EDITORIAL
Estimados(as) amigos(as), irmãos e irmãs
Estamos editando mais um número de “O Tapiri”. Continuando nossa série de reflexões sobre o conteúdo do CG27, refletimos nesta edição o tema da “graça da unidade” abordado pelo padre Pe. José Francisco. Essa graça da unidade diz respeito à nossa comunhão com Deus, condição fundamental da fecundidade apostólica. A senhora Marcilea Ribeiro Bentes, assistente social, ex-aluna da Faculdade Salesiana Dom Bosco, nos apresenta uma síntese do seu Trabalho de Conclusão de Curso refletindo sobre um tema muito importante na atualidade eclesial: “o envelhecimento na Vida Religiosa: um estudo na Casa Inspetorial São Domingos Sávio”. Tendo participado do Congresso Internacional de Pedagogia Salesiana em Roma, o Pe. Justino Sarmento Rezende sdb, nos apresenta a significatividade desse evento no qual também contribuiu com sua reflexão. Apresentamos também nesta edição uma entrevista com o Pe. Ángel Fernández Artime, Reitor-mor. Apesar de bastante divulgada, queremos ampliar o conhecimento dessas estimulantes ideias neste ano em que celebramos o bicentenário do nascimento de dom Bosco.
Buscando estimular a devoção consciente a Maria e, ao mesmo, dar uma resposta aos que gostam de polemizar sobre devoção mariana dos católicos, o abaixo assinado responde a uma das tantas controvérsias protestantes neopentecostais sobre a figura de Maria; aquela de que ela teria tido outros filhos. O Pe. Reginaldo Cordeiro, delegado inspetorial para a animação missionária, tendo acompanhado o Pe. Guilherme Basañes em sua visita às comunidades salesianas do Rio Negro, nos apresenta um breve relatório desse importante evento. Neste ano estamos acolhendo diversos jovens de outros países que vieram à Amazônia Salesiana para fazer uma experiência de voluntariado. Dentre eles temos o psicólogo mexicano Jonathan Ortega Fraire que se encontra na comunidade salesiana em Maturacá em meio ao povo Yanomami. Nesta edição ele nos conta brevemente o que tem significado para eles essa experiência. Concluímos esta edição fazendo a resenha dos principais eventos dos meses de abril, maio e junho. Boa leitura! Até a próxima!
Antônio de Assis Ribeiro (Pe. Bira) Delegado Inspetorial para a Animação da Pastoral Juvenil Manaus (Am-Brasil), 30 de junho de 2015
TAPIRI é uma publicação bimestral e gratuita da Inspetoria São Domingos Sávio, iniciada em janeiro de 1989, dirigida aos Salesianos de Dom Bosco, membros da Família Salesiana e aos colaboradores leigos e educadores; tem como objetivo ser um instrumento de reflexão sobre temas diversos alinhados à ação pastoral do carisma salesiano. O TAPIRI reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do instrumento pastoral, sendo de total responsabilidade de seus autores.
Inspetor: Pe. Francisco Alves de Lima Organização: CIP Coordenador: Pe. Antônio de Assis Ribeiro Equipe de articulação: Eduardo Lacerda, José Luis (Zeca) e Animadores de Pastoral Projeto Gráfico: Eduardo Lacerda Revisão: Josely Moura Distribuição: José luis (Zeca) Articulistas: Convidados Capa: Ilustração sobre a vida de Dom Bosco Manaus - Am - Brasil
SUMÁRIO CG27 e a Graça da Unidade
PG. 04
PG. 07 Com Dom Bosco Educadores dos Jovens do Nosso Tempo PG. 11 O Carisma de Dom Bosco Conserva Seu Frescor PG. 15 Maria Teve Outros Filhos? PG. 18 Visita do Pe. Guilherme Basañes a Inspetoria São Domingos Sávio PG. 21 Experiência de Voluntariado em Maturacá PG. 23 Aconteceu PG. 25 O Envelhecimento na Vida Religiosa Salesiana
cG 27 e a GraÇa da Unidade pe. José Francisco r. de souza, sdb Diretor da Missão Salesiana de Santa Isabel
introdUÇÃo A consciência Cristã parte do princípio de que a pessoa humana está sobre a ação de Deus. Esse reconhecimento requer uma atitude de fé e confiança na presença atuante de Deus na História humana de cada pessoa. Essa presença de Deus é nos dada gratuitamente. A essa ação de Deus na nossa vida denominamos Graça.
como meio de santificação é fruto da graça de Deus 1. A graça pode ser compreendida como dons divinos que transformam por inteiro o homem e a mulher que os recebem. Trata-se de um processo de conversão que transforma a Igreja, compreendido como povo de Deus, assembleia dos batizados. A graça de Deus faz crescer a Igreja através do surgimento dos diversos carismas. Esses carismas estão em prol da salvação do ser humano. Dom Bosco, ao fundar a Congregação Salesiana, tinha plena convicção que o surgimento da mesma é fruto da vontade de Deus2. Não se trata de um chamado genérico, mas específico. Bate no coração de Dom Bosco uma força irresistível que o leva a dedicar sua vida a serviço dos jovens e especialmente os mais pobres. Sendo o carisma salesiano uma ação de Deus em favor da salvação
O CG27 nos apresenta a graça da unidade como um tema a ser estudado, refletido e rezado. Antes, porém, de abordar esse tema vejamos qual é o significado teológico e espiritual do termo graça. Isso nos ajudará a compreender melhor o uso do termo graça da unidade abordado no documento do capitulo geral.
A palavra graça pode ter vários significados. De forma geral a palavra graça refere-se a tudo que vem gratuitamente da parte de Deus para nos auxiliar na busca de uma finalidade última, ou seja, a Salvação eterna. Neste caso a graça ajuda o ser humano a atingir um fim sobrenatural. Pode afirmar que: a perfeição social e espiritual do ser humano efetua-se no seio da Igreja
4
1 Cf. Ermanno Ancilli. Dicionario de espiritualidad. Tomo II. Ed. Herder; Barcelona 1987. 2 Cf. Constituições da Sociedade de São Francisco de Sales, art. 01.
dos jovens ele precisa ser vivido e atualizado como uma graça recebida a ser intensamente partilhada. O capítulo geral é sempre um momento de renovação e aprofundamento do carisma salesiano. É um momento de graça que Deus concede a congregação. Dentro deste clima de renovação e aprofundamento o CG7 nos convida a refletir sobre a graça da unidade como uma realidade que deve estar presente nas comunidades e na pessoa de cada salesiano e membros da família salesiana. O CG 27 ao descrever sobre a graça da unidade, afirma: “Viver na graça da unidade e na alegria da vocação consagrada salesiana, que é um dom de Deus e projeto pessoal de vida; (...); construir a fraternidade em nossas comunidades de vida e de ação; dedicando generosamente à missão, caminhando com os jovens para oferecer esperança ao mundo”3. Trata-se de viver o carisma salesiana numa comunhão profunda de espí-
rito e de ação. Deve haver uma sintonia entre a necessidade da conversão pessoal e comunitária visando à salvação dos jovens. A vivência carismática da graça da unidade requer que os salesianos sejam místicos no espírito, profetas da fraternidade e servidores dos jovens. Essa é a dinâmica do amor de Deus que está na origem do chamado vocacional e da resposta que damos a Ele a nível pessoal e comunitário no cotidiano da nossa Missão. A graça da unidade exige um processo de conversão autêntica fundamentada na escuta da palavra de Deus, na vivência diária da Eucaristia e no diálogo com o Senhor na oração pessoal e comunitária. Esse processo deve produzir uma continua transformação da mente e do coração para viver autenticamente a radicalidade evangélica. A prática da radicalidade evangélica em nossas comunidades é fonte de renovação das nossas ações educativo-pastorais e da nossa presença no meio dos jovens. A graça da unidade tal como aborda o CG 27 requer uma atenção especial à vida espiritual. Dentro
3 Cf. CG7. Testigos de la radicalidade evangélica. Documentos capitulares. Editora CSS, Madri 2014; p. 24.
5
deste contexto é oportuno recordar o que diz João Paulo II: “a vida espiritual deve ocupar o primeiro lugar (...). Desta opção prioritária, vivida com empenho pessoal e comunitário, dependem a fecundidade apostólica, a generosidade no amor aos pobres, a mesma atração vocacional entre as jovens gerações” 4. A centralidade da vida espiritual nos qualifica como testemunha de Cristo presente e atuante no meio dos jovens sendo sinal de esperança e salvação. Dom Bosco é um exemplo concreto de alguém que viveu profundamente a graça da unidade. Ele estava convicto que o florescimento da congregação dependia do trabalho incansável e da temperança de seus salesianos. A motivação da sua entrega total ao serviço dos jovens tinha somente um objetivo: a salvação das almas (Da mihi animas, cetera tolle). A luz da fé, todo o trabalho realizado por Dom Bosco em favor dos seus destinatários visava a glória de Deus e a salvação dos jovens. Quando se pensa em trabalhar para o bem das almas, supera-se a tentação da mundanidade espiritual, não se busca outras coisas, senão somente a Deus e seu Reino 5. O trabalho incansável realizado pelos bem dos jovens é manifestação da mística salesiana e fonte de santificação. Dom Bosco, consciente 4 Cf. Joao Paulo in: Capitulo General XXVII salesianos de Don Bosco. Editora Madri; 2014, p. 26. 5 Cf. Idem. p. 27.
de ter sido chamado para trabalhar para salvação da Juventude, afirma: por vós trabalho, por vós estudo, por vós dou a minha própria vida. Afirma Dom Bosco: “O trabalho e a temperança farão florescer a congregação”6. O trabalho acompanhado da temperança vivido na graça da unidade é fonte de santificação. O salesiano inserido numa comunidade vive a graça da unidade consciente de que “com seu trabalho participa na ação criadora de Deus e coopera com Cristo na construção do Reino”7.
Assim, o CG 27 ao tratar do tema da graça da unidade explicita o conceito de santidade salesiana. “La santidade consiste para nosostros, en la ‘gracia de unidad’, em hacer realidad plenamente nuestro humanismo, en la armonía de todo lo que hay en nosotros e a nuestro alrededor, de verdadeiro, noble, justo, puro, amable, honorable; de todo lo ‘que es virtuoso y digno de alabanza’ (Fil 4,8) 8. Isso implique que cada salesiano e comunidade deva colocar-se a serviço da salvação dos seus destinatários todos os dons recebidos de Deus. Trata-se de uma entrega total de tudo o que tenho e sou (ou, temos e somos enquanto congregação) visando a salvação dos jovens.
6
6 Dom Bosco. in: Constituições da Sociedade de São Francisco de Sales. Art 18. 7 Idem. 8 Capitulo General XXVII salesianos de Don Bosco. Editora Madri; 2014, p. 26.
o envelhecimento na vida reliGiosa salesiana marcilea ribeito bentes Assistente Social
introdUÇÃo Diante da crescente expectativa de vida da população, que está envelhecendo, é necessário redirecionar as políticas sociais para atender esta nova realidade investindo na rede de saúde, proteção social e previdência para atender uma futura população de idosos. Assim, os idosos religiosos salesianos também estão inseridos nesta nova realidade social. Estes optaram por viver uma vida voltada aos votos evangélicos (pobreza, castidade e obediência). Por estarem envolvidos no trabalho que desenvolvem na comunidade em que estão inseridos e também por um senso de responsabilidade com o outro, estes idosos salesianos relegam o seu tratamento de saúde e consequentemente põem seu bem -estar em segundo plano. Entretanto, é necessário, perante a elevação da longevidade humana, tencionar as instituições a oferecer melhores condições de vida aos idosos, nos atendimentos sociais e principalmente geriátricos garantindo uma melhor qualidade de vida.
O presente artigo é resultado do Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Serviço Social da Faculdade Salesiana Dom Bosco cujo tema foi: “Envelhecimento na Vida Religiosa: Um estudo na Casa Inspetorial São Domingos Sávio”.
1. a valoriZaÇÃo comUnitÁria da pessoa.
A chegada do terceiro milênio e o início do século XXI trouxe consigo inúmeras indagações acerca da
7
com direitos de cidadania, assim devem receber o apoio dos programas de atenção à pessoa idosa garantindo um envelhecimento digno com qualidade de vida e com o apoio de benefícios e projetos para o seu bem estar. “A condição anciã será certamente, então, para nós objeto de cuidado e atenção afetuosa, mas não em menor proporção recurso humano e pastoral a fazer frutificar na comunidade e na missão salesiana”. O esforço pela realização e a promoção humana nas obras fazem com que o idoso salesiano esgote a sua condição física durante os anos, com isso ao passar do tempo à saúde debilitada o condiciona a diminuir o trabalho.
expectativa de vida da população humana. O novo século XXI é marcado pela Globalização da informação e da economia. É o século da Revolução Digital e também da longevidade dos idosos. O primeiro dever da sociedade é reconhecer os idosos como seres humanos dignos de respeito e gratidão. A aceitação do envelhecimento humano não é uma tarefa fácil, pois os indivíduos estão predispostos a acreditar que só os outros envelhecem. Tido como um tabu, envelhecer parece ser algo desnecessário e desprezível, causando certa rejeição aos idosos da parte da sociedade em que vivemos. “Para a sociedade contemporânea, os atributos físicos continuam sendo um poderoso instrumento de afirmação de identidade, visibilidade cultural, ascensão social e felicidade. O corpo que envelhece é sempre temido, evitado, desprezado e rejeitado na sociedade”. Contudo, a rejeição e a exclusão aos idosos da parte da sociedade é hoje um dos desafios a serem vencidos. “No outro extremo da vida, os idosos têm a sabedoria da vida, da história, da pátria e da família, precisamos dela”.
A presença dos jovens entre os idosos salesianos é fundamental para que estes não se sintam excluídos ou esquecidos, pois o trabalho que realizaram durante a vida em prol da juventude não pode ser descartado. “Os Salesianos anciãos encontram-se ainda melhor quando essas casas estão próximas de outras nas quais se desenvolvem normalmente atividades salesianas e oferecem, portanto, a possibilidade de pequenas colaborações, participação ocasional em momentos comunitários e de simples gozo, mesmo que só visível, do movimento de jovens e adultos”.
2. Um olhar para o idoso salesiano: o envelhecer e o trabalho.
O idoso salesiano também é um cidadão, pois o idoso é um sujeito
8
Ademais, o envelhecer dos religiosos salesianos é marcado pela vontade de permanecer trabalhando. O trabalho e a espiritualidade é uma ponte de vida para o idoso
alidade é algo que não só confortam no momento da dor, do desespero e da doença os demais idosos, mas também aqueles que optaram por viver uma vida diferenciada a serviço do outro. Diante da enfermidade o religioso consagrado possui um privilégio: a interioridade. Sendo assim, a interioridade é uma afinidade com a vida íntima, esta condição permite ao religioso consagrado enfrentar as dificuldades da enfermidade com o auxílio e conforto da própria fé. Neri destaca a importância da espiritualidade para a qualidade de vida do idoso, pois a Organização Mundial de Saúde (OMS) incluiu a espiritualidade como um dos quesitos levados em conta para a avaliação e promoção da saúde humana. As instituições religiosas ligadas a Igreja Católica devem investir na melhor idade, assim como a sociedade civil, pois os religiosos também envelhecem a cada dia e necessitam de cuidados na terceira idade1. É possível verificar no Estatuto do Idoso (2003) que “as ins-
salesiano presente na pedagogia salesiana sobre a promessa que Dom Bosco fazia aos seus jovens: “Em nome de Deus, eu vos prometo pão, trabalho e paraíso”. A importância da estimulação durante o envelhecimento dos idosos salesianos é fundamental para a sua qualidade de vida. Segundo Zimerman, estimular quer dizer incitar, instigar, ativar, encorajar mantendo as emoções, as comunicações e os relacionamentos em plena atividade. Tanto a Congregação, quanto em nível regional na Inspetoria, bem como a sociedade civil devem almejar por organizar um tratamento voltado para a estimulação, inclusão e autonomia destes idosos, visto que não querem deixar de trabalhar e contribuir para a missão salesiana.
3. desaFios e sUperaÇÕes: a eXperiÊncia da enFermidade.
“A doença é, pois, uma oportunidade para saborear, tornar a exprimir e aprofundar a própria fé”. A espiritu-
1 FILHO, João da Silva Mendonça. as idades da vida na vida religiosa: vivência humana e espiritual. – São Paulo: Paulinas, 2002.
9
tituições de saúde devem atender aos critérios mínimos para o atendimento às necessidades do idoso, promovendo o treinamento e a capacitação dos profissionais, assim como orientação a cuidadores familiares e grupos de autoajuda” (Art. 18 / Capítulo IV). O salesiano diante da enfermidade a enfrenta com muita esperança na cura, pois desejam reviver os tempos onde o vigor físico podia levá-lo a seguir os caminhos da sua vocação. A primeira atribuição para o idoso salesiano é aceitar o trata-
mento de saúde, é admitir a velhice, vivê-la e aceitá-la. É acreditar que há limitações na condição física e finalmente compreender seu novo papel social na comunidade. O tempo da enfermidade é um momento de prestar serviço ao outro. Cuidar e zelar pela saúde são fundamentos da gratidão pelo serviço prestado no passado pelos idosos salesianos. Por fim, quando chegam à sua velhice podem continuar a ajudar e contribuir com diversos trabalhos dentro da sua comunidade, adequando as suas limitações e possibilidades.
10
com dom bosco edUcadores dos Jovens do nosso tempo pe. Justino sarmento rezende, sdb Diretor e Ecônomo da Missão Salesiana de Marauiá
1. conGresso internacional de pedaGoGia salesiana Este foi o tema do Congresso Internacional de Pedagogia Salesiana que aconteceu na cidade de Roma, no período de 19 a 21 de março do corrente ano. Aconteceu no SALESIANUM (Pisana) e na UPS (Universidade Pontifícia Salesiana). Eu tive a imensa alegria de participar do Congresso comemorativo do Bicentenário do nascimento de nosso pai Dom Bosco (1815-2015), juntamente com salesianos, salesianas e demais membros da Família Salesiana, vindos de diferentes continentes. Agradeço à nossa Inspetoria Salesiana Missionária da Amazônia e a Faculdade Salesiana Dom Bosco que facilitaram a minha participação, dentro de contexto da celebração do centenário da chegada dos salesianos na nossa querida Amazônia. A abertura do Congresso aconteceu no dia 19 de março pela parte da tarde. Pe. Ángel Fernández Artime, Décimo Sucessor de Dom Bosco
11
(Reitor Mor) fez a abertura oficial do Congresso, acolhendo os participantes. Ele nos mostrou o sentido do Congresso: fortalecimento da nossa comunhão; necessidade compreender mais a figura de Dom Bosco educador através estudos do nosso modo de ser e aperfeiçoar nossa ação educativa em diferentes contextos dos mundos juvenis. Ele disse que o momento comemorativo do bicentenário deve significar para cada um de nós renovação e inovação da vocação e missão salesiana. Insistiu para que possamos nos aproximar, confrontar, refletir, verificar e propor as nossas práticas educativas. A família salesiana tem a missão de educar conjunta e responsavelmente os jovens: aproximar, acolher, acompanhar os jovens de nosso tempo para que eles possam crescer. Devemos expressar nosso amor aos jovens, pois isso é patrimônio educativo salesiano. Devemos fazer caminho compartilhado com os jovens. Dom Bosco é modelo de pessoa profundamente humano e aberto à transcendência. Devemos confiar os nossos trabalhos a Deus
para que consigamos atingir nossas metas educativas de tornar os jovens em bons cristãos e honestos cidadãos. Juntos salesianos e leigos, devemos aprofundar e avançar o nosso ardor educativo, conjugando com o campo do Saber e a Caridade pastoral. Enfim, devemos ter coragem e confiança para sustentar nosso ardor pastoral. O Congresso ficou organizado em quatro Sessões. Dentro de cada sessão foram realizadas diversas palestras e apresentações de práticas salesianas em diversos contextos. Primeira Sessão (19/03)1: escUta e o conFronto com a realidade atUal: desaFios e necessidades edUcativas. O coordenador dessa sessão foi o Pe. Fabio Attard – Conselheiro para a Pastoral Juvenil. Dentro dessa sessão aconteceram as seguintes palestras: sociedade pós-moderna e mudanças socioculturais e antropológicas (SWAMIKANNU Stanislaus, Índia); Mudanças e desafios educativos
(BIGNARDI Paola, UPS); a condição atual dos jovens e suas necessidades educativas (QUIRARTE MENDEZ, Juan Carlos, México); Jovens, mídia digital e desafios educativos (GIACCARDI Chiara, UCSC – Milão). Depois aconteceram as intervenções – “Call For Papers” – relacionadas a esta sessão com duração de cinco a sete minutos. Aqui tive a grata satisfação de apresentar um trabalho com o tema: educação escolar indígena: avanços e perspectivas. Segunda Sessão (20/03)2: a contribUiÇÃo do sistema preventivo À edUcaÇÃo hoJe. O Coordenador foi o Pe. Carlo Nanni – Reitor Magnífico UPS. Nessa sessão foram apresentadas as seguintes palestras: o sistema preventivo repensado no horizonte (social, cultural, educativo) atual (PETITCLERC Jean-Marie); a mediação educativa para uma formação integral: a pastoral Juvenil salesiana (GARCIA Miguel Angel); o sistema preventivo, “sistema
1 Essa primeira sessão aconteceu no Salesianum – Pisana.
2 A segunda e a terceira sessão aconteceram na Universidade Pontifícia Salesiana – UPS.
12
aberto” para dar aos jovens “vida em abundância” (BORSI Mara); O componente metodológico para educação salesiana atual (VOJTAS Michal). Em seguida aconteceram as intervenções – “Call For Papers”. Terceira Sessão (20/03): O SISTEMA PREVENTIVO PARA A EDUCAÇÃO DOS RAPAZES E JOVENS NAS SITUAÇÕES DE MARGINALIZAÇÃO NOS DIVERSOS CONTEXTOS SOCIAIS. A coordenadora foi: Irmã Runnita Borja – Conselheira para a Pastoral Juvenil. Nessa sessão aconteceu uma palestra com o tema: Educação de estrada, educador de estrada e sistema preventivo (ZAMPETTI Andrea). Em seguida foram apresentadas intervenções temáticas. Terminada essa parte os participantes dirigiram aos grupos de estudos temáticos escolhidos pelos próprios participantes. Eram cinco Workshop. Com essas atividades concluímos as atividades desse dia. Quarta Sessão (21/03)3: A FORMAÇÃO E A COMPETÊNCIA PEDAGÓGICA. A coordenadora foi: Irmã Pina Del Core – Auxilium. Essa foi última sessão desse Congresso. Tivemos cinco palestras nessa manhã: A atenção à religião na educação e formação no contexto atual (LECHNER Martin); A formação dos colaboradores leigos: integrar a pedagogia salesiana na própria pessoa e no trabalho educativo 3 Essa quarta sessão aconteceu no Salesianum – Pisana.
13
(LOOTS Carlo e SCHAUMONT Colette); Projeto Formativo dos dirigentes e docentes educadores da Rede de Escolas SDB e FMA na Espanha (GONZALEZ Oscar); Formação Permanente: Apresentação da metodologia da oferta da Formação Permanente no Centro de Quito (JARAMILLO Rubén Dario); O profissionalismo educativo e a competência pedagógica: atenções irrenunciáveis na oferta formativa da Família Salesiana hoje (PELLEREY Michele).
Para todos que querem saber mais detalhadamente das palestras indico o site: unisal.it Lá estão todas as filmagens das palestras. Peço desculpas aos leitores pois muitas coisas passaram despercebidas por mim e também o espaço não dá para aprofundar.
No término dessa sessão tivemos também a presença da Madre Geral das Filhas de Maria Auxiliadora que de forma muita entusiasmante deu o recado para todos os congressistas para que possamos amar os/as jovens como os nossos fundadores amaram, pois nós somos herdeiros desse carisma. Concluída essa parte, dirigimonos para capela onde aconteceu a celebração eucarística presidida pelo Reitor Mor. Durante a sua homilia ele lançou o desafio de sermos educadores capazes de amar os jovens em diferentes contextos. O Congresso comemorativo do Bicentenário nos faz sair mais
confiantes na nossa missão de trabalhar com os/as jovens de nosso tempo. Esse foi o foco central do Congresso de procurar compreender a partir de diferentes contextos socioculturais que os jovens são diferentes e precisam ser atendidos diferentemente. Minha avaliação é muito positiva. O Congresso envolve outros momentos fora das sessões organizadas. De minha parte consegui conversar com muitos salesianos e salesianas de diversas partes do Brasil, da América Latina, da África, principalmente com as pessoas falantes da língua portuguesa, espanhol e italiano. Mas também com aqueles salesianos e salesianas que falavam outras línguas que eu não
entendia tivemos bom convívio de irmãos e irmãs. Para mim que foi uma oportunidade ímpar, onde pude estar com os salesianos de outros continentes e perceber que realmente a nossa família salesiana é grande, rica e bonita. Que Dom Bosco cujo bicentenário celebramos inspire realizarmos bons trabalhos com nossos (as) jovens amazônidas. Eles (as) são presentes de Deus para nós e possamos cuidá-los (as) bem como Dom Bosco. O mesmo Deus que acompanhou os primeiros salesianos na nossa região há cem anos, abençoe a cada um de nós e os nossos trabalhos. Maria Santíssima Auxiliadora acompanhe a nossa vocação e missão de amar os jovens de nossos tempos.
14
o carisma de dom bosco conserva seU Frescor Pe. Ángel FernándezArtime Reitor-Mor dos Salesianos
Entrevista com o reitor maior dos salesianos: o bicentenário do nascimento de dom Bosco incentiva as obras preferenciais em prol dos pobres O reitor maior dos salesianos, Ángel Fernández Artime, eleito há um ano para dirigir a ordem fundada por São João Bosco, recordou que as coisas mudaram desde que nasceu o fundador, duzentos anos atrás; seu carisma, porém, conserva grande atualidade e a razão é simples: “sempre existirão jovens”. Eis a entrevista.
1. os salesianos se caracterizam como uma “ordem que vai ao encontro”, começando pelo próprio dom bosco?
gração em Gênova. Na Sicília, temos uma presença muito bonita com os imigrantes, com os menores. Sempre há em cada presença um salesiano que tem algo de especial. Nem todos têm a mesma força carismática. Há pessoas que, por seu caráter, têm mais dificuldade para ir assim às periferias. E é muito importante, é a Igreja que vai ao encontro. E essas grandes intuições e mensagens que o papa dá acabam pegando e nos colocam numa outra disposição na Igreja católica. Depois, é claro, faremos o que pudermos.
2. há algo do carisma de dom bosco que muda num mundo que muda?
Nós estamos sempre nos incentivando a dizer: não adianta esperar que as pessoas venham bater à nossa porta. Na África, Ásia, América Latina, percorrer os bairros é o ponto de partida para encontrar, por exemplo, os jovens que estão pelas ruas. Hoje também na Europa; você falou antes, por exemplo, da imi-
15
Olhe, na maneira de fazer muitas coisas, de dom Bosco até hoje, há uma diferença imensa. Dom Bosco escrevia a caneta, hoje temos o Facebook, a internet, o Twitter. Isso não é comparável. Mas dom Bosco teve as melhores gráficas. E hoje estaria usando esses canais sem hesitar e eu tenho certeza de que nós ficamos muito aquém. Mas no
tocante ao carisma, ele tem uma atualidade muito grande e a razão é esta: sempre existirão os jovens. Então, como eu digo aos meus irmãos salesianos, na medida em que formos autênticos como dom Bosco, que recebeu do Espírito e tentou plasmar, nessa mesma medida teremos a congregação salesiana. O número depende muito dos movimentos sociais, culturais: agora diminui a Europa, aumenta a Ásia e a África, a América se mantém. Não há profetas para isso, mas, mesmo assim, nós somos uma congregação muito serena neste ponto. Com todas as dificuldades de todo grande organismo, de todo grande corpo. Mas enquanto formos fiéis ao carisma, celebraremos os 200 anos e outros celebrarão os 300, porque os jovens sempre existirão.
3. E esse carisma hoje é conservado?
Neste ano eu visitei 17 países e até o final de 2015 serão 23 países. Ou seja, eu vou vendo todos os continentes. É incrível ver como a proximidade de dom Bosco penetra. Dom Bosco foi conhecido através de nós, que falamos dele. Mas é incrível esse toque de opção preferencial pelos pobres. Neste sentido, eu diria que a congregação está muito viva. Se alguém não nos quer bem e acha que nos preparamos para morrer, temos que dizer que ele está muito enganado. Nós, na Igreja,
estamos fazendo a nossa pequena parte. Eu considero que o carisma de dom Bosco conserva inteiramente o seu frescor.
4. Como vocês se harmonizam entre si e nos países em que atuam?
São tempos de humildade. Temos o maior expoente que é o papa, que é todo um testemunho de simplicidade; são tempos para viver em comunhão, para nos ajudarmos mutuamente. Eu tenho que dizer que há uma sintonia de comunhão eclesial onde nos encontramos. Estamos em 132 países, há uma sintonia muito boa com outros religiosos e religiosas. Na reunião de superiores gerais, uma vez por ano, aqui, com uns 108 superiores gerais que neste caso são masculinos, há uma sintonia, uma cordialidade, para marcar algumas linhas juntos. São tempos novos.
5. Algum desafio particular?
O grande desafio, que São Paulo também teve, é sempre a evangelização. É tornar presente hoje, num mundo tão tremendamente cambiante, nosso Senhor Jesus. Falamos nas reuniões do conselho, por exemplo, de países em que havia um profundo hermetismo e proi-
16
bição; num ano muda o governo e entra toda a comunicação social, os tablets, a informática, não há mente que consiga digerir isto. Uma hora não têm nada e na outra são invadidos. E isso torna a evangelização muito desafiadora. Há uma proliferação de seitas e subseitas e grupos minúsculos. Muitos encontram um motivo para se envolver e isto é um desafio muito grande. O outro grande desafio é transmitir de verdade um testemunho evangélico como Igreja. O papa nos convida a ser testemunhas e a ser Igreja humilde, simples, pobre. Brilhando isso com luz própria, o resto acontece. Mas o desafio existe, com certeza.
6. O que significam os 200 anos do nascimento de dom bosco para vocês?
A grande diretriz é que o bicentenário não é um ano para nos
17
acharmos grandes, potentes, para aparecer. Que seja um ano de celebração, uma volta às raízes. E se for para fazer uma obra por dom Bosco em cada uma das províncias, em cada um dos países, que seja preferencialmente em prol dos pobres. Começamos algumas coisas desse tipo. No ano que vem, eu vou celebrar a festa de dom Bosco em Serra Leoa. No último dia 31 de janeiro, começamos dois orfanatos, duas residências para umas 200 crianças que perderam os pais por causa do ebola. Em 15 dias, transformamos duas escolas fechadas em duas casas para crianças, que vão ser usadas durante vários anos. Abençoamos essa presença pelo Skype. Há quinze salesianos lá que me disseram: “Nós não nos vamos embora daqui”. Fonte: Newsletter, Entrevista de Sergio Mora, publicada por Zenit no dia 10 de abril de 2015
maria teve oUtros Filhos?
Pe. Antônio de Assis Ribeiro (Pe. Bira), sdb Delegado Inspetorial para a Pastoral Juvenil Salesiana
introdUÇÃo Os protestantes dizem que Maria teve outros filhos..! E por isso não permaneceu virgem… etc. Será que isso tem fundamento bíblico? Vejamos onde eles se fundamentam e o que realmente isso significa. Jesus é o Filho Único de Maria. Mas a maternidade espiritual de Maria estende-se a todos os homens que Ele veio salvar: Ela gerou seu Filho, o Unigênito do Pai (cf. Jo 1,14,18; 3,16; 1Jo 4,9), do qual Deus fez “o primogênito entre uma multidão de irmãos” (Rm 8,29).
2. a narraÇÃo dos evanGelhos:
Os textos que falam dos supostos “irmãos” de Jesus são: Mt 12,47-49; 13, 55-56; Mc 3,3132; Lucas 7,19-21. Os textos não dizem que Maria teve outros filhos. Somente falam “dos irmãos de Jesus”. A chave de tudo é o significado da Palavra irmãos. Então vamos, brevemente, em vários, quadros, aprofundar o signifi-
cado da palavra “irmãos” na Sagrada Escritura a partir de outros textos.
3. Os “Irmãos” de Jesus são Tiago (menor), José, Judas e Simão (cf. Mt 13,55-56). O pai deles, na verdade, é o senhor Alfeu, ou também chamado Cléofas, que é esposo de Maria de Cléofas: Lc 6,15-16 = Mt 27,56 = Mc 6,3. A mãe deles é Maria de Cléofas (esposa de Alfeu) que é irmã de Maria, a mãe de Jesus (cf. Jo 20,25). Portanto, os nomes dos “irmãos de Jesus” citados que são filhos de Cléofas e Maria, são na verdade são PRIMOS de Jesus (cf. Mt 10,3; Mt 27,56; Mc 6,3). A mãe deles não é a mãe de Jesus. “A Igreja sempre entendeu que essas passagens não designam outros filhos da Virgem Maria: com efeito, Tiago e José, “irmãos de Jesus” (Mt 13,55), são os filhos de uma Maria discípula de Cristo que significativamente é designada como “a outra Maria” (Mt 28,1). Trata-se de parentes próximos de Jesus, consoante uma expressão conhecida do Antigo Testamento” (CIC, n. 500).
18
4. os sentidos da palavra “irmÃo” A palavra irmão, na cultura hebraica, era usada para designar, em geral uma relação de parentesco, mas também tinha outros significados. Vejamos alguns brevemente: a) irmão de Jesus é todo aquele que o como seu senhor e mestre: – mateus 23,8: “Quanto a vocês, nunca se deixem chamar mestre, pois um só é o Mestre de vocês, e todos vocês são irmãos.” – Mt 28, 10: “Vão anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galiléia.” – lucas 22, 31-32: “Simão, Simão! Olhe que Satanás pediu permissão para peneirar vocês como trigo. 32 Eu, porém, rezei por você, para que a sua fé não desfaleça. E você, quando tiver voltado para mim, fortaleça os seus irmãos.”
19
b) irmãos são todos os discípulos de Jesus cristo: – atos 1,15-16: Pedro levantou-se no meio dos irmãos e falou: «Irmãos, era preciso que se cumprisse aquilo que o Espírito Santo, por meio de Davi, tinha anunciado na Escritura a respeito de Judas...” – atos 2,37: Quando ouviram isso, todos ficaram de coração aflito e perguntaram a Pedro e aos outros discípulos: “Irmãos, o que devemos fazer?” Outros exemplos: At 3,17; 7,2526; At 11,12.17.29; At 13,15;15,7; At 18,18; At 28,15… c) irmãos são os descendentes de abraão, da mesma raça e sangue: Ex 2,11; At 13,26; Rm 9,3.
5. conclUsÃo
Com este quadro concluímos nossa reflexão sintética sobre Nos-
sa Senhora. O grande objetivo desta partilha era aquele que ajudar a crescermos na consciência de que é necessário darmos fundamento para a nossa devoção mariana. Somente assim seremos capazes de justificar o que religiosamente fazemos e estaremos aptos para saber, com firmeza e competência, dialogar com aqueles que contestam nosso carinho pela mãe de Jesus. Teremos um amor mais filial, quanto mais conhecermos a beleza da nossa mãe. O amor leva ao conhecimento e o conhecimento alicerça o Amor.
O grande objetivo destes dados bíblicos era aquele que ajudar a crescermos na consciência de que é necessário darmos fundamento para
a nossa devoção mariana. A fundamentação pública é necessária. Somente assim seremos capazes de justificar o que religiosamente fazemos e estaremos aptos para saber, com firmeza e competência, dialogar com aqueles que contestam nosso carinho pela mãe de Jesus. Teremos um amor mais filial, quanto mais conhecermos a beleza da nossa mãe. O amor leva ao conhecimento e o conhecimento alicerça o Amor.
Não basta a devoção, é necessário fundamentá-la através do conhecimento. Sem conhecimento não há Amor de filho, sem Amor de filho, não há confiança; sem confiança não há veneração pela mãe! É natural que todo filho conheça e confie em sua mãe.
20
visita do pe. GUilherme basaÑes a inspetoria sÃo dominGos sÁvio Pe. Reginaldo Lima Cordeiro, sdb Delegado Inspetorial da Animação Missionária
Sabemos que na Congregação Salesiana, a animação missionária é um serviço importante para os filhos de Dom Bosco, que convida ao anúncio do Evangelho e à conversão, sensibiliza para as necessidades dos jovens e abre os povos e as Igrejas locais à universalidade e à intercomunhão. Com intuito de fazer uma visita de animação missionária, segundo suas atribuições, chegou à Inspetoria Salesiana Missionária da Amazônia, o Pe. Guilherme Basañes – Conselheiro Geral para as Missões. Os objetivos principais da animação missionária em geral, são apresentar a realidade da missão ad gentes; sensibilizar os salesianos de Dom Bosco para sua responsabilidade missionária; informar e refletir sobre as situações de injustiça e exploração nas relações entre os vários povos e promover um estilo de vida mais evangélico; partilhar com as Igrejas locais o carisma salesiano; propor a vocação missionária em todas as suas formas aos jovens e aos adolescentes; promover a partilha de bens espirituais e materiais em favor da missão; rezar
21
pela missão e estimular uma cultura missionária na inspetoria.
Com estes objetivos supracitados, permaneceu na Inspetoria do dia 13 a 22 de abril do corrente ano (2015), visitando algumas obras presentes em Manaus, São Gabriel da Cachoeira, Taracuá, Iauareté e Maturacá todas no estado do Amazonas, próximas às fronteiras com a Venezuela e Colômbia. Pe. Guilherme chegou à noite do dia 13 de abril em Manaus; a primeira comunidade visitada por ele foi o Centro Salesiano de Formação (pós-noviciado) – CESAF na Zona Leste de Manaus acompanhado pelo Pe. Inspetor. Presidiu a celebração Eucarística com os Salesianos em Formação, e em seguida teve um encontro exclusivo para com os pós-noviços.
No dia 14 viajou para o município de São Gabriel da Cachoeira, de onde partiu para visitar a área indígena do Rio Waupés, conhecida como área do triangulo tukano, chegando na Missão Salesiana de Iauareté onde se encontrou com os missionários e missionárias que
ali trabalham. Na sua viagem para Iauareté, passou também na Missão Salesiana de Taracuá, onde os salesianos não estão mais presentes. Em Taracuá visitou a comunidade das Filhas de Maria Auxiliadora. No dia 17 a 19 de abril, visitou a Missão Salesiana de Maturacá, área indígena Yanomami onde o visitador participou da festa tradicional da colheita da banana, sempre acompanhado pelo Delegado Inspetorial para Animação Missionária. Em São Gabriel da Cachoeira no dia 20 de abril, com a presença do Pe. Francisco Alves de Lima, Inspetor, encontrou-se com todos os salesianos que trabalham na Área Missionária do Rio Negro. No seu encontro fraterno destacou os seguintes pontos como estímulos para a continuidade na doação e dedicação à vida missionária: Cuidado e zelo da própria fé do missionário salesiano; Consciência de ser enviado em e para missão;
Responsabilidade na encarnação e inculturação do carisma salesiano;
Predileção/prioridade pelos jovens mais pobres; A importância de que as comunidades salesianas sejam multiculturais e interculturais para o enriquecimento no trabalho missionário.
Concluindo o programa da visita, em Manaus, no dia 21 de abril, pela manhã celebrou a Eucaristia e participou da reunião do Conselho Inspetorial. Pela parte da tarde visitou os salesianos presentes em Manaus e a sede da Inspetoria Santa Teresinha (FMA). Por volta das 18h no centro inspetorial participou do encontro com todos os salesianos da área de Manaus.
Agradecemos ao Pe. Guillherme Basañes pela visita de animação, e que Deus o acompanhe no seu árduo trabalho de animação missionário na Congregação Salesiana. 22
eXperiÊncia de volUntariado em matUracÁ Jonathan S. Ortega Fraire Voluntário
Meus primeiros cinco meses no Brasil têm sido uma grande experiência... desde o momento em que cheguei no aeroporto recebendo uma calorosa e cordial recepção. O tempo que passei na casa provincial, dias de convivência com salesianos foi muito enriquecedor: ouvindo experiências vividas pelos missionários, os desafios que enfrentaram, etc. Ouvindo foi crescendo dentro de mim cada vez mais o desejo de chegar ao ligar onde estou (Maturacá, na fronteira com a Venezuela) e viver experiências semelhantes e novas, experimentando em primeira mão os desafios de ser um missionário na selva amazônica. Experiência em Maturacá é indescritível desde o início da via-
23
gem de barco, viver quatro dias rodeado pela natureza até onde os olhos podem ver, viver com os sons do rio e da selva, conhecendo realidades muito diferentes das do México, vendo o modo de vida das cidades e comunidades ribeirinhas, as conversas com meus companheiros de viagem me ajudou a entender um pouco as pessoas e seu relacionamento com seu meio, o rio, a floresta, peixes, animais e seu estilo de vida, fui guiado pelos ciclos da natureza. Em Maturacá eu experimentei a paz, a tranquilidade e uma sensação de segurança que não sabia. A liberdade vivida pela comunidade é maravilhosa, viver longe de tantas coisas que antes pareciam indispensáveis como: internet, celula-
res, filmes, carros, etc. E quando eu cheguei aqui, ao entrar no estilo de vida das pessoas, comecei a distinguir e reconhecer o que é realmente necessário, o que é importante, o que é útil e também a perceber as coisas que me perturbavam e não ajudavam a crescer na vida. Aceito que não foi muito fácil, como toda mudança gera dor, desconforto, frustração em algum ponto e as coisas que são tão naturais para aqueles que residem no lugar onde eu estive, e tive que aprender a melhor convivência e relacionamento com eles, coisas como aprender a nadar em rios, a Ribeirinha tomar um banho, andar sem sandálias e sentir
as plantas nos pés descalços, a terra molhada, picadas de mosquito foram coisas difíceis para mim. Eu sou muito grato a Deus pelo chamado para servir em um lugar tão bonito, que me permitiu conhecer pessoas maravilhosas em todos os lugares que visitei em Manaus, São Gabriel, Maturacá e suas comunidades. É uma experiência de vida que poucas pessoas podem viver e que me tocou muito, ver aquelas pessoas gerou em mim um senso maior de responsabilidade, o respeito pelo próximo, minhas ações durante o dia, a responsabilidade com o meio ambiente e tudo que está ao meu redor.
24
aconteceU
1 – CURSO DE DIRETORES – QUITO (EQUADOR)
O Centro Salesiano de “Formacion Permanente” de Quito (Ecuador) realizou o encontro formativo de diretores entre os dias 08 a 22 de Abril de 2015. Neste encontro estavam presentes dezesseis diretores salesianos das inspetorias presente no Equador, Nicaragua, Guatemala, Chile, Paraguai, Argentina e Brasil. Foram três salesianos do Brasil: Pe. Elias Roberto - diretor do Pós-noviciado de Campo Grande; Pe. Alberto Ripel e Pe. José Francisco de Manaus. O Curso de diretores teve como objetivo: “Descobrir o ministério de Diretor como uma oportunidade de crescimento humano-cristão-salesiano-sacerdotal, exercido prioritariamente com minha comunidade religiosa salesiana e com a comunidade educativa pastoral (CEPs)”. Diversos foram os objetivos específicos do curso: 1) Aprofundar o
25
ministério de Diretor como oportunidade para fortalecimento da identidade humana, cristã, salesiana e sacerdotal; 2) Confrontar a experiência vivida com a proposta que Dom Bosco e a congregação; 3) Clarificar diversos níveis de liderança como diretor, animador, pastor, sacerdote-presbítero, administrador, educador, etc.; 4) Identificar os desafios ameaçadores e ferramentas estratégicas. As principais atividade do curso foram: oração, estudo, reflexão pessoal, trabalhos em grupos, partilha, eucaristia, refeições e lazer. O término do curso foi marcado pela Celebração Eucarística presidida pelo Reitor Mor, almoço na casa inspetorial e em seguida o mesmo fez a entrega dos certificados para cada participantes.
aconteceU
2 – JOVENS DA AJS-PA REAVIVAM O FEJUSA
Nos dias 18 e 19 de abril de 2015, no Centro Social Dom Bosco, em Salinas, aconteceu o Festival da Juventude Salesiana (FEJUSA), um grande encontro cultural e espiritual entre as casas salesianas da área do Pará, conforme o planejado pelos jovens líderes da AJS-PA. A chegada dos jovens foi organizada em forma de procissão seguindo pelas ruas de Salinópolis em direção à Igreja Matriz Nossa Senhora do Socorro, espalhando e divulgando a alegria da espiritualidade salesiana pelo caminho, deixando a igreja lotada de jovens durante a missa presidida pelo Pe. Victor Cazal, pároco de Salinas. Após a celebração houve a culminância do FEJUSA, que tinha como projeto a apresentação de mensagens, de forma artística, envolvendo música, dança e teatro, sobre o
bicentenário de Dom Bosco pelos grupos de cada instituição salesiana da área Pará. As mostras artísticas foram intercaladas por formações sobre o Centenário da Presença Salesiana na Amazônia e outros temas importantes para a juventude, como a Estreia 2015 apresentada pelo salesiano Pe. Manoel de Jesus. Ao fim do festival foi realizada a adoração ao Santíssimo, um momento de reflexão sobre os objetivos finais do encontro. O Festival foi de suma importância para a interação dos jovens salesianos do estado, buscando, através da arte, cultura e animação, chamar a atenção para o bicentenário do nascimento de Dom Bosco, a Estreia 2015 e a comemoração do centenário dos salesianos na Amazônia, e também fazê-los comungar do modo salesiano de servir à igreja.
26
aconteceU
3 – resas: rede de aÇÃo social Aconteceu nos dias 8, 9 e 10 de abril, o primeiro encontro do Comitê de Animadores de Polo da RSB, com a diretoria executiva, no Centro de Convenções Israel Pinheiro, em Brasília/DF. A finalidade do encontro foi de promover, articular e fortalecer todas as ações salesianas, que a partir desse momento possam atuar num formato de rede entre Filhas de Maria Auxiliadora e Salesianos de Dom Bosco de todo o Brasil. A nova proposta vem redimensionar o trabalho em rede que já
é realizado pelos dois segmentos, tornando-os mais fortes no compromisso de dinamizar a ação social, educacional e a evangelização de crianças, adolescentes, jovens e adultos.
4 – ENCONTRO DOS RELIGIOSOS DA ZONA LESTE – MANAUS Os Pós Noviços participaram no dia 25 de abril, sábado, do Encontro dos Religiosos do Núcleo Zona Leste da CRB. O encontro aconteceu na casa das Irmãs Carmelitas no Zumbi I. Padre Amarildo CssR partilhou com o grupo o tema da "Profecia na Vida Religiosa".
27
aconteceU 5 – Festa de sÃo dominGos sÁvio: mensaGem do inspetor para que a exemplo de Dom Bosco sejamos “com e para jovens”, ao mesmo tempo que sentimos o chamado urgente para qualificar e significar sempre mais a nossa presença educativo-pastoral.
Caros irmãos, saudações fraternas! Hoje, celebramos a Festa de São Domingos Sávio, Padroeiro da nossa Inspetoria. Certamente nas nossas comunidades celebramos este momento com o destaque que ele merece. As celebrações do “Bicentenário do Nascimento de Dom Bosco” (18152015) e do “Centenário da Presença Salesiana na Amazônia” (1915-2015), iluminam ainda mais a figura deste “pequeno grande Santo”. Nele enxergamos a força e a delicadeza da graça de Deus que molda os corações daqueles que se deixam guiar pela alegria do Encontro com o Senhor. Olhando para a vida de Domingos Sávio descobrimos os apelos de Deus
O encontro do pré-adolescente Domingos Sávio com o sacerdote João Bosco foi marcante! Teve início naquela ocasião, em que Dom Bosco visitava a sua terra natal, uma “verdadeira pedagogia do encontro”. Um pré-adolescente, um adulto; um educando, um educador; um discípulo, um mestre: dois santos!
Daquele primeiro momento em que Dom Bosco passava a conhecer um pouco mais a pessoa e coração de Domingos nasce um desejo e um compromisso. Da parte de Sávio o desejo de “se deixar conduzir para fazer da sua vida uma oferta agradável a Deus” e da parte de Bosco, o compromisso de ajudá-lo como educador e amigo nessa tarefa. Tudo de modo muito simples e inserido dentro da profundidade do cotidiano. Ao encontro com Deus, sem exageros e com uma espiritualidade do dia-a-dia, mas nem por isso desprovida de sólidos fundamentos, Dom Bosco indica a Domingos um
28
aconteceU
outro itinerário importante: tornar-se “apóstolo entre os seus companheiros”. Domingos entendeu bem a orientação e impulsionado pela força da graça fez uma caminhada estupenda. Sem sombra de dúvidas, a experiência do encontro de Dom Bosco com Domingos Sávio explicita com vee-
centralidade dos jovens no nosso carisma e na nossa ação educativo-pastoral. Centralidade no sentido de que estamos a serviço deles e para eles. O CG 27, afirma ainda que eles “são a nossa sarça ardente”, ou seja, Deus nos fala através deles. Estando com eles fazemos experiência do amor de Deus,
mência o tema da Estreia deste ano: “Como Dom Bosco, com os jovens, para os jovens”! Primeira grande mensagem do novo Reitor-Mor, P Ángel Artime que não se cansa de afirmar desde que assumiu o serviço como X Sucessor de Dom Bosco: “tenho a firme convicção de que serão os jovens pobres que vão nos salvar”. Tendo a festa do nosso Padroeiro como foco e em sintonia com a Estreia, penso que este é um convite para redescobrirmos sempre mais a
da sua presença, como também dos apelos divinos que sempre aquecem a nossa vocação.
29
Somos ainda desafiados a olhar com “ousadia pastoral” a exemplaridade de Dom Bosco: todo e tudo para os jovens. Ele não se reservou, nem colocou à parte nada para si, mas viveu com radicalidade evangélica a sua vocação-doação: tempo, estudo, fadigas, dissabores, alegrias, projetos, recursos, criatividade, inquietude evangélica com o único fim de servir aos jovens.
aconteceU
“Estar com os jovens” pede que reafirmemos o método de educar e evangelizar a partir da presença. Uma presença simples, mas cativante; acolhedora e que gera protagonismo... Não é algo que fazemos, como uma estratégia, mas que é expressão clara do nosso ser como educadores-pastores. Esta experiência da presença entre os jovens é tão radical que para nós torna-se ocasião propícia para nos encontrarmos com Deus. O que nos anima a ser como Dom Bosco, vivendo a presença entre os jovens e a doação incondicionada a eles é o amor a Deus, essência da nossa existência. Portanto, o itinerário vivido pelo educador de Valdocco com Domingos Sávio, pode ser para nós fonte de inspiração. Mas, não devemos somente resgatar o passa-
do com toda a sua riqueza, como também buscar respostas para o hoje, o aqui e o agora... E a respeito dos jovens de hoje? Em que eles se parecem com pré-adolescente de Riva di Chieri? Em que modo são diferentes? Na sua realidade mais profunda os jovens de hoje também têm sonhos; fazem experiência de Deus; lutam contra pequenos e grandes medos e, com certeza necessitam da presença de adultos significativos. No transcorrer dos dias da Obra onde você está, caro irmão, Deus oferece inúmeras oportunidades de encontros com os jovens. É Ele que se achega a nós pessoa dos nossos destinatários. Essa é uma ocasião que não podemos perder! Deus nos fala na escuta da Palavra, no silêncio, na Fração do Pão, nos pátios em meio ao dinamismo juvenil.
30
aconteceU
6 – Jovens lÍderes escolhem o conselho local da aJs de manaUs
Após passarem por um significativo processo de formação para liderança, os jovens perseverantes do curso escolheram os membro do Conselho Local da AJS da área de Manaus. Para que possam prestar um serviço à altura das responsabilidades e expectativas dos outros jovens, o grupo escolhido fez uma experiência de três dias de treinamento proposto pelo Delegado Inspetorial para a Animação Pastoral. Foram três ricos encontros formativos nos quais juntos estudaram: a identidade da AJS, o Plano de Ação do Conselho Nacional da AJS, a Carta de Identidade do Conselho da AJS Local... e pistas orientativas para os serviços de liderança juvenil Salesiana. Conforme a Carta de Identidade o Conselho Local tem a bonita
31
missão de "Animar a juventude, de modo especial, os grupos de base, com a Espiritualidade Salesiana, sendo referência para o processo de animação, evangelização, articulação, formação, expansão e divulgação da AJS em vista do protagonismo juvenil na promoção do Reino de Deus". Jovens evangelizados, tornam-se animadores e evangelizadores e outros Jovens! Parabéns ao Conselho da AJS (SDB) Manaus pela seriedade da participação, entusiasmo manifestado e a vontade de trabalhar na promoção do Protagonismo Juvenil da área de Manaus. Perseverança!
aconteceU
7 – pereGrinaÇÃo a sÃo Gabriel da cachoeira cem anos de missÃo: peregrinação salesiana a são Gabriel da cachoeira - 17 a 27 de maio de 2015 Com 35 passageiros de 7 tripulantes, partiram no dia 17 de maio, as 17:00 do porto da Manaus Moderna (área do Igarapé do 40), o Barco Amazônia de Deus, com destino a são Gabriel da Cachoeira em vista da comemoração dos 100 anos da presença salesiana na Amazônia. Com o objetivo de favorecer uma experiência de conhecimento da histórica presença no Rio Negro a Peregrinação passou pelas cidades de cidades de Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro, refazendo a viagem de dos primeiros missionário salesianos que, há cem anos atrás, se fixaram na Amazônia trazendo a essa região, então bastante remota do Brasil, a visão missionária e os ensinamentos de Dom Bosco.
Foram dias de festivos marcados pela convivência no barco, oração, eucaristia, momento de lazer e estudo. Em cada parada era festa! Em São Gabriel a Família Salesiana foi honrada com a presença o representante do papa, o núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni Aniello que presidiu a Eucaristia.
Participaram desse maravilhoso evento uma grande e animada família: sete padres salesianos representando as Inspetorias do Pará, Amazonas e Rondônia, três freiras Filhas de Maria Auxiliadora, das Inspetorias Santa Teresinha e Laura Vicuña, Salesianos Cooperadores, animadores de pastoral, catequistas, ex-alunas e ex-alunos das Filhas de Maria Auxiliadora e dos Salesianos de Dom Bosco.
32
aconteceU
8 – lÍderes da JUventUde salesiana de rondÔnia em FormaÇÃo
Tendo como objetivo geral contribuir com o processo de formação dos líderes da Articulação da Juventude Salesiana (AJS) da área de Rondônia, aconteceu no Sítio Dom Bosco em Candeias de Jamari, a 30 Km de Porto Velho, dias 06-08 de junho (sexta, sábado e domingo), um encontro reunindo 30 líderes de grupos juvenis de Humaitá (Sul do Amazonas), Porto Velho e Ji-Paraná. O grupo iniciou um processo formativo para em vista da melhor compreensão da AJS, a missão dos líderes animadores de grupos juvenis, do protagonismo juvenil na Igreja e na sociedade conforme a espiritualidade salesiana. Neste evento, assessorado pelo Delegado para a Pastoral Juvenil da
33
Inspetoria Salesiana São Domingos Sávio, Pe. Bira, diversos assuntos foram refletidos, a saber: a apresentação AJS conforme a perspectiva presente no Quadro Referencial da Pastoral Juvenil Salesiana; o significado do protagonismo juvenil salesiano; a carta de identidade e organização do Conselho Local da AJS; a importância da Leitura Orante da Bíblia.
O próximo encontro ficou marcado para os dias 28, 29 e 30 de agosto. Na avaliação final, todos manifestaram uma forte comunhão em afirmar que a experiência foi muito positiva ressaltando a convivência, o conteúdo de estudo, as orações, a retomada do entusiasmo... Parabéns aos participantes!
aconteceU
9 – DIZENDO “NÃO” AO TRABALHO INFANTIL
No dia 12 de Junho, a Escola Salesiana do Trabalho-EST manifestou publicamente sua repulsa ao Trabalho Infantil. O gesto consistiu numa panfletagem de rua, na confluência da Rua Alferes Costa com a Avenida Pedro Miranda, proximidades da escola. A panfletagem foi realizada pelos jovens alunos dos Cursos de Mecânica e de Eletricidade. Os alunos, usando a camiseta que foi feita pelo Ministério Público, estavam acompanhados por seus instrutores de curso.
O gesto continua uma parceria iniciada em Abril de 2015 entre a EST, o Ministério Público do Trabalho e o Tribunal Regional do Trabalho – PARÁ/AMAPÁ. O primeiro encontro da parceria foi um dia de formação que reuniu os educadores da EST e juízes, advogados, técnicos do Ministério. O tema daquele primeiro encontro foi a luta da sociedade civil contra o Trabalho Infantil. O registro do evento foi feito pelo Jefferson Fernandes, da Animação Pastoral. 34
aconteceU
10 – CONCLUSÃO DO CURSO DE LÍDERES JOVENS
Após o percurso de itinerário formativo que durou 9 meses, foi concluído em Manaus o Curso de Líderes Jovens. O mesmo foi promovido pela Pastoral Juvenil Inspetorial em parceria com a Faculdade Salesiana Dom Bosco que o certificou com titulação de extensão universitária. Foi uma experiência formativa pioneira no qual um grupo de jovens líderes proveniente de diversas obras, FMA e SDB, fizeram integralmente o itinerário formativo proposto pelo Capítulo Geral XXIII que refletiu sobre a educação dos jovens à fé. O curso foi metodologicamente organizado por módulos em nove grandes encontros-convivências com uma série de atividades como: estudo, oração, convivência, partilha de experiências, orientação espiritual... 35
A diretoria executiva da FSDB com a diretoria de extensão já fez com os concluintes a sua avaliação geral; muitos foram os aspectos positivos ressaltando o como a proposta ousada e exigente, a fidelidade ao itinerário proposto sem interrupção, a capacitação para o serviço, a convivência, etc. Lamentaram a desistência de um significativo numero de colegas e deram algumas sugestão para a próxima edição. Sentindo-se honrados também agradeceram os formadores e a todos que contribuíram de forma direta e indireta para a realização desse processo. A semente plantada já esta dando bons frutos! Todos estão engajados, animados e se comprometeram em contribuir no processo de formação de outros jovens no próximo curso.