Antônio de Assis Ribeiro (Pe. Bira), sdb Delegado Inspetorial para a Animação da Pastoral Juvenil
Estimado(a) leitor(a), Estamos caminhando para a conclusão de mais um ano! É tempo de avaliação dos nossos compromissos, de louvor e ação de graças, certo de que Deus nos acompanhou ao longo do ano com a sua providência generosa! Na última edição deste ano de “O Tapiri” (número 176), continuamos nosso compromisso de lhe apresentar boas matérias para sua reflexão e também mais uma resenha de fatos da missão salesiana na Amazônia acontecidos no último bimestre. No último encontro latino-americano dos delegados para a Pastoral Juvenil Salesiana, acontecido em Quito (Equador), de 17-21 de outubro, foram estudados diversos temas, sendo um deles a questão da situação da família na América Latina. Apresentamos-lhe, na íntegra, o artigo do Pe. Marcelo Farfan (SDB), ex-inspetor da Inspetoria Salesiana do Equador. É um texto que nos apresenta uma visão sociológica da situação da Família em nosso continente. A visão dessa realidade nos convida à repensá-la pastoralmente! O Pe. Justino Sarmento (SDB) nos apresenta um importante documento para os povos indígenas do Alto Rio Negro do Amazonas, Brasil. Esses povos indígenas através da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), organização que representa os interesses de cerca de 750 comunidades indígenas, se manifestaram, em Seminário, a respeito do tema “Mineração nas Terras Indígenas”.
O Pe. Benedito Castro (SDB), nos apresenta um bonito documentário intitulado “Diz aí, Amazônida!”. Essa produção retrata como é ser jovem na Amazônia e qual é a percepção deles sobre contexto em que vivem. São jovens do Estado do Pará e do Amazonas que refletem criticamente sobre a própria identidade cultural com suas riquezas e fragilidades. Vale a pena ser visto e refletido! O último artigo “Educador para quê?”, apresentado pelo abaixo assinado, é uma reflexão fruto de diversos encontros de escuta e diálogo com educadores dentro e fora de nossas obras salesianas. Não se pode ser educador sem termos uma profunda consciência da dignidade humana... sem ela perdemos o otimismo educativo! O Educador é um semeador de esperança! Queremos manifestar nosso agradecimento a todos aqueles que, ao longo do ano, contribuíram com suas reflexões publicadas neste veículo de comunicação. Desejamos a você, caro(a) leitor(a), uma serena vivência do Advento e uma maravilhosa celebração do Natal do Senhor! Manaus, 02 de novembro de 2015
O TAPIRI nº 176 - EDITORIAL
O
TAPIRI é uma publicação bimestral e gratuita da Inspetoria São Domingos Sávio, iniciada em janeiro de 1989, dirigida aos Salesianos de Dom Bosco, membros da Família Salesiana e aos colaboradores leigos e educadores; tem como objetivo ser um instrumento de reflexão sobre temas diversos alinhados à ação pastoral do carisma salesiano. O TAPIRI reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do instrumento pastoral, sendo de total responsabilidade de seus autores.
Inspetor: Pe. Francisco Alves de Lima Organização: CIP Coordenador: Pe. Antônio de Assis Ribeiro Equipe de articulação: Eduardo Lacerda, José Luis (Zeca) e Animadores de Pastoral Projeto Gráfico: Eduardo Lacerda Revisão: Josely Moura Distribuição: José luis (Zeca) Articulistas: Convidados Capa: Google Imagens (Desenho sobre a vida de Dom Bosco)
Manaus - Am - Brasil
SUMÁRIO A Situação da Família no Contexto da América Latina
PG. 05
Carta Pública dos Povos Indígenas do Rio Negro Sobre Mineração em Terras Indígenas
PG. 15 Educador Para Quê? PG. 18 Aconteceu PG. 21 “Diz Aí, Amazônida”!
PG. 13
A SITUAÇÃO DA FAMÍLIA NO CONTEXTO DA AMÉRICA LATINA
ENCONTRO DE DELEGADOS DE PASTORAL JUVENIL – QUITO, Outubro 2015 Fonte: Google Imagens
Pe. Marcelo Farfán, sdb Introdução É uma feliz coincidência que o Setor da Pastoral Juvenil da Congregação tenha convocado os delegados da Pastoral Juvenil de nossas Inspetorias para refletir – entre outros aspectos – sobre a Família quando justamente a Igreja, desafiada pelo mesmo tema, está reunida em Sínodo. De um lado, o século 21 começa com a revalorização do papel da família na sociedade. Os estados e as sociedades estão sempre mais cientes da importância da família dado que ela está intimamente relacionada com os resultados educativos, o desenvolvimento afetivo da pessoa, as formas de pensar e relacionar-se, a saúde e também a prevenção da violência. Contudo, de outro lado, este século contempla as tentativas ideológicas de
eliminar a necessidade da família, do casamento e até mesmo do sexo para a procriação. Além disso, antigos e novos problemas continuam a afetar a família de maneira radical. Por isso, é fundamental conhecer o que está acontecendo com a família. Em nosso caso e com a finalidade de conhecer qual é a situação da família na América Latina vamos esboçar um diagnóstico da família na região. A intenção é que os delegados de Pastoral Juvenil contem com um panorama da realidade da família na região. A questão que orientará esta apresentação e posterior reflexão conjunta é: “O que está acontecendo com/na família na América Latina?”. A partir destes elementos esperamos que a reflexão contribua para uma leitura pastoral
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dessa realidade como também para definir melhor a tarefa evangelizadora que nos cabe. De algum modo, colocamo-nos em sintonia com a Igreja, a sociedade e nossa vocação salesiana. Nota inicial: Diversidade cultural e família (Robichaux, David, 2007) A realidade da família na América Latina deve ser entendida a partir da diversidade cultural. São diversas as lógicas e as dinâmicas na formação de grupos familiares em nossos países. É preciso constatar dois tipos de famílias segundo seus antecedentes culturais: • Família de setores econômicoculturais subordinados: indígenas, mestiços, crioulos, de baixa classe social, afros; • Família de antecedente cultural europeu-católico. Igualmente, pode-se distinguir uma geografia de sistemas familiares na América Latina e no Caribe, dependentes da tipologia de sociedades com as quais a Europa entrou em contato: • Impérios de elevada civilização (Andes e América Central);
• Pastores e agricultores (Andes meridionais); • Governos teocráticos-militares (Caribe); • Agricultores aldeões tropicais (Brasil, Paraguai, Amazônia); • Caçadores, coletores nômades (Sul do continente, Chaco, Amazônia). A diversidade histórico-cultural, o processo de mestiçagem e as migrações são fatores que influenciaram notavelmente na configuração de conceitos e práticas a respeito do casamento, da divisão do trabalho entre homem -mulher, da residência pós-marital, da transmissão intergeracional de bens e das relações de casal. 1. Principais transformações macroestruturais e família (Ariza, 2001) Podemos assinalar três processos que incidem na configuração das famílias na AL: • Transformações socioeconômicas; • Transformações demográficas; • Transformações socioculturais. 1. 1 Transformações socioeconômicas
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O fenômeno que marca a situação econômica da AL e do mundo é a globalização econômica que supõe uma reestruturação produtiva e uma abertura ao mercado exterior. A dinâmica globalizadora explica: • Os movimentos migratórios internacionais, que têm fragmentado os espaços residenciais da
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família e subtraíram-lhe o sentido de pertença aos lugares; • A denominada “revolução pacífica do trabalho” que supõe: aumento do trabalho de tempo parcial, subemprego, desemprego, perda de segurança no trabalho, flexibilidade no trabalho, desregulamentação, precariedade do trabalho; • A terceirização econômica com crescimento do setor de serviços e o aumento da presença da mulher no mercado de trabalho. A indústria de maquilagem elevou a participação econômica feminina. As transformações socioeconômicas levaram à: • Diminuição das entradas familiares; • Maior pressão para a participação econômica feminina; • Reorganização da vida doméstica e convivência familiar. 1.2 Transformações sociodemográficas Pode-se afirmar que se está vivendo na AL o fim da primeira transição demográfica com as seguintes constatações: • Diminuição da natalidade e da mortalidade; • Aumento da expectativa de vida ao nascer; • Atraso do ingresso na vida adulta. • Maior tempo de escolaridade; • Envelhecimento da população; • Urbanização crescente;
• Separação entre sexualidade e reprodução. A diminuição da natalidade comporta a redução do tamanho dos lares. Por sua vez, a diminuição nos níveis de mortalidade comporta: aumento da expectativa de vida ao nascer, envelhecimento da população, aumento da duração dos papéis familiares, prolongamento dos tempos escolares e maior tempo para deixar a família, sobretudo nos setores urbanos médios. Além disso, o controle da natalidade possibilitou a autonomia das mulheres sobre seus corpos e a separação entre sexualidade e reprodução. Os recursos médicos para resolver assuntos de fertilidade fazem com que se transtorne a identificação espaço familiar – procriação. Na AL a reprodução e o controle da sexualidade já não são funções apenas da família. Por outro lado, um fator sociodemográfico que reconfigurou a sociedade latino-americana é a crescente concentração urbana. A população urbana na AL de 1980 a 2005 passou de 65% a 78% (Cerruti, 2009, pág. 16). Mais de 50 cidades contam com mais de um
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milhão de habitantes na AL. A maior parte da população latino-americana vive nas cidades. Há que se acrescentar que não se superou a polarização na distribuição espacial urbana. Estes processos de crescente urbanização da AL unidos à tendência cultural individualista e aos estilos sociais marcados pelos MCS levam ao surgimento dos jovens como grupo social diferenciado em relação ao consumo. 1.3 Transformações socioculturais Indicamos as mais importantes que tocam me maneira particular a mulher: • Nova imagem da mulher, mais centrada em sua feminilidade do que na maternidade; • Entrada massiva da mulher na educação superior; • Processo crescente de urbanização com as mudanças culturais que supõe; • Exposição intensa a outras culturas e valores mediante os MCS; • Crescente individualismo; • Controle da natalidade;
• Incorporação da mulher no mundo do trabalho remunerado; • Surgimento de movimentos de minorias. Estas transformações degradaram os papéis familiares tradicionais mediante o conceito de reprodução como espaço de responsabilidade compartilhada entre homens e mulheres e a ressignificação das noções de masculinidade e paternidade. Um fenômeno de especial relevância para a compreensão das dinâmicas familiares no continente é a migração internacional. Indicamos apenas alguns fatores: os motivos para a migração são diversos no interior das famílias; modificou substancialmente as relações familiares de afeto; gerou maiores oportunidades de trabalho para a mulher; e criou um fenômeno novo: paternidade e maternidade a distância. 2. Mudanças nas estruturas familiares. As principais alterações que as mudanças estruturais apresentam à vida familiar podem ser estudadas nas seguintes dimensões: • Estrutura dos lares; • Processos de formação e dissolução familiar; • Organização doméstica; • Convivência familiar. 2.1 Estrutura dos lares
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A estrutura familiar na AL continua a ser estável: lares nucleares completos (casal com ou sem filhos) são os que predominam – mais de 70%. Seguem
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em importância as famílias extensas (pais, filhos e outros parentes); e, enfim, as famílias compostas (presença de não parentes). Percebem-se uma mudança em aumento nas estruturas familiares: lares unipessoais e expansão de famílias dirigidas por mulheres. As mudanças na autoridade feminina supõem situações que acontecem na vida familiar: mães solteiras ou separadas; mulheres viúvas mais velhas, jovens solteiras com escolaridade elevada. Por trás destes fenômenos podemse encontrar algumas causas: dissolução familiar, migração masculina, maternidade solteira e violência intrafamiliar ligada ao alcoolismo, à droga e à pobreza. 2.2 Processos de formação e dissolução familiar: As pesquisas não indicam grandes mudanças, mas há transformações que demonstram tendências: • Atraso da idade do casamento ou da união; • Diminuição dos casamentos; • Aumento das uniões consensuais; • Aumento da natalidade adolescente; • Aumento da probabilidade de separações, divórcios e segundas núpcias. O início da vida familiar acontece ao redor dos 25 anos. Os níveis de educação incidem na idade para iniciar o compromisso de casal (Cerruti, 2009, pág. 19). A alteração mais significativa nos processos de formação familiar é a decisão de viver consen-
sualmente em vez de casar-se legalmente; esta realidade sempre esteve presente na AL, mas aumentou significativamente. Corresponde a esquemas culturais como as condições econômicas e sociais. A união consensual é a modalidade mais frequente de formação familiar. Aumentou também nas classes médias e altas (Cerruti, 2009, pág. 21). Há que se levar em conta que as desigualdades sociais fazem com que se alterem os significados das mudanças nos processos de formação e dissolução familiar. Por exemplo, no caso de uniões consensuais já indicadas e do atraso na idade do casamento acontece que nas classes médias e altas responde a uma maior autonomia econômica da mulher; enquanto nas classes populares se deve à deterioração dos níveis de vida. A renúncia crescente a formar e manter uma família acontece por situações de desemprego, informalidade, instabilidade de trabalho, falta de acesso à moradia; mas também por anteriores experiências afetivo-emocionais negativas.
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A transição para a maternidade é similar em todos os países da AL: ao redor dos 23 anos. Os níveis educativos incidem na postergação da maternidade e no número de filhos. Há também, um aumento na taxa de natalidade adolescente; este é um dado surpreendente levando-se em conta a diminuição da natalidade, o uso de métodos anticonceptivos e a maior cobertura educativa. É um fenômeno que se explica pela desigualdade e pela pobreza. As jovens não desejam a gravidez e são abandonadas pelo parceiro (Cerruti, 2009, pág. 24). Cerruti afirma: “O casamento deixou de ser a única instituição socialmente aceita para a concepção e criação dos filhos. Atualmente, na maioria dos países da região, algo além de um em cada dois nascimentos acontece fora do casamento” (Cerruti, 2009, pág. 25). O itinerário sempre mais comum e generalizado para a formação familiar é: noivado – gravidez – união consensual – (casamento). Assinale-se que começa a surgir o fenômeno da maternidade tardia sem expectativa de um parceiro e também a decisão de não ter filhos.
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Quanto à permanência conjugal e a formação de novas uniões, aumentou a instabilidade das uniões conjugais; constata-se um aumento de separações e divórcios; as uniões são mais frágeis e se dissolvem com maior frequência. As uniões consensuais são ainda mais frágeis do que os casamentos. As dissoluções estão supondo algumas mudanças importantes: • A mulher reside com os filhos e aumenta sua carga de trabalho. • A mulher converte-se em chefe do lar monoparental. • A contribuição econômica paterna é limitada ou nula. • A presença paterna com os filhos é minoritária. • Constata-se um elevado grau de bem-estar emocional na mulher uma vez superada a crise inicial. • Um grande número de mulheres volta a formar um casal em união consensual. 2.3 Formas de organização doméstica: Algumas causas que estão alterando a organização doméstica cotidiana: • Deterioração das condições de trabalho. • Vulnerabilidade e pobreza. • Mudanças demográficas e socioculturais já assinaladas. • Mudanças: • O modelo do homem chefe e provedor exclusivo. • A figura da mulher – dona de casa ao cuidado dos filhos, dos idosos e enfermos.
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Não mudou o fato de a esposa ser vista como responsável das tarefas domésticas e o homem da recreação, dos negócios e dos relacionamentos externos. Por outro lado, em toda a região aumentou a proporção de menores de 15 anos que moram em lares cujo chefe é a mulher (20-30%); são lares de maior pobreza. Quanto à estrutura e o tamanho dos lares o modelo predominante continua a ser o nuclear biparental (40-60%). Essa estrutura engloba realidades heterogêneas: casais com filhos dos dois pais, abrangentes e reconstituídos. Contudo, como já se indicou, há um aumento dos lares nucleares monoparentais com direção feminina (uns 10%). Os grandes lares continuam vigentes. 2.4 Modificações e tensões nas formas de convivência familiar: Podemos constatar algumas tendências: • Maior autoestima das mulheres devido a maiores níveis de escolaridade, atividades remuneradas fora de casa, autonomia econômica. • Relações de gênero mais igualitárias nas classes médias e altas. Nas classes populares o homem sente ameaçada a sua autoridade quando a mulher tem maiores entradas econômicas. • A migração internacional tornou complexa as relações familiares enquanto gera dispersão dos lares e dos laços familiares, ausência do cônjuge progenitor com as consequentes carências afetivas e de referente de valores. Por outro lado, a migração produziu mu-
danças culturais benéficas para a mulher enquanto permitiu relações mais igualitárias de poder. 2.5 Redefinição de quadros analíticos: Não só as estruturas familiares estão mudando, mas as próprias matrizes conceituais foram afetadas, de maneira especial por visões de gênero no estudo das famílias na AL. Vejamos: • Crítica à identificação do mundo familiar tendo o doméstico e privado em oposição ao público. • Visibilidade da violência doméstica como expressão de assimetrias intergenéricas e intergeracionais. A família não é vista como espaço harmonioso e coerente. • Redefinição da noção de trabalho na compreensão das atividades fora do lar e das domésticas. • Vinculação da família à economia e ao Estado. • Ênfase na pluralidade de formas familiares. Reconhecimento jurídico de uniões homossexuais por diversos países da região.
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Conclusões À maneira de síntese, podemos sublinhar os elementos mais significativos que configuram a situação da família na América Latina. As diversas matrizes culturais dos povos da AL explicam as diversas configurações de conceitos e práticas em torno do casamento e da família. Profundas transformações de ordem social, econômica, cultural e demográfica marcam as mudanças internas vividas pela família na AL. A estrutura dos lares embora continue a ser de caráter nuclear completo, contudo, os lares monoparentais com direção feminina estão sendo sempre mais comuns. As tendências nos processos de formação e dissolução familiar registram o postergar da idade do casamento ou da união de fato, a diminuição de casamentos e o aumento de uniões consensuais, o aumento da natalidade adolescente e um sempre maior número de separações, divórcios e segundas núpcias. Quanto às formas de organização doméstica, constata-se que o homem
já não é provedor exclusivo e a mulher não é mais apenas dona de casa. A incorporação massiva da mulher na educação e no trabalho remunerado são fatores-chaves para entender as mudanças culturais no núcleo familiar. As formas de convivência familiar são marcadas por uma maior autoestima na mulher, pelas relações de gênero mais igualitárias e a complexidade das relações familiares devidas aos fluxos migratórios. Enfim, é necessário tomar ciência de que não só os aspectos socioculturais e econômicos estão se transformando, mas que estas mudanças alcançaram reconhecimento nos diversos corpos legislativos dos nossos países. Não estamos então diante de uma crise da família, mas diante de mudanças irreversíveis na compreensão e configuração da família. Referências Bibliográficas Ariza, M. (2001). Familias en transición y marcos conceptuales en redefinición. Papeles de Población, 9-39. Cerruti, M. y. (2009). Familias latinoamericanas en transformación: desafíos y demandas. Santiago de Chile: CEPAL. Robichaux, David. (2007). Familia y diversidad en América Latina: estudio de casos. Buenos Aires: CLACSO. Perguntas para o trabalho de grupo: 1) Pontualizar a situação da família, a partir dos contextos nacionais.
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2) Quais aspectos da situação da família na AL são particularmente desafiantes para a missão salesiana?
CARTA PÚBLICA DOS POVOS INDÍGENAS DO RIO NEGRO SOBRE MINERAÇÃO EM TERRAS INDÍGENAS Fonte: Google Imagens
Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro – F O I R N A FEDERAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES INDÍGENAS DO RIO NEGRO (FOIRN), organização indígena que representa os interesses e direitos de mais de 70 organizações de base de 23 povos indígenas que vivem em 750 comunidades indígenas no Rio Negro, constituindo 10% da população indígena total do país, reunida no “Seminário de Aprofundamento e Aprimoramento do Tema de Mineração em Terras Indígenas Visando os Planos de Gestão Territorial e Ambiental (PGTAs)”, realizado na sua sede em São Gabriel da Cachoeira/AM, entre os dias 29 de setembro de 2015 a 01 de outubro de 2015, onde estiveram presentes representantes e lideranças das cinco regiões de abrangência da Federação, além de representantes do Exército Brasileiro, da Fundação Nacional do Índio – FUNAI,
do Instituto Socioambiental – ISA e Instituto Federal do Amazonas – IFAM, vem apresentar suas deliberações e posicionamentos, o que faz em razão de todas as experiências de atividades ilegais de extração mineral ocorridas em nossas Terras desde a década de 1970, com impactos sociais, econômicos e ambientais às comunidades, bem como em vista dos atuais debates que vem ocorrendo no Congresso Nacional. – Que seja realizada consulta aos povos e comunidades indígenas previamente à apresentação do relatório e à aprovação de qualquer proposta legislativa, principalmente do Projeto de Lei n.º 1610/1996, respeitando seus costumes, tradições, línguas, normas internas, formas de representatividade e tempo de deliberações, conforme asseguram a Constituição Federal, a Con-
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venção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho e demais Tratados Internacionais sobre o tema; – Que seja considerada como base das discussões legislativas a Proposta de novo Estatuto dos Povos Indígenas apresentada pela Comissão Nacional de Política Indigenista – CNPI em 2009 na sua íntegra, especialmente nos seus capítulos V e VI, que tratam das normas reguladoras da consulta pública e da mineração em Terras Indígenas; – Que sejam garantidos o protagonismo e a autonomia dos povos indígenas em relação a qualquer atividade de extração mineral em suas Terras, conforme garantido constitucional e legalmente; – Que os recursos minerais e o seu eventual aproveitamento sejam considerados na elaboração dos Planos de Gestão Territorial e Ambiental – PGTAs, que vem sendo debatidos pelas comunidades indígenas; – Que as comunidades possam pleitear ao Governo Federal a realização de levantamentos e diagnósticos do potencial mineral em suas Terras, mediante a aplicação de técnicas modernas e não invasivas, garantido o acesso integral e prévio às informações e resultados; – Que seja devidamente regulamentado o processo de consulta prévia, livre e informada das comunidades indígenas em todas as fases de eventuais processos de autorização de mine-
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ração em Terras Indígenas, respeitando seus costumes, tradições, línguas, normas internas, formas de representatividade e tempo de deliberações; – Que seja devidamente assegurado o poder de veto em caráter vinculante, isto é, o direito de dizer “sim” ou “não” a eventuais interesses minerários sobre as Terras Indígenas, conforme publicamente assegurado pelo Deputado Édio Lopes (PMDB/RR), relator do Projeto de Lei n.º 1610/1996; – Que sejam legalmente previstas garantias para a proteção e recuperação do meio ambiente, bem como para a proteção integral dos direitos das comunidades indígenas; – Que sejam legalmente previstos mecanismos e políticas específicas de fiscalização pelas comunidades indígenas, com os devidos apoios técnico e financeiro fornecidos pelo Poder Público, além das regulares atividades de controle por partes dos órgãos públicos competentes; e – Que os debates sobre o tema da mineração em Terras Indígenas sejam aprofundados com as comunidades em seus territórios, mediante a realização de oficinas, seminários, audiências e atividades escolares, tudo com a disponibilização de materiais de informação, visando a novas deliberações. São Gabriel da Cachoeira, 01 de outubro de 2015.
“DIZ AÍ, AMAZÔNIDA”! Fonte: Google Imagens
Pe. José Benedito Araújo de Castro, sdb Vez por outra, acontece em algumas regiões do Norte, um fenômeno natural: o sol está brilhando e chicoteando com seu calor, mas, ao mesmo tempo, está caindo uma chuvinha. Ainda garoto, eu costumava dizer, como diziam os adultos: “é o casamento do sol com a lua”. Esta realidade física pode ter outro aspecto no campo cultural. Há vivências culturais que acontecem em Manaus, mas não nas outras capitais do Norte, assim que como há outras que acontecem em capitais do Sul e em nenhuma cidade do Norte. Isto vale para teatro, cinema, shows, feiras, exposições, congressos. Falo disto para poder partilhar com vocês alguma coisa que aconteceu em Belém, mas não sei se aconteceu ou acontecerá em outras capitais do Nor-
te. No dia 18 de Outubro deste 2015, foi lançado, em especial exibição, o documentário “Diz aí, Amazônida”. Ele reúne depoimentos de 40 jovens paraenses e amazonenses que dizem, em filme, como é ser jovem na Amazônia. O lançamento pela TV aconteceu no Canal Futura, canal 32, da ORM Cabo em Belém. Documentário dirigido pelo paraense Segtowick, com produção de Clarté e Marabu. Estive presente quando lançado no Cinema Olympia, em Belém. Episódios do documentário O filme documentário fala de jovens que nasceram ou vivem na Amazônia, que vivem entre o asfalto e o rio, entre a confusão de uma grande cidade e a tranquilidade da vida ribeirinha. Um
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cotidiano na região, mas que o restante do Brasil possivelmente desconheça. O documentário reúne depoimentos de 20 jovens do Belém e 20 de Manaus de diferentes origens, como movimentos sociais, indígenas, estudantes; eles mesmos fizeram o primeiro esboço do futuro documentário agora lançado. O documentário é parte de um Projeto que não se encerra com o lançamento da série na TV. “O Diz aí” vai se desdobrar em diversas ações de Mobilização social e cultural do Canal Futura. O documentário tem cinco episódios que abordam aspectos diversos das culturas juvenis da nossa região. O primeiro episódio dura 10 minutos e debate a identidade dos jovens por vertentes como religião, sexualidade, questões de gênero e a moda. O segundo episódio será exibido no dia 28 de outubro e aborda a questão da mobilidade juvenil. Por que refletir sobre este documentário? Partilho este evento, porque todos sabemos quanto um salesiano educa-
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dor deve a cada dia conhecer mais e melhor a vida e as diversas situações do universo juvenil de nossa missão. ... Porque nem sempre os jovens são os protagonistas na apresentação de suas vidas; ... Porque, mesmo havendo muito livros e pesquisas sobre as juventudes, estes estudos vivem especial forma de esquecimento em bibliotecas ou arquivos de Universidades; pesquisas limitadas a leitura para poucos ‘entendidos’, ‘especialistas’ mas sem qualquer iluminação aos desafios da missão educativo-pastoral. ... Porque, mesmo limitado a jovens das duas capitais mais populosas do Norte, o documentário pode nos ajudar a compreender quanto os centros urbanos influenciam as juventudes das cidade pequenas, as interioranas; ... Porque a fala de jovens amazônidas, o documentário deve atingir o coração dos interesses culturais e pastorais de cada salesiano ou de cada membro dos grupos da Família Salesiana; um espaço onde eles nos educam; ... Porque o documentário pode reafirmar ou contradizer a vasta experiência que cada salesiano tem das juventudes, a partir de sua longa ou breve experiência educativo-pastoral. Mas um educador em contexto de “mudança de tempos” deve se sentir bem vivendo como “eterno aprendiz” (Gonzaguinha); ... Porque para realidades complexas, como é o das culturas juvenis, importa trabalhar com várias leituras, de diversos ângulos, cotejar correntes diversas. O “Diz aí, Amazônida” é um ponto de vista, uma visão que pode comple-
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tar um pouco mais nossa acolhida de uma realidade que ultrapassa a visão sempre limitada de um grupo, de uma pessoa, de uma instituição. A linguagem da maioria dos filmesdocumentários não costuma usar as tecnologias de pirotecnias visuais e sonoras, recurso sempre presentes em filmes produzidos que sonham recuperar, e muito, o investimento da produção, tal como acontece como os filmes de vampiros, de heróis de quadrinhos, de mortos vivos ou Zumbis, de desastres naturais. Esta sobriedade de linguagem pode afastar nosso apreço pelo “Diz aí, Amazônida”, mas recupero um famoso publicitário brasileiro ao comentar fotografia famosa de uma situação humana degradante. Era a foto de uma criança agonizando com fome, em fotografia preto e branco; ele comentava “se a fome é tão cruel em imagem preto em branco, quanto mais o será no estômago das crianças”. Digamos, de passagem, que os melhores documentários foram e são produzidos, não em colorido, mas em preto e branco, para realçar as luzes e sombras da vida dos povos ou das pessoas. O que importa então, é a verdade dos personagens, o rosto vivo das nossas juventudes. O despojamento da linguagem de documentário pode nos facilitar o ingresso no mundo real das juventudes. O documentário pode ser oportunidade, pois nem sempre a TV comercial produz algo assim.
Paróquias e Obras Sociais; encontros de alunos do Ensino Médio e do Ensino Universitário; momentos formativos com educadores leigos; encontros com lideranças leigas das pastorais; equipes de Animação Vocacional; comunidades formativas; momentos de formação de Lideranças Estudantis; reuniões de grupos de AJS. Bem pode ser provocação para os salesianos no seu ‘Dia da Comunidade’, mesmo porque os episódios são de breve duração, aberto ao debate e a celebração. Olho vivo! Os jovens falam e esperam ser escutados pelos missionários dos jovens, seus educadores e pastores. Os jovens mostram a sua cara e esperam que a contemplemos como num “êxtase” educativo. Mas, se por acaso, este documentário foi lançado em outras capitais da nossa Amazônia ou você o acolheu na mesma televisão, já não aconteceu a chuva com sol (assinalado no início). Então delete esta minha inquietação intelectual. E não ficarei frustrado, pois o simples fato de, com vocês, partilhar as coisas que me ardem no coração já vale à pena o ter rabiscado estas linhas.
Para que serve o documentário? O documentário pede a reação da interatividade. Passam-me, pela mente, espaços propícios de reflexão e debates: reuniões de grupos de jovens nas Fonte: Google Imagens
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EDUCADOR PARA QUÊ? DIÁLOGO REFLEXIVO COM EDUCADORES Fonte: Google Imagens
Antônio de Assis Ribeiro – Pe. Bira, sdb
1. Nossa condição humana: Deus não nos fez prontos! Quando nascemos somos profundamente marcados pela dependência, somos radicalmente insuficientes, em tudo dependemos dos outros. Ao nascer precisamos, em tudo, de cuidados, até nas ações instintivas mais elementares, como o comer e o beber, se não morremos de fome e de sede. À medida que vamos nos desenvolvendo ganhamos subjetividade e relativa autonomia, mas nunca nos tornamos radicalmente autossuficientes. O desenvolvimento humano não é “automático” (depende dos outros, é relação!) e nem espontâneo (precisa de intervenções e condições!) como ocorre com os animais irracionais... (mais ou
menos!). Nascer da espécie humano, não significa já “ser humanizado”, ou seja, capaz de usufruir de suas capacidades naturais como a inteligência, liberdade, vontade, afetividade, sociabilidade, sexualidade, consciência, ludicidade... A educação é processo de humanização do “homo sapiens”! Todo o enorme potencial humano, para que possa desenvolver-se estando a serviço da própria pessoa e da comunidade, precisa ser estimulado, cuidado, acompanhado, orientado... É aí que contamos com o insubstituível papel dos nossos pais e educadores. Precisamos de duas instituições básicas a serviço do desenvolvimento humano: a família e a escola.
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2. Adultos de referência Se somos, quem somos hoje, é graças ao Amor cuidadoso de alguém para conosco... Ainda não tínhamos nem consciência de ser gente e fomos beneficiados! Deles recebemos as condições necessárias, o afeto, o apoio e o estímulo necessário para crescer, ser mais humano! A ausência de adultos de referência em nossa vida nos deixa um grande vazio. “Adulto de referência” foram (são) todas aquelas pessoas que nos facilitaram o “tornar-nos gente”, pessoas conscientes, livres, responsáveis, adultas, “descentralizadas”, capaz de fazer o bem, apaixonadas pela beleza da vida com todos os seus maravilhosos recursos... Todos canalizados para o bem pessoal e dos outros! Eis aí, antes de tudo, o papel do Educador: ser referência de ser humano (modelo)! O Educador é aquele que, mais do que qualquer outro profissional, reconhece o peso das carências do ser humano... mas contempla a grandeza do seu potencial e, por isso, lhe estende a mão, se dedica, ajuda... a libertar o ser humano, fazê-lo vir fora, sair de si (educar!), estimula o desenvolvimento das potencialidades escondidas!
Educar é ter paixão pelo ser humano e favorecer o desabrochar (abrir-se) do “Ser escondido!” Quem só explora o que está à “flor da terra”, em evidência, não é garimpeiro. Assim é o educador! A evidência do ouro (aparecimento) é fruto de uma luta de purificação e lavagem da terra! A escola é como a “bateia da vida”! E tudo dentro dela deve favorecer esse fim: as relações interpessoais, o ambiente físico, a postura dos educadores, a qualidade dos serviços técnicos, etc. 4. Educar é uma nobre Missão A missão do educador é extremamente nobre por isso não pode ser vivida de qualquer jeito! A missão do educador fala por si mesmo de otimismo em relação ao ser humano (é capaz, é bom!), fala de esperança, fala de possibilidade, fala de futuro! É preciso, então, que cada educador aprofunde a grandeza da natureza da própria missão em toda e qualquer circunstância. Que jamais se deixe roubar sua serenidade, sua paz, seu otimismo, seu senso de responsabilidade, sua ter-
3. O positivo potencial do ser humano Educar, portanto, é ato humanista! É uma das atividades mais nobres que possa existir em relação ao ser humano, pois o educador o contempla, em estado bruto, carente, pobre, incapacitado... mas sabe de sua grandeza! Fonte: Google Imagens
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nura, firmeza e fineza. “A educação é coisa do Coração”, dizia Dom Bosco. Portanto, só educa quem ama! Quem não ama, domina, violenta, engana! Negar aos alunos a seriedade da educação é enganá-los! Eis um compromisso permanente de pais e educadores. 5. Educar tem um custo! Por causa da nobre da educação, o ato de educar tem um significativo custo! Antes de tudo, custa para o educador aceitar, respeitar, aprofundar e honrar sua própria profissão! É preciso nunca deixar-se levar pela mentalidade mercenária!... Mas assumir aquela do “Bom Pastor”! Educar custa...! Custa a incompreensão e a ingratidão do educando (no presente!), custa a impaciência diante do ritmo dos processos de crescimento, custa a disciplina pessoal e interdisciplinaridade acadêmica (pedagógica), pois educar é uma ação conjunta! Custa a sintonia com o projeto educativo, a sinergia, falar a mesma linguagem! Custa, dependendo dos sujeitos em questão, acreditar
Fonte: Google Imagens
na transformação do ser humano...! O ser humano é surpresa! Quem pode imaginar o que serão amanhã as crianças de hoje!? Essa “surpresa” deve nos levar a assumir para com elas sempre uma atitude de profundo respeito e delicadeza! Amanhã poderemos exultar de alegria diante delas ou morrer de vergonha! Caro educador, seja qual for a sua função na escola, dentro ou fora da sala de aula, recorde sempre da significatividade do olhar de cada educando, com suas expectativas, seus desejos, seus sonhos... Aja positivamente, de uma tal forma com seus educandos que, no futuro, quando adulto, possam se aproximar de si com liberdade e dizer-lhe com emoção: “Professor (a), muito obrigado! O Senhor(a) foi muito importante na minha vida, o senhor(a) muito contribuiu para o desenvolvimento humano. Se hoje sou feliz, devo também à sua carinhosa contribuição. Muito obrigado! Deus lhe recompense!”. Essa será a sua maior alegria! Lute por isso!
FACULDADE SALESIANA DOM BOSCO É HOMENAGEADA NO I PRÊMIO VALORES FAMILIARES EM MANAUS
Fonte: Acervo Faculdade Salesiana Dom Bosco
No dia 23 de setembro de 2015, às 20 horas, na capela da sede da Igreja De Jesus Cristo do Santos dos últimos Dias, no bairro Cachoeirinha região sul da cidade de Manaus, aconteceu o I Prêmio Valores Familiares 2015. O evento ocorreu em comemoração aos 20 anos de “A Família: Proclamação ao Mundo”, juntamente com diversos eventos semelhantes pelo Brasil. Foram homenageadas diversas instituições e pessoas que em Manaus se destacam pela promoção da Família e
seus valores, dentre estas foi reconhecida a Faculdade Salesiana Dom Bosco. A Faculdade Salesiana Dom Bosco é mantida pela Inspetoria Missionária da Amazônia, que integra a comunidade religiosa católica Congregação Salesiana, fundada por Dom Bosco em 1859, tem como missão Promover o Desenvolvimento Integral da Pessoa Humana e do Patrimônio Cultural da Sociedade por meio da Produção e Difusão do Conhecimento e do Compromisso Ético e Político com a Região Amazônica.
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Entre as diversas atividades de Ensino, pesquisa e extensão, destaca-se a formação de Especialistas nas seguintes áreas, intrínsecas ao tema abordado no evento: Políticas Públicas no Enfrentamento da Violência Intrafamiliar, Prevenção e Tratamento da Dependência Química, Relações Familiares na Abordagem Sistêmica, Políticas de Atenção a Família. Vale ressaltar também, as atividades de extensão ofertadas às famílias das comunidades e o Seminário Anual da Família desenvolvido em conjunto com a Arquidiocese de Manaus. O trabalho coletivo executado pela Faculdade deve-se aos esforços de uma equipe extensa, no evento encontravam-se presentes o Padre Antonio de Assis
Ribeiro (Pe. Bira), Diretor Sócio, a Prof. Eliana da Conceição Rodrigues Veras (Diretora de Extensão), Sra. Vivian Marler (Assessora de Comunicação), além da Profa. Meire Terezinha Silva Botelho de Oliveira, Diretora Executiva da FSDB, que representou a Instituição no recebimento desta honraria.
Fonte: Acervo Faculdade Salesiana Dom Bosco
JUVENTUDE SALESIANA DE MANICORÉ (AM) CONSTITUI O CONSELHO LOCAL DA AJS
Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Mais um Conselho Local da Articulação da Juventude Salesiana (CLAJS) foi constituído na Inspetoria Salesiana São Domingos Sávio (SDB), na ci-
dade de Manicoré (AM) onde temos uma paróquia com 40 comunidades (08 urbanas e 32 ribeirinhas), Oratório e Centro Juvenil Salesiano com mais de 350 jovens. Reunidos em Assembleia no Centro Juvenil Salesiano, um grupo de 42 jovens líderes, representantes dos grupos juvenis da zona urbana e rural, elegeu entre os dias 09-11 de outubro, o mais novo Conselho Local da Articulação da Juventude Salesiana (AJS). A Assembleia, antes da eleição, refletiu sobre diversos temas, tais como,
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Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
as características da Espiritualidade Juvenil Salesiana, o papel da liderança, o protagonismo juvenil e a organização da AJS. Os temas foram refletidos pelo Delegado Inspetorial para a Pastoral Juvenil Salesiana, o Pe. Bira.
O evento formativo veio fortalecer o processo de formação dos líderes da AJS da cidade animando-os a testemunharem um verdadeiro protagonismo no processo de evangelização de outros jovens. Os cinco jovens eleitos (três da cidade e dois do interior) para fazerem parte do Conselho da AJS, são jovens engajados na Igreja, animados universitários e estudantes secundaristas. A organização do evento ficou por conta do Pe. Antônio Carlos Cunha e líderes juvenis. Significativa foi a participação e o testemunho do jovem Gustavo Silva que está fazendo sua experiência de voluntariado naquela cidade. Ao Conselho formado, bom trabalho!
CÂMARA MUNICIPAL DE MANAUS HOMENAGEIA DOM BOSCO E A CONGREGAÇÂO SALESIANA A Inspetoria Salesiana da Amazônia – ISMA recebeu na manhã de 14 outubro duas homenagens na Câmara Municipal de Manaus. Uma pelo Centenário da Presença Salesiana na Amazônia e outra pelo Bicentenário de Nascimento de Dom Bosco, proposituras dos vereadores Professor Bibiano e Marcelo Serafim. Pe. Francisco Alves de Lima, provincial da ISMA recebeu a homenagem pelo Bicentenário de Nascimento de Dom Bosco, e Padre Bruno Bianchi que representou Dom Walter Ivan
de Azevedo, bispo de São Gabriel da Cachoeira município onde os Salesianos iniciaram os trabalhos missionários na Amazônia, recebeu a homenagem
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pelo Centenário da Chegada dos Salesianos a Amazônia. Ex-aluno do Colégio Dom Bosco o vereador Marcelo Serafim relembrou de seu tempo de aluno “estudar no Colégio Dom Bosco era algo excepcional, quem conseguia passar nas provas, hoje comparadas como mini vestibulares, podia festejar porque estava entrando no melhor colégio da cidade. Guardo com muito carinho as boas lembranças, trago comigo amigos que são como irmãos como o professor Ali Assi. E sou grato por tudo que aprendi no colégio, pois graças a educação que tive hoje sou quem sou.” Também ex-aluno salesiano, mas da Faculdade Salesiana Dom Bosco, o vereador Professor Bibiano falou da importância de Dom Bosco ainda nos tempos atuais. “Ele é o maior modelo de educador não apenas para a família salesiana, mas também para todos os educadores, pois Dom Bosco soube traduzir a missão do educador, o que nos faz desejar doar a vida para que tenhamos pessoas formadas na sua integridade moral e física” disse emocionado. Antes das palavras do homenageado do dia, Pe. Francisco Alves de Lima, cinquenta crianças do Colégio Dom Bosco Leste encenaram e cantaram “A Vida de Dom Bosco”. A manhã foi de puro saudosismo. O provincial da ISMA Pe. Francisco Alves relembrou a importância da trajetória da educação salesiana por todo o mundo, em especial na Amazônia e seguindo o pensamento dos vereadores Marcelo Serafim e Professor Bibiano lembrou aos presentes da sessão especial de sua trajetória como salesiano e da época em que trabalhava na mecanografia do Colégio Dom Bosco, mesmo período em
que o vereador Marcelo Serafim era aluno “Na época em que o senhor estudava, vereador Marcelo Serafim, era eu quem datilografava suas provas” levando a surpresa de todos a informação até então desconhecida. Entre os presentes a sessão estavam Pe. Antonio Ribeiro – vice Inspetor da ISMA, Pe. Canio Grimaldi – secretário da ISMA, Profa Meire Botelho – Diretora da Faculdade Salesiana Dom Bosco, Adalberto Carim – juiz, Irmã Célia Parintins de Campos, da inspetoria Laura Vicuña, Irmã Maria José, da inspetoria Santa Terezinha, Pe. Gennaro Tesauro – diretor do Colégio Dom Bosco Centro, alunos dos Colégios Dom Bosco Centro e Leste, Obra Social Pró-menor Dom Bosco e Faculdade Salesiana Dom Bosco, assim como coordenadores e professores dos mesmos, e funcionários da Câmara Municipal entre eles alguns ex-alunos do Dom Bosco. Por: Vivian Marler
Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
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JUVENTUDE SALESIANA ASSUMINDO RESPONSABILIDADE
Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
No primeiro domingo do mês, dia 4 de outubro, na Paróquia Santuário Nossa Senhora de Fátima de Porto Velho – RO, foi realizada eleição para a escolha dos novos líderes do grupo Laura Vicuña (teatro e dança) e de Coroinhas, que tem como patrono São Domingos Sávio. A prática da liderança tem como objetivo, mais que dar responsabilidades, estimular a experiência do protagonismo entre os jovens e os adolescentes como forma de crescimento humano e de serviço à comunidade paroquial.
Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
A assembleia dos grupos escolheu representantes para ocuparem os cargos de coordenador, vice-coordenador, secretário, comunicador e tesoureiro. A média de idade dos novos lideres é de 17 anos e assumiram as responsabilidades com alegria e desejo de bem servir a todos! O grupo de teatro e dança tem como objetivo promover apresentações teatrais e coreografias de cunho litúrgico, bíblico, catequético e social de acordo com as circunstâncias. O grupos dos coroinhas, como já conhecemos, tem a missão de ajudar no serviço do altar. O evento foi assessorado pela vicecoordenadora do Conselho Nacional da Articulação da Juventude Salesiana a jovem Cristiana Matiele e pelo representante do Conselho Local da área de Rondônia, o jovem Irlan de Almeida. Após a eleição, os mesmos junto com Pároco desejam a todos os novos líderes um bom trabalho!
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UMA FAMÍLIA EM PEREGRINAÇÃO
Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
No dia 21 de Outubro de 2015, as comunidades educativas animadas pela Família Salesiana, fizeram sua peregrinação anual à Basílica de Nazaré. Uma tradição que acontece há mais de 30 anos no contexto das muitas peregrinações que são realizadas na primeira quinzena após o Círio de Nazaré; Presentes as comunidades de Carmo-Belém, Carmo-Ananindeua, Centro Social Auxilio, Instituto Dom Bosco e Escola Salesiana do Trabalho. Também presentes estavam, pela primeira vez, um grupo de Ex-alunos do Carmo-Belém e também presentes uma representação do grupo de ADMA. • Os educandos estavam acompanhados por seus educadores e muitos pais; • A presidência da Missa foi feita pelo Pe. João Mendonça acom-
panhado pelos padres Ronyvon Batista, Josué Costa, e Gilson Falcão. Todos os serviços de animação foram exercidos pelas diversas comunidades presentes; • O momento final foi uma homenagem à Virgem, com uma coreografia de fitas coloridas e que envolveu toda a Assembleia de alunos. O momento de arte a foi animado pela comunidade do Instinto Dom Bosco, das FMA. Neste ano, os alunos menores foram incentivados a participar do Círio Infantil, no qual eles foram acompanhados por seus pais; que os levaram diretamente de suas residências para a Basílica. Vários membros da Equipe de Animação Pastoral da Basílica elogiaram a viva participação dos jovens das comunidades animadas pela Família Salesiana.
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BATISMO NAS COMUNIDADES YANOMAMI – AM
Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Nos dias 26 e 27 de agosto aconteceram batismos em duas comunidades Yanomami do Rio Marauiá. O bispo da diocese de São Gabriel da Cachoeira, Dom Edson Damian conferiu o sacramento do batismo a alguns fieis do povo Yanomami. Para a Congregação Salesiana foi um momento histórico na Inspetoria São Domingos Sávio, pois os missionários salesianos trabalham há mais de 50 anos nesta missão promovendo a educação e acompanhando respeitosamente a vida daquele povo. A evangelização explícita é nova nessa aldeia. Os tuxauas e caciques yanomami participaram de reuniões formativas antes do sacramento e deram testemunho do desejo que eles tinham de receber o sacramento do Batismo com os primeiros salesianos. Contudo, eles tinham medo dos pais deles, pois alguns não aceitavam o sacramento do Batismo.
Algumas lideranças se emocionaram ao verem os seus filhos serem batizados. Na comunidade Yanomami Komixiwe foram batizados 14 jovens, incluindo lideranças e professores. Na comunidade Tabuleiro foram batizados 19 yanomami, envolvendo também lideranças, professores e alunos. Até o final do ano acontecerá a preparação da Primeira Eucaristia destes Yanomami cristãos. Que Deus continue iluminando as culturas indígenas com a força do Espírito Santo.
Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
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JUVENTUDE EM MISSÃO
Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Nos dias 07 e 08 de Novembro, o Centro Juvenil Salesiano de Manicoré realizou uma missão nas comunidades Amparo e Verdum. O objetivo do encontro foi evangelizar aquelas pessoas que mais necessitam da palavra de Deus, na manhã de sábado percorremos vários quilômetros dentro da mata para visitar todas as famílias da comunidade Amparo; à tarde foi realizado uma Gincana diferente com os jovens, adultos e as
Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
crianças; à noite refletimos com os adultos e os jovens a importância do compromisso com a comunidade através da iluminação bíblica de Mateus 5, 13-17 (Sal da terra e luz do mundo). Na manhã de domingo encerramos com uma belíssima celebração eucarística na comunidade Verdum. Vinte e seis missionários (entre eles colaboradores e alunos do CJS), realizaram com muito entusiasmo esta missão, os mesmos participaram da Lectio Divina no barco (antes da chegada na comunidade), através do iluminação bíblica na qual Jesus faz sérias recomendações para os seus discípulos. “Leva-me aonde os homens necessitem tua palavra Necessitem de força de viver Onde falte a esperança, onde tudo seja triste Simplesmente por não saber de ti” Por: Ziza Fernandes
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ISMA ASSINA MAIS UM TERMO DE CONVÊNIO COM O FUNDO DE PROMOÇÃO SOCIAL
Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Aconteceu no dia 22 de outubro, no auditório do Abrigo Moacir Alves em Manaus, a reunião e assinatura do Termo de Convênio referente ao Edital 001/2015, celebrado entre o Governo do Estado, através do Fundo de Promoção Social – FPS e Instituições Sociais do Estado do Amazonas. Somente 16 instituições foram contempladas com esse convênio, das 78 Instituições inscritas no início do certame. Entre elas estão: o Centro Social São Benedito, da Inspetoria Laura Vicuña, que foi contemplado com a aquisição de um micro ônibus, conquistando o primeiro lugar na pontuação geral. E a Inspetoria Salesiana Missionária da Amazônia com três instituições: Comunidade Salesiana de Manicoré, contemplada com material permanente, ficando em segundo lugar na pontuação geral. Pró-menor e
Obras Sociais da Paróquia de São José do Aleixo, que foram contemplados respectivamente com: a reforma de áreas de convivência e o com aquisição de material permanente. Após a assinatura do convênio, os participantes ouviram as devidas orientações técnicas relativas à boa execução do projeto, tais como documentação a ser apresentada, prazos, formulários, etc. Ao final a Sra. Vânia Maria Cyrino Barbosa, Secretária Executiva e Presidente de Honra do Fundo de Promoção Social parabenizou mais uma vez as Instituições conveniadas, em face ao número expressivo de projetos que concorreram ao Edital 2015 e ressaltou também a importância da parceria entre o FPS e as Organizações para a continuação das ações sociais desenvolvidas no Estado do Amazonas.
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BOAS VINDAS AOS ACADÊMICOS BOLSISTAS DOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO DA FACULDADE SALESIANA DOM BOSCO
Fonte: Acervo Faculdade Salesiana Dom Bosco - FSDB
A direção da Faculdade Salesiana Dom Bosco realizou na noite de 27 de outubro a Aula Magna de cerca de 500 alunos do Programa Bolsa Pós-Graduação (PBPG) em parceria com a Prefeitura de Manaus. Serão dez cursos de especialização que irão dar possibilidade de melhoria na vida acadêmica e profissional dos alunos bolsistas, como o de Geovana Farias do curso de Perícia Contábil que sempre desejou fazer um curso de especialização. “O programa é uma iniciativa muito boa porque às vezes a gente não tem condições de pagar um cur-
Fonte: Acervo Faculdade Salesiana Dom Bosco - FSDB
so integralmente, mas com fé a gente consegue realizar o sonho, como esses cursos” diz. A noite foi bem alegre e animada como é o espírito do Salesiano. A acolhida dos presentes, professores e bolsistas, foi feita pelo diretor da Pastoral Pe. Reginaldo Cordeiro que deu as boas-vindas e não deixou ninguém parado com suas dinâmicas. Aproveitou para contar sobre sua experiência de vida e das dificuldades que ultrapassou em seu caminho, e de incentivá-los a não desistirem. A coordenadora do curso de pósgraduação Fernanda Melo apresentou a FSDB e os cursos a serem realizados, introduzindo os presentes as diretrizes da casa e do curso, desejando que todos possam usufruir de cada momento em sala de aula e que possam aplicar em suas vidas pessoais / profissionais todo o aprendizado oferecido pela Faculdade Salesiana Dom Bosco.
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CELEBRAÇÃO DO DIA NACIONAL DA JUVENTUDE EM MANICORÉ – DNJ 2015
Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
No dia 29 de outubro de 2015, aconteceu mais uma noite do DNJ 2015 em Manicoré, realizamos no Centro Juvenil Salesiano a “A Gincana do DNJ 2015”. A abertura foi realizada através do ODJ no qual foi conduzido pela Ir. Angela Falchetto, FMA. Foram realizadas diversas provas: caça ao tesouro, circuito, torta na cara, quadrado 1x1 e muitas outras. Cerca de 120 jovens participaram desse momento fraterno foram dívidas em cinco equipe (representados pelos continentes). A equipe Oceania foi a campeã da noite. No dia 30 de outubro de 2015, aconteceu IX FEST JOVEM, com tema: “Contigo é sempre festa/10 anos do CJS”. O FEST JOVEM contou
com apresentações de diversas danças, desfile, músicas inéditas, etc. Ao final das apresentações tivemos a participação da Banda Milenium (banda local) que encerrou a noite com muita música boa.
Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
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PROMOÇÃO HUMANA: SABER POPULAR E CIÊNCIA
Fonte: Acervo Faculdade Salesiana Dom Bosco
O Projeto Social “Farmácia Verde” da Pastoral da Saúde da Paróquia Nossa Senhora das Dores de Manicoré recebeu uma importante visita no período de 05 a 09 de outubro de 2015. Foi a visita da professora Dra. Eliane Patrícia Cervelatti (foto a esquerda) coodenadora do curso de Farmácia da Universidade Salesiana de Araçatuba (SP). A visita teve como objetivo de conhecer o funcionamento da Farmácia Verde e analisar o início de uma possível parceria entre a mesma e o UniSALESIANO de Araçatuba, tendo como meta a certificação dos remédios ali produzidos. A “Farmácia Verde”, construída em 2012, tem como objetivo contribuir com a Saúde Pública do município através da educação sanitária preventiva, difusão de meios naturais de tratamento de doenças ou estados patológicos e promoção da captação de recursos naturais em vista da produção de remédios 100% naturais.
Atualmente, suas atividades estão sendo comandadas pelas irmãs Graça, que juntamente com a irmã Zulmira (foto a direita), e algumas funcionárias garantem o atendimento significativo à população. Perspectivas Científicas e Acadêmicas: Segundo a professora visitante “o tratamento utilizado na Farmácia Verde é 100% natural e sua eficácia é verificada para aqueles que o seguem corretamente”; comprovada a seriedade do trabalho, “abre-se a possibilidade do desenvolvimento de projetos científicos a fim de comprovar o potencial terapêutico de algumas plantas. Essas análises a princípio, não envolvem um grande investimento financeiro e trariam a possibilidade de obtenção de excelentes resultados. Além disso, existe também a possibilidade da realização de um intercâmbio que incluiria a participação de professores e alunos” (RELATÓRIO DA VISITA A FARMÁCIA VERDE EM MANICORÉ – AM, Dra. Eliane Patrícia Cervelatti, Outubro 2015).
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III ENCONTRO NACIONAL DE PÁROCOS
Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Do dia 3 a 6 de novembro de 2015, em Brasília, no Centro de Convenções Israel Pinheiro aconteceu o III ENCONTRO NACIONAL DE PÁROCOS. O evento contou com a participação de sacerdotes párocos das diversas Inspetorias do Brasil: 04 da Inspetoria de Porto Alegre com 11 paróquias; 09 párocos da Inspetoria de Campo Grande com 16 paróquias; 07 da Inspetoria de São Paulo que tem 13 paróquias; 09 párocos da Inspetoria de Belo Horizonte com 14 paróquias; 04 párocos da Inspetoria de Recife que tem 9 paróquias e 07 párocos da Inspetoria de Manaus que conta com 10 paróquias. Nos dias do evento, os párocos fizeram a memória histórica dos encontros de párocos e refletiram sobre diversos temas tais como o “Quadro Referen-
cial para a Pastoral Juvenil Salesiana”, a paroquialidade no Documento de Aparecida, no documento de “Evangelii Gaudium” e “Misericordie Vultus”. A paróquia é chamada a ser missionária e “casa de comunhão”, “comunidade de comunidades”; é preciso desinstalar-se de si e zelar pela missionariedade. Por Pe. Raffael Zanatta
Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
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ANIMAÇÃO PASTORAL JUVENIL VOCACIONAL I. ACAMPAMENTO VOCACIONAL EM MANAUS
Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Do dia 13 a 15 de novembro aconteceu o acampamento vocacional da área de Manaus. Participaram do encontro os salesianos Wellington, Adelson e Pe Isley, os voluntários Raynery, Gedsom, José Leandro e Ewerton, e os vocacionados Mateus, Rodrigo, Weslley, Railson, Felipe, Wilton, Tainan, Daniel e André.
Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Na noite do dia 13 todos participaram da missa com Dom Mário Antônio na comunidade N. Sra. da Luz no bairro Zumbi, por ocasião da Festa do Instituto das Irmãs Carmelitas. Na manhã do dia 14 partiram cedo para o Km 13 (comunidade Marcos Freire) da estrada de Balbina, em Presidente Figueiredo, onde foram acolhidos pelo casal Domingos e Conceição, aos quais também manifestamos nosso agradecimento. O evento fez parte de uma intensa agenda de atividades previstas no processo de animação da Pastoral Juvenil Vocacional. Dentre os diversos participantes há jovens que iniciarão a experiência de aspirantado no ano de 2016, outros que irão começar a experiência de voluntariado e outros ainda começarão do Pré-noviciado.
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ANIMAÇÃO PASTORAL JUVENIL VOCACIONAL II. CONVIVÊNCIA COM AS FAMÍLIAS DOS VOCACIONADOS
Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Um dos desafios da animação vocacional é o conhecimento do contexto familiar dos jovens que estão fazendo o processo de discernimento vocacional. Esse é um dos compromissos presentes no Projeto Inspetorial da Pastoral Juvenil e Vocacional da Inspetorial Salesiana de Manaus. No 01 de novembro aconteceu em Manaus, no sítio do Km 12 do Pró-Menor Dom Bosco, um encontro de confraternização entre os jovens que estão sendo acompanhados em discernimento vocacional e suas famílias. Após um momento de celebração pela parte da manhã o Padre Antônio de Assis Ribeiro (P. Bira) – Delegado para a Pastoral Juvenil e Vocacional foi convidado a falar sobre a importância do papel dos pais no processo de discernimento vocacional dos filhos. A dinâmica usada foi interativa favorecendo a participação dos presentes. Avaliaram que foi
um momento muito esclarecedor. Também estiveram presentes os parentes do padre Isley Nascimento. Após o almoço, houve um longo tempo de lazer. As famílias elogiaram a iniciativa reconhecendo que eventos como esse são muito importantes porque contribuem para tirar o “ar de mistério” da caminhada vocacional dos filhos. A frase de Bom Bosco, “Quando um filho deixa sua casa para consagrarse, o próprio Jesus ocupa seu lugar na família!” trouxe sentimentos de alegria para muitas mães.
Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
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ANIMAÇÃO VOCACIONAL NO INTERIOR DO PARÁ
Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
De acordo com o calendário da Animação Vocacional da área do Pará, nos dias 08 a 12 de novembro foi realizada uma viagem por diversas cidades do nordeste do Estado em vista da divulgação do carisma salesiano e contato com os vocacionados que já fazem a experiência de convivência conosco na pastoral vocacional. O padre Ronyvon Batista e o padre Bira visitaram as seguintes cidades: Concórdia do Pará, Mãe do Rio, Irituia, Ourém, Bragança, Quatipuru (Boa Vista), Salinópolis, Igarapé Açu, Maracanã e São Francisco do Pará. Há nessas cidades diversos jovens que iniciaram um processo de acompanhamento vocacional e outro que querem conhecer melhor o carisma salesiano. No primeiro semestre outra viagem significativa foi realizada pelos
mesmos para conhecer as paróquias de Tomé Açu, Acará, Bujaru e Tailândia. A primeira finalidade desses eventos é resgatar o bom relacionamento que havia com essas paróquias no passado, uma vez que a memória salesiana e o número de ex-alunos e ex-aspirantes é muito significativo. Nos anos 80 e 90 havia no Centro Vocacional Salesiano de Ananindeua muitos aspirantes provenientes de algumas dessas cidades. Os párocos, em geral, são receptivos e a possibilidade de darmos uma contribuição na animação da juventude é bem-vinda. Nos encontros e celebrações por onde estivemos, proporcionamos um breve conhecimento e a experiência do carisma salesiano com nosso jeito de pensar, dialogar, escutar, sentir e servir. Conhecer o contexto de vida dos jovens
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é outra finalidade importante dessas visitas pastorais. A continuidade e enriquecimento dessa experiência pastoral é muito importante. Esse trabalho quer dar continuidade no processo de acompanhamento iniciado há décadas; nos últimos anos retomado pelo padre Gilson em nossa área. Percorrendo as cidades e comunidades, fomos bem acolhidos pelos jovens e párocos destas dioceses (Castanhal e Bragança).
Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Encontramos algumas paróquias em festividade do Círio local, onde ajudamos em algumas celebrações litúrgicas e nas confissões. Essa experiência proporcionou-nos um contato mais próximo e direto com os jovens e o povo; tudo isso deve ser visto como processo de experiência da animação vocacional à vida Salesiana. Por Pe. Ronyvon Batista Pastoral vocacional da área do Pará
Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
VI CONFERÊNCIA DAS INSTITUIÇOES UNIVERSITÁRIAS SALESIANAS (IUS) DA AMÉRICA Aconteceu em San Salvador, Capital de El Salvador, na América Central, de 28 de setembro a 01 de outubro de 2015, a VI Conferência das Instituições Universitárias Salesianas (IUS) da América, destinada a Mantenedores e Gestores de Instituições de Ensino Superior (IES) Salesianas.
Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
A Conferência contou, da Inspetoria de Manaus, com a participação do Inspetor, Diretor Presidente da Mantenedora da Faculdade Salesiana Dom Bosco, do Padre Gennaro Tesauro, Diretor Administrativo-
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Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
financeiro e da Prof. Meire Botelho, Diretora Executiva. O evento teve como objetivo geral conhecer e socializar o trabalho efetuado nos cinco âmbitos acordados na V Conferência em Campo Grande, para alinhar ações futuras, dando prosseguimento ao Programa Comum 4 (2013-2016) para as IUS Américas. Esse Programa Comum está organizado em cinco âmbitos, a saber: 1) Formação; 2) Consolidação institucional; 3) Assistência aos estudantes; 4) Inserção na realidade e 5) Trabalho em rede. Cada um desses âmbitos, tem um grupo de educadores consagrados e leigos para animá -los sob a coordenação de um membro das IUS, indicado em Assembleia e/ou por dirigentes da IUS no qual esteja vinculado. A VI Conferência foi realizada a partir das reflexões e trabalhos desenvolvidos por esses grupos. Dentre as palestras desta VI Conferência, destacam-se: o Sistema Preventivo de Dom Bosco e a Educação Superior, proferida pelo Sale-
siano Coadjutor, Mário Olmos, Coordenador Geral das IUS em nível mundial. Outra palestra, intitulada “A Educação Superior na América Latina: avanços, retrocessos e desafios, foi ministrada pelo Professor Dr. Cláudio Rama, pesquisador uruguaio. As atividades, intensas, com programação nos três turnos, foram marcadas também por trabalhos em grupos, debates, assembleia e construção coletiva de propostas para assegurar o Programa Comum das IUS. Nos pronunciamentos oficiais, feitos pelo Padre Fabio Attard, Conselheiro de Pastoral, pelo Padre Natale Vitali, Conselheiro Cone Sul, Padre Alejandro Hernandez, Inspetor (Centro América) anfitrião do evento, Padre Oscar Blanco, Reitor da Universidade Dom Bosco, Padre Marcos Sandrini, Coordenador das IUS no Brasil e pelo Padre Félix Serrano, Coordenador das IUS América, percebeu-se a convergência nas falas no sentido de estimular a sinergia entre as Instituições Universitárias Salesianas.
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O evento conclamou todos a lutarem para que sejam criados, institucionalmente, um clima organizacional marcado pela preventividade, onde a juventude universitária sinta que na Instituição Salesiana existe um ambiente humano que favorece a sua formação, o seu protagonismo e onde a caridade pastoral é a fonte do entusiasmo que estimula a permanência do jovem no ambiente universitário salesiano.
ventude e, a partir desses observatórios, realizar-se-á pesquisas sobre a juventude que frequenta as IUS da América, para conhecer os avanços e as possibilidades, para se pensar, futuramente, em ações comuns. No âmbito do trabalho em Rede, será criado um site para troca de informações e para se criar um fundo financeiro para projetos específicos, a serem implementados pelas IUS da América.
Destacou-se a importância da formação de todos os envolvidos nas IUS, sejam gestores, docentes, colaboradores técnicos ou acadêmicos. Diante disso, na linha da formação, foram aprovados projetos para contribuir com a formação dos gestores das IUS e de seus assessores. Na linha da consolidação institucional, as IUS devem intensificar o trabalho pastoral.
Na programação, teve ainda uma Visita guiada ao Campus da Universidade Dom Bosco e da Universidade Centro Americana José Simeon Canas (UCA) além de momentos de conhecimento, fraternidade e oração nos lugares marcantes da História de Dom Romero.
No âmbito da assistência aos estudantes, projeta-se definir algumas linhas comuns para a organização do projeto educativo-pastoral das Instituições. Na linha da inserção na realidade, será organizada uma equipe para articular, no Continente Americano Salesiano, observatórios da Ju-
Ao final, os Conselheiros Regionais solicitaram aos Inspetores e Gestores presentes, que assegurem as Políticas das IUS e o Programa Comum 4 com seus âmbitos, sem esquecer que, a linha prioritária sempre será o Sistema Preventivo de Dom Bosco, base da ação e da espiritualidade educativa. Por Profª. Meire Botelho
ESCOLA SALESIANA DO TRABALHO: TRABALHO RECONHECIDO!
Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
A Escola Salesiana do Trabalho (EST) foi uma das duas entidades selecionadas em todo o país para serem homenageadas em Brasília (DF), na Procuradoria-Geral da República, no próximo dia 9/12, Dia Internacional de Combate à Corrupção. A EST foi reconhecida como instituição exemplar no seu empenho e dedicação à campanha Dez Medidas Contra a Corrupção! www.dezmedidas.mpf.mp.br
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A Escola Salesiana do Trabalho merece muito esse reconhecimento nacional! Os dirigentes e educadores conseguiram envolver toda a escola em um mutirão contra a corrupção e em favor da ética, da educação e da cidadania. Esse trabalho não é de hoje, mas faz parte de uma grande história de luta pela promoção da dignidade de adolescente e jovens. A escola foi convidada a ser homenageada juntamente com o movimento “Mude: Chega de Corrupção”, em um evento para o qual foram convidados todos os órgãos de imprensa nacional que atuam em Brasília, além de dirigentes nacionais das entidades parceiras da campanha.
Somos muito gratos à Escola Salesiana do Trabalho e a todas as demais escolas e equipes da SEDUC envolvidas na campanha. Verdadeiro show de formação cidadã! Parabéns! Por Pe. Carlos Josué Nascimento
Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
ORATORIANOS EM CONFRATERNIZAÇÃO
Fonte: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
No dia 21 de Novembro o Oratório Nossa Senhora de Fátima, localizado no bairro Distrito Industrial II, zona leste de Manaus (AM), animado pelos salesianos pós-noviços Luis Antônio e Francisco encerrou suas atividades do ano realizando um belíssimo passeio no Sítio Dom Bosco. O clima foi de muita alegria, fraternidade e lazer! Agradecemos a Deus
por mais um ano que está se passando, até o ano que vem! “Eu mesmo rei em busca de minhas ovelhas e cuidarei delas... Farei surgir para elas um pastor único... Ele as apascentará e lhes servirá de pastor” (Ez 34,11.23). Por Luis Antônio Ferreira