Set / Out de 2016 | Nº 181
Capa: O Educador Yanomami: Uma Visão da Educação Indígena na Contemporaneidade | Pg. 05
Copyright©2016 Inspetoria São Domingos Sávio Todos os direitos reservados ao autor
Inspetor: Pe. Francisco Alves de Lima Organização: CIP Coordenador: Pe. Antônio de Assis Ribeiro Jornalista Responsável: Vívian Marler (MTB 19699RJ) Revisão: Josely Moura Equipe de articulação: Animadores de Pastoral, Eduardo Lacerda e José Luis Almeida (Zeca) Projeto Gráfico: Eduardo Lacerda Distribuição: José Luis (Zeca) Articulistas: Convidados Capa: https://www.facebook.com/isaodomingossavio
Manaus - Am - Brasil
Ficha Catalográfica T172 O Tapiri: Comunicação Pastoral da Inspetoria São Domingos Sávio BMA / Pe. Francisco Alves de Lima,sdb (org.); Pe. Antônio de Assis Ribeiro. Sdb (Coord.). Manaus: Editora FSDB, 2016. x,44 p. Il. 15x21 cm (Comunicação Pastoral da Inspetoria São Domingos Sávio –BMA) ISSN 2525-3093 Publicação Bimensal 1.Salesianos de Dom Bosco 2. ISMA - Manaus. 3. Comunidade Salesiana. 4. Lima, Pe. Francisco Alves de. 5. Ribeiro, Pe. Antônio Assis. I. Título. CDU 271.789.1(05)
Elaborada por Zina Pinheiro - Bibliotecária - CRB 11/611
Antônio de Assis Ribeiro (Pe. Bira), sdb Delegado Inspetorial para a Pastoral Juvenil e Vocacional
Estimados(as) leitores(as), Mais uma vez sentimos a alegria de lhe apresentar esta edição de “O Tapiri”. Visto que o mês de outubro é para a Igreja um tempo de especial reflexão pastoral e animação missionária, esta edição está recheada pela sensibilidade missionária. O Pe. Lázaro Santos, salesiano que trabalha com o povo Yanomani na fronteira com a Venezuela, partilha conosco alguns traços sensíveis dos desafios da educação desse povo. Para o autor o educador Yanomami é portador de uma sensibilidade específica: “Ele é um educador que pensa de acordo com a natureza em que vive”. O salesiano estudante de teologia José Ivanildo, nos convida a olhar para a história do tratamento dado ao povo indígena. Segundo o autor, os povos indígenas, em meio às atrocidades históricas, sempre souberam construir formas criativas de resistência. É maravilhoso o testemunho de vida missionária da Irmã Firmina Lopez, salesiana. Há muitas décadas está vivendo como missionária entre diferentes etnias indígenas do Alto Rio Negro no Estado do Amazonas. Em seu testemunho nos diz: “Os indígenas me evangelizaram e me fizeram entender o valor das pessoas”. Um grupo de jovens salesianos participou da Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia em julho deste ano. Nesta edição P. Alberto Rypel, missionário polonês, teve a alegria de retornar à sua nação acompanhando os jovens peregrinos da Amazônia. Ele partilha conosco essa rica experiência formativa. Comunicar é Evangelizar e isso envolve muitos aspectos, atitudes e cuidado. É essa a perspectiva presente no artigo do Pe. Daniel Cunha. Para sermos bons missionários é de fundamental importância o esforço de crescimento na arte e na virtude da comunicação. A Vivian Marler, delegada Inspetorial para a Comunicação, nos fala do silencioso e importante Centro de Documentação Etnológica e Missionária Salesiana (CEDEM), situado em Manaus, no Centro Inspetorial. Trata-se de um acervo muito rico sobre a vida missionária e dos povos indígenas do Rio Negro. O CEDEM não está aberto ao público, está em processo de organização! Para concluir nossas reflexões, José Luis Moreira (Zeca), assessor de Comunicação, nos fala da Memória da ISMA materializada nas edições de “O Tapiri” desde 1989. É uma preciosa fonte de documentação sobre a sensibilidade e a vida pastoral dos Salesianos na Amazônia. Que Deus nos conceda um feliz mês missionário! Boa leitura e reflexão! Manaus (AM), Brasil, 29 de Julho de 2016
O TAPIRI nº 176 - EDITORIAL
O
TAPIRI é uma publicação bimestral e gratuita da Inspetoria São Domingos Sávio, iniciada em janeiro de 1989, dirigida aos Salesianos de Dom Bosco, membros da Família Salesiana e aos colaboradores leigos e educadores; tem como objetivo ser um instrumento de reflexão sobre temas diversos alinhados à ação pastoral do carisma salesiano. O TAPIRI reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do instrumento pastoral, sendo de total responsabilidade de seus autores.
SUMÁRIO PG. 05 “Os Indígenas me Evangelizaram e me Fizeram Entender o Valor das Pessoas” PG. 08 Algumas Impressões da JMJ em Cracóvia 2016 PG. 12 Povos Indígenas do Brasil: Conquistas, Retrocessos, Provocações PG. 17 Comunicar é Evangelizar: Aspectos a Serem Cuidados no Dia a Dia PG. 21 O Educador Yanomami: Uma Visão da Educação Indígena na Contemporaneidade
A ISMA Possui Um Precioso Centro de Documentação Etnológica e Missionária na Amazônia do Brasil
PG. 25
A Memória da ISMA Materializada em “O Tapiri” Aconteceu PG. 29
PG. 27
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O EDUCADOR YANOMAMI: UMA VISÃO DA EDUCAÇÃO INDÍGENA NA CONTEMPORANEIDADE Crédito: Inspetoria São Domingos Sávio
Pe. Lázaro Santos, sdb A palavra educador vem de educação que coloca a responsabilidade em alguém que se dedica ao ensino, especialmente como profissão. O ato de ensinar e instruir, não foi feito para todo mundo, embora todos sejam chamados a ensinar alguma coisa na vida. Existem diversos tipos de educadores nas escolas e nas obras sociais que trabalham com a promoção humana. Dentre eles, pode-se citar o educador Yanomami que busca cada vez mais um espaço na sociedade como profissional da educação. Vivemos em uma sociedade consumista e preconceituosa em relação aos valores tradicionais preservados por diversas culturas indígenas. Os Yanomami preservam muito os valores da família no xapono ou na comunidade
que vivem. A educação deste povo perpassa nas veias tudo aquilo que eles expressam durante a convivência em comum. O indígena traz esta herança da sua etnia e a expressa ao longo do modo de trabalho e de estudo. A dificuldade maior para o professor Yanomami é comparar a educação dos brancos com a educação herdada e expressá-la com clareza para os educandos. Talvez, com o passar do tempo este profissional que ensina os seus parentes melhore no processo educacional através de muita formação continuada. Em meio a tantos desafios no ato de ensinar e instruir, o que significa ser um educador Yanomami? O professor Yanomami não perde as suas raízes quando absorve outros conhecimentos e os
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repassam para aos seus alunos. Ao contrário, o conhecimento dele gera vida no caminho educacional deste povo. Ele é um educador que pensa de acordo com a natureza em que vive. A viagem ao longo dos rios, a pesca aos sábados e aos domingos, o plantio das roças nas férias da escola, a expressão cultural através do canto e da dança, são conteúdos da sua vida profissional em sala de aula. O que pensa um educador Yanomami em relação à educação vigente? Ele pensa na melhoria deste aspecto no que diz respeito ao lado material, tais como: construção de uma escola melhor, material escolar, professores preparados para o trabalho, um PPPI (Projeto Político Pedagógico Indígena) reconhecido pelo governo e etc. Qual é o futuro deste profissional do ensino? A maioria dos professores Yanomami pensa em cursar uma faculdade a fim de se preparar para um mercado de trabalho na educação e na saúde. Em outras palavras, este educador tem uma consciência de ajudar a sua etnia com os meios de instrução recebidos dos brancos. Entretanto, nem todos os povos indígenas têm esta intenção de se habilitar pelo estudo e retornar ao seu povo com o intuito de auxiliar seus parentes. Durante os quatro anos que este profissional da educação foi acompanhado pelos salesianos, que acompanharam o seu trabalho e qualificaram para o mesmo através da formação continuada. Todos os anos, mesmo com as dificuldades da logística para se chegar à missão de Marauiá, os salesianos não deixaram faltar a formação a estes profissionais do ensino.
Professores Yanomami em formação
A educação deles se deve ao trabalho dos salesianos, quando o Pe. Antonio Goes fundou esta missão em 1965. Esta presença educativa salesiana tem mais de 50 anos na área Yanomami. As lideranças e os anciãos lembram-se do
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danças culturais e novos parâmetros da educação que não são os mesmos dos anos passados. Mesmo que haja esta provocação intrínseca de retrocesso da cultura Yanomami, pode-se observar que houve muitos avanços no rio Marauiá. Nos últimos quatro anos, duas turmas concluíram o Ensino Médio na Escola Estadual Indígena Sagrada Família. A turma de Magistério indígena através do convênio ISMA/SEDUC, do projeto PIRAYAWARA concluiu em 2013 e outra turma da escola que terminou 2015 por mediação Tecnológica. Estas turmas são frutos de um longo trabalho dos salesianos nesta escola. A partir daí, surgiram os educadores Yanomami que trabalham até hoje no rio Marauiá. Assim, a educação é um processo longo que exige dedicação por parte do educador e esforço para aprender por parte do educando. O educador Yanomami tem muitos sonhos de melhorar o seu trabalho e de receber uma instrução digna como direito de seu povo. Mas para isso, é necessário que o poder público possa olhar com um cuidado maior para o futuro das crianças e jovens da Amazônia, principalmente aqueles mais pobres que são indígenas. Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
primeiro contato dos missionários com eles, e por isso, eles têm um grande apreço pelo trabalho. Um desafio para o trabalho dos professores nos dias de hoje, é ajudar estas lideranças a compreender as mu-
O trabalho do missionário junto ao educador é orientar com um espírito profético da verdade como sair das injustiças sociais e, acima de tudo superá-las através da instrução e promoção humana deste povo. No passado quando os missionários chegaram na missão do rio Marauiá, o lema era: “Quero viver”. Nos dias de hoje, o educador Yanomami e seus educandos expressam: “Quero aprender”.
ENTREVISTA COM FERMINA LÓPEZ
“OS INDÍGENAS ME EVANGELIZARAM E ME FIZERAM ENTENDER O VALOR DAS PESSOAS” Crédito: http://www.periodistadigital.com
Luis Miguel Modino
No último dia 5 de agosto, a missionária salesiana Fermina López completou 50 anos de vida religiosa. Ao longo deste tempo, se há um elemento que marcou sua vida é a missão, pois não em vão chegou à Amazônia brasileira em outubro de 1969, onde, ao longo deste tempo, converteu-se em uma referência na vida da diocese de São Gabriel da Cachoeira, lugar onde passou a maior parte dos anos. Atualmente, realiza seu trabalho missionário na Paróquia de Taracuá, uma pequena comunidade indígena na beira do Rio Uaupés. Trata-se de um lugar com uma beleza singular, mas ao mesmo tempo de difícil acesso devido às grandes distâncias e com poucas comodidades, para os padrões ocidentais, energia elétrica durante poucas horas
por dia, falta de internet, telefones que funcionam um dia sim e muitos não. A religiosa conta-nos nesta entrevista o que a levou a ser missionária e como foi cultivando sua vocação a partir do contato com os povos indígenas, dos quais confessa ter aprendido muitas coisas. 01. O que foi que a levou a ser missionária? Desde menina, é algo que aprendi no grupo missionário da paróquia, o que era a missão, o Reino, trabalhar pelos pobres e pelas crianças. Eu era do grupo missionário, e, depois, no aspirantado e no noviciado também. E aí foi se alimentando cada vez mais esse desejo. Já no primeiro ano de profissão
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fiz o pedido e me enviaram para a América, que era o que eu queria. 02. Sempre trabalhou no Brasil, sempre na Amazônia? Sempre na Amazônia, desde o dia 12 de outubro de 1969, festa de Nossa Senhora Aparecida, até hoje. 03. O que alimenta esse desejo de continuar na missão? A força da própria vocação, a paixão pelo Reino, o amor pelos pobres, o desejo de ser fiel à consagração até o fim. 04. Destes quase 47 anos na Amazônia, a maior parte do tempo esteve no Rio Negro, na diocese de São Gabriel da Cachoeira, com os povos indígenas. O que destacaria da sua relação com os povos indígenas, o que foi que aprendeu com eles? Aprendi tudo. Eles me evangelizaram, eles me fizeram entender o valor das pessoas, deixar de lado todos os preconceitos que trazia, todo o etnocentrismo próprio de outra época. Eles
me ensinaram a ler a Bíblia na chave dos pobres, do Reino, a compartilhar. Fui aprendendo com eles, desde São Gabriel até Yauareté, em Taracuá, Barcelos, Santa Isabel. Em todos os lugares, foram muitos os ensinamentos que pude adquirir de seu testemunho, de sua vida real, mais importante que nos livros. 05. Em seu trabalho missionário, evangelizador, arrepende-se de alguma coisa que fez ao longo destes anos? Não ter aprendido as línguas indígenas. O maior arrependimento e a maior vergonha é essa. Tive oportunidades, tenho os cadernos, gravações, cantos, mas não domino a língua. 06. Quais são as consequências dessa falta de aprendizagem da língua? Estão sendo muitas. Perde-se muitas coisas nos cursos por não entender as palavras chaves. Entendo o mais geral, por onde vai a conversa. Mas, é um prejuízo muito grande para a comunicação com as pessoas, com os jovens. Você não consegue entender o que eles pensam, pois eles não se abrem Crédito: http://www.periodistadigital.com
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para falar as coisas importantes se não é em sua língua materna. 07. Ultimamente, na diocese de São Gabriel da Cachoeira, sendo você uma das coordenadoras desse trabalho, está se trabalhando a catequese inculturada. O que esse trabalho representa para os povos indígenas? A primeira assembleia na qual começamos a nos preocupar com a inculturação aconteceu na década de 1980. Vinte anos depois, começou a se concretizar essa teoria, esse sonho, esse desejo de inculturação. Isso vai trazer um bem muito grande para eles se sentirem valorizados, respeitados, para acabar com a caminhada histórica de que os missionários acabaram com as culturas indígenas. Agora, estamos em outros tempos, são outras pessoas, outro contexto. Está se dando muito valor às línguas indígenas, aos costumes, à mitologia, a tudo o que é sua vida. A riqueza de vida que eles têm e que não manifestavam, mas que agora estão manifestando. É uma
grande vantagem, um benefício muito grande, que vai acabar com a timidez, com o medo, com tudo o que eles sofriam por causa de nós, missionários, da Igreja, com tantas normas, tantas leis. Tudo isso está se diluindo e eles estão sendo mais valorizados, pois se sentem mais donos da sua cultura, da sua terra, da sua história, das pastorais, da animação. Eles agora estão em tudo e nós nos bastidores, ou deveríamos estar. 08. Em que medida a chegada do Papa Francisco, um Papa latino-americano, ajudou no trabalho pastoral com os indígenas? Ajuda porque tudo o que ele diz é lido e depois aproveitado para falar para os outros e meditá-lo. Por outro lado, nós missionários da fronteira estamos fazendo tudo o que ele diz, ou melhor, já fazíamos. Está sendo motivo de grande alegria o que ele diz sobre a natureza, sobre a Terra, sobre os pobres. Nós estamos fazendo a opção pelos excluídos. É o que nós queríamos, pois estamos vivendo isso e vamos continuar a vivê-lo. Tudo isso está sendo repassado para os povos indígenas a partir da opção que fizemos, como congregação e também pessoalmente, aceitando vir a este lugar onde não se tem nada, ou se tem tudo, pois temos Jesus, os jovens. 09. É difícil viver em um lugar onde não se têm coisas que muita gente considera indispensáveis, com energia elétrica em algumas horas do dia? Para mim não está sendo difícil. Eu sabia que era assim, pois estou aqui
Crédito: http://www.periodistadigital.com
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pela segunda vez. A primeira vez era com velas, com pilhas, com candelabros; agora é melhor, pois temos placas solares e baterias, o que permite ter televisão em algumas horas. Foi um momento para dar um descanso a um mundo com tanto e-mail, tantas coisas, tendo tempo para arejar a cabeça. 10. Em um lugar assim, se descobre mais facilmente a presença de Deus? A presença de Deus é muito mais perceptível, de uma forma contínua. Nada pode perturbar a união com Deus, nem o trabalho, nem o calor, nem as pessoas. Tudo é mais tranquilo. Deus está entre nós, segue na frente, ao nosso lado, nos acompanha a cada momento, nos dá saúde, ânimo, disposição. Ele é o único que pode fazer isso. Ele é nossa única recompensa em um ambiente sem ninguém para poder conversar com maior profundidade. 11. Você saiu da Espanha há quase 50 anos, em uma realidade social totalmente diferente. Quando hoje vai para a Espanha, o que pensa da realidade espanhola, da Igreja espanhola, da família? A Espanha é hoje uma realidade estranha?
cunhado, minhas tias, minhas amigas. Mas não sinto falta. Quando vou lá, penso que tudo é muito bonito, com conversas agradáveis, as músicas, as comidas deliciosas. Mas é algo que já passou, que já foi entregue a Deus e que não vale a pena olhar para trás, pois Ele é minha recompensa e quem completa a minha vida. A saudade é grande, mas é oferecida a Deus cada dia. Sinto muito próximos os meus pais já falecidos, a família, as minhas companheiras de congregação da Espanha. Todos eles estão comigo aqui. 13. Há alguma coisa que gostaria de acrescentar? Simplesmente, beijos e abraços para todos, especialmente para as equipes missionárias de León, que conheci e onde pude dar minha colaboração no tempo em que estive cuidando do meu pai, quando as frequentava e delas participava. Entrevista publicada por Religión Digital, 06-082016. A tradução é de André Langer
A Espanha é algo que já foi doado e não me pertence mais. Entreguei a Deus. Meu mundo, minha vida agora é aqui. Tudo isso foi uma oferta que não se pode retomar. 12. Não sente saudades? Sim. Muita vontade de ver os meus sobrinhos, a minha irmã, meu Crédito: http://www.periodistadigital.com
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ALGUMAS IMPRESSÕES DA JMJ EM CRACÓVIA 2016 Crédito: Google Imagens
Pe Alberto Rypel (sdb), Diretor do Colégio Dom Bosco Leste e Pároco da Igreja de São José Operário na Zona Leste de Manaus A Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia foi como um dom de Deus aceitado pela Igreja, no mundo moderno, que procura e necessita a proximidade com as pessoas e expressa autênticos valores do Evangelho trazido por Jesus Cristo e divulgado no mundo pela Igreja. Esta Jornada aconteceu no ano da Misericórdia e o tema desta vez ressoa nos nossos ouvidos “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia”. O lugar também é especial, Cracóvia, de onde saíram dois grandes apóstolos da Misericórdia, Santa Ir. Faustina Kowalska e Santo João Paulo II. O tema da Jornada da Juventude ficou nas mentes de todos que participaram, desde os primeiros momentos da peregrinação, onde puderam
experimentar, que algo extraordinário viesse acontecer e que nada poderia tirar a alegria do encontro com a nova realidade, que era esperada, apesar de algumas pessoas contrárias a este acontecimento, queriam abafar a importância da JMJ colocando nos meios de comunicação falsos comunicados e falsas expectativas, mas o amor que brota do Evangelho e dá a viva esperança, conseguiu vencer. Por isso desde início foi colocado em uma viagem de sonho, que foi realizada dia após dia como contarei agora... “Já entrando no avião em Lisboa, que nos levava ao aeroporto de Varsóvia, fomos calorosamente recebidos pelo comandante da aeronave que cumprimentou todos os participantes da JMJ em Cracóvia com as boas vindas. No Aeroporto em
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Varsóvia fomos recebidos calorosamente polos Salesianos que nos conduziram a sua casa, demonstrando grande calor e receptividade tanto em casa dando-nos a hospedagem, com uma boa refeição, estando junto conosco no refeitório em todos os momentos, como na comunidade eclesial, celebrando junto com o povo a missa matutina”. Um dos objetivos de cada JMJ é conhecer a história da nação, conhecer a cultura do país como também o costume de viver e a realidade atual deste povo, que recebeu a todos os peregrinos do mundo inteiro. Com certeza uma oportunidade que os Jovens não deveriam perder. Ainda em Varsóvia, visitamos a antiga da capital, conduzidos por um jovem professor salesiano da Universidade Católica em Varsóvia, passamos pelas ruas da antiga cidade e pelas antigas igrejas com seus belos altares e as paredes ricamente trabalhadas, marcadas pelos monumentos e medalhões de grandes personagens da história da Polônia, como Frédéric Chopin ou Nicolau Copérnico e outros. Durante a noite fomos convidados junto com os outros jovens que vieram à cidade, pelo carde-
al de Varsóvia, como também pela arquidiocese, num grande concerto feito pelos melhores artistas da cidade. Foi um grande espetáculo, que demostrou grande cultura de música, de canto e de teatro moderno desta cidade. O Santuário Nacional da Polônia que é a Czestochowa foi o destino do segundo dia, onde visitamos conforme a tradição de quem por lá passa, um quadro pintado por São Lucas. São Lucas evangelista que além de escritor e médico, era também pintor. Apesar de alguns moradores afirmarem que a obra tenha sido realizada por alguém que vivia na comunidade, a tradição atribuiu a São Lucas a pintura do quadro. Um fato histórico é que este quadro foi trazido do Oriente Médio e pintado em forma de ícone, e é verdadeiramente milagroso. Neste lugar que se chama Jasna Góra (Monte Claro) milhares de pessoas sentem a presença de Maria e seu Filho Jesus Cristo e sentem que Maria verdadeiramente olha por eles, como a mãe. A sensação de estar sob o abrigo das dioceses, nos remeteram a proximidade das famílias, que nos acolheram Crédito: https://www.facebook.com/isaodomingossavio
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com toda a riqueza da vida. Famílias tradicionais onde encontramos muitas vezes avós, filhos e netos morando em um mesmo lar, o que engrandeceu os peregrinos oriundos, principalmente, da Europa Ocidental, onde é muito raro hoje encontrar este modelo da família, ainda muito presente na Polônia. Na Europa Ocidental os avós vivem quase sempre sós, os filhos estão com seus pais até quando crescem, por isso para muitos idosos é um grande drama e aqui sentiram que a família completa é algo belo. Idiomas de todo o mundo foi escutado por todos os lugares, as que mais tivemos contato foram o polonês e inglês, mas era comum encontrarmos os mais variados idiomas em celebrações e em indicações, como o português, presente em panfletos sobre a história da cidade de Opole. Vários grupos estiveram conosco nas dioceses, o maior era proveniente da França da arquidiocese de Lyon com mais de 1400 pessoas com seu arcebispo Dom Philippe. Percebemos que a Igreja na França é
bem jovem, organizada em diversos grupos pastorais e movimentos, perguntados pelos outros sobre a situação na França de hoje, vítima de vários ataques terroristas, quais foram os motivados para participarem da jornada, a resposta foi simples “é Jesus que nos dá esperança, é nele que está a nossa força”. Em Cracóvia os Salesianos nos acolheram no Seminário de Teologia, seminaristas e professores que junto conosco aumentavam as expectativas para o momento da chegada do Papa Francisco, para junto com ele unirmos em oração, e escutar suas reflexões e diálogos que somente ele sabe fazer com os jovens. O que mais percebemos nos encontros da JMJ foi a alegria, oração, profundidade, escuta e a beleza da arte. A alegria foi expressada nas ruas, nas praças, nos parques, nos acampamentos. Oração, escuta e beleza da arte, em todas as celebrações. Um momento de profunda oração, escuta e a beleza da arte foi a Via Sacra. Cada estação foi mostrada através de
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diferentes formas artísticas, sem perder o significado do nome e do tema de estação. A coordenação do evento colocou em forma moderna a arte e símbolo. O início deu-se através da dança moderna, pintura na tela, acrobacia no ar, animação com os computadores, e também pintura nas praças que na Europa nas grandes cidades é muito popular. Criada para existir por pouco tempo, as artes pintadas no chão tem uma expressão muito profunda junto aos peregrinos que, em procissão, passam por cima dessas obras de artes momentâneas. O sofrimento de Jesus durante a Via Sacra, tocou a todos. Apresentações emocionaram todos os presentes durante a JMJ, que interpretados pelos melhores artistas do mundo, impressionaram pela humildade e profunda sinceridade, respeitando e enriquecendo a cada pessoa, com sua própria criatividade, criando o espírito de família e de uma boa convivência. O ponto chave e o mais esperado por todos os presentes, foram as palavras do Santo Padre o Papa Francisco que desejou uma abertura das nossas comunidades, e disse que “Os jovens
tem de superar o medo, que os faz sentir paralisados, paralisia que brota quando se confunde a felicidade com um sofá, um sofá que nos ajude a estar cômodos, tranquilos, bem seguros, que nos garanta horas de tranquilidade para mergulharmos no mundo de videogames e passar horas diante do computador, um sofá contra todo tipo de dores e medos”. Todos os discursos tinham sempre algo dentro de que se precisa olhar no futuro, convidando os jovens e dizendo, “que o Senhor renova o convite e vos tornardes protagonistas no serviço”. Ao terminar este pensamento sobre a Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia, quero afirmar que, a JMJ é uma belíssima aventura, onde se encontra a grande riqueza da nossa fé. “Possibilidade de construir as pontes entre as nações” com espírito jovem e verdadeiramente cristão. Que vale a pena fazer todos os sacrifícios para ter condições de participar o que o próprio Senhor preparou para nós. Depois do encontro da JMJ o grupo permaneceu ainda dois dias na região, visitando alguns lugares importantes na vida do Santo João Paulo II. Primeiro a cidade onde ele nasceu, Wadowice, Crédito: https://www.facebook.com/isaodomingossavio
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onde rezamos na frente da pia batismal onde ele foi batizado, tocando essa pia lembrando também nosso batismo. Neste momento vale lembrar que JMJ na Polônia aconteceu no ano jubilar da Misericórdia como também de 1050 anos depois do batismo da Polônia. Ao voltarmos de Wadowice para a Cracóvia, pelo caminho entramos num belo Santuário Kalwaria Zebrzydowska, lugar importante do Santo João Paulo II, que quando adolescente perdeu a sua mãe, e o seu pai o levou para este lugar mostrando a imagem de Maria e disse “agora essa é a sua mãe” e realmente fala a história que durante a visita deste santuário onde peregrinava imensa multidão o Karol, porque aquele foi nome que ele recebeu no batismo, se perdeu e foi encontrado pelo pai rezando na frente do quadro milagroso, perguntado pelo pai o que está fazendo aqui respondeu “estou conversando com minha mãe”. Como sabemos na espiritualidade deste grande homem Maria teve muita importância,
porque lá aprendeu verdadeiramente amar a mãe de Jesus. E no último dia da nossa presença na Polônia, uma peregrinação especial a Wieliczka, lugar onde se encontram minas de sal, a 108 metros abaixo da terra, uma bela igreja feita toda de sal. Expressa a devoção do povo que lá por muitos séculos trabalhava nas minas de sal, sustentando as suas famílias, unindo a vida quotidiana ao trabalho, a Eucaristia e a oração. No último pensamento quero expressar a minha gratidão a Deus, pelo bem que recebemos de todas as pessoas, e pelo projeto iniciado pelo João Paulo II que a igreja o guarda, desenvolvendo cada vez mais, convidando todos os jovens do mundo inteiro a vivenciar o que nós vivenciamos. Até a próxima na Cidade do Panamá em 2019! *Pe Rypel esteve na peregrinação a JMJ com mais 20 jovens da Amazônia.
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POVOS INDÍGENAS DO BRASIL: CONQUISTAS, RETROCESSOS, PROVOCAÇÕES Crédito: Google Imagens
José Ivanildo de O. Melo, sdb 1. CONQUISTAS E RETROCESSOS O acesso aos bens fundamentais à vida, as garantias individuais de culto e liberdade ética, com seus respectivos deveres, estão presentes nas Constituições civis e eclesiásticas contemporâneas e são celebradas como conquistas irrevogáveis do espírito moderno1. Mas podemos dizer que todos os sujeitos de direitos são igualmente tratados pelo Estado? A história dos Povos Indígenas do Brasil, desde o contato com o colonizador em 1.500, sempre flutuou entre o reconhecimento de direitos e o retrocesso de conquistas. Salvo raros exemplos, a visão excludente desse “outro 1 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade [...]. Constituição Federal de 1988.
cultural”, marcada pelo signo do desamor, triunfou sobre o olhar antropológico, do início do século XVI aos nossos dias, “só que cada dia mais feroz”2. Os povos indígenas, por outro lado, souberam construir formas criativas de resistência. O profetismo Tupi da Terra sem Mal3, é um exemplo disso. O binômio Cultura e Resistência se projetou como barreira ao avanço do colonialismo ocidental, ultrapassando o sentido puramente religioso, estendendo-se aos “domínios afetivo, político, ético, material, cotidiano”, 2 MELLO, 2005, p. 17. 3 “Santidade(s), heresia, idolatria, profetismo, foram termos frequentes no Brasil quinhentista para expressar a ação de líderes Caraíbas que convocavam as aldeias para a resistência contra a colonização e o regime escravista. Na profecia das santidades estava presente a utopia da Terra sem Mal” - VAINFAS, 1995, p. 172.
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ajustando-se ao próprio cristianismo, reforçando a busca da Terra sem Mal, “alterando inclusive as rotas migratórias do litoral para o interior dos sertões”4. Nos últimos meses, com o conivente silêncio das grandes mídias, alguns setores da sociedade civil e eclesiástica, o governo, apoiado por uma forte bancada ruralista, tem dado agilidade a projetos que ferem profundamente as conquistas dos Povos Indígenas na Constituição de 88. Essas iniciativas visam quatro objetivos gerais: impedir o reconhecimento e demarcação de terras; rever a demarcação já realizada; tomar posse de terras já demarcadas; criminalizar e enfraquecer os movimentos indigenistas. (Aqui citamos apenas as principais). Portaria 303/12: estende e generaliza para todas a terras indígenas as condicionantes estabelecidas pelo STF para a TI Raposo Serra do Sol; Decreto 7957/13: cria e regulamenta atuação de Força Armada no combate a povos e comunidades locais que resistirem a empreendimentos que impactam seus territórios. 4 Ibidem, p. 50.
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Portaria 60/15: estabelece procedimento administrativo a ser seguido pela Funai para licenciamento ambiental de empreendimentos que impactam Terras indígenas. Para facilitar e agilizar os empreendimentos. PEC 215/00: passa para o Congresso Nacional o poder de demarcação. Caso aprovada, inviabilizaria novas demarcações e reabriria procedimentos já finalizados. Esta emenda constitucional resume o maquiavélico desejo usurpador da bancada ruralista para fins de domínio das terras indígenas. PL 1610/96: regulamenta a mineração em terras indígenas. Abriria as terras para a exploração mineral, inclusive de não indígenas. (CF. art. 231-232). Marco temporal – reinterpretação do artigo 231 da CF radicalmente restritiva quanto ao conceito de terras tradicionalmente ocupada. Uma terra só seria considerada tradicionalmente ocupada se os indígenas estivessem na posse física dela na promulgação da Constituição de 88. Instalação da CPI da Funai, Incra e CIMI. Longe de uma investigação séria sobre possíveis problemas de gestão, o que esta CPI pretende é enfraquecer instituições, como no caso da Funai, já frágil. O último relatório do CIMI, apresentado dia 15.09.2016, enumera ainda “formas de violências e violações praticadas em todo o país contra os povos originários, como assassinatos, mortalidade na infância, omissão e morosidade na regularização das terras indígenas, racismo e abuso de poder. dezenove formas de violências e violações praticadas em todo o país contra os povos originários, como assassina-
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tos, mortalidade na infância, omissão e morosidade na regularização das terras indígenas, racismo e abuso de poder5”, que os expõem ao esbulho de fazendeiros e grandes latifundiários por todo o país. Some-se a isso o alarmante crescimento de grupos milicianos; os incêndios criminosos, que na manhã do último domingo, dia 11.09, provocaram a morte de uma criança Tenetehar/ Guajajara, de apenas 6 anos de idade e deixaram outra de 11 com queimaduras em 60% do corpo, no município de Grajaú-AM; ou os violentos casos de agressões e expulsões dos povos Guarani e Kaiowá, no MS, que resultaram em mortes de lideranças indígenas e destruição de casas. 2. QUAL A MISSÃO DA IGREJA E DOS MOVIMENTOS ECLESIAIS NESSE CONTEXTO? Acredito que a primeira atitude é despertar a sensibilidade pela causa do excluído. Perto ou longe há sempre um grupo de “invisíveis” marginalizados pedindo socorro. “Eu vi muito bem a miséria do meu povo” (Ex 3, 7); o segundo passo é ser presença profética nos espaços reais e virtuais de debate sobre a questão indígena: compartilhar informações, dialogar com amigos, denunciar o mal (Mq 2-3); por fim, buscar caminhos de engajamento da população local nas ações pertinentes a valorização, mobilização política e superação de preconceitos étnicos raciais praticados contra os Povos Tradicionais.
3. TAREFAS A COMPLETAR [...] O Estado vez por outra reconhece a importância da Igreja e dos seus movimentos em favor da promoção social do nosso povo, inclusive concedendo prêmios e homenagens publicamente. Mas podemos nos dar por satisfeitos com essas homenagens? A que responsabilidades o sofrimento das minorias étnicas nos desafia? Onde está a profecia da nossa presença-anúncio-denúncia diante de tão graves ameaças? Quais paradigmas precisamos romper e/ou (re)construir na nossa relação com o Estado? A utopia da Terra sem Mal, dos Tupi, convertida em utopia anticolonialista, mesmo tendo fracassado diante do sistema colonial, resiste ainda hoje nas diversas expressões da cultura popular brasileira, nos mitos e ritos das comunidades indígenas deste imenso Brasil. Mas até quando os Povos Indígenas suportarão esse pesado fardo? Até quando serão tratados como apêndice em nosso país? E nós... até quando ficaremos em silêncio? Longe de provocar obsessivas perguntas sobre nossos defeitos, meu de-
5 http://www.cimi.org.br – Acesso, dia 15.09.2016, as 17h01. Crédito: Google Imagens
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sejo com esta partilha é romper com o silêncio do hoje, “que faz dos desacertos da ‘conquista espiritual’ um tabu”6, para que nossa consciência, esclarecida do momento presente, assuma com realismo as responsabilidades na defesa desses povos. O Evangelho nos impele: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância! (Jo 10, 10). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: MELLO, Thiago de. Amazonas: pátria da água e notícias da visitação que fiz no verão de 1953 ao Rio Amazonas e seus barrancos. 3º ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. REIS, Arthur Cezar Ferreira. A conquista espiritual da Amazônia. Escolas Profissionais Salesianas: São Paulo, 1942.
SUESS, Paulo. Conversão dos cativos: povos indígenas e missão catequética. São Bernardo do Campo: Nhanduti Editora, 2009, 144p. TREJO, Guillermo. Etnia e mobilização social: uma revisão teórica com aplicações à “quarta onda” de mobilizações indígenas na América Latina. In: AMÉRICA LATINA HOJE: conceitos e interpretações. Organização de José Maurício Domingues e Maria Maneiro; trad. Silvia de Souza Costa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006. VAINFAS, Ronaldo. A heresia dos índios: catolicismo e rebeldia no Brasil colonial. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. <http://www.cimi.org.br>. Acesso em 15.09.2016, às 10h36.
6 SUESS, 2009, p. 38.
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COMUNICAR É EVANGELIZAR: ASPECTOS A SEREM CUIDADOS NO DIA A DIA Crédito: Inspetoria São Domingos Sávio
Pe. Daniel Cunha, sdb – Diretor do Colégio N.S. do Carmo - Belém / PA Partimos da etimologia da palavra, comunicação significa estabelecer uma relação com alguém ou com um objeto. Comunicação é fazer-se entender. E toda pessoa comunica; de um jeito ou de outro. Afinal, o ser humano é um ser de comunicação por natureza. Desde os tempos remotos da pré-história, nossos ancestrais já se comunicavam. Através da educação fomos conhecendo os diversos modos do homem comunicar e sua evolução: oral, hieróglifos, arte rupestre. Logo se observa que a comunicação foi muitas vezes, uma questão de sobrevivência. A mesma sempre foi vital e seu desenvolvimento especialmente nos anos 90 com a era da informação, permitiu alcançar o que hoje chamamos de sociedade digital. Somos uma sociedade profundamente marcada pela comunicação e pela tecnologia da comunicação.
Nota-se, ao longo do tempo, um grande salto comunicacional: da oralidade para a escrita e, desta, para os modernos meios de comunicação que temos hoje, os chamados mass media. A comunicação é, portanto, filha desse processo de anos, séculos e milênios, de tentativas e acertos, de vitórias e insucessos. Porém a comunicação não pode ser reduzida aos meios que hoje dispomos e são inúmeras as possibilidades de se comunicar especialmente aquelas viabilizadas pela internet e pelas redes sociais, além de outras possibilidades como os blogs, twitter sem contar o whatsapp que virou febre mundial e outra gama de redes sociais com maior ou menor possibilidade de interação, mas todas sociavelmente interativas. Por outro lado constatamos que o aparato tecnológico a favor da comu-
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nicação não necessariamente significa que comunicamos mais e com maior constância e qualidade. Especialmente no que tange as relações interpessoais, da relação direta, presencial, palpável aquela que nunca perderá o seu valor “olho-no-olho”, “cara a cara”. Os meios proliferaram as formas de comunicar, mas findaram por aumentar também as distâncias necessárias e fundamentais ao bom e regular convívio em família, com os pais, irmãos e parentes próximos. Até uma palavra posta em xeque pelas mídias foi o termo “amigo”, tão fácil para o facebook com um simples click, mas ao mesmo tempo tão difícil e precioso no cotidiano da vida. Vale referir-se ao texto do papa Bento XVI ao escrever sua mensagem para a 43ª Jornada Mundial da Comunicação Social, “Novas tecnologias, novas relações...”, nesta o papa enfatizava que ao lidar com as mídias digitais que suscitaram uma outra forma de contato, pedia que jamais fossem perdidas as expressões do cotidiano da comunicação: estar à mesa juntos, estabelecer um bom diálogo, manter o contato interpessoal, estabelecer laços com os mais próximos especialmente
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os familiares, e sobretudo, ter por parâmetro a autenticidade das relações, algo tão vulnerável no meio digital. Todavia as orientações do papa visavam manter o contato básico sem perder os vínculos e o valor da presença física das pessoas que conosco convivem e compartilham suas vidas e suas estórias. Deste modo destacamos 10 pontos do quotidiano da vida salesiana que são essenciais para não perder o foco do dia a dia no convívio fraterno e no diálogo que geram comunidades: 1. Escuta: Antes de qualquer fala é necessário calar, silenciar, ouvir, discernir. Somente assim se pode dar respostas ao que se pergunta até mesmo para evitar embaraços, incompreensões e respostas indevidas. Escutar é fundamental num tempo de muito barulho, murmúrios e vozes. Sem dúvida é o primeiro passo da boa comunicação. 2. Diálogo: Somos comunidades, vivemos e compartilhamos nossa vida com os irmãos, leigos e colaboradores. O diálogo é sempre a porta da boa gestão. Chamar, conversar, ouvir antes dos fatos para poder agir é o caminho dos bons comunicadores. Uma resposta exige comunhão, corresponsabilidade, afinal ninguém trabalha só, nenhum diretor ou irmão exerce seu trabalho isolado. Somos comunidades é um critério fundamental de nossa missão. 3. Partilha: Por sermos comunidade temos o dever de por em comum de modo particular as diretivas realizada por meio da pastoral, mas porque não também da vida fraterna, das coisas ordinárias da vida da comunidade e do trabalho realizado com leigos? Partilhar a vida, sucessos, fracassos fazem parte do cotidiano
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nossa missão carismática corresponsabilizando-os em nossas atividades. É necessário também responsabilizar nossos destinatários, favorecer que assumam compromissos no engajamento juvenil, é importante acompanha-los a fim de cumprir o que se propõem. É importante confiar-lhes trabalhos para que se sintam envolvidos na missão e amadureçam nesta pertença à família salesiana. 7. Respeito: Nossas comunidades são distintas em suas composições culturais, idades, mentalidades, limites e virtudes de cada irmão. É importante saber respeitar estas diferenças, para aí descobrir a beleza da vida em comum. Outras tantas virtudes são necessárias: paciência, tolerância, zelo, carinho. A partir do momento que formos conscientes destes extremos em nossas comunidades, da importância de cada irmão e também de suas limitações seremos comunidades que se querem mais e melhor porque nos complementamos em nossa missão comum. Deus nos confia irmãos para amar (C 50). 8. Cuidado: A reservatez na vida da comunidade não diz respeito apenas à privacidade que requer a vida fraterna, mas uma zelosa atenção às necessida-
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de um bom comunicador, de um bom diretor. Afinal não há quem saiba tudo e governe com mão de ferro o seu ofício, já superamos há muito esta mentalidade. Partilha gera solidariedade e outros benefícios que concorrem para o bem comum da obra, da missão, da comunidade. O bom dia/boa tarde com os alunos e educadores é sempre uma oportunidade para o termômetro da casa que acolhe e partilha a vida. A mesma oportunidade se dá nas comunidades salesianas através do boa noite do Diretor e a partilha espiritual. 4. Perdão: Errar é humano e pedir perdão, desculpas, é uma virtude dos humildes. Esta é outra dimensão que se encarna perfeitamente no espírito evangélico dos consagrados e deve ser o nosso distintivo. Somos irmãos, nossa confiança e proximidade deve gerar uma comunhão fraterna a ponto de saber reconhecer nossas fraquezas e limitações e isto vale não só para a comunidade. Sobre nossas responsabilidades estão leigos, jovens, pais de família. Creio ser este um gesto de misericórdia em nossa vida solidária e fraterna. 5. Proximidade: Nossa missão comum salesiana nos pede de estarmos no meio dos jovens, estes são para nós lugar teológico da nossa ação. Sabemos que a proximidade gera confiança e outra série de valores. Não se trata de mera vigilância cega para ver os erros, mas familiaridade no trato, no cuidado e no zelo pelas pessoas, a ponto de viver o que entendemos por preventividade que gera familiaridade e espírito fraterno. 6. Responsabilidade: Somos corresponsáveis na missão. Nosso trabalho se dá a custo de muitas mãos, junto aos jovens, leigos, pais, colaboradores. É importante selecionar o pessoal que trabalha conosco e formá-los para o sentido da
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des e aos irmãos que nessa convivem e trabalham. Este cuidado transparece na atenção recíproca e zelosa pela pessoa membro da comunidade, sua importância e significatividade. Dada as diferenças citadas no ponto anterior, cada irmão tem sua particularidade e precisa ser amado, querido, ajudado. 9. Solidariedade: Na atenção aos irmãos e à vida da Inspetoria nossa corresponsabilidade deve ser solidária não só para os que conosco convivem e trabalham, seja salesiano, leigo, jovem. Nossa solidariedade deve ser fraterna e próxima para além do nosso condicionamento comunitário. A atenção às casas de formação, a solidariedade financeira quando obras apresentam maiores dificuldades, a proximidade junto aos momentos difíceis de saúde ou mesmo de perda são sinais desta comunhão fraterna. 10. Formação: Não podemos esquecer jamais que somos irmãos em formação permanente, ou seja, constantemente precisamos nos atualizar, ler, fazer cursos, se instruir de modo a servir mais e melhor em nossa missão educativa-evangelizadora. Somente a partir desta consciência teremos maior sensibilidade às realidades
que nos cercam internamente como Inspetoria e externamente como membros de um mundo em constante mutação. Dado estes 10 pontos que convergem para o bem comum das comunidades e da vida fraterna salesiana. Todos estes passos perpassam pelo velho e bem conhecido dilema da comunicação: a informação. Isto nos remete as palavras iniciais do Diretório de Comunicação da Igreja do Brasil (2013, p. 7) “Comunicação é relação; relação é comunicação”. Nesta dinâmica relacional a comunicação é sempre dialógica a partir da escuta, fala, um ir e vir permanente. “É um bem que não consiste em coisas, mas nas próprias pessoas que mutuamente se dão no diálogo” (Papa Francisco, EG 142). Assim desejamos que estes passos provocadores e que damos por sabido enfatizam elementos que favorecem o melhor convívio e o bem das nossas comunidades. A fim de que antes de pensarmos nos canais de comunicação e no modo deste alcance. Olhemos para nós mesmos e nos demos conta do quanto podemos fazer pelo melhor desempenho da vida fraterna e da ação comum pelos méritos do saber conviver. Crédito: Google Imagens
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A ISMA POSSUI UM PRECIOSO CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO ETNOLÓGICA E MISSIONÁRIA NA AMAZÔNIA DO BRASIL Crédito: Inspetoria São Domingos Sávio
Vívian Marler, Delegada para a Comunicação O CEDEM, Centro “Iauareté” de Documentação Etnológica e Missionária, faz parte da Inspetoria Salesiana Missionária da Amazônia e tem por finalidade preservar e colocar a disposição das pessoas e instituições interessadas, a documentação de caráter etnológico e pastoral acumulado através dos cem anos de atuação dos salesianos na Amazônia. O Centro nasceu em Iauareté, fronteira com a Colômbia, no Rio Uaupés, nos anos sessenta, e foi transportado para Manaus na década de oitenta, para facilitar o serviço de preservação e divulgação de seu patrimônio. Sua finalidade é a de recolher e preservar a documentação etnográfica e missionária, assim como o de desenvolver estudos e pesquisas dessa natureza, primeiramente referentes à área da bacia do Rio Negro (Amazonas), onde se situam vários cen-
tros das Missões salesianas e de modo mais amplo em relação a toda a Amazônia e à Antropologia Cultural em geral, assim como colocar seus serviços e resultados à disposição da comunidade. A coleta de fontes e referências históricas, geográficas, linguísticas, etnográficas e missionárias para formar um acervo apto às suas finalidades, ajudando docentes e alunos da Faculdade Salesiana Dom Bosco na pesquisa de estudos especializados, no campo da Antropologia Cultural e da realidade amazônica. Proporcionando condições que permitam o desenvolvimento de seus trabalhos. As atualizações permanentes favorecem a reciclagem de antigos missionários e a preparação e inculturação de novos, colaborando com a comunidade
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para melhor conhecimento da realidade cultural da Amazônia em geral e da área do Rio Negro em particular. Ajuda os povos indígenas na recuperação da memória cultural deles, assim como mantem relações de intercâmbio e colaboração com órgãos públicos e privados em pesquisas e consultorias, promovendo a publicação de textos que possam favorecer o conhecimento e a difusão das línguas e culturas da região. O CEDEM conta com um rico acervo, e o maior e mais antigo já catalogado na Amazônia, e provavelmente no Brasil. As publicações da biblioteca especializada nas áreas etnológica e missionária são arquivadas cientificamente, e crescem a cada dia para atender melhor às consultas de estudantes, seminaristas, agentes de pastoral e pesquisadores. A produção e edição de documentos e textos úteis à pesquisa etnológica e missionária disponível permite a pesquisa no caráter histórico através das crônicas missionárias, viagens de pesquisadores e história eclesiástica, em geral; de caráter linguístico pode-se encontrar cartilhas, dicionários, gramáticas e métodos de aprendizagem das línguas da região como o tukano, dessano, pira-tapuia, cubeu, tuiuca, baniwa, ianomami, nheengatú, entre outros. De
caráter mitológico pode-se encontrar, com explicações, textos sagrados, histórias de pajés, cerimônias, parentesco, etc.; de caráter pastoral encontra-se catecismos em português e nas línguas indígenas, histórias bíblicas, evangelhos, traduções, adaptações. Alguns títulos que podem ser encontrados no CEDEM são a tradução dos dois volumes de Koch-Grunberg sobre a viagem antropológica que fez ao Rio Negro no começo do século com gravuras e fotografias; relatos de missionários sobre a prática pastoral antiga e recente no Rio Negro e Rondônia como os padres Antonio Giacone, Angelo Spadari, Norberto Hohenscherer, entre outros. Textos catequéticos publicados de diversas formas, em línguas indígenas até a atualidade, no Rio Negro; a reedição de diversos textos linguísticos já publicados avulsos pela ISMA; gramática Tukano, livro de leituras, dicionários e Tukano para estrangeiros, pelo linguista do francês Henry Ramirez. Além de crônicas das missões salesianas no Rio Negro e monografias. Interessados em conhecer o CEDEM devem entrar em contato com a Inspetoria Salesiana Missionária da Amazônia através do telefone (92) 2101-3400. A ISMA está situada em Manaus, a Avenida Visconde de Porto Alegre, 806 no bairro da Praça XIV.
Crédito: Inspetoria São Domingos Sávio
Crédito: Inspetoria São Domingos Sávio
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A MEMÓRIA DA ISMA MATERIALIZADA EM “O TAPIRI” Crédito: Inspetoria São Domingos Sávio
José Luis Moreira (Zeca), Assessor de Comunicação Com a ideia de criar uma publicação que pudesse guardar a memória dos trabalhos realizados pela Inspetoria Salesiana Missionária da Amazônia, foi criado em 1989 “O TAPIRI” que desde então tem ajudado na reflexão dos agentes na área da pastoral. Ao longo desses 27 anos O TAPIRI passou por várias reformulações no seu formato, desde colagens e textos na máquina de datilografar, chegando ao formato digital e com a impressão colorida, preservando sempre a qualidade do seu conteúdo. Com todas essas mudanças, no período de 2005 a 2012 a publicação ficou suspensa, e no seu retorno muitos originais foram perdidos ocasionando a duplicação em suas novas edições, causando assim uma descontinuidade numérica, e consequentemente a falta de exemplares deixou uma lacuna nos registros. Atualmente, O TAPIRI está
sendo organizado, catalogado e encadernado para continuar sendo fruto de orientação e pesquisa a todos que precisarem desse rico instrumento de formação. A organização desse trabalho está sendo realizado pelo Centro de Documentação Etnográfica e Missionária – CEDEM, através da bibliotecária Danielle de Paula da Silva que vem organizando suas publicações e acervos em geral. Esta catalogação e encadernação de O TAPIRI, que neste número completa 181 edições, tem o objetivo de manter viva e contínua a memória da ISMA. Outras publicações seguem o mesmo trabalho que está sendo realizado com as edições de O TAPIRI, e já estão em fase de organização. Em breve o PPI – Publicações Pastorais da ISMA, e o INFORMISMA – Informativo da ISMA estarão à disposição de quem precisar acessar o acervo.
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FORMATURA DA PRIMEIRA TURMA DE TEOLOGIA PARA OS LEIGOS DA FSDB EM PORTO VELHO Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Alunos da 1ª Turma de Teologia formada em Porto Velho
Dia 3 de agosto, aconteceu em Porto Velho (RO), a formatura da I Turma do Curso de Teologia para Leigos, em nível de Extensão Universitária certificado pela Faculdade Salesiana Dom Bosco de Manaus. A primeira turma composta por 38 alunos teve a formação teológica básica o que representou para eles uma grande contribuição para o amadurecimento humano e fortalecimento da vida religiosa. Sob o apoio do padre Gilberto Theodoro Cucas, diretor do Colégio Dom Bosco, em Porto Velho, que acolheu e
incentivou a proposta do curso coordenada por Samia Guimarães. O curso reuniu dez disciplinas teológicas, ministradas por professores de Manaus e Porto Velho, mais a experiência do estágio pastoral que foi de grande enriquecimento para todos. Estiveram presentes na formatura a diretora executiva da FSDB, professora Meire Botelho, a coordenadora dos cursos de extensão em Manaus, Elinete Pereira e Pe. Antônio Ribeiro (Pe. Bira), Diretor-Sócio da FSDB e Delegado para a Animação Pastoral da Inspetoria de Manaus.
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ENCONTRO DE MISSIONÁRIOS EM ROMA Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Grupo de Missionários reunidos em Roma
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
(Roma – PISANA), De 1º a 25 de setembro acontece em Roma a 147ª Expedição Missionária Salesiana que reúne missionários salesianos. O Curso é previsto como uma preparação imediata ao envio missionário. Através da oração, da escuta e do testemunho, na partilha de experiências, na reflexão pessoal e na alegria de viver em
Missionários participantes do encontro
comunidade que o missionário tem a oportunidade de verificar, aprofundar e discernir as razões profundas de sua vocação missionária. “O curso não serve para adquirir novos conhecimentos, com o cérebro” disse o Pe. Alfred Maravilla, membro do Dicasterio das Missões, responsável pela organização do encontro, “serve para assumir uma postura salesiana missionária e esse trabalho é feito com o coração” concluiu. A ISMA participa do encontro com um missionário que está sendo enviado para Moçambique, o jovem salesiano Augusto Rodrigues. E a acolhida de dois missionários que chegam para se unirem aos missionários da inspetoria Ir. José Maria de Filipinas e Pe. Slawomir da Polônia.
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Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
AGOSTO AGITOU A JUVENTUDE DA MISSÃO SALESIANA EM IAUARETÊ
Pe. Roberto e crianças durante a celebração eucarística
Na missão mais longe da Inspetoria, em Iauaretê, as atividades nunca param. Uma realidade cheia de crianças, jovens, adolescentes é um contínuo e lindo desafio para Padre Roberto e Padre Nilson. Catequese, oratório, grupos, atividades, itinerâncias nas calhas mais afastadas, esporte, encontros vocacionais. No mês de agosto aconteceu a semana de convivência vocacional com dez meninos do ensino médio, escolhidos entre 25 que participam dos encontros vocacionais mensais. Outra atividade que começou no dia de Dom Bosco foi o Campeonato Dom Bosco nas modalidades de futsal e vôlei, para todas as faixas etárias. Mais ou menos 300 meninos e meninas estão inscritos até o final do ano e durante três vezes na semana irão participar da escolinha. A consagração e entrega das túnicas para 45 novos Coroinhas foi um momento lindo e de verdadeira comunidade,
assim como o Crisma que aconteceu no início de setembro durante a visita do Bispo Dom Edson. Ainda em setembro, o padre Roberto Cappelletti irá visitar as comunidades do Rio Papuri e no final do mês no Alto Uaupés. Com recursos provenientes da Itália os salesianos em Iauaretê terminarão a construção do muro que vai delimitar a missão e a instalação da iluminação para o campo de futebol. Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Pe. Nilson e membros da comunidade
Entrega das túnicas para coroinhas
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Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
PARCERIA ENTRE A FSDB E A ARQUIDIOCESE REALIZA DEBATE SOBRE A VIOLÊNCIA CONTRA A FAMÍLIA E A INFÂNCIA
Cerca de 600 pessoas estiveram presentes no debate
Público presente no Semário da Familia
A Faculdade Salesiana Dom Bosco, através da coordenação de Pós-Graduação e a Pastoral Familiar da Arquidiocese de Manaus realizaram nos dias 26 e 27 de agosto o ‘V Fórum de Família’ e o ‘VI Seminário da Família’, que reuniram cerca de quinhentas pessoas sob o tema “A violência contra a família e a infância: Amoris Laetitia e Misericordiae Vultus em favor da ética da vida e da cultura da Paz”. Discutido em nível científico e pastoral a violência contra a família e a infância, teve como enfoque a prevenção, a intervenção e a colaboração articulada na rede de atenção e cuidado, tanto em nível público quando privado e comunitário. Entre os palestrantes o encontro teve a participação do Dr. Pe Luís Laudato da Faculdade Salesiana Dom Bosco que foi bem direto em sua palestra, enquanto apresentava suas
colocações sobre “AmorisLaetitia e Misericordiae Vultus: uma resposta contra a violência” colocou o público presente para refletir sobre os pontos de vista para a construção de um lar, sobre os recursos materiais e espirituais, e os questionou sobre quais seriam os maiores desafios para conjugar e harmonizar as emoções, sentimentos, afetos e escolhas para refletir em diálogo singelo e transparente, deixando claro que quando duas pessoas resolvem se tornar um casal, eles formaram uma família que automaticamente se tornou um lar. Colocando que a sociedade ainda vive em um mundo paternalista e machista, a Dra. Lidiany de Lima da Universidade Federal do Amazonas questionou sobre o porquê da violência contra famílias em especial crianças e jovens continuar crescendo. “Se a família é a base de tudo, que
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Zélia Campos do Atendimento às Vítimas de Violência Sexual, e do Deputado Estadual Luiz Castro que preside a Frente Parlamentar de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes que apresentaram os meios de comunicação usados como canais de denúncias, apresentações de leis, dicas de proteção a essas possíveis vítimas, assim como apresentaram casos de estudos de eventos acontecidos em Manaus. Dentre os presentes citamos ainda o inspetor da Inspetoria Salesiana Missionária da Amazônia, Pe. Francisco Alves de Lima, o bispo auxiliar Dom José Albuquerque, a diretora executiva da Faculdade Salesiana Dom Bosco Profª. Meire Botelho, o diretor de Pastoral da Faculdade Salesiana Dom Bosco Pe. Raimundo Marcelo, Pe. Orlando Gonçalves mediador da primeira mesa, Pe. Hudson de Souza mediador da segunda mesa e o Dr. Afrânio Soares Filho professor da UFAM e coordenador do Núcleo de Formação e Espiritualidade da Pastoral Familiar no Regional Norte1.
Palestrantes e público em oração durante a acolhida
Diretores, Coordenadores e Palestrantes do Evento
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
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estrutura é essa onde a violência está presente, não apenas a violência física, mas principalmente a moral” disse referindo-se a um tipo de violência muito comum que é a dos maus tratos através das palavras. A manhã de sábado (27) foi dedicada ao debate sobre a violência contra crianças e adolescentes, e os desafios que vem de longe e o que vem sendo feito para enfrentar essa violência em Manaus. Foi abordada a questão sobre as medidas proteção que são destinadas às crianças e adolescentes que se encontram em situação de violação de seus direitos. A Dra. Consuelena Leitão, da Tecendo Redes e Grupo Azul Lilás explicou como essas crianças e adolescentes são atendidas nos períodos de até 72 horas e após 72 horas através de uma Rede de Proteção desse grupo. O encontro contou com a participação também de Amanda Ferreira do Fórum Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, da Dra. Juliana Tuma, delegada titular da Delegacia Especializada em Proteção à Crianças e ao Adolescente; da Dra.
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AS OBRAS SOCIAIS DO ALEIXO ESTIMULAM O CONHECIMENTO CULTURAL COM PRODUÇÃO ARTÍSTICA
Crianças participando de sua Feira Cultural e Olímpica
O mês de agosto nas Obras Sociais do Aleixo foi marcado pela Feira Olímpica e a Homenagem aos pais, que reuniu crianças e educadores salesianos nos centros Nossa Senhora Mãe e Mestra, Nossa Senhora da Luz, Nossa Senhora do Brasil.
Atividades como estas ajudam na aprendizagem e no conhecimento cultural, estimulando-os para a produção artística, explorando os sentimentos e os pensamentos por meio das experimentações e descobertas.
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
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A feira cultural olímpica foi criada com o objetivo de fazer com que as crianças tomassem conhecimento sobre as olimpíadas e dos países que participam da mesma, e a homenagem aos pais fez com que os laços entre escola e família fossem estreitados.
As crianças representaram os países escolhidos de maneira lúdica, alegre e colorida, e ao término formaram um lindo coral cantando em homenagem a seus pais que ganharam uma medalha de “ouro” representando o primeiro lugar em suas vidas e em seus corações.
Crianças das obras em sala de aula
Grupo de crianças das obras sociais do aleixo
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JORGE DAMASCENO APRESENTA A JOVENS SALESIANOS A SUA HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Apresentação do Palestrante Jorge Damasceno
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De 20 a 25 de agosto o ex-dependente químico Jorge Damasceno através do ‘Movimento Brasil Sem Drogas?’ realizou palestras nos colégios salesianos Dom Bosco do centro e zona leste e na obra social Pró-Menor Dom Bosco, em Manaus, alertando jovens sobre o perigo das drogas. Alunos convidados das escolas Nsa. Sra. Auxiliadora, Centro Educacional Santa Teresinha e Casa Mamãe Margarida (FMA) estiveram presentes. Em suas palestras com cerca de duas horas de duração, contou sobre sua vida para mais de 1000 alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Filho de uma rica família de Fortaleza, Jorge passou mais de trinta anos dos seus 56 como dependente químico. “Comecei a usar drogas aos 13 anos por curiosidade e a partir daí, por mais que minha família tentasse me tirar desse mundo, eu fui me afundando cada vez mais, me tornando usuário de todos os tipos de drogas, que para consegui-las cheguei a roubar e me prostituir” contou. Sob os olhares atentos e assustados das plateias sobre o seu passado, Damasceno os alertou das portas de entrada para o vício “Quando se é jovem pensa-se que se
pode tudo, e muitas das vezes deixamos de lado nossos verdadeiros amigos, nossos pais, irmãos e família para buscar alegrias passageiras e ‘amigos’ que nos mostram caminhos que nos fazem sentir diferentes como o alcoolismo e as drogas”, disse. Damasceno conversou francamente com os jovens e pediu para que todos fossem mais amigos de seus pais e familiares, e que não se afastassem de suas religiões “Eu me arrependo de ter deixado minha família de lado, casei seis vezes, tive seis filhos, troquei minha vida pelas drogas, meu pai morreu tentando me salvar. Peço que todos vocês encontrem em seus pais seus melhores amigos, não escondam nada, não tenham medo de conversar. E não se afastem de Deus, a formação religiosa é muito importante para o nosso crescimento espiritual. Vocês são jovens e tem um mundo pela frente. Digam não as drogas” finalizou. Ganhador de um prêmio da UNICEF pelo trabalho de prevenção contra as drogas, que faz no Estado do Ceará e junto aos jovens pelo Brasil, Damasceno estimula a prevenção e a conscientização sobre os malefícios produzidos pelo consumo dos entorpecentes.
Alunos do Colégio Dom Bosco Centro participantes da palestra
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VOLUNTÁRIOS ITALIANOS CONTAM SOBRE SUA EXPERIÊNCIA EM MANICORÉ
Voluntários a caminho do munícipio de Manicoré
Grupo de crianças e jovens reunidos em oração.
O Projeto da Universidade Lataranense em Roma “12 por Ele” tem o objetivo de enviar estudantes durante as férias de verão, para o serviço voluntário por vários países. Este ano enviou nove jovens, que foram distribuídos por Togo, Peru, Paraguai, Índia e Brasil para onde três deles Gabriele Vantaggiato (20), Silvia Di Blasio (22) e Sara Mela (21) foram destinados, mais especificamente a Amazônia, para a experiência de 20 dias na comunidade de Manicoré sob os cuidados da Inspetoria Salesiana Missionária da Amazônia – ISMA. Sem a experiência de voluntariado em outro país, os jovens a princípio ficaram temerosos com o que poderiam encontrar quando chegassem a Amazônia. “Pensamos que fosse ser difícil a adaptação, principalmente com relação a recepção da população,
que para nossa surpresa aconteceu o que não imaginávamos, pois nos fizeram sentir em casa, principalmente o acolhimento das crianças. Foram encantadores”. Conta Sara. Com o objetivo de ajudar e ensinar crianças e jovens, projetos foram traçados, porém o que eles encontraram fugiu completamente do planejado “Sempre fui muito apegado a crianças e jovens, e esse era o projeto que eu tinha só que ao invés de eu ensinar, foram eles que me ensinaram, principalmente, transformar o nada em tudo” disse Gabriele. Para Silvia, o dia a dia das pessoas em Manicoré foi totalmente diferente da realidade dela na Itália “Somos acostumados em meu país a ter tudo, e ficamos muito tristes quando temos problemas, e eu descobri neste volun-
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tariado que problemas muito piores existem e nem por isso as pessoas que os vivem deixam o sorriso e a alegria de lado. Cresci bastante com ensinamentos como este”. “Muitas das vezes não damos valores para as coisas simples da vida, sempre buscamos ter mais e mais. Em Manicoré descobri que podemos viver e ser feliz na simplicidade. Descobri isso através de um menino que conheci na
comunidade. Ele me mostrou o pôr-do-sol e eu nunca tinha parado para observar a sua beleza, nem parado para pensar no meu eu…” disse emocionada a jovem Sara. Com os corações partidos de terem que voltar a seu país, Gabriele, Sara e Silvia, concordam em mais um ponto “estamos indo já com saudades, mas já temos a certeza que voltaremos” finalizou Gabriele.
COLÉGIO DOM BOSCO DE PORTO VELHO COMEMORA 84 ANOS Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Fachada Colégio Dom Bosco - PV
No dia do nascimento de João Bosco, 16 de agosto, o Colégio Dom Bosco de Porto Velho-RO comemorou seus 84 anos de fundação. A história da instituição está ligada ao desenvolvimento da cidade de Porto Velho nas três primeiras décadas do século XX, período em que a oferta dos serviços educacionais ainda era escassa na região e a cidade parecia isolada dos grandes centros.
A origem do colégio salesiano remonta ao ano de 1932. Surgiu inicialmente como um modesto curso noturno de alfabetização para jovens nas instalações da então Estrada de Ferro Madeira Mamoré. No ano de 1933, o embrionário Colégio Dom Bosco já funcionava com cursos de segunda e terceira séries do ensino elementar. Nestes primeiros anos, os salesianos já
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Integrante da Rede Salesiana de Escolas, o Colégio Dom Bosco de Porto Velho oferece ampla e moderna estrutura: várias quadras esportivas, campo de futebol, salas com ar refrigerado. São três prédios num mesmo espaço, atendendo uma média anual de 1000 alunos dos ensinos fundamental e médio. Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
ofereciam outros serviços como escolas de música, teatro, sessões de cinema e outras formas de aprender. A primeira pedra para a construção de um novo estabelecimento foi lançada em 1935. A obra, concluída três anos depois, começou a funcionar também em forma de internato. Neste período atendia cerca de 400 alunos, sob a coordenação dos salesianos padres João Nicoletti e Ângelo Cerri. Em 1945, eles expandiram as instalações, mas a sede definitiva do Colégio Dom Bosco foi edificada, anos posteriores, na Rua Almirante Barroso, no centro da cidade, onde a escola se encontra atualmente.
Crianças do Ensino Fundamental CDB - PV
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
IX VIGÍLIA VOCACIONAL: VOCAÇÃO DOM DA MISERICÓRDIA DIVINA
Procissão pelas ruas do bairro Zumbi - Manaus/AM
O Centro Salesiano de Formação (CESAF), com a colaboração do Serviço de Animação Vocacional e de diversos leigos da área Missionária Santos Mártires e colaboradores, realizaram, no dia 20 de agosto, a IX Vigília Vocacional, com o tema: “Vocação, dom da misericórdia divina!”. O encontro contou com
a participação de aproximadamente 260 jovens provenientes das casas salesianas da área de Manaus, da Arquidiocese de Manaus mais precisamente da Área Missionária Santos Mártires, onde os salesianos colaboram e de outras diversas comunidades. O encontro teve início com a celebração Eucarística, presidida pelo diretor da obra, Padre Isley Queiroz. Como o enfoque da noite orante era a misericórdia, o que marcou na celebração eucarística foi o ato penitencial, que através de uma dinâmica fez com que todos participantes reconhecessem a grande misericórdia de Deus em suas vidas. Durante sua homilia, padre Isley recordou aos jovens a necessidade de
O TAPIRI nº 176 - Página 39 Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Coodenadores e jovens participantes da IX Vigília Vocacional
sempre se colocar nas mãos de Deus e nunca esquecer seu grande amor por nós, o que motivou duas partilhas juvenis sobre a experiência misericordiosa em suas vidas. “Eu acredito que a minha vocação só existe por que Deus tem grande misericórdia comigo e me quer como filha perto d´Ele” disse a noviça da comunidade Fraternidade O caminho. Já o jovem vocacionado salesiano Cristian relatou que “a misericórdia de Deus em minha vida acontece todos os dias, quando eu acordo e por ter uma família que ama muito”. A vigília contou ainda com diversas dinâmicas que recordavam aos jovens que a vocação só nasce em um campo onde reina a misericórdia. A primeira delas foi às partilhas vocacionais da Irmã Iram (FMA) e do Padre Reginaldo Cordeiro (SDB). Temas comuns dos dois testemunhos foram os fatos de que a vocação nasce de modo especial da ajuda que damos ao outro e da necessidade de vencer o medo para dizer sim a Deus. A segunda foi à dinâmica da licença misericordiosa, onde os jovens vendados formaram duplas sem se conhecerem e partilharam suas vidas com muita confiança na misericórdia
recíproca. “Nunca pensei que poderia viver uma experiência tão profunda, como esta na vigília. Nunca tive a oportunidade de ser ouvida sem ser julgada e de ouvir o outro com vontade de perdoar. Desta vez os meninos do CESAF se superaram e me fizeram viver realmente o amor de Deus” partilhou a jovem Fernanda diante da dinâmica realizada com outro jovem. Às três da manhã no momento da Adoração Eucarística, presidida pelo Padre Raimundo Marcelo, os jovens foram surpreendidos com a proposta de uma procissão com o Santíssimo pelas ruas periféricas do Zumbi. Em silêncio ao som de várias músicas de adoração, todos os participantes formaram uma belíssima caminhada luminosa com o Senhor e surpreenderam os moradores do bairro com tamanha expressão de fé. A Provincial da Inspetoria Laura Vicuña Irmã Carmelita Conceição acompanhou as aspirantes salesianas na vigília e dizia aos salesianos “Como é bonito ver que os jovens quando desafiados por nós são capazes de corresponder com qualidade. Eles levam muito a sério nossas propostas. É preciso ou-
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os animadores dos oratórios, os religiosos e seminaristas da Área Missionária para dançarem. No fim da vigília, cada jovem recebeu um barbante onde através de uma dinâmica recordaram todas as obras de misericórdia, e como gesto concreto, devem realizar em suas famílias e nas comunidades onde participam.
Celebração eucarística presidida por Pe. Isley
Participantes no momento da dinâmica
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
sar mesmo. Que Adoração fantástica, estes são jovens de muita fé!” disse parabenizando os organizadores. A vigília contou também com a ajuda de muitos leigos e colaboradores, a banda Luz da Salvação formada por alunos do Pró Menor, animou a madrugada com músicas salesianas e populares colocando os jovens vocacionados,
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
MAIS DE 4000 JOVENS SE INSCREVERAM NOS CURSOS DO PRÓ-MENOR DOM BOSCO
Central de entrevista no Pró-Menor Dom Bosco - MAO
Mais de 4.000 candidatos, com faixa etária de 15 a 20 anos, se inscreveram para concorrer a uma das 1.500 vagas oferecidas pelo Pró-menor Dom Bosco para o ano de 2017 nos cursos de: Auxiliar Administrativo Semanal, Auxiliar Administrativo 01 vez na semana, Auxiliar de Serviços de Vendas, Auxiliar de
Linha de Produção, Mecânica de Motos e Mecânica Veicular. Para concorrer a uma vaga em um destes cursos profissionalizantes, que são referência em assistência social na cidade de Manaus, o jovem tem que estar cursando pelo menos o 9º ano, EJA ou ter concluído o ensino médio da Es-
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Para Dafny da Silva (18 anos) os cursos oferecidos pelo PMDB são muito importantes para o aprendizado do jovem que busca um futuro promissor “sempre sonhei em fazer um curso aqui no Pró-Menor só que eu estudava e não tinha tempo. Depois que me formei consegui uma vaga no curso de Auxiliar de Linha de Produção o que me possibilita aprender um ofício para que eu possa ter no futuro muito sucesso profissional, e hoje além de estudar eu também já trabalho na instituição”, conta a jovem que é uma das responsáveis pela triagem dos jovens interessados em ingressar nos cursos.
Pais e responsáveis presentes nas inscrições
PMDB há 35 anos referência em assistência social
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
cola Pública ou bolsista, a renda familiar deve ser de até três salários mínimos, possuir todos os documentos exigidos conforme a idade e estar disponível para ser contratado para ser aprendiz. Além de sua família receber uma visita domiciliar que busca atender aos usuários da Assistência Social Básica. As etapas que o candidato passará antes de efetuar a matricula são: retirada da senha, entrevista socioeconômica, prova de conhecimentos gerais e após sua aprovação neste processo é efetuada sua matrícula. Vale ressaltar que os pais ou responsáveis do candidato deverão acompanhá-lo em todo o processo.
28 JOVENS YANOMAMI SÃO BATIZADOS Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Batismo é o nome do ritual de purificação e consagração que é praticado em várias religiões, principalmente no Cristianismo, e no final de semana quando comemorava-se a Festa da Transfiguração do Senhor (6 e 7 de agosto), 28 jovens Yanomami foram batizados por padre Lázaro Santos em dois xaponos no Rio Rapirapi, no município de Sta Isabel do Rio Negro, no Amazonas. As celebrações Eucarísticas aconteceram no dia 6 no xapono (comunidade)
P. Lázaro durante cerimônia do batismo
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Para as lideranças e para o xapono em geral foi um momento de muita alegria, como também um momento histórico, pois esta foi a primeira turma de batizados nesta área indígena Yanomami. Jovens que receberam o sacramento
do Pohoroa, com o batismo de 11 jovens Yanomami, e no dia 7 na comunidade do Balaio quando 17 jovens da comunidade do Balaio receberam o sacramento.
Ao final da missa e cerimônia de batismo, os jovens receberam o Evangelho enviado pelo Bispo de São Gabriel da Cachoeira, Dom Edson, e participaram de uma festa no xapono com a participação do professor Messias, que os preparou ao longo de seis meses.
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
JOVENS RIO NEGRINOS REALIZAM II JOGOS VERDE E AMARELO NO CESAF
Equipes Verde e Amarelo durante competição
A segunda edição dos JOGOS VERDE E AMARELO aconteceram no dia 7 de setembro, no Centro Salesiano de Formação. Simultaneamente, estes jogos são realizados na região de São Gabriel da Cachoeira, mas há dois anos, o grupo de jovens Rio Negrinos que estudam e trabalham em Manaus, decidiram, com o apoio dos salesianos, realiza-los aqui em Manaus também.
Após a abertura Oficial feita pela jovem coordenadora Rosely Cunha, os cerca de 100 jovens marcharam no terreno do CESAF, fazendo memória da bela data celebrada. Ao chegarem à quadra, foi entoado com voz forte o Hino Nacional Brasileiro, no qual muitos dos presentes se emocionaram, pois lembraram de suas terras natais nas fronteiras. Ainda na quadra, mo-
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Jurados dos II Jogos Verde e Amarelo Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
tivados pelos Pré-Noviços que acompanham o grupo, foi realizado um momento de oração, onde de modo especial foi pedido às bênçãos maternais de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil. As atividades foram marcadas pela animação e criatividade dos participantes. As equipes tinham o objetivo de participarem de diversas provas, onde foram acumulando os pontos através das competições, como nos jogos de salão. O resultado das pontuações aconteceu no final da tarde e, este ano quem levou o troféu para casa foi a Equipe Verde que recebeu a premiação solenemente de um representante da Equipe Amarela, que foi a vencedora de 2015.
Comemoração da equipe verde
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
RELIGIOSOS DA ÁREA MISSIONÁRIA SANTOS MÁRTIRES REALIZAM IV PASSEIO FRATERNO
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Acolhida com gincana bíblica
Momento de convivência fraterna
No ultimo sábado (10) a Vida Religiosa Consagrada juntamente com os Diocesanos da Área Missionária Santos Mártires e as Irmãs Carmelitas realizaram o IV Passeio Fraterno em Presidente Figueiredo, onde após recepção pelo Padre Ronaldo Araújo, pároco da cidade, o grupo participou no salão da Paróquia de Nossa Senhora Aparecida, de uma acolhida e uma gincana bíblica. A manhã foi concluída com a celebração Eucarística, seguida de almoço compartilhado e convivência fraterna na Cachoeira dos Pássaros para um momento de lazer, onde concluíram o dia marcado pela animação, fraternidade e amizade.
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