Tapiri 170 digital novembro dezembro 2014

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EDITORIAL Estimados(as) amigos(as), irmãos e irmãs

Com esta edição de “O Tapiri” estamos encerrando o ano 2014. O final de mais um ano é uma oportunidade propícia para a avaliação e programação do ano vindouro. É naturalmente isso que se sente de por todos os lados. Mas um olhar sabiamente crítico sobre o passado, sempre nos estimula a encarar o futuro com mais projetualidade e firmeza. Nesta edição publicamos novas matérias significativas que nos estimulam à reflexão e ao estudo além das notícias salesianas. A partir desta edição, durante todo o ano 2015, teremos uma matéria sobre o Conteúdo do Capítulo Geral XXVII. Será uma forma de aprofundamento desse importante documento da Congregação Salesiana. Por isso o Pe. João Sucarrats nos apresenta o processo do caminho histórico de renovação da Congregação. O Pe. Justino Sarmento, com propriedade por ser indígena, nos apresenta uma importante reflexão sobre a sensibilidade religiosa do povo indígena que abraça a sua vida cotidiana permeada de ritos e práticas naturais da vida. A vida indígena está sempre envolvida pelo senso religioso que dá significatividade para cada compromisso comunitário.

O Senhor Ramon Salcido Ruiz, voluntário mexicano, resume e compartilha conosco suas motivações para a experiência do voluntariado missionário. Mas trata-se de uma experiência de família que necessitou um longo processo de discernimento. Não poderia faltar nesta edição uma explícita menção à solenidade do Natal! O abaixo-assinado nos convida ao aprofundamento teológico do mistério da encarnação. Que linda é a expressão do evangelista Lucas quando descreve o cântico de Zacarias no qual declara: “Graças ao misericordioso coração do nosso Deus, o Sol que nasce do alto nos visitará, para iluminar os que vivem nas trevas e na sombra da morte” (Lc 1,78-79). Jesus Cristo é o Sol que nasce do alto, não aceso pelo ser humano, mas por Misericórdia do Pai nos foi enviado para “guiar nossos passos no caminho da paz”. Enfim agradecemos a todos aqueles que estão contribuindo para que O Tapiri possa continuar a cumprir seus objetivos. Esperamos que cresça ainda mais a participação! Desejamos aos nossos (as) leitores e leitoras um Feliz Natal e um abençoado ano 2015. Boa Leitura!

Antônio de Assis Ribeiro (Pe. Bira), sdb Delegado para a Animação Pastoral Manaus, 10 de Dezembro de 2014


TAPIRI é uma publicação bimestral e gratuita da Inspetoria São Domingos Sávio, iniciada em janeiro de 1989, dirigida aos Salesianos de Dom Bosco, membros da Família Salesiana e aos colaboradores leigos e educadores; tem como objetivo ser um instrumento de reflexão sobre temas diversos alinhados à ação pastoral do carisma salesiano. O TAPIRI reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do instrumento pastoral, sendo de total responsabilidade de seus autores.

Inspetor: Pe. Francisco Alves de Lima Organização: CIP Coordenador: Pe. Antônio de Assis Ribeiro Equipe de articulação: Gisele Lopes, José Luis (Zeca) e Animadores de Pastoral Projeto Gráfico: Eduardo Lacerda Revisão: Josely Moura Distribuição: José luis (Zeca) Articulistas: Convidados Capa: Logotipos do CG27 e Bicentenário Manaus - Am - Brasil

SUMÁRIO O CG 27: Processo de Um Caminho Histórico de Renovação Matriz Religiosa Indígena

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Uma Família Missionaria Mexicana no Amazonas O Significado do Natal do Senhor Aconteceu

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O CG 27: Processo DO caminho histórico de renovação Por Pe. João Sucarrats, sdb Diretor do Colégio N. S. do Carmo

O texto final do CG 27 da Congregação Salesiana, na sua introdução, nos lembra que falar da “Radicalidade Evangélica” não é um modismo ou um tema inventado de repente, mas uma palavra de ordem que está em continuidade com a reflexão da Igreja e da Congregação Salesiana, a partir do Concílio Vaticano II: Viver a “radicalidade evangélica” é o tema do CG 27 convocado pelo ReitorMor P. Pascual Chávez, como “conclusão aberta” de um itinerário que, a partir das Constituições renovadas (1984), continuou até hoje visando acolher os grandes apelos do Concílio Vaticano II, na escuta da voz do Espírito com referência especial à vida consagrada. Os quatro últimos Capítulos Gerais concentraram a atenção nos destinatários da nossa missão (CG 23), na participação, comunhão e corresponsabilidade de salesianos e leigos na única missão (CG 24), na comunidade (CG 25) e na espiritualidade salesiana (CG 26). O CG 27, em continuidade com os anteriores, evidencia o enraizamento evangélico da nossa consagração apostólica.

O Concílio Vaticano II O Concílio Vaticano II, através da Constituição Dogmática “Lumen Gentium” e do Decreto “Perfectae Charitatis”, convidou a Igreja a mudar de perspectiva ao falar do sentido da Vida Consagrada: passar do conceito estático de “estado de perfeição” ao conceito dinâmico de vivência da radicalidade evangélica como concretização da consagração batismal. O capítulo VI da “Lumen Gentium”, sobre os Religiosos, foi colocado imediatamente depois do

capítulo sobre a “Vocação universal à santidade” (c V), mostrando assim, qual o lugar da vida consagrada na Igreja. A partir daí foi-se desenvolvendo e ganhando relevância a nova Teologia da Vida Religiosa. No final do Concílio, em 1965, a Congregação Salesiana realizou o seu XIX Capítulo Geral. Na ocasião, foram apresentadas as novas perspectivas com relação à vida religiosa, iniciando desta forma um caminho de mudança de mentalidade. 3


contros de formadores e de pastoralistas a nível mundial, regional, nacional e inspetorial.

Em 1971 foi realizado o Capítulo Geral Especial (CGE XX). Foi “Especial” porque nele a Congregação Salesiana realizou o pedido conciliar de adequar os textos fundamentais dos Institutos de Vida Consagrada aos princípios e orientações emanadas pelo Concílio. O “livro amarelo” – como é conhecido – passou a ser objeto de estudo e de reflexão durante muitos anos, em todas as instâncias de formação da Congregação Salesiana. As cartas circulares do Reitor Mor e as estreias anuais que se seguiram, foram abordando e aprofundando aspectos da nossa vida e da nossa missão, adaptando a linguagem e a mentalidade dos salesianos à busca da essencialidade na missão apostólica, a partir do seguimento de Jesus. Os dicastérios da formação e da pastoral juvenil deram passos significativos através da “Ratio” e de abundantes subsídios pastorais. Também se multiplicaram os en-

As Constituições renovadas Os Capítulos Gerais 21 e 22, de 1977 e 1984, foram dedicados a reescrever as Constituições e os Regulamentos da Congregação Salesiana. O espírito da renovação conciliar ficou plasmado no título do livro do Pe. José Aubry: “Um caminho que leva ao amor”. A vivência do amor – dom do Espírito Santo – que foi o carisma de Dom Bosco em favor dos adolescentes e dos jovens, passou a ser o aspecto condicionador da forma e do conteúdo das Constituições renovadas. A linguagem das novas Constituições, tradicionalmente jurídica e imperativa, passou a ser afirmativa e espiritual, fundamentada de forma explícita na Palavra de Deus através de oportunas citações iluminadoras. Os Salesianos nos definimos na Igreja e no mundo como “Sinais e portadores do amor de Deus aos jovens, especialmente aos mais pobres”. O conteúdo das Constituições renovadas colocou em evidência os dois aspectos fundamentais da vida religiosa salesiana: Consagração e Missão. Ficou claro que é o próprio Deus que nos consagra no Batismo e na Crisma e que a nossa “Vida Consagrada” é uma resposta 4


de amor ao amor que se manifesta no carisma – dom de Deus a Dom Bosco – e que tem sua continuidade na Congregação Salesiana e em outros grupos que na Igreja participam do mesmo dom. Acenos constantes e alguns documentos mostraram a preocupação pela “Graça da unidade”: Consagração e Missão, vida comunitária e oração, bem como a formação e as estruturas, não são compartimentos estanques e independentes, mas tudo forma uma unidade. A Primeira parte - “OS SALESIANOS DE DOM BOSCO NA IGREJA” - no capítulo primeiro, apresenta uma definição da Sociedade de São Francisco de Sales, indicando o lugar que ocupa na Igreja e na sociedade a partir do carisma de que é portadora. O capítulo segundo trata das características do espírito salesiano que é espiritualidade da ação e está na base do nosso ser e do nosso agir. A profissão religiosa (capítulo 3) é a celebração dessa espiritualidade como compromisso diante de Deus e do mundo. A segunda parte - “ENVIADOS AOS JOVENS EM COMUNIDADES NO SEGUIMENTO DE CRISTO” – coloca em evidência a nossa missão juvenil, a dimensão educativo pastoral e os critérios e corresponsáveis da missão salesiana (capítulo 4). A missão se realiza em comunidades (capítulo 5) de consagrados, no seguimento de Jesus Cristo obediente pobre e casto (capítulo 6). A vida de

oração (capítulo 7) é fundamental para alimentar a fidelidade à resposta de amor. A terceira parte – “FORMADOS PARA A MISSÃO DE EDUCADORES PASTORES” – indica os critérios (capítulo 8) e as etapas do processo formativo (capítulo 9). A quarta parte – “O SERVIÇO DA AUTORIDADE EM NOSSA SOCIEDADE” – trata dos “princípios e critérios gerais” (capítulo 10) e a modalidade deste serviço nos diversos níveis: mundial (capítulo 11), inspetorial (capítulo 12) e local (capítulo 13). Finalmente, se estabelecem critérios e normas para a administração dos bens temporais (capítulo 14).

Aprofundamento da nossa missão Os capítulos gerais 23, 24 e 25 – de1990, 1996 e 2002 – se caracterizaram pelo aprofundamento de alguns aspectos fundamentais da nossa missão: Educar os jovens à fé (CG 23), Salesianos e Leigos corresponsáveis pela missão (CG 24) e as responsabilidades da Comunidade Salesiana no Núcleo Animador da missão (CG 25). O Capítulo Geral 23, ao abordar o tema “EDUCAR OS JOVENS À FÉ”, lembra o compromisso prioritário na missão juvenil salesiana: educação, evangelização e promoção humana formam uma unidade que tem como objetivo levar os jovens a 5


um verdadeiro encontro com Jesus Cristo e seu Evangelho do Reino. A partir daí cresceu na Congregação Salesiana a animação de grupos e a articulação dos mesmos – MJS, AJS – com a oferta de itinerários concretos, adaptados a cada contexto, de espiritualidade juvenil. O Capítulo Geral 24 abordou o tema da comunhão e da missão comum de salesianos e leigos que fazem parte do “Vasto movimento eclesial” que tem como referência Dom Bosco. A vocação e a missão salesiana é irradiante: se durante muito tempo parecia que o ideal das obras salesianas era que todos os postos fossem ocupados por salesianos, a teologia do laicato fez perceber que os leigos que participam da nossa missão não são uma espécie de suplência, mas participam realmente do mesmo espírito e da mesma missão, embora em diferentes graus, dando uma contribuição específica e insubstituível. O Capítulo Geral 25 voltou os olhos para a comunidade salesiana dentro do contexto ampliado da missão salesiana: é irrenunciável seu papel profético como consequência da radicalidade da consagração religiosa. Por isso, a comunidade salesiana tem um lugar próprio dentro do “Núcleo Animador” de toda a missão salesiana. O capítulo geral se realizou tendo como pano de fundo o “Duc in altum” – Avançar para águas mais profundas – apresentado pelo papa S. João Paulo II como

palavra de ordem para o jubileu do terceiro milênio, e desenvolveu cinco aspectos da comunidade salesiana: 1 A vida fraterna; 2 O testemunho evangélico; 3 A presença animadora entre os jovens; 4 A formação e animação da comunidade; 5 Condições organizativas.

Preparação para o bicentenário do nascimento de Dom Bosco O Capítulo Geral 26, de 2008, quis aprofundar os fundamentos da espiritualidade salesiana. O Reitor Mor, Pe. Pascual Chaves, no discurso de encerramento definiu aquele Capítulo Geral como “Uma carta de navegação a caminho do jubileu de 2015, segundo a marca do

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‘Da mihi animas, coetera tolle’” e propunha três chaves de leitura das cinco fichas de trabalho: “1. Aquecer o coração dos irmãos: Espiritualidade, Comunidade e Missão; 2. Missionariedade: obedientes à ordem do Senhor Jesus; convicção do valor transformador do Evangelho; predileção pelos jovens; 3. Novas fronteiras: como Dom Bosco saber escutar a realidade social; fantasia pastoral; promover uma mudança cultural. A partir daquele Capítulo Geral a preparação para o bicentenário do nascimento de Dom Bosco foi aquecendo o coração dos salesianos, da Família Salesiana e do “Vasto Movimento Eclesial” inspirado em Dom Bosco. Foi lançado e concretizado o projeto de três anos de preparação: 2012, ano de aprofundamento da história de Dom Bosco, 2013, ano de aprofundamento do Sistema Preventivo e da pedagogia salesiana, e 2014, ano de aprofundamento da espiritualidade salesiana. As estreias do Reitor Mor para esses anos foram muito importantes e orientadoras. Neste contexto foi preparado e realizado o Capítulo Geral 27 que terminou no dia 12 de abril de 2014. O tema escolhido “Testemunhas da radicalidade evangélica” recolhe toda a reflexão feita nos últimos cinquenta anos pela Congregação Salesiana. Trata-se de ir ao encontro

do fundamento de toda a renovação pastoral e espiritual. O ícone da “Videira e os ramos” resume todo o processo realizado: as tarefas de renovar as nossas Constituições, ser educadores da fé dos jovens formando um vasto movimento eclesial inspirado em Dom Bosco, lembrar a história, a pedagogia e a espiritualidade salesiana... só tem sentido na medida em que estamos enraizados em Jesus Cristo, como Dom Bosco.

“Conclusão aberta” O Capítulo Geral 27 nos diz que a “Radicalidade evangélica” é uma “conclusão aberta” de um itinerário realizado a partir das Constituições renovadas. É “conclusão aberta” porque muitas outras reflexões podem ser feitas a partir do “Senhor, que quereis que eu faça?”; é “conclusão aberta” também porque novos desafios poderão ser detectados no dinamismo da história e novos processos deverão ser postos em andamento; mas sobretudo é “conclusão aberta” porque a Congregação Salesiana espera que “o Caminho” seja percorrido de verdade e o documento capitular não acabe sendo um livro a mais nas nossas prateleiras. “Que a graça de Deus e nossos irmãos salesianos nos ajudem a sermos fieis”.

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MATRIZ RELIGIOSA INDÍGENA Por Pe. Justino Sarmento Rezende1, sdb Diretor e Ecônomo da Missão Salesiana de Marauiá

INICIANDO A CONVERSA

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diversidades culturais e interculturalidade. A Constituição Federal de 1988, no artigo 231 assegura nossos direitos: “São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá -las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens”. Queremos apresentar alguns pontos importantes da nossa existência humana indígena, são realidades bem visíveis, sensíveis e palpáveis, mas essas realidades apontam algo além de suas expressões.

O presente artigo é uma reflexão sobre alguns eixos religiosos dos povos indígenas da região do alto rio Negro, município de São Gabriel da Cachoeira, Amazonas/Brasil. Nessa região nós somos vinte e três povos pertencentes a quatro famílias linguísticas: Tukano, Aruak, Maku e Yanomami. Desde o século XVI (1542) nós temos contatos com os colonizadores comerciantes e missionários. Junto com eles chegou entre nós religião cristã católica. Os cristãos e o cristianismo eram cheios de preconceitos com relação a nós indígenas e às nossas culturas. Duvidavam de nossa humanidade, perguntavam se éramos gente ou não? Destruíram muitas práticas culturais. No século XXI é possível realizar uma reflexão como essa, numa perspectiva de reconhecimento das

2 É indígena do povo Ʉtapinopona Tuyuka. Tem formação em Filosofia, Teologia e Mestrado em Educação Indígena. Atualmente (2010-2014) atua com o povo Yanomami do rio Marauiá, município de Santa Isabel do Rio Negro/AM. Artigo preparado para formação dos professores do Ensino Religioso da SEDUC-AM, Manaus, 11/10/2014.

1. PESSOA HUMANA – IDENTIDADE E DIFERENÇA

Nós somos filhos/filhas do Deus da Origem/Transformação3. Os meus parentes afirmam que nós somos Pamʉri Basoka, isto é, Gente de Transformação. Na nossa região do

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3 Na mitologia do Ʉtapinopona Tuyuka e outros povos da bacia do rio Uaupés dizemos que nós nascemos junto ao Pamʉri Oãkʉ (Deus da Origem).


rio Negro alguns povos indígenas afirmam ter suas origens no Lago de Leite [Opekõtaro – em Tuyuka]. Nós viajamos no ventre do Pamʉri Pino/ Pamʉri Yokosoro = Cobra/Canoa de Transformação. Viemos passando por Pamʉri Wiseri = Casas de Transformação até à nossa emergência para o patamar da terra (o chão de nossa vida). Outros povos afirmam ter vindo do alto, outros surgiram das florestas. Independentemente de nossas Origens nesse Patamar de nossas vidas, seguimos diversos processos históricos de construção de nossas identidades e diferenças. Nesse texto o que estou apontando é de que nós não somos apenas humanos, somos também seres divinos, pois as nossas raízes humanas estão fundamentadas nas Casas das Divindades cujos nomes variam conforme cada povo indígena de nossa região do alto rio Negro. Por isso em todos os rituais de cantos/ danças, quando se realizam discursos sagrados, quando fazem rituais de benzimentos de crianças, de jovens, dos adultos e benzimentos das casas, dos trabalhos, dos rios, do universo sempre se referem às divindades e suas casas de origem.

bʉreko4 = dia de nossa vida. Nós vivemos envolvidos por seres criadores, vivemos do lado deles, vivemos nas palmas desses Seres Poderosos. Eles são deuses da fertilidade, que acompanham os caçadores, pescadores, protegem as mulheres que vão e voltam das roças, que protegem as florestas, os meninos, as meninas, os animais; que cuidam da nossa saúde, da beleza, etc. Por isso, nós pedimos a proteção das divindades para nossas vidas antes de um trabalho, antes da pesca, da caça, antes da realização de festas, viagens etc. Esses deuses são conhecidos por diversos nomes. Nossos protetores são divindades e espíritos que se encontram nas montanhas, nos lagos, nas cachoeiras, nas roças, etc. Outros seres vivos e outros espaços também possuem seus protetores. O mundo está cheio de seres protetores, divindades. Por isso, nossa vida e os ritmos de vida cotidiana são benzidos pelos nossos sábios através de diferentes materiais: breu para defumação, cigarro, urucum, bebida, etc.

2. VIDA DIÁRIA – COTIDIANIDADE

Nós povos indígenas buscamos viver intensamente cada dia. Meus parentes Tuyuka dizem: marĩ katiri 9

4 Em língua Ʉtapinopona Tuyuka.


3. BENZIMENTOS Os benzimentos são nossas riquezas imateriais e materiais para o cuidado da nossa vida humana, vidas da natureza e do mundo em geral. Somos benzidos ao longo de nossa existência pelos sábios benzedores para vivermos em harmonia e equilíbrio com outros seres humanos e outros seres vivos. Existem os benzimentos considerados mais importantes [niromakañe]. São benzimentos relacionados ao nascimento da criança, rituais de nominação da pessoa, da alimentação, da iniciação masculina e feminina (na primeira menstruação), benzimentos rituais com suas devidas danças e cantorias. São benzimentos de manutenção da vida humana em harmonia consigo mesma, com outras pessoas, com outros seres vivos e o cosmo que nos envolve. Esses tipos de benzimentos são feitos por pessoas que receberam dom para isso e são reconhecidos pela sociedade indígena. Existem outros benzimentos de coisas passageiras, para curar as doenças. Esses benzimentos qualquer pessoa pode aprender.

4. CUIDAR DAS DIVERSAS FASES DA VIDA

Nossos avós procuram cuidar bem da vida com os benzimentos. Você leitor está percebendo que a força material e imaterial caminha

junta. Não dá para ser só material nem só imaterial. São duas forças que se complementam. Vejamos algumas fases de nossas vidas indígenas. GRAVIDEZ: o útero materno e a mãe são benzidos para prevenir contra as doenças e tornar o útero em espaço bom para o crescimento da vida nova (criança em gestação). Benze-se geralmente com mingau, suco de frutas. PARTO: no momento das primeiras dores de parto o benzedor benze a mulher, o espaço de nascimento com cigarro, breu, sikãta. Com eles os espaços serão defumados e o corpo da mulher. CASA: é benzida para proteger das doenças, pois a casa é como novo útero que acolherá a pessoa após o nascimento. Benzem com breu, cigarro, sikãta, abano e pote. Benze a vida dos pais e todo o material que se encontra na casa, pois eles também são possuidores de vida. Nos rituais de cantos/danças também bem a Casa Ritual – em Tuyuka dizem: Wanoare = protegem a Casa Ritual e os participantes da festa. Benze o cigarro para diagnosticar como vai ser a festa, benze com Carajuru, ipadu, caxiri, cera-de -abelha, breu e o caapi. NOMINAÇÃO: após o nascimento o benzedor dará um nome seguindo uma escala de nomes mitológicos da etnia. Para isso, dizemos que é benzimento da alma

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– Yeripona basere5 (em Tuyuka) para que a criança cresça forte e sadia. Materiais: caldo de cana, suco de abiu ou de cucura. Entre nós Tuyuka nomes são: Bʉabi, Põro, Ʉtãro, Po, Poani, Dʉpo, Bua, Ñidʉpʉ, Wamʉrõ, Bʉkayai, Ʉtãdiata e outros; nomes femininos: Kamo, Sano, Sume, Dia, Yabe, Sena e outros). O benzimento do nome feito na hora do nascimento pode ser repetido na vida adulta em diferentes momentos. A criança recebe o benzimento para estar em harmonia com outros seres vivos. RESGUARDO E RITUAL DE BANHO: tempo de resguardo é tempo necessário para vida da mãe, pai e criança. Eles ficam dentro de casa sem sair para outros lugares e trabalho. Ritual do banho marca a saída oficial da casa após o nascimento da criança. Os benzimentos antes desse ritual servem para criar harmonia entre a natureza, seres vivos da natureza e os seres humanos. 5 Tradução literal da língua tuyuka: Yeripona (coração) basere (benzimentos) = Benzimento do coração.

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Materiais utilizados são: cigarro, breu e outros. Nesse momento também fazem os benzimentos dos alimentos dos pais da criança: beiju, pimenta, sal e outros alimentos apropriados para este momento. ALIMENTOS: quando a criança já tem os dentes os pais pedem os benzimentos da alimentação, primeiro é o peixe e posteriormente, carne. São benzimentos para apaziguamento das forças negativas que podem vir dos alimentos e tornar os alimentos como fonte da vida, da saúde, da beleza, etc. INICIAÇÃO MASCULINA E FEMININA: para menina está ligada à sua primeira menstruação e para o menino nas mudanças das vozes. A menina é benzida para a proteção de sua saúde e ajude no bom crescimento. Os adolescentes recebem os benzimentos para fortalecer a vida de menino, proteção da saúde, sua voz. Os jovens são benzidos para crescerem fortes, livres dos maus sentimentos, endireitar sua voz, seus sonhos, etc. TRABALHO: os benzedores benzem para que as pessoas tenham disposição ao trabalho, tenham saúde e que não aconteçam desastres de trabalhos, proteção dos males que podem provir dos seres vivos. Benzem os instrumentos de trabalhos. Benzem a terra que cultivada produzirá bons frutos. CASAMENTO: casar é a meta


de toda educação humana. Geralmente o casamento acontece entre pessoas de diferentes etnias. O benzimento é feito para que tenha boa convivência, respeito, sejam trabalhadores, eduquem seus filhos com alegria. MORTE: benzem o corpo de falecido e enviam seu espírito para Casa dos Antepassados. Benzem também os participantes do funeral para que chorando pela morte não se sintam atingidos pela tristeza prolongada, não fiquem doentes, que consigam desligar-se mais rapidamente de seu espírito. Para algumas culturas como o povo Yanomami é motivo de grandes festas.

e plantio. A terra está intimamente ligada com outras realidades do alto, como as constelações e com as realidades de baixo, como a água. Sabedoria indígena é viver em profunda interação com essas realidades grandes. Os movimentos das constelações influenciam profundamente na vida da terra, na vida humana e na vida de todos os seres viventes. Os rios que percorrem cortando nossas terras estão profundamente ligados às realidades do alto, do sol, da lua, das constelações, das chuvas. Os nossos benzedores benzem sempre as nossas relações com a natureza, terra, seres vivos, rios, vento, trovões, chuvas e nós mesmos.

vida humana e outros seres viventes. Nós Tuyuka dizemos marĩ katire dita = terra nossa vida. Cada povo possui modos diferentes de relacionar com a terra. A terra é vida, é outro ser dialogante, sabe o que nós pessoas humanas e outros seres viventes precisamos para viver. Nós vivemos na/da terra. Ela é a totalidade da vida. A própria terra nos fala sobre o cuidado que devemos ter com a vida. A terra é sagrada. Na terra desenvolvemos nossos trabalhos seguindo nossos saberes que herdamos de nossos avós: preparação das roças, queimadas

Pamʉri Wiseri = Casas de Emergência ou Surgimento são Casas que marcam o início de nossas histórias sagradas. Nossos mestres de danças/cantos narram que existem duas Casas: Opekõwi = Casa de Leite; Tõkowi = Casa de bebida doce [do Bem]. Ao lado dessas Casas um lago Opekõtaro = Lago de Leite. Tenório (2005, 11) diz: “Tetiro to niku marĩya tokõkosope, marĩya tokõwi, marĩya tokõkumuro, marĩya tokõwatoa, tie niku kʉ Ʉtapinomakʉ niñamasãre”6. As histórias

5. TERRA – NOSSA VIDA

6. NOSSAS HISTÓRIAS SAGRADAS A terra é geradora das vidas:

6 Marĩya tokõkosope = nossa porta do bem [por-

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de nossas origens estão bem ligadas às divindades geradoras da vida. Por outra parte existem longas rotas de emergência ou transformação dos povos indígenas, por isso, são muitas Casas de Transformação até estabeleceram nas moradias atuais. Porém, nas histórias sagradas somente as Casas Originárias, bem antigas que fazem parte de nossas histórias sagradas. Essas histórias são transmitidas no dia a dia aos filhos e netos. Porém, de forma solene narra-se durante as cerimônias de cantos e danças rituais: discursos, entoações, etc. São momentos sagrados por isso, antes, durante e depois os mestres de danças, cantos e pessoas que consomem bebidas e comidas benzidas seguem dietas alimentares recomendadas pelo benzedor principal. Nós Filhos-da-Cobra-de-Pedra7 – chegamos à Cachoeira de Caju8 como um só grupo. Ai construíram Basawi (Casa Ritual) e os primeiros seres emergentes (primeiros ta do bem, doce]; marĩya tokõwi = nossa casa do bem [doce]; marĩya tokõkumuro = nosso banco do bem [doce], marĩya tokõwatoa = nossa cuia do bem [doce]; tie niku kʉ Ʉtapinomakʉ niñamasãre = são esses elementos que dão vida ao Filho-da-Cobra-de-Pedra. Tradução do texto: Por isso ai estão nossa Porta do Bem, nossa Casa do Bem, nossa Banco do Bem, nossa Cuia do Bem, esses elementos constituem a vida do Filho-da-Cobra-de-Pedra. 7 Ʉtapinopona é o povo popularmente conhecido como Tuyuka. Nome sagrado: Ʉtã = Pedra; Pino = Cobra; Pino = Cobra; Filhos-da-Cobra-de-Pedra. 8 Essa Cachoeira está localizada no território colombiano no alto Uaupés. Também chamada Cachoeira de Jurupari.

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Tuyuka) realizaram rituais de iniciação de todos os seus filhos, utilizando instrumentos cerimoniais, flautas sagradas, adornos de cabeça ou faixas emplumadas, benzimentos, entoações, cantos, caapi. Dentro da Casa Ritual através de discursos entremeados de cantos, danças e brincadeiras, narram histórias sagradas passando pelas diversas Casas de Transformação.

7. CICLO DAS VIDAS E FESTAS

Os cantos e danças cerimoniais estão relacionados à vida humana e ao mundo material e imaterial que nos envolvem. Essas vidas são temidas, reconhecidas, respeitadas, invocadas, faladas, benzidas, cantadas e dançadas. Entre os Tuyuka existe Basamo [= conjunto de Músicas/Cantos]. Alguns cantos e danças importantes: DASIA BASA (Dança do Camarão): é cantada e dançada quando dá primeira menstruação das moças, quando se quer dar nome a um filho ou filha de um chefe e quando


vão dar de comer peixe pela primeira vez a essa criança. HIÃ BASA (Dança da Lagarta): como o Dasia basa, é cantada e dançada durante a cerimônia de dar nome a uma criança, na primeira menstruação da moça e de dar de comer peixe. Dançada e cantada durante o verão Hiarõ que significa “tempo de aparecimento de lagartas que comem folhas de cunurizeiro”. Eles representam espíritos de pajés do universo e provocam trovoadas e doenças nas pessoas. Através dessa dança/canto os benzedores protegem as comunidades fazendo apaziguamento dos seus espíritos. IKIGA (Dança Inajá): cantam e dança na cerimônia de oferecimento de comida (dabucuri, na língua geral), como peixe, produtos de mandioca e carne de caça. A origem da cerimônia e do canto vem dos seres divinos Diroa-masã, quando eles fizeram a primeira cerimônia de oferecimento de comida, peixe e caça para seus avôs. UMUA BASA (Dança do Japu): assim como a dança do Camarão, é cantada nas cerimônias de nominação e de proteção da casa e, por extensão, de toda a comunidade. WAI BASA (Dança do Peixe): é cantada e dançada antes da época das enchentes, quando os peixes se juntam e fazem sua desova. Serve para apaziguar os espíritos dos peixes (Wai masã), para não provocarem doenças na humanidade.

WASÕ BASA (Dança de Wasõ): cantada e dançada quando se faz oferecimento de frutas, como açaí, buriti, ingá, ucuqui, cunuri, jatobá, japurá, uacu, tucumã, sorva, sorvinha, cucura, etc. ÑASA BASA (Dança do Maracá): cantada e dançada na festa de confraternização durante a qual se protegem as pessoas e suas casas contra doenças do universo e as enviadas pelos pajés e os espíritos da floresta. YUA BASA (Dança do Calanguinho Azul): cantada e dançada após concluir os trabalhos das roças. Pedem aos espíritos para que haja um bom verão para boa queimada. Cantam e dança pedindo para não apareçam doenças às mulheres durante seus trabalhos. YUKɄ BASA (Dança dos Paus): cantada e dançada como complemento da dança Yua Basa. KAMÕKA BASA (Dança do Kamõka): é cantada e dançada nas festas com os membros da maloca e os demais irmãos. Servem para benzimentos de proteção de seus moradores contra doenças, picadas de cobra e acidentes de trabalho. Existem outros instrumentos musicais e músicas mais simples que são utilizadas em meio as músicas sagradas. Alguns são: Sʉ (caracol), ñama koã (flauta de osso de veado), ñama dʉpoa (flauta de cabeça de veado), kuware (casco de jabuti), weru weru hiri koã (flauta de osso de anta), perurige (flauta de pã),

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tõrõriwʉ (flauta de taboca) e seruru hirõ (flauta de pã pequena).

8. NOSSOS SÁBIOS: GUIAS ESPIRITUAIS

Nas nossas culturas indígenas desde que nascemos os nossos avós benzedores nos benzem conforme a nossa pertença étnica e pertença na hierarquia. Por isso, nós temos personalidades especializadas para se tornarem guias espirituais, mestres de benzimentos, de cantos e danças. São educadas-formadas pelos conhecedores de nossos saberes construídos desde as Origens. Vejamos algumas personalidades: Yai, numa tradução bem simples é Onça. São pessoas treinadas e recebem os poderes da mente para antecipar as visões das realidades, descobrir as causas das doenças e fazer curar jogando a água no corpo da pessoa, chupar a doença para jogar, com benzimentos. Kumu é pensador, benze e curas as doenças. Basegʉ é aquele benze e cura. Baya é mestre de cantos e

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danças. Wederige hĩgu ou Yuamʉ é aquele que entoador de histórias.

São pessoas que estão a serviço das comunidades, das tradições. São pessoas que zelam as riquezas culturais.

FECHANDO A CONVERSA Apresentei aqui alguns eixos importantes de nossas vidas e nossas culturas rionegrinas. As variáveis de rituais, cerimônias, cantos, danças, discursos, pinturas, instrumentos musicais e de danças só poderão ser aprofundados conhecendo cada povo em particular. Nesse momento eu não consigo ter domínio das culturas de vinte e três povos indígenas. Decidi não colocar aqui todos os avanços que esses povos realizaram no campo de encontro/diálogo com a religião cristã católica e evangélica, suas variáveis, as práticas interculturais, inter-religiosas, práticas de inculturação que enriquecem as práticas religiosas indígenas e práticas religiosas cristãs.


Uma família missionaria mexicana no Amazonas Ramón Salcido Ruiz Missionário Salesiano

1. OS CAMINHOS DE DEUS Deus tem caminhos diferentes para ser visto e construir cada pessoa. No nosso caso como casal, conhecemos Deus através do testemunho de nossos pais, nas pequenas comunidades cristãs de amigos onde aprendemos seguir Jesus, e nos corações das pessoas pobres no apostolado e os voluntariados sociais nos bairros marginalizados, comunidades indígenas, escoteiros, etc. Então, a vida trouxe o desafio de dar aos nossos filhos a fé e treiná-los para experimentar a alegria de servir e sentir a presença de Deus entre os mais pobres no meio de um mundo materialista que usa as pessoas. Achamos que ajudá-los a amar a Deus e aos outros, acima de qualquer outro valor, é a herança mais importante que podíamos legar a eles, mesmo que isso significasse arriscar tudo, e assim foi que nos oferecemos como voluntários missionários na Inspetoria Salesiana do México Guadalajara.

2. PROCESSO DE PREPARAÇÃO Tentamos nos preparar lendo as “Memórias do Oratório” de Don Bosco, meditando a família inteira e nos esforçando para melhorar a nós mesmos e nos manter abertos a um destino ainda não conhecíamos. Disseram-nos que talvez enviariam nos ao Togo na África, á Filipinas, ou as favelas do Rio de Janeiro. Finalmente, em 19 de março, dia de São José, o inspetor nos disse que iria enviarnos para a Amazônia. Houve momentos de entusiasmo e resistência entre nossos filhos, sacrifícios e dificuldades na obtenção do dinheiro necessário para a viagem até o ponto em que nos pensávamos que não poderíamos realizar esse sonho. Mas com a orientação de amigos salesianos, o exemplo de Dom Bosco, nós pudemos de colocar nossa confiança na intercessão de Maria Auxiliadora, que mudou os corações das pessoas muito generosas que nos ajudaram a completar as despesas de viagem.

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3. DÚVIDAS E DESAFIOS Também tivemos dúvidas sobre a nossa idoneidade, porque vimos nossas falhas e deficiências, apesar de nossos esforços de conversão. Mas o Espírito Santo sempre confortou e ajudou-nos a confiar que Deus usa as pessoas limitadas para que brilhe a sua ação que supre as nossas deficiências. Não é fácil superar o medo de deixar tudo para trás e largar o que a gente tem para procurar o desconhecido, enfrentando obstáculos como a burocracia de imigração, uma nova língua, uma cultura estranha. Mas a incerteza é

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parte do espírito missionário, para esvaziar a mente e o coração de preconceitos e seguranças, e em seguida, para ser preenchido com Deus, que retorna a mãos cheias especialmente através do carinho das pessoas. Convidamos todos os jovens e as famílias de responder ao convite do Papa Francisco para sair o mais remoto e levar a mensagem do Evangelho, sabendo que vão encontrar a felicidade que Jesus prometeu nas bem-aventuranças, e que o Pai vai dar muito mais do que eles precisam a quem deixa tudo para construir o Reino de libertação dos pobres e sofredores.


O SIGNIFICADO DO NATAL DO SENHOR Por Antônio de Assis Ribeiro (Pe. Bira), sdb Delegado de Animação de Pastoral

1. O Sol Nascente nos Veio Visitar (cf. Lc 1,78) São Lucas narra que no oitavo dia, foram circuncidar o menino João Batista no templo (cf. Lc 1,59). Zacarias seu pai, que era sacerdote, com grande alegria, proclama a todos os presentes a grandeza da missão daquela criança e ao mesmo tempo declara a extraordinária manifestação de Deus no Messias. Cheio do Espírito Santo Zacarias profetizou dizendo: “graças ao misericordioso coração do nosso Deus, o sol que nasce do alto nos visitará, para iluminar os que vivem nas trevas e na sombra da morte; para guiar nossos passos no caminho da paz”. (Lc 1,78-79). Sim, por sua pura bondade, o Senhor Deus, o Sol Nascente nos veio visitar! (cf. Lc 1,78-79). Jesus Cristo é o “Emanuel”, “DEUS CONOSCO” (cf. Mt 1,23). “Conosco”, não somente “no planeta terra”... É “conosco” em nossa natureza humana; “conosco” em nossa forma humana; “conosco” em nossa condição existencial; “conosco” em nossos sentimentos (humanos); “conosco” em nossa pequenez; “conosco” em nossas limitações; “conosco” em nossas

inquietudes... A Carta aos Hebreus firma: “ele foi provado como nós, em todas as coisas, menos no pecado” (Hb 4,15).

2. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14) É com essa maravilhosa afirmação que o evangelista São João descreve, numa só frase, o mistério da encarnação do Filho de Deus. Encanação, quer dizer, assumir a carne; carne quer dizer a realidade humana na sua totalidade com todas as suas dimensões. O Filho de Deus, antes sem corpo, agora toma forma humana, fazendo-se humano. É a divindade que se humaniza, sem deixar de ser o que é; e a humanidade, por sua vez, é divinizada, sem deixar suas características próprias, sem confusão. Deus vem ao encontro da humanidade fazendo-se um de nós e sem deixar de ser Deus. Que mistério! A palavra “verbo” usada pelo evangelista João, no início do seu evangelho, quer significar a essên18


cia do Filho de Deus antes de vir ao mundo (cf. Jo 1,1,). O Filho de Deus já existia, mas não tinha corpo material, mas unicamente espírito! De fato a palavra não tem expressão material, não tem cor, nem peso, nem medida física; a palavra é sopro, a palavra é som... Por isso é invisível, misteriosa, intocável, aérea, fugaz, intangível... Quando João nos fala da transformação da Palavra, nos quer falar da beleza desse movimento divino para tornar-se capaz de interação com os seres humanos, de modo humano... e a melhor maneira, era fazer-se humano! Dessa forma, quem escuta a sua Palavra, deve acolher a sua pessoa! A Palavra assumiu um corpo físico e fez-se presente entre nós!

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3. O Deus escondido se manifesta! (cf. Is 45,15) Deus cumpriu a promessa de vir ao mundo e o sonho dos profetas que falava do Messias chegando, se converteu em realidade, em história, em fato (cf. Is 7,10-14). A divindade saiu da abstração! O “Deus escondido, o Deus Salvador” (cf. Is 45,15), se manifestou! Deus é solidário, fazendo-se presente na história dos homens! O evangelista João ainda insiste dizendo: “aquilo que existia desde o princípio (o Deus de Filho)”, invisível, se mostrou; o que ouvimos dos profetas, se cumpriu; o que vimos com nossos olhos (a pessoa de Jesus), o que contemplamos e tocamos com nossas mãos, agora testemunhamos (cf. Jo 11,1-2).


E assim Deus se manifestou como Pastor presente que anda em meio ao rebanho, pedagogo que acompanha educando, guia que dirige os passos da humanidade pelos caminhos da vida plena (cf. Lc 1, 179).

4. As lições de Deus: para salvar se aproxima! Precisamos algo mais do que mensagens natalinas! É necessário que nossos bons propósitos se convertam em ações, se materializem em obras! A prática da assimilação do bem não é fácil! Deus transcende a virtualidade, assume um corpo não porque dele necessite, mas porque sabe que para salvar é preciso estar próximo, portanto, assume a corporeidade como instrumento salvífico! A prática do bem requer visibilidade, a prática significa relação, a prática envolve os sentidos... Então, Deus “onipotente”, “onipresente”, “onisciente”, “invisível”, “espírito absoluto”

decide, por sua liberalidade, assumir uma forma passando assim a ser uma referência concreta capaz de ser vista, identificada, acolhida, observada, seguida: é Jesus de Nazaré! A divindade que, tudo transcende (supera), abraça a humanidade limitada! Deus se faz solidário e, nessa solidariedade, assume a fragilidade, a limitação, o tempo, o espaço e tudo o que é naturalmente humano... Contudo, sem deixar de ser Deus! A Encarnação, é Solidariedade e não renúncia da Identidade Divina... Caso contrário, jamais poderia ser o nosso Salvador! Celebrar o Natal é fazer memória de tudo isso! Nasce daí o compromisso de aprendermos com o Exemplo de Deus que, encarnando-se, denuncia toda e qualquer prepotência, indiferença, invisibilidade, distanciamento,impessoalidade, exclusão, orgulho, fechamento... A fé é a vivência cotidiana do “Deus conosco”! Feliz Natal!

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ACONTECEU

1 – REPASSE DO CG 27 AOS SALESIANOS DA ÁREA DE MANAUS O evento aconteceu no dia 06 de novembro na casa de Retiro Monsenhor Lourenço Giordano. Participaram todos os salesianos das comunidades de Manaus, com exceção de alguns enfermos. Estiveram também presentes os salesianos da comunidade de Manicoré. Pela parte da manhã, após um momento de oração seguido das palavras do padre Inspetor, os irmãos partilharam o que sentiram diante do documento do CG 27. De modo geral a recepção do conteúdo do CG 27 foi muito positiva. Pela parte da tarde refletimos sobre compromissos relacionados à Celebração do Centenário da presença Salesiana

na Amazônia (2015), do Bicentenário do nascimento de Dom Bosco, bem como alguns encaminhamentos práticos a partir do discurso conclusivo do Reitor presente no documento do CG 27. Concluímos com a celebração eucarística. Foi um dia formativo para todos e de grande riqueza partilhada.

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ACONTECEU

2 – ENCONTRO DOS DELEGADOS DA PASTORAL JUVENIL SALESIANA – CONE SUL:

o evento aconteceu em Brasília de 22-25 de outubro; teve como finalidade aprofundar o estudo do “Quadro Referencial da Pastoral Juvenil Salesiana (2014, III edição); participaram os Delegados da Pastoral Juvenil Salesiana do Cone Sul (Paraguay, Uruguay, Argentina, Chile e Brasil) sob a coordenação do Pe. Fabio Attard, conselheiro para a Pastoral Juvenil e do padre NataleVitali conselheiro regional do Cone Sul. A iniciativa, conduzida e gerida pelo Departamento para a Pastoral Juve-

nil, foi uma importante experiência de leitura, reflexão, discussão e crescimento no sentido de comunhão na animação da missão salesiana de acordo com as perspectivas da Congregação. O QRPJS apresenta a concepção da Congregação Salesiana a respeito da sua mentalidade pastoral que deve gerar em cada inspetoria e em suas obras uma determinada sensibilidade e atitude organizacional. Por isso deve ser lido, estudado e assimilado por todos os salesianos e leigos das nossas obras. 22


ACONTECEU

3 – ACONTECEU NO RIO NEGRO No dia 10 de Novembro (segunda-feira) ocorreu em São Gabriel o repasse do CG 27 na área do Rio Negro e envolveu todos os salesianos das comunidades de Santa Isabel, Marauiá, Maturacá, São Gabriel da Cachoeira e Yauaretê. Na ocasião foi realizado o Encontro de Missionários tendo como foco principal a revisão do Projeto de Animação do Rio Negro. Foram dois dias de escuta da realidade indígena através de três importantes organizações sociais: FOIRN: Federação as Organizações Indígenas do Rio Negro; FUNAI e COPIARN. Também se ouviu o Con-

selho dos Professores Indígenas do Alto Rio Negro. No mesmo período também ocorreu a Assembleia pastoral com intuito de conhecer e refletir a realidade eclesial, com seus desafios para a evangelização e a educação, através da palavra de sacerdotes, religiosas e do bispo da Diocese Dom Edson Damian. Foram dias de intenso estudo, reflexão e reprojeção da missão salesiana entre os povos indígenas do Alto Rio Negro. O evento contou com a participação do inspetor, do vice e do delegado para a animação missionária.

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ACONTECEU

4 – PEDALADA PROMOVIDA PELA FACULDADE SALESIANA DOM BOSCO

Na semana Global do Empreendedorismo a FSDB realizou a pedalada empreendedora no dia 20 de novembro em parceria com a Associação dos ciclistas do Amazonas e ciclistas de Manaus. O evento substituiu a carreata de neutralização de carbono já promovida pela Faculdade em anos anteriores, na qual encerrava com o plantio de mudas cedidas pela Secretaria do Meio-Ambiente.

A proposta deste ano foi alertar às pessoas a grande quantidade de emissão de CO2 na atmosfera, fator que favorece o aquecimento global. “A Faculdade tem o compromisso e a responsabilidade por fazer desse evento um meio ambientalmente correto, economicamente viável e socialmente justo”, por Eliana Veras – Gestora da Unidade Leste. O evento contou com a participação dos acadêmicos, ex-alunos, colaboradores e parceiros. 24


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5 – Ji-Paraná Mobilizar recursos para financiar projetos Como organização da sociedade civil de natureza filantrópica, o Centro Educativo Dom Bosco – CEDB contribui significativamente para a melhoria de vida dos adolescentes em nossa cidade. Neste ano são mais de 300 atendimento realizados gratuitamente. Para manter essa oferta de cursos e as atividades esportivas e culturais são necessários investimentos em recursos humanos, materiais permanentes e de consumo, além de reparos e manutenções no prédio. O grande problema é que a sobrevivência de uma instituição como esta é vista ainda como um problema exclusivo e individual da organização e não da sociedade como um todo. Para mostrar, divulgar o trabalho e também arrecadar recursos, um grupo de colaboradores do CEDB organizou o 1º Baile de Casais, que ocorreu dia 15 de

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novembro na quadra da instituição. O evento contou com a prensença dos familiares dos alunos, amigos e parceiros dos Projetos do Centro Educativo Dom Bosco de Ji-Paraná.


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6 – EX-ALUNOS DO CARMO SE REENCONTRAM

Desde inicio de 2014, o Pe. Bené de Castro se reencontra com antigos ex-alunos do Carmo. Muitos deles foram seus alunos na década de 80. Esforço de superar mais de 20 anos de distanciamento. Em Belém, há dois grupos organizados de Ex-alunos do Carmo: Uma celebração eucarística reuniu um novo grupo de ex-alunos que está se re-estrurando como grupo desde início de 2014. Há um outro grande grupo de ex-alunos que regularmente se reúne há mais de 20 anos. A característica do segundo grupo, o grupo nascente, é que, além dos laços de amizade cultivados pelas redes sociais, o grupo está, sob orientação do Pe. Bené, procurando caminhos de formação da vida de fé. O Primeiro encontro foi uma Missa, na quadra do colégio do Car-

mo, em Agosto e reuniu cerca de 200 ex-alunos. Foi uma festa de reencontro, de abraços, uma explosão de fotos. A missa de Dom Bosco foi presidida pelo Pe. Bené e concelebrado pelo Pe. Ronyvon. Vários educadores das décadas de 70-90 estiveram presentes. Cada ex-aluno presente contribuiu com uma doação de alimentos para obras de caridade. Houve ex-alunos que vieram de Porto Velho e de Goiânia. Havia quem morando nos Estados Unidos não viajou por motivos de passaporte. Depois da Missa, o grupo vivenciou um almoço festivo numa churrascaria.

Na busca pela vida em Deus: Um segundo encontro de ex-alunos aconteceu um dia 15 de Novem26


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bro, com numero limitado de participantes pela natureza da atividade: uma oficina de oração para revigoramentoda vida espiritual. A experiência aconteceu no salão da Escola Salesiana do Trabalho, com duração de uma hora e meia. 25 ex-alunos inscritos previamente compareceram e validaram a experiência. A experiência foi animada pelo Pe. Bené e pelo jovem Jefferson, do Setor de Animação Pastoral da EST.

A festa natalina Para o dia 15 de Dezembro, o grupo mais recente de ex-alunos vai reunir suas famílias numa ce-

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lebração evocando a presença de Jesus entre os homens, em preparação do Natal. O local será o sitio do Grupo Líder; todos os seus atuais gerentes estudaram no Carmo e sempre evocam os nomes do Pe. Gerosa, Pe. Benjamim e Pe. Bené entre outros salesianos.

Uma mensagem mensal: A cada Inicio de cada mês, o Pe. Bené elabora uma breve mensagem com tema especifico. A Coordenação do grupo de Ex-alunos reenvia aos demais a mensagem mensal, via rede sociais. As ressonância está de total acolhida.


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7 – A FORMAÇÃO DE PROFESSORES INDÍGENAS DO RIO MARAUIÁ

O I Encontro de Formação Continuada de professores indígenas da região do rio Marauiá aconteceu nos dias 31/10 e de 01 a 06/11/2014. A realização do encontro foi promovido pela Escola Estadual Indígena Sagrada Família em parceria com Faculdade Salesiana Dom Bosco e a SEDUC. A promotora do evento preparou com uma bonita acolhida, organização, dos coordenadores e dos educadores. O evento teve a contribuição de três comunidades Ya-

nomami: Tabuleiro, Balaio e Piranha. Um professor de cada comunidade ficou encarregado de coordenar algumas tarefas: animação, oração, fotografias etc. No primeiro dia de formação, Pe. Justino Rezende, diretor da Missão de Marauiá, entre os índios Yanomami apresentou o precesso de mudanças sociais em Marauiá desde o ano 2010 até o ano 2014, levando em conta o processo educacional. No segundo dia formativo, Pe. 28


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Lázaro Andrade tratou sobre o tema Ética profissional e sobre a função de cada educador na escola, ressaltando suas práticas pedagógicas em sala de aula. Na formação do terceiro dia, Pe. Justino Rezende falou do Perfil do Professor Indígena pela parte manhã. Pela parte da tarde, o professor Antônio apresentou propostas aprovadas pelo Estado de MATRIZ CUR-

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RICULAR INTERCULTURAL para os professores das escolas Indígenas. O estudo continuou festivamente com a pintura os yanomami que dançaram no Xapono do Komixiwë. À noite, houve o momento cultural e entrega de certificado para os participantes da formação continuada. A avaliação do encontro foi positiva, de acordo com os professores e convidados.


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6 – PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA

Na noite do dia 05 de dezembro, no auditório da Faculdade Salesiana Dom Bosco aconteceu a solenidade de encerramento do Curso de Pósgraduação Lato Sensu em Prevenção e Tratamento da Dependência Química, ofertado pela FSDB a profissionais do Sistema de Segurança Pública. O Dr. Roney Ribeiro Nogueira, Delegado da Polícia Civil, representando o Excelentíssimo Sr. Secretário de Segurança Pública, Cel. QOPM Paulo Roberto Vital de Me-

nezes, ressaltou a parceria do Governo do Estado, por meio da SESEG, com os Salesianos, visando propiciar qualificação específica aos profissionais que compõem o Sistema de Segurança Pública, para atuarem em projetos relacionados à prevenção do uso, uso abusivo e dependência de substâncias psicoativas. O Curso é pioneiro no Estado e formou Policiais Civis e Militares de várias patentes, proporcionando-lhes conhecimentos acerca da dependência química e seus contextos, bem como seus efeitos sociais, psíquicos e biológicos, a fim de formar profissionais críticos e bem preparados. A Prof. Meire Botelho destacou o empenho da Coronel QOPM Rosely de Souza Corrêa (Gerente do Procyon) e de sua equipe, na viabilização do Curso, ressaltando também o acompanhamento do Corpo docente e administrativo da FSDB. A Tenente QOPM Juliana Paese, Ora30


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dora da Turma, destacou os Cem Anos de Presença dos Salesianos na Amazônia. O Pe. Antônio de Assis Ribeiro, Diretor-Sócio, destacou o acompanhamento da Prof. Fernanda Melo e ressaltou a importância do Curso, propondo ofertá-lo também aos profissionais do interior de Estado. O Paraninfo da turma, Prof. Ewerton Helder Bentes de Castro, destacou a aprendizagem e os talentos dos Pós-graduandos que

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também homenagearam os Professores André Luis Machado das Neves e Márcia Moraes, Orientadores do Trabalho de Conclusão de Curso. A Faculdade Salesiana Dom Bosco parabeniza a todos os Pós-graduados na certeza que contribuiu para fornecer-lhes subsídios teóricos para fazerem diagnóstico, encaminhamento, tratamento e reintegração do dependente químico à sociedade.


LANÇAMENTO DAS OBRAS DO PE. JOÃO MENDOÇA

Maiores Informações: pe.mendonca@hotmail.com

SENSIBILIZAÇÃO VOCACIONAL SALESIANA No ano do Bicentenário do Nascimento de Dom Bosco e do Centenário da Presença Salesiana na Amazônia, queremos renovar nosso compromisso de promoção das Vocações Salesianas. Renovemos o nosso compromisso de oração pela vocações!

ORAÇÃO A DOM BOSCO PELAS VOCAÇÕES SALESIANAS Ó São João Bosco, Pai e Mestre da juventude, que tanto trabalhaste para a salvação das pessoas, sê nosso guia em nossa própria santificação e na salvação dos jovens a quem somos enviados. Desperta o coração de muitos jovens, inclusive os de nossa própria comunidade, para o seguimento do Senhor, seja como sacerdote, como religioso, como religiosa ou como leigo comprometido. Ensina-nos a amar a Deus e aos jovens com o mesmo fervor com que os amaste e entregaste tua vida por eles. Amém! Mande sugestões de matérias, comentários, etc para o e-mail: pastoral@isma.org.br

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