Revista do AviSite - Ed. 73

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nº 73 - ano VII junho/2013

ANOS

com

VOCÊ!

BEM NUTRIDOS DESDE O NASCIMENTO Suplemento nutricional nas primeiras horas de vida favorece a formação de uma microbiota saudável e equilibrada

XIV SBSA

Evento estimula crescimento do setor

Alternativa

Fitato como valor antinutricional para aves e suínos


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Produção Animal Avicultura


Sumário

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Capa

Bem nutridos Veja aqui a importância das dietas neonatal e pré-inicial na avicultura de corte

Artigo Nutrição

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Aminoácidos sintéticos e enzimas O uso de aditivos pode neutralizar fatores antinutricionais

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Informe Técnico-Empresarial Farmabase: Consolidação no mercado brasileiro e reposicionamento da marca

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Informe Técnico-Empresarial AB Vista: Fitato como valor antinutricional para aves e suínos Reportagem empresarial Des-Vet comemora três décadas no mercado Ponto final

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Eventos

XIV SBSA Evento destaca-se por qualidade técnica das palestras AviGuia SBSA

Notícias Curtas AviSite: 12 anos a serviço do setor avícola AviGuia Cobb-Vantress: Biosseguridade assegurada Eventos Painel do Leitor Portfólio

Estatísticas e preços

WILSON MENDES A cadeia produtiva da avicultura no Brasil e América Latina

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Produção e mercado em resumo Pintos de corte Produção de carne de frango Exportação de carne de frango Oferta Interna Desempenho do frango vivo em maio Matérias-primas Produção Animal Avicultura

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Editorial

Fusão orgânica A Revista do AviSite estreia nessa edição uma série de mudanças visu-

Mundo Agro Editora Ltda. Rua Erasmo Braga, 1153 13070-147 - Campinas, SP

ais e de conteúdo que estão sendo gestadas ao longo dos últimos meses, parte delas há mais de um ano. Separamos os conteúdos - como mercado, nutrição e manejo - por cadernos e atribuímos a cada cor específica no sumário e nos chapéus para que o leitor possa encontrá-los com facilidade ao folhear a revista. Algumas seções foram reformuladas: Painel do Leitor, As cinco mais lidas, Notícias Curtas e AviGuia ganharam um visual mais

ISSN 1983-0017 nº 73 | Ano VII | Junho/2013

clean. A reforma objetiva tornar as seções mais legíveis e práticas. Tivemos a preocupação de desenvolver uma identidade visual mais homogênea padronizando as fontes e a disposição das informações nas páginas. Também desenvolvemos novas seções. Há dez anos traça um parâmetro entre os acontecimentos passados e o contexto atual. Eventos traz os destaques na programação do calendário técnico avícola e Reportagem Empresarial apresenta as novidades e lançamentos. Investimos em uma fusão orgânica entre a revista impressa e o portal AviSite. O objetivo é que ambas as plataformas noticiosas passem a conversar de maneira mais ágil e completa do que já ocorre hoje. Por isso, em algumas matérias, um link no final amplia as possibilidades de acesso do leitor a informações mais completas. Ferramentas e recursos para facilitar essa integração serão incorporados aos dois suportes – o papel e a tela. Acreditamos que uma sintonia entre os dois meios é vantajosa para o leitor. A integração impõe a revista o desafio de oferecer notícias que sejam ágeis e ao mesmo tempo preserve a qualidade. Assim buscamos avançar na direção de um jornalismo que atenda melhor às necessidades do setor avícola, oferecendo um produto mais conciso e sintético na forma e analítico no conteúdo. Nesse novo formato, apresentamos a matéria de capa “Bem nutridos desde o nascimento”(página 20), que mostra que o fornecimento imediato de um suplemento nutricional aos pintinhos, já nas primeiras horas de

expediente Publisher Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Redação Andrea Quevedo (MTB 27.007) Érica Barros (MTB 49.030) Mariana Almeida (MTB 62.855) imprensa@avisite.com.br Comercial Daniel Cannos Fernanda Bronzeado publicidade@avisite.com.br Diagramação e arte Mundo Agro e Innovativa Publicidade luciano.senise@innovativapp.com.br Internet Jessica Sousa webmaster@avisite.com.br Administrativo e circulação Caroline Esmi financeiro@avisite.com.br

vida, favorece a formação de uma microbiota saudável e equilibrada. Boa leitura!

Uma amostra das mudanças: À esquerda as antigas diagramações e à direita os novos Painel do Leitor e As 5 Mais Lidas

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Produção Animal Avicultura

Os informes técnicoempresariais publicados nas páginas da Revista do AviSite são de responsabilidade das empresas e dos autores que os assinam. Este conteúdo não reflete a opinião da Mundo Agro Editora. Para facilitar o acesso às matérias que estão na internet, disponibilzamos QrCodes. Utilize o leitor de seu computador, smartphone ou tablet


Editorial

Produção Animal Avicultura

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Eventos

Junho

18 a 20 Simpósio Internacional Modelagem na produção de suínos e aves Local: Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – Unesp/Jaboticabal, SP Realização: Unesp/FCAV Informações: www.funep.org.br/mostrar_evento.php?idevento=325

Julho

19 a 21 54º Festa do Ovo de Bastos Local: Recinto de Exposições Kisuke Watanabe, Bastos, SP Realização: Sindicato Rural e Prefeitura de Bastos Contato: (14) 3478-9800 Informações: www.bastos.sp.gov.br

20 Avicultor 2013 Local: Rua Pitangui, 1904, Sagrada Família, Belo Horizonte, MG Realização: Avimig Contato: (31) 3482-6403 Informações: www.avimig.com.br E-mail: operacional@avimig.com.br

Avicultor 2013 fará homenagem à EMATER-MG No dia 20 de junho acontece o Avicultor 2013, na sede da Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig), em Belo Horizonte, MG. Durante a ocasião, a entidade pretende homenagear a EMATER-MG pelos 65 anos de trabalhos prestados ao agronegócio mineiro. O dia será reservado para o conhecimento técnico-científico com palestras de alto nível sobre importantes temas do agronegócio avícola. Haverá apresentações e debates sobre “Registro de Granjas IN 36” e “Procedimento e Uso de Resíduos de Graxarias” (destinados à alimentação animal). Além disso, a Ubabef fará a sua tradicional reunião regional, uma oportunidade para os participantes se informarem sobre a atuação da entidade nacional – que trará, por intermédio de seus dirigentes e técnicos – dados sobre a economia e política relacionados à atividade avícola nos âmbitos nacional e internacional. Durante a reunião será discutido o tema normativa NR 36 e o artigo 253 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Como nas edições anteriores, será realizada paralelamente, na sede da Avimig, a Feira de Produtos e Serviços Avícolas de Minas Gerais, um momento para contato com as empresas do setor e prospecção de negócios, em clima de confraternização.

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Agosto

27 a 29 SIAV – Salão Internacional da Avicultura Local: Anhembi, São Paulo, SP Contato: (11) 3031-4115 Informações: www.ubabef.com. br/23congresso E-mail: congresso@ubabef.com.br 27 Simpósio OvoSite de Produção e Mercado de Ovos Local: Anhembi Parque, São Paulo, SP, durante o SIAV Realização: OvoSite, Revista do Ovo e UBABEF Informações: www.ovosite.com.br Email: simposioovosite@ovosite.com.br

Valor agregado: novos caminhos O Salão Internacional da Avicultura (SIAV), evento promovido pela União Brasileira de Avicultura (UBABEF) entre os dias 27 e 29 de agosto, no Anhembi (São Paulo/ SP) será também o momento para a definição das novas tendências da cadeia avícola nacional.

Tema do SIAV destaca necessidade de melhorar a rentabilidade dos negócios do setor Neste sentido, o 23° Congresso Brasileiro de Avicultura, inserido dentro da programação do SIAV, terá como tema nesta edição “Valor agregado: novos caminhos para a inovação avícola”. “Em 2011, levantamos a logística como principal ponto de debate para o ganho de competitividade do setor, e hoje ela é pauta nacional, não apenas da nossa cadeia


Setembro

10 a 12 X Curso de Atualização em Avicultura para Postura Comercial Local: Centro de convenções Unesp/ FCAV, Jaboticabal, SP Realização: Unesp/FCAV Contato: (16) 3209-1303 Informações: www.funep.org.br

Outubro

1a4 IV Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária Local: Centro de Convenções da Amazonas, Belém, PA Realização: Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária Informações: www.conferencia.defesaagropecuaria.com E-mail: conferencia@defesaagropecuaria. com

Novembro

12 a 15 Congresso Latino-americano de Avicultura Local: Centro Internacional de Ferias y Convenciones, El Salvador Informações: www.avicultura2013. com E-mail: amartinez@avicultura2013.com

30 e 31 V Simpósio Internacional e IV Congresso Brasileiro de Coturnicultura Local: Centro de Convenções da Universidade de Lavras, MG Realização: Universidade de Lavras – UFLA Informações: www.nucleoestudo.ufla.br/ necta/index.php/inicio Contato: (31) 3829-1240 E-mail: simposiocodornas2013@gmail.com

para a inovação avícola produtiva, mas para o país. Agora, em 2013, queremos levantar a importância de melhorarmos a rentabilidade dos negócios de nosso setor, por meio da agregação de valor”, destaca o presidente da UBABEF, Francisco Turra. Na pauta das palestras estarão temas que desafiam o dia a dia dos técnicos e dos empresários do setor, e estratégias para ampliar a capacidade competitiva da cadeia produtiva. “Um dos pontos altos da programação é a palestra com o norte-americano Jurgen Klaric, considerado um dos gurus do marketing na atualidade. Um painel específico com os CEOs das maiores agroindústrias do setor avícola também será destaque na programação, como também a palestra de Andrea Gavinelli, diretor de Bem-Estar Animal da Diretoria-Geral de Saúde e Consumo (DGSanco), da Comissão Europeia”, ressalta Ricardo Santin, diretor de Mercados da UBABEF.

Em paralelo ao 23° Congresso Brasileiro de Avicultura, eventos gratuitos acontecem. Um deles é o Projeto Produtor, iniciativa especialmente voltada para os produtores avícolas, que tratará sobre desafios do manejo de frango de corte e informações sobre a aplicação de tecnologias na granja. O Simpósio sobre Produção e Mercado de Ovos também é um dos destaques, com uma programação exclusivamente voltada para a cadeia de postura, com temas referentes ao mercado, como agregação de valor, abastecimento de insumos e a busca por novos mercados. Produção Animal Avicultura

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Painel do Leitor

ANOS

com

VOCÊ!

SE NÃO MELHORAR,

PARA

- Os gargalos enfrentados - Como escoar nossa produção de grãos e frango

- A queda do lucro e da competitividade - As possíveis soluções

Diagnósticos: Novas tecnologias, qualidade das amostras e cautela na execução geram resultados mais rápidos

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Produção Animal Avicultura

Estatísticas – Desempenho do frango vivo em abril A crise na avicultura aqui em São Paulo está quebrando nossas integrações, estou com dois aviários muito bem equipados parados há mais de 90 dias. E não sou só eu. Muitos avicultores estão com o mesmo problema. Jamilson Barbon Godoy, Tambaú, SP É triste, mas a avicultura no Brasil parece ser coordenada por principiantes e amadores.Se o setor não se profissionalizar o que veremos é uma quebradeira geral. Para os integrados, não para as grandes agroindústrias. Sergio, Atibaia, SP Cadê o Governo que não ajuda os avicultores nessa situação? Será que o Governo sabe quantos empregos a avicultura proporciona? Só ajudam as montadoras de carro e não olham para o campo. Esse País não tem jeito mesmo. A população prefere comprar uma garrafa de cerveja ou cachaça do que um frango e ainda reclama que o frango está caro. Eduardo, Pirassununga, SP

Caos logístico: Se não melhorar, para Já estava na hora de os portos terem serviços federais 24 horas. Antes tarde do que nunca. Daniel Batista Ferreira, Rondon, PR O Governo levou dois anos para concluir um estudo sobre a ferrovia da integração. Dois anos para um estudo... Para construir vai levar mais uns 15 anos. Agora que as agroindústrias conseguiram ser ouvidas é importante continuar cobrando, pois ainda faltam conseguir as licenças. Alexandre Cesar Grigolo, Chapecó, SC Gostaria de parabenizá-los pela reportagem e capa sobre logística. Assunto que interessa a todos. E nós sofremos muito na ineficiência da logística deste país. Lucielma Holtz, São Paulo, SP

As mais comentadas no AviSite www.avisite.com.br

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Fragilidade se acentua e preço do frango vivo sofre novo recuo

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Frango vivo inicia maio valendo menos que há nove meses

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Influenza Aviária: Ubabef recomenda reforço nas medidas de biosseguridade Como podemos investir em telas novas, cercas e arcos de desinfecção, sendo que não estamos nem alojando em nossas granjas e não recebemos os pagamentos das integrações? Em SP estamos desesperados!!! Jamilson Barbon Godoy, Tambaú, SP

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BNDES pode abrir linha de R$ 3 bilhões para modernização de aviário É muito importante a atitude do Francisco Turra, presidente da Ubabef, que fez o pedido para o BNDES em relação a créditos. Para os bancos a avicultura hoje é considerada atividade de risco elevado. Isso torna o acesso ao crédito quase impossível. Carlos Henrique de Lima, Descalvado, SP

Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

nº 72 - ano VII maio/2013


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As cinco notícias mais lidas no AviSite em maio

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Preço do frango vivo: Situação de 2013 é inédita

Matrizes de corte: Projeções do AviSite são confirmadas por número da Ubabef

Custo do frango tem variação anual negativa; pela primeira vez em 14 meses

A possível origem do H7N9 segundo cientistas chineses

Carne de frango sobe e troca de posição com o milho na pauta exportadora

Desde o início de 2013 até 21 de maio, a cotação alcançada pelo frango vivo comercializado no interior paulista só registrou baixas, nenhuma alta em quase cinco meses. O primeiro registro do gênero nos últimos 10 anos data de 2006, frente aos casos de IA do tipo H5N1.

Matéria do AviSite de novembro de 2012 projetava, com base nas condições do mercado então enfrentada, qual seria o possível alojamento de matrizes de corte de 2012. O número é o mesmo agora informado pela Ubabef: 46,5 milhões de cabeças.

O levantamento mensal da Embrapa aponta que, comparativamente ao mesmo mês de 2012 e após 13 meses de altas sucessivas, o custo de produção do frango voltou a apresentar variação anual negativa. O valor levantado para abril de 2013 ficou em R$1,854/kg.

Cientistas chineses concluíram que o H7N9 resulta de uma recombinação de quatro outros organismos. Os genes de um desses vírus podem ter se originado do vírus da IA incidente em patos do delta do Rio Yangtze (Rio Azul) onde, aparentemente, a epidemia começou.

Sexto produto da pauta exportadora brasileira no primeiro trimestre de 2013, a carne de frango in natura se encontra agora na quinta posição. Fechou o quadrimestre com uma receita cambial de US$2,374 bilhões e trocou de lugar com o milho em grão, cuja receita foi menor.

Há 10 anos no AviSite www.avisite.com.br

Venezuela quer frango e ovo do Brasil Campinas, 06 de Maio de 2003 - Na nientes de Manaus; tentativa de minimizar problemas inter- 1.600 toneladas serão transportadas por nos de abastecimento, o governo venevia marítima, saindo de São Paulo; zuelano deve importar uma série de - As 1.000 toneladas restantes também alimentos do Brasil, entre eles farinha de entrarão na Venezuela por via terrestre. A trigo, lácteos e carnes. O anúncio foi origem não foi especificada, mas a data feito pelo presidente Hugo Chávez, que de entrada já foi anunciada: dia 18 de admitiu – em seu programa “Alô, Presimaio próximo. dente!”, transmitido pela Rádio Nacional Segundo o Ministro venezuelano da Agrida Venezuela – a escassez de vários cultura, o governo avalia a possibilidade produtos em decorrência do controle de de acordo com o Canadá objetivando, câmbio. também, a importação de alimentos. Lula e Chávez, ainda em Em sua fala ao povo venezuelano, Chávez 2003, em visita do informou que o governo deve importar Em tempo: A Venezuela importou no venezuelano ao Brasil do Brasil 6.200 toneladas de carne de primeiro trimestre de 2013 o equivalente a frango, 33 mil caixas de ovos e 80 mil 31, mil toneladas de carne de frango do sacas de farinha de trigo. Conforme jornais locais, chegou a Brasil. O governo do país vizinho anunciou recentemente que detalhar a forma como serão importadas as 6.200 toneladas de passaria a importar também papel higiênico para suprir a necescarne de frango, a saber: sidade interna. O presidente da Venezuela Hugo Chávez faleceu - 3.600 toneladas chegarão à Venezuela por via terrestre, proveno dia 05 de março de 2013, vítima de câncer.

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Uma revolução no desempenho

O fitato compromete o desempenho animal O efeito antinutricional do fitato pode trazer um custo da ordem de U$ 6 / ton de ração em perda de performace.

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performance beyond phytase Produção Animal Avicultura

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Notícias Curtas

AviSite: 12 anos a serviço do setor avícola Maio de 2001. Por aqui, o presidente do Brasil era Fernando Henrique Cardoso e com o World Trade Center ainda de pé, o presidente americano George W. Bush nem sonhava em invadir o Afeganistão. Sim, o ano de 2001 foi marcante também para o setor avícola. O cenário era fervilhante. Apesar do racionamento de energia, uma preocupação devido às sobretaxas que o Governo se propunha a cobrar, foram 6,6 milhões de toneladas de carne de frango produzidas e 1,250 milhão exportadas. E foi dentro desse contexto que nasceu o AviSite, no dia 20 de maio. O AviSite entrou no ar com a missão de informar o setor avícola. Entre as notícias da primeira semana, há 12 anos, falava-se de problemas enfrentados pela produção e pela exportação. Um deles ocasionado exatamente pelo “apagão” no sistema de geração de energia elétrica; outro, decorrente de um surto de aftosa que isolava o RS do restante do País. Mas havia espaço também para menção às empresas – por exemplo, à Chapecó, há tempos desaparecida do cenário avícola brasileiro; ou, ainda, à Sadia e à Perdigão, à época anunciando inédita (e inacreditável) parceria na Rússia. Foi então que – provavelmente pela primeira vez – a avicultura ouviu falar da criação de uma BRF. Ou seja: essa marca não é tão nova quanto aparenta. Em 2001 acreditávamos (e em 2013 estamos ainda mais convictos) que a informação é uma das engrenagens do desenvolvimento. Afinal, quem sabe, se antecipa. Quem conhece, se prepara. Quem se inteira, investe. E continuamos apostando nisso. Nosso objetivo é manter o setor avícola antenado com a evolução das tecnologias, da produção das aviculturas de corte e postura. É levar ao setor, sem distinção, informações atualizadas sobre o comportamento da atividade e suas

perspectivas no Brasil e no exterior. Não custa citar que – desde então – o AviSite publicou cerca de 14.200 notícias e mais de 21.000 clippings – perto de 3 mil informações anuais, pela média. Uma vez que nenhum outro veículo de comunicação do setor registrou esse nível de prestação de serviços à avicultura brasileira, tal desempenho deixa a sensação de dever cumprido. Nossa expectativa é a de que os próximos 12 anos sejam tão produtivos quanto os que passaram. Aliás, ainda melhores, pois, afinal, os valores de produção dobraram, enquanto os de exportação mais do que triplicaram. Estamos na torcida e no apoio. Contem conosco.

Sistema de inspeção

Manuais oficializados

Com o auxílio de renomados cientistas brasileiros, técnicos do Ministério da Agricultura iniciaram em março, as discussões para estabelecer os critérios de desempenho de inspeção e controle microbiológico no processo produtivo de mercadorias de origem animal. Esses pesquisadores fazem parte da Comissão Científica Consultiva em Microbiologia de Produtos de Origem Animal. Criado em janeiro deste ano, o grupo atua no auxílio técnico ao Dipoa na revisão e no aperfeiçoamento de programas e análises críticas de resultados laboratoriais. A comissão, formada por membros da academia especializados nas áreas de carnes, também vai emitir pareceres e fornecer subsídios técnico-científicos em microbiologia de produtos de origem animal.

Os requisitos específicos para credenciamento e funcionamento dos Laboratórios de Resíduos e Contaminantes em Alimentos para atender exclusivamente as demandas do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC) foram estabelecidos dia 20 de maio. A normativa oficializa os manuais de Garantia da Qualidade Analítica e o de Procedimentos do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes. Esses instrumentos devem ser utilizados obrigatoriamente pelos laboratórios durante os estudos de validação dos métodos de ensaios e nas suas rotinas. O credenciamento ou autorização será concedido por ensaio ou grupo de ensaios na área de resíduos e contaminantes em alimentos de origem animal e vegetal. Os laboratórios também deverão participar de testes de proficiência e comparações interlaboratoriais periodicamente.

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Exportações para o México O governo e importadores do México iniciaram contatos com o Brasil sinalizando a intenção de realizar a importação de carne de frango e ovos. No caso do frango, a expectativa é de que o volume some, no total, 300 mil toneladas, a serem fornecidas por exportadores brasileiros e de outros países. As primeiras informações são de que o México, onde foram registrados focos de gripe aviária, tem interesse em agilizar todas as negociações e formalidades necessárias para o acordo sanitário com o Brasil. A UBABEF sugere que o acordo sanitário seja formalizado com base nos padrões que o Brasil cumpre junto a mercados como União Europeia, Japão e Arábia Saudita.

México é o 4º maior importador mundial de carne de frango, estando atrás, apenas, de Japão, Arábia Saudita e UE

Paranaguá 24h Os serviços federais anuentes do Porto de Paranaguá passaram a funcionar 24 horas por dia a partir do início de maio. A medida já foi aplicada em outros portos do País, a exemplo de Santos, Rio de Janeiro e Vitória, dentro do programa Porto 24 horas, da Secretaria Especial de Portos (SEC). O programa coloca órgãos como Anvisa, Receita Federal e Vigiagro em trabalho ininterrupto para acelerar a entrada e a saída de carga de Paranaguá.

Ferrovia: mais 2 anos O otimismo tomou conta do setor produtivo e da classe econômica do grande oeste catarinense, com oficialização do edital da Ferrovia da Integração. O edital contempla três projetos em uma só licitação: o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental, o estudo aerofotogramétrico e o projeto básico de engenharia. O prazo para os três trabalhos é de 22 meses e o valor do investimento do Ministério dos Transportes nesse edital é de 68,7 milhões de reais. Produção Animal Avicultura

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Notícias Curtas | Empresas

Abatedouro de aves da Unitá, PR No dia 6 de junho foi inaugurado o abatedouro de aves da Unitá – Cooperativa Central, na cidade de Ubiratã, PR. O investimento está sendo realizado pelas cooperativas Copacol e Coagru, na ordem de R$ 135 milhões e vai gerar 800 empregos diretos neste primeiro momento. A Cooperativa Central foi criada no ano de 2011 com a proposta de fortalecer os negócios de ambas as cooperativas. Serão abatidas nesse início 80 mil aves ao dia, até o abatedouro chegar a sua capacidade máxima de 180 mil aves abatidas ao dia. Com ampliações previstas até 2017, o abatedouro chegará a 350 mil aves por dia.

Big Frango viável Depois de quase ser colocada à venda no ano passado devido às dificuldades provocadas pela disparada dos grãos usados na ração animal e, principalmente, por sua elevada dívida de curto prazo, a processadora de carnes paranaense Big Frango deflagrou um profundo choque de gestão. À frente da companhia, o empresário Evaldo Ulinski demitiu toda a diretoria e iniciou uma peregrinação pelos bancos credores em busca de prazos mais longos para o pagamento das dívidas da companhia. A ofensiva começa a mostrar efeito. Graças ao repasse de preços da carne de frango, a Big Frango saiu do vermelho e encerrou o primeiro trimestre deste ano com um lucro líquido de R$ 5 milhões. Informações divulgadas pelo Valor Econômico.

Marfrig vende unidade JBS compra planta A JBS firmou, por meio de sua subsidiária JBS Aves, um contrato com a BRF para a aquisição, por R$ 200 milhões, de unidade de suínos localizada no município gaúcho de Ana Rech. O ativo, que inclui também granjas, havia sido dado à BRF como garantia de uma dívida pela francesa Doux Frangosul, em 2011. Pelo contrato, a JBS também se compromete a adquirir ativos biológicos (cerca de 491 mil suínos) e a Granja André da Rocha, localizada em Nova Prata (RS). Dos R$ 200 milhões que a JBS pagará à BRF, R$ 120 milhões se referem à unidade de Ana Rech e à Granja André da Rocha.

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BRF no Haiti A BRF pretende investir na cadeia produtiva de frangos no Haiti. Para isso, a empresa brasileira trabalhará em parceria com o fundo de negócios sociais de Muhammad Yunus, prêmio Nobel da Paz e criador do conceito de microcrédito para populações carentes. Segundo Wilson Mello, vice-presidente de assuntos corporativos da BRF, a decisão de atuar na pequena e carente ilha da América Central visa causar um impacto social maior. “A população não tem acesso a emprego, renda ou proteínas. Queremos abrir essas três frentes no Haiti”, afirmou ele em evento de lançamento do fundo de Yunus no Brasil. Informações divulgadas pelo Valor Econômico.

A Marfrig, que controla a Seara Alimentos, deixará de operar a sua unidade de frangos do complexo agroindustrial de Caxias do Sul, RS, a partir de 20 de junho. Propostas para a venda dos ativos de Caxias estão sendo analisadas, conforme a empresa. O sistema de produção de perus na mesma cidade continuará operando normalmente. Segundo a Marfrig, o encerramento da operação de frangos em Caxias do Sul “é parte do plano de melhoria da eficiência” da Seara Foods no Brasil. O plano prevê o encerramento das atividades de quatro plantas da Seara no país - três serão colocadas à venda além do fechamento de duas unidades de bovinos na Argentina e centros de distribuição no Brasil. Com essas medidas, a empresa espera reduzir em R$ 2 bilhões seu endividamento bruto, que é de quase R$ 13 bilhões. Informações divulgadas pelo Valor Econômico.


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Bem nutridos desde o nascimento O fornecimento imediato de um suplemento nutricional aos pintinhos, já nas primeiras horas de vida, favorece a formação de uma microbiota saudável e equilibrada. Veja aqui a importância das dietas neonatal e pré-inicial na avicultura de corte

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A incubação artificial de ovos permitiu que a avicultura chegasse a grandes volumes de produção, porém causou uma situação em que as aves recém-nascidas perderam a capacidade de alimentar-se por conta própria após a eclosão. Assim, o atraso neste recebimento de nutrientes e micro-organismos benéficos limita o desenvolvimento fisiológico neonatal do pintinho. Com isso, o desempenho zootécnico no final do ciclo produtivo fica prejudicado, além de afetar negativamente a formação e maturação do sistema imune, comprometendo a habilidade das aves em reagir contra patógenos”. Quem explica este processo é José Eduardo Butolo, especialista em nutrição de aves e membro dirigente do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA). E ainda acrescenta: “No estado selvagem, o pintinho recém-nascido adquire sua microflora intestinal basicamente da mãe, por vias diretas ou indiretas. Os pintainhos provenientes de incubadoras comerciais não têm essa oportunidade e ficam suscetíveis a todo tipo de contaminação microbiana que, geralmente, são patogênicas”.

Dietas neonatal e pré-inicial fazem toda a diferença para o desenvolvimento dos frangos de corte no campo Dessa forma, o especialista alerta que o fornecimento imediato de um suplemento nutricional, através da chamada dieta neonatal, ainda no incubatório nas primeiras horas de vida do pintinho, resulta em aves com maior capacidade de expressar seu potencial genético de crescimento e sanidade. “Esta dieta neonatal tem como objetivo oferecer nutrição e hidratação, sendo composta de uma mistura balanceada de vitaminas, minerais, aminoácidos, carboidratos e micro-organismos vivos (probióticos), para favorecer a formação de uma microbiota saudável e equilibrada, para ser usada como colonizadores intestinais via alimento,

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Crédito: Agroceres Multimix

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Fonte: CBNA

Dieta neonatal oferecida aos pintinhos nas primeiras horas de vida, ainda no incubatório

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água de bebida no incubatório ou como primeiro alimento no alojamento”, detalha Butolo. “O conceito de dieta neonatal pode ser descrito como o alimento fornecido aos pintainhos logo após o período de eclosão até que estes sejam transportados e alojados em galpões de criação”, resume Alex Maiorka, professor de Nutrição Animal da Universidade Federal do Paraná (UFPR). De acordo com Maiorka, os primeiros dias pós-eclosão são críticos para o desenvolvimento e sobrevivência de neonatos. “Por se tratar de um período de transição, o trato gastrointestinal, apesar de estar anatomicamente maturo, não apresenta capacidade fisiológica completamente desenvolvida para digerir e assimilar nutrientes”, ressalta. “Vários estudos demonstram que o atraso no fornecimento e consumo de ração e água altera o metabolismo do recém-eclodido, fazendo com que haja mobilização das reservas corporais para suporte do metabolismo e do sistema termorregulador, além de retardar o amadurecimento e desenvolvimento do sistema gastrointestinal, imunológico e muscular. Deste modo, o fornecimento das dietas neonatais dentro do incubatório e durante o transporte visa disponibilizar nutrientes ao animal o mais rápido possível, evitando que o animal permaneça períodos prolongados (até 72 horas) sem alimento ao longo do trato digestório, evitando estado de desidratação, retardo no crescimento, menor resistência a doenças e mortalidade”. Os dois especialistas concordam que a dieta neonatal é importante para garantir o desempenho esperado da ave no campo. Assim, podemos classificar a dieta neonatal como um substrato de forma


Dieta neonatal

Dieta pré-inicial

• Usada nas primeiras horas de vida do pintinho (até 72 horas), ainda no incubatório (pós-eclosão); • Tem como objetivo hidratar a ave e estimular o desenvolvimento de sua flora digestiva; • Pastosa, reúne ingredientes como água, milho, soja, vitaminas, minerais, aminoácidos, carboidratos e micro-organismos vivos (probióticos), de alta qualidade e digestibilidade.

• Fornecida durante as duas primeiras semanas de vida do pintinho, já na granja, dependendo do manejo aplicado (1 a 7 dias ou até o 14º dia); • Alimento micropeletizado ou triturado; • Promove a adaptação da ave para uma dieta composta, predominantemente, por carboidratos.

pastosa indicado para promover a hidratação dos pintinhos recém-nascidos e estimular o desenvolvimento de sua flora digestiva. Chayane da Rocha, pesquisadora desta área e aluna orientada por Maiorka na UFPR, acrescenta que a dieta neonatal deve conter milho e soja, ingredientes comumente utilizados nas formulações para aves no Brasil, e ingredientes que disponibilizem os nutrientes e a energia requerida para esta fase. “O importante nesta fase de transição é a utilização de ingredientes de alta qualidade e altamente digestíveis”, comenta Chayane. Outro fator apontado pelos especialistas é que nem todos os incubatórios ou produtores de aves utilizam a dieta neonatal. “Infelizmente, esta dieta ainda é utilizada por um número restrito de produtores, por se tratar de uma nutrição de baixo consumo e, muitas vezes, não ter a sua logística de produção viabilizada”, resume Maiorka.

dos, macro e microminerais e aditivos melhoradores de desempenho”, esclarece José Eduardo Butolo, do CBNA. A dieta por fase, segundo os especialistas em nutrição de aves, promove benefícios ao desenvolvimento do frango e aos resultados zootécnicos esperados na granja. “As aves atingem peso de abate cada vez mais precocemente. A dieta fásica é econômica e tecnicamente viável e deve ser colocada em prática com variações de alimentos semanais”, adverte. O professor Alex Maiorka não só confirma a tese de seu colega como faz questão de frisar que a dieta por fases é extremamente vantajosa para o avicultor. “A dieta por fases permite que as aves recebam alimentos formulados de acordo com suas exigências nutricionais”, elucida. “Embora as dietas neonatais sejam fornecidas no incubatório e na caixa de transporte, o avicultor se beneficia de tal manejo pelo fato de os animais não chegarem ao galpão de alojamento em jejum. O fornecimento da dieta pré-inicial é considerado vantajoso para o avicultor, pois o desempenho final do lote está altamente correlacionado com o seu desempenho inicial. Sendo assim, suprir os nutrientes e a energia o mais próximo possível das necessidades do animal é o manejo alimentar ideal para máxima expressão do crescimento”.

Pré-inicial As dietas pré-iniciais são utilizadas pela grande maioria dos produtores de aves de corte no Brasil. Sua composição pode ser micropeletizada e ou triturada para ser utilizada nos primeiros sete dias de vida das aves (ou até o 14º dia, dependendo do manejo da granja). “Geralmente, são fornecidos entre 150 a 200 gramas/ave. Seus componentes são fontes proteicas, energéticas, vitaminas, aminoáci-

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Capa

Opções e soluções As empresas de nutrição animal, que atuam no Brasil, oferecem uma série de opções, soluções e programas para dietas neonatal e pré-inicial para frangos de corte. A seguir, confira os comentários de algumas das principais empresas de rações e de ingredientes nutricionais, sobre a importância dessas dietas na avicultura moderna. (Outros comentários e as entrevistas, na íntegra, estarão disponíveis no Portal AviSite, através do link www.avisite.com.br/revista/materias/dietas.html).

Vetanco

AB Vista

Marcelo Dalmagro – gerente Técnico “A nutrição e a colonização da flora do pintinho para a sua chegada na granja é uma etapa muito importante para o desenvolvimento da ave. Nós acreditamos nisso e desenvolvemos um programa de nutrição e colonização neonatal para que o pintinho receba já em suas primeiras horas de vida pós-eclosão todos os nutrientes necessários para estimular a sua flora digestiva e acelerar o seu processo de imunidade. Para o lote de frango ter um bom desempenho, a ave precisa ter um bom começo de vida, com nutrientes específicos e adequados”.

Tiago Tedeschi dos Santos, gerente Técnico Global “A utilização de rações pré-iniciais já é uma prática corriqueira na produção de frangos de corte no Brasil. Por outro lado, ração neonatal é uma área nova de pesquisa; são rações desenhadas para serem fornecidas para os frangos de corte ainda no incubatório, seja nos nascedouros, durante o processo de classificação ou nas caixas de transporte até a granja. Em ambas as dietas o maior enfoque é na utilização de ingredientes de alta digestibilidade, já que o trato gastro intestinal destes animais ainda encontra-se imaturo”.

Agroceres Multimix

Guabi

Patrícia de C. Andrade Marchizeli – Nutricionista Aves de Corte Lidson Ramos Nery – Nutricionista Pesquisa e Desenvolvimento “As aves, atualmente, são abatidas, em média, com 44 dias, portanto, a primeira semana passou a representar 16% da vida da ave. Desta forma, precisamos dar maior importância a esta fase. O jejum prolongado ou a nutrição inadequada nas primeiras horas ou primeiros dias de vida da ave proporciona uma queda no potencial de ganho de peso, o que será prejudicial ao desenvolvimento da ave”.

João Carlos de Angelo - gerente de Formulação e Avicultura Na fase pré-inicial, as aves têm a anatomia e a fisiologia do aparelho digestivo, bem como necessidades nutricionais diferenciadas em função da dificuldade em digerir e absorver certos nutrientes. Diante disto, a formulação de uma ração pré-inicial precisa levar em consideração: exigência nutricional em função da linhagem alvo, qualidade de ingredientes e sua digestibilidade como uma forma de maximizar a capacidade digestivo-absortiva”.

Poli-Nutri

Yes

Alexandre Barbosa de Brito Gerente de Formulação e Nutrição “A dieta pré-inicial é uma ração especializada para atender os requerimentos de animais nos primeiros dias de vida após o alojamento. Este conceito foi introduzido no cenário nacional em meados dos anos 1990 como forma de maximizar o peso da ave aos sete dias de idade para ganhos na curva de desenvolvimento gerando benefícios principalmente no peso ou idade ao abate”.

Renato Della Libera, gerente Nacional “Com o aumento dos custos de produção e pressão maior nas margens, se torna necessário ter maior atenção nas fases iniciais. Nas primeiras 72 horas de vida, o trato gastrointestinal (TGI) é pouco desenvolvido e há dificuldade de absorção de nutrientes, seja pela qualidade da matéria-prima, granulometria e ou agentes patogênicos. Devido a isso, a exigência por alimentos de alta digestibilidade é muito mais importante nesta fase”.

Vaccinar Marcelo Torretta, diretor de Nutrição & Tecnologia “As rações pré-iniciais já vêm sendo largamente utilizadas na avicultura e têm por objetivo fornecer os nutrientes necessários, de acordo com as exigências nutricionais dos pintos nessa fase. O conceito de dieta neonatal vem ganhando espaço e visa, não somente garantir que as exigências nutricionais das aves sejam supridas, mas também garantir um melhor desenvolvimento do trato gastrointestinal”.

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Auster Nutrição Animal

Adisseo

Laureano Galeazzi - gerente Técnico “Devido à importância que a alimentação neonatal representa na vida do frango de corte, deve-se dar uma atenção especial aos ingredientes que forneçam nutrientes mais biodisponíveis e favoreçam, além de um crescimento rápido, melhor saúde intestinal, qualidade imunológica e preparem as aves para receber a dieta pré-inicial”.

Roberto Montanhini Neto - gerente Desenvolvimento Técnico América do Sul “Dietas de animais neonatos são, em sua maioria, mais concentradas em teores de aminoácidos. Considerando os ingredientes disponíveis que são comumente utilizados em dietas para frangos de corte, os farelos de oleaginosas são os principais responsáveis por aportar essa maior quantidade de nutrientes constituintes de proteínas”.

Alltech

Ilender

Fernando Rutz – Nutrição Animal Avicultura “O pinto, ao nascer, apresenta o trato gastrintestinal não completamente desenvolvido. Isto compreende o desenvolvimento das vilosidades e das enzimas presentes nas microvilosidades. Associado a este fato, secreção ineficiente de enzimas pancreáticas, especialmente lípases e a falta de circulação enterohepática de sais biliares comprometem a digestão de gorduras”.

Rafael Neme - Country Manager da Ilender do Brasil “O desempenho final da ave está intimamente ligado ao seu desenvolvimento gastrointestinal e é extremamente importante nos atentarmos às suas funções desde a primeira semana de vida do pintinho. Neste período, tamanhos e pesos aumentam significativamente: das três principais porções intestinais (duodeno, jejuno e íleo) e dos órgãos anexos (fígado, pâncreas, moela e pró-ventrículo). Por isso é fundamental que a ave receba uma nutrição que considere a evolução desta etapa fisiológica”.

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Artigo | Nutrição

Apesar da constante busca por alimentos alternativos, as dietas para aves ainda são formuladas basicamente com milho e farelo de soja

Aminoácidos sintéticos e enzimas Em artigo, pesquisadores discutem como reduzir custos de produção de frangos de corte

E

m material enviado com exclusividade para a Revista do AviSite, e apresentado em síntese aqui, Karina Ferreira Duarte (Departamento de Zootecnia da UNESP/ Jaboticabal) e Otto Mack Junqueira (Universidade Federal de Goiás, Jataí, FEIS/UNESP, Ilha Solteira) falam sobre ferramentas importantes na redução dos custos de produção de frangos de corte. No texto, os autores lembram que as rações foram formuladas com base no conceito de proteína bruta, resultando em dietas com conteúdo de aminoácidos acima do exigido pelos animais. No organismo, os esqueletos de carbono dos aminoácidos em excesso são utilizados para a produção de energia, sendo o nitrogênio residual excretado pelos rins, com gasto energético para o organismo. A aplicação do conceito da proteína ideal tem permitido aos nutricionistas formular rações mais adequadas às exigências nutricionais de cada categoria animal, melhorando a eficiência de utilização dos nutrientes contidos nos alimentos e reduzindo a excreção de resíduos ao ambiente, principalmente os nitrogenados. Apesar da constante busca por alimentos alternativos, as dietas para aves ainda são formuladas basicamente com milho e farelo de soja. No entanto, o farelo de soja apresenta em sua composição polissacarídeos não-amiláceos (PNSA), que são componentes não-digeríveis pelas aves ou de digestão incompleta. A presença desses polissacarídeos aumenta a

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viscosidade do alimento no trato gastrintestinal, reduzindo a digestão e absorção de aminoácidos, carboidratos, minerais e outros nutrientes, diminuindo a produtividade das aves. O farelo de soja apresenta 20% de PNSA com digestibilidade praticamente nula. Além disso, os inibidores de tripsina e as lectinas são os fatores antinutricionais do farelo de soja mais comumente destacados na literatura. Como as aves não secretam enzimas endógenas necessárias para a ruptura dos β-glucanos, arabinoxilanos e outras fibras solúveis ou insolúveis presentes nos cereais, o aumento na viscosidade inevitavelmente prejudica a digestão e absorção dos nutrientes no trato digestivo das aves. No intuito de melhorar o valor nutritivo de dietas compostas de milho e farelo de soja, sugeriu-se no início da década de 90 o uso de complexos enzimáticos. Assim, o uso de enzimas capazes de neutralizar os fatores antinutricionais do milho e do farelo de soja pode melhorar a qualidade nutricional da dieta e promover desempenho animal mais uniforme. No artigo, é feita uma comparação (tabela 1) entre uma ração para frangos de corte originalmente formulada em 2013, sem a utilização de lisina sintética e uma ração reformulada utilizando os mesmos ingredientes e níveis nutricionais, contendo L-Lisina.HCl. Os aminoácidos sintéticos tais como L-lisina-HCl, DL-metionina, L-treonina, têm significativa participação na aplicabilidade do conceito de proteína ideal para aves, em que a proteína dietética deve


Tabela 1. Impacto da utilização de aminoácidos industriais sobre a formulação de uma ração comercial para frangos de corte machos na fase de crescimento Ingredientes

Sem lisina

Com lisina

Impacto (%)

Custo /kg

Sem lisina

Com lisina

Milho grão 8,58%

53,10

61,72

+16,23

0,47

24,96

29,01

atender aos requerimentos de aminoáciFarelo de soja 39,34 31,78 -19,22 0,98 38,55 31,14 dos para a mantença e produção sem de45% ficiências ou excessos. Óleo de soja 4,36 2,96 -32,11 2,40 10,46 7,10 Além da redução dos custos da aliFosfato bicálcico 1,27 1,31 1,25 1,59 1,64 mentação, os benefícios trazidos pela reCalcário calcítico 0,96 0,99 0,11 0,11 0,11 dução da proteína bruta da dieta envolvem a maior eficiência de utilização da Sal comum 0,50 0,50 0,48 0,24 0,24 proteína e a redução da poluição ambienDL- Metionina 0,17 0,21 6,20 1,05 1,30 tal, em função da menor excreção de ni99% trogênio. L-Lisina HCl 99% 0,00 0,23 3,50 0,00 0,81 A adição de lisina sintética resultou L- Treonina 0,00 0,00 4,00 0,00 0,00 em redução no custo da ração em 7,07%, 98,5% atendendo às exigências desses aminoáSupl. min.+vit.* 0,30 0,30 7,50 2,25 2,25 cidos, sem deficiências ou excessos, Total 100,00 100,00 79,21 73,60 quando comparada à formulação origiCusto/kg 0,792 0,736 nal. A redução da proteína bruta em 12,04%, quando comparamos as duas raNíveis Nutricionais ções (22,51 vs. 19,80%), obtida a partir Energia met (kcal/ 3.100 3.100 da redução na inclusão do farelo de soja kg) em 19,22% (39,34% vs.31,78%) e do auProteína bruta 22,51 19,80 -12,04 mento em 16,23% na inclusão do milho (%) (53,10% vs. 61,72%), além do benefício Lisina digestível 1,12 1,12 econômico, podem trazer benefícios zoo(%) técnicos e ambientais, devido ao melhor Ca (%) 0,80 0,80 balanceamento de aminoácidos digestíNa (%) 0,20 0,20 veis, maximização da retenção de nitroFósforo disp (%) 0,35 0,35 gênio e de energia e redução das perdas de nutrientes não digeridos e não aproMetionina 0,46 0,48 digestível (%) veitados pelo metabolismo. Percebe-se que a progressiva redução Met + cist 0,82 0,82 digestível (%) da proteína bruta da dieta pode levar a uma situação em que outros aminoáciTreonina 0,88 0,77 digestível (%) dos, como a treonina e principalmente os aminoácidos de cadeia ramificada, vamas foram introduzidas nas dietas no final da décalina e isoleucina, que são geralmente suda de 1980, principalmente para melhorar o desempridos por dietas com alta proteína bruta, tornem-se penho de aves alimentadas com rações contendo falimitantes (Ajinomoto, 2007). relo de trigo. Neste caso, sua suplementação, pode Atualmente, o preço da suplementação destes proporcionar um valor de energia 6% superior à do aminoácidos ainda onera os custos de produção. milho. Ainda são comumente usadas as amilases, Mas, a exemplo do que ocorreu com outros aminoproteases, lipases, galactomananases, galactosidases ácidos, como lisina, metionina e treonina, as indúse as fitases. trias de nutrição animal têm mostrado grande inteKarina Duarte e Otto Junqueira concluem, no resse nas pesquisas sobre a utilização destes ingreartigo que as adições dos aminoácidos sintéticos e dientes na otimização do desempenho das aves. de aditivos, como as enzimas, resultou em grande Comprovando os ganhos no desempenho, certaavanço no campo da nutrição das aves e suínos. Esmente haverá maior interesse na utilização destes pera-se que em um futuro próximo, outros aminoáaminoácidos sintéticos, alavancando sua produção cidos, como o triptofano, a valina e a isoleucina, veem maior escala, bem como a maior comercializanham a ser comercializados a preços comercialmenção e redução nos custos. te compatíveis e outras enzimas sejam disponibiliO material ainda dedica espaço para discorrer zadas, visando sempre o menor custo das rações sobre as Enzimas exógenas em dietas para aves. As sem o comprometimento do desempenho das aves. xilanases, por exemplo, podem reduzir a viscosidaA literatura utilizada encontra-se à disposição de intestinal da dieta de aves através da degradação dos leitores. Não deixe de conferir a íntegra do texto de arabinoxilanos solúveis, aumentando os coefino link www.avisite.com.br/revista/aminoacidos_ cientes de digestibilidade dos nutrientes e promosintéticos_enzimas. vendo o melhor desempenho animal. Essas enzi-

Impacto no Custo (%)

-7,07

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Evolução constante, pioneirismo e qualidade são compromissos que sempre estiveram presentes na história da Farmabase. Ao longo dos anos, desenvolvemos e disponibilizamos ao mercado de aves e suínos produtos e serviços que ajudaram a produzir mais e melhor. Diante de tantos avanços, não poderíamos deixar de atualizar nossa marca. E, assim, apresentamos ao mercado nossa nova identidade visual. Muito mais direta, nossa nova marca transmite aqueles que são os valores que sempre nortearão nossas ações: foco, agilidade e transparência.

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Farmabase se consolida no mercado brasileiro e apresenta reposicionamento da marca

A

ppós se estabelecer como player no segmento de saúde animal brasileiro e conquistar a confiança do mercado, a Farmabase se reapresenta com uma nova identidade visual. O novo logo remete a uma tabela periódica com o intuito de transmitir a precisão das formulações e o compromisso da companhia na fabricação dos produtos de saúde animal para aves e suínos. “Não se trata de uma mudança. A Farmabase visa reforçar a marca perante o mercado e também alinhar os valores da companhia. Essa ação é um reflexo de uma nova fase que vem se consolidando com os anos. Precisávamos desenvolver uma identidade que refletisse quem somos”, conta o Diretor Financeiro, Guilherme Machado. Presente no mercado brasileiro há 19 anos, a companhia oferece um extenso portfólio de medicamentos para aves e suínos. No final de julho, os clientes poderão notar as mudanças também nas embalagens dos produtos. “Com a nossa nova identidade visual, passamos a categorizar esse portfólio não mais por seu princípio ativo ou classe terapêutica, mas sim pela sua forma de atuação no animal. Assim, nossos produtos se dividirão em Entéricos, Sistêmicos, Biossegurança, Saúde e Desempenho e Antiparasitários”, esclarece Alexandre Machado, Diretor de Operações. O compromisso com a qualidade dos produtos e a transparência com os clientes são os motivos pelos quais a companhia 100% brasileira conquistou a confiança do mercado. “É normal que exista um pré-julgamento quando se trata de uma empresa nacional. Para mudar essa visão, nós sempre jogamos limpo com nossos parceiros e utilizamos algumas ferramentas para atestar a nossa honestidade e ética ”, afirmou à Revista do AviSite, Paulo Machado, Presidente e fundador da Farmabase. A empresa ganhou notoriedade ao entregar o laudo de análise de 100% dos lotes comercializados que comprovam a idoneidade dos fornecedores para os clientes. Assim, o cliente da Farmabase sabe exatamente o que está adquirindo. Essa atitude pioneira mostra respeito e preocupação com o processo produtivo, nas palavras de Alexandre. “A Far-

mabase possui nas suas linhas de produção a certificação da ISO 9001 e emprega as Boas Práticas de Fabricação desde a seleção de nossos fornecedores, até a expedição do produto final”, conta. “A criticidade de nosso processo produtivo contempla a análise de 100% das matérias-primas utilizadas, bem como 100% dos lotes produzidos pela empresa. Nosso laboratório de análises atende essa demanda interna, o que garante maior segurança e agilidade, fatores fundamentais em nosso mercado”.

Guilherme Machado: “Essa ação é um reflexo de uma nova fase que vem se consolidando com os anos. Precisávamos desenvolver uma identidade que refletisse quem somos

A Rastreabilidade Total dos Lotes, que permite que a companhia possa mapear todas as etapas da produção, desde os fornecedores de matéria-prima até o cliente final, é outro diferencial. Todo processo é realizado e certificado por colaboradores da empresa. “As grandes companhias terceirizam esse serviço. Nós fazemos aqui, nas dependências da Farmabase, o que assegura a integridade do processo”, afirma Paulo. Para essa nova fase, a companhia contratou novos técnicos e aumentou a equipe de vendas. Essa postura de agressividade comercial vai de encontro com o objetivo da Farmabase de se aproximar cada vez mais dos produtores pequenos e médios e assim aumentar a presença no campo. Alinhado com amplos investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, a empresa visa continuar a oferecer ao mercado a melhor solução possível ao custo mais competitivo. “Certamente, ter colocado esse valor em prática ao longo dos últimos 19 anos de nossa história foi fator preponderante para nos diferenciarmos no mercado”, assegura Alexandre.

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Cobertura SBSA

Eventos

Qualidade técnica e discussão de ferramentas que garantam a competitividade do Brasil no cenário mundial transformam evento em prioritário no calendário técnico avícola

N

Não nos resta outra opção a não ser capacitarmos nossos profissionais agregando valor aos nossos produtos e assim assegurarmos o crescimento das nossas agroindústrias”. A afirmação traduz o momento da avicultura no Brasil e a visão do Presidente do Núcleo Oeste de

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Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), João Batista Luchesi. Enuncia a urgência da adaptação do País ao novo cenário da produção do setor avícola mundial. Com o chamado “custo Brasil”, que tornam os produtos menos competitivos internacionalmente, precisamos de novas estratégias. “Não podemos transpor estas barreiras somente com a nossa raça. Entendemos que é necessário encontrar alternativas que tragam resultados rápidos e práticos com inovação e criatividade”, atesta o dirigente. As afirmações foram feitas durante o XIV Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), que aconteceu entre os dias 09 e 11 de abril, em Chapecó, SC, com organização do Nucleovet. O evento apostou em apresentações que mostrassem novas ferramentas que assegurem a vantagem competitiva brasileira sem comprometer o status sanitário. Trouxe a tona conceitos atuais chaves como sustentabilidade e redução dos custos de produção. Agregou conheci-


Alternativas

À esquerda, fachada do Centro Cultural de Eventos, onde foi realizado o SBSA. Acima, coral que se apresentou na abertura do evento

mento ao frisar a importância do controle de doenças que impactam nos resultados zootécnicos. E orientou os participantes acerca dos critérios de condenações de carcaça e do processo de inspeção. “A comissão organizadora entende que o SBSA é uma das formas pelas quais podemos colaborar, buscando temas e profissionais capacitados que através das suas experiências e pesquisas possam agregar conhecimentos e viabilizar o intercâmbio entre a área científica e produção”, declarou Luchesi. O interessante em relação às palestras apresentadas foi a gama de assuntos e a representatividade de diferentes esferas: estadual, nacional e global. O painel de condenações abriu a programação com a palestra de Michel Quinteiro, representante do MAPA, que discorreu sobre as inspeções ante mortem e a post mortem. Ariel Mendes, da Ubabef, complementou a apresentação citando as causas patológicas e não patológicas e realizando considerações sobre o

Em um cenário de crise internacional, muitas empresas lutam para melhorar a rentabilidade. Partindo dessa premissa, Iesser Salah, consultor da HOB Gestão Avícola e da Ilender, entre outras, apresentou alternativas na redução dos custos de produção de frangos de corte. Uma oportunidade seria os custos de cama com a reutilização dessas por três anos ou mais desde que não haja alguma contaminação sanitária no lote e que os galpões permaneçam com bons resultados produtivos. Outro ponto é a escolha da genética, que faz parte inicial do planejamento estratégico da companhia e fundamental para a produção do custo ideal. Como alternativas para melhorar o rendimento da carne, Salah salienta o efeito da nutrição in ovo e de dietas préiniciais, que estimulam a proliferação de células satélites e aumentando o número de células musculares durante o período embrionário ou a primeira semana de vida da ave.

sistema de inspeção brasileiro. A legislação deve ser modernizada, mas para que isso seja possível faz-se necessária a revisão do RIISPOA e da Portaria 210. No segundo dia, as palestras abordaram o futuro, o presente e o impacto na produção de frangos das enfermidades Coccidiose, Pneumovírus e Bronquite infecciosa. Palestrantes internacionais compartilharam números, conhecimento e ações preventivas. Sustentabilidade, manejo da água, eficácia da peletização e alternativas para custos de produção, proferida por Iesser Salah (mais detalhes no box) foram outros temas abordados no último dia. A qualidade técnica da programação ganhou notoriedade dentre o público. Uma pesquisa realizada com os 1.500 participantes do SBSA apontou o evento como prioritário do calendário técnico do setor avícola. Acesse www.avisite.com.br/revista/ materias/SBSA.html e leia mais sobre o Simpósio Brasil Sul de Avicultura.

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SBSA Empresas

Eventos

Nova ferramenta

Rogerio Iuspa e Victor Walzberg: Dirigentes durante lançamento

Um banco de dados das análises bromatológicas foi um dos destaques da Agroceres Multimix no SBSA. O Ag Lab Online é um novo serviço que permite ao cliente acessar on line um banco de dados com suas informações das análises de matérias-primas e rações enviadas, inclusive o histórico de amostras anteriores. Nesta ferramenta, o cliente recebe senha e login para acessar o histórico das suas análises pela internet, de qualquer local. “Estamos oferecendo este serviço gratuitamente porque acreditamos que é uma ferramenta a mais para ajudar o cliente no gerenciamento da fábrica de rações e controle de custos. Ao mesmo tempo realizamos treinamento dos usuários para que consigam explorar todo o potencial da ferramenta. Este serviço possibilita uma avaliação de cada fornecedor ao longo do tempo, gerando maior confiança”, ressalta o gerente nacional de avicultura da Agroceres Multimix, Rogério Iuspa. Saiba mais em www.agroceresmultimix.com.br.

Clostridiose

A Vetanco do Brasil promoveu,no dia 10 de abril, palestra com o tema: Impactos da Clostridiose na Avicultura, ministrada pelo professor Rubén Pablo Schocken-Iturrino, da UNESP de Jaboticabal, SP. Estiveram na palestra cerca de 230 profissionais da avicultura brasileira. No fim da apresentação, os participantes foram

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agraciados com o sorteio de três prêmios : Uma TV LED 32”, entregue a Clebersom de Oliveira da empresa Tyson, de Campo Mourão/PR; um Smartphone Samsung Galaxy SIII que foi sorteado para Daiana Vieira da GTFoods de Paranavaí/PR e Cláudio Spagnollo da empresa Aurora de Erechim/RS, que ganhou um Apple iPad 2. Mais informações sobre a Vetanco: www.vetanco.com.br.


Tangos&Tragédias Patrocinador exclusivo do Jantar&Show, a MSD Saúde Animal ofereceu nessa edição do SBSA o espetáculo Tangos&Tragédias. Premiado pela crítica, a comédia cênico-musical de Nico Nicolaiewsky e Hique Gomez inclui uma transferência para o Brasil das inefáveis leis de trânsito da Sbórnia, o país fictício de onde a dupla desembarca anualmente para a temporada de apresentações. Nos papéis de Maestro Pletskaya e Kraunus Sang, a dupla se apresenta a bordo do yellow busmarine e vêm dispostos a ajustar um famoso dito popular. Na versão deles, o chiste ficaria assim: “Na vida, tudo é passageiro. Menos o Tangos e Tragédias”. Afinal de contas, o espetáculo trafega insistentemente rumo à eternidade: já são 28 anos em cartaz. Mais sobre a MSD: www.msd-saude-animal.com.br.

Artistas com equipe da MSD

Novas práticas e tecnologias

Ilender foi uma das patrocinadoras do evento

A Ilender esteve presente no XIV SBSA como patrocinadora. O evento reuniu mais de 1.500 profissionais do setor para discutir novas práticas e tecnologias para a produção de aves e contou com representantes do Brasil e demais países da América Latina. A Ilender recebeu clientes em seu estande e recebeu apoio do seu vice-presidente de desenvolvimento Sérgio Gamio e do consultor Iesser Salah, que apoiaram a equipe comercial presente no evento. A divulgação na feira ficou por conta dos banners espalhados pelo local com questionamentos estratégicos sobre a produção e a rentabilidade na avicultura. A empresa possui uma equipe capacitada para auxiliar os clientes em seu negócio a fim de melhorar a lucratividade obtida com o mercado avícola. Saiba mais: www.ilendercorp.com.

Qualidade de Pintos No dia 10 de abril, a Cobb-Vantress promoveu a palestra “Qualidade de Pintos e sua Influência em Resultados de Frangos de Corte”, apresentada pelo profissional Cassiano Bevilaqua, assistente técnico da companhia. O profissional salientou que o frango de corte está cada vez mais precoce e atingindo o peso de abate mais cedo. “Com isso, a qualidade do pinto de um dia é cada vez mais importante, sendo que, se arrancarmos com má qualidade, não teremos tempo de recuperar o tempo perdido”. Bevilaqua relembra que para um frango abatido com 48 dias de idade, o

período de incubação de 21 dias representa 30% do tempo de vida dessa ave, por isso é crucial que tenhamos um bom manejo de incubação. “Hoje, os melhores resultados de qualidade de pintos são conseguidos com as Incubadoras de Estágio Único, quando comparadas com as de estágio múltiplo. Nas incubadoras de estágio único conseguimos ter uma melhor uniformidade de temperatura em todos os ovos, conseguindo atender com maior precisão as exigências dos embriões modernos”, atestou. Saiba mais: www.cobb-vantress.com.

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Informe Técnico-Empresarial

Fitato como fator antinutricional para aves e suínos Tiago Tedeschi dos Santos – Gerente Técnico Global AB Vista Willian Correa – Coord. Técnico AB Vista Brasil

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a nutrição animal, o fitato tem importância como possível fonte de fósforo para aves e suínos quando da adição de fitases na dieta, já que monogástricos não teriam enzimas que realizem sua hidrólise. Pesquisadores demonstraram que a baixa absorção de fósforo fítico quando da ausência de fitase não está relacionada com uma falta de capacidade de absorção, e sim com a indisponibilidade devido à reação de outros nutrientes presentes na dieta, o que torna o fósforo menos disponível.

Utilização de maior concentração de fitase busca rápida redução na concentração de fitato para reduzir efeito antinutricional

A reação com outros nutrientes presentes no trato intestinal dos animais não apenas reduz a capacidade de absorção do fósforo fítico, mas também a absorção dos outros minerais e proteínas com as quais reage. A redução da capacidade de absorção ocasiona uma resposta endógena do animal, associada com a ação antinutricional desta molécula. Os animais sempre foram alimentados com rações contendo ingredientes de origem vegetal e, portanto, com a presença de fitato e seus efeitos antinutricionais. O principal problema em estudar estes efeitos é a forma de diferenciar a concentração do fitato em

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Produção Animal Avicultura

dietas e determinar seu efeito sobre a fisiologia e desempenho do animal, já que a redução ou aumento do teor de fitato seria possível apenas mediande à modificação da dieta em si. Ensaios sobre o efeito antinutricional do fitato pela utilização de ingredientes ricos em fitato, como farelo de arroz ou comparando uma dieta vegetal com dietas contendo níveis elevados de subprodutos animais já foram realizados. O problema é a dificuldade de isolar um fator e ter a certeza que qualquer diferença no desempenho de animais está relacionada à concentração de fitato da dieta, em vez de outras diferenças na composição da ração quando estes ingredientes diferentes estão incluídos. Uma possibilidade é incluir o ácido fítico sintético na dieta, aumentando o fitato sem alterar significativamente a composição da dieta. Aqui, um fator importante a ser considerado é a escolha da fonte de ácido fítico. Alguns tipos do ácido têm baixa solubilidade, tornando-os menos propensos a causar os efeitos antinutricionais observados no ácido fítico natural presente nos ingredientes vegetais. O fitato natural também pode apresentar variação na solubilidade a um pH baixo. Assim, os efeitos antinutricionais dependerão do ingrediente que fornecerá o fitato. Outra possibilidade é a utilização de uma maior concentração de fitase nas dietas, buscando uma rápida redução na concentração de fitato na parte superior do trato gastro intestinal e reduzindo assim o seu efeito antinutricional. Neste caso, a enzima deve ser incluída em uma dieta com nível de fósforo não severamente reduzido, já que o objetivo não é de mascarar a resposta por um possível limite de desempenho ocasionado pela restrição de P. Trabalhos abordando a utilização de altas doses de fitase buscando reduzir os efeitos antinutricionais do fitato já estão presentes na literatura científica e sendo utilizado comercialmente, abrindo novas oportunidades para a utilização de enzima fitase na nutrição animal.


O ÚNICO TEMA QUE NÃO ABORDAMOS

SÃO RECEITAS

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No mercado avícola desde maio de 2007, a Revista do AviSite retrata os assuntos mais pertinentes para a cadeia produtiva de aves no Brasil de uma forma objetiva e informativa. São reportagens de campo, artigos técnicos, divulgação de pesquisas em andamento, novidades das empresas e de seus produtos e as análises e estatísticas mais completas do mercado avícola.

ANOS

com

VOCÊ!

Revista do AviSite: Matérias técnicas, índices e cotações. JORNALISMO DE VERDADE! AVICULTURA REAL! 33 Produção Animal Avicultura


Reportagem Empresarial

Qualidade

brasileira

Des-Vet comemora três décadas no mercado, aliando qualidade, agilidade e atendimento com excelência. Para o futuro, a empresa planeja a ampliação de seus produtos e um crescimento aproximado de 200% até 2016

Os produtos terapêuticos brasileiros para aves e suínos não dão espaço para os produtos das multinacionais. Temos qualidade, estrutura mais enxuta e produtos com custo mais baixo e adequados à nossa produção”, sinteza Willians Cesar Pitelli Turco, fundador e head (principal executivo) da Des-Vet, bandeira comercial da Des-Far Laboratórios Ltda. “Hoje, 95% do mercado de terapêuticos para aves e suínos no Brasil estão nas mãos das poucas nacionais deste segmento”. E a Des-Vet é uma delas. Chegando aos seus 30 anos de mercado, a empresa exalta sua política de trabalho, sempre focada na qualidade, na agilidade, no desempenho e no relacionamento com o cliente. “A grande diferenciação do mercado de aves e de suínos – e é por isso que trabalhamos nele – é a sua integração com o cliente”, destaca Turco. E falando especificamente da avicultura brasileira, o empresário afirma acreditar na capacidade técnica e no poder de superação do setor. “A avicultura está organizada e é o segmento da nossa agropecuária que melhor está preparado para atravessar momentos críticos e buscar soluções”. A Des-Vet, sediada em São Paulo, SP, conta com um portfólio bastante variado de terapêuticos para

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aves e suínos. Os destaques ficam para as suas linhas de antimicrobianos. “Começamos, há três décadas, produzindo desinfetantes para a agropecuária. Hoje, continuamos uma empresa de capital 100% brasileiro, com atuação em todo o Brasil - por meio de representantes técnicos, com linhas de produtos terapêuticos variadas, 54 colaboradores diretos e uma unidade de produção moderna e com tecnologias de ponta de fabricação e de qualidade”, resume o executivo. Para demonstrar a evolução e a boa gestão do negócio, a Des-Vet, mesmo sem ter feito lançamentos entre 2011 e 2012, faturou 36% a mais em seu último ano fiscal. “O nosso planejamento para o futuro inclui uma meta de crescimento de 16% ao ano, com todo um projeto de ampliação da capacidade de produção e de linhas de produtos. Esperamos chegar em 2016 com um crescimento aproximado de 200% sobre o que temos hoje”. Mas nem tudo foi um mar de rosas para a Des-Vet. Para chegar até aqui, a empresa enfrentou e passou por vários desafios. “Vivenciamos algumas crises da avicultura e da suinocultura brasileiras, mas enfrentamos, e também algumas burocracias do governo brasileiro. Sempre mantemos o nosso foco na qualidade e nas soluções para o mercado”, comenta.


A Des-Vet nasceu em 1983, depois de Willians Turco, médico veterinário formado em 1977, pela Unesp de Jaboticabal, SP, ter passado por algumas empresas de saúde animal, sempre na área da avicultura. “Comecei a empresa com a bagagem das minhas experiências no mercado. Iniciamos com uma linha de desinfetantes e, em 1984, lançamos as linhas de antibióticos”, lembra. O prédio, na Vila Carrão, onde estão instalados hoje a linha de produção e os escritórios da Des-Vet, foi comprado por Turco em 1988. Hoje, a Des-Vet se mantém uma empresa 100% brasileira e tem em sua marca as digitais da família de Turco. Sua esposa e dois de seus três filhos trabalham na companhia e ajudam nas decisões dos negócios.

Reestruturação Focado no futuro e nas oportunidades que o mercado brasileiro oferece, Willians Turco se mostra um empresário inquieto, sempre em busca de novas soluções e de aprimoramentos à produção de aves e suínos. Tanto é que nestes dois últimos anos decidiu acelerar o crescimento da Des-Vet. Não só na capacidade de produção, mas também de negócios e de prestação de serviços. Tudo com o objetivo de aumentar a participação da empresa no mercado. Para isso, em 2011, contratou o médico veterinário Osmar Zimmer Júnior para coordenar esta nova estruturação. Depois de um ano na empresa, Zimmer foi convidado por Turco a integrar o quadro societário da Des-Vet e hoje responde pela Diretoria Comercial e de Marketing. “O Willians Turco me pro-

Willians Turco, head da Des-Vet e o diretor Comercial e de Marketing, e também sócio da empresa, Osmar Zimmer Júnior

pôs participar de todo este processo de estruturação e de crescimento para valorizar a companhia. É um processo em que estamos depositando nosso pleno esforço. Pois o mercado tem muito para crescer e a empresa também”, diz Zimmer. “Praticamente, todo o mercado de aves e de suínos da América Latina, excluindo o México, está aqui no Brasil. Por isso, o foco da Des-Vet é o mercado nacional. Ou você cresce ou você cresce”. E as primeiras novidades da companhia deverão aparecer para o mercado já neste próximo mês de agosto. Serão três novos produtos terapêuticos, cujos detalhes a Des-Vet, por enquanto, prefere não revelar. Segundo Turco, os maiores desafios de um empresário da área veterinária no Brasil atualmente estão ligados à burocracia, às restrições de alguns produtos, aos investimentos e à regulamentação. “A regulamentação brasileira nesta área é muito pesada. No entanto, como o Brasil é o terceiro maior produtor mundial do complexo carnes, a exigência em qualidade é maior e nisso nós estamos bem integrados”, revela. “Mas, se eu tivesse que começar tudo hoje, eu não começaria. As dificuldades burocráticas e os custos para se abrir e manter uma empresa no Brasil são muito altos”.

Atitude Willians Turco é um empresário 24 horas por dia. Mesmo longe da empresa não consegue se desligar dela. “Eu incorporei a Des-Vet no meu dia a dia. Estou sempre conectado a ela de alguma forma, seja pelo telefone celular, seja pelo computador”, admite. “Não consigo ficar longe da empresa, embora delegue várias atividades, mas estou sempre presente”. Ainda de acordo com Willians, o que mais falta hoje no mercado de trabalho, seja na área veterinária ou em qualquer outra, é o profissional com atitude e comprometimento. “As pessoas hoje estão atrás de bons salários e deixando o comprometimento com o desenvolvimento e o crescimento da empresa de lado. Isso eu venho percebendo há anos. Também falta aquele profissional de atitude, que fale a língua do campo, a língua acadêmica e a língua do cliente. E é nisso que a Des-Vet também se diferencia. Pois, para ser um colaborador Des-Vet, é preciso ter comprometimento e atitude e isso a nossa equipe tem”.

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AviGuia

Biosseguridade assegurada Biosseguridade atraiu mais investimentos da Cobb na região: sozinhos em um raio de 100 km

Em novembro de 2012, a Cobb-Vantress Brasil ciceroneou uma comitiva chinesa pelas unidades produtivas da companhia de genética avícola presente 17 anos em território nacional. Com sede em Guapiaçu, no interior de São Paulo, os dirigentes estavam a caminho de Itapagipe, MG, quando notaram o espanto do grupo chinês com a ausência de aviários durante o percurso. “Estamos sozinhos em um raio de 100 quilômetros”, comenta Jairo Arenázio, Gerente Geral da Cobb-Vantress do Brasil durante conversa com a Revista do AviSite. “A região de Itapagipe está isolada. Existem apenas criações de gados ao redor. Por isso possui uma biosseguridade fantástica o que nos motivou a investir novamente na região”. E foi um investimento e tanto: A unidade de avós cuja primeira etapa foi inaugurada em meados de março é considerada referência mundial para a companhia e classificada como uma das mais modernas do mundo. Saiba mais: www.cobb-vantress.com.

Fase de expansão Agroceres Multimix reafirma o compromisso com os produtores destacando algumas ações de expansão da empresa nos últimos anos como a ampliação da estrutura de campo e de serviços prestados . Desde o inicio da ampliação, iniciada em 2010, a Agroceres triplicou a equipe de campo e de apoio ao produtor, afirmou o gerente de Marketing da Agroceres Multimix, Victor Walzberg. “O crescimento da empresa está ligado à qualidade do atendimento. Nos últimos dois anos conseguimos superar as projeções de crescimento”. Entre os serviços que serão destacados está um kit de equipamentos que mede o ambiente de produção e o Ag Lab Online, uma ferramenta que auxilia o cliente a organizar e avaliar os dados disponíveis. Saiba mais em www.agroceresmultimix.com.br.

Intercâmbio de pessoas Big Dutchman é uma empresa que busca constantemente aprimorar novas tecnologias para o mercado brasileiro. Atenta a inovações, a multinacional alemã não hesita em trazer novidades do exterior para o país e mantém seus profissionais atualizados promovendo importantes intercâmbios.Seguindo esta linha, no mês de abril, a empresa enviou dois funcionários de sua unidade brasileira (localizada em Araraquara-SP) para treinamentos em Calveslage, na Alemanha (matriz mundial). Leonardo Santiago e Fernando Retamero ficaram no país europeu de duas a quatro semanas ampliando conhecimentos específicos sobre produtos e acompanhando novas tendências do mercado. Saiba mais em: www.bigdutchman.com.br.

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Produção Animal Avicultura


Farmabase de Portas Abertas Sesti, Mello e Paniago: dirigentes apresentaram detalhes da companhia, da doença e sobre os novos produtos

Contra M. Gallisepticum Segurança com tecnologia de ponta. Essas são as principais características do novo lançamento que a Ceva Saúde Animal oferece para o mercado avícola brasileiro: as vacinas vetorizadas Vectorimune FP – MG e Vectorimune FP – MG+AE. Desenvolvidas com avançada tecnologia molecular, a empresa francesa apresenta uma nova era de vacinas de amplo espectro que visam controlar o Mycoplasma Gallisepticum, Bouba Aviária e Encefalomielie Aviária. Durante à tarde da segunda-feira, dia 06 de maio, os profissionais Luiz Sesti e Marcelo Paniago mostraram aos presentes no evento em Campinas, SP, as principais vantagens dos inovadores produtos além de relembrar a importância do controle da doença. A empresa também anunciou a contratação do médico veterinário Carlos Jeovane Pereira, profissional que conta com mais de 17 anos de experiência no mercado avícola e hoje responde pelo cargo de Franchise Poultry Manager da Ceva para a América Latina. Saiba mais sobre em: www.ceva.com.

Phytate.Info O portal Phytate.info, recurso on-line gratuito para a indústria de ração animal, criado pela AB Vista, foi atualizado com uma série de novas funcionalidades e conteúdos. Foram inseridos os resumos da Primeira Cúpula Internacional de Fitase (IPS), realizada em 2010 e da Segunda (IPS2), realizada em 2012. Além disso, estão no portal diversos vídeos relacionados com a síntese e degradação do fitato e seu custo global, superdosing e a comparação de fitases comerciais.Os visitantes podem agora seguir o Phytate.info no Twitter (@Phytateinfo), para obter detalhes sobre os últimos resultados de pesquisas e notícias sobre fitato e fitase. Também foi criada uma nova seção, para solucionar dúvidas sobre fitato, seu uso e aplicações. Saiba mais em www.phytate.info ou siga no Twitter @Phytateinfo. Saiba mais sobre a ABVista em www.abvista.com

No dia 16 de abril, a Farmabase recebeu a visita de distribuidores do Paraguai e da Bolívia na sede da empresa, em Jaguariúna , SP. A iniciativa faz parte do Programa Portas Abertas, cujo objetivo é estreitar laços com clientes e parceiros comerciais. Participaram da visita os distribuidores Ysaka, do Paraguai, representado por Hugo Schaffrath, Adair Mior e Emerson Ferneda; e Mathiensen, da Bolívia. Para encerrar o dia, os visitantes ainda participaram de treinamentos específicos, focados em avicultura e suinocultura, ministrados pelo consultor técnico da Farmabase, José Severino Neto, nos quais foram mostrados os principais problemas bacterianos de aves e suínos, e como usar corretamente os produtos da Farmabase para combatê-los. Saiba mais sobre a empresa em: www.farmabase.com.br. Visita foi muito importante para poder passar mais informações aos seus clientes

Reforço para campo Experiência conta. Principalmente quando a necessidade é atendimento profissional. A Des-Vet anuncia mais um reforço para o seu time de campo: Cristhiano Ferreira Calderaro, que atuará como Assistente Técnico para os estados do RS, SC , PR e na região de postura comercial de Bastos e arredores.Cristhiano é formado em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC) e possui especialização em Marketing, Comunicação e Vendas, além de experiência de quase 10 anos em uma grande agroindústria brasileira, nos segmentos de incubatório, matrizes, frangos de corte e fábrica de ração. Segundo a companhia, as contratações visam manter a empresa em movimento, agregar valor, crescer pela qualidade do trabalho. Saiba mais: www.desvet.com.br. Produção Animal Avicultura

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Estatísticas e Preços

Produção e mercado em resumo

Produção de pintos de corte Abril/2013 522,651 milhões | 8,06%

Produção de carne de frango Abril/2013 1.071,343 mil toneladas | 1,27%

Exportação de carne de frango Abril/2013 339,460 mil toneladas | 2,56%

Oferta interna de carne de frango Abril/2013 731,883 mil toneladas | 0,69%

Alojamento de pintainhas de postura Abril/2013 7,232 milhões | -0,82%

Farelo de Soja Maio/2013 R$ 845,00/saca | 8,84%

Milho Maio/2013 R$ 27,06/ton | 3,68%

Desempenho do frango vivo Maio/2013 R$ 1,80 | 5,88%

Desempenho do ovo Maio/2013 R$ 61,00/caixa | 34,63% Todas as porcentagens são variações anuais

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Produção Animal Avicultura

Mercado de frango está fragilizado, mas reversão de mercado é esperada

E

m Abril, enquanto o vírus da Influenza Aviária voltou a assustar o mundo com registros na Ásia, África e Europa, o mercado interno brasileiro sofria forte ruptura no equilíbrio existente desde o final de 2012 alcançando o pior resultado dos últimos nove meses. E maio, embora historicamente fosse mês de recuperação de preços, isso acabou não acontecendo. Álias, embora as condições de mercado continuassem ruins, pelo menos cessaram as quedas sucessivas no preço do frango vivo que se mantiveram estáveis o mês inteiro. O mesmo não se pode dizer do frango abatido que continuou retrocedendo no decorrer do mês, no atacado e no varejo. Entretanto, o consumidor tem sido bem menos beneficiado com as quedas verificadas nos abatedouros nos últimos meses. A situação da avicultura de corte só não foi pior porque as matérias-primas utilizadas pelo setor (milho e farelo de soja) retrocederam com conseqüente queda no custo de produção do frango que mesmo assim permaneceu, segundo levantamento da Embrapa Suínos e Aves, acima dos preços recebidos pelos avicultores. Como alento, o setor teve a divulgação (UBABEF) de que o volume de matrizes de corte alojadas em 2012 foi de 46,5 milhões de cabeças. Esse volume significou redução de 7% sobre o ano anterior(2011), retornando exatamente aos níveis de 2010, quando foram alojadas no Brasil 46,556 milhões de matrizes de corte. Com esse retrocesso ocorrido em 2012, a avicultura de corte está com uma capacidade de produção mais ajustada ao mercado recessivo atual e a reversão de mercado, é apenas questão de tempo.


Produção de pintos de corte

Aumento verificado no primeiro quadrimestre do ano deve ser visto com reservas

E

Evolução mensal MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS

2011/12

2012/13

VAR. %

Maio

536,043

524,327

-2,19%

Junho

514,100

514,783

0,13%

Julho

501,880

515,160

2,65%

Agosto

530,405

502,649

-5,23%

Setembro

515,772

478,335

-7,26%

Outubro

539,183

523,338

-2,94%

Novembro

544,747

483,605

-11,22%

Dezembro

550,243

497,797

-9,53%

Janeiro

515,465

514,079

-0,27%

Fevereiro

469,206

477,792

1,83%

Março

498,647

524,588

5,20%

483,664

516,465

6,78%

Em 4 meses

1.966,982

2.032,924

3,35%

Em 12 meses

6.199,353

6.072,918

-2,04%

Abril

Fonte dos dados básicos: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE

Produção Quadrimestral 2008 / 2013

Bilhões de Cabeças

2,3

1,7 1,6 1,5

I II III 2008

2,039

2,057 1,983

1,967

2,082

2,013

1,930

1,927 1,706

1,8

1,857

1,853

1,9

1,928

2,029

2,0

2,039

2,1

2,150

2,2

1,759

m abril, segundo a APINCO, a produção de pintos de corte produzida no mês foi de 516,5 milhões de cabeças, volume nominal 1,55% abaixo do produzido no mês anterior quando o setor produziu 524,6 milhões. Entretanto, março é mês mais longo, assim, levando em consideração a produção diária, houve aumento mensal superior a 1,7%. Em relação a abril do ano passado, a produção foi 6,78% superior. Mas é importante lembrar que o setor iniciou o ano passado (2012) sofrendo as conseqüências de um alto volume de pintos produzido no último trimestre de 2011 que solicitou do setor um ajuste de produção que se estendeu até abril. É por isso que o aumento verificado de 3,35% no primeiro quadrimestre deste ano também deve ser visto com reservas. No ano passado, o primeiro quadrimestre foi 2,3% inferior ao mesmo período do ano anterior (2011). Ou seja, em dois anos a produção quadrimestral aumentou somente 1%. Nos últimos cinco anos o primeiro quadrimestre representou 32% do volume produzido no ano, projetando para 2013 um volume aproximado de 6,353 bilhões de cabeças. Para atingir esse volume o setor terá que produzir mensalmente 540 milhões de cabeças no restante do ano, o que parece, a princípio, difícil de ser alcançado porque, segundo informações de mercado, o potencial de matrizes de corte é insuficiente para alcançar o volume projetado. Por enquanto, embora venha aumentando mês a mês, o acumulado em doze meses está atingindo a marca de 6,073 bilhões de cabeças, uma redução de 2% sobre o mesmo período anterior.

I II III 2009

I II III 2010

I II III 2011

I II III 2012

I II III 2013

Produção Animal Avicultura

39


Estatísticas e Preços Produção de carne de frango

Volume produzido no primeiro quadrimestre do ano fica abaixo dos 4 milhões de toneladas

T

Evolução Mensal MIL TONELADAS

MÊS

2011/12

2012/13

VAR.

Maio

1.121,019

1.107,369

-1,22%

Junho

1.089,220

1.090,615

0,13%

Julho

1.094,724

1.083,764

-1,00% -0,20%

Agosto

1.032,743

1.030,725

Setembro

1.048,767

1.015,150

-3,21%

Outubro

1.104,318

1.027,594

-6,95%

Novembro

1.067,411

1.000,732

-6,25%

Dezembro

1.138,387

970,109

-14,78%

Janeiro

1.156,403

963,946

-16,64%

Fevereiro

1.051,621

909,425

-13,52%

Março

1.053,124

1.048,685

-0,42%

Abril

1.057,893

1.071,343

1,27%

Em 4 meses

4.319,041

3.993,399

-7,54%

Em 12 meses

13.015,630

12.319,457

-5,35%

Fonte dos dados básicos: APINCO Projeções e análises: AVISITE

Acumulado em 12 meses e variação anual Acumulado em 12 meses (mil/t) Variação Anual (%)

-2%

11.500

-4%

11.250

-6%

11.000

-8%

40 Produção Animal Avicultura

abr/13

11.750

mar/13

0%

fev/13

12.000

jan/13

2%

dez/12

12.250

nov/12

4%

out/12

12.500

set/12

6%

ago/12

12.750

jul/12

8%

jun/12

13.000

mai/12

10%

abr/12

13.250

endo como base a produção anterior de pintos de corte, o rendimento médio alcançado pelo frango vivo e as exportações do mês, a APINCO estimou que em Abril foram produzidas 1,071 milhão de toneladas de carne de frango, 1,27% a mais que em abril do ano passado. Em relação ao mês anterior, março de 2013, o volume produzido aumentou 2,16%. Porém, levando em consideração que abril é mês mais curto, o aumento foi superior a 5%. A produção de abril também superou pelo segundo mês consecutivo a barreira do milhão de toneladas e, pela primeira vez no ano, o volume de carne de frango ficou acima do produzido no ano passado. O total acumulado no primeiro quadrimestre do ano ficou aquém dos quatro milhões de toneladas (3,993 milhões/t), 7,5% abaixo do produzido no mesmo período do ano passado (4,319 milhões/t). Considerando que num período de 12 anos (2000 a 2012) o volume do primeiro quadrimestre representou 32,11% do produzido no ano, a produção projetada para 2013 pode chegar aos 12,435 milhões de toneladas permanecendo abaixo do produzido em 2012. Para alcançar o mesmo volume de 2012 (12,645 milhões/t) o setor deve produzir no restante do ano, em média, 1,082 milhão/t ou, 1,108 milhão/t para alcançar o mesmo volume de dois anos atrás(12,863 milhões/t). Por enquanto, o volume acumulado nos últimos 12 meses permanece por três meses seguidos na faixa dos 12,3 milhões de toneladas e variação negativa na casa dos 5%. Em abril, atingiu a marca de 12,319 milhões, 5,35% menor que os 12 meses imediatamente anteriores.


Exportação de carne de frango

Embarques de abril aumentaram, mas total anual continua negativo

E

EVOLUÇÃO MENSAL MIL TONELADAS

MÊS

2011/12

2012/13

VAR. %

Maio

338,523

374,904

10,75%

Junho

331,321

307,194

-7,28%

Julho

310,874

312,297

0,46%

Agosto

354,337

317,482

-10,40%

Setembro

304,591

305,763

0,38%

Outubro

335,733

343,511

2,32%

Novembro

358,704

312,224

-12,96%

Dezembro

350,252

339,040

-3,20%

Janeiro

328,877

290,475

-11,68%

Fevereiro

281,674

291,083

3,34%

Março

363,613

319,688

-12,08%

Abril

331,001

339,460

2,56%

Em 4 meses

1.305,165

1.240,706

-4,94%

Em 12 meses

3.989,500

3.853,121

-3,42%

Fonte dos dados básicos: SECEX/MDIC

Acumulado em 12 meses e variação anual

3,853 -3,42%

abr/13

3,845 -3,49%

mar/13

3,889 -1,83%

fev/13

3,879 -2,44%

jan/13

3,918 -0,64%

dez/12

nov/12

0,54%

3,929

3,975 2,75%

out/12

3,967 2,61%

set/12

3,966 1,71%

ago/12

4,003 2,83%

jul/12

4,002 1,50%

jun/12

4,026 2,27%

mai/12

1,76%

3,989

Preço médio mensal (US$/t) Abril de 2012 a abril de 2013

abr/12

m abril passado, conforme a SECEX /MDIC, as exportações brasileiras de carne de frango somaram 339.460 toneladas e, com isso, apresentaram aumento de 2,56% sobre o mesmo mês do ano passado e de 6,18% em relação ao mês anterior, março de 2013. Essa foi, também, a segunda vez neste exercício em que o volume mensal superou o exportado em idêntico período de 2012. Mas o crescimento registrado não foi suficiente para reverter o quadro de expansão negativa que, no quadrimestre inicial do ano, registra recuo de quase 5%. Continua negativa, também, a evolução no volume embarcado dos últimos 12 meses. No caso, os 3,853 milhões de toneladas alcançados entre maio de 2012 e abril de 2013 são 3,42% inferiores aos 12 meses anteriores. Aliás, esse processo de redução no volume acumulado em 12 meses vem desde novembro de 2012. E não mostra sinais de reversão no curto prazo. Ressalve-se, de toda forma, que os resultados negativos no acumulado deste ano estão circunscritos ao volume embarcado. Pois graças a uma melhora do preço médio, a receita cambial do setor já aumentou 6%, ficando próxima de US$2,7 bilhões (US$2,544 bilhões no mesmo quadrimestre de 2012). Quem mais contribuiu para esse desempenho foi o frango inteiro que, nesse período, valorizou quase 20% no preço médio e, aliado a um aumento superior a 2% no volume gerou receita superior a 23%, aumentando sua participação na receita global de 31,4% em 2012 para 36,5% em 2013. Cortes, Industrializados e Salgados, produtos de maior valor agregado, reduziram sua participação no período.

Produção Animal Avicultura

41


Estatísticas e Preços Oferta interna de carne de frango

Em abril, crescimento da disponibilidade e retração no consumo impuseram forte recuo de preços ao setor

D

Evolução Mensal MIL TONELADAS

MÊS

2011/12

2012/13

VAR. %

Maio

782,496

732,465

-6,39%

Junho

757,900

783,421

3,37% -1,58%

Julho

783,850

771,467

Agosto

678,406

713,243

5,14%

Setembro

744,176

709,387

-4,67% -10,99%

Outubro

768,585

684,083

Novembro

708,707

688,508

-2,85%

Dezembro

788,135

631,069

-19,93%

Janeiro

827,526

673,471

-18,62%

Fevereiro

769,947

618,342

-19,69%

Março

689,511

728,997

5,73%

Abril

726,892

731,883

0,69%

Em 4 meses

3.013,876

2.752,693

-8,67%

Em 12 meses

9.026,131

8.466,336

-6,20%

Fonte dos dados básicos: APINCO • Elaboração e análises: AVISITE

Oferta real

Ago

2012

42

Produção Animal Avicultura

Set

Out

Nov

Jan

2013

Mar

731,883

705,481 5,73%

662,509 Fev

0,69%

Dez

-16,82%

651,746

610,712

688,508 -2,85%

662,016 -10,99%

709,387 -4,67%

690,235 5,14%

746,581 Jul

-18,62%

Jun

-1,58%

783,421 3,37%

708,837 Mai

-19,93%

Abr

-6,39%

-3,56%

726,892

Volume nominal mensal ajustado para mês de 30 dias e variação anual Mil toneladas

Abr

escontada da produção total de carne de frango (1.071.343 toneladas, segundo a APINCO) a exportação (339.460 toneladas, segundo a SECEX /MDIC), permaneceram no mercado interno o equivalente a 731.883 toneladas, volume 0,69% superior ao registrado no ano anterior, abril de 2012. Em relação ao mês anterior a disponibilidade foi 0,40% maior, porém, levando em consideração que abril é mês mais curto, o aumento real foi de 3,74%. Analisando a evolução bimestral, após produzir menos de 650 mil toneladas mensais no primeiro bimestre deste ano, o setor aumentou em 13% a disponibilidade interna mensal (730 mil/t) no bimestre março-abril. Esse aumento na disponibilidade interna de carne de frango aliado a uma forte retração no consumo geraram excedentes que tiraram a equilíbrio existente no mercado e impuseram forte queda nos valores recebidos pelo produtor. Em abril último o produtor recebeu, em média, R$2,12/kg pelo frango vivo, redução de 21,2% sobre o mês anterior e de 28,1% no ano. Porém, até março a redução anual no preço do frango vivo estava próxima de 9%, mostrando que o grande declínio nos preços aconteceu em abril. No primeiro quadrimestre deste ano a avicultura de corte ofertou, internamente, 2,753 milhões de toneladas de carne de frango, redução de 8,67% em relação ao mesmo período do ano passado (3,014 milhões/t). Em 12 meses (mai/12-abr/13) a disponibilidade interna se encontra em 8.466.336 toneladas, uma redução de 6,20% sobre os 12 meses anteriores.


Desempenho do frango vivo em Maio de 2013

Volume quase dois terços maior para obter a mesma renda de dezembro de 2012 quase 40%. Ou seja: para obter a mesma renda nominal do último mês do ano passado o produtor precisaria dispor, em maio último, de um volume de frangos quase dois terços maior – o que, com certeza, não se observou em nenhuma parte do País. Naturalmente, o recuo de preços,em si, não chega a representar novidade para o setor, pois, equivalendo ao período de safra da carne bovina, é quase uma ocorrência corriqueira no setor. Mas nunca se registrou nada tão grave quanto em 2013. Exemplificando, nos 10 anos decorridos entre 2003 e 2012, o preço médio de maio correspondeu a um dos menores do primeiro semestre e alcançou, na média, 90% do valor registrado em dezembro do ano anterior. Mas, neste ano, correspondeu a apenas 61% do valor médio de dezembro de 2012.

FRANGO VIVO

Evolução de preços na granja, interior paulista – R$/KG Média mensal e variação anual e mensal em treze meses MÊS.

MÉDIA R$/KG

MAI/12

Média anual em 10 anos R$/KG

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

2004

1,70

6,00%

-4,17%

2005

JUN

1,85

14,60%

8,94%

JUL

1,86

4,89%

0,21%

AGO

2,30

10,41%

23,84%

2007

SET

2,47

25,47%

7,33%

2008

R$ 1,63

OUT

2,50

26,26%

1,35%

2009

R$ 1,63

NOV

2,59

24,82%

3,50%

DEZ

2,95

40,11%

14,01%

JAN/13

2,93

85,98%

-0,59%

FEV

2,87

78,98%

-2,23%

MAR

2,69

49,67%

-6,05%

ABR

2,12

19,68%

-21,19%

MAI

1,80

5,88%

-15,22%

R$ 2,08

2012

R$ 2,48

2013*

*2013: 01/Jan a 31/Mai

110%

112%

99%

Jul

R$ 1,92

2011

106%

96%

90%

89%

98% 98%

92%

99% 94%

Jun

91%

Abr

R$ 1,65

2010

Ago

Set

Out

Nov

Dez

61%

72%

Mar

R$ 1,55

Média 2003/12 2013

Preço em Dezembro do ano anterior = 100

Fev

R$ 1,35

2006 R$ 1,16

Preço relativo no ano em comparação à média mensal de 10 anos

Jan

R$ 1,49

109%

marasmo em que o frango se meteu (ou foi metido) em 2013 ainda não terminou. Por exemplo, a estabilidade de preços observada em maio (que veio desde o último dia de abril e alcançou o primeiro dia de junho corrente) foi apenas aparente, já que boa parte dos negócios do mês foi realizada a preços inferiores ao estabelecido como referencial e que, mesmo assim, resultou no pior resultado registrado pelo setor nos últimos 12 meses. Em outras palavras, abaixo de maio de 2013 só os preços de maio de 2012. E, ainda assim, com uma valorização anual de apenas 5,88% - o que equivale a dizer que, em valores reais, o frango vale menos hoje do que há um ano. E se, como vem sendo apontado, o volume produzido também continua inferior ao do ano passado, o “PIB” do setor caminha bem pior que o do próprio País. Mas isso não é o pior e, sim, a desvalorização que o produto vem enfrentando no decorrer de 2013. Em maio o frango enfrentou a quinta queda mensal consecutiva de 2013, ou seja, no ano e até agora só fez perder preço. Levando em conta o preço referencial, a queda de abril para maio (-15,22%) foi menos grave que a ocorrida de março para abril (-21,19%). Mas contribuiu para agravar ainda mais a perda (aparentemente inédita) acumulada nos cinco primeiros meses do ano e que, comparativamente a dezembro de 2012, soma

107%

O

Mai

Produção Animal Avicultura

43


Estatísticas e Preços

Matérias Primas Preço do milho

O preço do milho registrou aumento em maio de 2013. O preço médio do insumo saca de 60 kg, interior de SP, fechou o mês cotado a R$ 27,06 – valor 1,58% maior que a média de R$ 26,64 obtida pelo produto em abril de 2013. A disparidade de preços do milho em relação ao ano anterior é positiva. O valor atual é 3,68% maior, já que a média de maio de 2012 foi de R$26,10 a saca. Em abril, a disparidade registrada foi 2,46%.

Preço do farelo de soja volta a subir Depois de sete meses de queda, o farelo de soja (FOB, interior de SP) registrou aumento. O produto foi comercializado em maio de 2013 ao preço médio de R$ 845/t, valor 10,46% maior que o de abril passado –R$ 765/t. Na comparação com maio de 2012 – quando o preço médio era de R$927/t – a cotação atual registra redução de 8,85%.

Valores de troca – Farelo/Frango vivo Valores de troca – Milho/Frango vivo O frango vivo (interior de SP) fechou maio a R$1,80/kg – 15,2% menor que a média de abril de 2013. A desvalorização do frango contribuiu para a diminuição do poder de compra do avicultor. Nesse mês, foram necessários 250,5 kg de frango vivo para se obter uma tonelada de milho, considerando-se a média mensal de ambos os produtos em maio. Este valor representa queda do poder de compra de 16,41% em relação ao mês anterior, pois em abril a tonelada do milho “custou” 209,4kg de frango vivo.

Valores de troca – Milho/Ovo O preço do ovo, na granja (interior paulista, caixa com 30 dúzias), encerrou abril cotado à média de R$55,00, valor 5,9% menor que o mês anterior. Com a diminuição do ovo e o aumento no preço do milho houve uma piora no poder de compra do produtor. Em maio, foram necessárias 8,2 caixas de ovos para adquirir uma tonelada do cereal. Em abril foram necessárias 7,5 caixas/t, uma piora de 7,93% na capacidade de compra do produtor

Fonte das informações: www.jox.com.br

44 Produção Animal Avicultura

Com a desvalorização do frango vivo e o aumento do farelo de soja, em maio de 2013, foram necessários 469,4kg de frango vivo para adquirir uma tonelada do insumo, significando piora de 23,13% no poder de compra em relação a abril, quando foram necessários 360,8kg de frango vivo para obter uma tonelada do produto.

Valores de troca – Farelo/Ovo De acordo com os preços médios dos produtos, em maio de 2013 foram necessárias aproximadamente 15,4 caixas de ovos (valor na granja, interior paulista) para adquirir uma tonelada de farelo de soja. O poder de compra do avicultor de postura em relação ao farelo diminuiu na comparação com abril: piora de 15,33% já que no mês passado 13,0 caixas de ovos adquiriam uma tonelada de farelo. Em relação a maio de 2012, o aumento no poder de compra é de 53,49%, pois naquele período a tonelada de farelo de soja custou, em média, 23,6 caixas de ovos.


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45


Ponto Final

Wilson Mendes é médico veterinário, diretor Presidente de Instituto DiDatus de Pós Graduação e Vice Presidente Técnico Científico da Sociedade Paranaense de Medicina Veterinária

A cadeia produtiva da avicultura no Brasil e na América Latina

Q

uem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? A pergunta que transcende a interpretação biológica, ainda não tem uma resposta. Não importa em que ordem foi iniciada a produção em escala industrial, o fato é que somos o terceiro maior produtor de aves em todo o mundo.

A cadeia produtiva avícola brasileira é responsável por 10% de todas as riquezas geradas pelo agronegócio nacional. A consolidação e expansão de um mercado externo cresce na medida em que o Brasil exporta. Somos responsáveis hoje pelo abastecimento de 154 países e produzimos a proteína animal com menor preço e maior demanda. A produção de carne de frango chegou a 13,058 milhões de toneladas em 2011, um crescimento de 6,8% em relação a 2010. Com este desempenho o Brasil se aproxima da China, segundo maior produtor mundial, cuja produção de 2011 teria somado 13,2 milhões de toneladas, perdendo apenas para os Estados Unidos, com 16,757 milhões de toneladas, conforme projeções do Departamento de Agricultura dos EUA, USDA. Exportamos equipamentos, medicamentos, nutrição, vacinas, carne de frango e mais recentemente, exportamos um novo produto: a tecnologia de modernas técnicas de produção e conhecimento no setor de avicultura. Mas, para que isto acontecesse, muita pesquisa foi desenvolvida, desde a busca da genética ideal, passando por equipamentos, instalações, manejo e nutrição animal. Lembro-me que em minha infância a carne de frango era presente em nossa mesa somente em eventos festivos importantes, ou quando alguém estava doente na família. A carne era considerada uma proteína muito cara e dificilmente comum nas refeições diárias. Com o passar do tempo esta cadeia foi se desenvolvendo de forma a chegar ao século XXI como a mais or-

46 Produção Animal Avicultura

ganizada em todo o Brasil, produzindo uma proteína animal acessível a todos os brasileiros, seja pela quantidade ou qualidade. Mas nada disso teria acontecido não fosse uma estreita parceria entre os produtores e a academia, pois é um mercado que envolve grandes pesquisadores como técnicos, médicos veterinários, zootecnistas, engenheiros agrônomos e gestores. Assim vemos também o crescimento pela busca por capacitação técnica e consequentemente o aparecimento de mestrados, doutorados e especializações na cadeia produtiva avícola. Quando falamos em pesquisa não podemos deixar de citar o importante trabalho desenvolvido pela Embrapa Suínos e Aves, que muito contribuiu para o desenvolvimento deste setor. A demanda por mão de obra especializada no setor avícola adquiriu tamanha importância que nossos técnicos estão atendendo solicitação de palestras, consultorias e assistência técnica em diversos países, principalmente na América Latina, como Peru, Colômbia, Bolívia, Panamá e Argentina, que buscam nossos conhecimentos para aumentarem suas produções neste setor. Por conta desse crescimento é frequente ouvirmos outros idiomas em congressos, workshops e encontros técnicos, existindo assim a necessidade imprescindível de nossos técnicos aprenderem outros idiomas. Tudo isso é resultado do nosso país exportando tecnologia e mão de obra. O Brasil está na moda. Prova de nossa grandeza neste mercado está em possuirmos hoje as maiores empresas multinacionais do setor presentes no mundo todo. É preciso pensar hoje em políticas de desenvolvimento no que diz respeito ao mercado avicultor que cresce no Brasil. Podemos não ter a resposta hoje sobre quem nasceu primeiro, embora eu tenha certeza de que estamos a caminho de descobrir, mas sabemos que possuímos algo melhor: Somos donos dos ovos da galinha de ouro, e isso ninguém pode contestar.


Produção Animal Avicultura

47


Ponto Final

48 Produção Animal Avicultura


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