Lawrence Maximo
BLACK FRIDAY (WEEK) Sociedade de Consumidores
LAWRENCE MAXIMO @lawrencemaximos
SOCIEDADE DE CONSUMIDORES: A TRANSFORMAÇÃO DAS PESSOAS MERCADORIA...
EM
a liberdade individual deixou de ser uma busca para se tornar uma imposição, que deve ser usufruída sob todos os seus aspectos, consumida sem trégua, pois somos, agora, uma sociedade de consumidores. Esta é a identidade do humano contemporâneo, que o leva a olhar tudo como algo que pode ser adquirido para o consumo, inclusive o outro, e, principalmente, ele próprio, o qual deve se apresentar aos olhos de todos como algo que merece ser visto, adquirido e consumido como qualquer outra mercadoria [...]
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Para Bauman (Vida para consumo. Zahar, 2008), a sociedade de consumidores “representa o tipo de sociedade que promove, encoraja ou reforça a escolha de um estilo de vida e uma estratégia existencial consumistas, e rejeita todas as opções culturais alternativas.” Por isso, não há espaço para quem não cumpre o seu papel social primordial, qual seja: ser um consumidor exemplar. Isto ocorre porque na sociedade contemporânea seus membros são avaliados por sua capacidade de consumir, sendo esta o termômetro que irá reconhecer- ou não- o seu valor no interior desta escala social. Assim, seu lugar estará “garantido” somente enquanto exerce sua competência de consumidor, que deve ser exercida sem pausas, de forma voraz e contínua [...]
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Para eliminar qualquer risco de que existam membros defeituosos, estabelece-se uma cultura consumista na qual o consumo não só é uma vocação como também um direito e um dever humano universal. Nele reside a felicidade, sendo, portanto, o bem maior desta sociedade, e é através dele que se constrói a identidade de seus membros. Para isso, a sociedade de consumidores cultiva em seus membros o hábito de consumir desde a infância, direcionando grande parte de seus esforços publicitários às crianças. Estas são bombardeadas de forma cruel, sem descanso, desde que começam a perceber o mundo à sua volta e que passam a apontar aquilo que querem, para que seus pais, muitas vezes orgulhosos e satisfeitos, realizem os mínimos desejos de sua prole [...]
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Assim, a máquina de consumo conseguirá produzir consumidores ávidos, habilitados e sem possibilidade de deserção. No entanto, com o passar do tempo, essa identificação com o ato de consumir sem limites acaba criando nas pessoas uma insatisfação permanente, pois as novidades não se esgotam: a todo instante surgem inovações tecnológicas, lança-se a moda do momento, o best-seller é lançado simultaneamente à sua versão cinematográfica, e todos precisam participar de tudo, ninguém pode ficar de fora, pois todos têm, paradoxalmente, obrigação de usufruir de seu direito à felicidade de consumir: sua identidade depende, agora, do exercício desse direito.
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Não sou hipócrita, acho interessante a Black Friday, gostaria de comprar muitas coisas para minha casa. Como a sociedade de consumidores estabelece padrões de consumo que determinam a identidade de cada indivíduo – paralelamente, lembro-me do Evangelho e minha identidade como cristão (Jo 1.12, 15.19; Gl 2.20; 1 Co 11.1) - diante dos ditames da cultura do consumo e seus terríveis efeitos. Gostaria de destacar apenas 3 reflexões para nossa meditação:
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1) OBRA MISSIONÁRIA: Negligenciamos a tarefa mais importante (Mt 28.18-20; Mc 16.15; Jo 20.21; At 1.8; Rm 10:13-15), sermos uma IGREJA MISSIONÁRIA. Lembro-me de uma estatística, que majoritariamente os crentes brasileiros investem dois reais anualmente com a Obra Missionária. Não somos exemplos como igreja missionária. Faltam missionários e recursos. E lhes disse: A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Portanto, peçam ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para a sua colheita (Lc 10.1-2).
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2) MORDOMOS DE DEUS: Deus planejou você para um propósito específico: ser seu mordomo! Jesus – veio ao mundo cumprir o propósito do Pai. Tudo o que o Pai lhe confiou ele executou fielmente. A agenda do Pai era a sua agenda. A vontade do Pai era a sua vontade (1 Pe 2.21). Paulo – Ele compreendeu que sua vida tinha um propósito definido (At 20:24). Alertou para o fato de que devemos manter sempre viva a verdade de que somos mordomos dos mistérios de Deus (1 Co 4.1-2). Precisamos ajudar os necessitados e desfavorecidos. Quando o mordomo se sente dono dos bens do seu senhor, ele trai o seu senhor!
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3) DINHEIRO É RAIZ DE TODOS OS MALES: Ter dinheiro não é pecado! Ter condições de comprar algo que você deseja é muito bom, porém o apego causa danos gravíssimos e muitos males. Paulo disse: “pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar; Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos” (1 Tm 6.6-10). No Amor DAquele que nos Comissionou,
LAWRENCE MAXIMO Fundador do Ministério inSALVUS. Historiador e Teólogo. Mestrando em Resolução de Conflitos e Mediação pela Universidad Europea del Atlántico. Mestre em Missiologia pela Christian Open University Ethnic. Professor e Escritor. Algumas obras, Martinho Lutero: O Cisne de Deus que Ascendeu aos Céus, DNA da Evangelização: Fundamentos Bíblicos e Funcionalidades. Casado com Kamila Maximo, Cirurgiã-Dentista e Diretora do Ministério inSALVUS.
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