O TAPIRI - # 180 - JULHO-AGOSTO 2016

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Jul / Ago de 2016 | Nº 180

Capa: Pastoral Vocacional: A Convivência Vocacional para Jovens Voluntários| Pg. 05


Copyright©2016 Inspetoria São Domingos Sávio Todos os direitos reservados ao autor

Inspetor: Pe. Francisco Alves de Lima Organização: CIP Coordenador: Pe. Antônio de Assis Ribeiro Delegada para a Comunicação Revisão: Vivian Marler Equipe de articulação: Eduardo Lacerda, José Luis (Zeca) e Animadores de Pastoral Projeto Gráfico: Eduardo Lacerda Distribuição: José Luis (Zeca) Articulistas: Convidados Capa: https://www.facebook.com/Wellinngton

Manaus - Am - Brasil

Ficha Catalográfica T172 O Tapiri: Comunicação Pastoral da Inspetoria São Domingos Sávio BMA / Pe. Francisco Alves de Lima,sdb (org.); Pe. Antônio de Assis Ribeiro. Sdb (Coord.). Manaus: Editora FSDB, 2016. x,44 p. Il. 15x21 cm (Comunicação Pastoral da Inspetoria São Domingos Sávio –BMA) ISSN 2525-3093 Publicação Bimensal 1.Salesianos de Dom Bosco 2. ISMA - Manaus. 3. Comunidade Salesiana. 4. Lima, Pe. Francisco Alves de. 5. Ribeiro, Pe. Antônio Assis. I. Título. CDU 271.789.1(05)

Elaborada por Zina Pinheiro - Bibliotecária - CRB 11/611


Antônio de Assis Ribeiro (Pe. Bira), sdb Delegado Inspetorial para a Pastoral Juvenil e Vocacional

Estimados(as) leitores(as), A presente edição de “O Tapiri” dá especial destaque à juventude. Duas circunstâncias nos estimularam a essa escolha. De um lado, temos a Jornada Mundial da Juventude e do outro, o mês vocacional, agosto. Os Coordenadores da Comissão Nacional da Pastoral Juvenil Salesiana com o artigo “A Jornada Mundial da Juventude e o Ano da Misericórdia” nos convidam a aprofundar a riqueza do tema da JMJ 2016. Somos chamados a educar os jovens à misericórdia. O Pe. José Francisco, coordenador da animação pastoral do Colégio do Carmo Ananindeua (PA), nos estimula a ampliar nosso olhar pastoral sobre a família. É verdade que temos muitos problemas no mundo familiar, mas nosso olhar de pastores(as) também deve nos levar a identificar riquezas e oportunidades pastorais. Dois jovens, a Cristina Matiele – Coordenadora do Conselho Inspetorial da AJS (Articulação da Juventude Salesiana) e o Gustavo Souza, atual pré-noviço, nos falam sobre dois importantes temas da Pastoral Juvenil Salesiana: a organização dos jovens e a promoção da liderança. A existência dos Conselhos da AJS significa uma grande conquista que aponta para a promoção do protagonismo Juvenil. Não há verdadeiro protagonismo juvenil onde permanece a consequência de um “paternalismo pastoral”. Para superá-lo, precisamos cada vez mais acreditar e promover o potencial positivo dos jovens. À guisa de convite à reflexão, apresentamos nessa edição algumas declarações dos jovens sobre o silêncio. Trata-se de um “eco pastoral”, que merece aprofundamento, proveniente da rica experiência formativa do Retiro Espiritual dos jovens líderes da Articulação da Juventude Salesiana ocorrido em Manaus de 07-11de julho de 2016. Os jovens reconhecem a necessidade do silêncio mas, ao mesmo tempo, sentem-se incomodados. Vale a pena refletir sobre o que eles disseram! Enfim, fechamos a edição 180 de “O Tapiri” relatando um pouco de nossa história com seus “fatos e fotos” e felizes por a partir desta edição esta públicação estar registrada no International Standard Serial Number (ISSN) através da editora Faculdade Salesiana Dom Bosco o que possibilitará que nosso conteúdo possa ser encontrado nas bases de dados biográficas por livreiros, pesquisadores e interessados que desejem consultar e solicitar a edição de seu interesse para trabalhos, monografias, teses... Boa Leitura!! Manaus (AM), Brasil, 29 de Julho de 2016


O TAPIRI nº 176 - EDITORIAL

O

TAPIRI é uma publicação bimestral e gratuita da Inspetoria São Domingos Sávio, iniciada em janeiro de 1989, dirigida aos Salesianos de Dom Bosco, membros da Família Salesiana e aos colaboradores leigos e educadores; tem como objetivo ser um instrumento de reflexão sobre temas diversos alinhados à ação pastoral do carisma salesiano. O TAPIRI reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do instrumento pastoral, sendo de total responsabilidade de seus autores.

SUMÁRIO Pastoral Vocacional: A Convivência Vocacional para Jovens Voluntários A Jornada Mundial da Juventude e o Ano da Misericórdia Escola e Família: Oportunidades e Desafios

PG. 05

PG. 11

PG. 15

O Processo de Constituição dos Conselhos Locais da AJS na Inspetoria de Manaus

PG. 21 O Desafio da Promoção do Protagonismo Juvenil PG. 27 Aconteceu PG. 31 Avaliação do I Retiro Inspetorial dos Líderes da AJS

PG. 19


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PASTORAL VOCACIONAL: A CONVIVÊNCIA VOCACIONAL PARA JOVENS VOLUNTÁRIOS Crédito: https://www.facebook.com/Birasdb

Pe. Antônio de Assis Ribeiro, sdb INTRODUÇÃO Visto que no mês de agosto, tradicionalmente, damos especial atenção à reflexão sobre as vocações, quero usar este espaço para documentar e partilhar consigo, uma maravilhosa experiência nesse campo que, desde o ano passado (2015), está sendo promovida pela Pastoral Juvenil Salesiana e Vocacional na Inspetoria de Manaus. Trata-se da promoção da Convivência Vocacional Extraordinária para jovens que já concluíram o ensino médio, em vista do discernimento vocacional através da experiência do Voluntariado Missionário. A Convivência dura cerca de dez dias e é recheada de uma grande riqueza de atividades formativas que estimula os jovens a não terem medo

de se abrirem para melhor conhecer a vontade de Deus sobre suas vidas. A proposta da experiência da Solidariedade, servindo a necessidades, os ajuda profundamente. Aqueles que ao final da convivência são bem avaliados, são enviados para diversas comunidades salesianas em diversos contextos (paroquiais, trabalhos com comunidades ribeirinhas, obras sociais ou comunidades indígenas) para fazerem a experiência de um semestre de serviço voluntario morando na comunidade religiosa salesiana. Ano passado, 2015, foram nove jovens que fizeram essa experiência; para 2016, de 18-28 de julho, teremos também outros nove jovens que iniciarão essa experiência. Conheça esse projeto!


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1. PÚBLICO PARTICIPANTE: Jovens, que já concluíram o ensino médio, que foram acompanhados por uma equipe ou algum salesiano, avaliados positivamente, e que estão decididos a fazer uma experiência de voluntariado em vista do amadurecimento do próprio discernimento vocacional. 2. O OBJETIVO GERAL DA “CONVIVÊNCIA EXTRAORDINÁRIA”: Proporcionar aos participantes uma intensa experiência de vida comunitária fraterna, de oração, de estudo sobre salesianidade básica, reflexão sobre temas de formação humana e apresentação da natureza do voluntariado missionário vocacional com suas exigências específicas. 3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Proporcionar aos jovens participantes uma experiência de profundo e intenso confronto de suas ideias, sensibilidade pessoal com a proposta de Vida Religiosa Salesiana;

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• Favorecer aos jovens a oportunidade para encontrar respostas adequadas às suas interrogações a respeito da vida, carisma e missão salesiana; • Proporcionar aos participantes uma forte experiência de vida comunitária que favorecerá, a cada um, a possibilidade da autorrevelação; • Favorecer aos participantes a experiência da meditação e do discernimento sobre o próprio projeto de Vida Pessoal e a consistência de motivações através do acompanhamento personalizado. 4. JUSTIFICATIVA DA “CONVIVÊNCIA EXTRAORDINÁRIA”: • Nas reflexões da CIAV (Comissão Inspetorial da Animação Vocacional) sobre a dinâmica da Pastoral Vocacional, constatamos diversos aspectos importantes sobre a proveniência dos jovens e outras situações merecedoras de atenção; • Não conseguimos acompanhar a todos os jovens da mesma forma, por diversos motivos, sendo um deles a proveniência (cidades diferentes, dificuldade de comunicação, transporte) e de outros contextos eclesiais; • Admitimos que diversos deles, por motivos de idade, trabalho e outros condicionamentos, tem o direito a usufruírem, de modo intenso, de uma experiência de acompanhamento vocacional extraordinária, de conhecimento do carisma salesiano e da nossa missão; essa é uma demanda que está fora do alcance pastoral das


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nossas obras salesianas, que é crescente, e precisa de uma especial atenção; muitos deles são adultos, com estudos superiores e profissionais estabilizados; Reconhecemos ainda que é natural que haja uma diversidade de níveis de maturidade e de experiência de vida entre eles e aqueles que estão em nossos grupos vocacionais; isso deve ser acolhido e respeitado. Sabemos que no grupo dos Doze nem todos tinham a mesma idade, experiência de vida e nem maturidade; mas Jesus os chamou a fazerem a experiência de discípulos; Consideramos ainda que uma experiência formativa intensiva, por um determinado tempo, seria de grande valia para melhor os conhecermos, desafiá-los na missão salesiana e propor-lhes compromissos específicos em vista do próprio amadurecimento do discernimento vocacional; Reafirmamos a necessidade da promoção da comunhão nessa experiência por parte daqueles que deverão acompanhá-los nas comunidades. Isso diz respeito às exigências do processo de acompanhamento em sinergia com as orientações da Animação Vocacional Inspetorial; Consideramos ainda que a experiência de voluntariado, após a convivência extraordinária para aqueles que forem bem avaliados, seria uma espécie de nivelamento de atitudes e sensibilidade salesiana, uma vez que, há uma grande diversidade de contextos

dos quais são provenientes (rural, indígena, urbano, de dentro ou fora de nossas obras). Isso não é, a priori, um problema, mas uma realidade a ser acolhida, respeitada e trabalhada em vista da promoção da comunhão e “nivelamento” da formação humana e sensibilidade espiritual de acordo com a espiritualidade salesiana; • Nosso papel como educadores salesianos é aquele de lhes favorecer uma experiência de acompanhamento em vista da tomada de decisão. É um serviço que prestamos aos jovens. Cuidando das vocações adultas imitamos a sensibilidade de Dom Bosco para com a promoção das vocações apostólicas: • “Estamos convencidos de que muitos dentre os jovens são ricos de recursos espirituais e apresentam germes de vocação apostólica. Ajudamo-los a descobrir, acolher e amadurecer o dom da vocação laical, consagrada, sacerdotal, em benefício de toda a Igreja e da

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Família Salesiana. Com igual solicitude cuidamos das vocações adultas” (Constituições SDB, Artigo 28). 5. RECURSOS HUMANOS: • Para a promoção dessa experiência contamos com a Equipe de Animação Vocacional da Área de Manaus, sendo coordenada pelo Delegado Inspetorial da Pastoral Juvenil e Vocacional. Devemos ainda contar com a colaboração de outros salesianos da área de Manaus, ou outros disponíveis, para que possam contribuir com reflexões sobre temas específicos ou dar uma palavra de incentivo aos jovens em convivência. 6. RECURSOS FINANCEIROS: • Por se tratar de um evento extraordinário promovido pela Pastoral Juvenil Salesiana e Vocacional em nível Inspetorial, os recursos financeiros necessários serão assegurados pelo Economato Inspetorial;

• Para isso, após a confirmação do número de participantes, o coordenador da EAV da área, em sintonia com o delegado para a Pastoral Juvenil, deverá apresentar ao Ecônomo Inspetorial o orçamento previsto considerando todas as despesas. 7. ATIVIDADES - METODOLOGIA: • Diversas atividades vão compor essa experiência formativa tais como: aulas (encontros formativos com salesianos), convivência informal em comunidade, esporte, momentos de oração, momentos de estudo e leitura pessoal, Eucaristias, passeio, visita às obras salesianas de Manaus, trabalho manual, apostolado, acompanhamento espiritual e psicológico personalizado; • Ao longo da convivência, será proporcionado aos participantes, diversos momentos de experiência de grupo nos quais os participantes serão convidados a se expressarem, interagindo entre si: manifestando suas ideias, capa-

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cidade de leitura, sensibilidade, visão de Igreja e dos desafios da vida. É uma importante experiência para a autorrevelação; • Trata-se de uma experiência formativa baseada na vida comunitária concreta, onde cada um naturalmente tende a se manifestar como é, com seus dotes e fragilidades; • A programação da Convivência deve proporcionar-lhes a experiência da corresponsabilidade para com as necessidades, tais como: a) Limpeza dos diversos ambientes da casa; b) Lavagem das louças do café, almoço e jantar; c) Trabalho manual: limpeza do quintal e área do jardim; d) Responsabilidade nas orações. 8. CONTEÚDO FORMATIVO DA CONVIVÊNCIA VOCACIONAL A experiência da Convivência Vocacional Extraordinária, também propõe momentos de estudo de algumas áreas específicas. O conteúdo forma-

tivo deve ser elementar e básico, não ultrapassando a 04 horas de apresentação para os jovens participantes da Convivência. Mais do que em forma de curso, se sugere que seja feito de modo coloquial para favorecer aos participantes respostas às suas interrogações mais persistentes. • SALESIANIDADE: Apresentar os traços fundamentais da figura de Dom Bosco (fundador, sacerdote e educador da juventude). • FORMAÇÃO HUMANA: refletir com os participantes sobre as condições básicas para uma harmoniosa vida fraterna comunitária; refletir sobre atitudes e valores da boa convivência e, basicamente, o que se deve evitar. • ANIMAÇÃO MISSIONÁRIA: apresentar aos participantes a beleza e o dinamismo no nosso batismo e compromisso missionário hoje diante dos atuais desafios culturais. • SALESIANOS NA AMAZÔNIA: apresentar aos jovens a história dos salesianos de Dom Bosco na Amazônia: abrangência, fundações, tipos de obras, desafios atuais.

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• LITURGIA: apresentar aos participantes os fundamentos da liturgia, conceitos básicos, dinamismo ajudando-os a preparar uma celebração da Palavra, a Leitura Orante e um momento de oração com Jovens ou o povo. Essa questão é importante em vista da boa experiência do voluntariado. CONCLUSÃO Essa experiência tem proporcionados aos jovens participantes significativas conquistas das quais eles nos falam com alegria. Eles declaram que a experiência de voluntariado favoreceu-lhes no crescimento humano; que contribuiu para a percepção dos próprios

talentos e qualidade; que lhes ajudou no processo de superação de dificuldade pessoais de relacionamento com os outros; que capacitou-lhes para crescer no serviço de liderança; que incentivou-lhes a sempre fazer a experiência da solidariedade pedindo-lhes uma constante atitude de abertura aos outros; que ajudou-lhe a ser mais disciplinados e responsáveis, etc. Falam também que a experiência contribuiu significativamente para o crescimento na fé deles; que ajudou-lhe na aquisição de mais firmeza espiritual e sensibilidade religiosa; que proporcionou-lhe o encontro com Deus no serviço aos mais necessitados; que os fez sentir a alegria da doação transformando a fé em vida... Parabéns!

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A JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE E O ANO DA MISERICÓRDIA Crédito: https://www.flickr.com/photos/krakow2016

Ir. Solange Sanches, FMA e Antônio de Assis Ribeiro (Pe. Bira), SDB Coordenadores da Comissão Nacional da Pastoral Juvenil Salesiana

1. SOMOS CHAMADOS À EXPERIÊNCIA DA MISERICÓRDIA Estamos celebrando o ano santo da misericórdia que tem como lema: “Misericordiosos como o Pai!”; sua abertura aconteceu no dia 08 de dezembro de 2015 – Solenidade da Imaculada Conceição e terá seu encerramento no dia 20 de novembro deste ano - Solenidade de Cristo Rei. O papa Francisco decretou este Ano Santo da Misericórdia porque celebramos em 2016 o cinquentenário (50 anos) da conclusão do Concílio Ecumênico Vaticano II: somos convidados a manter viva a memória desse extraordinário evento eclesial. O Concílio foi um forte sopro do Espírito Santo sobre a Igreja; um sinal da bondade de Deus!

Então, somos chamados a meditar sobre a Misericórdia do Pai... Ela torna o testemunho dos crentes mais eficaz e visível, afirma o Papa na bula o Rosto da Misericórdia. A misericórdia é a síntese de todas as exigências do mistério da fé cristã. Deus Pai é «rico em misericórdia» (Ef 2,4); Ele se revelou a Moisés como o «Deus misericordioso e clemente, lento na ira, cheio de bondade e fidelidade» (Ex 34,6). Sua justiça se identifica com o Amor que salva, pois “Deus é Amor” (1Jo 4,8.16). Jesus de Nazaré, através de suas atitudes e palavras, indo ao encontro dos mais excluídos do seu tempo, nos mos-


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trou que o testemunho da misericórdia de Deus-Pai era a sua missão. Jesus é a misericórdia em pessoa! Somos, portanto, como discípulos de Jesus Cristo, chamados à prática da misericórdia imitando as atitudes do nosso mestre e Senhor (cf. Jo 13,14). 2. UM COMPROMISSO PARA TODAS AS CELEBRAÇÕES Ao longo deste ano todas as grandes celebrações da Igreja Católica, em seus mais variados níveis paroquial, diocesano, regional, nacional e mundial, são ocasiões oportunas para o aprofundamento do tema da misericórdia. Dentre os eventos em nível mundial, temos a XXXI Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que acontecerá no mês de julho em Cracóvia na Polônia e tem como lema: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia” (Mateus 5,7). A devoção a Jesus Misericordioso começou justamente em Cracóvia, quando Santa Faustina, uma das grandes místicas da Igreja Católica, narrou em seu diário ter recebido instruções

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de Jesus, através de visões, para que propagasse por todo o mundo a Sua divina misericórdia. Desde então, essa cidade é conhecida como a terra da Misericórdia, para onde acorrem todos os anos multidões de peregrinos. Os jovens participantes da JMJ de Cracóvia terão, através da oração, das catequeses, dos momentos de intercâmbio cultural e celebrações sacramentais, a oportunidade de aprofundar, em diversas perspectivas, a grandeza e a urgência da misericórdia. 3. O MUNDO ESTÁ CARENTE DE MISERICÓRDIA Na bula “O rosto da misericórdia”, o papa Francisco faz um sério apelo ao mundo para que reflita e pratique a misericórdia. Afirma que atualmente a nossa cultura está carente de perdão e, cada vez mais, vai se tornando rara a experiência da misericórdia, do perdão e da tolerância entre as pessoas. “A mentalidade contemporânea tende a separar da vida e a tirar do coração humano a própria ideia da misericórdia”. Essa denúncia do papa Francisco tem profunda consistência e são justamente os fatos sociais que a comprovam: pena de morte, tortura, guerras, violência familiar, injustiça, ódio, abusos, divisão entre povos e culturas, segregação racial e religiosa, terrorismo, atentados contra a dignidade humana de muitas formas por todas as partes do mundo. A humanidade sofre porque está perdendo o senso da misericórdia que nos leva a experimentar o perdão, a promover a tolerância e a cultivar a paz nas relações conosco e com os outros.


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A ausência do amor gera na humanidade toda espécie de males que promovem o sofrimento e a morte. Ao contrário, a força da misericórdia, produz a virtude da acolhida, do respeito, do perdão, da tolerância, da justiça e da paz. “O amor nada faz de inconveniente”, diz a Palavra de Deus (cf. 1Cor 13,5) e gera tudo o que é bom. 4. EDUCAR-SE PARA A MISERICÓRDIA

5. A JUVENTUDE SALESIANA NA JMJ A JMJ tem tudo a ver com a Espiritualidade Juvenil Salesiana. Antes de tudo, por ser um evento de forte protagonismo juvenil, profundamente eclesial e festivo. Dessa forma, o Movimento Juvenil Salesiano (=Articulação da Juventude Salesiana) dela participa com entusiasmo compartilhando com milhares de jovens de outros carismas, as riquezas da Espiritualidade Juvenil Salesiana. A participação da juventude salesiana na JMJ é uma oportunidade que temos para testemunhar ao mundo juvenil católico a riqueza dos valores hu-

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A prática do perdão e da misericórdia não acontece em nós espontaneamente. Somos naturalmente levados à experiência do conflito por causa da divergência dos nossos interesses, ideias, opções, gostos, paixões etc. Naturalmente tendemos a agir por impulsividade, por instinto, antipatia ou simpatia. Os sentimentos de atração e repulsa estão sempre conosco e, às vezes, determinam nossas atitudes. A tendência do coração, muitas vezes, conflita com os parâmetros da razão que nos pede equilíbrio, justiça, temperança e bom senso. Por isso, precisamos nos educar para podermos ser capazes da experimentar a alegria de perdoar. É preciso esforço e processo de autoeducação! A JMJ é uma oportunidade muito significativa que possibilita aos jovens a experiência do encontro fraterno na diversidade de povos, culturas, línguas, mentalidades, cores e etnias. Os jovens animados pela fé fazem experiência da fraternidade, da colhida, do respeito recíproco, da tolerância e da alegria de se sentirem unidos pela mesma humanidade universal, discípulos alicerçados na mesma fé em Jesus Cristo e irmãos em comunhão eclesial.

A experiência educativa para os jovens não vem somente do encontro entre as pessoas, mas também das catequeses que visam o aprofundamento do tema de cada JMJ. Dessa forma, os jovens são exortados a se ocuparem “com tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, honroso, virtuoso, ou que de algum modo mereça louvor” (Fl 4,8). A santidade passa pela experiência da misericórdia.


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manos mais evidentes na espiritualidade salesiana: a acolhida, o testemunho da simpatia, a simplicidade, do espírito de família, a amizade, a criatividade, o equilíbrio, o otimismo e a alegria. Mas não só! A juventude salesiana participante da JMJ tem também a oportunidade de testemunhar, diante de outros jovens, as nossas convicções de fé: o amor à Igreja e à pessoa do Papa, nosso carinho filial para com Maria, o amor à Eucaristia e ao sacramento da Reconciliação! 6. OS ESTÍMULOS VINDOS DO PAPA FRANCISCO Percebemos um lindo percurso que a Igreja vem fazendo nos últimos anos para descobrir formas e caminhos de chegar ao coração das novas gerações. A Igreja acredita que para evangelizar a juventude é preciso conhecer a sua realidade e a cultura na qual os jovens estão inseridos. A figura o Papa Francisco representa um grande sinal de alegria e estímulo, tanto para o povo adulto, quanto para a Juventude; seu sorriso, sua simpatia, sua abertura e sua proximidade fizeram com que os jovens logo se identificassem com o seu jeito de ser: simples, direto e despojado. Ao recordar constan-

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temente os pobres e os marginalizados nos seus gestos e palavras, o fazem ser reconhecido como um bom pastor a ser imitados pelos jovens. As suas palavras, simples e proféticas, que saem do seu coração imbuído de profundo fervor pastoral, toca a consciência das pessoas. A delicadeza com a qual o Papa as pronuncia, sem as privar da sua clareza, profundidade e força, confere renovado vigor à Igreja e estimula nos jovens o renovar o entusiasmo da fé. A celebração da JMJ no ano Santo da Misericórdia é para a Família Salesiana, um sinal eloquente da bondade misericordiosa de Deus; pois Dom Bosco e Madre Mazzarello no século IX, fundaram duas congregações como expressão do amor de Deus para com os jovens. Acreditamos que temos muito a contribuir para que a Jornada Mundial da Juventude não seja apenas um evento, mas um tempo de renovação e de volta às fontes da Igreja. A JMJ é também um tempo de sério despertar vocacional e missionário para a juventude. Que o Espírito Santo suscite, no coração dos jovens, o desejo de seguimento alegre e de comprometimento generoso com a causa do Reino de Deus.


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ESCOLA E FAMÍLIA: OPORTUNIDADES E DESAFIOS Crédito: Google Imagens

Pe. José Francisco Ribeiro de Souza, sdb

INTRODUÇÃO

1. PROBLEMATIZANDO A QUESTÃO

A educação cumpre um papel fundamental na vida ser humano. Ela tem a tarefa de preparar as pessoas para assumir verdadeiros compromissos pessoais e sociais em vista de um bem comum. Formar para uma boa convivência a partir de uma capacidade de construir relações profundas e verdadeiras com as pessoas. Ser capaz de enfrentar os desafios do mundo do trabalho. Estar aberto as novas possibilidades e desafios sem perder a esperança num futuro melhor que está sendo gestado no seio de nossas escolas e famílias. É a partir desta percepção do papel da educação que analisaremos a relação entre escola e família.

1.1 Escola: o que representa hoje A escola tem sido por muito tempo o espaço por excelência onde a educação acontece. O futuro promissor de qualquer indivíduo dependia e depende, em grande parte, dos conhecimentos adquiridos em sala de aula. Um Slogan muito popular que os pais diziam, e ainda dizem com frequência aos filhos e filhas, assim afirma: se você quiser ser alguém na vida precisa ir à escola. Ela torna-se lugar do conhecimento e caminho seguro para o a construção de um futuro de vida digna. Será que a Escola é só isso? Evidentemente que não.


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A Escola deve ser vista a partir de um contexto mais amplo cuja compreensão da sua identidade contemple a preparação para o mundo do trabalho e a formação integral da pessoa humana. A escola deve ser vista como um dos espaços onde a educação acontece. Ela não é a único espaço de conhecimento e de aprendizagem do indivíduo. Existem outros espaços igualmente importantes para formação das pessoas que devem ser considerados. Cito dois espaços educacionais igualmente formativos: a Família e o Entorno (meio social). Há um ditado presente na sabedoria popular que diz: o mundo é a escola da vida. A moral desse dito consiste nesta ideia: quando os pais não conseguem educar seus filhos e filhas, o mundo os educam. A educação, neste contexto ganha uma noção moral e ética. Logo a família antecede e qualifica o papel da escola.

so tem claro que o conceito de família hoje é complexo. O Dicionário Aurélio assim a descreve: 1) conjunto de todos os parentes de uma pessoa, e, principalmente, dos que moram com ela; 2) conjunto formado pelos pais e pelos filhos; 3) conjunto formado por duas pessoas ligadas pelo casamento e pelos seus eventuais descendentes; 4) conjunto de pessoas que têm um ancestral comum; 5) conjunto de pessoas que vivem na mesma casa. A família é o primeiro lugar onde o indivíduo recebe as primeiras informações e valores necessários à convivência humana. Quando o ambiente familiar é desfavorável a formação integração no que diz respeito aos valores ético/moral-religioso e afetivo/relacional-social ela transporta essa dificuldade para o meio escolar. Daí a importância da parceria entre escola e família no processo formativo do ser humano.

1.2 A família: onde se encontra?

2 APROFUNDANDO O TEMA

Parto desta provocação para trazer a discussão sobre papel da família na formação da pessoa humana. É preci-

2.1 Escola e família

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Dentro do contexto desta discursão é viável trocar a ordem temática de escola/ família para família/escola. No processo da formação integral da pessoa a família antecede à escola, mas ambas trabalham juntas no mesmo objetivo. A família continua responsável pela educação ética e moral, e a escola, pelo processo de formal de educação intelectual. O caminho percorrido pela a família e a escola deve deixar claro o papel de cada das partes, sem impossibilitar um trabalho conjunto entre ambas. Essa relação, se não for bem estabelecida, composta dois riscos: a pedagogizacão e familiarização.


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A pedagogizacão consiste no fato da família ter que delegar à escola a responsabilidade da educação formal e não legislar sobre ela. A família fica impossibilitada de interferir no trabalho realizado pela escola. Do mesmo modo, a escola não pode invadir o espaço privado das famílias. A relação entre família e escola fica delicada e, em muitas circunstâncias, tensas. Especialmente quando há conflitos e problemas de indisciplinas envolvendo alunos/ professores e direção. A familiarização aponta para o oposto. A escola espera que os pais sejam professores particulares de seus alunos. Os pais, por sua vez, esperam que os profissionais da educação sejam segundos pais de seus filhos. Há um confusão e indefinição das responsabilidades da família e da escola. Esta polarização atrapalha a parceria entre escola e família. O melhor caminho para construir essa parceria é o diálogo aberto e sincero. Cada parte assume suas responsabilidades nesse processo de ensino aprendizagem partilhando os resultados positivos e buscando soluções viáveis para os negativos. A escola vem para somar com a família na formação dos seus filhos e filhas. Os filhos e filhas devem, porém, estar em condições de aproveitar as oportunidades educacionais oferecidas para satisfazer suas necessidades básicas de aprendizagem. A família é o suporte e nela as crianças, os adolescentes e jovens devem encontrar os incentivos necessários para permanecerem na escola de forma proveitosa.

ca do colégio salesiano, Nossa Senhora do Carmo, situado no município de Ananindeua-Pará. 2.3 Quais são os pontos facilitadores e os pontos conflituosos dessa relação? A sociedade tem passado por profundas mudanças nas últimas décadas que afetaram a estrutura e o equilíbrio das famílias. A escola também, ainda que de forma mais lenta e compassada, tem procurado se adaptar a essas mudanças, mas o que urge em nossos dias é a interação entre ambas, promovendo uma maior eficiência na educação e no ensino das crianças. Por sua vez as famílias, responsáveis pelo desenvolvimento social e psicológico de seus filhos, devem buscar a interação com a escola, promovendo, questionando, sugerindo e fornecendo elementos que melhores a comunicação com os educadores e promovam iniciativas que vão de encontro às necessidades dos educandos.

2.2 Interação entre pais e escola Esse tema foi abordado numa entrevista feita com a diretora pedagógiCrédito: Google Imagens


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2.4 Como você avalia a interação dos pais com a instituição de ensina na qual você trabalha? O colégio vive uma ligação estreita e continua entre os professores e os pais que não se resume em uma informação mútua. Há um intercambio que gera resultados recíprocos e favorece o aperfeiçoamento real dos métodos educativos. Ao aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais, e ao proporcionar, reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola, chega-se até mesmo a uma divisão de responsabilidade. 2.5 Que outros aspectos você considera importante ressaltar? Apesar de a escola ser insubstituível na educação, formação profissional e socialização da criança, por toda sua variedade de ideias e suas diferenças de crenças, culturas e de condições sociais, torna-se um espaço de muitos conflitos. É por isso que o diálogo, a compreensão, o compromisso são elementos in-

dispensáveis para que se consiga terra fértil. Assim, faz-se necessário investir na construção de boas relações, procurando minimizar a indisciplina. Aqui, entra a figura do diretor como promotor de bons relacionamentos, promovendo iniciativas que atraem a participação dos familiares e da comunidade educativa no universo escolar. Em suma, a escola e a família tem responsabilidade com a formação integral do ser humano que não se resume, simplesmente, a aquisição de conhecimento visando o mercado de trabalho. Preparar para o mundo do trabalho de forma qualificada é um compromisso das instituições de ensinos, incluindo a escola. Levar para o mundo do trabalho uma formação moral/ética e religiosa pressupõe uma boa base familiar. Neste sentido, a escola e a família, trabalhando juntas, pode oferecer uma educação para além do mundo do trabalho e de uma conduta moralmente correta. Trata-se de uma educação para vida que esteja comprometida com a dignidade humana. Crédito: Google Imagens


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O PROCESSO DE CONSTITUIÇÃO DOS CONSELHOS LOCAIS DA AJS NA INSPETORIA DE MANAUS Crédito: https://www.facebook.com/isaodomingossavio

Cristina Matiele – Coordenadora do CLAJS da área de Rondônia O processo de organização estrutural da Articulação da Juventude Salesiana (AJS), que se iniciou em nível nacional, chegou à nossa Inspetoria de forma gradual. O Conselho Local da Articulação da Juventude Salesiana (CLAJS), conforme sua carta de identidade (cf. Princípios Norteadores da AJS, 3ª Edição, 2016) tem como missão, ser referência animadora da Juventude Salesiana dentro de uma área geográfica específica da Inspetoria alimentando o protagonismo juvenil salesiano em vista da promoção do Reino de Deus na sociedade e na Igreja. Na Inspetoria de Manaus o primeiro Conselho a ser formado foi o da área do Pará, que ocorreu durante um retiro de lideranças juvenis, em novembro de 2014, onde houve um aprofundamento formativo em relação ao sentido e

missão da AJS, o que desencadeou na escolha dos primeiros conselheiros. Dando continuidade ao desenvolvimento da liderança da AJS Inspetorial, em julho de 2015 em Manaus, houve a escolha dos jovens conselheiros da daquela área. Partindo desta motivação inicial, os conselheiros eleitos, iniciaram um processo de mais animação e fortalecimento do protagonismo juvenil local. Na área de Rondônia o Conselho Local foi formado em agosto de 2015 e em Manicoré (AM) em novembro do mesmo ano. Tais Conselhos foram constituídos através de uma seleção de jovens líderes após uma assembleia juvenil específica na qual os participantes refletiram sobre a natureza da AJS, sua organização, missão e dinamismo em sintonia com as orientações do


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Quadro Referencial da Pastoral Juvenil Salesiana (Roma, 2014). A consolidação dessa estrutura organizacional da AJS (em conselhos locais) tem proporcionado aos jovens da nossa Inspetoria uma visão mais abrangente do que é realmente o protagonismo juvenil salesiano. Essa forma organizativa de liderança através de Conselhos está promovendo, cada vez mais, o carisma salesiano no meio juvenil e lhe favorecendo a possibilidade de um mais forte testemunho do Evangelho, da pessoa de Jesus Cristo e da evangelização além das obras salesianas. O destaque maior da organização desses conselhos e, ao mesmo tempo, grande desafio que vem do princípio

da autonomia do MJS, é a busca pela autossustentabilidade financeira. Trata-se de fazer com que o Movimento Juvenil Salesiano (AJS no Brasil), seja cada vez mais, independente administrativamente e maduro psicologicamente, assim como a juventude que o compõe. Agradecemos a todos aqueles que trabalham na Pastoral Juvenil Salesiana promovendo o protagonismo juvenil, que acreditam na coragem dos jovens. Estamos afirmando nossa presença carismática juvenil a cada dia, enfrentando as dificuldades de uma sociedade líquida, que oferece tantas opções atrativas à juventude. Que possamos continuar com alegria esse serviço pastoral aos jovens mais necessitados.

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AVALIAÇÃO DO I RETIRO INSPETORIAL DOS LÍDERES DA AJS Crédito: https://www.facebook.com/isaodomingossavio

Pe. Antônio de Assis Ribeiro, Delegado Inspetorial para a Pastoral Juvenil e Vocacional, sdb

CASA DE RETIROS MONS. LOURENÇO JORDANO – MANAUS / AM Período: de 07-10/07/2016

1. PARA VOCÊ, QUAIS FORAM OS PONTOS MAIS SIGNIFICATIVOS DO RETIRO?

NOTA: Participaram deste Retiro 38 jovens provenientes de Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Manicoré (AM). Eram jovens de 16-25 anos; grande parte estudantes cursando o Ensino Médio, doze universitários e alguns já profissionais liberais. Todos partícipes da Articulação da Juventude Salesiana (AJS); estão fazendo a experiência de liderança em grupos, oratórios, pastorais, ou comprometidos em outras formas de engajamento eclesial em suas comunidades. Dez deles concluíram em 2015 o curso de Liderança Juvenil que durou um ano e meio de formação pela FSDB. Os demais participantes (da área de Manaus) estão fazendo o mesmo processo de formação. Entregaram a avaliação 25 participantes. Segue a síntese das opiniões.

• Os momentos de deserto, de silêncio e meditação pessoal (25); • Os momentos de reflexão do Padre Bira (clareza, entusiasmo, profundidade, dinamismo, provocações, estímulo) (10); • O tempo de leitura e meditação dos textos bíblicos (7); • As celebrações em geral: a eucaristia, o terço luminoso, a adoração, a celebração penitencial (5); • A organização geral do retiro (4); • A experiência de ficar por alguns dias sem o celular (3); • O tempo que cada um teve para dedicar-se a si mesmo (3); • A boa participação de todos (2);


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• Os textos bíblicos e os temas propostos para a nossa meditação (2); • A oportunidade para rever a dinâmica da própria vida (2); • O encontro e a amizade com os jovens das outras áreas (2); • A celebração penitencial e com a oportunidade da confissão; • A reflexão sobre projeto de vida pessoal; • As dinâmicas usadas, animação e cantos; • Foi uma oportunidade para fazer uma revisão do meu conceito de “vida espiritual”; • O tempo de repouso. 2. PARA VOCÊ COMO FOI A EXPERIÊNCIA DO SILÊNCIO (OU DESERTO)? • Foi boa porque me levou a fazer uma auto-avaliação da minha vida, das minhas atitudes, dos meus compromissos, do meu projeto de vida, minhas preocupações (8); • Foi uma experiência muito difícil, eu estava com a mente muito preocupada; • Essa experiência foi maravilhosa, enriquecedora para mim;

• Foi importante porque eu precisava escutar a mim mesmo; • No silêncio pude refletir sobre a riqueza da experiência da espiritualidade; • Foi muito bom, fazia tempo que eu não lia a Palavra de Deus; • Foi uma experiência de crescimento humano; • No começo eu não gostei, mas depois entendi e aproveitei bastante o tempo; • Foi uma experiência renovadora, valeu a pena; • Foi uma experiência muito marcante, tive um encontro pessoal com a Palavra de Deus; • Foi uma experiência que me ajudou a amadurecer na vida de oração e meditação; • Foi bom porque me ajudou a refletir sobre as minhas fraquezas e motivação, me senti na presença de Deus, vendo Deus na minha vida; • Foi boa porque saí do barulho; • Foi uma experiência muito boa porque refleti melhor sobre as minhas atitudes e conflitos internos;

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• O silêncio foi uma ótima experiência, mas dificultosa; • Com a experiência do silêncio me senti questionado; • Foi uma “experiência agoniante” (!?) pois estamos acostumados a muito barulho; • Foi difícil refletir sobre mim mesmo... Nossa, mas como foi proveitoso!; • Foi muito boa aprendi a relaxar; • Foi um encontro com Deus, um encontro com o céu, um encontro comigo mesmo; • Através do silêncio senti a presença de Deus na minha vida, eu estava me distanciando Dele; • Foi uma experiência linda, mas muito difícil, pois estamos mergulhados no barulho da sociedade onde quase não há espaço para ouvir a nós mesmos; • Eu me dediquei à leitura da Palavra de Deus; • Para mim foi uma experiência única, necessária e, ao mesmo tempo, difícil; • Através da experiência do silêncio pessoal, escutamos melhor os outros; • Foi um tempo de diálogo com Deus; • Foi uma experiência muito boa, mas que eu não faço no dia a dia; • Com o silêncio chego a me compreender melhor e aos outros também; • Para mim o silêncio é muito difícil... é um vazio! • Não sei ficar em silêncio... parece que estou perdendo tempo! • O silêncio é muito bom porque me ajuda a pensar e, assim, também a desconfiar das certezas do mundo; • O silêncio me faz superar a vontade de dar respostas imediatas;

• O silêncio me ajuda a falar de mim mesmo; • Foi uma experiência de escuta de mim mesmo, eu estava muito precisando; • O silêncio me incomoda, assim a primeira coisa que eu faço quando entro no meu quarto é ligar o som! • O silêncio me ajuda a superar a minha impulsividade; • O silêncio me ajuda a me comunicar melhor; • Eu tenho medo do silêncio... não sei o que me acontece (!); • O silêncio me leva à oração; • O silêncio é bom pra gente tomar consciência da nossa realidade; • O silêncio... ahh é tão bom! Me ajudou a pensar e a estudar! • O silêncio me sufoca... não consigo, eu me distraio logo! • O silêncio me favorece a falar comigo mesmo! • O silêncio nos tira da rotina; • Sim, vale a pena o silêncio! Vivemos numa sociedade barulhenta, imediata, superficial, materialista... se retirar é ir contracorrente... É mergulhar em águas mais profundas! • Sinto medo de me sentir só! • Tenho medo da solidão! Por isso estou sempre em ação e conversando com alguém; • É difícil fazer silêncio, tenho muitas preocupações na cabeça!; • É uma experiência fantástica... vivemos num mundo de muita poluição sonora!.


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3. VALE A PENA A EXPERIÊNCIA DO SILÊNCIO NOS RETIROS COM JOVENS? POR QUÊ? • Sim, vale a pena, porque nos tira da rotina e precisamos aprofundar o conhecimento sobre a Palavra de Deus; • Sim, é uma experiência necessária para silenciar o coração, para ouvir a Deus através da Sagrada Escritura; • Sim, porque o jovem tem necessidade de refletir sobre si mesmo; • Sim, precisamos sentir a emoção de ouvir a Palavra de Deus individualmente; • Sim, vale a pena, é uma experiência de crescimento espiritual e humano; • Sim, o mundo está cheio de experiências materiais (!), precisamos nos abastecer espiritualmente; • Com certeza, é necessária, precisamos dessa maravilhosa experiência de renovação espiritual; • É uma experiência que possibilita aos jovens a reflexão, precisamos de deserto; • Sim, precisamos, pois vivemos num mundo conturbado, de agenda cheia e os jovens precisam parar para se encontrarem com Deus; • Sim, a experiência do retiro melhora nosso comportamento;

• É uma experiência de aprofundamento da caminhada de fé; • Sim, precisamos para aprofundar o sentido da vida; • Sim, nesse sistema de silêncio e oração vale a pena, para nos apaixonarmos mais de Jesus Cristo. 4. SE VOCÊ ENTENDEU A PROPOSTA DO RETIRO, QUE SUGESTÕES VOCÊ NOS DÁ? • Que haja mais reflexões compartilhadas em grupo (5); • Que seja num lugar mais calmo, que favoreça o silêncio (3); • Mais momentos de adoração (3); • Mais momentos de meditação e deserto (3); • Mais experiência de Leitura Orante; • Mais dias de retiro; • Mais orientação da equipe coordenadora; • Que seja feito um retiro como esse a cada 3 meses; • Que a equipe coordenadora esteja atenta ao silêncio; • Mais reza do terço luminoso; Crédito: https://www.facebook.com/isaodomingossavio


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• Que haja encenações bíblicas; • Que continue a experiência da conversa com padre para orientação espiritual, muito boa; • Colocar música instrumental nos momentos de meditação; • Que haja mais estímulo para a confissão; • Que se reze a liturgia das horas. 5. O QUE MAIS VOCÊ GOSTARIA DE DIZER...? • Muito obrigado por essa importante oportunidade! • Esse retiro foi uma forma de demonstrar que se acredita nos jovens; • A proposta da programação do retiro foi um sinal de ousadia pastoral; • Quero repetir essa experiência outras vezes! • Foi uma ótima experiência, fomos bem atendidos, vivemos em clima de família; • Foi uma experiência única e me sinto mais leve; • Obrigado Senhor, pela experiência que tivemos e por termos bons pastores que se preocupam conosco!

• Estou saindo renovado; como jovens, temos muitos desafios; • Na vida precisamos dessa experiência; • Para liderar bem e fazer o diferencial precisamos de vida espiritual; • Sou muito grato por essa experiência! • Foi uma experiência que muito me ajudou; muito obrigado, foi uma ótima experiência! • Muito obrigado, foi uma experiência muito proveitosa para sermos líderes fortes e robustos; • Precisamos dessa experiência para que possamos ser diferentes; • Quero só agradecer por ter vivido essa experiência! • Foi ótima a importância dada à Palavra de Deus, muito obrigado por essa experiência saboreei o retiro; • Mais experiência de silêncio, pois alguns fazem muito barulho; • Seria bom que da próxima vez viessem também jovens representantes da AJS Pará; • Gostei de tudo, especialmente da experiência do silêncio; • Obrigado ao padre Bira, ao Ilton, aos demais coordenadores e ajudantes, valeu! Crédito: https://www.facebook.com/isaodomingossavio


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UM CONVITE À REFLEXÃO... Esta avaliação é muito significativa! Uma conclusão é certa: sim, os jovens também querem e precisam do silêncio! Mas muito lhes custa, eles reconhecem! Educar os jovens à Fé é orientá-los e educá-los para que possam ser capazes de fazer a experiência do mistério, da oração e do silêncio interior! Na avaliação, um dos jovens com muita lucidez, afirmou que o retiro foi uma proposta pastoral ousada! Para nós educadores, por de trás dessa afirmação há um alerta importante: não pensemos que a experiência do silêncio é só para os religiosos e padres. É uma necessidade humana! Se os padres e religiosos tem todos os anos de a 5 a 7 dias de retiro, por que não, quanto possível, propor o mesmo aos nossos jovens e educadores! A mudança de parâmetros culturais, com suas pressões psicológicas persistentes, nos convida refletir sobre isso. A demanda por retiros é evidente! A

síndrome de bournout está destruindo muita gente! Quem não se educa para saber estar a sós, consigo mesmo, sem se sentir solitário, vive na dispersão. Uma vida consistente é construída sobre o silêncio. Não é a toa que Lucas, por duas vezes diz de Maria: “E todos os que ouviam os pastores, ficaram maravilhados com aquilo que contavam. Maria, porém, conservava todos esses fatos, e meditava sobre eles em seu coração” (Lc 2,18-19). “Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e permaneceu obediente a eles. E sua mãe conservava no coração todas essas coisas” (Lc 2,51). Maria, a mulher do silêncio, é também a discípula mais íntima do seu Filho e Mestre. Uma vida consistente depende da capacidade de silenciar... para podermos nos comunicar interiormente e ter mais conteúdo no encontro com os outros. Crédito: Google Imagens (Bodas de Caná)


O DESAFIO DA PROMOÇÃO DO PROTAGONISMO JUVENIL Crédito: https://www.facebook.com/Wellinngton

Gustavo Sousa (Pré-Noviço) INTRODUÇÃO

1. O PROTAGONISMO JUVENIL

Demasiadas vezes fui questionado em grupos juvenis com a seguinte pergunta: “O que é Protagonismo Juvenil?”. Compartilho com você, caro leitor, alguns conceitos e algumas experiências sobre essa temática.

Hoje há muita gente com mentalidade negativa referente ao jovem; pensamos que ele se preocupa somente nos interesses pessoais (individualismo). Compartilho com vocês uma pequena reflexão do poeta e dramaturgo brasileiro Adriano Suassuna, ele em uma das suas cogitações, utiliza uma comparação para falar do jovem. Dizia ele: – “Afirmam que cachorro adora osso. Claro, ele está morrendo de fome, você dá para ele um osso e ele come desesperadamente. Experimente dar para ele um osso e uma bisteca e veja se ele não corre para a bisteca. Assim é com a música, dizem que o jovem adora hip hop, funk. É claro que, se não dão a ele a oportunidade de ouvir uma boa música clássica, como ele irá demonstrar que ele gosta desse tipo de

Antes de adentramos mais no conteúdo vamos saber a origem da palavra protagonismo. A palavra vem do latim “protos” – principal, primeiro, e “agonistes” – lutador, competidor. Essencialmente todos nós somos convocados a sermos protagonista de nossa própria história (agente principal), todavia a concretização do protagonismo nos condiciona o desenvolvimento de habilidades, valores, conceitos e principalmente: “atitudes e responsabilidade”.


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música também”, continuo a minha dissertação a partir da linha do pensamento do Adriano. Temos que oferecer oportunidades para os jovens assumirem responsabilidades, participarem de decisões, promoverem ações em prol do próximo, assim perceberemos a sua potencialidade e magnificência. É necessária uma especial paciência com as possíveis inseguranças que podem aparecer no jovem. A insegurança faz parte do crescimento humano. 2. O PROTAGONISMO JUVENIL NA POLÍTICA... Estamos vivendo uma tensão política devido diversos fatores como: corrupção, ficha suja, nepotismo etc. O Jovem é um dos principais alvos dessa crise, pois sofre com a precariedade dos hospitais, escolas, universidades públicas, transporte público, segurança, etc. Acredito que é um momento propício, para eles promoverem debates políticos, rodas de conversa, simpósios

entre outras iniciativas sociais, assim o jovem estará exercendo o seu protagonismo e cumprindo o seu papel de cidadão responsável. Segundo o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), toda criança e o adolescente tem entre outros, o direito de participar da vida da comunidade, brincar, praticar esporte. Direito de se expressar e opinar. É dever de o estado abrir espaços para a escuta, a expressão o aprendizado. Só assim podem desenvolver-se e agregar valores em prol da nação. 3. O PROTAGONISMO JUVENIL SALESIANO NECESSITA FORMAÇÃO Nos últimos anos a Pastoral Juvenil Salesiana da nossa Inspetoria tem intensificado a apresentação de propostas em que os jovens podem exercitar o seu protagonismo. Eis duas, das tantas iniciativas surpreendentes: Em parceria com a Faculdade Salesiana Dom Bosco (FSDB), a inspetoria São Domingos Sávio está desenvolvenCrédito: https://www.facebook.com/Birasdb


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do a II Edição do Curso de Liderança Juvenil. O curso tem o objetivo de promover o protagonismo juvenil para ser exercido em diversos contextos. Prepara o jovem para as situações humanas e sociais, assim o jovem consegue mediar conflitos, falar sobre política, liderar diversas atividades religiosas e o mais importante é o crescimento pessoal humano de cada jovem líder. 4. O PROTAGONISMO E O VOLUNTARIADO JUVENIL SALESIANO O serviço voluntário proporciona ao jovem em especial, a capacidade de perceber os seus valores e o prazer de sentir-se importante para os outros. No ano passado eu e outros jovens expressamos o desejo de participar da experiência como voluntário em alguma casa salesiana de nossa inspetoria. Tive a oportunidade de ir para comunidade salesiana de Manicoré (sul do Amazonas), antes do envio participei de um processo de avaliação e capacitação.

No decorrer do voluntariado fui acompanhado pelos salesianos da área, lá pude desenvolver as minhas dimensões humana e espiritual, com as minhas limitações pude também, colocar as minhas habilidades intelectuais, espirituais e sociais em favor do próximo, especialmente da juventude. O voluntariado despertou-me o desejo de fazer um acompanhamento vocacional mais intenso e eficaz. Foi muito satisfatório quando percebi a gratidão das pessoas. Isso nos estimula a doamo-nos cada vez mais para promoção da felicidade do próximo. Caros amigos, continuemos dando espaço para a juventude exercer o seu protagonismo, para que no futuro tenhamos uma sociedade de bons líderes. “O meu sistema? Simplicíssimo: deixar aos jovens plena liberdade de fazer o que mais lhe agrada. O problema é descobrir neles germes de boa disposição e procurar desenvolve-los”. (Dom Bosco)

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VII ASSEMBLEIA DAS IUS Crédito: Acervo Agenzia Notizie Salesiana - ANS

Reitor Mor em reunião com Salesianos

A “VII Assembleia Geral das Instituições Universitárias Salesianas” (IUS) aconteceu em Roma, de 04 a 09 de julho, e contou com a participação dos mantenedores e dirigentes de Universidades, Centros Universitários, Institutos Superiores de Educação Tecnológica e Faculdades Salesianas de vinte e uma nações dos cinco Continentes, onde os Salesianos estão presentes promovendo a Educação Superior aos jovens universitários. Da Faculdade Salesiana Dom Bosco de Manaus, estiveram presentes o Diretor Presidente da Mantenedora, Padre Francisco Alves de Lima e a Diretora Executiva, Prof. Meire Botelho.

Após a oração inicial, os trabalhos foram abertos com os cumprimentos do Padre Fábio Attard, Conselheiro Geral para a Pastoral Juvenil e seguiram com as participações de Dom Vicente Zani, Secretário da Congregação para a Educação Católica, e de Dom Guy-Réal Thivierge, Secretário Geral da Federação Internacional das Universidades Católicas (FIUC). Após a apresentação de uma pesquisa sobre o Mundo dos jovens universitários, onde a cultura nas Universidades Católicas foi destacada, o Sr. Mario Olmos, Coordenador Geral das


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IUS, apresentou o Relatório sobre o desenvolvimento da Presença Salesiana na Educação Superior, citando os desafios e os avanços de se abrir e manter universidades salesianas, destacando o processo de colaboração com outros grupos da Família Salesiana e com as Igrejas locais, uma vez que, na proposta salesiana, se trabalha ciência e fé, articuladas com a Vida. No mundo Universitário, a Igreja se faz presente, entra em contato com a pessoa concreta, com pessoas em processo de formação, daí a importância da Pastoral, como uma resposta Salesiana aos projetos não somente dos jovens universitários, mas também dos educadores e dos colaboradores, pois todos formam e são formados. O Reitor-mor dos Salesianos, Padre Ángel Fernández Artime, esteve presente na assembleia, ministrou uma palestra sobre as IUS na Congregação Salesiana. Destacou e agradeceu a presença dos Inspetores e de todos os presentes pelos serviços prestados à Congregação, citando, dentre outros, que o mundo acadêmico exige uma presença com identidade carismática salesiana. Destacou que é intenção do Conselho Geral, por meio das Inspetorias, reforçar a presença qualitativa e quantitativa dos Salesianos nas Instituições Universitárias Salesianas. Padre Fabio Attard evidenciou a necessidade das IUS viverem e transmitirem o carisma salesiano, com duas orientações específicas: que promovam uma Pastoral Universitária dinâmica, viva, capaz de desenvolver o patrimônio humano, eclesial e carismático da congregação, que seja capaz de refletir de maneira inteligente e não

Profª. Meire Botelho, Reitor Mor (Pe. Ángel Artime) e Pe. Francisco Lima (Chicão)

somente pastoralmente e que mantenha a opção preferencial pelos mais carentes. Interpelou que se desenvolvam ações que possam contribuir com o modelo pastoral salesiano nas IUS, com atividades que partam do carisma de Dom Bosco e estejam a serviço da Igreja, voltadas à educação e à evangelização, realizadas a partir da escuta dos jovens. Atualmente, os Salesianos estão formando 150 milhões de estudantes Universitários. Para atender a este grande contingente, formando para a vida e o Mercado de Trabalho segundo a proposta educativa de Dom Bosco, faz-se necessário que as Políticas das IUS, considerando as especificidades nacionais, regionais e locais, assegurem em todo o mundo, a Identidade e a Missão Salesiana, daí a importância destas Assembleias com a presença de Mantenedores e Dirigentes.


O TAPIRI nº 176 - Página 33 Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

Para isso, o ponto central desta VII Assembleia foi a análise e a revisão das Políticas e dos Programas Comuns das Instituições Universitárias, e a elaboração das novas Políticas para a Presença Salesiana na Educação Superior no período de 2016 a 2021. Os intensos grupos de trabalho tiveram como ponto central a elaboração do Programa Comum Cinco que foi finalizado com três linhas estratégicas: A Pastoral Universitária, a Comunicação em Rede IUS e a Formação de Salesianos e Leigos das IUS. Desses eixos, derivam-se várias ações que deverão ser implantadas nas IUS. Ações essas que, a pedido do Coordenador Geral, só poderão ser divulgadas e implementadas a partir a aprovação pelo Reitor-Mor e seu Conselho, razão pela qual o Programa Comum Cinco, terá o seu documento final aprovado somente nas próximas reuniões continentais das IUS, com datas já definidas nesta Assembleia Mundial.

A Assembleia, por meio de votação, escolheu o novo Conselho Diretivo das IUS. Como novo Coordenador Geral, foi eleito o Padre Marcelo Alfonso Farfan, ex-inspetor do Equador. O grupo das IUS do Brasil ajudou a eleger Mario Olmos Coordenador Continental; Padre Ricardo Carlos (Reitor da UCDB); Padre José Marinoni (Coordenador da Rede Brasil) e o Professor Leigo Jorge Baeza (Reitor da Universidade Católica Silva Henriquez) como Coordenadores das Instituições Universitárias Salesianas para a nossa América. Vale destacar ainda os momentos de liturgia, onde uma das primeiras celebrações foi Presidida pelo Inspetor de Manaus da ISMA e concelebrada por todos os Padres Salesianos dos países de Língua Portuguesa. Destaque ainda para a presença e contribuição das instituições Universitárias Salesianas do Brasil e da América, com intervenções pertinentes e, de maneira geral, aprovadas. Que Dom Bosco nos ajude a promovermos na Faculdade a Missão e a Identidade Institucional, efetivando o cumprimento da finalidade educativa pastoral por meio da garantia da proposta evangélica, educativa e cultural, voltada para a formação do bom cristão e do honesto cidadão no Ensino Superior, expressas nestas Políticas elaboradas nesta Assembleia que contou com a presença do Inspetor e a nossa, conforme convite enviado pelos Salesianos organizadores do evento. Por Prof. Meire Botelho Diretora Executiva da FSDB / Manaus / AM


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MISSÃO SALESIANA Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

Missionários em visita às comunidades

Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

Para uma espiritualidade cristã, o ponto de partida é o amor de Cristo pela humanidade, que é a raiz da caridade do salesiano pelos jovens. É com o coração de Cristo que o salesiano desenvolve sua missão. E assim, um grupo de missionários salesianos, salesianas, vocacionados e membros da pastoral da Faculdade Salesiana Dom Bosco e

Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

Missionárias em meio aos moradores das comunidades

Momento da chegada às comunidades

da Paróquia São José embarcaram dia 1º de julho, para o interior do Rio de Negro para visitarem as comunidades de Pagodão e Jaraqui pertencentes à paróquia São José centro, onde partilharam a alegria do Evangelho e o carisma Salesiano, reforçando a fé da comunidade diante do trabalho lá desenvolvido.


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CESAF REALIZA PEREGRINAÇÃO MISSIONÁRIA NAS OBRAS SALESIANAS DE RONDÔNIA E RIO MADEIRA Crédito: https://www.facebook.com/Wellinngton

Pré-noviços a caminho do município de Manicoré / AM

De 02 a 25 de julho Pe. Isley Queiroz, diretor da comunidade do Centro Salesiano de Formação – CESAF, e o assistente Wellington Abreu tiveram a missão de fazer uma peregrinação por 1.265,5 km de Manaus a Porto Velho com o objetivo de apresentar a oito pré-noviços a realidade de uma área conhecida como AROMA, que faz parte dos trabalhos realizados pela Inspetoria Salesiana Missionária da Amazônia no Estado de Rondônia e no Rio Madeira. Pelo rio, terra e ar durante 24 dias o grupo do CESAF visitou as comunidades salesianas onde além de participarem diariamente dos trabalhos, puderam trabalhar, também, seus lados espirituais e vocacionais. A primeira etapa da peregrinação que durou 40horas ou 460,8 km de barco pelos rios Solimões e Madeira fez com que a família salesiana transformasse a viagem em momentos de frater-

nidade, junto com outros passageiros de diferentes religiões, como os vinte missionários da comunidade evangélica Testemunhas de Jeová, do Sul do país, que participaram de momentos de união e fé como na missa celebrada em Solenidade a São Pedro e São Paulo. Após passarem pelas cidades de Nova Olinda do Norte, Borba e Novo Aripuanã, a parada em Manicoré para o encontro com Pe. Filipe Brauziere os levou a conhecer os trabalhos realizados pelas irmãs salesianas (FMA) e a ajudar Ir. Antônio Stefanni na manutenção do Centro Juvenil Salesiano, antes de prosseguirem viagem por mais 26 horas ou 455,2 km, de barco, rumo a Princesinha do Madeira, como Humaitá é chamado. No município os jovens conheceram a Catedral de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, construída por Dom Miguel D´aversa, o primeiro Inspetor da ISMA, e ex-bispo de


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Pré-noviços em visita a monumentos históricos de Porto Velho / RO

Humaitá, e aproveitaram o retorno das férias escolares, para apresentaram as crianças e jovens um pouco da história da vida de Dom Bosco através de duas peças teatrais. Antes de prosseguirem viajem, rumo a Porto Velho, conheceram um pouco mais da história da presença salesiana no município e visitaram o jazigo dos salesianos falecidos. Os jovens pré-noviços não imaginavam que após 3 horas de viagem além de conhecerem as Obras Salesianas (SDB e FMA) iriam imergir na história de Rondônia “Sou de Guajará Mirim, e não conhecia a história tão a fundo de meu Estado, cada ponto turístico nos remeteu as histórias antes lidas somente nos livros ou vista em filmes” disse o pré-noviço Daniel Lucas que é natural do município de Guajará Mirim – RO e que visitou pontos turísticos como a Estrada de Ferro Madeira Mamoré (que já foi tema da minissérie global Mad Maria),

a Catedral do Sagrado Coração de Jesus (construída pelos salesianos) e os museus da história de Marechal Rondon e do Estado de Rondônia. Mas não só de cultura os pré-noviços se abasteceram, ao visitarem Dom Antônio Possamai, salesiano e Bispo Emérito de Ji – Paraná, que reside na antiga paróquia de São João Bosco, conheceram também um pouco de sua experiência como salesiano e como bispo. “Vale a pena ser salesiano e amar a juventude, envolvam os leigos em seus trabalhos pastorais, pois eles tem muito a colaborar”, disse Dom Antônio que antes de ser bispo foi inspetor da Inspetoria Salesiana do Nordeste. Antes de seguirem para Ji-Paraná, o grupo do CESAF participou do retiro motivado pelo Pe. Ermelindo Vasquez, no Sitio Dom Bosco em Candeias do Jamari, onde funcionou o antigo noviciado sa-

Pré-noviços em visita a monumentos históricos de Porto Velho / RO

Pré-noviços em conversa com Dom Antônio em Ji-Paraná / RO

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Pré-noviços em visita ao município de Humaitá / AM


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os últimos momentos antes do retorno a Manaus. No dia 26, a comunidade do CESAF concluiu a peregrinação retornando a Manaus, de avião, com a certeza da escolha da vocação certa a ser seguida “A acolhida dos irmãos salesianos e os momentos de convivência que os mesmos nos proporcionaram junto aos jovens, nos fez sentir em casa e me fez ter um novo olhar sob os contextos da Inspetoria, com certeza foi uma experiência que dará bons frutos”, relembrou o pré-noviço noviço Williansmar Rodrigues. Pe. Isley voltou muito agradecido a ISMA pela oportunidade de levar a campo os jovens do CESAF “Sinto-me agradecido pela oportunidade de levar os pré-noviços a conhecer o trabalho diário dos salesianos, em algumas de nossas comunidades, foi com certeza uma experiência muito enriquecedora para o meu ser salesiano e para meu ministério sacerdotal” disse, e finalizou desejando um futuro promissor “Que o testemunho desta comunidade possa produzir muitos frutos por onde peregrinaram e o sentido de pertença pela inspetoria cresça cada vez mais no coração dos formandos, futuros salesianos da Amazônia”.

Visita a Catedral de São João Bosco em Ji-Paraná / RO

Pe. Isley (centro) e pré-novicos visitando a paróquia S. João Bosco em Porto Velho / RO

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lesiano. E no dia 16, seguiram de ônibus para esta ultima parada à 3770 km ou 7hs de ônibus, da capital Porto Velho. A acolhida do Diretor Pe. Alzimar Farias não os deixou pensar no cansaço da longa viagem, pois preparou dias maravilhosos de convivência fraterna junto à comunidade, com visita a pontos turísticos como a Catedral de São João Bosco, que foi fundada pelo salesiano Pe. Adopho Roul, e a participação na animação da Semana de Colônia de Férias organizada pelos Pe.s Gaudêncio e Bento. A peregrinação em nenhum momento perdeu o ar familiar dos pré-noviços, pois sempre estiveram na companhia de algum familiar como o pai do Pe. Isley, que os acompanhou desde a partida de Manaus, e sempre que podiam faziam uma parada para visitar os familiares de algum jovem do grupo como aconteceu em Manicoré com os familiares do pré-noviço Antônio Neto, do assistente Wellington Abreu em Ji-Paraná, e com a família do pré-noviço Williansmar Rodrigues na cidade de Ouro Preto no percurso entre Ji-Paraná e Porto Velho. A participação nas atividades do Centro Salesiano do Menor atendendo aos adolescentes e jovens carentes marcou


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38º JOGOS OLÍMPICOS BOSCONIANOS Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

Abertura do 38º Jogos Olímpicos do Colégio Dom Bosco - MAO

Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

Turma do 3º Ano B homenageou o Pe. Cânio Grimaldi

Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

Dentro da programação da Comemoração dos 95 anos do Colégio Dom Bosco, no centro de Manaus, realizou-se o 38º Jogos Olímpicos Bosconianos que contou com a participação de cerca de mil alunos que homenagearam os ex-diretores do CDB: Pe. Pedro Ghislandi. Pe. Guido Tonelotto, Pe. Gennaro Tesauro, Pe. Genival Carvalho, Pe. Augusto Bartoli, Pe. Damásio Medeiros, Pe. Reginaldo Cordeiro, Pe. Bento Barlascini, Pe. Lourenço Gatti, Pe. Gilberto Theodoro, Pe. Francisco Alves (Pe. Chicão), Pe. Estélio Darlison, Pe. João Carlos Isoardi e Pe. Antonio de Assis Ribeiro

Maria Tabata - Campeã Sulameriacana (kimono branco) em ação

(Pe. Bira). Os JOB´s, como é conhecido por alunos e ex-alunos, aconteceram de 20 a 24 de julho. Segundo o coordenador do Departamento de Esporte e Cultura, Ahmed Assi, os JOB´s tem o objetivo de promover o carisma e a identidade Salesiana a partir das dimensões esportiva, pedagógica, espiritual e cultural; integrando padres, docentes e discentes na promoção da alegria e a participação por meio de atividades sócio-esportivas. Com isso a prática de atividade física saudável é estimulada, visando não somente a promoção da pessoa humana, como também a qualidade de vida.


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SHOW BOSCO RUMO AO PERU Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

Alunos integrantes da escolinha de basquete

Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

Quando o professor de educação física, Pedrão Amorim, resolveu que ia criar no Colégio Dom Bosco, de Porto Velho, uma escolinha de basquete com um time diferente, não imaginou que a escolinha se transformaria no primeiro Centro de Treinamento de Rondônia com estrutura de grandes estádios como o uso do placar eletrônico, e nem que o time mirim fosse despontar no pódio arrebatando os melhores lugares em campeonatos do município, e muito menos que se consagrariam “Show Bosco” América Latina a fora. O desejo de buscar novos horizontes levou os pequenos atletas a se tornarem gigantes após conquistarem um campeonato em Comodoro (MT), e com isso serem convidados para disputar um torneio internacional em Cusco, no Peru de 3 a 4 de setembro próximo. O time ganhou tanta notoriedade na

Alunos integrantes da escolinha de basquete

cidade de Porto Velho que já tem até um slogan “Basquetebol todo mundo faz, agora show somente o basquete do Colégio Dom Bosco dá”.


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Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

MISSIONÁRIOS AJUDAM A PARÓQUIA SÃO JOSÉ NAS COMUNIDADES DA ZONA LESTE

Apresentação de cartazes feita pela comunidade

Apresentação das crianças da comunidade

Em preparação para a Semana Missionária (de 3 a 11 de dezembro), a Paróquia São José, na zona leste de Manaus, realizou, no início de julho, o “III Retiro das Santas Missões Populares” onde cerca de 600 missionários provenientes das pastorais e movimentos refletiram sobre a igreja em saída “Toda a Igreja em continua missão”.

nossa comunidade na Paróquia São José” explica padre Alberto Rypel. O trabalho dos missionários é realizado nas residências das famílias da comunidade, onde grupos reúnem-se para rezar e estudar a Palavra de Deus. Nas comunidades são os missionários que, também, buscam respostas aos assuntos do dia-a-dia da população nos bairros, como aconteceu no “Fórum da Cidadania” onde as autoridades governamentais, junto com a igreja e os moradores debateram sobre assuntos de interesse público. No último dia 19 de junho, os jovens missionários realizaram um retiro de convivência juvenil com a participação de 105 jovens.

Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

“A Igreja em saída é uma comunidade de discípulos missionários que se envolve, frutifica e festeja. São os missionários que tomam a iniciativa junto as suas comunidades e setores, aprendendo a ir ao encontro de pessoas afastadas da igreja, convidando-as a retornarem para participar de

Membros da comunidade em retiro

Membros da comunidade em retiro


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Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

UM NOVO OLHAR SOBRE A AMAZÔNIA ATRAVÉS DO VOLUNTARIADO

Voluntárias a caminho da comunidade de Santa Isabel

Dando continuidade ao projeto de um ano de voluntariado na América Latina as maltesas, que iniciaram a viagem pela Colômbia, agora partem para mais três meses no Peru, com um único pensamento de gratidão “temos muito a agradecer a todos os salesianos que nos permitiram olhar a Amazônia com o coração, nunca imaginamos poder trazer nossa experiência a um povo tão amigo” disse Stella, e Gabriella finaliza com um agradecimento especial “quero agradecer em especial ao Pe Victor que muito nos ensinou, e que levamos sua amizade não apenas como padre, mas como membro de nossa família, como nosso avô. Um dia voltaremos”.

Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

Há alguns anos o desejo de ajudar ao próximo através do voluntariado vem sendo fortalecido, pelo mundo, através de projetos governamentais ou não, assim como das Arquidioceses que tem em suas plataformas jovens e adultos sempre prontos a esta troca de experiências; e como os Salesianos, que conhecem melhor ainda, pois um dos legados deixados por Dom Bosco foi exatamente a ajuda aos menos favorecidos, em especial aos Jovens. E foi neste espírito que as amigas maltesas Maria Stella Portelli (25) e Gabriella Vella (24) chegaram, há dois meses, na comunidade de Santa Isabel do Rio Negro. Com o único objetivo de ajudar ao próximo, as jovens, que possuem experiências em outras áreas missionárias como Stella que trabalhou na Índia em 2013 e Gabriella que passou cerca de um ano na Etiópia ajudando os Jesuítas em 2014, acabaram percebendo através das experiências na Amazônia que poderiam ter outro olhar para a vida. “Em Santa Isabel tive um outro olhar para a vida, descobri que é possível viver

sem o corre-corre diário, que pode-se trabalhar, viver e ter uma vida saudável. Que é muito bom viver na simplicidade”, contou Stella sob a confirmação da amiga Gabriella que completou “É como se tivéssemos uma satisfação pessoal, não apenas viver por viver, mas descobrir o porque que vivemos; não apenas ajudar por ajudar, mas refletir sobre o porque de nossas ações”, explica emocionada.

Voluntárias em meio às crianças da comunidade


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FACULDADE SALESIANA DOM BOSCO – FSDB Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

No dia 16 de julho 455 acadêmicos participaram da aula inaugural de dez cursos de Pós-graduação nas áreas de Administração, Educação, Serviço Social e Contabilidade na Unidade Leste da Faculdade Salesiana Dom Bosco, que em parceria com o programa Bolsa Prefeitura, desde 2015, já agraciou mais de 1000 bolsistas sob a Coordenação da Professora Fernanda Cristina Melo.

Acadêmicos participantes da aula inaugural na FSDB Zonal Leste em Manaus / AM

Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

JOVENS SÃO ENVIADOS AO VOLUNTARIADO VOCACIONAL CONVIVÊNCIA VOCACIONAL EM MANAUS

Vocacionados em comemoração da festa julina

Aconteceu em Manaus, no Centro Salesiano de Formação (CESAF), do dia 18-28 de julho a II Convivência Vocacional Inspetorial para jovens em vista da experiência do voluntariado missionário. Participaram cinco jovens, que já concluíram o Ensino Médio, se sentem

atraídos pelo Carisma Salesiano e decidiram fazer a experiência de um conhecimento mais profundo do carisma e da missão salesiana convivendo com os salesianos. A convivência vocacional proporcionou-lhes um tempo especial de reflexão, estudo, oração, intercâmbio de experiências de vida, amizade. Durante dez dias foram acompanhados na programação cotidiana pelo Pe. Raimundo Marcelo Maciel e Pe. Antônio Ribeiro (P. Bira) Delegado Inspetorial para a Pastoral Juvenil e Vocacional. O evento foi muito bem avaliado pelos participantes. Dentre os participantes, quatro foram aceitos para a experiência de voluntariado vocacional iniciando em agosto e se concluindo em dezembro.


O TAPIRI nº 176 - Página 43 Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

No dia 28/07, na missa conclusiva, presidida pelo Inspetor, foram enviados em missão para as seguintes comunidades: Colégio Dom Bosco Centro (Fabrício Mendes – natural de Manaus), Missão Salesiana de Santa Isabel do Rio Negro (Avelino Barbosa - natural de Manicoré – Am e Ronald Rosa, de Quatipuru – Pa) e Centro Missionário Salesiano de São Gabriel da Cachoeira – Am (Éverton Farias – de Porto Velho). Esses jovens se juntarão a mais 5 que já estão fazendo a experiência de voluntariado vocacional em outras comunidades Salesianas, a saber (João Víctor, Víctor e Mateus – em Manicoré) e Justino e Jor-

Vocacionados e Salesianos na comunidade do CESAF

dão em Ji-paraná. Esses jovens, dentro outros, são candidatos ao pré-noviciado em 2017. Desejamos-lhes uma maravilhosa experiência vocacional.

CONVIVÊNCIA VOCACIONAL EM BELÉM (PA) Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio

Equipe de Animação da Área do Pará

Também a Equipe de Animação Vocacional da área do Pará promoveu outra experiência de convivência no mês de julho. O evento aconteceu nos dias 27 a 31 na Comunidade Salesiana Colégio Nossa Senhora do Carmo de Ananindeua. A convivência vocacional contou com a participação de cinco jovens candidatos à vida salesiana: Antônio

José, (de Quatipuru), José Neto (de Concórdia do Pará), Eliacim (de Ananindeua), Claúdio (de Irituia) e Paulo Henrique (de Belém). Diversas atividades fizeram parte da experiência: momentos de estudo, oração, convivência, celebrações, esporte e também tiveram a oportunidade de visitar as comunidades salesianas presentes em Belém.


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