
Produção Animal | Avicultura 61
Estatísticas e Preços Oferta interna de carne de frango
Em março, a primeira alta do ano
A
Evolução Mensal MIL TONELADAS
MÊS
2011/12
2012/13
VAR. %
Abril
753,720
726,892
-3,56%
Maio
782,496
732,465
-6,39%
Junho
757,899
783,421
3,37%
Julho
783,850
771,467
-1,58%
Agosto
678,406
713,243
5,14%
Setembro
744,176
709,387
-4,67%
Outubro
768,585
684,083
-10,99%
Novembro
708,707
688,508
-2,85%
Dezembro
788,135
631,069
-19,93%
Janeiro
827,526
673,471
-18,62%
Fevereiro
769,947
618,342
-19,69%
Março
689,511
728,997
5,73%
Em 3 meses
2.286,98
2.020,81
-11,64%
Em 12 meses
9.052,958
8.461,345
-6,54%
Fonte dos dados básicos: APINCO • Elaboração e análises: AVISITE
Oferta real
Jun
Jul
Ago
2012 62 Produção Animal | Avicultura
Set
Out
Nov
Dez
Jan
Fev
2013
705,481 5,73%
662,509 -16,82%
651,746 -18,62%
-19,93%
610,712
688,508 0,85%
662,016 -10,99%
709,387 -4,67%
690,235 5,14%
746,581
783,421 708,837 Mai
-1,58%
Abr
3,37%
Mar
-6,39%
-3,56%
726,892
-2,56%
667,269
Volume nominal mensal ajustado para mês de 30 dias Mil toneladas
Mar
pós seis meses seguidos de resultados inferiores ao do mesmo período anterior, em março, a oferta interna registra a primeira alta do ano. Dessa forma, deduzidas da produção total de carne de frango (1.048 mil/t), o volume destinado às exportações (319.688 tons), ficaram no mercado interno o equivalente a 728.997 toneladas, volume 17,9% superior ao disponibilizado em fevereiro último. Entretanto, levando em consideração que fevereiro é mês mais curto, a produção real efetiva foi 6,5% superior. Na comparação com março de 2012, o volume é 5,73% maior. A oferta interna acumulada no primeiro trimestre, de 2.020.810 toneladas, é 11,64% menor que o disponibilizado no mesmo trimestre de 2012, quando já haviam sido ofertadas 2.286.980 toneladas. Em relação ao trimestre anterior, a oferta interna foi somente 17 mil toneladas maior, mas isso não quer dizer que houve crescimento na disponibilidade interna, e sim a constatação de que o último trimestre de 2012 foi bem peculiar: quase 12% inferior ao quarto trimestre de 2011, quando normalmente é produzida a maior oferta interna do ano em preparação para as festas de fim de ano. Mas é preciso ficar atento porque no final desse trimestre, em março, a oferta interna ajustada para o mês de 30 dias voltou a superar as 700 mil toneladas, e a manutenção de um volume maior aliado à restrição no consumo pode tirar o equilíbrio existente no mercado. Já o volume acumulado em 12 meses (8.461.345 toneladas) segue apresentando um índice de queda bem inferior ao do trimestre, de 6,54%.
Desempenho do frango vivo em Abril de 2013
Abril foi encerrado com fragilidade visivelmente maior que a registrada no início do mês corrente. Há, porém, uma luz no fim do túnel. Pois, em geral, o quinto mês do ano marca o início de recuperação de preços do frango vivo, um processo que se estende segundo semestre adentro. Na média dos últimos 10 anos, por exemplo, abril representou o “fundo do poço” e maio apresentou valorização de pouco mais de 2% sobre o mês anterior. Ou seja: pode não ser a esperada “salvação”, mas já é um princípio de recuperação. Só basta acontecer. O declínio de preço das matérias-primas observado nos últimos meses tende a cessar daqui para frente. Assim, a estabilidade e a reversão de preços do frango passam a ser pura necessidade.
FRANGO VIVO
Evolução de preços na granja, interior paulista – R$/KG Média mensal e variação anual e mensal em treze meses MÊS.
MÉDIA R$/KG
ABR/12
1,77
Média anual em 10 anos R$/KG
VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL -0,76%
-1,45%
1,70
6,00%
-4,17%
JUN
1,85
14,60%
8,94%
JUL
1,86
4,89%
0,21%
2007
AGO
2,30
10,41%
23,84%
2008
R$ 1,63
SET
2,47
25,47%
7,33%
2009
R$ 1,63
OUT
2,50
26,26%
1,35%
NOV
2,59
24,82%
3,50%
DEZ
2,95
40,11%
14,01%
JAN/13
2,93
85,98%
-0,59%
FEV
2,87
78,98%
-2,23%
MAR
2,69
49,67%
-6,05%
ABR
2,12
19,68%
-21,19%
R$ 1,92
2011
R$ 2,08
2012
R$ 2,65
2013* *2013: 01/Jan a 30/Abr
Média 2003/12 2013
112%
Jul
R$ 1,65
110%
99%
Jun
R$ 1,55
106%
96%
90%
89%
98% 98%
92%
99% 94%
91%
Mar
2006 R$ 1,16
2010
Preço em Dezembro do ano anterior = 100
Fev
R$ 1,35
2005
MAI
Preço relativo no ano em comparação à média mensal de 10 anos
Jan
R$ 1,49
2004
Ago
Set
Out
109%
or razões sazonais (avançar da safra da carne), no mês de abril tradicionalmente e com raras exceções - o preço pago ao produtor pelo frango vivo registra decréscimo em relação ao mês anterior. Assim, por exemplo, na média dos últimos 10 anos, a cotação de abril foi 3,11% menor que a de março. Ou cerca de 28% inferior à de dezembro do ano anterior, quase sempre o melhor do ano. Mas este abril de 2013 extrapolou tudo o que já se vivenciou, pois o recuo médio de um mês para outro ficou em 21,19%. E se, em relação à média de abril de 2012, foi registrada variação positiva de 19,68%, em comparação à média de dezembro de 2012 a queda superou os 28%. A realidade, enfim, é que o quarto mês de 2013 foi encerrado com o pior resultado dos últimos nove meses, condição que remete o frango vivo a uma situação intermediária à observada entre julho e agosto do ano passado. Assim, depois de obter valorização de quase 60% no espaço de cinco meses (entre agosto e dezembro), perdeu tudo o que conquistou em um espaço de tempo mais curto – quatro meses. Como abril foi encerrado com fragilidade visivelmente maior que a registrada no início do mês, não são melhores as expectativas para maio
107%
P
Nov
Dez
72%
Abr
Mai
Produção Animal | Avicultura 63
Matérias-Primas
Estatísticas e Preços
Preço do milho diminui
O
preço do milho registrou queda em abril de 2013. O preço médio do insumo saca de 60 kg, interior de SP, fechou o mês cotado a R$ 26,64 – valor 14,01% menor que a média de R$ 30,98 obtida pelo produto em março de 2013. A disparidade de preços do milho em relação ao ano anterior ainda é positiva apesar de ter diminuído mais do que a metade. O valor atual é 2,46% maior, já que a média de abril de 2012 foi de R$26,00 a saca. Em fevereiro a disparidade registrada foi 6,46%. Valores de troca – Milho/Frango vivo O frango vivo (interior de SP) fechou abril a R$2,12/kg – 21,2% menor que a média de março de 2013. A desvalorização do frango contribuiu para a diminuição do poder de compra do avicultor. Nesse mês, foram necessários 209,4kg de frango vivo para se obter uma tonelada de milho, considerando-se a média mensal de ambos os produtos em abril. Este valor representa queda do poder de compra de 8,35% em relação ao mês anterior, pois em março a tonelada do milho “custou” 191,9kg de frango vivo. Valores de troca – Milho/Ovo O preço do ovo, na granja (interior paulista, caixa com 30 dúzias), encerrou abril cotado à média de R$58,81, valor 3,59% menor que o mês anterior. Mesmo com a diminuição do ovo, a redução no preço do milho assegurou o aumento do poder de compra do produtor. Em abril, foram necessárias 7,5 caixas de ovos para adquirir uma tonelada do cereal. Em março foram necessárias 8,4 caixas/t, uma melhora de 12,12% na capacidade de compra do produtor.
Preço do farelo de soja permanece em queda
O
farelo de soja (FOB, interior de SP) continuou registrando queda pelo sétimo mês consecutivo. O produto foi comercializado em abril de 2013 ao preço médio de R$ 765/t, valor 6,36% menor que o de março passado –R$ 817/t. Na comparação com abril de 2012 – quando o preço médio era de R$815/t – a cotação atual registra redução de 6,13 %. Valores de troca – Farelo/Frango vivo Com maior desvalorização do frango vivo em relação ao farelo de soja, em abril de 2013, foram necessários 360,8kg de frango vivo para adquirir uma tonelada do insumo, significando piora de 15,83% no poder de compra em relação a março, quando foram necessários 303,7kg de frango vivo para obter uma tonelada do produto. Valores de troca – Farelo/Ovo De acordo com os preços médios dos produtos, em abril de 2013 foram necessárias aproximadamente 13,0 caixas de ovos (valor na granja, interior paulista) para adquirir uma tonelada de farelo de soja. O poder de compra do avicultor de postura em relação ao farelo aumentou na comparação com março: melhora 2,96% já que no mês passado 13,4 caixas de ovos adquiriam uma tonelada de farelo. Em relação a abril de 2012, o aumento no poder de compra é de 55,82%, pois naquele período a tonelada de farelo de soja custou, em média, 20,2 caixas de ovos.
Fonte das informações: www.jox.com.br
Produção Animal | Avicultura 64
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Ponto Final
Carne de frango: que tal o setor deixar de pagar a conta sozinho?
A
Redação da Revista do AviSite, que em maio de 2013 completa seis anos acompanhando a avicultura brasileira
primeira leitura a propósito da estimativa de uma produção de carne de frango pelo menos 10% menor que a do primeiro trimestre de 2012 é a de que a avicultura de corte continua em franca recessão. Mas a leitura efetiva a ser feita é a de que o setor apenas retornou ao seu ritmo normal. Ou seja: o volume produzido no trimestre não retrocedeu, a produção inicial do ano passado é que foi excessiva. Aliás, excessiva a ponto de por a perder todo o restante do ano. Por sinal, a tese de que ainda haja recessão é desmontada de vez ao se constatar que, de 2005 até agora (período em que o setor passou por três sérias crises – a de 2006, da Influenza Aviária; a de 2008, da crise econômica mundial; e a de 2012, da explosão dos custos das matérias-primas), o volume produzido no primeiro trimestre registra evolução média de 4% ao ano – índice bem superior ao crescimento vegetativo da população e muito próximo da expansão das exportações. Porém, ainda que a redução trimestral de cerca de 10% mereça alguma comemoração, faz jus também a um alerta: o volume produzido vem crescendo mensalmente. Em março, por exemplo, ficou menos de meio por cento abaixo do registrado um ano antes. E ainda que a capacidade de produção seja restrita, pode ser minimizada através de alguns recursos produtivos. Em outras palavras: a redução atual corre o risco de ser superada sem que o setor tenha se recuperado das
perdas acumuladas no decorrer de 2012. Em abril passado, ao divulgarem os resultados do comércio (IBGE) no segundo mês de 2013, os meios de comunicação revelaram grande assombro ante o fato de o volume vendido pelo setor varejista (leia-se: alimentos) ter recuado 0,4%. Mas parece que ninguém atentou para a informação, simultânea, de que o valor das vendas aumentou 0,6%. Quer dizer: perdeu-se em volume, mas o faturamento foi garantido. Outro caso: no primeiro trimestre de 2013, as exportações brasileiras de carne de frango, como mostra matéria desta edição, recuaram, praticamente, 7,5%. Mas a receita cambial (em dólares) obtida a partir desse volume sensivelmente menor aumentou 2,20%. Novamente: perdeu-se em volume, mas o faturamento foi garantido. Neste caso, aumentado. Retornando ao frango: está mais do que demonstrado que a rede varejista é, senão totalmente, imune às baixas de preço ocorridas ao nível da produção. Como elas não conduzem a um aumento da demanda, o melhor mesmo é garantir o faturamento e aumentar a margem de lucro. Pois a avicultura também precisa se adaptar a essa realidade. Buscar o retorno financeiro que propicie permanecer e reinvestir na atividade em vez de se preocupar apenas em aumentar o volume produzido. Já que ao consumidor – o outro extremo do processo e principal objetivo do setor – não são repassadas as vantagens advindas de baixas de preço do produto, o setor produtivo também precisa agir e deixar de pagar o pato (ou melhor, a conta) sozinho.
Ainda que a redução trimestral da produção de carne de frango mereça alguma comemoração, vale também um alerta: o volume produzido vem crescendo mensalmente
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Ponto Final