Revista CESAR 07

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REVISTA CESAR - DEZ EDITORIAL

ENTREVISTA COM GEBER RAMALHO

CESAR: INOVAÇÃO COMO MISSÃO DE VIDA ARTIGO

2019: O ANO DAS REGIONAIS, POR FRED ARRUDA PERFIL

PAULA PITHON: WORK LIKE A GIRL! CAPA

CESAR EM NOVO CICLO ENTREVISTAS

TRÊS MENTES, UMA GESTÃO CESAR SCHOOL

EDUCAÇÃO INOVADORA ADMINISTRATIVO/FINANCEIRO

MUDANÇAS E OPORTUNIDADES CAPITAL HUMANO

INTEGRAÇÃO É A PALAVRA-CHAVE NEGÓCIOS

ASCENSÃO E DIVERSIFICAÇÃO JURÍDICO

MUDANÇAS E AMADURECIMENTO OPERAÇÕES

DESIGN E ENGENHARIA, JUNTOS EMPREENDEDORISMO

UM BOM ANO PARA EMPREENDER TI

PARÂMETROS E PESQUISAS COMUNICAÇÃO

O DESAFIO DA CULTURA ORGANIZACIONAL

ACONTECEU

A CARA DO CESAR

DICAS DOS COLABORADORES

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Revista CESAR - Especial Uma publicação da Diretoria de Comunicação e Cultura do CESAR Jornalista Responsável Roberta Fernandes (DRT 2457 PE) Textos Equipe de Comunicação Institucional CESAR Claudia Giane Fabiana Andrade Juliana Lopes Suzanna Borba Vanessa Cintra Verônica Lemos Design Vladimir Barros Fotografia Alcione Ferreira Comunicação Institucional


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Fred Arruda Chief Executive Officer “O bom filho à casa torna.”. O ditado foi usado nesta edição da Revista CESAR, como título da entrevista que foi feita comigo, para falar do meu retorno ao CESAR. Na verdade, passei um tempo longe, mas o CESAR esteve sempre presente em mim. Onde quer que eu estivesse e ainda que passasse por experiências muito boas em outros lugares, nunca me afastei dos grandes momentos vividos, das amizades feitas e das conquistas que tivemos. Sei que não é algo exclusivo meu, e este é um sentimento comum a quem passa pelo CESAR. Dividir a gestão com Eduardo Peixoto e Karla Godoy, respectivamente CDO e COO, duas pessoas que também têm longa história no CESAR, facilita muito o trabalho.

Mas tenho sido enfático em dizer que o desafio que temos pela frente impõe a necessidade de gerir o CESAR com muito mais gente. O CESAR será gerido com cada um de nossos líderes, gestores, colaboradores, parceiros, gente que dedica tempo e competência para que entreguemos aos nossos clientes soluções de muito valor. Com bom humor e prazer, mas também compromisso, foco na qualidade e excelência, iniciamos esse novo ciclo do CESAR, dando ainda mais destaque para a inovação. Aberta e em rede. De forma sustentável. Dentro de um ambiente motivador. Nesta edição da Revista CESAR, mostramos o que aconteceu de mais marcante por aqui em 2018, falamos sobre nossas metas e contamos um pouco do que pretendemos fazer em 2019. O novo ano promete! Acompanhe-nos na leitura.

2019: O ano que promete

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Entrevista

GEBER RAMALHO

CESAR: Inovação como Missão de Vida Conversamos com o presidente do CESAR, Geber Ramalho, sobre o ano de 2018, futuro, inovação e perspectivas para 2019. Dá uma olhada no resultado desse papo superinteressante: Revista CESAR - Como foi 2018 para o CESAR? Geber Ramalho - Foi um ano “louco”! Em termos de performance, foi muito bom, melhor do que esperávamos. Mas foi também cheio de desafios. Um ano para mergulhar na gestão, olhar processos, e ver como tudo está funcionando. Temos que ser, ainda mais, uma instituição de inovação. RC - Como assim? GR - Isso significa se envolver mais com pro-

jetos de inovação e tem a ver com novidade e o valor que a gente entrega para alguém, seguir a nossa missão. Precisamos fazer todas as etapas do processo, o que vem antes e depois do desenvolvimento - análise, tendências, tudo. Um dos eixos do estatuto do CESAR diz que devemos atuar em todo o ciclo de inovação. Agora é a hora! Continuaremos a rever modelos de estrutura para ter melhor adequação a esse objetivo. Inovação tem a ver com novidade e com valor que a gente entrega a alguém. É uma oportunidade de transformação.


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A meta do CESAR é ser uma instituição de inovação de fato, em rede”

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RC - O que o CESAR fará, na prática, para inovar ainda mais do que faz hoje? GR - O Brasil tem carência de transformação digital, esse é o mapa da mina para inovar mais. As empresas que se beneficiam da Lei de Informática - do setor eletroeletrônico - têm demanda de inovação baixa, então temos que estar mais próximos de organizações que estejam fora do segmento, como, por exemplo, as de saúde, agronegócio, transporte ou financeiro. Temos que criar modelos de gestão que “colem” com esse objetivo. Olhar para o futuro significa ter projetos que demandem maior teor de tecnologia da informação. O dever de casa é entender melhor as demandas do mercado e criar as estruturas internas que as executem. RC - Quando esse trabalho vai começar? GR - Na verdade, começamos a fazer isso há, pelo menos, dois anos, mas não tínhamos as ferramentas adequadas e havia outros problemas para resolver. Agora, em 2018, o movimento foi mais forte, já começamos a dar essa virada. Estava tudo azeitado, rodando direitinho, com Lei de Informática, mas inovação é atividade de risco e já estamos tomando decisões arriscadas. O grande risco das instituições que fazem sucesso é ficar na zona de conforto. Estamos incomodados e saindo dessa zona de conforto. Isso é muito bom.

GR - Já fomos mais conectados com outros parceiros, vamos voltar a ser assim, como está no nosso estatuto. É o CESAR como hub de instituições, e é fundamental termos isso de volta, se quisermos seguir o que está na nossa visão: “fazer parte do crescimento da inovação no Brasil”. Sozinhos não resolvemos nada, temos que promover a colaboração entre instituições, academia e população.

RC - O que significa esse traRC - Este ano a CESAR School balho “em rede”?

O Brasil tem carência de transformação digital, esse é o mapa da mina para inovar mais”


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COLABORADORES A filosofia do CESAR é que as pessoas sejam open minded

esteve em destaque. Fale um pouco sobre isso. GR - Houve maior ênfase na graduação, que começou a rodar este ano e já foi muito bem. A proposta pedagógica da CESAR School é certeira, algo único, totalmente aderente à missão do CESAR. Temos que torná-la conhecida do Brasil inteiro e avançar em seu modelo de sustentação, nas parcerias, no seu modelo de negócio. O feedback qualitativo que temos dela é o melhor possível. Estão envolvidas com ela pessoas do

porte de Silvio Meira e Marco Magalhães, entre outros - pessoas de renome em educação e inovação, no país e no mundo. Para alcançarmos os nossos objetivos na inovação, temos que formar os profissionais com essa capacidade. RC - Falando em profissionais, quais são as características do profissional do CESAR, o que ele precisa ter para acompanhar esse movimento de inovação? GR - O colaborador do CESAR

tem que ser “open minded”. Começamos a rodar aqui o Ciclo de Construção do Futuro, um processo cíclico e estruturado para realizar estudos e experimentos em temas relevantes para a sociedade, onde tecnologias podem ter impacto, promovendo visibilidade e engajamento do entorno, orientação e motivação interna para pessoas e demais ações do CESAR. É algo feito para os colaboradores se envolverem, um processo que estamos apenas começando para que nos tornemos mais proativos. Assim, não aguardaremos que o cliente nos diga o que espera, a partir de grandes problemas, como envelhecimento populacional ou mobilidade urbana, mas estaremos à frente, dizendo de que modo a tecnologia pode contribuir. RC - Como vê o CESAR hoje e em 2019? GR - Somos uma instituição com 22 anos e de renome, avançando cada vez mais. Temos capacidade técnica sofisticada para entender, pesquisar e fazer a conexão com o mundo real. As unidades do CESAR – Recife, Curitiba, Sorocaba e Manaus – estão cada vez mais integradas. O trabalho feito por Fred Arruda, quando era diretor de regional, foi fundamental. É algo muito importante, inclusive para cumprir a nossa missão. Somos um projeto quase milagroso, principalmente porque está em uma cidade do nordeste brasileiro, algo pouco provável para muitos. É algo muito ousado! O ano de 2019 será de muito trabalho, e o CESAR continuará olhando para o futuro.

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Artigo

2019:

O Ano das Regionais


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O entendimento é que ser Regional vai muito além de ter um escritório e pessoas lá trabalhando”

Fred Arruda Chief Executive Officer

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CESAR nasceu com o propósito de conectar academia e mercado por meio de transferência autossustentada de conhecimento, criando soluções e empresas que resolviam problemas complexos. O tempo passou, a visão e a missão foram ajustadas aos novos desafios, e hoje queremos fazer parte do crescimento da inovação no Brasil, transformando as organizações e a vida das pessoas. Para completar a nossa oferta, nasceu a CESAR School, com o propósito de formar e educar os líderes do futuro das organizações. Sempre tivemos a clara convicção de que precisaríamos estar mais perto do mercado e do centro de decisão de negócios. Assim, em 2001 montamos uma operação em São Paulo, quando o CESAR experimentou um crescimento significativo em resultados, quantidade de negócios, e, sobretudo, imagem e reputação. A crise que assolou o país levou o CESAR a, anos depois, fechar esse escritório. De toda forma, o mercado e a necessidade de estar perto das oportunidades de inovação continuaram nos guiando: há 10 anos, chegamos à região Sul (Curitiba); há oito, estamos no Sudeste (Sorocaba); e há quatro, abrimos nossa operação na região Norte (Manaus)- tudo motivado pela presença de clientes importantes nessas cidades. Sempre foi no mercado que identificamos a oportunidade de criar negócios inovadores, tivessem estes a forma de projetos, produtos, soluções ou empresas. O que mudou, então? Uma declaração explícita de que somos uma organização brasileira de inovação e que é preciso fazer mais pelo país. Compromisso do Conselho No segundo semestre de 2016, o CESAR formou um novo Conselho de Administração. Desde então, tem-se percebido a importância de reforçarmos as nossas Regionais (Curitiba, Sorocaba e Manaus), de forma que se tenha, de fato, visibilidade e atuação em todo o território nacional. O entendimento é que ser Regional vai muito além de ter um escritório e pessoas trabalhando no local. É preciso participar ativamente dos ecossistemas locais de inovação de onde estivermos presentes, além disso, é claro, de estar ainda mais próximo do mercado e das suas demandas e oportunidades. No início de 2018, o Conselho do

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CESAR aprovou uma verba para investimento no fortalecimento das Regionais. Foi aí que recebi o convite para deixar o Conselho e vir para a Operação, assumindo o desafio de conduzir o processo de fortalecimento e crescimento das Regionais do CESAR. Foi com honra e alegria que voltei à Operação do CESAR após 12 anos. Sinto a mesma adrenalina do começo, quando não tínhamos clientes, receitas e projetos, mas apenas sonhos, algumas pessoas e empresas incubadas que acreditavam que algo diferente iniciado no Recife poderia ser construído. O desafio agora é fazer a diferença Brasil afora e contribuir para que a oitava economia do planeta se torne relevante também no mapa global da inovação. Um questionamento é natural: será que Recife deixará de ser prioridade? Óbvio que não. Além de ainda haver pou-

cos ecossistemas de inovação como o Porto Digital (do qual orgulhosamente fazemos parte), ninguém, nenhuma empresa ou instituição trataria suas origens de forma pouco especial. Recife é o R do CESAR, é de onde vem nosso DNA, é o começo de uma história apaixonante, é onde estão aqueles que emprestaram tempo, suor e sonhos para a construção de algo absolutamente único. Mas é preciso levar esse sentimento e essa experiência a outros ecossistemas mundo afora. É natural começar pelos quatro cantos do nosso Brasil, em especial as localidades que já nos abraçaram. Primeiro, porque Manaus, Sorocaba e Curitiba possuem ecossistemas importantes de negócios (empresas, academias, outros

institutos de inovação, empreendedores e entes públicos que desejam deixar um legado). Segundo porque precisamos incorporar ao DNA do CESAR outras culturas e novos sonhos e fazer com que nosso imenso país se desenvolva por meio de inovação em todas as suas regiões.

Precisamos incorporar ao DNA do CESAR outras culturas e novos sonhos”


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ramente quem somos, da mesma forma que se sentem hoje ao visitar nossos sites do Recife. A Dinâmica do Trabalho

Jeito CESAR de Fazer Se olharmos para outras instituições de inovação e educação, não faltarão exemplos de quem atua de forma descentralizada. CPqD, Eldorado, Certi, CITS, FIT, FITEc, Lactec, Embrapa, Inatel, FGV, Dom Cabral e IBMEC são alguns exemplos de instituições que atuam em diversas localidades, cada instituição com seu próprio modelo de gestão. O CESAR quer fazer isso dando mais autonomia às Regionais, mantendo nossa cultura organizacional, mas respeitando muito a cultura, o ecossistema e as demandas locais, vendendo e entregando localmente, sem perder a capacidade de integrar as experiências

e competências de cada um de seus colaboradores, estejam eles onde estiverem. Queremos cooperar e viver novas experiências de um jeito diferente. É certo que precisaremos de muito engajamento de toda a instituição, intenso trabalho de cultura organizacional e enorme senso de pertencimento e propósito. Uma instituição como o CESAR será tão mais relevante e diferente quão maior for a quantidade de pessoas que participarem dessa construção. A inovação precisa aflorar de todos os cantos, e espero que as Regionais sejam protagonistas no desafio do CESAR de fazer parte do crescimento da inovação no Brasil. Como tenho insistido muito, só ficarei tranquilo no dia que, quando quisermos levar alguém, alguma empresa ou instituição para visitar o CESAR, que Recife seja apenas mais uma ótima opção. É fundamental que, ao visitarem as nossas Regionais, as pessoas entendam cla-

Iniciamos o trabalho por meio da sensibilização dos times das Regionais para esse momento. Promovemos workshops nas Regionais, com a participação dos times de cada Regional e também de executivos do CESAR. Desses workshops, saímos com um mapeamento de ações que podemos executar (curto, médio e longo prazo), que são os inputs bastante importantes para o planejamento das Regionais em 2019. Até o final deste ano, teremos três documentos norteadores: · Premissas e Condições para a Instalação e Operação de uma Regional do CESAR – a partir desse documento deveremos fazer os devidos ajustes nas Regionais atuais, bem como analisar a viabilidade de criação de novas; · Diagnóstico e Plano de Ações para as Regionais do CESAR – resultado dos workshops já realizados, bem como das percepções colhidas pelos executivos do CESAR, esse documento pautará as ações a serem executadas e as metas a serem alcançadas pelas Regionais em 2019. · Evidências de Conexão do CESAR com Ecossistemas Locais de Inovação: é esperado que o CESAR inicie um forte envolvimento com os ecossistemas locais de inovação de Manaus, Curitiba e Sorocaba, o que deverá estar evidenciado nesse documento. O desafio já está colocado: cada time deverá criar uma agenda

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de negócios e oportunidades. O ritmo desse jogo será ditado pelos times de cada Regional, e não tem como ser diferente. O Conselho e o time executivo do CESAR estão comprometidos e não se furtarão a fazer os investimentos necessários para tornar o CESAR ainda mais relevante para o país. A extensão territorial e cultural do país impõe ao CESAR o desafio de entender em profundidade cada local onde estamos. Diversificação é palavra de ordem no CESAR. Diversificação de oferta, indústria que atendemos, fonte de recursos e também regiões que cobrimos. Como instituição de inovação comprometida com a melhoria do país, precisamos entender e atender as mais diversas demandas por inovação do país. Um conjunto de oportunidades a serem exploradas já foi traçado pelos times das Regionais. A partir da priorização do que ficou definido nos workshops, foram mapeadas ações que serão trabalhadas ao longo dos próximos meses, com impacto direto na visibilidade do CESAR em Curitiba, Sorocaba e Manaus. Algumas já começaram a ser executadas, outras ainda serão iniciadas. É preciso apenas que entendamos que as Regionais fazem parte de um contexto e de uma estratégia corporativa. A prioridade é sempre

a organização. Sabemos que alguns experimentos importantes deverão ser executados a partir das Regionais; outros precisarão ser executados mais próximos do Recife. Dito isso, todo o CESAR está convocado a olhar para o país como um poço de grandes oportunidades para inovar. Nesse cenário de novos horizontes regionais, que tenhamos todos a certeza que 2019 não será o ano das Regionais apenas. Será o ano do CESAR. 2020 também; 2021 também; e acho que 2022 também. Tem sido assim todos os anos desde 1996.

Fred Arruda é CEO do CESAR. Ele é formado em Ciência da Computação pela Unicap (1988), com MBA em Finanças pelo IBMEC (1995), Marketing pela FGV (1998), Gestão Empresarial pela Fundação Dom Cabral (2006), e Engenharia de Petróleo pela UFRJ (2014). Foi Superintendente de 1996 a 2005 e Conselheiro do CESAR entre 2016 e 2018. Além do instituto de inovação, acumula diversas experiências como técnico, executivo e empreendedor nos setores de Finanças, Saúde, Venture Capital e Tecnologia.


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Work like a girl! Ela não está há muito tempo no CESAR, mas tem se destacado bastante, desde antes de ter entrado para o time dos colaboradores. Estamos falando da engenheira Paula Pithon, que trabalha no CESAR Recife. Engenheira de software, lembra de ter curiosidade sobre tecnologia desde criança. “Sempre gostei de mexer no computador e quando cheguei ao ensino médio já sabia trabalhar com Exatas.”. É a primeira na família na área e está feliz pela escolha: “Gosto da profissão pra caramba! Me sinto extremamente realizada. Neste momento, minha equipe está trabalhando em algo que é totalmente novo para a sociedade, isso me encanta!”. Parece coisa de nerd? Ela confirma: “Sou nerd com muito orgulho e também sou geek! Quando um assunto me interessa, vou a fundo, quero colocar em prática”. A entrada de Paula no CESAR foi pelo Summer Job (summerjob.cesar.org.br), programa de férias para estudantes universitários, que tem como objetivo oferecer experiência prática aos alunos, identificar talentos e proporcionar um ambiente de experimentação rápida para empresas patrocinadoras. “Em termos de vivência profissional, foi a mais produtiva que já tive. Em apenas um mês e meio, conceber uma ideia até desenvolvê-la é intenso!”. Na edição 2019.1, do programa ela será mentora de tecnologia. Antes do CESAR, Paula havia estagiado por um ano e meio em outra empresa, onde era a única pessoa do sexo feminino. “Me sentia intimidada de ser a única menina entre tantos homens.”. Com o tempo, participou de cursos, seminários e palestras, entre outros eventos, sempre lembrando de apoiar outras garotas da área que também estavam nos encontros. “Lugar de mulher é onde ela quiser” são palavras de ordem. Sobre isso, aconselha as meninas que estão pensando em entrar na área de tecnologia: “Não se preocupem tanto com a opinião dos outros, não se deixem intimidar.”. Elogia o CESAR por ter várias mulheres atuando, especialmente nos cargos de gestão. “A melhor forma de trazer mulheres para a área de Tecnologia é com elas na liderança, porque sabem os perrengues que as outras passam e farão sempre o melhor para que as mulheres sintam-se bem trabalhando ali.”. Sobre o futuro, Paula diz que se vê em posição de liderança - alguma dúvida de que ela chegará lá?

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#CESARTODOJUNTO Colaboradores do Recife, de Sorocaba, Curitiba, Manaus, São Paulo e do Rio de Janeiro no Dia CESAR 2018

2018 entra para a história do CESAR como um período de mudanças. 2019 é só o início de uma nova era da inovação para a instituição.

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que faz uma instituição de inovação ser cada vez mais inovadora? Não há uma resposta definitiva e única, mas certamente, dentre as muitas, está a capacidade de se reinventar. O CESAR tem passado por mudanças recentes em sua estrutura organizacional, justamente para atingir esse fim. Ainda mais que isso, as transformações também estão em seu modo de trabalhar. Há um novo direcionamento:

DIRECIONAMENTO MISSÃO Identificar, potencializar e concretizar oportunidades de transformação das organizações e da vida das pessoas VISÃO Liderar o crescimento da capacidade brasileira de inovar

Ousados? Somos, é verdade. Mas veja bem, são 22 anos desde o dia em que 18 professores resolveram se unir com o propósito de criar um mercado em que profissionais da área de TI pudessem atuar, para conter a fuga de cérebros que acontecia naquela época. No momento atual somos mais de 500 colaboradores em uma organização que apresentou mais de 100 milhões de reais de vendas em 2018 (crescimento de 20%)! Para muitos, este já seria o nosso lugar confortável e estaria muito bem permanecer assim. Mas é como se diz, “viver é cíclico”, e inovação é inquietude. Vemos cada ciclo como uma oportunidade de explorar, experimentar, melhorar. São estes os ciclos do CESAR:

CONSOLIDAÇÃO Desde o nascimento, em 1996, até o ano 2000 CRESCIMENTO De 2001 a 2006 AMADURECIMENTO Até os dias de hoje e daqui para a frente


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Para prosseguirmos no amadurecimento, resgatamos o próprio estatuto do CESAR, que traz as seguintes premissas:

AÇÕES BÁSICAS DO CESAR

Realização Execução de todas as etapas do ciclo de inovação para o desenvolvimento de produtos, serviços, processos e negócios, a saber: análise de cenários e tendências; entendimento de problemas; concepção de soluções; modelagem de negócios; prototipagem, desenvolvimento e aperfeiçoamento de produtos, serviços, processos e negócios; além da produção e distribuição de produtos e serviços;

Formação Disseminação da cultura, do conhecimento, dos métodos e das ferramentas de geração de inovação para indivíduos, empreendedores e instituições;

Articulação Promoção da colaboração entre academia, organizações públicas, organizações privadas e cidadãos para fins de INOVAÇÃO.

Não é apenas 2019 que está sendo pensado — já faz algum tempo que temos planejamento e ações que miram o ano de 2030. “Começamos a trabalhar esse tema desde 2015, quando o CESAR fez 19 anos. Ao longo do tempo, temos traçado o que precisa ser feito para chegar naquilo que visualizamos para os objetivos que os nossos stakeholders delinearam para o nosso futuro”, diz a COO Karla Godoy. Podemos destacar, entre o que se pretende fazer:

Mais experimentações afinal, somos também um instituto de pesquisa Investir ainda mais em Educação para formar profissionais inovadores, versáteis, empreendedores, inquietos. Para isso, temos a CESAR School. Maior participação em políticas públicas Aumentar o número de iniciativas em parceria Maior integração da sede — Recife —­ com regionais do CESAR Curitiba, Sorocaba e Manaus. Somos #ONECESAR Diversificar (em várias instâncias)

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QUADRO EXECUTIVO Presidente Geber Ramalho com o CEO Fred Arruda, CDO Eduardo Peixoto e COO Karla Godoy

Para chegarmos a esses objetivos, é preciso agir! Os movimentos são constantes e significativos. Dois deles aconteceram no CESAR nesta reta final de 2018: o primeiro, uma mudança no quadro dos nossos conselheiros, com a entrada de Manuella Curti e Pablo Cerdeira. Saiba mais sobre eles:

PABLO DE CAMARGO CERDEIRA

Pablo de Camargo Cerdeira - Chefe do Centro de Tecnologia e Sociedade (CTS/FGV). Formulador de políticas com resultados em conjunto com ministérios brasileiros, juízes da corte suprema, prefeitos e entidades internacionais como Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento, C40 (grupo das cidades mais importantes do mundo), Bloomberg Associates. Esses projetos englobaram desenho, desenvolvimento e execução de novas instituições: Faculdade de Direito da Fundação Getúlio Vargas, Prêmio Innovare, Conselho Nacional de Justiça, Supremo Tribunal Federal em Números, Defesa do Consumidor, no Rio de Janeiro, e Equipe PENSA, que desenvolveu mais de 20 projetos como Perimetral Drop, Rio 500 Plan para os próximos 50 anos, planejamento e gestão da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. Vice-presidente do Centro Brasileiro de Arbitragem e Mediação (CBMA) e professor de Direito e Tecnologia da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro. Manuella Curti de Souza - Sócia e diretora-geral do Grupo Europa-Purificadores de Água (www.europa.com.br), advogada de formação, investe em contato com pessoas e áreas diferentes para trocar experiências focadas no desenvolvimento mútuo. Manuella concentra energias em fazer acontecer um mundo em que a inovação seja entendida como forma de solucionar os problemas da sociedade em que vivemos.

MANUELLA CURTI DE SOUZA


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Ainda tivemos a modificação mais visível: mudanças na superintendência. Em vez de um único superintendente, temos agora três executivos: CEO

CDO

COO

FRED ARRUDA

EDUARDO PEIXOTO

KARLA GODOY

Fred Arruda é o novo CEO — já ha-

Eduardo Peixoto é mestre em Comunicação de Dados com distinção pela Technical University of Eindhoven-Holanda, pós MBA pela Kellog School of Management, Evanston-EUA e alumni do Digital Business Leadership Program, pela Columbia University NY. Trabalhou na Holanda, Suíça e no Brasil, em empresas como Nederlandse PHILIPS Bedrijven B.V., ASCOM Business System AG e CESAR, respectivamente, e já prestou consultoria de inovação para Saraiva, Fiat, SSB, Unilever, Elcoma, Iron House e ANPROTEC.

Karla Godoy é graduada em Ciências Econômicas pela UNICAP (1992), com pós-graduação em Administração Financeira (1993) e de Marketing (1998), ambas pela Faculdade de Administração de Pernambuco - FCAP, e MBA em Administração Financeira e Controladoria pela FGV (2007). Possui experiência em gerenciamento e estruturação de áreas administrativas e financeiro-contábeis, tendo trabalhado em empresas como Nabisco (Mondelez International), Companhia Produtos Pilar e Visa.

via ocupado este mesmo cargo no instituto de inovação, entre 1996 e 2005. É formado em Ciência da Computação, com MBA em Finanças, formação em Marketing, Gestão Empresarial e em Engenharia de Petróleo. No CESAR, também ocupou os cargos de Conselheiro e Executivo-chefe de Regionais, nos quais esteve à frente de workshops de integração das unidades. Acumula diversas experiências como técnico, executivo nos setores de Finanças, Saúde, Venture Capital e Tecnologia.

A escolha desse novo modelo de gestão foi feita a partir do trabalho de duas consultorias em planejamento estratégico, que desenharam o perfil dos cargos. Os nomes foram indicados pelo Conselho do CESAR — grupo formado por profissionais com largo reconhecimento em diversas áreas do mercado e responsável pelo comando estratégico da organização: Bob Wollheim (MuchMore, youPIX, The B Network), Cristiana Pereira (ACE Governance), Cristiano Araújo (Centro de Informática – UFPE), Geber Ramalho (Centro de Informática – UFPE), Giordano Cabral (Centro de Informática – UFPE), Manuella Curti (Grupo Europa), Marcus Regueira (FIR Capital), Pablo Cerdeira (FGV) e Pierre Lucena (Porto Digital). Sobre essa nova formatação, com três pessoas, o vice-presidente do conselho do CESAR, Giordano Cabral, analisa: “É uma inovação também

nos nossos processos e, como toda inovação, teremos que aprender muito, à medida que ela é posta em prática. Os nomes escolhidos têm qualidades diferentes e complementares. A escolha do trio partiu da confiança de que os três são capazes de trabalhar harmoniosamente, de forma que desponte o melhor de cada um. Acreditamos, assim, em uma gestão competente em aspectos bastante diversos, o que é extremamente saudável para o CESAR. De certa forma, é também uma indicação da necessidade de que o CESAR como um todo trabalhe de forma ainda mais cooperativa”. O conselheiro Marcus Regueira ratifica: “O atual modelo de gestão do CESAR reflete a sua própria capacidade inovadora de criar algo melhor e inesperado” - ou seja, isso mostra a capacidade de sempre surpreender positivamente.

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CESAR ainda mais inovador Como disse o presidente do CESAR, Geber Ramalho, em entrevista nas páginas desta revista, “a missão para os próximos anos é ser uma instituição de inovação que seja, de fato, em rede. Isso significa que deve se envolver mais com projetos de inovação - isso tem a ver com novidade e com o valor que a gente entrega pra alguém, seguir a nossa missão”. O conselheiro Bob Wollheim analisa: “Uma instituição de inovação já reconhecida querer se tornar ainda mais inovadora me parece um objetivo que qualquer organização nesse modelo tem que ter: um toque contra qualquer tipo de acomodação ou conformismo. Isso é importante porque as mudanças se aceleraram de um jeito muito forte, a exponencialidade virou realidade e muitas coisas que o CESAR fez e foram classificadas como inovação, hoje podem ser normais. É fundamental que essa inquietude seja constante para todas as pessoas, do estagiário ao CEO, passando por todos os níveis e formatos de profissionais e capacidades. Isso faz com que o CESAR siga sendo uma instituição de ponta, de inovação, literalmente, de verdade. O mindset tem que ser exponencial, em beta, com uma vida mais fluida e experimental, fundamentais nesses momentos de muitas mudanças”. Giordano Cabral, corrobora: “Precisamos fazer inovações relevantes, de alto impacto, um anseio não apenas do conselho e da gestão do CESAR, mas também de boa parte dos próprios colaborado-


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A expectativa é que nesse novo ciclo de gestão o CESAR se torne cada vez mais um instrumento para que o Brasil aumente sua capacidade de inovar”

INOVAÇÃO Colaboradores ouvem as falas sobre o “inovar mais” que se espera do CESAR

res, seja por tecnologias de ponta, seja por revoluções em novos mercados. Há um desejo geral de se criar produtos e serviços que efetivamente transformem a vida das pessoas para melhor”. É pensando nesse “inovar mais” que foi criado o CCF — Ciclo de Construção do Futuro, que permeia todas as ações presentes e futuras. “Trata-se de um processo de inovação mais integrado, que vai permitir que a gente construa novos relacionamentos e produtos, alinhando boa parte das nossas ações de inovação”, fala Eduardo Peixoto, CDO do CESAR. “A expectativa é que nesse novo ciclo de gestão o CESAR se torne cada vez mais um instrumento para que o Brasil aumente sua capacidade de inovar. Esse objetivo, nada modesto, deverá ser alcançado com um olhar atento para as demandas nacionais por inovação, e também com muito trabalho em rede. Assim, poderemos alavancar a produtividade e a formação de líderes no país”, completa Geber. As ações citadas sobre o atual ciclo nos levam ao maior de nossos objetivos, não apenas para 2019, mas para todo o tempo: o CESAR quer inovar mais, melhor e para a sociedade!

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Entrevistas

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FRED ARRUDA / EDUARDO PEIXOTO / KARLA GODOY

Três Mentes, uma Gestão Uma das novidades deste final de 2018, no CESAR, é ter um novo nome no cargo de CEO (Chief Executive Officer): Fred Arruda. Porém, há um detalhe: ele já foi CEO do CESAR anteriormente, entre 1996 (quando a organização foi fundada) e 2005. Batemos um papo com ele para conhecê-lo melhor e entender esse novo momento. Acompanhe a gente!


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FRED ARRUDA Revista CESAR - Fred, conta um pouco da sua história. Fred Arruda - Sou do Recife, estudei no Colégio Marista, sou formado em Computação pela Universidade Católica de Pernambuco, fiz MBA em Finanças pelo IBMEC/RJ, Marketing pela FGV/RJ, MBA Empresarial pela Fundação Dom Cabral e, recentemente, fiz uma pós-graduação em Engenharia de Petróleo, porque precisava desse conhecimento na empresa onde trabalhava. Tenho formação também em Conselho de Administração pelo IBGC. Sou casado, tenho três filhos, uma neta, um genro, uma nora e uma candidata a nora — todos muito queridos. Em casa, a CEO é minha mulher. Casei com a primeira namorada - são 32 anos de casados e, em breve, comemoraremos 38 anos juntos, graças a Deus sempre apaixonados. É em torno disso que eu vivo: meu trabalho, minha

O bom filho à casa torna

A consciência de que o CESAR é um agente de transformação, que vem para provocar o ecossistema e trazer inovação é a mesma”

família e o Santa Cruz (time de futebol pernambucano), minha paixão. Todas as minhas experiências de trabalho foram proveitosas: fui estagiário na Alcoa e na FISEPE (hoje ATI), trabalhei como programador na Coperbo (Lansexx), na Secretaria da Fazenda e no


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Banorte, que foi uma experiência fantástica. Depois passei dois anos na Themag Engenharia, já começando a fase de microcomputação, quando ainda nem existia rede, eram só computadores “standalone”, voltei ao Banorte, para a área de produtos. Quando o banco foi vendido, me apareceu o CESAR. RC - Como foi o início dessa história? FA - Ismar Kaufman, da Informa, tinha sido meu fornecedor no Banorte, me conhecia e falou no meu nome para Augusto Galvão, que hoje está no Softex Recife, dizendo que eu havia voltado de viagem e estava à procura de emprego. Na verdade, eu já havia fechado para outra vaga, na área de TI do Bompreço. Mas Ismar me levou para conhecer o CESAR, em uma salinha no Centro de Informática da UFPE. Tive uma conversa com o professor Fábio Silva e, depois, com o professor Silvio Meira, que, com aquela visão que ele tem, de sempre olhar pra frente, me mostrou onde o CESAR poderia chegar. Me apaixonei por aquela ideia, fiquei encantado com a proposta e, mesmo sabendo que era um negócio que tinha muita chance de dar errado, era algo que, se desse certo, estaríamos fazendo algo diferente em Pernambuco, em termos de tecnologia. Eu tinha vindo do Banorte, que era uma escola em termos de Tecnologia — quem era da área de TI queria trabalhar lá, no Bandepe ou Bompreço. Aliás, eu trouxe muita gente que tinha sido Banorte pra cá. Cheguei no CE-

SAR em 09 de outubro de 1996, pouco mais de cinco meses após sua formação. Quando cheguei, o faturamento ainda era zero e comecei a parte comercial — sempre digo que eu fechava negócios, quem abria portas era Silvio Meira. Nosso primeiro grande contrato foi com o Ministério da Ciência e Tecnologia, no desenvolvimento de um produto chamado “REAACT”, que depois virou “Prompt”. Foram muitos marcos importantes: projeto DATASUS, projetos com Bompreço, incubadas, Motorola, Votorantim Novos Negócios, Fir Capital, IBM, Borland, Procenge — essas empresas tinham assento no Conselho do CESAR e nos ajudaram muito em questões como governança e a melhorar a nossa gestão interna. A história é muito longa e, se formos contar todos os marcos, faremos um livro!

consciência de que o CESAR é um agente de transformação, uma instituição que vem para provocar o ecossistema, o mercado e trazer coisas novas e inovação é a mesma. A gente reescreveu a missão, mas continua sendo um centro de transferência de conhecimento, um local que forma pessoas — formamos muitos empreendedores aqui, alguns que criaram seus negócios, outros que foram para outras empresas e, ainda, os que continuam conosco. Como diz Bob Wollheim, conselheiro do CESAR, “o que muda é a velocidade das coisas”. Mas o mundo sempre esteve em transformação, e o CESAR é agente dessa transformação, em velocidade cada vez maior. É a esses tempos e essas novas tecnologias que temos que nos adaptar, entendê-las e introduzir no mercado. Outra coisa que mudou foi o faturamento, que hoje é bem maior. Também há novos desafios, que os clientes nos colocam todos os dias, e a consciência de que temos que estar de olho no mercado, porque é de lá que vêm as demandas, embora nós, como agentes de inovação, possamos provocar essas demandas, de alguma forma.

CESAR No início de sua história

RC - Explica, para os que não são do CESAR e estão lendo essa entrevista, qual o seu trabalho aqui. FA - Meu trabalho é de juntar gente boa. Trazer mais gente boa do mercado e fazer com que as coisas, integradas, levem para este mesmo merca-

RC - O que você imagina que será diferente entre esta e a sua primeira gestão? FA - Na primeira vez, o risco que corríamos era de dar certo. Agora, a gente já deu certo, e os riscos são outros, mas a

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do ofertas inovadoras. A minha escolha para dividir esse novo ciclo com o CDO Eduardo Peixoto e a COO Karla Godoy foi, fundamentalmente, pela capacidade de integrar gente na construção de algo bacana. É o meu grande desafio: juntar as áreas do CESAR para que a gente possa, em um trabalho feito pelo máximo de pessoas possível —, porque inovação não pode vir só de três ou quatro cabeças, tem que aflorar da empresa inteira- — envolver as pessoas da melhor forma, para levar coisas bacanas ao mercado. RC - Pela primeira vez temos um CEO, um CDO e uma COO trabalhando juntos. Como será isso? FA - Na verdade, já tivemos esses cargos no CESAR, apenas não nessa configuração: os três no comando executivo da organização. O modelo de três pessoas dividindo o cargo que era de uma só é uma coisa bacana. Somos uma instituição que se propõe a experimentar coisas novas o tempo todo. O modelo matricial não é novo pra gente, ter três pessoas à frente de uma empresa não é novo no mercado e vamos praticar e exercitar isso da melhor forma possível, aproveitando o melhor para levar a todos os níveis da empresa uma forma leve de fazer gestão que envolva as pessoas o máximo possível. Nosso papel é de ter coragem de tomar certas decisões, abrir caminhos, porque efetivamente quem faz o CESAR funcionar é quem está na operação. É entender o recado que o Conselho dá em relação a direcionamento estratégico, colocar isso a conhecimento de todos e fazer

EVENTOS O desafio é juntar bons profissionais que queiram inovar

com que essas pessoas tragam boas ideias para a melhoria da gestão, para introdução de novas ofertas no mercado — e a gente com essa capacidade de fazer articulação. Não somos mais um monte de gente em um lugar só: no Recife, são três prédios; estamos em Sorocaba, Curitiba, Manaus, no Rio

de Janeiro. Como é que a gente integra tudo isso? — esse é o grande desafio. A gente espera que o CESAR daqui a cinco anos seja ainda maior, pelo menos três vezes maior do que é hoje. RC - O presidente Geber Ramalho falou sobre os vários


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Precisamos fazer a transformação digital do próprio CESAR, que está se reinventando o tempo todo”

ciclos de vida. Em qual deles estamos agora? FA - É o da transformação digital. Precisamos fazer a transformação digital do próprio CESAR, que está se reinventando o tempo todo, e levar isso — como já temos levado — para os clientes da gente. Também estamos no ciclo de ficar mais focados em não apenas um tipo de indústria, mas que a gente cresça em outros segmentos de mercado, como saúde, transporte, educação ou energia, setores que investem bastante em inovação, para que a gente possa crescer, enquanto se mantém bem posicionado no setor de eletroeletrônica. Estamos, ainda, na fase de fazer muita prototipação, experimentos, introduzindo novos modelos de negócios no mercado, em conjunto com outras instituições de inovação e com nossos clientes. RC - Fala um pouco sobre as

mudanças que tivemos também em outras áreas do CESAR. FA - As pessoas já esperavam por algumas mudanças, mas não faz sentido simplesmente mudar tudo. No meu caso, especificamente, Eduardo e Karla já estão no CESAR há bastante tempo, estou voltando agora, já que estava muito focado na questão das regionais (Fred estava ocupando o cargo de executivo-chefe de regionais), preciso ter compreensão melhor do que é o CESAR de hoje, conhecer equipes e desafios, entender que uma área que não esteja performando bem não significa que ela seja ruim, que pode ser apenas porque ela não esteja bem integrada. É preciso compreender isso melhor, com carinho, porque temos que fazer as mudanças com calma — com ousadia, mas com cautela. Então, já estamos fazendo mudanças, mas com a preocupação de preservar as pessoas e aproveitar o melhor delas. Nesse momento do processo de transformação digital é preciso ter consciência de que há competências que precisamos trazer para dentro de casa, que podem significar trazer pessoas que dominem essas competências para se

juntar a nós, que já estamos aqui para construir ofertas mais arrojadas e inovadoras. RC - Qual foi a sua principal motivação para voltar ao CESAR? FA - Vale lembrar que eu voltei para o CESAR há dois anos, como conselheiro. Voltar ao conselho foi dificuldade zero, não havia o que pensar, o CESAR nunca sai de dentro da gente. Tenho minha cota de contribuição nessa história, com a particularidade que fui um dos primeiros a chegar aqui — vivi momentos que marcam a instituição e as pessoas que estavam aqui, para o resto da vida. À medida que as reuniões foram avançando, entendi melhor alguns desafios que a gente precisava superar, como as regionais (Curitiba, Manaus, Sorocaba), não apenas porque precisávamos fortalecer os escritórios fora do Recife, mas também porque é necessário estar perto das demandas de inovação que o país oferece — as de um estado são diferentes das de outro. Fortalecer essas bases foi o que me motivou a voltar. Nessa configuração nova, a figura que eu exercia, de diretor de regionais não existirá mais no mesmo formato, porém os princípios de estar próximo continuam. Não faremos isso com uma pessoa, mas com várias — a empresa toda estará presente nos locais, responsáveis por vender, entregar e fazer o papel institucional. Estamos identificando quem seriam essas pessoas. Os workshops que fizemos nessas unidades este ano foram muito importantes para identificar oportunidades

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e problemas que precisam ser verá ser um ano para dar uma resolvidos. chance ao novo governo mostrar que alguma coisa pode RC - Qual o sentimento de mudar. Acredito que o mercavoltar ao dia a dia do CESAR, do reagirá de forma positiva como CEO? e trará investimentos ao país, FA - É de motivação, felicida- com novos negócios surgindo de. O meu sentimento com o e investimentos, que estavam CESAR é de amor. O meu per- contidos, liberados. Se essa fil é esse, eu não trabalho em ligação mercado-modelo se coisa que não gosto. Se estiver mostrar favorável, já que oudesconfortável, peço para sair. vimos falar em crescimento de Quando saí do CESAR, há 13 4,5% do PIB para o próximo anos, não foi porque quis, mas ano, e com geração de empreporque achei que era impor- gos, esperamos que seja bom tante para a Pitang (empresa para fazer negócios também. surgida no CESAR). Foi só Para o CESAR, a gente espera por isso que saí. As outras ex- crescer e fortalecer a presenperiências que tive de merca- ça que temos no setor de eledo ajudaram muito a melho- troeletrônica, com os projetos rar meus conhecimentos, me de Lei de Informática e que a deram mais maturidade pro- gente tenha oportunidade em fissional, e agora posso trazer outros setores também. isso de volta. Então o sentimento é de total motivação — eu moro em São Paulo e voltar a ter uma presença maior Já que ouvimos no Recife (ele ficará entre as falar em cresciduas cidades, na maior parte mento de 4,5% do do tempo), no meu dia a dia, PIB para o próximo perto da minha mãe, de amigos, de pessoas que gosto, é ano, e com geração muito bom. Karla Godoy tem de empregos, esum olhar muito para dentro peramos que seja do CESAR, Eduardo Peixoto bom para fazer um olhar para fora, e eu terei o negócios também” olhar para dentro e para fora, ao mesmo tempo. Continuarei indo às regionais, com menor frequência, mas são equipes RC - A CESAR School devesuperimportantes para o CE- rá ter mais destaque? E EmSAR, e precisamos estar aten- preendedorismo? tos, todos nós. FA - A CESAR School, sem dúvida. As parcerias desta com as RC - O que esperar de 2019 instituições, para levar o nosso do CESAR? conteúdo, deve aumentar. Em FA - Antes de tudo é preciso relação ao Empreendedorisse perguntar o que esperar do mo, já fomos protagonistas. Eu Brasil em 2019. Independente não tenho medo de dizer que, de preferências políticas, de- das três empresas mais visíveis

MODELO MATRICIAL gestão que envolve ao máximo as pessoas


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do Porto Digital, hoje, duas saíram do CESAR: Tempest e Neurotech (a terceira é a In Loco). Sem nem um demérito às outras, mas essas são as que todos que visitam o Porto Digital querem conhecer. Nós voltaremos a ser protagonistas em Empreendedorismo. Essa é uma das minhas paixões. Também seremos protagonistas em Educação, tanto superior como corporativa. Quero dar um destaque muito grande a projetos educacionais, que têm um impacto social enorme e dão visibilidade e credibilidade à instituição.

Nós voltaremos a ser protagonistas em Empreendedorismo - essa é uma das minhas paixões. Também seremos protagonistas em Educação, tanto superior como corporativa”

RC - Quão importante é a questão do impacto social para o CESAR? FA - É muito importante. Quando nós geramos a quantidade de empresas que geramos, isso tem impacto social. Claro que quando falamos nisso, pensamos em assistência a pessoas e a organizações ou grupos que têm poucas oportunidades no mercado. Quando

a gente faz um projeto como a escola NAVE, a gente está levando uma contribuição à população menos assistida, e isso é muito bom, mas não se pode esquecer que quando colocamos uma empresa no mercado também contribuimos com algo que tem um impacto na sociedade. Temos uma história de contribuição superbacana para esse ecossistema onde está inserido o Porto Digital e queremos fazer isso de forma mais contundente também nos ecossistemas de Manaus, Curitiba, Sorocaba, São Paulo, Rio de Janeiro, onde estivermos presentes. RC - O que você espera dos colaboradores do CESAR? FA - Espero que eles joguem o jogo da inovação, que não esperem que três ou sete cabeças criem uma agenda de inovação, mas que eles mesmos façam surgir essa agenda com a gente. Estou muito feliz porque já chegaram propostas de coisas novas para fazermos aqui dentro. É isso que a gente espera: que independente de cargo, as pessoas sintam-se motivadas. Quanto mais ideias de melhoria de processos, de formas diferentes de fazer as coisas e de introduzir novos conceitos dos negócios, melhor; e isso precisa vir de várias cabeças. Espero motivação, tem que criar desafios a cada dia. O plano de carreira no CESAR não é todo mundo virar CEO, mas construir desafios novos o tempo todo na minha função e estreitar cada vez mais com a instituição e, assim, tornar a carreira longa, com a sua agenda de inovação.

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EDUARDO PEIXOTO Revista CESAR - Como você recebeu o convite para compor essa “tríplice aliança” do CESAR, com Fred Arruda e Karla Godoy, no cargo de Chief Design Officer? Eduardo Peixoto - Geber Ramalho havia me convidado para participar do processo de seleção para substituir Sergio Cavalcante, que estava se desligando após 13 anos como CEO. Quero registrar que foi um processo muito bem conduzido. Que nós conversamos com dois consultores e com alguns conselheiros, além do próprio Geber e de Silvio Meira. Desenhamos, nessas conversas, o que entendemos quais seriam os desafios do CESAR, o que entendíamos como o perfil necessário para o cargo e a nova estrutura. Ao longo do processo, e em função deste nível de reflexão, ficou claro para todos que uma pessoa só não reuniria todas as habilidades e todos os conhecimentos para o cargo. O CESAR é uma organização complexa, e com grandes e boas ambições. Então, quando recebi a notícia, foi com alegria e entusiasmo, pois formamos um time muito mais forte que qualquer um de nós individualmente. Juntos, somos mais que três. RC - Explica para a gente do que exatamente trata o seu cargo e como será esse trabalho conjunto. EP - Faço parte do time junto com Fred e Karla, mas o meu foco é o mercado. Sinto-me muito à vontade, entendendo como mercados se comportam,

como tecnologias afetam mercados e desenhando novos produtos, serviços e novas estratégias. Cheguei a brincar sobre isso. Disse que o D, de CDO, é de Desenvolvimento, Desenho e Desbravamento de novos negócios Digitais. Vou acumular a área de negócios, que irá interagir e integrar mais fortemente as demais áreas fins do CESAR, mas estarei presente, apoiarei o

Tenho como objetivo fazer com que toda a organização olhe mais para fora, de forma muito mais integrada, que entenda que inovação é voltada para o mercado”

CESAR como um todo. RC - Qual a sua relação e história com o CESAR? EP - Tem tempo, viu?! Em 2001, eu morava na Suíça e já estava há 10 anos fora do Recife (morei na Holanda e em São Paulo nesse período, também). Mas, por questões pessoais, havia decidido retornar para o Brasil até o final daquele ano. Então, em uma das minhas vindas, conheci Silvio Meira através de um amigo comum. Ele me contou um sonho, o da construção de uma organização privada sem fins lucrativos (na época nem entendi o que era isso) e de um ecossistema de classe mundial com base em tecnologia da in-

formação e comunicação, no Recife. Uma organização, um lugar onde pessoas pudessem continuar a aprender e se desenvolver, além de transformar a economia local. Apaixonei-me por esse propósito e, no final do ano, estava iniciando no CESAR, num projeto com a Motorola. A história no CESAR é muito bacana e longa... Vou abreviar dizendo que tive muitas alegrias, como a obtenção CMMI no projeto da Motorola, como Chefe da Engenharia, quando dobramos o tamanho da organização; como Chefe de Negócios, na articulação da diversificação de clientes, em 2008; na elaboração da proposta para o SISFRON, no desenho e construção do Summer Job, no lançamento do LEV e talvez, a maior delas, quando recebi a minha carteira de professor da CESAR School. RC - Há alguns anos você está à frente da área de Negócios do CESAR. Como será daqui para a frente? EP - Desenvolvimento de negócios ganha uma outra importância. Somos uma organização nascida no Recife, predominantemente formada por pessoas com formação técnica (assim como eu). Com o centro gravitacional no Recife. Mas o mercado não está aqui, muito menos dentro do CESAR, então tenho como objetivo fazer com que toda a organização olhe mais para fora, de forma muito mais integrada, que entenda que inovação começa e é voltada para o mercado. Para isso, vamos tornar mais pessoas capazes de representar o CESAR, entender e atender


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A organização que teremos e esperamos será o resultado do trabalho de todos nós”

mos e esperamos será o resultado do trabalho de todos nós. Então vamos trabalhar para que a organização cresça, seja mais relevante, tenha mais protagonismo na inovação e na transformação das pessoas. No final de 2019, queremos olhar pra trás e perceber que o CESAR deu um salto, que ficou mais preparado para fazer parte do crescimento da inovação no Brasil.

Longa história no CESAR necessidades do mercado. Vamos aproximar, em atividade e conhecimento, os gerentes de negócios e projetos, os business designers e designers, além de reforçar os times nos quais temos presença e complementar nossas atividades com inteli-

gência de mercado. E, mais importante, vamos fazer isso tendo a School no centro e formando redes. RC - O que espera, como CDO, do CESAR em 2019? EP - A organização que tere-

RC - Como será sua gestão? EP - Vamos focar na cultura, resgatando em todos o propósito da organização, e no empoderamento, para alcançar um outro nível de motivação de todos colaboradores. Vamos aprender e reaprender com todos, na direção de tornar o CESAR uma organização de pessoas autogerenciadas, curiosas, e orientadas para a realização do seu potencial e da organização. RC - Quais devem ser os grandes destaques do CESAR em 2019, tanto em relação a negócios, como de forma geral? EP - Temos enormes desafios. Mas eu destacaria para 2019 a transformação da organização na direção de ter a School mais relevante, caminhando para o centro da nossa atuação, sermos mais protagonistas da inovação, sermos bem mais ágeis e articulados em rede!

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KARLA GODOY Revista CESAR -O que você achou do convite para ser COO do CESAR e fazer parte do C-Level, com Fred Arruda e Eduardo Peixoto? Karla Godoy - Fred já vinha conversando comigo que entendia que o CESAR poderia ter um trio no comando. Mas o modelo previsto inicialmente, antes dessa conversa, era ter apenas dois. Somente no final do processo, em uma reunião com Fred, Eduardo e Geber, esse modelo atual começou a ser desenhado. RC - Essa novidade, de serem três executivos juntos, é uma grande mudança para o CESAR, certo? Como tem encarado as transformações atuais do instituto de inovação? KG - Sim. É um modelo novo. E é um novo CESAR que precisa ser construído, então procuro encarar com leveza e entusiasmo. Todos os desafios que recebi ao longo da minha caminhada eu encaro da melhor forma possível. Se acreditar que vai dar certo, funciona bem. Se não acreditar, não sigo adiante. Neste momento, parece que estou começando tudo de novo no CESAR, depois de quase 16 anos de empresa. Sou uma privilegiada de poder viver esses recomeços na mesma organização. RC - Explica o que é exatamente o seu cargo e como será esse trabalho conjunto. KG - Por definição, o COO é o responsável pela gestão das

Um novo modelo para o CESAR


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operações da empresa no dia a dia, realizando um acompanhamento rotineiro e eficiente do negócio. Na nossa configuração, cabe a mim olhar mais para dentro do CESAR, para as atividades de back office.

Estamos construindo um planejamento estratégico de longo prazo para o CESAR. Esse plano está consistente, ousado e alinhado com o que os nossos stakeholders esperam da nossa gestão”

RC - Qual a sua relação e história com o CESAR? KG - Entrei no CESAR em 2003, para coordenar a área financeira. Uns três anos antes, eu estava morando no Rio de Janeiro e trabalhava na matriz de uma multinacional, a Nabisco. Era uma grande conquista e profissionalmente não poderia esperar coisa melhor. Mas na mesma ocasião minha vida pessoal caminhava para o casamento e, por isso, quando recebi o convite para voltar para Recife e começar um negócio novo no mundo das empresas de tecnologia, eu aceitei. Essa empresa era a Radix, um site de busca que recebeu investimentos do Banco Opportunity. Depois essa empresa

foi vendida e coincidiu com a chegada da minha filha Mariana. Resolvi dar uma parada no trabalho para cuidar dela. Me programei para só procurar uma oportunidade de trabalho quando ela estivesse com seis meses. Porém, quando ela tinha apenas dois meses, recebi a proposta de vir para o CESAR. E aqui estou, fazendo 16 anos de empresa, a mesma idade que minha filha vai fazer.

sabemos melhor onde queremos chegar, e isso já representa um grande avanço.

Em 2019 nosso foco precisa ser sobretudo na mudança da cultura da empresa. se mudarmos a cultura vai ser mais fácil atingir nossos resultados”

RC - Há alguns anos você tem estado à frente da área de financeiro e administrativo. Como será daqui para a frente? Outras áreas se agregam? KG - Continuo cuidando dessas áreas, sobretudo o financeiro. Meu espírito de CFO precisa continuar forte para garantir que continuaremos uma empresa sólida. Porém tenho o desafio de olhar mais atentamente para áreas como Capital Humano e Suporte/ Sistemas Internos para tentar ajudar os atuais gestores a encontrar os melhores modelos para esse novo ciclo que estamos construindo.

RC - Como será a sua gestão? KG - Como sempre foi. Estando perto dos meus gestores, trabalhando de forma colaborativa com eles. Meu grande desafio é dar as condições para que todos entreguem os seus resultados. Vamos ter planos, metas e desafios. Cabe a mim facilitar as coisas e entender como as pessoas e a estrutura das áreas funcionam melhor para garantir uma entrega eficiente e eficaz.

RC - O que espera, como COO, do CESAR em 2019? KG - Estamos construindo um planejamento estratégico de longo prazo. Esse plano está consistente, ousado e alinhado com o que os nossos stakeholders esperam da nossa gestão. Portanto, precisamos apenas executar da melhor maneira possível. E medir os resultados, para que mudanças de estratégia sejam feitas, caso necessário. Hoje

RC - Quais devem ser os grandes destaques do CESAR em 2019? KG - Estamos passando por uma fase de mudanças. Tivemos uma mudança de liderança, de estrutura, e temos novos desafios traçados. Em 2019, nosso foco precisa ser, sobretudo, na transformação da cultura. Se mudarmos a cultura, vai ser mais fácil atingirmos nossos resultados.

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Educação

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Um dos grandes marcos do CESAR em 2018 está em sua área dedicada à Educação, a CESAR School: o início da graduação, em Ciência da Computação e em Design. Foram iniciadas duas turmas este ano, de cada curso. “Sendo a CESAR School ainda não conhecida pela graduação como já era pelos Mestrados e cursos de pós-graduação, a avaliação que temos é superpositiva”, diz o diretor executivo da CESAR School, Felipe Furtado.

Educação Graduação A graduação da School traz à sociedade uma novidade com sua metodologia inovadora de ensino, com os dois cursos trabalhando de forma integrada em um dos períodos, disciplinas em comum, aulas práticas desde o primeiro período, currículo totalmente revisto. “A maior parte do tempo as turmas trabalham em conjunto. A

dinâmica é a seguinte: pela manhã temos aulas de conteúdo e, no contraturno, à tarde, há a execução de projetos de clientes reais, na maior parte de empresas do próprio ecossistema. Precisa de dedicação e tempo”, conta Felipe Ferraz, coordenador da graduação em Ciência da Computação. “Implementar dois cursos de áreas distintas, ambos na metodologia PBL, em um projeto comum, foi um


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inovadora grande desafio”, diz a professora Carolina Salgado, diretora acadêmica da CESAR School. No final, cada formando receberá o diploma do seu curso, mas saberá trabalhar com profissionais de outra área. É algo único no Brasil. Entre os projetos que os estudantes já desenvolveram estão: um hardware que auxilia nas tarefas do dia a dia, tornando mais fácil o uso de um app móvel, projetado

para a Fundação de Aposentadoria e Pensões dos Servidores do Estado de Pernambuco; um mecanismo para rastreamento de bicho-preguiça na Mata Atlântica e, ainda, outro sistema para aumentar a interação com o projeto cultural musical Som na Rural. Outra vantagem é o contato direto com o ecossistema de inovação do Recife, que pode ser um facilitador para a vida

profissional desses estudantes — já existem alunos do segundo período que estão estagiando (sendo um no próprio CESAR) e até com bolsas de iniciação científica! Não são estudantes que querem apenas receber seus diplomas, mas que querem mudar o mundo. “A CESAR School já vem chamando atenção de outras instituições de ensino superior, que querem conhecer nossa metodologia inovadora”, conta a professora Carolina. Válido dizer que um dos objetivos da CESAR School é formar líderes e isso significa estimular a educação empreendedora. Inclusive, caso eles queiram montar as suas startups enquanto ainda são estudantes, poderão

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encontrar o suporte da área de empreendedorismo do CESAR. “Se ele não quiser criar o seu empreendimento e for trabalhar em uma empresa já consolidada, lá dentro ele será um autoempreendedor, ou seja, uma pessoa que será um provocador interno da organização, mudando processos, criando produtos inovadores”, conta Felipe Furtado. Educação, Engenharia/Design e Empreendedorismo — os três “Es” do CESAR totalmente integrados. “Discutimos internamente sobre o grau de dificuldade de implementar uma proposta inovadora e disruptiva, tendo em vista os padrões de ensino superior existentes. Havia muita expectativa sobre os resultados que poderíamos ou não obter com uma proposta focada em ações de ordem prática, além da pretensão de desenvolver o conhecimento técnico somado a competências pessoais e relacionais. O resultado tem sido muito significativo”, fala Luiz Araújo, coordenador da graduação em Design. “A proposta é nova e a temos aprimorado continuamente. O ano serviu para consolidar essas nossas ideias de ter um currículo diferenciado, metodologias de ensino inovadoras, cursos integrados, ter conseguido atrair clientes/ parceiros que apresentam os problemas reais para que os alunos trabalhem e em 2019 estará melhor ainda”, diz Felipe Furtado. “A motivação e envolvimento dos alunos nesta corrida pelo aprendizado e crescimento pessoal também merecem destaque.

ENSINO Graduação foi destaque da CESAR School em 2018


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É fácil perceber que eles veem um significado positivo para tudo que constroem e como se desenvolvem neste processo. Outro destaque que tivemos este ano diz respeito à qualidade e ao potencial dos projetos que os alunos desenvolveram, tanto pela nossa perspectiva de qualidade como no feedback positivo dos clientes”, completa Luiz Araújo. Ao longo de 2018, muitos estudantes de nível médio, acompanhados de seus familiares ou de representantes de suas escolas, visitaram a nossa escola de inovação — muitos saíram animados com a ideia de estudar aqui em breve.

Se são pouco conhecidos do grande público, os projetos educacionais são, por outro lado, uma parte muito forte da CESAR School”

Projetos Educacionais De modo geral, contando todos os cursos — mestrados, especializações e os projetos educacionais, 2018 foi um grande ano para a CESAR School. “Houve uma quantidade maior de projetos educacionais, em que atuamos junto a clientes, empresas, fundações, para fazer, por exemplo, formação de professores e de alunos no ambiente de escolas”, conta Felipe Furtado. “Além

daqueles em que já vínhamos atuando, como o NAVE (com a Fundação Oi Futuro), Inova Escola (com a Fundação Telefônica), Pernambucoders (com a Secretaria de Educação de Pernambuco e Porto Digital), começamos cursos tecnológicos com a Escola Técnica do Porto Digital (outra parceria com a Secretaria de Educação de Pernambuco). Há também programas com a Fundação Banco do Brasil, com formação de educadores sociais em vários estados, o projeto NEO (parceria com Instituto Aliança e BID), para formação de 350 educadores/multiplicadores. Foi um grande crescimento. Se são pouco conhecidos do grande público, os projetos educacionais são, por outro lado, uma parte muito forte da CESAR School.

Mestrados Para os mestrados, também foi um ano a ser celebrado. Aliás, já no final de 2017, veio uma boa notícia: o Mestrado Profissional em Engenharia de Software recebeu nota 4 da Capes, a maior do Brasil — apenas o CESAR e a UFPE têm essa distinção, em relação a mestrados profissionais na área de Computação, em todo o país. Essa referência acabou por atrair ainda mais alunos. Já o destaque para o Mestrado Profissional em Design é o próprio crescimento do curso: até pouco tempo atrás era apenas uma turma por ano e agora abre-se uma turma por semestre. O Mestrado em Design em Manaus também está de vento em

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2019 O próximo ano deve vir com mais novidades na área de Educação

popa. Falando na capital amazonense, é bom ficar atento: quem sempre pergunta quando a School abrirá o Mestrado em Engenharia na cidade pode ter boas novidades em breve.

Universidade Católica de Pernambuco e com metodologia de Design.

Especializações

Outro produto lançado este ano e que deve continuar são os cursos co-branded, ou seja, em parceria com outras empresas reconhecidas em determinadas áreas. Dois exemplos foram os feitos junto com a empresa In Loco, de tecnologia de localização precisa: Data Science e Data Engineering. Os professores são das duas empresas, e os problemas reais, da empresa especializada. Outro exemplo é o curso de Machine Learning, que a CESAR School está fazendo com a Neurotech e que está com inscrições abertas na regional CESAR de Sorocaba. Aliás, as regionais do CESAR devem receber cada vez mais esse movimento da área educacional: a unidade de Curitiba receberá em breve a especialização em Testes Ágeis — que já existe no CESAR Manaus. Como se vê, a área de Educação já trabalha bem o conceito de integração entre todas as

Que tal se tornar um profissional especialista? A CESAR School chega ao final de 2018 com sete cursos de pós-graduação do tipo “Especialização” (lato sensu): Testes Ágeis; Design de Interação para Artefatos Digitais; Desenvolvimento de Aplicações Móveis; Segurança da Informação em Engenharia de Software; Internet of Things; Tecnologia, Inovação e Inteligência e Gestão Ágil de Projetos. O ano de 2019 deve trazer novidades! Para quem trabalha com educação, é bom ficar atento, pois a School deverá abrir um Curso de Formação de Educadores, onde inovar em sala de aula é o grande mote. Também no próximo ano deveremos ter a pós-graduação para Empreendedores de Novos Projetos Sociais, curso que está sendo desenhado junto com a

Cursos Co-Branded


Para quem trabalha com educação, é bom ficar atento, pois a CESAR School deverá abrir um Curso de Formação de Educadores”

Felipe Furtado

unidades, que deve se tornar ainda mais forte em 2019, no conceito “One CESAR”. “A CESAR School tem essa vantagem de que, independente de onde você estiver, pode contribuir com ela, seja ensinando, fazendo parcerias com instituições locais — e nisso a iniciativa dos colaboradores é fundamental — e mesmo dando aulas. Há colaboradores de um estado

que acabam ensinando em outro local -no caso da parceria com a In Loco, que aconteceu no Recife, tivemos colaboradores de Curitiba”, conta Felipe Furtado.

Parcerias Internas Os cursos corporativos, elaborados junto com a área de Negócios do CESAR, também têm

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seu destaque. “As áreas fim da instituição de inovação, que têm contato direto com as empresas e sabem bem das necessidades do mercado e das corporações, têm trabalhado conosco nisso, e tem sido muito bom. Por isso temos buscado potencializar as parcerias para que esses setores nos mostrem que cursos são demandados ”, conta o executivo da CESAR School. Junto com a área de Negócios foi elaborado o curso Gestão de Negócios na Era Digital, voltado para executivos, gerentes e outros cargos de liderança que querem entender melhor como está se dando a transformação digital nas empresas, do ponto de vista de negócios. Foram duas turmas do GNED em 2018, e deverão ser outras duas em 2019. “Essas iniciativas são válidas não só por causa das aulas, mas pelo próprio networking. Já surgiram negócios a partir daí”. A área de Empreendedorismo deverá ser a próxima a ser contemplada com cursos da CESAR School. O próximo ano promete ser tão agitado quanto foi este que se encerra. Que outros cursos levar para as regionais de Sorocaba, Curitiba e Manaus já é algo que está sendo estudado. Também se planeja mais parcerias com outras empresas — “isso é fundamental para atingir a missão do CESAR de fazer parte do crescimento da inovação no Brasil”— e fortalecer conexões. O doutorado profissional em Engenharia de Software, tão desejado por tantos, também é algo que está sendo estruturado. Portanto, vem mais educação inovadora por aí!

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Administrativo/Financeiro

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Mudanças e oportunidades Para que um colaborador faça o seu trabalho, é preciso que o ambiente esteja apropriadamente confortável e que, ao final, ele receba o devido pagamento. Esse é o trabalho diário de um grupo de profissionais do CESAR


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F

inanceiro, contabilidade, compras, administrativo, infraestrutura são setores que fazem parte de um mesmo grupo, no CESAR. Juntos, são responsáveis por deixar tudo pronto para

receber o colaborador e fazer com que, no dia marcado, este receba o seu salário e seus benefícios. Salas prontas, limpeza do ambiente, orçamentos, compras necessárias, entre outras ações, estão aí. São de-

zenas de pessoas que fazem esse trabalho e, podemos dizer, em 2018 o movimento foi grande! Na Controladoria houve mudanças significativas, com uma transição importante: a mudança do contador, profissional que exerce um papel relevante no CESAR. “Ainda estamos nos organizando, no que se refere a essa alteração, mas isso se mostrou uma oportunidade para trabalhar um pouco mais com a parte de processos e controle, das áreas financeira e contábil, e fortalecer isso. Apesar da necessidade de fazer alguns ajustes, estamos conseguindo um controle maior nos resultados do CESAR, com números confiáveis, de forma mais automatizada. Fortalece o processo e a acuracidade dos dados gerados”, diz Karla Godoy, Chief Operating Officer. De forma sucinta, o que o setor vem buscando é melhorar, automatizar e fortalecer processos. Para chegar a isso, tem-se investido em treinamentos, tanto técnicos quanto de gestão, para que os profissionais estejam sempre atualizados.

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Prédios de Cara Nova

Karla Godoy COO

Contabilidade e Financeiro Para mudar e fortalecer processos, exige-se que se tenha ferramentas cada vez mais eficazes. Destaque para a mudança do ERP, sistema informatizado de gestão que cuida de operações como faturamento e balanço contábil, entre outras. Já se chegou à conclusão de que o atual não atende todas as necessidades e, portanto, em 2019 deverá ser iniciado o uso de outro. A alteração, um dos focos da área para o próximo ano, deve mexer bastante com todo o CESAR, uma vez que se trata de um grande centro de informações e mexe com serviços como folha de pagamento e viagens.

Outra novidade na área, em 2018: infraestrutura/administrativo ganha o nome de “Facilities”. Foi um ano movimentado para os profissionais do setor -começou com a entrega da reforma do prédio da CESAR School, um trabalho gigantesco, executado em tempo recorde e com um resultado que chama atenção, positivamente, de todos que o visitam. “Já estamos vendo formas de expandir, colocar mais salas de aula, para atender o crescimento da própria área de educação”, explica Karla. Destaque também para a chegada de um novo prédio no CESAR Recife, chamado de CESAR Apolo, próximo ao já conhecido CESAR Tiradentes. É o maior dos imóveis ocupados, o que exigiu um grande trabalho de otimização de espaços. Entre as regionais, chamou atenção a unidade de Sorocaba, que mudou de endereço e teve uma transformação de ambiente que encheu de alegria os colaboradores. A reforma do novo lugar do CESAR Sorocaba faz parte do conceito “One CESAR”, que deve ganhar ainda mais força em 2019. Ao entrar no local, você reconhece que está em clima de inovação, entre outros motivos, pelo próprio ambiente, tanto estrutura quanto decoração. A mesma arquiteta que projetou o mezanino do CESAR Tiradentes (Recife) desenhou como tudo seria na cidade paulista — o banco de design exclusivo, as paredes adesivadas e até a mesa de sinuca são encontradas nas duas casas! Guardadas as devidas proporções e os detalhes que fazem parte de cada região, percebe-se a “cara do CESAR” presente, do mesmo modo, nos dois lugares. Sobre as próximas reformas, a COO responde: “Vamos começar a pensar nisso após o Planejamento Estratégico começar a andar, já que assim saberemos o que está traçado para cada unidade em 2019”.

Regional Sorocaba


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2019: Mudanças

2018: Dentro do Planejado Sobre o 2018 do CESAR, como um todo, ela diz: “O ano está muito próximo do que havíamos planejado. O grande desafio era a CESAR School, porque é uma área nova, e o investimento é alto. No geral, estamos com faturamento melhor do que prevíamos, o que nos dá uma certa tranquilidade em relação aos números. Já prevíamos que haveria um alto investimento em algumas áreas. Está tudo bem ajustado, não temos muita folga, mas tudo dentro do esperado, porque foi um ano forte de investimento. Tem um bom faturamento, bom lucro, com resultado operacional bom, mas também investimentos, de grandes apostas. O resultado é positivo, como planejado”, diz Karla. Para algumas dessas ações, já se vê o resultado e, para outras, o retorno deverá ser sentido mais à frente.

A expectativa quanto ao que deve acontecer no próximo ano é grande. “Estou muito envolvida em mudanças no CESAR. Mudamos de CEO, e não dá para desconsiderar que este é um momento de ruptura. Esperamos mudanças, afinal, é a troca da liderança máxima do CESAR. Mas deverá ser também um período de boas oportunidades”, prevê a COO. A executiva lembra do plano “CESAR 2030”, elaborado em 2015, que traça como a instituição de inovação deve estar daqui a 11 anos e o que é necessário fazer para estar dentro do que se imagina, de acordo com a visão dos seus stakeholders — conselho e associados, entre outros. “Ainda há muito o que mudar, dentro das novas Missão e Visão, para aderir mais ao plano do que se espera do CESAR do futuro. Temos uma expectativa muito grande de que as coisas comecem a acontecer para favorecer a gente a fazer coisas diferentes do que temos feito, e ser uma instituição de inovação, com mais relevância, que transforma a sociedade, que vai fazer parte do crescimento da inovação no Brasil”, conclui a executiva. Então, é o momento de se perguntar: o que é preciso mudar? Estamos no caminho certo? “Não vejo nada drástico. Continuaremos a fazer aquilo que sabemos, que estamos estruturados. Precisamos criar um ambiente em que, aos poucos, essas outras coisas que atendem a nossa missão passem a ser mais representativas dentro do CESAR, com mais inovação, com maior investimento nessa área”, fala Karla Godoy. Portanto, pode esperar muito trabalho para que o CESAR esteja cada vez mais fortalecido no ecossistema e mais inserido nas decisões acerca da inovação — isso enquanto continuamos o nosso já movimentado dia a dia. “O CESAR de 2019 deverá ser de mudanças, com a gente olhando para dentro de casa para poder criar condições que, de fato, tragam os resultados que precisamos para cumprir nossa nova missão e visão, de fazer parte do crescimento da inovação no Brasil, mudar a vida das pessoas e impactar o ecossistema; não apenas o crescimento financeiro, apesar deste resultado ser fundamental para o restante — mas não é o fim”, completa.

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Capital Humano

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Integração é a

Palavra-chave Qual o perfil do colaborador do CESAR? Quem define isso e faz as contratações? O Capital Humano conta tudo isso para você e, ainda, mostra um pouco do seu trabalho, fundamental para que o CESAR seja cheio de pessoas inovadoras

S

abia que é comum que pessoas que não conhecem o CESAR um pouco mais de perto, fiquem abismadas quando dizemos que se trata de uma organização de aproximadamente 600 colaboradores? Só em 2018, até o mês de setembro, o CESAR recebeu 114 novos colaboradores e 21 estagiários, em vários setores. Todos passaram pelo Capital Humano, área respon-

sável por selecionar quem virá trabalhar conosco e por treinamentos constantes, entre outras funções. Há características comuns entre esses novatos: perfil inovador, empreendedor, flexível, saber trabalhar em equipe, com fortes conhecimentos na área em que atuarão e que gostem de desafios. “Também tem que saber se relacionar com as pessoas e facilidade para lidar com mudanças — sendo vol-

tado para inovação, pode haver algo diferente a qualquer momento. Mesmo quem está na casa há muito tempo sabe a importância disso, inclusive do aprendizado constante”, diz Ana Maria Souto Maior, gerente de Capital Humano. Todos esses novos colaboradores também passaram por reuniões de integração, nas quais puderam compreender toda a nossa dinâmica diária.


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Durante todo o ano os colaboradores tiveram acesso a cursos e treinamentos, que foram desde os próprios das áreas de tecnologia a curso de inglês. As capacitações são para os colaboradores de qualquer área. Também houve, como sempre há, incentivos e bolsas para especializações ou mesmo mestrados, especialmente os da CESAR School. Esses estímulos ao aprendizado não aconteceram só em 2018, mas são práticas constantes. Um fator importante no CESAR, em qualquer tempo, é manter os colaboradores integrados, independente de onde estejam alocados — ­Recife, Sorocaba, Curitiba ou Manaus. Para isso, os profissionais de Capital Humano vão, em períodos definidos, pessoalmente, a cada uma das regionais, para verificar as necessidades de cada uma. Foram várias visitas em 2018. O setor foi responsável também por organizar comemorações como Dia das Mães, dos Pais, da Mulher, entre outras. Além dessas datas marcantes, o

Ana Maria

Um fator importante no CESAR, em qualquer tempo, é manter os colaboradores integrados, independente de onde estejam alocados”

CH também organizou celebrações para profissionais que fizeram algum trabalho de destaque (com a comenda “Ser++”) ou para quem estava fazendo aniversário de casa. Também em 2018, foi realizada a Avaliação de Desempenho dos colaboradores, ferramenta de desenvolvimento, que traz feedbacks necessários para o desenvolvimento do profissional. Este ano também foram realizadas as Pesquisa de Clima e Pesquisa de Remuneração. A gerente revela que o Capital Humano já venceu algumas etapas que fazem parte de objetivos estratégicos, que estavam previstos para o futuro, como alguns treinamentos. Sobre o que imagina para 2019, ela diz: “Esperamos contratar profissionais de alto nível, do modo que o CESAR precisa. Vamos buscá-los mesmo em outros países. Continuaremos os treinamentos e as formações para melhorar a performance dos colaboradores e esperamos que eles se tornem cada vez mais protagonistas dentro do CESAR”.

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Negócios

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Ascensão e

diversificação Recuperação, aumento da carta de clientes, diversificação de produtos, integração com outras áreas do CESAR. Este foi o ano da área de Negócios do CESAR. O saldo é positivo!

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m ano positivo. É assim que Eduardo Peixoto, Chief Design Officer do CESAR, define 2018. “Foi um ano muito bom! A gente saiu de uma crise, provocada pela conjuntura nacional, em 2016, seguida de um pouco de recuperação em 2017 e 2018. Ao que tudo indica, deveremos chegar ou até superar o patamar de vendas de 2015, quando tivemos um pico de mais de 100 milhões de reais em vendas”. Passamos de 68 para 86 clientes atendidos — “o número de projetos é bem maior”, conta ele. O ano também foi marcado pela diversificação, com a criação de “produtos” oferecidos pelo CESAR, facilitando a entrada em mercados nos quais ainda não somos muito conhecidos. Entre eles, há os que conectam as áreas de engenharia/design do CESAR com as da CESAR School.


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GNED

Eduardo Peixoto

O Summer Job proporciona ao estudante experiências incríveis.”

Um dos destaques é o GNED, curso de transformação digital voltado para pessoas que estão em posição de liderança, em empresas de qualquer setor. “Já foram formadas duas turmas, com pouco tempo entre elas, por causa da grande procura. Trata-se de um produto de educação, com resultados que se desdobram em engenharia e design. Já tivemos alunos de setores como o automotivo, industrial, financeiro e jurídico, entre outros, que vão liderar a transformação digital em suas empresas”. Além das próprias aulas, a troca de informações entre os participantes é enriquecedora. Para 2019, além do GNED, já são planejados dois outros cursos voltados a executivos. Coordenadora do Colégio Núcleo, no Recife, Daniela Teobaldo fez parte da primeira turma e conta as suas impressões: “O GNED tem sido um divisor de águas na minha vida profissional. O curso tem ligado alguns alertas importantes, como o fato de a gente entender que não pode simplesmente digitalizar os serviços que são analógicos, mas que precisamos colocar um novo olhar sobre a educação”. O sócio-diretor da Foco Aluguel de Carros, Hugo Costa, complementa: “O GNED tem me trazido uma visão ampla das transformações digitais que estão impactando os negócios. Já estou colocando muito aprendizado em prática dentro da minha empresa. O curso é uma experiência muito boa porque estou em contato com pessoas de altíssimo nível, tanto os participantes quanto os professores”. Também como um produto educacional voltado a empresas, o

CESAR realizou o curso “Design de Negócios”, para o Oi Futuro, instituto de inovação e criatividade da Oi. “É importante dizer que muitas dessas empresas representadas nesses cursos são potenciais clientes para o CESAR. É um desdobramento que se transforma em oportunidade de negócios”, diz Eduardo.

CESAR Summer Job Destaque, ainda nesta linha Negócios — Engenharia/Design — Educação, para o CESAR Summer Job, produto que já está consolidado em sua forma e execução. Durante seis semanas, estudantes universitários ficam no CESAR aprendendo a inovar, na prática, desenvolvendo soluções para problemas complexos, com o auxílio de mentores, orientadores e uma série de profissionais — uma proposta interessante para os jovens que participam, para as empresas que têm problemas resolvidos e para os engenheiros, designers e demais colaboradores do CESAR que também atuam na iniciativa. “Está tudo tão redondo, funcionando tão bem, que resolvemos expandi-lo através de outras instituições. Desenvolvemos um modelo de parceria para empresas que queiram executar o Summer Job. O CESAR fica com o processo de captação de alunos, alocação deles nas instituições e transferimos o know-how. O branding permanece nosso, somos citados em todas as publicações. O programa carrega a gente para crescer junto com o parceiro e, assim, criamos uma rede de empresas parceiras do CESAR que realizam projetos em conjunto. Também temos, deste modo,

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mais oportunidade para que estudantes universitários participem de um processo de inovação”, diz Eduardo. Entre as instituições parcerias já firmadas para a próxima edição, que acontecerá entre os dias 07 de janeiro e 15 de fevereiro, estão o Instituto Senai de Inovação (ISI-TICS) e o Parque Tecnológico de Itaipu (PTI). A estudante Beatriz Bonafini, do Instituto Federal do Paraná, participou da edição 2018.1 do programa e conta a sua experiência: “O Summer Job proporciona ao estudante experiências incríveis, aprendi o trabalho em grupo e que cada um tem sua importância na equipe, independente da formação. Foi um desafio abdicar das férias, sair da zona de conforto, mas o esforço valeu a pena!”.

Innovation Journey Fora da área de Educação, vale citar o Innovation Journey. “Ele surgiu de um incômodo: víamos tantas empresas organizando viagens para conhecer o Vale do Silício, em visitas realmente inspiradoras, mas que normalmente não resultam em negócios para as empresas que vão lá”, diz Eduardo Peixoto. O trabalho consiste em trazer grupos de empresários para conhecer as empresas do Porto Digital. “É uma região onde está a massa crítica, em termos de empresas e soluções, e o Innovation Journey proporciona uma imersão de executivos nesse ecossistema, que talvez seja bem mais interessante, do ponto de vista de geração de negócios”, fala o CDO. O programa foi desenhado junto com o Porto Digital, e empresas do ecossistema foram chamadas para também participar da organização da inicia-

tiva. A ideia inicial era que seriam quatro visitas ao longo do ano, mas o sucesso foi tanto, que elas estão sendo mensais. “Trata-se de um programa vencedor, e devemos expandi-lo em 2019, fortalecendo parcerias com instituições em outros estados, para que elas mesmas montem os grupos”, complementa. Ele diz, de forma sucinta, o que foi 2018 para o instituto de inovação: “Foi um ano bom para Negócios, que é a perspectiva que tenho. Quando o ano é bom para Negócios, também é bom para a instituição. São muitas realizações a comemorar, além das boas vendas: primeiras turmas de graduação da CESAR School, na engenharia a gente está finalizando o modelo, e vamos começar a utilizar o primeiro CCF — Ciclo de Construção do Futuro, e criação de novos produtos, consolidação de outros e, ainda, temos projetos com recursos Embrapii, que são potenciais fontes de receita recorrente. Também há outros acontecendo ou sendo gestados. O balanço é bastante positivo, eu esperava uma retomada da crise, mas foi melhor do que esperava”. Sobre as expectativas para 2019, Eduardo Peixoto diz: “Eu espero que algumas ações importantes que estão sendo trabalhadas este ano sejam consolidadas. O CCF deverá ser bastante importante para a instituição, uma vez que, a partir dele, devem surgir novos relacionamentos de negócios e produtos, alinhando várias ações de inovação. Falando em integração, cito o trabalho que o CESAR tem feito para que todas as unidades — Recife, Curitiba, Sorocaba e Manaus, e até o NAVE Rio de Janeiro — estejam cada vez mais alinhadas. O trabalho de integrar as unidades do CESAR é muito necessário e bem-vindo. É preciso que cada um entenda a sua importância no todo”.


GNED Curso para profissionais em cargos de liderança

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Para saber mais sobre o GNED, acesse o site da CESAR School https://www.cesar.school/gned/

SUMMER JOB Férias com inovação

Para saber mais sobre o CESAR Summer Job, acesse https://www.summerjob.cesar.org.br/

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Jurídico

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Mudanças e Estar por dentro da legislação de todos os segmentos em que o CESAR está envolvido — Negócios, Educação, Empreendedorismo, entre outras — e dar as devidas orientações a respeito. Esse é um dos trabalhos da nossa área jurídica. Saiba mais a respeito!

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ssim como outras empresas, o CESAR tem uma área jurídica. Não é um serviço oferecido aos clientes, mas um setor de extrema importância. Quem está à frente é a gerente Cláudia Cunha, que explica melhor o papel da área: “Qualquer instituição, maior ou menor, precisa de aporte jurídico, para diminuir ris-

cos em qualquer relação que a organização tenha. No CESAR isso é bem diversificado, temos áreas bem distintas. Na nossa área de educação, por exemplo, trabalhamos com regras que protegem os alunos, código do consumidor, entre outros. Uma prestação de um serviço educacional é completamente diferente do trabalho que a gente faz de aceleração de startups, por exemplo. São legislações e focos distintos. Também é deste modo nos projetos que desenvolvemos — há os que são dentro do país, outros para multinacionais que usam outras regras, além das brasileiras, também há os que usam a Lei de Informática — cada subcaso requer um cuidado adicional”. O Jurídico trabalha de forma preventiva, para evitar que haja riscos. Para Cláudia, o ano de 2018

tem sido de muita reflexão, reposicionamento, conversas sobre as áreas e o papel do CESAR em diversos setores. “É uma discussão que temos tido ao longo dos anos, culminando em 2018.”. Ela cita como exemplo os debates sobre o papel da CESAR School, de não ser apenas uma faculdade, mas trabalhar em Educação como um todo. “A mesma coisa está acontecendo na nossa área de empreendedorismo. Isso tudo é resultado de um grande planejamento para o futuro, mirando o que acontecerá nos próximos anos”. Ela também destaca o trabalho feito nas regionais, com o objetivo de aproximar ainda mais todas as unidades do CESAR — Recife, Curitiba, Sorocaba e Manaus. “Sempre vi o CESAR como uma organização muito viva, como uma entidade mesmo, um ser vivo, nunca uma coisa estática, mas


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amadurecimento

Sempre vi o CESAR como uma organização muito viva, como uma entidade mesmo, um ser vivo, nunca uma coisa estática.”

sempre muito dinâmico, de muita evolução. O ano de 2018 tem sido um marco neste sentido”, fala Cláudia Cunha. Voltando ao exemplo da área de empreendedorismo, ela fala como tem se pensado qual o papel do CESAR neste setor para a sociedade e como maximizar o seu trabalho de aceleração de startups. “É uma oportunidade de ‘mergulhar’

em suas áreas-fim e repensar cada uma delas, rever o que tem sido feito e verificar o que é mais relevante, com maior aderência à realidade da sociedade que existe hoje. Inclusive, é por isso que tanto a missão quanto a visão foram alteradas. Quando o CESAR foi criado, em 1996, existia uma realidade social e de mercado no setor que impulsionou uma determinada missão, totalmente aderente em todo o tempo, mas a gente tem hoje uma nova realidade”. A gerente da área jurídica fala que o CESAR passa por mudanças, inclusive de governança, estatuto, visão e missão. “Só para ter uma ideia, quando o CESAR foi criado, a palavra ‘inovação’ nem fazia parte do vocabulário. Mas, é bom dizer, não mudamos a nossa essência, apenas ficou mais claro o que fazemos — um sinal de amadurecimento”.

Perguntada sobre o que esperar para 2019, Cláudia diz que há uma perspectiva bastante positiva de crescimento. “As áreas estão mais estruturadas, depois de 2018. Do ponto de vista interno, vejo o CESAR se fortalecendo. Como uma instituição viva, passou por mudanças, inclusive na governança, estatuto e cargos, mas é uma organização madura internamente e passa por tudo isso com certa tranquilidade. Externamente, há sempre algumas incertezas — os primeiros seis meses normalmente são de expectativas e readaptação — ­ faz parte. Mas, novamente, há maturidade da organização, o CESAR tem um nome construído e uma imagem de ética e seriedade e já aprendemos com períodos anteriores, devemos estar bem posicionados. Deverá ser um período positivo”.

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Operações

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Quando se fala em um lugar em que a inovação é estreitamente ligada à tecnologia, é no trabalho de profissionais de engenharia e de design que se pensa. Faz parte da sua natureza.

Design e Engenharia, juntos


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maior área que há no CESAR é a de Engenharia e Design, afinal, é o nosso core. É algo tão intrínseco ao CESAR que, ao ser perguntado sobre como foi o 2018 da área, o diretor de DevOps, Beto Macêdo, diz: “Sempre olho para o resultado do CESAR como um todo, não apenas para um setor. Do ponto de vista financeiro, vamos bater as metas que foram compromissadas no orçamento, o que é muito bom. Também faço um cálculo pelo número de pessoas em projetos — aumentamos esse número, e ainda há vagas em aberto. Ainda estamos com novos clientes e há os que damos continuidade. Destaco os projetos Embrapii”. A área, que congrega 436 profissionais, fez também um grande esforço de prestação de contas de glosas do MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), pela Lei de Informática. “O Ministério, a mando do Tribunal de Contas da União, pressionou para que fosse feita a análise de projetos dos últimos dez anos para indicar quais seriam elegíveis ou não — os clientes pediram nossa ajuda, auxiliamos a fazer

a defesa das glosas e fizemos um trabalho intenso, com muito esforço, que consumiu uma quantidade de foco em 2018 e deverá continuar em 2019, quando esse backlog deverá estar resolvido”, diz Beto. A chefe de gerentes de projetos Georgia Barbosa, a esse respeito, declara: “O objetivo, de fato, não era glosar os projetos, mas fazer com que a empresa, o nosso cliente, os formulasse melhor para que o seu modelo de reportagem se tornasse mais simplificado. Assim, os gerentes de projetos, líderes técnicos, líderes de equipes e demais pessoas que participassem deles se tornassem fontes de informação ou de trabalho para que pudéssemos responder a essas contestações”. Mas não foi só esse o trabalho: “também houve um volume bem grande de projetos, alguns bem diferenciados, foi o segundo ano do trabalho com a Embrapii, algo bem relevante; há projetos que estão sendo encerrados, então o volume de dedicação é bastante grande”, completa Georgia. O diretor Beto Macêdo enumera acontecimentos de 2018 que se destacaram. A lista é longa:

Começamos a rodar o Ciclo de Construção do Futuro (CCF), iniciativa do CESAR, surgida no Conselho, para estimular a proatividade de olhar o futuro, identificar problemas e começar a pensar em protótipos e soluções. “O objetivo é que sejamos mais proativos quanto à inovação. Começamos a executar em maio deste ano e estamos experimentando o melhor modo de rodá-lo. Em breve, será aberto a todos os colaboradores, para que possam contribuir”, fala Beto. Além da proatividade, o CCF deve projetar o CESAR como instituição de inovação, de fato. “Ele deverá se tornar um farol, uma orientação da inovação para todo o ecossistema, para que percebam para que problemas e tecnologias devem olhar”, completa o diretor. Investimentos feitos para desenvolver novas competências na área de Internet das Coisas (IoT), com bons resultados e gerando uma boa visibilidade para o CESAR. Um deles foi a ida de Tiago Barros (engenheiro-chefe da área de IoT) ao Egito para participar da Comissão de Estudos 20 (SG20) da ITU-T, setor de normatização da União Internacional de Telecomunicações, comitê especializado em telecomunicações da ONU que congrega mais de 700 organizações públicas e privadas de 191 países. Lá ele apresentou a proposta brasileira de arquitetura para dispositivos de Internet das Coisas. O engenheiro estará na China, com esse mesmo propósito, ainda este ano. “Estamos em contato com o Instituto Eldorado, outro grande instituto de inovação do Brasil para fazer uma parceria em torno do KNoT, a nossa plataforma de IoT. A aproximação já se iniciou, por meio da área de Negócios”. Atividades de planos de capacitação. “Em Curitiba estão acontecendo capacitações em Analytics e Big Data”. Robótica - “Diminuímos os investimentos na área, mas há trabalhos na CESAR School, com o Mars, robô que estamos projetando dentro da proposta de Robótica Amigável. O pessoal do CESAR está dando apoio”. “Começamos a fazer experimentações na área de blockchain, ainda sem investimento oficial, para entender mais do que se trata, que problemas resolve, para fazer um match entre blockchain e problemas. Hoje sabemos que resolve um problema que é dinheiro, com, por exemplo, bitcoin. Mas a pesquisa é para ampliar esse alcance”.

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Essas iniciativas são próprias do instituto de inovação para o desenvolvimento de conhecimentos, como há no CCF, para pensar em tecnologias que são necessárias para resolver problemas e mudar o futuro. “Essas ações, como os planos de capacitação, os trabalhos em IoT e o grupo de blockchain, entre outros, realmente são muito relevantes”, ressalta Georgia Barbosa. E, claro, ainda há os muitos projetos feitos para clientes. “Uma parte importante são os projetos Embrapii, porque trazem receita recorrente para o CESAR. Além de recebermos por execução, temos uma parceria com o cliente. É assim com o projeto do assistente veicular VAI, da Wings, que já foi lançado, e estamos fazendo novas versões do software, conforme o que o cliente identifica no mercado”. “A chegada de novos clientes e, principalmente, de novos projetos de clientes que já temos, são um sinal de que estamos fazendo um bom trabalho”, observa a chefe de gerentes de projetos. Ao fazer uma avaliação de 2018, Georgia diz: “Foi um ano muito bom, com diversos desafios que se tornaram latentes no dia a dia. O volume de contratações de pessoas, por exemplo, impactou no início de projetos com clientes. Fizemos diversos mecanismos e incentivos para trazer mais gente para o CESAR”. Ela também destaca a operação em Manaus, que teve um bom crescimento. “Na capital amazonense, bem no seu início, já tínhamos projeto Samsung e, mais recentemente, houve um fortalecimento no projeto Motorola”, fala Geor-

gia. Isso se dá por causa de uma movimentação de alguns clientes do CESAR para passarem a produzir pelo menos parte dos seus produtos na Zona Franca de Manaus, favorecido pela Lei de Informática de Manaus, gerenciada pela Suframa, que é diferente da Lei de Informática nacional. “Para isso, houve até incentivos para que colaboradores de outras unidades, especialmente do Recife, migrassem para a regional amazonense”, completa. Junto às áreas de empreendedorismo, educação e área-meio, o setor de Operações, que congrega Engenharia e Design, formam o CESAR. “São três unidades operacionais. Nós fazemos inovação por meio de projetos — o cliente chega para um problema, pegamos e o resolvemos. Enquanto a School faz inovação com formação de pessoas, a minha área faz isso na resolução de problemas, desenvolvemos competências e geramos receita. Essas coisas estão juntas. Aliás, a consolidação da CESAR School merece destaque em 2018. Muitos profissionais que eram de Operações estão lá, seja part time ou todo o tempo —essa colaboração, ceder pessoas, é pensar no todo.”.

Perspectivas Para 2019, Beto Macêdo cita o processo de transformação pelo qual o CESAR vem passando,


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Beto Macedo

Sempre olho para o resultado do CESAR como um todo, não apenas para um setor”

com a mudança recente de Missão e Visão, os novos membros no Conselho, o novo formato de C level, o novo planejamento estratégico e as ações necessárias para que alcancemos essa missão e visão. “O CESAR, de acordo com o presidente Geber Ramalho, é a instituição de inovação mais próxima do que se pode ter com esse título no Brasil, mas ainda há muito a fazer para que seja focado em inovação de fato. Há uma longa caminhada, para a qual deveremos construir o ‘como’, no planejamento. Espero, para o próximo ano, que este planejamento estratégico possa ser comunicado e entendido de forma clara por toda a organização, todas as pessoas em todas as unidades e áreas. Fora isso, que a gente continue a ser um elo forte no ecossistema do Recife, que consiga se integrar nos outros ecossistemas onde estamos instalados e que contribua para o Brasil crescer. Além disso, que continue sendo também um lugar bom, divertido de trabalhar e que, quando a gente estiver aposentado, vai poder dizer que contribuiu com aquilo, que colocou ‘uma pedrinha’ nesse trabalho”, conclui. Sobre o ano que acaba, a gerente chefe de projetos, Georgia Barbosa, avalia: “Foi um ano cheio de projetos novos, com bastante trabalho, ampliação de projetos já existentes, suporte a treinamentos, incentivos a Mestrado e Doutorado, fortalecimento da regional Manaus. O resultado, então, foi muito positivo”. Para 2019, ela diz o que imagina: “A escrita de relatórios, por causa da Lei de Informática, deve continuar intensa no próximo ano, mas espero um cenário diferente, pelo menos a partir do segundo semestre de 2019, com tudo entrando na normalidade, com melhorias dentro da organização. Deve ser bem positivo, ainda melhor do que este que estamos. Temos o CCF já em funcionamento, com experimentações e no próximo ano deveremos institucionalizar esse processo e chegar bem lá na frente. Deverá ser um ano no qual traremos coisas bem estratégicas para o CESAR e para potencializar o ecossistema como um todo”.

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Empreendedorismo

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A área de empreendedorismo do CESAR foi bastante movimentada em 2018 e promete ter ainda mais destaque em 2019. Ajudar a colocar novas empresas no mercado nos é intrínseco.

Um bom ano para Empreender N ão é incomum que em empresas e institutos que lidem com inovação surjam ideias empreendedoras. O que se faz quando isso acontece? No CESAR, cria-se uma área para dar vazão a isso. Hoje esse setor tem uma missão muito forte: apoiar a criação de novas startups, não necessariamente surgidas dentro da instituição de inovação, para adensar o ecossistema pernambucano. Uma aceleradora que está plugada a uma das maiores organizações de inovação do país, o que significa ter


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à disposição recursos e pessoas que podem auxiliar essas startups em seu processo de aceleração, de alguma forma. Quando lembramos do que aconteceu no CESAR em 2018, vemos que em termos de projetos e crescimento, foi um ano bem interessante, superando o esperado. Na CESAR School, houve o lançamento da graduação, com alta receptividade, tanto dos alunos quanto do mercado. Não poderia ser diferente: “Estamos com quatro novas startups, de segmentos diversos, como e-commerce de moda, automação industrial e marketplace para profissionais de saúde”, conta Filipe Pessoa, ge-

rente de empreendedorismo no CESAR. Até o fim do ano, devem entrar outras três, o que significa a criação de um novo portfólio e o reforço desse papel como apoiador do segmento empreendedorismo. “Outra ação importante foi o fim do ciclo do “Mind the Bizz”, programa realizado junto com o Porto Digital e financiamento do Sebrae. Foram quatro turmas, que totalizam a participação de 60 startups que ajudamos a pré-acelerar, nos últimos dois anos”, fala o executivo. Mas será que 2018 foi um bom ano para os empreendedores? Ele responde: “Para empreender, sim. Há dois anos temos trabalhado vários mecanismos de apoio a quem quer empreender, como aceleradoras, investidores, corporações que apoiam o empreendedorismo, programas governamentais, entre ou-

tros. Por incrível que pareça, do lado da demanda por startups isso está relativamente solucionado. O problema está na oferta de startups qualificadas. Isso é algo que estamos trabalhando com o Mind the Bizz e com o lançamento do PIGS, Plataforma Integrada de Geração de Startups para o setor de construção civil”. Na prática, trata-se de descer um pouco na cadeia produtiva para intervir mais na geração de startups e na qualidade delas. O PIGS partiu da constatação de que há um certo “descasamento” do que os empreendedores estão tentando fazer e as necessidades reais do mercado. Grande parte das startups parte de uma ideia original e não de um problema real do mercado, uma solução para pessoas que pode ser escalada. Com essa plataforma se entra em contato com os stakeholders do setor de construção civil, área

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que ainda tem pouca inovação e que precisa de uma “mexida” — por isso o Sebrae sugeriu que este fosse o segmento a ser trabalhado — trazendo métodos e processos de inovação. A fase atual é de levantamento e priorização dos problemas, para poder criar os briefings de inovação e, posteriormente, explorar as oportunidades Após esse processo, as cinco startups com melhores ideias serão aceleradas no CESAR Labs.

Pré-aceleração para validar o que está sendo desenvolvido

As cinco melhores startups deverão ser aceleradas

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Filtragem de protótipos segundo o MVP (Produto Mínimo Viável)

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Exploração de prioridades, com dinâmicas como hackathons, summer jobs, envolvendo potenciais empreendedores

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Criação de briefings de inovação

ETAPAS DO PIGS

Identificação e priorização dos problemas


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Perguntado sobre quais foram os destaques de 2018, Filipe Pessoa responde: “O começo da execução do PIGS, a conclusão do ciclo de pré-aceleração e as novas startups que de fato entraram no CESAR”. Você sente que está na hora de empreender? Então se liga nas dicas de Filipe Pessoa sobre os segmentos de startups que têm apresentado relevância nos últimos tempos:

Grande parte das startups partem de uma ideia original e não de um problema real do mercado”

Fintechs Estão ganhando muita velocidade, pois trazem novas formas de se relacionar com os serviços bancários. Com menos burocracia e agilidade, trazem novas tecnologias para os clientes. Também trabalham em novos modelos, como empréstimos peer-to-peer e transferência de recursos entre países distintos.

Agritechs Devido ao grande potencial agrícola do país e à disseminação de tecnologias de IoT e Big Data, novas startups estão surgindo no segmento para trazer melhorias na produtividade e redução dos desperdícios. O crescimento da produtividade agrícola nacional nas últimas décadas ocorreu muito em cima de melhoramento genético e usos de técnicas de cultivo. Chegou a hora de colocar uma camada de inovação com base em software e hardware no setor.

Construtechs O setor de construção civil, junto com o de mineração, são dos mais conservadores no que diz respeito à adoção de inovação. O boom da construção que tivemos nos anos pré-crise também fizeram com que, em escala nacional, houvesse uma negligência do potencial de introduzir inovação no setor. A crise dos últimos anos, bem como a disseminação de novos métodos e processos construtivos, está gerando oportunidades interessantes no setor. Já existem, inclusive, iniciativas nacionais voltadas para o apoio às startups do setor, reunindo algumas grandes construtoras para financiar um ambiente para startups.

Para que o empreendedorismo siga adiante é importante termos uma “educação empreendedora”, na qual se tem contato com problemas e desafios de mercado, do modo como é feito na CESAR School. “A maneira como esses estudantes estão recebendo essa educação, desde o início, é diferente: foram logo para campo, conhecer problemas e desafios reais do mercado, sempre fazendo tudo de forma incremental e iterativa, amplia muito a chance de o produto ou serviço desenvolvido dar certo”, diz o gerente. Teremos profissionais que entendem melhor as necessidades do cliente do que quando pensamos empreendedorismo da forma tradicional. A partir da School podem surgir várias startups, inclusive já está sendo estudada uma espécie de pré-aceleração de empresas já no último ano dos alunos. Essa integração entre Empreendedorismo, Design & Engenharia e Educação deve se tornar cada vez mais forte. O ano de 2019 será testemunha disso.

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TI

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Conscientização sobre segurança da informação, atenção às leis e treinamentos constantes são fundamentais para estar em conformidade com a legislação e para que os trabalhos fluam da melhor forma.

“O

ano de 2018 foi de retomada para o CESAR.”. É assim que começa a conversa sobre acontecimentos deste ano e perspectivas para 2019 com o gerente de TI do instituto de inovação, Carlos Sampaio. “Nos recuperamos da crise, mostramos uma capacidade de retomada do crescimento, a tal ponto que faltam profissionais para atender a demanda crescente que estamos tendo. Foi uma espécie de ressurgimento”, completa. Para a área de TI, ele diz que a palavra seria “conformidade”, no sentido de “entrar nos conformes”, por ter se voltado muito para processos internos, avaliação de métricas, redução de custos e, principalmente, formalização de procedimentos. “Ficamos atentos à lei de proteção de dados, legislações de outros países e observamos o

Parâmetros e pesquisas que era necessário fazer na nossa TI. Trata-se de organização da casa!”, diz Sampaio. “Quando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), demandou das empresas um esforço grande de padronização”, completa.

Essa competência foi trazida para a área, foram implantados projetos de gerência de mudança, melhor controle dos processos internos, definição e exibição de métricas — temos hoje um dashboard, visível a todos,


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tando novas ferramentas para refinar ainda mais esse processo para, no nível operacional, ter essa assertividade, que inclui uma análise financeira, overhead e uma gestão estratégica. Estamos conversando com os responsáveis por outras áreas, como Beto Macêdo (Operações) e Fred Arruda (CEO), para vermos de que forma podemos contribuir no negócio da instituição”, completa.

Segurança da Informação

com parâmetros de prazo de entrega e qualidade. “Hoje eu consigo mostrar graficamente em que pé está uma solicitação, se ela vai ser entregue no prazo ou se vai atrasar, e qual o motivo do atraso”, conta Sampaio. Isso é fundamental ao negócio do CESAR, seja na própria área de Negócios, Operações ou CESAR School, é um respaldo para que acreditem que o que pedirem será entregue com qualidade e no prazo esperado. “Criamos mecanismos e estamos implan-

Um outro trabalho que se tornou mais intenso em 2018 foi o da conscientização em segurança da informação. “Continuamos fazendo uma abordagem periódica com treinamento organizacional sobre o tema. Hoje em dia estamos sujeitos a várias ameaças, muitas dessas têm o objetivo de chegar no componente humano. A informação corporativa é o bem mais precioso de uma empresa. Muito do que entregamos a clientes são códigos. A competência fica registrada não só no colaborador que detém aquela capacidade de desenvolver, mas também no artefato que ele desenvolveu — muitas vezes este é sigiloso, até mesmo para as outras empresas que estão dentro do CESAR. Perder algo por vazar uma informação pode significar uma penalidade, por quebra de acordo de sigilo, e a quebra de um diferencial competitivo. Precisamos proteger isso, não só em ativos eletro e eletrônicos de TI, mas também no usuário. Segurança da Informação é uma coisa muito rebuscada, e sempre há

pessoas estudando para quebrar isso, logo é preciso estar sempre se atualizando sobre o assunto. Isso exige bastante da equipe que trabalha com o assunto”, fala Sampaio. O elo mais frágil da segurança da informação é o humano e, por isso, procuramos levar consciência, quanto a esse ponto, aos colaboradores — por meio de campanhas e treinamentos e, especificamente para CESAR, contratamos o serviço de uma empresa especializada em segurança da informação para fazer avaliações técnicas constantes.

Perder algo por vazar uma informação pode significar uma perda, por quebra de acordo de sigilo, e a quebra de um diferencial competitivo”

A partir daí, nossa equipe faz as correções necessárias, soluciona os problemas. “Empresas se destroem a partir de uma falha de segurança. Não podemos deixar isso acontecer aqui dentro. Trago para dentro de casa uma preocupação que eu vejo o mercado ter e acabamos virando referência”, fala Sampaio, sobre o fato de ele próprio ser muito consultado, pela imprensa e até por outras empresas, quando o assunto é segurança da informação.

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Blockchain Junto com IoT, Machine Learning e Cloud Computing, entre outras, Blockchain é uma tecnologia emergente que tem estado bastante em alta e se destacou no CESAR em 2018. “Trata-se de uma tecnologia transversal, de apoio. Da mesma forma que você tem uma utilização descentralizada de serviços, economia compartilhada, o blockchain oferece uma oportunidade de também descentralizar a garantia de integridade e autenticação. É algo novo, as primeiras aplicações estão começando a aparecer. A utilização mais conhecida do Blockchain está nas criptomoedas, como bitcoin, bitcoincash e ethereum, entre outras, mas ela é ainda mais expressiva na autenticação de documentos. Cartórios digitais estão sendo cada vez mais usados. O gerente de TI cita um exemplo do que pode vir por aí: “O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) está avaliando o uso de blockchain nas eleições, por exemplo, apenas está sendo vista a questão de como manter a anonimidade”. No blockchain um documento pode ser mantido por toda a vida e ter validações ao longo do tempo, mas mantendo o seu original imutável. São essas inúmeras possibilidades que um grupo de profissionais do CESAR, por iniciativa própria, tem procurado estudar — eles viram que esse estudo faz sentido para quem trabalha com inovação, consultaram um gerente e começaram a pesquisa. Essa


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Carlos Sampaio

Junto com IoT, Machine Learning e Cloud Computing, entre outras, Blockchain é uma tecnologia emergente que tem estado bastante em alta e se destacou”

autonomia e esse inconformismo em relação à inovação é um dos diferenciais do colaborador do CESAR. Apenas para citar um outro exemplo do que essa inquietude pode trazer, a pesquisa sobre o tema cloud computing, iniciada há anos, também se deu do mesmo modo e hoje há profissionais que são referência no Brasil sobre o assunto.

Para 2019 A área de TI do CESAR é fundamental para que a sede, no Recife e as regionais — Curitiba, Sorocaba e Manaus- identifiquem que estão no mesmo espaço, mesmo que geograficamente separados. Para isso, há o contato direto com os colaboradores, de qualquer cidade, quando surge um problema ou quer se fazer uma sugestão à área de suporte, por exemplo, o que faz surgir uma interação maior entre as partes. “Para 2019 estamos com uma série de atividades operacionais que executaremos, incluindo a ideia de termos um profissional de suporte que se dedique inteiramente às regionais. Temos

pensado em outras possibilidades, o mais importante é que as áreas de apoio e regionais se aproximem”, fala o executivo. Também para o próximo ano, Sampaio diz que o plano é continuar o processo de conformidade, porém com um refinamento das métricas e mais indicadores, que se transformem em maior velocidade e qualidade no atendimento, e mais preditividade quanto aos problemas — “queremos melhorar para solucionar problemas que ainda nem chegaram, mas podem estar no caminho”. Também está previsto um benchmarking, para comparar nossas métricas com as de outras empresas e, ainda, a continuação do trabalho de segurança da informação. “Quero que a área de TI seja vista como um facilitador na execução de negócios, agregar valor.”. Para o CESAR, como um todo, o executivo diz: “Principalmente, espero ver uma integração muito mais forte das regionais com Recife, para que, quando alguém entrar no CESAR, possa dizer ‘estou entrando no CESAR’ e não ‘na unidade do Recife, Curitiba, Sorocaba ou Manaus’. Vejo o CESAR tomando conta do Brasil como um todo. Acho até que a expansão geográfica, internacional, também é um ponto importante e, a partir disso, uma diversificação de negócios, utilização de novos modelos de nossos produtos. Espero, ainda, encontrar geração de novos negócios e oportunidades com novos modelos de tecnologia, indo mais atrás de IoT e Big Data, porque temos competência e podemos explorar bem mais”, completa Sampaio.

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Comunicação

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A Comunicação Institucional do CESAR é guardiã daquilo que é conhecido como seu DNA, a sua identidade e o modo como é percebido. Para isso, há um intenso trabalho, interno e externo.

S

abe quando você vê ações, objetos, camisas e até comportamentos que só levam a dizer “isso é a cara do CESAR” ou “só poderia ser o CESAR” ou, ainda, quando os comportamentos dos colaboradores se parecem? São grandes as chances de que tenha sido algo desenvolvido pela Comunicação Institucional. Em qualquer instituição, esse é um dos trabalhos da área: criar o branding, a identidade, o modo como o lugar é percebido, ou seja, é uma espécie de guardiã do DNA da organização. “É por meio desse branding que nos tornamos conhecidos no mercado e também é com ele que nossos próprios colaboradores se transformam em multiplicadores de nossas mensagens!”, diz Roberta Fernandes, diretora de Cultura, Comunicação e Diversidade do CESAR. Esse trabalho é feito de forma cuidadosa, alinhado com os objetivos estratégicos. O ano de 2018 foi de muito trabalho para a Comunicação, assim como para todo o CESAR. Foram três grandes desafios: Consolidação da escola de inovação, a CESAR School. “Coordenamos a criação e operacionalização de duas campanhas

O Desafio

da Cultura Organizacional transmídia on e off-line para o processo seletivo, envolvendo mídias como outbus, rádio, TV e, claro, internet. Um trabalho árduo e cheio de aprendizado mas, ao mesmo tempo, o resultado — representado por quatro turmas de graduação em Design e Ciência da Computação — foi extremamente gratificante”, conta Roberta Fernandes. Especial atenção à forma como o CESAR é percebido por nosso público mais especial: os colaboradores. “Realizamos pesquisas e descobrimos que mais de 80% deles são millennials! Essa geração é caracterizada por pessoas que já nasceram conectadas, têm uma fome insaciável de informação e no ambiente profissional são supermotivadas quando conhecem os objetivos da organização e seu papel para alcançá-los”, conta Roberta. Assim, o setor criou um modelo diferenciado de comunicação, de forma a conseguir mais eficácia na transmissão de mensagens mas, acima de tudo, alavancar o engajamento dos quase 600 “cesarianos”. Participação no planejamento das regionais, visitando o pessoal que forma a família CESAR


MULTIFUNCIONAL Publicidade, Jornalismo, Design e TV integrados no mesmo setor

Roberta Fernandes

Para 2019, o desafio da Comunicação deve ser ainda maior: o setor incorpora também a área de Cultura Organizacional”

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em todo o Brasil: Sorocaba, Curitiba, Manaus... “Os inputs recebidos por esse pessoal foi tão importante que nos levou a criar o tema de 2019 na comunicação: ‘ONE CESAR’. Afinal de contas, somos todos só um coração! A campanha foi lançada no Dia CESAR, mas vocês podem aguardar pelas cenas dos próximos capítulos!”, diz a diretora. O trabalho também tem sido grande nessa fase de transição que o CESAR tem passado, inclusive com novas pessoas no chamado “C Level” — CEO, COO e CDO. A diretora faz uma análise do momento: “Toda mudança traz consigo a fase de trilharmos novos caminhos, sobretudo aqueles não explorados. Assim, posso dizer que estamos muito animados com as inúmeras possibilidades que surgem a nossa frente. Acredito que falo por toda a organização quando digo isto: vamos poder nos reinventar, e isso não tem preço.”. Para 2019, o desafio da Comunicação deve ser ainda maior: o setor incorpora também a área de Cultura Organizacional. A palavra de ordem deverá ser “aprendizado”, conectando as melhores práticas para que o CESAR continue sendo uma paixão para quem trabalha e mesmo para quem mudou de empresa, mas continua sendo um “cesariano” de coração. Tudo dentro do objetivo do CESAR para o próximo ano: seguir crescendo e se consolidar cada vez mais como uma organização que promove a mudança na vida das pessoas. “Vamos seguir o presente para criar um futuro brilhante!”, conclui a diretora.

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Aconteceu no CESAR

DIA CESAR

Em novembro, tivemos o nosso tradicional Dia CESAR! Pela manhã, a convenção, com um balanço do que rolou em 2018 e perspectivas2019.Tivemos também palestras de Silvio Meira e Bob Wollheim. No período da tarde: festa! Muita música, alegria e confraternização! Destaque, mais uma vez, para o fato de colaboradoresdetodasasunidades do CESAR — Recife, Sorocaba, Curitiba, Manaus e Rio de Janeiro —terem celebrado essa data juntos! É o #CESARTODOJUNTO! Os colaboradores das regionais do CESAR também aproveitaram, no Recife, um “Vem Curtir o CESAR” especialmente elaborado para eles. Além de conhecer as instalações e trabalhos dos colegas pernambucanos, os visitantes também fizeram um passeio turístico pelo Recife Antigo e por Olinda. Como ponderar privacidade e dados públicos? No CESAR Reports, o coordenador do Centro de Tecnologia e Sociedade — CTS/FGV e membro do Conselho do CESAR Pablo Cerdeira fala sobre o difícil, mas necessário, equilíbrio entre a vida particular e manipulação de grandes volumes de dados. Leia o artigo: http://bit.ly/artigodados


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COLABORA

Saiu a lista com os novos alunos da graduação da CESAR School! São 64 novos estudantes que, depois de um intenso processo seletivo, que contou com prova escrita, entrevista e o Desafio CESAR School, passarão a fazer parte das turmas de Ciência da Computação e Design. A partir de 2019,eles estarão imersos em um ambiente único de educação com inovação. Uma comitiva belga veio conhecer nossas instalações, nossos programas e projetos. Entre os presentes, estavam o embaixador da Bélgica, Patrick Hermann, o cônsul honorário da Bélgica no Recife, Jozef Bamps, e a adida de ligação científica, Julie Dumont. O grupo também visitou a CESAR School.

VEM CURTIR O CESAR

COMITIVA BELGA

“Design inclusivo: para quem estamos projetando?” foi o tema do Colabora, evento organizado pelos designers do CESAR que trouxe aos participantes workshops, palestras, mesas-redondas e muita arte. O evento foi total sucesso de público! O CESAR participou com destaque de dois grandes eventos de Tecnologia, em Manaus, no mês de novembro: o Jungle’s Dev Fest e a 1ª Feira do Polo Digital de Manaus. Os visitantes do nosso estande, nas duas ocasiões, puderam conhecer um pouco a respeito dos nossos trabalhos inovadores. Uma curiosidade: muitos interessados em novos cursos da CESAR School na capital amazonense.

NOVATOS SCHOOL

MANAUS

A área de empreendedorismo do CESAR agora é parceira do programa HubSpot for Startups para fornecer software, recursos de marketing, vendas e atendimento ao cliente e recursos educacionais para startups qualificadas. Saiba mais sobre a novidade no site http://labs.cesar.org.br/blog/.

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O CESAR por dentro

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CA RA DO CESAR


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Dicas dos Colaboradores

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Pedimos aos colaboradores do CESAR que fizessem sugestões de livros, bandas, filmes, podcasts e o que mais tenha chamado a atenção em 2018. Ficam as sugestões deles para vocês:

Data clisma

A Maldição da Residência Hill

Red Dead Redemption 2

“A minha sugestão é o livro ‘Dataclisma’, de Christian Rudder. O tema: por meio da análise dos dados de um site de relacionamentos, uma investigação audaciosa e irreverente sobre o comportamento humano. Com nossas vidas cada vez mais expostas on­line, é possível que usem nossos dados para todo tipo de atividade: nos espionar, nos contratar, nos demitir e, principal­ mente, nos vender coisas de que realmente não precisamos”. (Pedro Paes, engenheiro)

“Sugiro a série ‘A Maldição da Residên­ cia Hill’, da Netflix. Decidindo trilhar um caminho entre o neo­horror e o terror clássico, a série original Netflix é uma verdadeira pérola dentre diversos lançamentos fracas­ sados do gênero pela produtora. Espere um drama familiar pesado, clima tenso e alguns sustos que podem te deixar com medo”. (Thiago Cardoso, engenheiro)

“Indico o jogo ‘Red Dead Redemption 2’, a nova pérola da gigante Rockstar Studios. Anunciado em 2016, o jogo finalmente vê a luz do dia trazendo um universo livre e aberto no velho oeste, como nunca antes. Extremamente elogiado pelo seu polimen­ to e nível de detalhes, o jogo é uma prequel que conta a história de um bando foragido tentando encontrar o seu lugar num mundo onde, cada vez menos, os homens livres e da natureza são aceitos”. (Felipe Malafaia, consultor de qualificação)


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Pantera Negra “Sugiro o filme Pantera Negra, filme que significou muito para muita gente, tendo grande significado cultural devido ao seu elenco ser composto majoritaria­ mente por atores negros. Foi aclamado pela crítica especializada, por causa das performances do elenco, dos personagens, do figurino, visual, das sequências de ação, da trilha sonora, do roteiro e da direção. Muitos consideraram como um dos melhores filmes já produzi­ dos para o Universo Cine­ matográfico da Marvel, possuindo uma avaliação de 97% Rotten Tomatoes, nota que o coloca como o maior filme do gênero”. (Gabi Boeira, designer)

Vicious Halestorm

Homo DEUS

“Faço a sugestão de ouvirem Vicious ­ Halestorm — a melhor voz feminina do rock moderno volta mais pesada e mais firme com o som mais sólido da banda até hoje. O quarto álbum da banda navega de forma bela e barulhenta entre o Hard Rock e o Heavy Metal como poucas bandas jamais conseguiram” (Felipe Malafaia, consultor de qualificação)

“Indico o Livro: “Homo DEUS: Uma Breve História do Amanhã”, de Yuval Noah Harari. Não se trata de uma continuação do primeiro livro (Sapiens ­ Uma Breve História da Humanidade), mas um apanhado da evolução do homo sapiens e uma previsão lógica para seu futuro. Após alcançar um estado de relativa paz e vencer a escassez de alimentos, seremos agora capazes de vencer a morte? Aonde a medicina moderna e a IA irá nos levar? O livro faz pensar bastante, recomendo!” (Carlos Filho, engenheiro de testes)

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DESCONTO

20 %

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PRIMEIROS INSCRITOS

Workshop

PBB

PRODUCT BACKLOG BUILDING

RECIFE 09 fev 2019 Investimento: R$ 650 Facilitador: Fรกbio Aguiar


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