Boletim informativo o tapiri 175 outubro novembro 2015 digital

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EDITORIAL

Estimados(as) amigos(as), irmãos e irmãs

Continuamos nesta edição de “O Tapiri” a nossa reflexão sobre os temas importantes do Capítulo Geral 27. Desta vez, abordamos o tema da Palavra de Deus. Comparando com outros Capítulo Gerais, o CG 27 é muito enfático e exigente sobre esse tema. A Sagrada Escritura não é simplesmente tomada como fonte que fundamenta reflexões teológicas, mas sobretudo, alimento cotidiano dos religiosos no desafio do testemunho da Radicalidade Evangélica; essa mesmo compromisso deve ser compartilhado com os jovens e educadores. Sendo outubro o mês dedicado ao fortalecimento da animação missionária, apresentamos uma reflexão do Pe. Justino Sarmento sobre as realidades atuais e as perspectivas missionárias no Rio Negro (AM). Agradecemos a Deus por tantos feitos, passos, conquistas, desafios enfrentados. O hoje também se apresenta como um campo rico de possibilidades e esperanças. A semente do Evangelho já deu bons frutos e continuará sua generosa produção! Por ocasião da Festa do Bicentenário do Nascimento de Dom Bosco, o arcebispo de Manaus Dom Sérgio

Castriani, compartilhou com o clero e o povo em geral, uma reflexão sobre o nosso pai e mestre. É um importante testemunho. Dom Bosco é um patrimônio para toda a Igreja e a sociedade. Vivian Marler, relações públicas do Colégio e Faculdade Salesiana Dom Bosco, contempla no seu artigo a pessoa de Dom Bosco como um sacerdote e educador que, com suas atitudes, soube ser um homem de comunicação evidenciando a importância da sua missão. Cada salesiano é chamado a cultivar uma atitude contínua de “relações públicas”, evitando a timidez e o fechamento naquilo que faz. Concluímos as reflexões desta edição apresentando a Carta de Compromisso do II ENCOPAS – Encontro Nacional de Pastoral da Rede Salesiana de Escolas. Foi um evento marcado pela seriedade reflexiva sobre o tema “Escola em Pastoral”. Visto que nossa história salesiana continua, apresentamos na última parte desta edição alguns dos principais eventos destes meses, sendo a visita do Reitor-mor, o fato mais significativo. Boa leitura!

Antônio de Assis Ribeiro (Pe. Bira) Delegado Inspetorial para a Animação da Pastoral Juvenil Manaus, 01 de outubro de 2015


O TAPIRI é uma publicação bimestral e gratuita da Inspetoria São Domingos Sávio, iniciada em janeiro de 1989, dirigida aos Salesianos de Dom Bosco, membros da Família Salesiana e aos colaboradores leigos e educadores; tem como objetivo ser um instrumento de reflexão sobre temas diversos alinhados à ação pastoral do carisma salesiano. O TAPIRI reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do instrumento pastoral, sendo de total responsabilidade de seus autores.

SUMÁRIO

Inspetor: Pe. Francisco Alves de Lima Organização: CIP Coordenador: Pe. Antônio de Assis Ribeiro Equipe de articulação: Eduardo Lacerda, José Luis (Zeca) e Animadores de Pastoral Projeto Gráfico: Eduardo Lacerda Revisão: Josely Moura Distribuição: José luis (Zeca) Articulistas: Convidados Capa: Visita Reitor-Mor a São Gabriel da Cachoeira (Foto: Toti) Manaus - Am - Brasil

Pg. 04 Perspectivas Missionárias no Rio Negro Pg. 11 Teria Sido Dom Bosco o Primeiro Relações Públicas? Pg. 16 O Bicentenário do Nascimento de Dom Bosco Pg. 19 Carta de Compromisso: II ENCOPAS Pg. 21 Aconteceu Pg. 23 A Palavra de Deus nos Capítulos Gerais


A PALAVRA DE DEUS NOS CAPÍTULOS GERAIS

Pe. Antônio de Assis Ribeiro, sdb Vice Inspetor

1. Um novo impulso da Vida Espiritual da Igreja

a inseparabilidade entre a Tradição e a Sagrada Escritura (cf. DV,7). Reconhecendo o devido valor da Tradição, a Igreja, povo de Deus, se reprojetou pastoralmente comprometendo-se a nutrir-se do “Pão da Palavra e do Pão da Eucaristia” (cf. DV, 13). As deliberações assumidas nesse Concílio em relação à Palavra de Deus, não estão voltadas unicamente para os membros da hierarquia eclesiástica e os religiosos, mas para todos os membros do povo de Deus em geral; por isso, afirma com muita clareza: “É preciso que os fiéis tenham acesso patente à Sagrada Escritura” (DV,22). Tanto o clero como o povo de Deus em geral, são igualmente chamados a estudar “a sublime ciência de Jesus Cristo” (Fil. 3,8) e a dedicação à leitura frequente das divinas Escrituras (cf. DV 22). Insiste o mesmo documento dizendo: “debrucem-se, pois, gostosamente sobre o texto sagrado, quer através da sagrada liturgia, rica de palavras divinas, quer pela leitura espiritual, quer por outros meios que se vão espalhando tão louvavelmente por toda a parte, com a aprovação

A Igreja Católica, como povo de Deus, vem fazendo um caminho de grande aproximação afetiva da Palavra de Deus. Esse processo de aproximação, ganhou forte impulso a partir do Concílio Ecumênico Vaticano II. Antes, a Bíblia estava muito distante das mãos do povo; a mesma era somente escutada nas celebrações dos sacramentos e com uso profundamente restrito à esfera clerical. A consequência era inevitável: uma forte piedade popular alicerçada nas tradições e muita ignorância bíblica. O Concílio Vaticano II marcou o início de um novo tempo, onde se começou um grande esforço de trazer a Bíblia para o meio do povo promovendo, de muitas formas, a promoção de traduções nos idiomas populares, a leitura orante, meditação, cursos e liberdade para a posse do livro sagrado.

A constituição dogmática Dei Verbum (1965, Palavra de Deus) proclamou com muita insistência

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e estímulo dos pastores da Igreja...” (cf. DV 22).

2. O caminho da Congregação Salesiana

O mesmo Concílio, quando tratou do processo de renovação da Vida Consagrada e Religiosa, afirmou a necessidade dos membros dos Institutos cultivarem o esforço do espírito de oração bebendo das genuínas fontes da espiritualidade cristã; sobretudo, tenham todos os dias entre mãos a Sagrada Escritura, para que aprendam, pela leitura e meditação, “a eminente ciência de Jesus Cristo” (Fil. 3,8 – cf. PC,6).

A sensibilidade bíblica e catequética da Congregação Salesiana remonta às suas origens. “No início o Oratório era um simples catecismo” (Dom Bosco). Nascemos para evangelizar! Dom Bosco, apesar dos condicionamentos do seu tempo eclesial com pouca abertura, sentiu uma forte necessidade de promover o acesso à Sagrada Escritura para seus meninos. Não podendo colocar a Bíblia na mão deles, pois não havia em seu tempo essa sensibilidade, publicou em 1847 um livro com o título “A história Sagrada”; uma síntese comentada da Bíblia, com suas diversas fases e personagens. Em sintonia com o sentir da Igreja respirando novos ares, a Congregação seguindo as inspirações do Concílio Ecumênico Vaticano II, tem continuamente, sobretudo, em seus capítulos gerais (CG) e documentos oficiais, manifestado uma grande sensibilidade para com a Sagrada Escritura.

A constituição conciliar Dei Verbum, augurou ainda com otimismo: “com a leitura e estudo dos livros sagrados, a palavra de Deus se difunda e resplandeça (cf. 2Tess. 3,1), e o tesouro da revelação confiado à Igreja encha cada vez mais os corações dos homens...”. Dessa forma, encerra o documento: “Assim como a vida da Igreja cresce com a assídua frequência do mistério eucarístico, assim também, é lícito esperar um novo impulso de vida espiritual, se fizermos crescer a veneração pela palavra de Deus, que permanece para sempre” (DV, 26).

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O 20º Capítulo Geral (1971, Especial) refletiu com muita profundidade sobre os fundamentos e a natureza da missão salesiana: existimos para a “Evangelização e a Catequese”. A Congregação está intimamente relacionada à missão da Igreja que se alimenta da Palavra para Evangelizar. Essa assembleia capitular dedicou um capítulo inteiro sobre o ministério da Palavra de Deus (N. 280-296); “é preciso colocar-se na escuta da Palavra de Deus” (CGE, 278,288). O Capítulo geral seguinte, o 21º (1978) no seu primeiro documento de estudo (“Os Salesianos evangelizadores dos jovens”), afirmou a necessidade da comunidade salesiana aprofundar o significado apostólico da oração e para isso propôs a “escuta da palavra de Deus que chama a conversão” (cf. CG 21,44). Em nossa missão de educadores da fé dos jovens somos chamados a partir da Sagrada Escritura, a ressignificar a devoção mariana apresentando Maria como a virgem da escuta da palavra de Deus com fé (cf. CG 21,94). O Capítulo Geral 22º (1984) foi aquele que elaborou a redação das constituições renovadas. A centralidade da Palavra de Deus no novo texto constitucional é de grande evidência; ao todo, estão presentes 24 citações de textos bíblicos, sem contar a referência central e contínua sobre a pessoa de Jesus Cristo e do Evangelho. Ao longo dos

artigos constitucionais a referência explícita à Palavra de Deus aparece 7 (sete) vezes sem contar a citação de abertura de cada capítulo. O novo texto constitucional ganhou um artigo inteiramente dedicado à Palavra de Deus: a comunidade na escuta da Palavra.

“O povo de Deus é reunido antes de mai)s nada pela Palavra do Deus vivo. A Palavra ouvida com fé é para nós fonte de vida espiritual, alimento da oração, luz para conhecer a vontade de Deus nos acontecimentos e força para viver com fidelidade a nossa vocação. Tendo quotidianamente em mãos a Sagrada Escritura, acolhemos como Maria a Palavra e a meditamos em nosso coração para fazê-la frutificar e anunciá-la com zelo” (Const. SDB, 1984, artigo 87).

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O Capítulo Geral 23º (1990) foi todo dedicado ao estudo do tema “educar os jovens à fé”. Esse capítulo aprofundou de modo particular a nossa missão de sermos educadores da Fé dos jovens: somos consagrados para evangelizar e só poderemos cumprir nossa missão à medida em que fizermos uma radical experiência do Evangelho (cf. CG 23,7). Esse CG nos alerta para a necessidade de um olhar de fé sobre o mundo juvenil; imersos na realidade juvenil, nos mais diversos contextos onde atuamos, somos chamados a compreendê-los à luz da leitura da palavra de Deus (cf. CG 23,15). Educar os jovens à fé significa apresentar a eles a Palavra


sidade do crescimento espiritual; para isso a Palavra de Deus deve ser colocada ao centro do processo formativo e da própria existência (cf. CG 24,103). O compromisso da comunicação salesiana, evangelizar é comunicar, deve ser por sua natureza, escuta e resposta à Palavra de Deus (cf. CG 24,131). Enfim, o documento capitular, falando dos desafios do diálogo nos contextos de pluralidade religiosa, propõe o compromisso da promoção da leitura orante (“lectio divina”) como forma de oração e partilha da nossa experiência religiosa (cf. CG 24, 183) com outros crentes. O Capítulo Geral 25 (2002) abordou o tema da “Comunidade Salesiana hoje”. O pão da Palavra de Deus e o pão da Eucaristia são as fontes fundamentais que alimentam a vida fraterna e apostólica da comunidade religiosa (cf. CG 25, 19). A comunidade salesiana é convocada a dar centralidade à Palavra de Deus favorecendo a prática da “lectio divina”, a meditação e a celebração da Palavra. Trata-se de uma exigência pessoal e comunitária (cf. CG 25, 11, 14,31,151,197). Não

de Deus, pois ela ajuda os jovens a compreender o significado profundo de sua existência e lhes favorece a estar num contínuo processo de crescimento humano e rico de novas expressões (cf. CG 23,118). Aos educadores da fé, salesianos e leigos, o referido CG afirmou que

“a Palavra de Deus deve aparecer a cada um como abertura aos próprios problemas, respostas para as perguntas, alargamento dos próprios valores e, ao mesmo tempo, satisfação das próprias aspirações” (CG 23, 136).

O Capítulo Geral 24 (1996), que refletiu sobre o tema “Salesianos leigos: comunhão e partilha no espírito e na missão de Dom Bosco”, também em diversos pontos, colocou em evidência a necessidade da Palavra de Deus como alimento da comunhão entre esses dois sujeitos. O renovado ardor apostólico da comunidade salesiana, que vive e trabalha em comunhão com os leigos, deve ser inspirado pela Palavra de Deus e pela doutrina social da Igreja (cf. CG 24, 96). No que diz aos itinerários de formação dos leigos, o texto capitular apresenta a neces-

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deve ser uma experiência voltada somente para a comunidade religiosa, mas também é necessário que seja proporcionada a mesma intimidade dos jovens com a Palavra de Deus (cf. CG 25, 47, 61, 73, 185).

O Capítulo Geral 26 (2012), desceu a fundo no lema sacerdotal de Dom Bosco “Da mihi animas, cetera tolle”. Esse capítulo retomou as mesmas propostas daqueles anteriores em relação à Palavra de Deus, sem muita novidade. A Palavra de Deus e a Eucaristia devem ser o centro da vida da nossas comunidades salesianas (cf. CG 26, 32-35). A qualidade da vida comunitária depende do empenho de cada salesiano em relação à meditação da Palavra de Deus (cf. CG 26,33) e o estudo sistemático e espiritual da Sagrada Escritura (cf. CG 26, 37). Contudo, estimula os salesianos à prática da “lectio divina”, mas com a devida sensibilidade salesiana (cf. CG 26,10.11).

3. Aspectos particulares do CG 27 em relação à Palavra de Deus

O CG 27, com o tema “Testemunhas da radicalidade evangélica: trabalho e temperança”, dedicouse intensamente à reflexão sobre a qualidade de vida da pessoa do salesiano. Foi um capítulo que retomou, reconfirmando e ressignifi-

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cando as principais exigências teológicas da vida religiosa salesiana estimuladas, sobretudo, pela nova sensibilidade eclesial da Exortação Apostólica Evangelium Gaudium do Papa Francisco. A sensibilidade do documento capitular está dentro do contexto das grandes tentações, riscos e condicionamentos negativos das ideologias presentes no mundo contemporâneo (o consumismo, voluntarismo, relativismo, individualismo, subjetivismo, autossuficiência...); foi constatado que tais fenômenos exercem forte influência sobre a qualidade da vida religiosa, é por isso que nesse capítulo aparece, com muita insistência, a necessidade de se dar especial atenção à Palavra de Deus como expressão do primado de Deus na Vida dos Religiosos Salesianos. Da mesma forma, mas em sentido positivo, foi constatado que prática da “lectio divina”, como partilha comunitária da Palavra de Deus, tem sido muito importante para a vida de muitos irmãos sendo “um grande recurso de renovação e antídoto eficaz contra a tentação da superficialidade espiritual” (CG 37,4.8). “A experiência do encontro com Deus pede uma resposta pessoal, que se realiza num itinerário de fé e numa profunda relação com a Palavra” (CG 27,34), porque “no início do ser cristão não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que


dá à vida um novo horizonte e com isso a direção decisiva” (BENTO XVI, Deus caritas est, 1). A relação íntima com a Palavra de Deus qualifica a vida fraterna em comunidade e proporciona a experiência da “mística da fraternidade” (CG 27,40; EG 87, 92) superando as relações puramente formais, funcionais e pouco significativas (cf. CG 27,42). O caminho e compromisso de testemunhar a “radicalidade evangélica” através da contínua conversão espiritual, fraterna e pastoral, só é possível através da vivência do primado de Deus na contemplação do cotidiano e na sequela de Cristo (cf. CG 27, 63) e atitude de permanente escuta da Palavra de Deus, dos irmãos e dos jovens (cf. CG 27,64.2). A mística da fraternidade requer o cultivo da oração pessoal no contato cotidiano com a Palavra de Deus, a prática diária da meditação e o cuidado da qualidade da oração comunitária, compartilhando-a com os jovens e os membros da CEP (cf. CG 27, 65.2; 67.4). Enfim, um ponto muito significativo deste Capítulo foi um pedido da

assembleia capitular ao Reitor-mor: “Caracterizar o projeto de animação e governo em todos os níveis para o próximo sexênio colocando no centro a Palavra de Deus” (CG 27,65.3).

Conclusão

Tomamos em consideração simplesmente os capítulos gerais a partir do Concílio Ecumênico; seria muito importante fazermos também um levantamento do mesmo tema presente nas cartas dos reitores-mor, nas Estreias de cada ano e em outros documentos do magistério da Congregação. Uma coisa é certa: a insistência é constante! É positivamente muito sintomático esse fato! O chamado ao apego (comunhão) à Palavra de Deus não é uma necessidade estratégica, mas é uma exigência vocacional: não podemos anunciar a mensagem que não recebemos e nem na qual não acreditamos. “Se alguém me ama, guarda a minha palavra, e meu Pai o amará. Eu e meu Pai viremos e faremos nele a

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nossa morada. Quem não me ama, não guarda as minhas palavras. E palavra que vocês ouvem não é minha, mas é a palavra do Pai que me enviou.” (Jo 14,23-24). Essa mesma Palavra é a fonte da evangelização e da catequese, nossa missão fundamental! Por isso, São Paulo diz aos colossenses: “Que a palavra de Cristo permaneça em vocês com toda a sua riqueza, de modo que possam instruir-se e aconselharse mutuamente com toda a sabedoria” (Cl 3,16). O conteúdo da mensagem que devemos anunciar, não é palavra humana, mas Palavra de Deus que gera transformação em quem a acolhe generosamente (cf. 1Tss 2,13;

Mt 13,8) e por isso, pode comunicar a sabedoria que conduz à salvação pela fé em Jesus Cristo; ela é inspirada por Deus e, por isso, útil para nos ensinar, para argumentar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra (cf. 2Tm 3,14-17).

Reflexão:

1. Como vai a sua relação com a Palavra de Deus? 2. Somos chamados a estimular o povo, nossos educadores e os jovens a conhecer e a crescer na Palavra de Deus; você tem se empenhado nessa missão?

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PERSPECTIVAS MISSIONÁRIAS NO RIO NEGRO P. Justino Sarmento Rezende, sdb Diretor e Ecônomo da Missão Salesiana de Marauiá

1. Processo da história Percorremos um longo caminho desde o ano de 1915 aos nossos dias (2015). Muitas realidades se modificaram. Através de contatos com os missionários (evangelização, catequese, escolas, saúde...) outros agentes não-indígenas, os povos indígenas constroem outras histórias e suas identidades de modo a ajustarem-se aos desafios atuais e do entorno. Surgem diversidades de situações sociais, econômicas, religiosas nas áreas onde atuamos não sozinhos, mas com muitos outros agentes estaduais, federais, de organizações não-governamentais (ONG’s) e agências indígenas [associações e organizações]. Há necessidade de interagir de forma madura com estes organismos. Está bem atuante uma instituição indígena Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro – FOIRN. Está bem solidificada com suas inúmeras organizações e associações locais. Não se pode

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afirmar categoricamente que este e aquele organismo está fazendo muito bem, outro menos e outro nada. Pois também a Inspetoria Salesiana Missionária da Amazônia – ISMA, passa pelo mesmo processo de avaliação de sua presença e ação entre os povos indígenas desta região, realizada por inúmeros agentes que transitam pelos mesmos rios, aldeias e com populações com quais nós trabalhamos. Hoje estamos numa situação incômoda de controlarmos a ação de outras instituições e de sermos também controlados por outras. Está bem presente e com fortes influências as universidades (UFAM e UEA), com seus diversos cursos. Com seus programas e conteúdos específicos formam professores para diversas áreas de conhecimentos acadêmicos: graduação, pós-graduação (especialização em gestão...). Alguns indígenas concluíram cursos de mestrado. Esses professores desconstroem os saberes religiosos ensinados durante a nossa evangelização e catequese com correntes antropológicas, sociológicas e filosóficas próprias das


universidades onde eles estudaram. Aumentam as interpretações laicais sobre diversas realidades humanas da região. A educação escolar atende grande população juvenil. Em nível fundamental e médio quase totalidade da população é letrada. Uma vez atingido esse nível muitos jovens ficam em suas comunidades de origem, outros em centros de distritos e outros procuram sair para outras cidades distantes em busca do que fazer.

2. Os desafios da história

Nestes contextos atuais é importante reler a nossa própria história salesiana entre as populações indígenas, caboclas e não-indígenas. Os desafios atuais exigem respostas próprias. As nossas valiosas ações do passado [escola e catequese] hoje não respondem mais aos desafios atuais das populações: os sofrimentos da vida: falta de dinheiro, falta de emprego, falta de perspectivas melhor para a vida; solidão: os velhinhos vivendo so-

zinhos sem amparo familiar; confusão perante os desafios da vida: insegurança, medo; sentimentos de fracasso, ansiedades: dependência do passado (do êxito e do fracasso); medo do presente e futuro: não se arriscar, não apostar; viver no futuro: não ter os pés no chão, viver sonhando; desespero: suicídios, enforcamentos, beber veneno, beber timbó; violências: tornar-se agressivo, pensar e agir como se todos estivessem contra; criar brigas para se mostrar: ser visto, ser respeitado; auto-exclusão social; doença emocional: tristeza, frustração, não ser amado, ciúmes; lidar com a alegria, dinheiro, sucesso, conquistas: desequilíbrio após atingir vitórias, sucessos: desvio de dinheiro; entregar-se a vícios; cargos, funções: poder mexe com as pessoas e leva a pensar que é dono do mundo; dono da verdade; não ouvir os conselhos; e dependências à bebida alcólica: vontade louca para beber, todo dia e toda hora; tremedeiras, visões, alucinações... Essa última parece ser um problema que gera outros problemas pessoais e sociais nas popu-

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lações indígenas. Seria que estaria precisando de programas educativos diferenciados para aprender lidar com a vida e de termos profissionais especializados: assistentes sociais, pedagogos, psicólogos... Hoje mais do que no passado está exigindo leituras aprofundadas e interpretações adequadas sobre as construções históricas dos povos. A lamentação de que a situação dos povos indígenas está difícil e de que os jovens apresentam muitos problemas é um indicativo para que os salesianos descubram caminhos adequados para acompanhar o ritmo acelerado das mudanças culturais indígenas hoje. Os jovens e outros hoje transitam pelos diversos espaços sociais. Aprendem diversos saberes e levam para dentro de suas culturas de origem.

Há algumas décadas nós começamos perder o ritmo do jogo da vida com os povos indígenas, começando pela diminuição de número de salesianos e passando por fechamento de algumas missões (Barcelos, Pari-Cachoeira, Içana, Taracuá) e, talvez, a perda da qualidade [ardor e zelo missionário] de ação missionária. Por outro lado, fazendo uma leitura mais positiva percebemos que esta decadência proporcionou a chegada de outros sacerdotes e outras congregações religiosas na diocese.

Após várias décadas sob a organização pastoral de prelados e bispos salesianos, no ano de 2009,

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novo bispo, Dom Edson Damian, assume com outro ardor missionário e com outro entusiasmo, próprio de sua espiritualidade, valorizando muito as culturas indígenas, seus valores, conhecimentos, saberes... É de se admirar na pessoa dele a admiração que tem pelos salesianos e sua história missionária.

3. A evangelização gera esperança

A missão específica entre o povo Tukano, atualmente está presente somente com a Missão Salesiana de Iauareté, embora muitos povos do chamado triângulo Tukano (PariCachoeira, Taracuá e Iauareté) estejam presentes em grande número em São Gabriel da Cachoeira e Santa Isabel. A evangelização, catequese e escolarização do povo Tukano seguiu modelo eclesial próprio de sua época, por isso, bem cedo os povos indígenas foram evangelizados, catequizados e receberam os sacramentos da Igreja. Hoje as comunidades possuem seus catequistas gerais, catequistas de etapas de catequese, e alguns ministros extraordinários da eucaristia. Da mesma forma as lideranças e animadores de comunidades possuem suas organizações pastorais que animam a vida da paróquia. Em continuidade a este trabalho desde as primeiras décadas da presença missionária alguns jovens indígenas haviam sido enviados para


seminários e maioria não perseverou. Mais recentemente (1978), iniciou mais um movimento de promoção das vocações sacerdotais e religiosas com a juventude indígena. Alguns jovens foram para seminário diocesano de São Gabriel da Cachoeira; no Centro Vocacional Salesiano (CVS) de Manaus. No início da década de 1990 (94) iniciou-se o trabalho de Centro de Formação Indígena (CFI) de Iauareté. É mais conhecido como Seminário Indígena pela população local e entre os salesianos há breve confusão por causa da nomenclatura. A prática de acompanhamento vocacional de Iauareté é conduzida entre inúmeras dificuldades: de compreensão, de apoio, de acompanhamento e sobre sua continuidade ou não. Por este Centro já se passaram muitos jovens indígenas. Inicialmente chegaram jovens de Içana, PariCachoeira, Taracuá e os jovens de Iauareté mesmo. Atualmente aquele Centro continua atraindo jovens indígenas de diferentes paróquias (Pari-Cachoeira, Taracuá). Não é de se duvidar que este centro merece ser reconhecido como um projeto

muito importante para a promoção das vocações indígenas. Para a vida salesiana entraram muitos jovens que passaram por este Centro, uns continuam outros deixaram para assumirem protagonismo em outras áreas (lideranças, professores). Se olharmos para a caminhada deste Centro encontramos resultados positivos: Pe. Reginaldo Lima Cordeiro, Pe. José Jacinto Sampaio Alves, Pe. Gilson Falcão Araújo e Pe. Gaudêncio Gomes Campos. Em 2015 será ordenado presbítero: diácono Ermelindo Dias Vasques. Em 2016 será ordenado o estudante de Teologia: Adail Juvêncio Brito Acosta. E outros indígenas estão em outras fases de formação. Este panorama mostra que há resultados positivos dos trabalhos.

4. Novas estruturas e investimentos

O aumento de número de indígenas na vida salesiana exige uma atenção direcionada para o fortalecimento de suas identidades indígenas, identidade salesiana e sacerdotal e isso poderá ser concretizada

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através de encontros específicos e temas específicos durante a formação inicial e continuada. Os inspetores e seus conselhos tiveram empenho de proporcionar a formação permanente de alguns salesianos que trabalham no rio Negro: formação missiológica, cursos do CIMI, realidade amazônica; educação indígena; salesianidade etc. Houve empenho de renovar a presença missionária enviando mais salesianos novos para as missões (tirocinantes, presença em tempo de férias; padres jovens). Essa renovação é acompanhada de desconfianças e medos por parte de alguns salesianos que há muito tempo estão presentes na região. E, sem dúvidas os mais jovens que chegam são vistos com muitas reservas. Reforçaram esses medos e desconfianças os comportamentos inadequados de alguns salesianos e suas saídas da vida religiosa e sacerdotal. Essas últimas geram também um descrédito por parte da população indígena sobre a figura do salesiano e sacerdote. É um campo que necessita de cuidado especial por todos e por cada um. Uma realidade bem presente é a presença de salesianos brasileiros e ela gera outro tipo de presença e questiona anteriores figuras missionárias. Pelo contexto atual aponta que dentro da algumas décadas terá aumento o número de indígenas salesianos e padres. Há que se prepa15

rar uma não haver discriminações entre os próprios salesianos. A presença importante em alguns lugares são programas educativos que atendem os jovens através de Centros Juvenis e Centros Missionários. Aqui também é visível a ausência de pessoas preparadas e qualificadas para este tipo de ação educativa. Existem algumas pessoas carismáticas que iniciam e quando saem recai a qualidade de trabalho e movimento. A presença salesiana entre o povo Yanomami segue um caminho e um processo próprio. Já estamos há várias décadas. Ao contrário do aconteceu com o povo Tukano lá não se apressou para evangelizar e catequizar. Os missionários seguiram outros paradigmas missionários: de presença, de respeito à cultura, língua, etc. Em Maturacá somente na última década se começou a ministrar sacramentos. Em Marauiá, somente nesse ano (2015) foram realizados os primeiros batizados. Há necessidade de se repensar estas presenças como inspetoria e não somente como salesianos, individualmente. Nestas missões realizamos melhor as atividades escolares. Devemos perguntar por que com a evangelização e catequese não conseguimos avançar? Talvez os órgãos federais (FUNAI) e outros órgãos não-governamentais (às vezes estrangeiras) estejam nos causando medo?


TERIA SIDO DOM BOSCO O PRIMEIRO RELAÇÕES PÚBLICAS? Vivian Marler Jornalista com especialidade em Marketing e Relações Públicas

1. A profissão de Relações Públicas A essência da profissão de relações públicas (RP) pode ser comparada com a do trabalho dos salesianos: o de gerar bons resultados. E há cem anos, somente na Amazônia, essas sementes vem gerando bons frutos que alimentam a cada dia o desenvolvimento da missão salesiana. Nem a profissão e muito menos o trabalho dos salesianos começou há pouco tempo. Vejamos a missão de Dom Bosco que há quase duzentos anos vem sendo dedicado ao cuidado e educação de jovens. Já a versão mais aceita do início da profissão do relações públicas data de 1882, nos Estados Unidos, mas foi no início do século XX que

o empresário Rockefeller decidiu então contratar o jornalista Ivy Ledbetter Lee, para adotar medidas radicais para humanizar a corporação dos negócios aos olhos do povo.

2. Dom Bosco: um homem de relacionamentos

Mas será que os princípios e as técnicas dessa profissão realmente nasceram em 1882? Ou teriam sido baseadas no trabalho de João Melchior Bosco muito antes disso? Vejamos: O primeiro passo de uma estratégia de RP é identificar os públicos, estudá-lo para entender tudo o que ele tem de bom e de ruim, de forma a potencializar e minimizar

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o que for necessário. E assim Dom Bosco nos ensinou a fazer com nosso maior público: os jovens. Buscamos conhecê-los a fundo para saber qual a melhor forma de executarmos estratégias de relacionamento e de comunicação para atingir nossos objetivos, sempre acompanhando-os, reavaliando seus trabalhos e readequando-os ao longo do tempo. Esses “relações públicas” que atuam diariamente como agentes da disseminação salesiana estão presentes nas figuras de nossos religiosos e irmãos salesianos que junto a seus assessores – educadores e colaboradores – constituem a família salesiana presente nos colégios, obras e serviços beneficentes, espalhadas pelos cinco continentes.

3. Relações Públicas e a Missão Salesiana

O dia a dia do trabalho dos salesianos é cíclico, sempre fazendo uma leitura de seu publico alvo na busca de gerar resultados positivos através das ações de comunicação e relacionamento desenvolvido para eles. Tal qual o profissional de relações públicas que analisa o cenário e o mercado a fim de desenvolver um plano de sucesso. Diante do estudo e conhecimento diário, a família salesiana reaprende e reforça os valores, a cultura e os princípios da instituição

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para que as diretrizes a serem usadas sejam determinadas durante os relacionamentos entre os membros salesianos e os jovens. A venda de produtos e serviços não é o objetivo direto do profissional de relações públicas e muito menos dos salesianos, mas uma consequência das ações harmoniosas que atraem e aumentam os grupos de jovens graças aos relacionamentos duradouros e verdadeiros que há anos vem passando de gerações em gerações, fidelizando com isso a qualidade do que podemos nominar de serviços, que valoriza e fortalece a marca “salesianos”. A principal ferramenta usada no trabalho dos membros da família salesiana e do profissional de relações públicas é muito clara: a comunicação. Ambos usam e abusam com excelência dos instrumentos, para uma transmissão clara através dos canais adequados às características do público alvo, que a recebem com compreensão e facilidade. Em todo e qualquer tipo de relacionamento existem as necessidades e expectativas entre as partes envolvidas, e tanto o trabalho do relações públicas, como o do membro salesiano é o de reconhecê-las para manter o equilíbrio de satisfação entre eles, a fim de que todos possam ser capacitados a se tornarem líderes desempenhando o papel de porta-voz da instituição, para poderem propagar os ensinamentos de Dom Bosco.


Poderíamos dar a autoria do pensamento “tudo é feito por pessoas e para pessoas” a Dom Bosco, mas ele vem da base do relações públicas que através das áreas de psicologia social e sociologia, estabelece que todo relacionamento para ser positivo tem que ter todos os interesses entre ‘instituição’ e ‘público-alvo’ alcançados. Como acontece nas obras salesianas. Diante de todas as máximas do trabalho do relações públicas, podemos ver claramente que tudo

é baseado nas premissas de Dom Bosco, um gestor estratégico que desenvolveu planos de comunicação únicos para cada tipo de pessoa ou grupos, que são aplicados ao longo dos tempos, sem ter tido a necessidade da profissionalização, mas sempre aplicadas, apenas, através do olhar e do sentimento de amor para com o próximo, a fim de torná -lo um honesto cidadão... Teria sido João Melchior Bosco o primeiro relações públicas que conhecemos?!? Fica a questão.

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O BICENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE DOM BOSCO Dom Sérgio Eduardo Castriani, CSSp Arcebispo de Manaus

Hoje se comemora em todo o mundo o bicentenário do nascimento de Dom Bosco. Figura única no universo católico ganhou dimensões planetárias quando seus discípulos e discípulas, os Salesianos e as Filhas de Maria Auxiliadora foram por todo o mundo vivendo os seus ideais de educador e pastor, porque acima de tudo ele foi um sacerdote católico, homem de Igreja, fiel a doutrina e dócil a orientação que recebia da hierarquia. Plenamente inserido em seu tempo, ultrapassou os limites de sua época exatamente por assumir os desafios que se lhe apresentaram. O grande desafio era evangelizar a juventude. Sua célebre frase “dai-me almas” denota a visão que tinha dos meninos que encontrou na sua trajetória pastoral. Eram seres humanos, imagem e semelhança de Deus, tinham alma, isto é, tinham uma vida que invisível aos olhos é mais importante que

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as aparências. Ter alma significa que ninguém está perdido definitivamente e que seres humanos são sempre capazes de superação. O importante é dar às crianças, aos adolescentes e aos jovens a chance de ser o que realmente são. Educar se torna então sinônimo de prevenção. É necessário evitar que o mal, simbolizado em seus sonhos como lobos ferozes, se aposse destas criaturas de Deus. Dar oportunidade oferecendo ambientes sadios, que se traduzem em grandes pátios, escolas dignas, esporte, lazer, educação formal de qualidade. Não é preciso ser especialista em educação para entender a atualidade e a atração desta pedagogia. Desde a fundação das suas congregações milhares de homens e mulheres entraram neste caminho, empolgados pelo amor à juventude e desejosos de transmitir vida em plenitude. Mas os seus filhos e filhas ultrapassaram os muros das escolas, tornaram-se missionários, levando a Boa Nova do Evangelho aos mais distantes pontos da terra. Foram escolhidos para o episcopado e para o cardi-


nalato, se fizeram antropólogos e missiólogos, dando assim uma contribuição única a Igreja e a toda sociedade.

Entrei pela primeira vez numa casa salesiana aos nove anos, e me impressionei logo com o ambiente ao mesmo tempo sério e sagrado com imagens de santos e frases em todos os cantos, e festivo com quadra de esporte, campo de futebol e piscina, e o mais impressionante um teatro. Mais tarde tive o privilégio de estudar teologia numa faculdade salesiana, com professores competentes, fiéis a doutrina, mas contagiados pela pedagogia, o que fazia de todos grandes catequistas e mestres de vida. No Amazonas além dos educadores e educadoras encontro grandes missionários e

missionárias que marcaram a história desta região. O lugar e a influência de Dom Bosco na nossa sociedade são visíveis e evidentes. Celebrar seu nascimento é reafirmar princípios educativos que são a atualização pedagógica do Evangelho, pois Dom Bosco foi antes de tudo um santo, isto é, alguém que se identificou heroicamente com Jesus, tendo o seu olhar e os seus sentimentos. Em tempos em que parece que a única forma de salvar a juventude é nos livrando de parte dela, reduzindo a maioridade penal, faz bem saber que os jovens têm alma e que podem ser resgatados. Arcebispo Metropolitano de Manaus JORNAL: AMAZONAS EM TEMPO Data de Publicação: 16.08.2015

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CARTA DE COMPROMISSO: II ENCOPAS

Nós, aproximadamente 300 educadores da Rede Salesiana de Escolas, reunidos no II Encontro Nacional de Pastoral, realizado em Aparecida – SP, no período de 20 a 23 de agosto de 2015, com o tema “Escola Salesiana em Pastoral: Excelência Acadêmica e Excelência Evangelizadora”, inspirados pelo lema “Eis que faço novas todas as coisas”, após as reflexões e debates realizados com o objetivo de aprofundar as exigências pastorais do presente e do futuro da Escola Salesiana no Brasil, assumimos o compromisso de:  Implementar uma escola verdadeiramente em pastoral, como lugar de evangelização;  Promover o protagonismo da Comunidade Educativa Pastoral;  Integrar, cada vez mais, a dimensão pedagógica e a pastoral;  Ressignificar as práticas pedagógicas e pastorais;  Priorizar o papel da Pastoral como instrumento de gestão da escola;

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 Implementar a formação sistemática de toda comunidade educativa na perspectiva pedagógico-pastoral;  Promover a educação étnico-racial, sobretudo a partir da ótica dos jovens negros e indígenas;

 Envolver as famílias no processo educativo-pastoral;

 Impulsionar e motivar uma maior parceria entre escola e família, visando a formação integral das crianças, adolescentes e jovens;

 Aprofundar a proposta de Jesus Cristo, incentivando o diálogo respeitoso com as diferenças;  Incentivar os jovens na construção do projeto pessoal de vida;  Apertar o passo para alcançar os jovens em seus pátios existenciais;  Criar condições favoráveis para que escola seja uma parceira na promoção da sociedade solidária;


 Conhecer as políticas públicas e estabelecer um diálogo com os respectivos gestores numa perspectiva colaborativa;  Aprofundar a espiritualidade da preventividade;  Aprofundar, com ousadia, a dimensão missionária e profética da educação católica;  Proporcionar a formação e atuação do núcleo animador como aliado dos projetos pedagógico-pastorais;  Aprofundar e exercitar a espiritualidade salesiana que leve a uma ação concreta na Comunidade Educativa Pastoral e na sociedade;  Potencializar a formação de educadores no uso da tecnologia e na implementação de metodologias ativas.

As reflexões, partilhas, itinerários de fé e convivências ampliaram nossa consciência e responsabilidade, como educadores salesianos comprometidos com os novos cenários das juventudes. Saímos da Terra da Mãe Rainha enriquecidos pelas Maravilhas que Deus realizou em cada um de nós. Queremos junto com toda a comunidade educativa “apressar o passo”, como fizeram Dom Bosco e Madre Mazzarello, assim animados pelo encontro com Jesus sermos fiéis ao Reino. Que Nossa Mãe Aparecida nos inspire e impulsione desde sua terra para novas Fronteiras. Participantes do II ENCOPAS – REDE SALESIANA DE ESCOLAS,

Aparecida, 23 de agosto de 2015.

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ACONTECEU 1 – ESPORTE REUNE EX-ALUNOS DO COLÉGIO DOM BOSCO - MANAUS

O I JOBEX – Jogos Bosconianos dos Ex-alunos é uma iniciativa de um grupo de ex-alunos, hoje funcionários do CDB, que sob a coordenação e idealização do Professor Maurício Cordeiro e apoio do diretor Pe. Gennaro Tesauro realizaram, como parte dos festejos do Bicentenário de Dom Bosco, a primeira competição esportiva entre ex-alunos. “O sonho era antigo e porque não realizá-lo no ano do bicentenário de quem nos proporcionou ter a base para a nossa vida” conta Maurício. “Poder reunir ex-alunos de todos os tempos em prol não somente do esporte, mas da amizade é muito gratificante” finaliza. Para Pe. Gennaro Tesauro a importância do esporte na vida do aluno é muito importante “a prática do esporte em nosso colégio é tradição, e

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está presente em nosso dia-a-dia, e o JOB’s é uma prova disso, pois já vamos para a nossa 37ª edição, e agora damos o ponta pé inicial com a primeira edição do JOBEX, trazendo de volta para nossa casa nossos ex-alunos”. Durante quatro dias os ex-alunos do CDB competiram nas modalidades de voleibol, dominó, futsal, handebol, maratona atlética, tênis de mesa, tênis de quadra, futebol society, basquetebol e futsal. No total 93 equipes divididas nas categorias Sub25 (até 25 anos), Sub 35 (até 35 anos) e Master (acima de 35) voltaram ao tempo, e homens e mulheres esqueceram suas idades atuais e voltaram aos seus 13, 14, 15, 16 anos, demonstrando que a juventude estava guardada no coração de quem um dia foi do Dom Bosco, e sempre será de Dom Bosco.


ACONTECEU 2 – PARÓQUIA PROMOVE EVENTO PARA DIVULGAR CARISMAS RELIGIOSOS Nos dias 12 e 13 de setembro a Paróquia São Miguel Arcanjo, em Maracanã (PA), realizou um importante encontro de formação para os jovens da Paróquia. O evento extraordinário voltado para a promoção vocacional contou com a participação de diversas congregações religiosas, que aproveitaram a ocasião para a divulgação dos seus carismas. O Carisma Salesiano também esteve presente através da pessoa do

padre Ronivon Batista que participou do evento abrindo janelas para a promoção do conhecimento do carisma salesiano naquele ambiente paroquial.

Durante o encontro foi debatido assuntos relativos à Vida Consagrada, missão da igreja, etc. Estimulou-se como os jovens devem se engajar na comunidade paroquial e também discutiram novas ideias para enriquecer as pastorais daquela paróquia.

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ACONTECEU 3 – PE. CÂNIO GRIMALDI É HOMENAGEADO PELA CNBB Norte I

O Padre Cânio Grimaldi foi homenageado na 43º Assembleia dos Bispos do Regional Norte I. O evento aconteceu do dia 14-17 de setembro no Centro de Treinamento Maromba, em Manaus (AM). Na conclusão da Assembleia o presidente do Regional Dom Mario Antônio da Silva agradeceu Pe. Cânio pelos 4 anos de serviços no tribunal Eclesiástico Interdiocesano de Manaus – como Vigário Judicial.

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Além disso o bispo, com sentimentos de gratidão, fez menção ao carinho e dedicação do padre Cânio em prol da pastoral familiar da arquidiocese de Manaus e regional Norte I. O bispo auxiliar de Manaus, Dom Mário Antônio, ressaltou a importância pastoral do serviço do Tribunal Eclesiástico. Afirmou que se trata de ”uma atividade pastoral marcada pela por uma atitude de acolhida, misericórdia dos casais; esse é serviço pastoral de Misericórdia Divina”.


ACONTECEU 4 – Pe. LÁZARO GRAVA CD EM HOMENAGEM A DOM BOSCO repertório com uma variedade de ritmos como, reggae, forró, marchinhas entre outros, as letras falam sobre os jovens, educação e religião. “É uma mensagem de alegria é uma men-

sagem educativa também que Dom Bosco sempre pensou a questão educativa dos jovens, baseado no sistema preventivo de dom Bosco que é questão da razão, religião e da bondade então

Padre Lázaro Santos de Andrade Filho entrou na vida religiosa aos 18 anos de idade percorreu vários lugares do mundo levando a palavra de Deus. Há três anos ele chegou ao município de Santa Isabel do Rio Negro (a 720 quilômetros de Manaus). Ele conta que desde criança, a música sempre esteve presente em sua vida, aos dez anos de idade, ganhou do pai que também é músico, seu primeiro instrumento musical um “violão”, desde então não parou mais de tocar, antes de entrar na vida religiosa integrou grupos de “Toadas” ritmo de boi bumbá comum no Amazonas. Já na vida religiosa dedicou-se na composição de músicas e aos 38 anos de idade, gravou se primeiro seu primeiro CD em homenagem a Dom Bosco.

Foram seis meses de muita de dedicação para gravação das músicas no

ter haver também com a proposta evangélica e religiosa”, disse Padre Lázaro.

Padre Lázaro diz que tem outros projetos musicais para gravar daqui alguns anos. “Daqui a dois anos depois que divulgar bastante esse CD de Dom Bosco vou gravar um em homenagem a Nossa Senhora e depois um para homenagear todos os santos e um CD litúrgicos, por que nós precisamos saber que nas nossas comunidades nós temos dificuldade por falta de canto litúrgico”, afirmou o Padre Lázaro.

O Lançamento oficial do CD está previsto para dezembro desse ano, quando acontece os as comemorações em homenagem a Santa Isabel, padroeira do município.

Fonte: http://fatoamazonico.com/site/noticia/em-santa-isabel-do-rio-negro-padre-lazaro-grava-cd-em-homenagem-a-dom-bosco/

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ACONTECEU 5 – PROJETANDO A FORMAÇÃO DE LÍDERES JOVENS PARA 2016 O Grupo de Animação Pastoral da área de Manaus, convocado pela Diretoria de Extensão da Faculdade Salesiana Dom Bosco – FSDB, se reuniu no dia 24 de setembro na sua Unidade Centro, Manaus, para tratar de diversas iniciativas pastorais em ação conjunta. Ao iniciar o encontro, o delegado Inspetorial para a Pastoral Juvenil, Pe. Bira, manifestou sua alegria em ver juntos, jovens líderes (representado pelo Conselho Local da AJS – Manaus), animadores de pastoral das casas salesianas de Manaus e a FSDB (diretoria de extensão), para projetarem juntos o processo de formação, com seriedade acadêmica, dos jovens líderes da Articulação da Juventude Salesiana presente em Manaus. A diretora executiva, professora Meire Botelho, falou das boas perspectivas da FSDB para a promoção de curso de extensão universitária e pós-graduação fora de Manaus. Contribuir com a Pastoral Juvenil será de grande importância pois a FSDB tem uma forte dimensão pastoral. O Curso de Formação de jovens líderes, elaborado pela Pas-

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toral Juvenil Salesiana em 2014, foi reapresentado pela professora Eliana Veras aos participantes; o mesmo foi revisado, ganhou mais conteúdo e será inteiramente gerido pela diretoria de extensão da Faculdade Salesiana Dom Bosco. O curso com densa programação de conteúdos e experiência formativas (convivência, oração, liturgias, estudo, dinâmicas de grupo, lazer...) foi reorganizado e será composto por 09 módulos, incluindo os seguintes conteúdos:  I Módulo: o despertar para a formação e os desafios do mundo em crise de liderança;  II Módulo: Os fundamentos da Salesianidade;  III Módulo: Rumo à maturidade humana (Antropologia – estudo sobre ser humano);


ACONTECEU  IV Módulo: Rumo ao encontro com a pessoa de Jesus Cristo (Cristologia);  RETIRO ANUAL EM JULHO – 4 dias: A mística – a experiência da oração;  V Módulo: Rumo à intensa e progressiva pertença e eclesial (Eclesiologia);  VI Módulo: A promoção do Reino de Deus (Engajamento socio-eclesial);  VII Módulo: A liderança de Jesus: O bom pastor... A dimensão ética da liderança;  VIII Módulo: Aspectos técnicos e administrativos da liderança;  IX Módulo: Atitudes e valo-

res de um bom líder – Revisão do processo formativo (Acampamento final). O curso, em nível de extensão pela Faculdade Salesiana Dom Bosco, estará aberto para jovens líderes de todas as casas salesianas de Manaus (FMA – SDB), com vagas limitadas e tendo uma carga horária de 340 horas. Esta será a II edição do curso. A primeira edição foi muito bem avaliada pelos próprios jovens participantes em 2014. Hoje, todos eles engajados na Igreja em diversos campos de ação. A mesma proposta poderá ser promovida em Porto Velho que já está confirmado pelos jovens, e talvez em Belém (PA).

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ACONTECEU 6 – POLOS DA REDE SALESIANA DE ESCOLAS É REALIZADO EM BRASÍLIA Entre os dias 23 e 25 de setembro, é realizado em Brasília-DF o XII Encontro de Coordenadores de Polos da Rede Salesiana de Escolas (ENCPOLOS). Realizado no Centro de Convenções Israel Pinheiro, o ENCPOLOS reúne animadores, gestoras e secretárias dos seis polos da RSE (com sedes em Manaus, Recife, Campo Grande, Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre).

Neste ano, o evento trabalha com oficinas para análise do cenário da RSE, avaliação dos serviços e construção colaborativa dos Planos de Ação e Formação para o ano de 2016. Também estão na pauta do evento a partilha dos relatórios das

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atividades desenvolvidas nos polos, orientações às gestoras sobre a Coleção Edebê, além de dinâmicas de grupo e uma celebração eucarística na manhã da sexta-feira, 25. Durante o evento, será acolhido o Pe. José Adão Rodrigues Silva, da Inspetoria de São Paulo, que assumirá, a partir de 2016, a direção executiva da Rede Salesiana de Escolas. “Serão momentos de muita partilha, definição de foco e projeção do futuro. Por isso o ENCPOLOS é sempre motivo de muita esperança e abertura para o novo que nos interpela”, ressalta a Ir. Adair Aparecida Sberga, diretora executiva da RSE. (FONTE: RSE Informa)


ACONTECEU 7 – MANAUS: ENCONTRO DE FORMAÇÃO DE ANIMADORES DE ORATÓRIO Para Dom Bosco o Oratório Salesiano é “uma CASA de acolhe, uma PARÓQUIA que evangeliza, um PÁTIO onde os amigos se encontram com alegria e uma ESCOLA que educa para a vida”. Trata-se de um ambiente evangelizador e profundamente educativo, aberto às crianças, adolescentes, jovens e adultos, no qual se desenvolve as mais variadas atividades (esportivas, religiosas, culturais, lúdicas...) tendo como meta, contribuir para a “formação do Bom Cristão e do Honesto cidadão”. Essa foi a primeira experiência educativa de Dom Bosco... tudo começou com o Oratório em Turim em meados de 1800. Para nós salesianos continua sendo um sério compromisso. Mas para que possamos bem continuá-lo, é preciso liderança, bons educadores, generosos voluntários, animadores espertos, monitores atentos. Em Manaus, no sábado dia 26 de setembro (2015), no salão paroquial da Paróquia Cristo Rei – Zona Leste – Bairro São José II, aconteceu uma densa manhã de formação

para os jovens educadores, animadores dos Oratórios Salesianos de Manaus. Participaram 38 jovens líderes de diversos Oratórios. O evento foi programado pela Equipe de animação da Pastoral Juvenil Salesiana de Manaus, coordenada pelo sr. Ilton Marques, contando com a assessoria do Pe. Bira que refletiu sobre tema “Compromissos do Educador Salesiano na Animação (coordenação, gestão) do Oratório Salesiano”. Diversas atividades foram desenvolvidas: momento de oração, animação musical, palestra, vídeos (apresentação de experiência sobre o protagonismo juvenil), partilha de reflexões em grupo, etc.

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ACONTECEU Como resultado de um sério trabalho em grupo, os participantes assumiram os seguintes COMPROMISSOS diante da responsabilidade da animação dos Oratórios: 1. Para que haja CONTINUIDADE DAS INICIATIVAS PASTORAIS, é necessário TRABALHAR EM EQUIPE; uma equipe unida e que fale a mesma linguagem e todos tenham as mesmas atitudes. 2. É necessário que haja constante INVESTIMENTO NA FORMAÇÃO (humana, cristã, espiritual, salesiana, pedagógica) dos líderes para que possam servir com seriedade, alegria e segurança. 3. A nossa prática educativa é marcada pela PREVENTIVIDADE! É preciso cuidar dos nossos ambientes, dos relacionamentos, do clima humano... para isso devemos culti-

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var um olhar cuidadoso sobre tudo o que acontece no oratório. O líder não deve ser cego, surdo e mudo. É preciso, quanto possível, evitar que o mal aconteça. 4. Para ser um bom educador salesiano, ou animador de Oratório, é preciso GOSTAR E ACREDITAR NOS JOVENS: saber acolher, incentivar, ser otimista com eles. 5. Nunca devemos esquecer que tudo o que fazemos deve ter uma única finalidade: “contribuir para evangelizar e educar”. EDUCAÇÃO E EVANGELIZAÇÃO caminham sempre juntas! 6. É preciso estarmos atentos em relação aquilo que oferecemos aos jovens nos Oratórios; O OFERECEMOS AQUILO QUE É BOM E SADIO! Eles querem encontrar algo diferente daquilo que a rua oferece; por isso, por exemplo, é preciso estar atento ao conteúdo das músicas, danças, relacionamentos, etc. 7. É muito importante nos oratórios salesianos promovermos o PROTAGONISMO JUVENIL. Para isso devemos envolver os jovens nas atividades, corresponsabilizá-los e acompanhá-los! Os líderes não devem ser “burros de carga”. Dom Bosco não só fundou uma Congregação para os jovens, mas COM OS JOVENS. Parabéns pela iniciativa!


ACONTECEU 8 – PROFESSORES DA FACULDADE SALESIANA DOM BOSCO – FSDB SÃO HOMENAGEADOS PELA ALEAM

No dia do administrador, 29 de setembro, a Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, prestou honrosa homenagens aos profissionais da administração. Nessa ocasião diversos profissionais foram agraciados com o diploma de honra ao mérito, dentre eles a professora Eliana Veras, diretora de extensão e ações comunitárias da Faculdade Salesiana Dom Bosco. Seu nome foi indicado pelo Dep. Luiz Castro, reconhecendo que o serviço da mencionada professora está profundamente comprometido

com as causais sociais e promoção ambiental. Participaram da sessão extraordinária, representantes da diretoria da FSDB, colegas de trabalho e outros colaboradores da instituição. Parabéns à professora Eliana! Acreditamos que se associam a esse diploma todos os demais administradores, professores e técnicos da FSDB que trabalham com tanta dedicação.

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ACONTECEU 9 – VISITA DO REITOR-MOR: X SUCESSOR DE DOM BOSCO Do dia 13-17 de setembro a Inspetoria de Manaus teve a honra de receber a animadora visita do Reitor-mor, o X sucessor de Dom Bosco, o Pe. ÁNGEL FERNÁNDEZ ARTIME. Foram dias de intensa programação envolvendo os religiosos salesianos, as Filhas de Maria Auxiliadora, os demais grupos da Família Salesiana, colaboradores salesianos e a juventude.

O significado da visita do Reitor-mor

A visita é motivo de bênção para a Família Salesiana, pois o reitormor representa Dom Bosco entre nós; tratou-se de uma visita em honra à comemoração do centenário da presença salesiana na Ama-

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zônia; a presença do Reitor-mor nessa ocasião é muito significativa para a história da presença Salesiana na Amazônia. Dentro desse contexto comemorativo, a visita do Reitor-mor foi uma oportunidade nobre de animação da Família Salesiana presente na Amazônia. A programação feita obedeceu à alguns critérios específicos exigidos pelo objetivo da visita; tudo foi combinado com antecedência, bem organizado e as atitudes de muita espontaneidade do Reitor-mor favoreceu para que cada momento fosse vivido com muita intensidade. Devido o curto tempo e as nossas longas distâncias entre os estados da Amazônia, a vista do Pe. Ángel Artime ficou restrita à Manaus e São Gabriel da Cachoeira. A visita a São


ACONTECEU Gabriel, no alto Rio Negro, esteve relacionada aos inícios da Obra salesiana na Amazônia que neste ano celebramos o centenário. Todavia, as outras áreas da Inspetoria (Pará e Rondônia) fizeram o esforço de se fazer presente em Manaus. Vieram leigos representantes de diversos grupos da Família Salesiana. O Pe. Ángel Fernández Artime se fez acompanhar pelo seu secretário particular, Pe. Horácio López e pelo nosso conselheiro regional, Pe. Natale Vitali. Todos os salesianos estão convidados para participar deste momento.

PRINCIPAIS EVENTOS Chegada e Acolhida

Cerca duzentas pessoas estiveram no aeroporto internacional Eduardo Gomes para recepcionar

o X sucessor de Dom Bosco que chegou por volta de 23h30min do dia 13 de agosto conforme estava previsto. Estiverem presentes representantes dos grupos da Família Salesiana, educadores de nossas obras e um significativo e barulhento grupo de jovens de diversas obras. O grupo do Colégio Dom Bosco Centro se destacou por trazer uma animada fanfarra. Foi uma acolhida calorosa!

Festa da Comunidade Inspetorial

No dia 14 pela parte da manhã, o primeiro dia da visita do Pe. Ángel, houve a “Festa da Comunidade Inspetorial”. Estiveram em Manaus os diretores e representante de todas as comunidades da Inspetoria. Foi uma feliz e oportuna ocasião para o encontro com os salesianos pela

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ACONTECEU parte da manhã sendo concluído com a solene celebração eucarística seguida do almoço festivo. Pela parte da tarde o Reitor-mor deu uma entrevista coletiva, às 16h30min e em seguida, se encontrou com um grupo de representantes dos grupos da Família Salesiana presentes em Manaus. Participaram desse evento cerca de 100 pessoas: salesianos de Dom Bosco, Filhas de Maria Auxiliadora, Salesianos cooperadores, Ex -alunos(as) FMA e SDB, Voluntárias de Dom Bosco, irmã de Jesus Adolescente e ADMA. A jornada foi concluída com uma sessão solene no Teatro Amazonas com a apresentação de teatro, música e poesia!

Visita a São Gabriel da Cachoeira

No dia 15, terça-feira, o ReitorMor conheceu a “Valdocco Salesia-

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na da Amazônia”, ou seja, a cidade de São Gabriel da Cachoeira. Um avião fretado transportou uma nobre comitiva com 36 pessoas: o reitor-mor, o Pe. Natali Vitali, Pe. Horácio (secretário), o inspetor de Belo Horizontes (Pe. Oretes Fistarol), o inspetor de Recife (Pe. Diego Vanzetta), o inspetor de Manaus (Pe. Franscisco Alves), a inspetora Ir. Madalena Scaramussa e outros convidados. A programação do dia foi intensa começando às 05h da manhã. Em São Gabriela diversas atividades foram programadas e executadas com muita alegria, clima festivo e espírito salesiano: encontro do reitor-mor com a juventude (jovens do Centro Juvenil e do Colégio São Gabriel), encontro com o Sr. Bispo Dom Edson Damian e com os grupos da Família Salesiana: salesianos, Filhas de Maria Auxiliadora e salesianos cooperadores. Um


ACONTECEU almoço festivo com a culinária típica do Rio Negro não faltou no generoso almoço. À noite houve a solene celebração eucarística fazendo memória do Centenário da presença salesiana na Amazônia, com a promessa de um grupo de salesianos cooperadores. Por fim, tudo se concluiu, com maravilhoso show cultural indígena. No dia 16, quarta-feira, bem cedo, a comitiva retornou a Manaus, chegando no aeroporto Eduardo Gomes (Eduardinho) às 09h30min da manhã.

Eventos em Manaus

Na mesma manhã, logo após o retorno de São Gabriel da Cachoeira, o Reitor se encontrou com o Conselho Inspetorial e em seguida houve um almoço com alguns bispos salesianos e das dioceses onde estão presentes as nossas Obras;

estiveram presentes Dom Flávio Giovenale (bispo de Santarém) e Dom Bruno Pedron (bispo de Ji-Paraná). Pela parte da tarde, às 16h, o reitor-mor se encontrou com as irmãs Filhas de Maria Auxiliadora das Inspetorias Santa Terezinha e Laura Vicuña; o encontro aconteceu no Colégio Santa Teresinha. Às 17h no colégio Dom Bosco (Centro) o X sucessor de Dom Bosco teve um especial encontro com a juventude salesiana de Manaus e educadores salesianos. O auditório estava não somente de pessoas, mas sobretudo de alegria e de vontade de escuta do sucessor de Dom Bosco. Após uma breve oração, liderada pelos jovens, o Reitor-mor dirigiu sua palavra aos presentes. A jornada se encerrou na quadra esportiva com a celebração Eucarística com a presença do bispo do Regional Norte I, religiosos (CRB), educadores,

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ACONTECEU membros da Família Salesiana e muitos jovens. Nesta solene ocasião tivemos a profissão perpétua dos salesianos José Ivanildo de Oliveira Melo (Irituia/PA), Washington Luis Paulo Macena (Manaus), Franciclei Martins Borges (Salinópolis/PA), João Batista Dinh Viet Tien (Vietnã) e José Tran Thai Hoang (Vietnã). Também houve a solene promessa de onze salesianos cooperadores da área de Manaus.

Visita às obras salesianas da Zona leste de Manaus

Dia 17, quinta-feira, logo cedo o reitor-mor celebrou na Comunidade Salesiana do CESAF (Centro Salesiano de Formação – Pós-noviciado), no bairro do Zumbi dos Palmares, e tomou café com aquela comunidade. Às 10h visitou as Obras sociais da Paróquia São José Operário, no bair-

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ro São José I. A comunidade educativa da Escola de Educação Infantil fez uma maravilhosa festa ao X sucessor de Dom Bosco. Em seguida visitou o Colégio Dom Bosco onde alunos e professores manifestaram-lhe através de palavras, músicas e danças a incomparável alegria pela visita tão esperada. Tudo se concluiu com a visita à Faculdade Salesiana Dom Bosco – Unidade Leste (FSDB). O reitor-mor, visitou os ambientes, cumprimentou professores, acadêmicos, colaboradores e a todos dirigiu sua palavra de alegria e estímulo. Após o almoço, por volta as 14h30min, deixou a FSDB e seguiu para o aeroporto. No aeroporto um animado grupo de alunos do Pró-Menor Dom Bosco vieram para dar a última saudação ao Pe. Ângelo Artime que partiu seguindo para o São Paulo e, no dia seguinte, viajaria ao Paraguai.


ACONTECEU 10 – COLÉGIO DO CARMO (BELÉM) EM CLIMA DE FESTA

Nos meses de Setembro (meados) e de Outubro, a Comunidade Educativa do Carmo da Cidade Velha entrou no clima dos festejos do Círio de Nazaré, em sintonia com a Igreja de Belém e com o povo do Pará. Durante a última semana de Setembro, aconteceu o primeiro passo dos festejos com a peregrinação da imagem da Virgem de Nazaré por cada uma das turmas; esta visita foi acompanhada pelo setor Pastoral, de modo especial pelo Pe. Ronyvon Batista e o Jefferson Fernandes, leigo. O segundo passo começou, na primeira semana de Outubro, com a peregrinação da mesma imagem pelos setores internos do Colégio do Carmo; lá o setor visitado realiza breve celebração e uma confraternização amiga. No dia 01 de Outubro, aconteceu o terceiro passo das celebrações marianas: o Círio Estudantil. A Animação Pastoral do Carmo congregou alunos e educadores de

12 escolas públicas do bairro da Cidade Velha para uma procissão pelas ruas. Este círio é precedido pela vista da imagem da Virgem de Nazaré pelas escolas que participam do evento; tal visita-celebração foi também feita pelo setor de Animação Pastoral. Na procissão, os alunos foram acompanhados por seus educadores e por muitos pais. O último momento foi a celebração eucarística presida pelo Pe. João Sucarrats. Esta iniciativa realiza-se há 19 anos e foi criada pelo Padre José Maria Barbosa, então Diretor.

A cada ano, a procissão do círio sai de uma comunidade escolar diferente. O Círio Estudantil de 2016 sairá do Colégio do Carmo, será o 20° Círio Estudantil. Agora a comunidade educativa está organizando o pelotão de alunos para a procissão do Círio no dia 11 de Outubro, numa ação conjunta dos Colégios do Carmo I e II (de Belém e Ananindeua).

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