Revista do AviSite - Ed. 74

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nº 74 - ano VII julho/2013

VERDADEIROS COFRES Silos armazenam dinheiro – grãos e ração. Para aumentar a rentabilidade, faça uma boa escolha e aposte em um manejo de qualidade

ANOS

com

VOCÊ!

Limpeza e desinfecção Como esses processos ajudam na qualidade dos ovos férteis


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Produção Animal Avicultura


Sumário

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Capa

Os cofres da granja

Boa escolha e o bom manejo dos silos são fundamentais para garantir a qualidade dos grãos e da ração

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Manejo

Desinfecção de ovos férteis

Informe Técnico-Empresarial Auster: cinco anos

Ponto final

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Saúde Avícola

Fatos e mitos

Processo é importante para diminuir a contaminação dos embriões e garantir menor perda de aves nas primeiras horas de vida

Conferência Facta Soluções, novidades, discussões e muita ciência avícola

Reportagem empresarial 150 anos de Bayer no mundo

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João Palermo Neto fala sobre o uso dos antimicrobianos

Notícias Curtas GTA tem novas regras AviGuia Agroceres: Produção de carnes em 2013 Eventos Painel do Leitor Portfólio

Estatísticas e preços

CLEVER ÁVILA Um novo modelo exaurido

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Produção e mercado em resumo Pintos de corte Produção de carne de frango Exportação de carne de frango Oferta Interna Desempenho do frango vivo em junho Desempenho do ovo em junho Matérias-primas Produção Animal Avicultura

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Editorial

Tesouros da granja Além das próprias aves, que são as protagonistas da granja avícola,

Mundo Agro Editora Ltda. Rua Erasmo Braga, 1153 13070-147 - Campinas, SP

não podemos esquecer de outros atores que também têm papéis fundamentais dentro da produção como a ração, por exemplo. A forma de armazenagem e de distribuição deste insumo é muito importante para o bom funcionamento da granja, tanto zootécnica como economicamente falando. Os silos de armazenagem para rações são os destaques desta edição. A partir da página 24, você confere uma reportagem na qual apre-

ISSN 1983-0017 nº 73 | Ano VII | Junho/2013

sentamos os cuidados com a manutenção deste equipamento – para manter a qualidade da ração – e as recomendações ao avicultor na hora de escolher o silo para a instalação em sua granja. Os silos são verdadeiros cofres da propriedade, se avaliarmos o tanto de dinheiro que nele está armazenado. Pense nisso! Outro assunto em destaque nesta edição fala sobre a importância da desinfecção dos ovos férteis. Uma prática necessária para não comprometer o desenvolvimento embrionário, uma vez que as bactérias que ficam aderidas na casca penetram no ovo podendo causar mortalidade e prejuízo ao estabelecimento avícola. “O processo de limpeza e de desinfecção busca melhorar os índices produtivos ao diminuir a quantidade microbiológica na casca e no interior do ovo”, alertam os especialistas. Veja mais na página 22. Aqui também trazemos a cobertura da Conferência FACTA 2013 e os nomes dos trabalhos e dos autores vencedores do Prêmio Lamas. E ainda uma reportagem especial sobre os mitos e os fatos do uso dos antimicrobianos na avicultura. Não deixe de conferir! Boa leitura!

Os silos são verdadeiros cofres da propriedade, se avaliarmos o tanto de dinheiro que nele está armazenado. Pense nisso!

expediente Publisher Paulo Godoy paulogodoy@avisite.com.br Redação Andrea Quevedo (MTB 27.007) Érica Barros (MTB 49.030) Mariana Almeida (MTB 62.855) imprensa@avisite.com.br Comercial Daniel Cannos Fernanda Bronzeado publicidade@avisite.com.br Diagramação e arte Mundo Agro e Innovativa Publicidade luciano.senise@innovativapp.com.br Internet Jessica Sousa webmaster@avisite.com.br Administrativo e circulação Caroline Esmi financeiro@avisite.com.br

Os informes técnicoempresariais publicados nas páginas da Revista do AviSite são de responsabilidade das empresas e dos autores que os assinam. Este conteúdo não reflete a opinião da Mundo Agro Editora. Para facilitar o acesso às matérias que estão na internet, disponibilzamos QrCodes. Utilize o leitor de seu computador, smartphone ou tablet

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Produção Animal Avicultura


Editorial

Produção Animal Avicultura

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Eventos

Julho 02

Workshop sobre Ingredientes de Origem Animal: Nutrição, Qualidade e Normas Local: Auditório do IAC - Campinas, SP Realização: CBNA Contato: (19) 3232 7518 Email: cbna@cbna.com.br Informações: www.cbna.com.br 19 a 21

54º Festa do Ovo de Bastos Local: Recinto de Exposições Kisuke Watanabe, Bastos, SP Realização: Sindicato Rural e Prefeitura de Bastos Contato: (14) 3478-9800 Informações: www.bastos.sp.gov.br

Agosto

Setembro

SIAV – Salão Internacional da Avicultura

X Curso de Atualização em Avicultura para Postura Comercial

27 a 29

10 a 12

Local: Anhembi, São Paulo, SP Contato: (11) 3031-4115 Informações: www.ubabef.com. br/23congresso E-mail: congresso@ubabef.com.br

Local: Centro de convenções Unesp/ FCAV, Jaboticabal, SP Realização: Unesp/FCAV Contato: (16) 3209-1303 Informações: www.funep.org.br

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Simpósio OvoSite de Produção e Mercado de Ovos Local: Anhembi Parque, São Paulo, SP, durante o SIAV Realização: OvoSite, Revista do Ovo e UBABEF Informações: www.ovosite.com.br Email: simposioovosite@ovosite.com.br

Faça a sua inscrição para o Simpósio OvoSite! 27 de Agosto de 2013 – terça-feira Salas 1 e 2 - 14h às 16h30 Anhembi Parque Av. Olavo Fontoura, 1209, Santana, São Paulo – SP Mesa redonda (das 14h as 16h30) Moderador: Otávio Ceschi Júnior (Terra Viva) Programado para acontecer dentro do Salão Internacional de Avicultura (Siav), no dia 27 de agosto, em São Paulo, SP, o Simpósio OvoSite já conta com a confirmação de todos os palestrantes. O evento terá o formato de uma mesa redonda, com duração de duas horas e trinta minutos. Será um momento único e especial para reunir o setor de postura comercial junto ao maior evento da avicultura brasileira de 2013. A participação é gratuita. “Esperamos com essa iniciativa auxiliar os produtores de ovos na troca de informações e experiências e encontrar alternativas para sanar suas principais dificuldades de produção e comercialização”, afirma a equipe da Revista do Ovo e do OvoSite . A participação para este evento é gratuita. É necessário apenas fazer uma inscrição, que também permite a visitação à feira de negócios que acontece no Siav. Faça a sua inscrição através do link ubabef.com.br/siav/feira/visitantes Informações: www.ubabef.com.br/23congresso www.ovosite.com.br simposioovosite@ovosite.com.br

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Produção Animal Avicultura

Debatedores: Atualidades da produção mundial de ovos Antonio Carlos Paraguaçu (Hy-Line International, Des Moines / Iowa) Agregação de valor na produção de ovos Sergio Rami (Consultor) Perspectivas da produção de grãos Thomé Luiz Freire Guth (Analista de Mercado da Conab) Integração Contratual: Uma Estratégia de Acesso ao Mercado Internacional Eduardo Mello Mazzoleni (DENACOOP) Desafios da comercialização de ovos no Brasil Leandro Pinto (Granja Mantiqueira) O ovo no autoserviço: Como atrair cada vez mais o consumidor Rogerio Belzer (Presidente do Instituto Ovos Brasil)


Outubro

Novembro

2014/Janeiro

IV Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária

Congresso Latino-americano de Avicultura

International Poultry Expo

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Local: Centro de Convenções da Amazonas, Belém, PA Realização: Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária Informações: www.conferencia. defesaagropecuaria.com E-mail: conferencia@defesaagropecuaria. com 30 e 31

V Simpósio Internacional e IV Congresso Brasileiro de Coturnicultura

12 a 15

Local: Centro Internacional de Ferias y Convenciones, El Salvador Informações: www.avicultura2013.com E-mail: amartinez@avicultura2013.com

28 a 30

Local: Georgia World Congress Center - Atlanta (EUA) Realização: US Poultry & Egg Association Contato: (770) 493-9401 Informações: www.ippexpo.org

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Curso sobre Instrução Normativa IN 65 Local: São Paulo, SP Realização: Sindirações Contato: (11) 3541-1212 Informações: www.sindiracoes.org.br E-mail: qualidade@sindiracoes.org.br

Local: Centro de Convenções da Universidade de Lavras, MG Realização: Universidade de Lavras – UFLA Informações: www.nucleoestudo.ufla. br/necta/index.php/inicio Contato: (31) 3829-1240 E-mail: simposiocodornas2013@gmail.com

SIAV: Mais de 100 empresas confirmadas O Salão Internacional da Avicultura (SIAV), promovido pela UBABEF no Anhembi (São Paulo) entre 27 e 29 de agosto, já se consagra como a maior feira voltada para o setor avícola nacional. Mais de 100 empresas já confirmaram participação, entre casas genéticas, equipamentos para aviários, certificadoras, logísticas, laboratórios, rações, agroindústrias produtoras e exportadoras, entre outros. Saiba mais pelo www.ubabef.com.br/siav

Qualidade de Ovos de Bastos define comissão julgadora A Comissão de Qualidade de Ovos de Bastos definiu os nomes dos profissionais que comporão neste ano o corpo de jurados do Concurso. São eles que irão analisar as amostras de ovos comerciais e de codorna que estarão inscritos no evento deste ano, em julho. O Concurso acontecerá dois dias antes da abertura oficial da 54ª Festa do Ovo de Bastos, o maior e mais tradicional evento do país exclusivamente dedicado a destacar a produção de ovos. À nota dos juízes são acrescentados os resultados conferidos por uma moderna máquina digital com leitura a laser, a Digital Egg Tester, que neste ano será operada por Paulo Sérgio Ito, da ATM Bastos, empresa proprietária do equipamento. Veja a lista completa dos juízes da versão 2013 do Concurso de Qualidade de Ovos e as empresas e instituições da qual fazem parte.

Os juízes: Ademir Moreira (Granja Planalto) Danilo Pereira (Unesp/Tupã) Fabio Henrique Pacanaro (Novogen) Fernando Venâncio (Mercoaves) José Roberto Medina Garcia (BR Nova) Mario Nihei (H&N Avicultura) Matheus B. Rodrigues Alves (Lohmann do Brasil) Nilce Maria Gama (Inst. Biológico de São Paulo – und. de Bastos) Rafael Kuiavski (Interaves) Ricardo Ito (Nutron/Grupo Provimi) Sergio Abe (Amicil) Vitor Sperandio Arantes (Hy-Line do Brasil) Paulo Sergio Ito (ATM Bastos) – Op. da máq. Digital Egg Tester (Concurso Qualidade de Ovos 2013) (Assessoria de Imprensa ) Produção Animal Avicultura

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Painel do Leitor AviSite: 12 anos a serviço do setor avícola

Gostaria de deixar registrado uma nota de parabéns pelo aniversário e de agradecimento pelas informações necessárias e precisas veiculadas diariamente no AviSite. Alexandre Marcio, Igaratinga, MG

Parabéns a direção e colaboradores do AviSite pelos 12 anos de apoio e incentivo a todos que participam deste importante segmento que é a Avicultura Brasileira, exemplo de inovação, esforço e competitividade. Nós, do Nucleo Oeste de Médicos Veterinários em Chapecó, agradecemos o apoio deste importante meio de comunicação. Joao Batista Lancini, Chapecó, SC

Estatísticas e preços – Desempenho do frango vivo Como podemos continuar na atividade?? Precisamos de subsídios do governo, incentivos e mudanças nas políticas comerciais de exportação, estamos quebrados, quebramos mesmo!!!!! Jamilson, Tambaú, SP

nº 73 - ano VII junho/2013

ANOS

com

VOCÊ!

BEM NUTRIDOS DESDE O NASCIMENTO Suplemento nutricional nas primeiras horas de vida favorece a formação de uma microbiota saudável e equilibrada

XIV SBSA

Evento estimula crescimento do setor

Alternativa

Fitato como valor antinutricional para aves e suínos

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Produção Animal Avicultura

Parabéns ao Avisite pelos relevantes serviços prestados ao segmento, trazendo informações precisas e atualizadas. Sem dúvida é uma fonte de consulta diária a todos envolvidos na avicultura. Marcos Alves, Uberlândia¸ MG

Ninguém até hoje se manifestou em relação ao Imposto cobrado pelo governo de Minas Gerais, um absurdo de 15,21 % sobre o frango e cortes. Não ganhamos, no setor, essa porcentagem para produzir. Acho inconstitucional esse imposto para um produto da cesta básica. Paulo S. Delalibera, São João da B. Vista, SP

As mais comentadas no AviSite www.avisite.com.br

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Marfrig confirma venda da Seara Brasil e Zenda para JBS

Será que a venda da Seara para a JBS vai ser bom para aqueles que tiveram seus aviarios “cortados”? Não são poucos os aviários que na antiga empresa Dagranja funcionavam a pleno vapor e pra Seara não tinham valor. será que poderemos ter alguma esperança de voltar a criar para a nova empresa? Adilson Renato, Lapa, PR

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Como a BRF pode ajudar o JBS a faturar R$ 10 bi com a Seara

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Gilberto Tomazoni presidirá divisão de aves da JBS no Brasil

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Sem mão-de-obra local, frigorífico do PR decide contratar estrangeiros Lamentável que não se consiga brasileiros para trabalhar. E é louvável a atitude desta empresa em contratar quem quer e precisa trabalhar. Eduardo Von Atzingen, Goiânia, GO

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McDonald’s lança petiscos de frango no Brasil; serão 500 toneladas por mês


55/Brands

FARMABASE: UMA MARCA EM CONSTANTE EVOLUÇÃO.

Evolução constante, pioneirismo e qualidade são compromissos que sempre estiveram presentes na história da Farmabase. Ao longo dos anos, desenvolvemos e disponibilizamos ao mercado de aves e suínos produtos e serviços que ajudaram a produzir mais e melhor. Diante de tantos avanços, não poderíamos deixar de atualizar nossa marca. E, assim, apresentamos ao mercado nossa nova identidade visual. Muito mais direta, nossa nova marca transmite aqueles que são os valores que sempre nortearão nossas ações: foco, agilidade e transparência.

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Soluções de alta performance em saúde animal. Produção Animal Avicultura

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As cinco notícias mais lidas no AviSite em junho

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“Três grandes” responderam por 4,64% das exportações

Tendências dos “quatro grandes” na produção avícola mundial até 2022

BRF inaugura seu Innovation Center em Jundiaí, SP

Alga: o novo ingrediente mundial para alimentação animal?

China procura garantir sobrevivência de seus avicultores

De acordo com dados da SECEX/MDIC, no período janeiro-abril de 2013, o grupo representado por BRF, JBS e Seara obteve receita cambial ligeiramente superior a US$3,3 bilhões e correspondeu a 4,64% de toda a receita obtida pelo Brasil no comércio internacional.

Projeções levantadas através de trabalho conjunto entre FAO e OCDE apontam que os atuais quatro maiores produtores mundiais de carnes avícolas – EUA, China, Brasil e União Europeia – chegarão a 2022 mantendo as mesmas posições.

O novo centro de pesquisas da BRF reúne modernos laboratórios, cozinhas experimentais e minifábricas para produções-piloto. Um complexo de 10 mil metros de área construída e planejado de acordo com os requisitos do Leed, selo dedicado a construções sustentáveis.

O interesse sobre a utilização de algas em alimentação animal não é novo. Porém, recentemente, este interesse explodiu em forma de diversos estudos e projetos pelo mundo em busca do valor da alga como um possível ingrediente para rações.

O Governo está procurando garantir a sobrevivência da avicultura de pequeno e médio portes, que garante a subsistência de milhões de produtores. Para isso, está propiciando ao setor mais subsídios, liberando agora o equivalente a mais de R$100 milhões.

Há 10 anos no AviSite www.avisite.com.br

Participação brasileira no comércio mundial de aves Campinas, 11 de Dezembro de 2003 - Projeções da FAO relativas ao comércio mundial de carne de aves (essencialmente, frango) combinadas com os dados brasileiros relativos às exportações de carne de frango apontam que a participação do Brasil nesse mercado – de pouco mais de 9% em 1990 – pode subir para mais de 26% em 2004. Se isto se confirmar o incremento na participação, em 15 anos, será de 180%, índice que nenhum outro país do mundo até hoje registrou. Entre 1990 e 1996, o comércio mundial de aves mais do que dobrou, passando de cerca de 3,2 para 7,4 milhões de toneladas. Porém, nesse período, as exportações do Brasil caminharam de forma relativamente lenta: incremento de 90%, passando de 299,2 mil toneladas, em 1990, para 568,8 mil toneladas em 1996. Com tais resultados, a participação brasileira no mercado mundial de aves decresceu: correspondia a 9,37% do total em 1990, caiu para 7,64% em 1996. Esse retrocesso, no entanto, não pode ser imputado a falha dos exportadores: sua origem está no

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ano anterior, 1995, quando – por força de forte retomada do consumo interno (introdução do real) – houve uma espécie de contingenciamento do produto exportável. Após 1996, porém, os dois mercados passam a apresentar comportamentos opostos. Os negócios mundiais retrocedem (até 2000) e, quando voltam a crescer, já não demonstram a mesma exuberância anterior. Já as exportações brasileiras passam a apresentar (exceto em 1997) crescimento que não seria exagero chamar de exponencial. Se as projeções da FAO se confirmarem, entre 1996 e 2004 as exportações mundiais de carne de aves terão crescido cerca de 9%: passarão de 7,4 milhões de toneladas para, mais ou menos, 8,1 milhões de toneladas. E as do Brasil – tomando como base, para 2003, os embarques em 11 meses (1,780 milhão/t: 1,940 milhão/t em 12 meses) e uma expansão de 10% em 2004 – terão crescido 175%, passando de 568,8 mil/t para algo como 2,130 milhões de toneladas.


Existem muitas variáveis que influenciam o processo de produção e que refletem diretamente nos resultados. Às vezes, apesar de fazer tudo igual ao seu vizinho, os resultados não são os mesmos. É por isso que a Cobb oferece um atendimento personalizado no campo com o intuito de identificar as necessidades específicas de cada produtor para minimizar os riscos e potencializar ainda mais o rendimento do plantel. Escolha Cobb que você ganha mais.

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Produção Animal Avicultura

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Notícias Curtas

Ave inteira sustenta receita O aumento da receita cambial da carne de frango em 2013 – de, praticamente, 6% nos cinco primeiros meses do ano – continua sendo sustentado pelo frango inteiro, exclusivamente. É, sem dúvida, mais um sinal dos “tempos de vacas magras” experimentado pelo mercado internacional que, à vista das dificuldades econômicas, busca produtos com a menor agregação de valor possível. Por sinal, o aumento da receita cambial do frango inteiro resulta da combinação de dois fatores (aumento do volume e do preço médio) que não estão presentes nos demais itens exportados. No tocante ao volume, por exemplo, caíram os embarques de cortes, de industrializados e de carne salgada. Ou seja: também aqui o frango inteiro foi exceção.

2020: Só vai dar frango Diferença deve ser pequena, de menos de 200 mil toneladas ou cerca de 0,14% do total previsto. Mas dentro de sete anos - ou seja, em 2020 – o consumo de carne de frango deve superar pela primeira vez o da carne suína em um processo que, aparentemente, não tem mais retorno. A previsão é da FAO e da OCDE e sugere que no último ano da corrente década o consumo mundial de carne de frango alcançará volume muito próximo dos 124 milhões de toneladas, enquanto o de carne suína não deve passar dos 123,8 milhões de toneladas.

Compradores dos EUA Nos quatro primeiros meses de 2013, os 10 principais importadores de carne de frango dos EUA absorveram perto de 630 mil toneladas do produto, volume cerca de 14,5% maior que o do primeiro quadrimestre de 2012. Juntos, foram responsáveis por 58,4% das exportações norte-americanas realizadas no período.

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Levando em conta que os 10 principais importadores da carne de frango do Brasil responderam, no mesmo período, por mais de 68% do total exportado, conclui-se que o mercado dos EUA está mais diluído. De toda forma, ressalta, nas exportações dos EUA, a maior concentração no mercado vizinho, o México.


Três grandes

De acordo com dados da SECEX/MDIC, no período janeiro-abril de 2013 as três principais empresas do setor - grupo representado no rol oficial de exportadores pela BRF S.A., JBS S.A. e Seara Alimentos Ltda. – obtiveram receita cambial ligeiramente superior a US$3,3 bilhões, valor que representou aumento de 9,22% sobre idêntico período de 2012 e correspondeu a 4,64% de toda a receita obtida pelo Brasil no comércio internacional. Foi, também, um desempenho oposto ao das exportações brasileiras, já que a receita cambial global do período recuou 4,26%. A ressalvar: as exportações das três empresas estão representadas também pelas carnes suína e bovina e, ainda, por pratos prontos.

Frigorífico contrata estrangeiros Por conta da falta de mão de obra local, um frigorífico com sede em Maringá, PR, responsável pela produção de frango para cinco marcas nacionais, decidiu contratar trabalhadores estrangeiros. Em duas semanas, 214 haitianos e seis senegaleses vão integrar o novo quadro de funcionários das unidades no Noroeste do Paraná, em Maringá e em Paranavaí. Eles vão trabalhar nos setores de abate, corte e embalagem das carnes. Esta é a terceira vez que o frigorífico recruta profissionais estrangeiros – as duas primeiras foram somente para Paranavaí. Em 2012, um grupo de dez pessoas foi admitido. Em abril deste ano, houve outros 43. Informações do Valor Econômico.

GTA tem novas regras Através da Instrução Normativa (IN) nº 22, de 20 de junho de 2013, o Ministério da Agricultura estabeleceu novas normas para habilitação de médicos veterinários privados (isto é, não vinculados ao serviço público)para emissão de Guia de Trânsito Animal – GTA. A IN 22 revoga a IN de nº 15, de 30 de março de 2006 e, com a publicação, já se encontra em vigor. Seu texto vem acompanhado de cinco anexos com modelos de formulários para (I) solicitação de habilitação, (II) cadastro do habilitado, (III) parecer sobre o pedido de habilitação (a cargo do médico veterinário do serviço oficial), (IV) termo de compromisso de capacitação e (V) solicitação de cancelamento ou atualização de habilitação. Acesse, no Diário Oficial da União, as páginas 24 e 25, com a íntegra da Instrução Normativa nº 22/2013: http://goo.gl/oHss9. Produção Animal Avicultura

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Notícias Curtas | Empresas

BRF: Innovation Center

JBS: maior grupo do BR

Prefeito de Jundiaí, Pedro Bigardi, José Antonio Fay (presidente da BRF), Luiz Furlan (membro do Conselho Administrativo da BRF) e o ministro da Agricultura, Antonio Andrade “É um orgulho estarmos inaugurando esta ideia, este centro de pesquisas e de tecnologias, em favor da alimentação”, disse José Antonio Fay, presidente da BRF, durante o seu discurso na inauguração do BRF Innovation Center, realizada dia 20 de junho, em Jundiaí, SP. O novo centro de pesquisas da agroindústria reúne modernos laboratórios, cozinhas experimentais e minifábricas para produções-piloto. Um complexo de 10 mil metros de área construída e planejada de acordo com os requisitos do Leed, selo internacional dedicado a construções sustentáveis. O projeto do BRF Innovation Center gerou um investimento de R$ 58 milhões e faz parte da meta da companhia de duplicar, até 2015, os investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Segundo os executivos da BRF, o objetivo principal da planta-piloto de Jundiaí é realizar testes e acompanhar as diversas fases de desenvolvimento de projetos de produtos e embalagens

Novo patrocinador para a seleção Prestes a disputar uma grande competição em casa, a CBF continua capitalizando com as empresas nacionais. A entidade anunciou mais um patrocinador, a BRF. O contrato assinado tem duração até 2022. Pelo acordo, a BRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, poderá estampar a marca Sadia nos uniformes da seleção brasileira e de suas categorias de base. O acerto permite ainda à empresa explorar outras de suas marcas nas categorias de carnes. “Estamos muito felizes com essa parceria com a CBF, entidade que carrega o nome do Brasil mundo afora. A marca Sadia, pela sua liderança aqui e em diversos mercados, foi escolhida para representar a BRF. Mas o futebol é muito grande e há possibilidade de ativarmos diversas de nossas marcas”, afirmou o presidente da BRF, José Antonio Fay. O acordo de patrocínio tem início imediato, o que permitirá à BRF divulgar a marca Sadia durante a Copa das Confederações, que serve de prévia ao Mundial. Nenhuma das partes revelou os valores envolvidos na negociação. As informações são da Revista Exame.

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. Produção Animal Avicultura

Com o portfolio de produtos da Seara, JBS triplicou de tamanho e fica atrás apenas da líder BRF A Revista Veja, de 19/06/2013, publicou texto de autoria de Marcelo Sakate sobre a compra da Seara pela JBS. O frigorífico dos irmãos Batista, que já ostentava o status de maior empresa brasileira de alimentos, ganhou corpo com a compra da Seara, na última semana, por 5,8 bilhões de reais. Toma-se agora a segunda companhia brasileira em faturamento, com 100 bilhões de reais de vendas ao ano, e a maior de capital privado, supe-

Compra da Seara é mais um degrau na ascensão meteórica do frigorífico JBS rando a Vale. A Seara pertencia, desde 2009, ao frigorífico rival Marfrig, que se viu obrigado a se desfazer da marca para reduzir seu endividamento – o valor da compra corresponde, na verdade, a dívidas que serão assumidas pela JBS. Com a Seara, a JBS triplicou de tamanho e fica atrás apenas da líder BRF (Perdigão-Sadia). Mundialmente, vai superar a americana Tyson Foods. Outro salto se dará agora na área de alimentos industrializados. A JBS tinha menos de 1 % desse mercado e passará a 17% com a Seara, segundo projeções.


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Notícias Curtas | Empresas

Super Frango: Ações ambientais

Dia do Meio Ambiente: Alunos plantaram mudas nativas da região em uma área de preservação ambiental

Macedo: carne moída de frango A Tyson do Brasil, traz ao mercado uma nova opção: a carne moída de frango Macedo . Produzido a partir do peito, considerado um dos cortes nobres da ave, a carne moída de frango estará disponível bandejas de 500g. A embalagem em bandeja foi escolhida para aproximar o produto do universo do frango. Os consumidores estão acostumados a comprar frango em bandejas e este elemento auxilia o posicionamento do produto no universo cárneo, facilitando a identificação pelo consumidor.

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Produção Animal Avicultura

A São Salvador Alimentos S/A (SSA) Super Frango contribui com o meio ambiente atráves das ações praticadas dentro da planta em Itaberaí, GO. Entre as ações desenvolvidas estão o tratamento de água utilizada, controle de emissão de gases, reciclagem de óleo residual, recuperação de nascentes com plantio de mais de 70 mil mudas, coleta seletivas e outras ações ambientais. Agora, a empresa incluiu na lista a realização da 1ª Semana do Meio Ambiente SuperFrango, que aconteceu nos dias 03 a 07 de junho. A companhia investiu na conscientização da comunidade de Itaberaí através de campanhas e/ou ações. Foi realizado o envio de newsletter com informações sobre preservação e uma visita das Escolas Estadual Maria Olinta de Almeida e Educandário Evangélico às instalações da Super Frango onde os alunos entraram em contato com o processo de tratamento de efluentes (ETE) e realizaram o plantio de mudas nativas da região em uma área de preservação ambiental.

Petiscos de frango O cardápio do McDonald’s de toda a América Latina conta com uma nova opção: o Chicken McBites. A novidade, que há dois anos faz sucesso no menu norte-americano, traz pedacinhos de peito de frango empanados. O Chicken McBites será vendido por tempo limitado e oferecido em três tamanhos. Para acompanhá-lo, o consumidor pode escolher entre os molhos Creamy Ranch e Spicy Buffalo, que também poderão ser consumidos separadament, além dos já existentes, Barbecue, Mostarda, Agridoce e Caipira. Serão produzidas 500 toneladas do produto por mês. “É um produto que estamos lançando na América Latina inteira, mas que já tem uma história de sucesso no mercado americano. Foi lançado há dois anos nos EUA, é um produto sazonal, sempre com novidades de novos sabores e novos molhos. Agora estamos trazendo essa novidade para o Brasil”, disse Roberto Gnypek, diretor de planejamento e marketing da Arcos Dourados, empresa que controla o McDonald’s na América Latina. As informações foram divulgadas pelo Portal Terra.


Informe Técnico-Empresarial

Auster 5 anos Paulo Portilho, Diretor Auster Nutrição Animal

J

á havia se passado anos de espera e planejamento quando se iniciaram as operações da Auster Nutrição Animal, em 2008. A empresa foi criada por profissionais com vasta experiência no mercado de especialidades e aditivos para nutrição animal e com a ambição de trazer para o Brasil investimentos em desenvolvimento e fabricação deste tipo de produto. O início foi tímido, em um escritório com cinco pessoas em Campinas. Tímido e desafiador, posto que já em Setembro de 2008 a maior crise econômica que o mundo havia visto, e cujas consequências vemos até hoje na economia mundial, eclodiu de forma avassaladora. Claramente planos foram postergados, e muito trabalho foi necessário para que a

Fábrica da Auster em Hortolândia, SP

empresa superasse essa situação com tão pouco tempo de vida. Sem dúvida esse evento cravou na alma da equipe uma resiliência e força que jamais a deixarão. Desde 2011 a empresa vem crescendo robustamente e diversificando suas atividades, especialmente com aditivos, enzimas e prestação de serviços, e nunca deixou de crescer. Desde este ano já havíamos iniciado uma linha de trabalho com maior envolvimento no dia-a-dia de nossos clientes, propondo formulações e acompanhando muito mais de perto os resultados obtidos, mas faltava a perna de poder levar esses resultados mais adiante, faltava a fábrica da Auster. Já 2012 foi o ano de seus primeiros passos como indústria. Em março, a empresa iniciou suas atividades como fabricante e passou a produzir seus produtos, assim como prestar serviços a terceiros. A produção local se iniciou em Março de 2012, com parcelas da planta como um todo operando parcialmente. Durante o ano, o projeto foi amadurecendo e já no início de 2013 as três linhas de produção estavam a todo vapor. Hoje conseguimos traduzir nossas ideias em novos produtos em algumas semanas, por nossos próprios meios. Antes da fábrica, dependíamos de empresas na Europa, e uma ideia nova demorava meses para estar disponível aqui. Hoje a empresa tem 50 funcionários, produz mais de 1800 toneladas de produtos por mês. Desde o seu início mantém um espírito humilde e informal, com as pessoas trabalhando em um escritório sem divisões e com uma equipe dedicada e comprometida. As empresas são frutos das pessoas que nela estão. Nossa equipe é extremamente dedicada, tanto com a empresa quanto com os clientes. De minha parte, tenho orgulho de todos que estão aqui, e não sei como agradecer a eles e a nossos clientes por tudo que conseguimos!

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Eventos

Público presente na palestra que marcou a abertura

Conferência Facta 2013: Soluções, novidades, discussões e muita ciência avícola Em três dias, evento reuniu assuntos objetivos e específicos em Campinas, SP

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e volta a Campinas, SP, a Conferência Facta 2013 (10 a 12 de junho) reuniu 700 participantes. Sob a presidência de Marcos Macari, a Facta (Fundação Apinco de Ciência e Tecnologia Avícolas) organizou três dias dedicados a apresentar soluções, novidades, discussões e muita ciência avícola na Casa de Campo do Hotel The Royal Palm Plaza. Para Macari, o evento transcorreu com tranqüilidade e dentro das expectativas, tanto no que se refere ao local do evento quanto, e especialmente, ao temário em discussão. “O local era de muito fácil acesso e com infraestrutura adequada para o modelo proposto. Entendo que muito conhecimento atual foi colocado na pauta de discussão, e informações relevantes foram levantadas. A maioria das palestras teve boa aceitação”, destaca ele. Com novo formato, o evento reuniu temas mais objetivos em um único dia, com a realização do Simpósio sobre Incubação e do Simpósio sobre Saúde Intestinal, e reservou o último dia para temas variados e de extrema importância para o setor. “Esta era uma solicitação antiga dos participantes da Conferência: reunir assuntos mais objetivos e específicos”, destaca Paulo César Martins, membro do Comitê organizador da Conferência. Em seu primeiro dia de trabalho, a Conferência Facta 2013 reuniu estudantes, professores e pesquisa-

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Marcos Macari, Conhecimento de sobra, informações relevantes e infraestrutura adequada garantiram sucesso do evento

dores de diversas instituições para as apresentações do Prêmio Lamas. Foi, sem dúvida, a melhor forma para iniciar o “maior evento gerador de conhecimento técnico da avicultura industrial brasileira”, nas palavras de Paulo Martins. A comissão recebeu 91 trabalhos da área de nutrição, 53 de produção, 30 de sanidade e 47 de outras áreas. Doze de cada divisão foram selecionados para apresentação oral. No mesmo dia, foi realizada uma cerimônia de abertura seguida por uma palestra comandada por José Maria da Silveira. Membro do Conselho de Informações


Festa da Unesp na entrega dos prêmios Sobre Biotecnologia e professor doutor da Universidade Estadual de Campinas, ele discutiu o cenário e tendência do mercado de grãos e carnes.

Saúde intestinal e incubação A Conferência colocou em prática no segundo dia, 11 de junho, um novo formato de apresentação. Em dois auditórios palestrantes levantaram discussões e selaram conceitos tanto em saúde animal quanto em incubação. Ambos os temas foram escolhidos justamente por estarem em constante evolução. “Afinal, como melhorar a eficiência do processo de incubação? Na avicultura industrial, estamos longe da natureza. Uma galinha, a máquina perfeita, tem 60 mil anos de esistência. A solução, segundo Thomás Calil, da Pas Reform, é aprimorar o manejo, os equipamentos e a ambiência. Ou investir em mudanças metabólicas para uma melhor incubalidade. Adriana Garcia de Freitas falou sobre o manejo do ovo incubável e todas as etapas deste processo, como coleta dos ovos, limpeza e transporte. Fábio de Souza, da Ceva, mostrou a importância da vacinação no incubatório ao afirmar que 100% dos frangos de corte alojados no mundo recebem pelo menos uma vacina na planta de incubação, que pode ser por spray, por injeção subcutânea ou in ovo. E Claudio Bellaver finalizou as apresentações dividindo sua experiência sobre o manejo de resíduos de incubatórios utilizando-se da compostagem. Enquanto isso, no outro auditório, Alex Maiorka discutia a fisiologia básica do sistema digestório das aves, apresentação que foi acrescida dos dados expostos por Nair Katayama, do laboratório Spave, sobre a fisiopatologia entérica e a patogênese da enterite. Antônio Piantino, do Laboratório de Ornitopatologia da FMVZ-USP, falou sobre o diagnóstico das enterites aviárias no Brasil. Segundo ele, o diagnóstico dos vírus entéricos tem sido feito, principalmente, através da técnica de PCR ou RT-PCR (convencional). A maioria dos laboratórios de diagnóstico de doenças aviárias emprega o PCR convencional ou o PCR em tempo real. Já Marcos Rostagno instigou as discussões ao ressaltar uma mudança de paradigma: a proibição cada vez maior ao uso dos antimicrobianos e o aumento da utilização de medidas de biossegurança somadas às de desinfecção.

Nutrição, saúde e produção No último dia, a programação técnica trouxe assuntos ligados à nutrição, saúde e produção das aves e também uma palestra sobre o mercado de commodities. “O Brasil é hoje uma usina de informação científica na avicultura”, destacou Paulo César Martins. Uma dessas apresentações foi a do professor da USP, João Palermo Neto, que falou sobre os fatos e os mitos na resistência a antimicrobianos (leia mais na página 20).

Prêmio Lamas Nutrição

Vencedor - Efeito da Arginina e aditivos fitogênicos em dietas para frangos de corte criados em estresse cíclico por calor sobre resposta imune celular - Vitor Barbosa Facina - FCAV - Unesp Menção honrosa - L- [13C1] metionina como traçador no sangue de frangos de corte em diferentes fases de crescimento Ana Cristina Stradiotti - FCAV - Unesp

Sanidade

Vencedor - Resposta imune de frangos de corte tratados com a proteína flic e desafiados com salmonella typhimurium - Thais Cremasco Donato - FMVZ - Unesp Menção honrosa - Perfil de atividade pró-inflamatória e citolítica após desafio com vírus de bronquite infecciosa - Cíntia Hiromi Okino - FCAV - Unesp

Produção

Vencedor - Efeito do número de retiradas do nascedouro sobre rendimento de incubação na qualidades dos pintos Vanessa Michalsky Barbosa - UFBA Menção Honrosa - Hipercapnia durante incubação afeta morfofisiologia do sistema digestório de frangos de corte - Lilian Francisco Arantes de Souza - FCAV - Unesp

Outras Áreas

Vencedor - TURNOVER do carbono-13 no músculo peitoral de frangos de corte na fase de crescimento - Vanessa Pelicia - FMVZ - Unesp Menção honrosa - Trabalho: Pressão arterial de oxigênio em embriões e pintos de matrizes pesadas com diferentes idades Vanessa Michalsky Barbosa - UFBA

Lamas No dia 11 aconteceu também a divulgação dos vencedores do Prêmio Lamas 2013. Na mesma ocasião também foi homenageado o Prof. Dr. Antônio Mário Penz Jr., eleito “Profissional do Ano” pelos técnicos atuantes junto à Fundação. O Prêmio Lamas tem como objetivo promover a pesquisa acadêmica e laboratorial, além da busca por soluções para a cadeia produtiva avícola. Foram 220 trabalhos inscritos em quatro categorias: Produção, Sanidade, Nutrição e Outras Áreas. O vencedor de cada categoria recebeu um prêmio de R$ 2 mil reais e cada área de pesquisa recebeu uma menção honrosa.

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Saúde Avícola

Fatos e mitos É indiscutível a possibilidade de empregar antimicrobianos para tratar doenças nas aves. No entanto, a sua aplicação ainda está cheia de mitos

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s antimicrobianos são produtos veterinários destinados a eliminar ou impedir o crescimento de bactérias. São usados para quatro finalidades: terapêutica (para tratar apenas os animais doentes), metafilática (para tratar todos os animais de um mesmo grupo quando alguns estão doentes), profilática (para impedir o desenvolvimento de infecções) e como aditivo zootécnico (para melhorar o desempenho da produção). “No entanto, com o passar do tempo, o seu uso aumentou a emergência de bactérias resis-

No Brasil, o uso dos antimicrobianos é feito de acordo com aprovação do Mapa tentes. Por isso, a sua utilização tem sido bastante controlada no Brasil”, diz o professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP, João Palermo Neto. “E a maior preocupação sobre o uso de antimicrobianos na veterinária é a sua influência na saúde humana”. Cientificamente falando, ainda não há uma comprovação no que diz respeito à transmissão de resistência bacteriana a humanos pelo uso de anti-

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bióticos na produção animal. Este seria o primeiro mito. Vários estudiosos e pesquisadores questionam a ação e a eficácia dos antibióticos empregados na medicina veterinária e o seu possível impacto na avicultura. “Questionam a possível presença de resíduos na carne e nos ovos, que na alimentação humana podem ser os próprios aditivos ou seus metabólitos acumulados nos produtos”, afirmam especialistas da Universidade Federal de Goiás em trabalho publicado recentemente sobre o assunto. “E essa desinformação tem colocado os consumidores em oposição aos produtos rurais de origem animal”, completa Palermo Neto. Ainda que se discuta a relevância prática do uso dos antimicrobianos, há um consenso geral de que a proibição total dos antibióticos aditivos de crescimento resulte em menor lucratividade para o setor. “Para que se possam ter dietas sem o uso de aditivos de crescimento, faz-se necessária a introdução de alternativas para contornar os efeitos negativos sobre o desempenho e a saúde das aves. Porque o rendimento da ave cai sem o uso dos antimicrobianos. Isto é fato. Há queda de até 5% no peso e de 10% na conversão alimentar. Como alternativas, hoje existem os probióticos e os prebióticos e várias novas substâncias, utilizadas para promover a acidificação da microbiota, ainda estão em estudos e poderão, no futuro, ser introduzidas na produção animal como aditivos melhoradores de desempenho”.

Os mitos De acordo com o professor da USP um grande mito sobre o uso dos antimicrobianos na veterinária tem a ver com a sua segurança. “Muita gente tem a ideia de que os antimicrobianos são substâncias químicas inseguras. Isto é um grande mito. Elas são seguras sim porque são substâncias desenvolvidas para combater patógenos e reestabelecer a microbio-


nária produz resistência bacteriana. “O uso de antimicrobianos, onde quer que seja, pode levar à seleção de cepas de bactérias resistentes. O problema passa pelo uso em avicultura, mas não é devido a ele”, ressalta. O professor ainda lembra que as doses usadas como aditivos na alimentação das aves são muito pequenas e, portanto, sub-terapêuticas. “De fato, são sub-terapêuticas, mas são doses efetivas para a finalidade a que se destinam (melhorar a microbiota intestinal e, consequentemente, a eficiência alimentar). E se usados de forma correta, seguindo-se as normas preconizadas pelas Boas Práticas Clínicas de Uso, não há qualquer perigo”. Isto implica, principalmente, usar a dose certa do antimicrobiano pelo tempo certo. “E mais: fazer uso apenas de produtos aprovados pelo Mapa para tal, obedecer os períodos de carência ou de retirada, não empregar antimicrobianos criticamente importantes (macrolídeos, cefalosporinas de 3ª e 4ª gerações, quinolonas e fluoroquinolonas) para finalidade profilática ou como aditivo, manter boas condições sanitárias do plantel, fazer provas de sensibilidade das bactérias ao antimicrobiano, empregar antimicrobianos apenas por recomendação de profissional habilitado para tal, entre outras práticas”.

Desmistificando os antimicrobianos

Professor João Palermo Neto fala sobre os mitos do uso dos antimicrobianos na produção animal

ta do indivíduo e porque têm dosagens específicas para cada forma de aplicação”. E sobre os mitos do uso dos antimicrobianos na produção animal o professor Palermo Neto destaca ser falsa a ideia que estas substâncias deixam resíduos “tóxicos” nos produtos derivados dos animais tratados. “Isto é falso, pois resíduos abaixo dos Limites Máximos (LMRs) estabelecidos e permitidos são seguros”, alerta. Outro mito é a afirmação de que o seu uso é indiscriminado. “O uso dos antimicrobianos é feito de acordo com aprovação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)”, adverte o professor. Ele também aponta como mito que o uso dos antimicrobianos em medicina veteri-

No Brasil, existem antimicrobianos de todos os grupos farmacológicos sendo usados na avicultura para finalidade terapêutica e profilática. O uso como aditivo está restrito a algumas moléculas. E, de acordo com o professor Palermo Neto, as moléculas restritas são: Avilamicina, Bacitracina de Zinco, Bacitracina Metileno Disalicilato (BMD), Colistina, Enramicina, Flavomicina, Lincomicina, Tiamulina, Tilosina e Virginiamicina. “Precisamos divulgar mais como é feita a nossa avicultura, mostrar que o tratamento massal ou grupal é necessário. É preciso mostrar que o uso dos antimicrobianos em avicultura, ou na veterinária em geral, é absolutamente diferente daquele feito em humanos e, desta forma, somente seria válido comentar ou discutir o uso que se faz em veterinária após a compreensão do que é feito e como é feito”, descreve Palermo Neto. “Precisamos desmistificar a impressão de que os antimicrobianos são usados de forma indiscriminada e sem controle e que eles não induzem a resistência, mas sim selecionam bactérias resistentes. E que a resistência bacteriana sempre existirá e que ocorre em todos os locais em que são usados os antimicrobianos. Também é preciso entender que as restrições impostas pela Europa ao uso dos aditivos não teve embasamento científico, mas de precaução e que estas ações caracterizam barreiras extra-alfandegárias aos nossos produtos”.

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Manejo

Desinfecção Crédito: Divulgação Cobb-Vantress

Processo é importante para diminuir a contaminação dos embriões e garantir menor perda de aves nas primeiras horas de vida. Saiba aqui mais sobre os métodos disponíveis no mercado

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desinfecção dos ovos férteis é necessária para não comprometer o desenvolvimento embrionário, uma vez que as bactérias que ficam aderidas na casca penetram no ovo podendo causar mortalidade e prejuízo ao estabelecimento avícola. O processo busca melhorar os índices produtivos ao diminuir a quantidade microbiológica na casca e do interior do ovo. Quando incubado, o ovo é submetido à temperatura ideal para a multiplicação da maioria dos micro-organismos já que as incubadoras possuem umidade e ventilação controlada que facilitam essa multiplicação e dispersão. “A recomendação da desinfecção é antiga e provém de uma necessidade real de campo, visando melhorar os resultados de eclosão e qualidade dos pintainhos”, explica Marcio G. Saatkamp, analista da área de Transferência de Tecnologia da Embrapa Suínos e Aves. No momento da postura, o ovo fértil apresenta uma carga bacteriana em torno de 300 a 500 células vivas de micro-organismos na superfície da casca. Luciano Keske, assistente técnico da Cobb-Vantress, explica que ovos de cama contêm maior carga bacteriana e necessitam de uma pré-limpeza. Já os ovos de ninho são limpos e podem ser desinfetados diretamente. “A desinfecção destes dois tipos de ovos pode ser realizada na mesma máquina, mas depende muito da padronização da empresa. Há empresas que utilizam o procedimento de, após a coleta de ovos no aviário, classificá-los em ovos de ninho e ovos de cama. Já outras preferem desinfetar os ovos de cama na última desinfecção do dia”, afirma. Recomenda-se que a desinfecção seja feita na granja logo após a postura para aumentar a eficiência do processo, porque é justamente nos primeiros minutos que ocorre a maior parte da contaminação do conteúdo interno. Quando os ovos esfriam após o contato com a temperatura interna, o conteúdo diminui de volume e forma-se uma espécie de vácuo propiciando a entrada de micro-organismos através dos poros da casca. Em relação à desinfecção dos ovos no incubatório, Adriana Garcia de Freitas, médica veterinária e professora do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), explica que esta é feita numa câmara de fumigação de ovos férteis na entrada do incubatório utilizando-se paraformaldeído (sublimação) ou formalina mais permanganato de potássio. “Quanto mais tempo se passa após a colheita, menor é a eficiência da fumigação. É importante saber que o formol é um desinfetante de superfície, não tendo poder de penetração, e a ação do formol só atua em condições físicas ideais de temperatura e umidade”, afirma. Esse tipo de desinfecção é chamado de seca. Existe também a desinfecção úmida, quando são usados os métodos de imersão, lavagem em água corrente, diferencial de pressão, ou pulverização. Luciano Keske comenta que no Código Sanitário para Animais Terrestres, elaborado pela OIE, consta no capítulo 6.4.7 um item relacionado à desinfecção de ovos férteis, onde constam orientações para fumigação ou desinfecção

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de ovos férteis 1.

Créditos fotos 1, 2 e 3: Adriana Garcia de Freitas

úmida. Para o profissional, nos dias de hoje, com todos os problemas resultantes da utilização do formol para a saúde humana, buscou-se novas formas de realizar o processo. Na opinião de Saatkamp, existe campo aberto para as novas pesquisas e desenvolvimento de novos métodos. “Trata-se de uma cadeia produtiva enorme e sem dúvida o crescimento da avicultura brasileira passa pela qualidade sanitária dos pintainhos”, acrescenta. O analista comenta que o uso do paraformaldeído está proibido para desinfecção de esterilização de artigos e superfícies pelo primeiro artigo da RDC n° 91 de 28/11/2008. Para o analista da Embrapa, o abandono do uso do paraformaldeído ocorreu em função das ações trabalhistas impetradas por empregados das empresas. Mas o ato proibitivo não ofereceu nenhuma sugestão alternativa. Sobre métodos alternativos que dispensam o uso do paraformaldeído e apresentam bons resultados em eclodibilidade, Luciane Fornari, proprietária da Fornari Indústria, acredita na técnica do “natural peeling” que utiliza jatos de água quente com auxílio de hipoclorito e cálcio. “O método consiste em colocar os ovos em uma esteira que os carrega para dentro da máquina, onde sofrem ação da água quente e dos desinfetantes e, após, seguem para um túnel de secagem rápida com temperatura controlada permitindo que saiam da máquina em condições para serem acondicionados ou vendidos”, afirma. Ainda de acordo com a dirigente, a aplicação, por parte das empresas envolvidas de conceitos bem estruturados ajuda a aumentar os ganhos de toda a cadeia produtiva. Ela orienta que se tratando de desinfecção, o ideal seria uma limpeza completa com possibilidade residual que prolonga o tempo de estoque, a utilização de métodos que não agridam diretamente o embrião causando grandes índices de morte embrionária e a automatização do processo – onde o operador apenas monitora o equipamento não tendo nenhum contato direto com produtos químicos. Saatkamp conta que o artigo 25 da Instrução Normativa 56 (acessível em www.avisite.com.br/legislacao) afirma que os ovos devem ser desinfetados, mas não diz como e quais produtos devem ser utilizados. Fica a critério de cada empresa, do responsável técnico e do médico veterinário oficial definir a forma como será feita a desinfecção. Ainda para o analista, a IN preconiza a desinfecção por conta da dispersão de agentes patogênicos prejudiciais à cadeia produtiva. “Por outro lado, as empresas têm a

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3. De cima para baixo: 1. Ovos de cama contêm maior carga bacteriana e necessitam de uma pré-limpeza 2. No momento da postura, o ovo fértil apresenta uma carga bacteriana em torno de 300 a 500 células vivas de micro-organismos na superfície da casca 3. Existe também a desinfecção úmida, quando são usados os métodos de imersão

necessidade de realizar a desinfecção para melhorar a eclosão e a qualidade do seu produto e também têm a necessidade de fazê-la com a melhor relação custo benefício”. Já para Adriana Garcia, seca ou úmida, o importante é que a desinfecção seja realizada o mais rápido possível. Partindo dessa premissa, a escolha do método de desinfecção depende das condições da empresa de realizá-la com agilidade.

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Capa

Os cofres da granja A

Os silos de ração podem ser considerados os verdadeiros cofres da propriedade avícola, por conta da grande quantidade de dinheiro investido que eles armazenam. Dessa forma, a boa escolha e o bom manejo desses equipamentos são fundamentais

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indústria avícola brasileira é caracterizada pela contínua agregação de novas tecnologias e tem hoje um dos melhores índices de produtividade encontrados no mundo. E assim é em todos os seus segmentos. O controle da qualidade em todas as suas etapas de produção faz parte da rotina das empresas avícolas no Brasil, que buscam sempre oferecer o melhor produto, seguro e com qualidade, para o consumidor. E dentro deste conjunto estão os silos de armazenagem para as rações, equipamentos indispensáveis e que ajudam a pulsar o dia-a-dia na granja. “A função essencial de um silo armazenador de ração é manter a qualidade dela”, explica Ivo Oltramari Junior, diretor de Vendas e Marketing – Proteína Animal da GSI. “O equipamento deve garantir que o alimento chegue aos animais com todas


Com o silo, a ração fica protegida de mudanças bruscas de temperatura, da umidade, do mofo e de roedores (pré-inicial, inicial, crescimento e final), devemos fazer uma limpeza completa do silo para não haver mistura, principalmente quando for a ração de retirada (antes do abate), pois esta ração é muito importante para limpar os frangos, eliminar qualquer resíduo de medicamentos”, alertam os especialistas. E como escolher o silo para a granja avícola? “O produtor deve ficar atento com a qualidade do material utilizado na fabricação do silo como, por exemplo, a qualidade da camada de cobertura do aço galvanizado e também com as suas dimensões para que tenha uma boa instalação na granja”, diz Maikel Machado Ozório, gerente de Engenharia da Big Dutchman.

Cortesia Casp

O avicultor precisa estar atento à capacidade em volume dos silos e se eles têm sistemas de ventilação com respiros

Foto: Cortesia GSI

as propriedades nutricionais intactas. Com o silo, a ração fica protegida de mudanças bruscas de temperatura, da umidade, do mofo e de roedores”. Os silos são, em geral, produzidos de metal (aço galvanizado) e instalados próximos aos galpões de produção das aves. Podem ser considerados os cofres da granja, pois armazenam uma grande quantidade de dinheiro, levando em conta o investimento da ração ali armazenada. Mas como escolher o melhor silo para a granja? Como fazer a sua correta manutenção para garantir a qualidade da ração? De acordo com os especialistas da área, os cuidados com os silos devem ser bem rigorosos. Se não estiverem bem limpos e não forem bem utilizados, o avicultor poderá ter problemas não só com as aves nos galpões como também em toda a sua cadeia. É importante que a tampa superior do silo seja aberta sempre que o dia for ensolarado e quente para que a umidade interna possa sair. Dessa forma, não haverá condensação da umidade sobre a ração, evitando-se um possível desenvolvimento de fungos. Também é importante a limpeza interna do silo. Sempre antes de receber uma nova ração, deve-se retirar todas as sobras da ração anterior e limpar bem o fundo e os seus cantos. “Quando trocar a fase de ração

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Grãos, armazenagem e investimentos O setor avícola também se beneficiará com o Plano Safra 2013/2014 do governo federal. Ao todo, serão destinados R$ 136 bilhões, com aumento de 18% em relação ao ano passado, para as empresas do agronegócio. Deste total, R$ 97,6 bilhões vão para custeio e comercialização. Os juros variam de 3,5% a 5,5% ao ano. Para operações de investimento serão liberados R$ 38,4 bilhões. Esse item traz algumas novidades, como verba específica para financiamentos em armazenagem, com previsão de R$ 25 bilhões e taxa de juros de 3,5% ao ano. Para o avicultor que também produz milho e precisa estocar o grão esta pode ser uma boa oportunidade para modernizar a sua armazenagem e investir em silos. Saiba mais neste link do site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: www. agricultura.gov.br/politicaagricola/ plano-agricola-epecuario-2013-2014

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Especificações, dicas e escolha Escolher um bom silo para a propriedade avícola não é uma tarefa fácil. O equipamento tem algumas especificações técnicas e o produtor deve procurar um bom profissional da área para ajudá-lo a escolher a melhor opção para a sua granja. E, felizmente, o Brasil conta com excelentes profissionais e empresas fabricantes de silos. Veja a seguir o que os técnicos de algumas das principais empresas de silos de armazenagem, consultadas pela Revista do AviSite e que responderam às questões dentro do prazo estipulado, recomendam aos avicultores (a íntegra das entrevistas está disponível no Portal AviSite, através do link www.avisite.com.br/revista/materias/silos.html).

GSI Ivo Oltramari Junior Diretor de Vendas e Marketing – Proteína Animal AviSite – Quais são as regras para um bom armazenamento de rações e grãos em silos? Ivo – “A função essencial de um silo armazenador de ração é manter a qualidade dela. O equipamento deve garantir que o alimento chegue aos animais com todas as propriedades nutricionais intactas. Com o silo, a ração fica protegida de mudanças bruscas de temperatura, da umidade, do mofo e de roedores. O silo deve ser totalmente adequado às necessidades do avicultor, no que se refere a tamanho e acessórios. É imprescindível que a estrutura conte com itens de proteção para os usuários, como escadas e moegas para a retirada da ração. O dimensionamento do ângulo do funil, por onde sairá o alimento, também é essencial. Ele deve permitir o escoamento adequado da ração. A GSI Agromarau tem, entre o seu portfólio de produtos, um acessório que garante que a primeira ração a entrar seja a primeira a sair. Dessa forma, os animais sempre comem ração nova. AviSite – A quais pontos o avicultor deve se atentar na hora de escolher o silo de armazenagem para a sua propriedade? Ivo – “O avicultor deve estar atento à idoneidade do fabricante: uma empresa

séria usa apenas matérias primas de qualidade em seus silos. No momento de adquirir uma estrutura, o produtor deve estar ciente de todas as informações técnicas. Um ponto essencial é a camada de galvanização da chapa do silo: quanto melhor a camada, mais durável será o silo. Também são indispensáveis os itens de segurança, como o guarda-corpo do lado de fora do silo, e uma estruturação correta, com pernas que suportem o peso do conteúdo armazenado”.

Big Dutchman Maikel Machado Ozório Gerente de Engenharia AviSite – Quais são as regras para um bom armazenamento de rações e grãos em silos? Maikel – “Para um armazenamento adequado de ração em granjas: 1) Assegurar que a ração não tenha contato com umidade externa, como por exemplo umidade proveniente de chuvas; 2) Assegurar que roedores e aves migratórias não tenham acesso à ração para, assim, evitar contaminação; 3) Assegurar que a quantidade armazenada seja suficiente para a necessidade da granja e que tenha autonomia na distribuição de ração de, pelo menos, dois dias ou de acordo com o


planejamento de alimentação traçado pelo produtor; 4) Assegurar que tanto a carga como a descarga do silo sejam simples; 5) Assegurar que não haja contaminação da ração enquanto armazenada por materiais pesados, materiais orgânicos, dentre outros”. AviSite – A quais pontos o avicultor deve se atentar na hora de escolher o silo de armazenagem para a sua propriedade? Maikel – “Qualidade do material utilizado na fabricação do silo como, por exemplo, qualidade da camada de cobertura do aço galvanizado. Respiros para troca de ar do silo com o ambiente externo; Janelas de acesso no cone inferior para manutenção do silo Janelas para inspeção da qualidade e nível da ração; Dimensões do silo, porque dependendo do local onde o silo será instalado este pode necessitar de ajustes, como por exemplo silos altos ou baixos; Tipo de sistema de abertura do silo; Sistemas com tubos rígidos funcionam melhor que sistemas flexíveis; Segurança; O silo deve oferecer proteção contra quedas na sua escada”.

Casp

Kepler Weber Cortesia Big Dutchman

Nas granjas avícolas, os silos (produzidos em aço galvanizado) ficam próximos aos galpões das aves

armazenagem na própria propriedade significa ao produtor poder guardar seu produto de forma correta, dentro dos conceitos de armazenagem e requisitos técnicos para manter a qualidade dos grãos”. AviSite - Quais pontos o avicultor deve se atentar na hora de escolher o silo de armazenagem para a sua propriedade? Irineu – “Um dos principais aspectos a serem considerados é a viabilidade econômica. Hoje, temos dados, dependendo da produção, de que o investimento poderá se pagar até na segunda safra. Outros itens que devem ser levados em consideração são: a localização, a unidade deve que ter fácil acesso para possibilitar um bom fluxo de caminhões; a execução de um bom projeto, considerando os tipos de grãos a serem armazenados, o produto final (semente ou grão comercial) e a quantidade a ser recebida e armazenada”.

João Tadeu Franco Vino Superintendente Comercial AviSite - Quais são as regras para um bom armazenamento de rações e grãos em silos? João - “O dimensionamento correto do silo: o silo deve ter a capacidade de armazenagem de acordo com a necessidade do usuário, principalmente no caso de rações, onde sugerimos um período máximo de sete dias de consumo”. AviSite - Quais pontos o avicultor deve se atentar na hora de escolher o silo de armazenagem para a sua propriedade? João - “Escolher um fornecedor que possa auxiliá-lo a dimensionar o projeto correto para as necessidades de curto, médio e longo prazos, evitando adaptações em futuras ampliações”.

Irineu Pinto Filho Gerente executivo da Engenharia Avícola de Corte e Suínos

Tecnoesse

AviSite - Quais são as regras para um bom armazenamento de rações e grãos em silos? Irineu - “A atenção às condições de armazenagem da ração e ou de grãos é extremamente importante, pois possibilita um ambiente com controle da temperatura, umidade, evitando assim o desenvolvimento de fungos que podem produzir micotoxinas, substâncias que comprometem a qualidade do produto armazenado. Hoje, possuir uma

AviSite - Quais são as regras para um bom armazenamento de rações e grãos em silos? Marcos - “Os silos galvanizados são recipientes indispensáveis para o armazenamento seguro da ração, por isso devem ser escolhidos com cuidado. É muito importante na hora da compra do silo verificar o dado técnico da capacidade de armazenamento em metros cúbicos, pois a densidade da ração é alterada pelos itens que compõem a mesma”.

Marcos Langaro gerente de Negócios

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Reportagem empresarial

anos no mundo

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inda em 1922, o publicitário Bastos Tigre criou um dos slogans mais conhecidos da propaganda brasileira: “Se é Bayer, é Bom”. A mensagem complementa o “Science for a Better Life” propagada mundialmente. É uma demonstração do respeito da companhia pelo mercado nacional, além provar o estreito vínculo estabelecido depois de 117 anos de atuação em território brasileiro. A expressão é familiar, atravessou as fronteiras e, até hoje, é utilizada pelos países de língua espanhola que dizem “Si es Bayer, es Bueno”. Em 2013, o Grupo Bayer comemora 150 anos desde a sua fundação na Alemanha. A história com o Brasil começou em 1896 quando dois consultores técnicos desembarcaram no Rio de Janeiro com o intuito de analisar as parcerias comerciais na recém proclamada república. A partir daí, a relação com o País foi tornando-se cada vez mais próxima. No mesmo ano, foi fundada a primeira representante dos produtos da empresa, a WaltyLindt& Cia. Com o decorrer dos anos, a atuação da Bayer ascendeu dentro do território nacional e culminou na aquisição da fábrica de ácidos em Belford Roxo, RJ, em 1956, e futuramente, no estabelecimento da sede administrativa em 1973 em São Paulo. Foi lá mesmo, no bairro de Socorro, que foi inaugurada a fábrica de produtos farmacêuticos que até os dias de hoje produz medicamento atendendo as exigências internacionais de “Boas Práticas de Produção” e abastece o Mercosul. Nas divisões de negócios da companhia, a Bayer HealthCare é a que abriga a unidade de saúde animal, presente no Brasil há mais de 90 anos. As

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Produção Animal Avicultura

Fundado em 1863, o Grupo Bayer estabeleceu-se como uma das mais importantes companhias em nível mundial. No Brasil, a empresa alemã atua na área de saúde animal há mais de 90 anos e desde sua chegada, vem garantindo a sanidade e rentabilidade na produção animal

outras são Bayer CropScience e Bayer Material Science. Juntas, oferecem ao mercado um vasto portfólio de produtos e soluções nos campos da saúde, ciências agrícolas e materiais inovadores. Para Rogério Petri, Gerente da Unidade de Aves e Suínos, a sinergia entre essas diferentes áreas de atuação é o que confere um diferencial para a Bayer. “Muitas vezes nós temos um cliente que atua tanto na plantação de grãos quanto em produção animal. Essa é uma das situações em que vamos oferecer soluções integradas – não só na saúde animal como também na área agrícola. Eu acredito que temos ainda muito espaço para criar essa sinergia. Isso é uma macro tendência”, afirma o profissional com 18 anos de casa. Já para Josiedi Pires, Gerente Nacional de Vendas de Aves e Suínos, participar dos três segmentos implica em uma séria preocupação com segurança alimentar. “Existem casos internacionais de risco de resistência, de efeitos colaterais nocivos no ser humano e acredito que atuar na parte humana e veterinária confere um diferencial muito grande para a Bayer”, atesta o profissional com 19 anos de experiência no mercado de aves e suínos, 15 desses na multinacional. Hoje, o principal faturamento da companhia são os animais de produção (bovinos, aves e suínos e recentemente, aqüicultura) e para os dirigentes à frente da Unidade de Aves e Suínos, fundada em 1987, o Brasil terá um futuro promissor, o que também torna esse cenário positivo para o desenvolvimento da Bayer. Para Sergio Schuler, Diretor da Saúde Animal, a companhia terá um papel importante nas indústrias desse segmento, o qual ainda tende a se consolidar. “Hoje, o mercado é bem pul-


verizado. Acredito que no futuro haverá menos empresas e, consequentemente, essas terão uma responsabilidade maior”. Assim, a Bayer está investindo em segurança alimentar e rastreabilidade. Os colaboradores estão participando de cursos pela Universidade de Cambridge sobre bem-estar animal. “Esses temas possuem uma grande relevância para a Bayer, por isso estamos educando as pessoas internamente com a intenção de propagar esses conhecimentos externamente, junto aos nossos parceiros”, afirma o Diretor. De olho nos próximos passos, a Bayer se articula em alinhar tecnologias e as tendências atuais para aumentar a produtividade das aves. O programa de biossegurança amplamente utilizado no Brasil é uma das marcas presente no dia a dia do avicultor. Agora, a multinacional pretende ampliar essa participação. “Esse ano teremos um lança-

À direita, o começo no Brasil e abaixo, a sede em São Paulo

Acima, planta produtiva da Bayer em Belford Roxo, RJ

mento na área de nutracêuticos. No segundo semestre, o Grobig, um produto à base de Bacillus subitilis que oferece uma alternativa ao antibiótico estará disponível ao mercado. Também vamos lançar nos próximos anos um imunoestimulante inespecífico para a avicultura que irá proporcionar um incremento na nossa presença no mercado”, afirma Petri. Em se tratando de tecnologia, em junho, a Bayer disponibilizará um aplicativo para cálculo de doses do Baytril® Solução em granjas. Agora, o médico veterinário pode dosar facilmente a quantidade exata do produto e ainda saber qual o custo do tratamento a partir de informações simples como número de aves e o peso médio.“Assim vamos mostrar que o Baytril® Solução pode ter um custo unitário elevado, mas quando calculamos o tratamento, levando em conta a dose e o número de dias,o custo por ave tratada fica muito baixo. Vai ajudar a desmistificar essa questão. Sem contar que é muito prático”, ressalta Luiz Felipe Lecznieski, Gerente de Marketing da Unidade de Aves e Suínos. O aplicativo é gratuito e está disponível nas plataformas Android e IoS (iPhone e iPad).

Produção Animal Avicultura

29


AviGuia

Produção de carnes em 2013

Em sua 2º edição, o encontro se consolida como referência em informações estratégicas para os produtores da região Todo debate travado sobre produção de alimentos e sua cadeia de produção constitui um passo importante para elevar os níveis de produtividade, qualidade e profissionalismo no campo. O II Seminário Agroceres de Economia e Negócios reuniu, em Patos de Minas, no interior de Minas Gerais, lideranças do setor e promoveu discussões sobre as principais perspectivas para a produção de alimentos, assim como seus desafios, além da importância da inovação e gestão no meio rural. O consultor da Agroconsult, André Pessoa, acredita que para a avicultura para o risco de um excesso de oferta estimulada pela euforia da queda nos custos de produção. “Esta atividade tende a reagir à queda no custo de produção com aumento de oferta”, ressalta Pessoa. Ele acredita no mesmo cenário para a produção de carne bovina. “Os preços mais baixos da ração estimula o confinamento de gado neste ano em relação ao ano passado”. Saiba mais sobre: www.agroceresmultimix.com.br.

Coordenador Técnico O médico veterinário Osmair Flavio Stuani é o novo Coordenador Técnico Comercial da Safeeds. Com ampla experiência na área de bovinocultura de leite no Brasil e no exterior, ele coordenará os serviços técnicos e comerciais ampliando os resultados do trabalho com aditivos funcionais na alimentação animal: “Pretendo realizar um trabalho sério e comprometido, ampliando e desenvolvendo o trabalho inovador que a Safeeds vem realizando através de seus produtos”. Mais: www.safeeds.com.br .

30 Produção Animal Avicultura

Nova estrutura A Novartis Saúde Animal iniciou o mês de junho com uma nova estrutura na divisão de Aves e Suínos. Com o intuito de aperfeiçoar o apoio técnico de seus produtos e estreitar o relacionamento com os clientes, a empresa decidiu segmentar a coordenadoria técnica da área. Para isso contratou o médico veterinário Pedro Sbardella para atender exclusivamente o setor de Suínos e Thiago Alvares, que era representante de vendas de aves e suínos, acaba de ser promovido a Coordenador Técnico de Aves. “Pela especialização desses profissionais, aperfeiçoaremos ainda mais nossos negócios, proporcionando maior satisfação em nossos clientes”, afirma Guiherme Borchardt Neto, gerente de produto de Aves e Suínos da empresa. Mais informações: www.novartis.com.br


Produção Animal Avicultura

31


AviGuia

Farmabase recebe visita Profissionais da Copérdia, Sul Valle Alimentos e Cooper Auriverde, parceiros da Farmabase, visitaram as instalações e linhas de produção da empresa em Jaguariúna, SP. A iniciativa faz parte do Programa Portas Abertas cujo objetivo é levar os clientes para conhecer a sede da Farmabase, os procedimentos de produção, o controle de qualidade de seus produtos e as pessoas que fazem parte da empresa. Na ocasião os visitantes também conheceram a nova identidade visual da Farmabase e as novas embalagens dos produtos. Logo após, o grupo de visitantes conheceu os conceitos de garantia de qualidade. Para mostrar e identificar como é o passo a passo de todos os produtos desde a compra da matéria-prima até o lote que é entregue aos clientes, o gerente de operações, Pedro Abbade, apresentou como é o sistema de rastreabilidade total da Farmabase, e juntamente com a diretora de desenvolvimento e qualidade, Márcia Pirágine, mostraram na prática como esse conceito funciona no laboratório. Saiba mais: www.farmabase.com.br.

Avian Forum

A Merial Saúde Animal concretizou sua promessa de estabelecer uma parceria com a indústria avícola global em seu recente Avian Forum, realizado em Istanbul (Turquia). O evento recebeu cerca de 500 visitantes de 73 países, que participaram de sessões de apresentações, palestras e discussões sobre os ‘Futuros Desafios da Indústria Avícola’. Jérôme Baudon, Diretor Global de Marketing Estratégico Avicultura da Merial, afirmou que a empresa trabalha para oferecer a seus parceiros e ao mercado uma grade de serviços mais ampla, incluindo novos equipamentos que melhoram a eficácia e produtividade. “Parceria está no coração do que fazemos – trabalhando com nossos clientes, médicos veterinários, e outros componentes da indústria para atender os desafios concomitantes ao aumento de demanda para frangos de corte e poedeiras no mundo todo”, enfatizou Baudon. Saiba mais em: www.merial.com.br.

Contratação A Aviagen anuncia a contratação de uma nova colaboradora para sua equipe de Serviços Técnicos no Brasil: a médica veterinária Ana Paula Guideli. “A Ana Paula já iniciou seus trabalhos e atuará na área de frangos, atendendo clientes nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste”, afirmou Marco Aurélio Romagnole Araújo, gerente de Serviços Técnicos da Aviagen no Brasil. Ana Paula trabalhou por mais de 10 anos nas empresas Big Frango e Globoaves. Mais informações: www.aviagen. com.

32

Produção Animal Avicultura

Planos de expansão

Versão de controladores

A YES continua com seu planejamento de expansão que começou em 2012. “Temos um plano de investimentos para fazer melhorias em processos fabris e instalações, orçadas na ordem de US$ 4 a 5 milhões. Além disso, estamos cada vez mais investindo nos testes de desempenho dos produtos, experimentalmente e a campo, nas mais variadas espécies e ocasiões”, disse Renato Della Libera, gerente Comercial da YES. Saiba mais: www.yes.ind.br.

A Fornari investe em novos projetos para controle sanitário e desenvolveu para lavagem e desinfecção de ovos uma nova versão de controladores que monitora, prepara dosagens de desinfetantes e garante assim a eficiência do processo. Presente em todo o Brasil, a empresa investe em equipamentos que ajudem na melhora dos resultados na produção sempre com o comprometimento com a qualidade do mercado avícola brasileiro. Mais: http://fornariindustria.com.br/.


Estatísticas e Preços

Produção e mercado em resumo

Produção de pintos de corte Maio/2013 528,640 milhões | 0,82%

Produção de carne de frango Maio/2013 1.114,948 mil toneladas | 0,68%

Exportação de carne de frango Maio/2013 343,489 mil toneladas | -8,38%

Oferta interna de carne de frango Maio/2013 771,459 mil toneladas | 5,32%

Farelo de Soja Junho/2013 R$1.030,00 /saca | -0,48 %

Milho Junho/2013 R$ 27,13/ ton | 8,39%

Desempenho do frango vivo Junho/2013 R$ 1,89 | 1,84%

Desempenho do ovo Junho/2013 R$ 61,00/cxa. | 18,68%

Em junho frango vivo obtêm a primeira alta do ano e sinaliza melhores momentos para a atividade

E

m junho, levantamento semanal realizado pelo Procon-SP da evolução da cesta básica dos paulistanos mostraram que nos últimos três anos a menor diferença de preços entre frango e ovo sempre ocorreu na passagem do primeiro para o segundo semestre. Mas que o preço do frango abatido (resfriado) no varejo sempre foi superior ao da dúzia de ovos. Porém, fato inédito aconteceu na última semana de maio e confirma o péssimo momento vivenciado pela atividade: o frango resfriado foi comercializado por R$4,56/kg e o ovo por R$4,59/ dúzia. E embora o preço do frango em junho tenha voltado novamente a ser maior que o ovo, os preços continuaram muito próximos e até se alternando no decorrer do mês. Já o frango vivo comercializado no interior paulista, após mais de seis meses de quedas, obteve, na segunda quinzena de junho, a primeira alta no ano e, com novos ajustes de preço na parte final do mês sinalizam melhores momentos para a atividade. No cenário internacional um trabalho conjunto entre a Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê que em 2020, o consumo de carne de frango será a mais consumida no mundo, devendo superar pela primeira vez o da carne suína em um processo que, aparentemente, não tem mais retorno. Projetam, também, que os atuais quatro maiores produtores mundiais de carnes avícolas – EUA, China, Brasil e União Européia – chegarão a 2022 mantendo as mesmas posições atuais.

Todas as porcentagens são variações anuais Produção Animal Avicultura

33


Estatísticas e Preços Produção de pintos de corte

Volume real produzido em maio é inferior a abril

O

Evolução mensal MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS

2011/12

2012/13

VAR. %

Junho

514,100

514,783

0,13%

Julho

501,880

515,160

2,65%

Agosto

530,405

502,649

-5,23%

Setembro

515,772

478,335

-7,26%

Outubro

539,183

523,338

-2,94%

Novembro

544,747

483,605

-11,22%

Dezembro

550,243

497,797

-9,53%

Janeiro

515,465

514,079

-0,27%

Fevereiro

469,206

477,792

1,83%

Março

498,647

524,588

5,20%

Abril

483,664

516,465

6,78%

524,327

528,640

0,82%

Em 5 meses

2.491,309

2.561,563

2,82%

Em 12 meses

6.187,638

6.077,230

-1,78%

Maio

Fonte dos dados básicos: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE

Produção real

Volume nominal mensal ajustado para mês de 30 dias

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

2012

34 Produção Animal Avicultura

Out

511,6

518,5

507,7

511,9 497,5 Nov

481,7

483,6

478,3

486,4

498,5

506,5

514,8

507,4

Milhões de Cabeças

Dez

Jan

Fev

Mar

Abr

2013

Mai

s últimos dados divulgados pela APINCO referentes à produção brasileira de pintos de corte mostram que no mês de maio o setor alcançou o volume de 528,6 milhões de cabeças, maior volume nominal produzido neste ano, quase 1% de aumento sobre o produzido no mesmo mês do ano passado (524,3 milhões). Em relação ao mês anterior, abril de 2013, o aumento foi de 2,3%. Mas, levando-se em consideração a produção real – produção nominal ajustada para mês de 30 dias – o mês de maio ainda permanece abaixo do volume produzido em abril, atingindo o volume de 511,6 milhões, praticamente 1% de redução. Neste ano, o volume acumulado ( janeiro a maio) chegou aos 2,561 bilhões de cabeças, 2,8% acima do produzido no mesmo período do ano anterior. Porém, nesse mesmo período do ano passado o setor havia reduzido a produção em 2,25%. Assim, o aumento atual equivale a somente 0,5% em dois anos. O volume atual só tem sido alcançado devido a melhor utilização das matrizes em final de produção, porque a capacidade de produção permanece limitada. A média da produção diária nos 151 dias deste ano ficou em 16,964 milhões de cabeças projetando para o ano 6,190 bilhões de cabeças, 3% a mais que o produzido no ano passado. Para alcançar esse volume projetado o setor terá que produzir nos sete meses restantes do ano volume mensal superior a 518 milhões de cabeças. Embora venha aumentando gradativamente desde o inicio do ano, por ora, o volume acumulado nos últimos 12 meses se encontra em 6,077 bilhões, 1,8% menor que o produzido nos 12 meses imediatamente anteriores.


Produção de carne de frango

Um ano depois, volume de maio volta a ficar acima de 1,1 milhão de toneladas

S

Evolução Mensal MIL TONELADAS

2011/12

2012/13

VAR.

Junho

MÊS

1.089,220

1.090,615

0,13%

Julho

1.094,724

1.083,764

-1,00%

Agosto

1.032,743

1.030,725

-0,20%

Setembro

1.048,767

1.015,150

-3,21%

Outubro

1.104,318

1.027,594

-6,95%

Novembro

1.067,411

1.000,732

-6,25%

Dezembro

1.138,387

970,109

-14,78%

Janeiro

1.156,403

963,946

-16,64%

Fevereiro

1.051,621

909,425

-13,52%

Março

1.053,124

1.048,685

-0,42%

Abril

1.057,893

1.071,343

1,27%

Maio

1.107,369

1.114,948

0,68%

Em 5 meses

5.426,410

5.108,347

-5,86%

Em 12 meses

13.001,980

12.327,036

-5,19%

Fonte dos dados básicos: APINCO Projeções e análises: AVISITE

Produção Real

1.071

1.079

abr/13

mai/13

1.015 mar/13

974 933 jan/13

fev/13

939

1.001 nov/12

dez/12

994 out/12

1.015 set/12

ago/12

jul/12

jun/12

997

1.049

1.091

1.072

Volume nominal mensal ajustado para mês de 30 dias Maio de 2012 a maio de 2013 Mil Toneladas

mai/12

egundo estimativas da APINCO baseadas na produção de pintos de cor te, no peso médio do frango criado e nas expor tações mensais, em maio, pelo terceiro mês seguido, a produção de carne de frango ficou acima do milhão de toneladas. Foram produzidas no mês volume bem próximo de 1,115 milhão de toneladas de carne de frango, 4% a mais que o produzido no mês anterior (1,071 milhão de toneladas). Mas maio é mês mais longo e a produção real - ajustada para mês de 30 dias - mostra uma produção somente 0,71% maior (1,079 milhão de toneladas, maior produção dos últimos 11 meses), variação bem próxima do aumento verificado em relação ao mesmo mês do ano anterior (maio de 2012), de 0,68%. O volume acumulado nos primeiros cinco meses do ano soma pouco mais de 5,1 milhões de tone ladas representando uma redução de 5,86% sobre o mesmo período do ano passado. A produção diária do período, pouco superior a 33,8 mil toneladas, projeta para o ano um volume aproximado de 12,350 milhões de toneladas, 2,3% menor que o produzido em 2012. Mas esse volume tende a ser ultrapassado considerando que, historicamente, a produção do segundo semestre é sempre maior que a do primeiro. Por enquanto, o volume acumulado em 12 meses está bem próximo da projeção atual, mais exatamente em 12,327 milhões de toneladas, 5,19% menor que os 12 meses imediatamente anteriores. Mas esse índice tende a diminuir porque, após um período de nove meses consecutivos de quedas no volume acumulado em 12 meses, ele voltou a ser maior pelo segundo mês consecutivo. E esse crescimento deve ter continuidade.

Produção Animal Avicultura

35


Estatísticas e Preços Exportação de carne de frango

Embarques recuam mais de 5% no ano e em 12 meses

D

EVOLUÇÃO MENSAL MIL TONELADAS

MÊS

2011/12

2012/13

VAR. %

Junho

331,321

307,194

-7,28%

Julho

310,874

312,297

0,46%

Agosto

354,337

317,482

-10,40%

Setembro

304,591

305,763

0,38%

Outubro

335,733

343,511

2,32%

Novembro

358,704

312,224

-12,96%

Dezembro

350,252

339,040

-3,20%

Janeiro

328,877

290,475

-11,68%

Fevereiro

281,674

291,083

3,34%

Março

363,613

319,688

-12,08%

Abril

331,001

339,460

2,56%

Maio

374,904

343,489

-8,38%

Em 5 meses

1.680,069

1.584,195

-5,71%

Em 12 meses

4.025,881

3.821,706

-5,07%

Fonte dos dados básicos: SECEX/MDIC

Acumulado em 12 meses e variação anual

36

Produção Animal Avicultura

3.822 mai/13 -5,07%

3.853 -3,42%

abr/13

3.845 -3,49%

mar/13

3.889 -1,83%

fev/13

3.879 -2,44%

jan/13

3.918 -0,64%

dez/12

nov/12

0,54%

3.929

3.975 2,75%

out/12

3.967 2,61%

set/12

3.966 1,71%

ago/12

4.003 2,83%

jul/12

4.002 1,50%

jun/12

mai/12

2,27%

4.026

Mil toneladas

e acordo com os dados da SECEX /MDIC, em maio passado as exportações brasileiras de carne de frango – produto in natura + industrializados + carne salgada – somaram 343.489 toneladas e com isso alcançaram o segundo melhor resultado dos últimos 12 meses. Ainda assim perdendo por diferença mínima (22 toneladas) do recorde alcançado no período (343.511 toneladas em outubro de 2012). A despeito do bom desempenho no mês, o volume acumulado no ano permanece negativo e, no momento, apresenta recuo de 5,71% sobre os mesmos cincos meses de 2012. Projetado para a totalidade do ano, esse volume sinaliza embarques totais pouco superiores a 3,8 milhões de toneladas, resultado que significaria redução da ordem de 3% sobre os quase 3,918 milhões de toneladas do ano passado. Se for confirmado, será um resultado anual melhor que o atualmente registrado, já que o acumulado nos últimos 12 meses se encontra 5,07% abaixo do registrado em idêntico período anterior. Já a receita cambial proveniente desses embarques aumentou praticamente 6% nos cinco primeiros meses do ano, sustentada pelo aumento no preço médio dos produtos exportados (somente a carne salgada teve variação anual negativa). Aliás, o aumento da receita esta sendo determinada, principalmente, pelo frango inteiro, que aumentou 3,5% no volume (demais itens sofreram redução) e, com uma melhora superior a 20% no preço médio, viu sua receita crescer mais de 25% sobre o mesmo período do ano passado. Os demais itens exportados – cortes, industrializados e salgados - tiveram variação negativa.


Disponibilidade Interna de Carne de Frango

Em maio, oferta interna foi 5% maior que no mesmo mês do ano anterior

P

Evolução Mensal MIL TONELADAS

MÊS

2011/12

2012/13

VAR. %

Junho

757,900

783,421

3,37%

Julho

783,850

771,467

-1,58%

Agosto

678,406

713,243

5,14%

Setembro

744,176

709,387

-4,67%

Outubro

768,585

684,083

-10,99%

Novembro

708,707

688,508

-2,85%

Dezembro

788,135

631,069

-19,93%

Janeiro

827,526

673,471

-18,62%

Fevereiro

769,947

618,342

-19,69%

Março

689,511

728,997

5,73%

Abril

726,892

731,883

0,69%

Maio

732,465

771,459

5,32%

EM 5 MESES

3.746,341

3.524,152

-5,93%

EM 12 MESES

8.976,100

8.505,330

-5,24%

Fonte dos dados básicos: APINCO • Elaboração e análises: AVISITE

Oferta real

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

2012

Out

Nov

Dez

Jan

Fev

Mar

Abr

746,573

731,883

705,481

662,509

651,746

610,712

688,508

662,016

709,387

690,235

746,581

783,421

Volume nominal mensal ajustado para mês de 30 dias e variação anual Mil toneladas

708,837

elo terceiro mês consecutivo a ofer ta interna de carne de frango ficou acima das 70 0 mil toneladas. Em maio, descontados da produção de carne de frango o volume destinado às expor tações, permaneceram no mercado interno o equivalente a 771.459 toneladas de carne de frango, volume cerca de 5% superior ao volume ofer tado em maio de 2012. E embora a ofer ta nominal também tenha aumentado pouco mais de 5% sobre o volume produzido no mês anterior, a ofer ta real – volume nominal ajustado para mês de 30 dias - foi de 746.573 toneladas gerando um aumento bem menor, de 2%. Contrapondo -se a ofer ta interna de maio com o volume ofer tado no último mês do ano anterior e um dos melhores períodos de cada exercício (dezembro), tem-se um dos grandes motivos que levaram o setor a uma situação tão difícil na comercialização do produto. Nesse período o aumento da ofer ta foi superior a 22%. E nenhuma econo mia, por melhor que seja, consegue passar incólume sem sentir os refle xos de tamanho aumento em tão pouco tempo. E, no Brasil, não foi diferente. O total acumulado da ofer ta interna neste ano atingiu volume pouco superior a 3,5 milhões de toneladas, quase 6% a menos que o ofer tado no mesmo período do ano passado. Esse volume projeta para o corrente ano uma ofer ta interna muito próxima de 8,5 milhões de toneladas, cerca de 3% a menos que o disponibilizado internamente em 2012. Por ora, o volume acumulado nos últimos 12 meses se encontra no mesmo patamar da projeção levantada, mas é 5,2% menor que a ofer ta interna acumulada nos 12 meses imediatamente anteriores.

Mai

2013 Produção Animal Avicultura

37


Estatísticas e Preços Desempenho do frango vivo em Junho e no 1º Semestre de 2013

No mês, o primeiro processo de valorização do ano

FRANGO VIVO

Evolução de preços na granja, interior paulista – R$/KG Média mensal e variação anual e mensal em treze meses MÊS.

MÉDIA R$/KG

JUN/12

1,85

Média anual em 10 anos R$/KG

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL 14,60%

R$ 1,49

2004

8,94%

R$ 1,35

2005

JUL

1,86

4,89%

0,21%

AGO

2,30

10,41%

23,84%

SET

2,47

25,47%

7,33%

2007

OUT

2,50

26,26%

1,35%

2008

R$ 1,63

NOV

2,59

24,82%

3,50%

2009

R$ 1,63

DEZ

2,95

40,11%

14,01%

JAN/13

2,93

85,98%

-0,59%

FEV

2,87

78,98%

-2,23%

MAR

2,69

49,67%

-6,05%

ABR

2,12

19,68%

-21,19%

MAI

1,80

5,88%

-15,22%

JUN

1,89

1,84%

4,78%

2006 R$ 1,16 R$ 1,55

R$ 1,65

2010

R$ 1,92

2011

R$ 2,08

2012

R$ 2,38

2013* *2013: 01/Jan a 30/Jun

e, portanto, um ganho real negativo. Mas não só isso: por ter sido pequena, inferior a 5%, a valorização registrada de maio para junho continuou sendo absolutamente insuficiente para neutralizar as quedas registradas nos cinco meses anteriores. Dessa forma, junho de 2013 foi fechado com uma cotação 30% inferior à registrada no início do corrente exercício. Em termos semestrais a valorização obtida foi, à primeira vista, das mais expressivas, pois o valor médio de R$1,72/ kg registrado nos seis primeiros meses de 2012 subiu, neste ano, para perto de R$2,38/kg – ganho ao redor de 38,5%. No entanto, é importante lembrar que (1º) o preço médio do primeiro semestre de 2012 foi menor que o de idêntico período de 2011; portanto, o ganho atual se encontra artificialmente inflado; (2º) toda a valorização obtida serviu apenas para cobrir aumento de custo; ou seja, o ganho do produtor foi nulo, senão negativo; (3º) praticamente todo o aumento registrado concentrou-se no primeiro trimestre do ano; no segundo trimestre, a variação obtida mal acompanhou a inflação; e isto, graças sobretudo aos aumentos registrados nos últimos dias de junho.

Média 2003/12 2013

Preço relativo no ano em comparação à média mensal de 10 anos

110%

112%

Jun

106%

Mai

99%

96%

64%

90% 61%

89%

92%

98% 98%

91%

99% 94%

Preço em Dezembro do ano anterior = 100

Ago

Set

Out

109%

pós permanecer mais da metade de junho com os mesmos preços do mês anterior e com valor negativo em relação a junho do ano passado, o frango vivo entrou em um dinâmico processo de valorização – o primeiro de 2013. Foi o que possibilitou encerrar o período com ligeiro ganho em relação ao mês anterior, ocorrência que o setor não observava desde dezembro do ano passado. Apesar, porém, do expressivo aumento registrado em curtíssimo espaço de tempo (a valorização em apenas sete dias de negócios ficou próxima de 17% em São Paulo e superou os 18% em Minas Gerais), o ganho anual continuou medíocre: de apenas 1,84% sobre junho de 2012, o que significou evolução substancialmente inferior à da inflação

107%

A

Nov

Dez

72%

Jan

38

Produção Animal Avicultura

Fev

Mar

Abr

Jul


Desempenho do ovo em Junho e no 1º Semestre de 2013

No primeiro semestre do ano, preço médio quase 50% superior ao do mesmo período de 2012

N

a história recente do setor de postura (ou, pelo menos, de 2001 para cá) não há registro de tão longa estabilidade no preço dos ovos como a observada no segundo trimestre de 2013. Pois, iniciada nos últimos dias de abril, a estagnação da remuneração oferecida ao produtor estendeu-se por maio e junho e deve se manter pelo menos nos primeiros dias de julho corrente.

Ignim eum fugia vel mi, soluptas et lautem idissi quia plaut alit alicta ipsam aut quis aliciatiatur sit litatio nsequam estio. Itatur sin com Assim, por completarem-se, no último dia de negócios do primeiro semestre, 64 dias sem qualquer alteração de preço, a valorização do ovo de maio para junho acabou sendo igual a “zero”. O que, ressalte-se, não foi de todo ruim, pois neutralizou o comportamento observado de março para abril e de abril para maio, quando houve queda em relação aos meses anteriores. Da mesma forma, a valorização

obtida em relação ao mesmo mês do ano passado, embora apresentando um índice significativamente inferior ao que vinha sendo registrado nos meses anteriores, continuou apresentando variação positiva, suficiente para cobrir a elevação de custos enfrentada no período. Como resultado desse desempenho, o primeiro semestre de 2013 foi fechado com um preço médio quase 50% superior ao do mesmo período de 2012, valor que também se encontra 26,64% acima da média anual do ano que passou. São índices que sugerem grandes ganhos mas que, na realidade, somente cobrem o custo maior registrado a partir de meados do ano passado.

OVO BRANCO EXTRA

Evolução de preços no atacado paulistano R$/CAIXA DE 30 DÚZIAS Média mensal e variações anual e mensal em treze meses

Média anual em 10 anos R$/CAIXA

MÊS.

MÉDIA R$/CXA

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

2004

JUN/12

51,40

6,91%

2005

JUL

53,31

13,42%

3,71%

AGO

53,19

15,53%

-0,23%

SET

49,00

18,02%

-7,87%

2007

OUT

48,77

19,77%

-0,47%

2008

NOV

53,29

32,68%

9,27%

DEZ

56,60

25,47%

6,21%

JAN/13

54,35

41,73%

-3,98%

FEV

65,11

45,62%

19,80%

MAR

67,00

36,53%

2,39%

ABR

64,81

40,12%

-3,27%

MAI

61,00

34,63%

-5,88%

JUN

61,00

18,68%

0,00%

13,45%

R$ 34,47 R$ 33,48

2006 R$ 27,48 R$ 39,42 R$ 43,62 R$ 38,63

2009

R$ 37,93

2010

R$ 44,61

2011

R$ 49,11

2012

R$ 62,24

2013* *2013: 01/Jan a 30/Jun

Média 2003/12 2013

Preço relativo no ano em comparação à média mensal de 10 anos

Ago

94%

Jul

93%

104%

110%

Jun

95%

Mai

108%

108%

115%

Abr

104%

Mar

106%

Fev

103%

Jan

105%

118%

113%

109%

88%

96%

116%

Preço em Dezembro do ano anterior = 100

Set

Out

Nov

Dez

Produção Animal Avicultura

39


Matérias-Primas Preço do milho registra leve aumento

O preço do milho registrou leve aumento em junho de 2013. O preço médio do insumo saca de 60 kg, interior de SP, fechou o mês cotado a R$ 27,13– valor 0,26% maior que a média de R$ 27,06 obtida pelo produto em maio de 2013. A disparidade de preços do milho em relação ao ano anterior é positiva. O valor atual é 8,39% maior, já que a média de junho de 2012 foi de R$25,03 a saca. Em maio, a disparidade registrada foi 3,68%.

Após um primeiro quadrimestre seguido de baixas o farelo de soja (FOB, interior de SP) registrou aumento pelo segundo mês consecutivo. O produto foi comercializado em junho de 2013 ao preço médio de R$ 1.030/t, valor 21,89% maior que o de maio passado –R$ 845/t. Na comparação com junho de 2012 – quando o preço médio era de R$1.035/t – a cotação atual registra redução de 0,48%.

Valores de troca – Milho/Frango vivo

Valores de troca – Farelo/Frango vivo

O frango vivo (interior de SP) fechou junho a R$1,89/kg – 4,78% maior que a média de maio de 2013. A maior valorização do frango contribuiu para o aumento do poder de compra do avicultor. Nesse mês, foram necessários 239,2kg de frango vivo para se obter uma tonelada de milho, considerando-se a média mensal de ambos os produtos em junho. Este valor representa aumento do poder de compra de 4,73% em relação ao mês anterior, pois em maio a tonelada do milho “custou” 250,5 kg de frango vivo.

Com a maior valorização do farelo soja em relação ao frango vivo, em junho de 2013, foram necessários 545,0kg de frango vivo para adquirir uma tonelada do insumo, significando piora de 13,86% no poder de compra em relação a maio, quando foram necessários 469,4kg de frango vivo para obter uma tonelada do produto.

Valores de troca – Milho/Ovo O preço do ovo, na granja (interior paulista, caixa com 30 dúzias), encerrou junho cotado à média de R$55,00, valor similar ao mês anterior. Com o aumento no preço do milho houve uma leve piora no poder de compra do produtor. Em junho, foram necessárias 8,221 caixas de ovos para adquirir uma tonelada do cereal. Em maio foram necessárias 8,200 caixas/t, uma piora de 0,26% na capacidade de compra do produtor.

2013

Média Junho Média Junho Mínimo Mínimo Máximo Máximo R$ 29,00 R$ 29,00 26,00 R$R$ 26,00 R$

Fonte das informações: www.jox.com.br R$

40 Produção Animal Avicultura

27,1327,13

2012

2012 2013

junho

abril

março

maio janeiro junho fevereiro

março novembro abril dezembro

janeiro setembro fevereiro outubro

outubro junho novembro julho dezembro agosto

setembro

julho

1300 1200 1100 1000 950 900 850 800 750 700 650 600 agosto

1300 1200 1100 1000 950 900 850 800 750 700 650 600 junho

junho

abril

maio

março

maio janeiro junho fevereiro

março novembro abril dezembro

outubro junho novembro julho dezembro agosto

setembro

julho

agosto

junho

janeiro setembro fevereiro outubro

2012 2013

De acordo com os preços médios dos produtos, em junho de 2013 foram necessárias aproximadamente 18,7 caixas de ovos (valor na granja, interior paulista) para adquirir uma tonelada de farelo de soja. O poder de compra do avicultor de postura em relação ao farelo diminuiu na comparação com maio: piora de 17,96% já que no mês passado 15,4 caixas de ovos adquiriam uma tonelada de farelo. Em relação a junho de 2012, o aumento no poder de compra é de 21,73%, pois naquele período a tonelada de farelo de soja custou, em média, 22,8 caixas de ovos.

R$/tonelada R$/tonelada FOB, interior FOB, deinterior SP de SP

35,00 33,00 31,00 29,00 27,00 25,00 23,00 21,00 19,00

2012

Valores de troca – Farelo/Ovo

Preço médio Preço Farelo médio de Farelo soja de soja

Preço médio Preço Milho médio Milho

R$/saca deR$/saca 60kg, interior de 60kg, deinterior SP de SP 35,00 33,00 31,00 29,00 27,00 25,00 23,00 21,00 19,00

Preço do farelo de soja sobe novamente

maio

Estatísticas e Preços

2013

Média Junho Média Junho Mínimo Mínimo Máximo Máximo R$ 900,00R$R$900,00 R$ R$ 1065,00 R$ 1065,00

1030,00 1030,00


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Ponto Final

Clever Pirola Ávila é Presidente do Sindicarne SC, Sindicato da Indústria da Carne e Derivados do Estado de Santa Catarina. É também membro do Conselho Diretivo da UBABEF, da ABIPECS e Diretor de Exportação da ACAV

Um novo modelo exaurido

P

or mais sucesso que o Brasil tenha obtido nas últimas décadas, e sobre o qual devemos nos orgulhar, podemos afirmar que o atual modelo está exaurido. Este modelo se transformou agora no chamado “custo Brasil”, de baixa produtividade, velocidade inadequada, muita burocracia, supercentralizado, tamanho enorme e com muitos gargalos. Precisamos de aberturas de mentes, desprovidos de orgulho próprio e numa atuação suprapartidária para criamos um novo modelo.

Oportunidades para o Brasil estão aí diariamente. Mas estamos nos excluindo através de um modelo ultrapassado e permitindo que países mais competitivos tomem nosso lugar

Que modelo seria esse ? Um modelo simples, focado no principio da confiança, da responsabilidade individual e coletiva, na transpa-

42

Produção Animal Avicultura

rência, na parceria público – privado e usando muita tecnologia disponível. Essa é a solução para um novo modelo. Um modelo construído para atender a maioria e auditado de forma inteligente para identificar as exceções. As oportunidades estão aí, abrindo portas para o Brasil diariamente, porém estamos nos excluindo através do nosso modelo ultrapassado e dando espaço para outros países mais competitivos. Parece tão óbvio, entretanto nossa inércia é enorme. Nossas lideranças parecem inábeis em obter um consenso pela maioria, e uma minoria denominada tecnificada impede aflorar um novo modelo por interesses próprios. Assim, a sociedade vai pagando com impostos altos e serviços inadequados. A sociedade inteira clama por um novo modelo, mas poucos estão aptos a ouvir. Nós, usuários e clientes brasileiros, precisamos ser tratados como tal. Observa-se hoje uma inversão de valores: Parece que o Serviço Público está nos fazendo favores e somos obrigados a seguir neste ritmo. Volto a afirmar: nós somos os clientes !!!! Não tenho dúvidas de que temos capacitação e tecnologia para criar algo neste sentido. Basta apenas algumas lideranças nacionais fazerem uma composição em prol do Brasil, o que não deveria ser difícil – mas falta a prioridade. Nossas universidades podem ser entidades neutras, capazes de analisar as necessidades e verificar os “gaps”, propondo sequencialmente algo inovador que possa ser o diferencial para o Brasil e nos tornar novamente competitivos neste processo global e de evolução contínua. Ainda tenho esperança nesta busca pela transformação e que possamos agir em conjunto pelos interesses da nossa nação.


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Produção Animal Avicultura

43


Ponto Final

44 Produção Animal Avicultura


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