Nov / Dez de 2016 | Nº 182
Capa: “A família: um desafio sociopastoral... Pistas para intervenções” | Pg. 10
Copyright©2016 Inspetoria São Domingos Sávio Todos os direitos reservados.
Inspetor: Pe. Francisco Alves de Lima Organização: CIP Coordenador: Pe. Antônio de Assis Ribeiro Jornalista Responsável: Vívian Marler (MTB 19699RJ) Revisão: Josely Moura Equipe de articulação: Animadores de Pastoral, Eduardo Lacerda e José Luis Almeida (Zeca) Projeto Gráfico: Eduardo Lacerda Distribuição: José Luis (Zeca) Articulistas: Convidados Capa: Google Imagens
Manaus - Am - Brasil
Ficha Catalográfica T172 O Tapiri: Comunicação Pastoral da Inspetoria São Domingos Sávio BMA / Pe. Francisco Alves de Lima,sdb (org.); Pe. Antônio de Assis Ribeiro. Sdb (Coord.). Manaus: Editora FSDB, 2016. x,44 p. Il. 15x21 cm (Comunicação Pastoral da Inspetoria São Domingos Sávio –BMA) ISSN 2525-3093 Publicação Bimensal 1.Salesianos de Dom Bosco 2. ISMA - Manaus. 3. Comunidade Salesiana. 4. Lima, Pe. Francisco Alves de. 5. Ribeiro, Pe. Antônio Assis. I. Título. CDU 271.789.1(05)
Elaborada por Zina Pinheiro - Bibliotecária - CRB 11/611
Antônio de Assis Ribeiro (Pe. Bira), sdb Delegado Inspetorial para a Pastoral Juvenil Salesiana
Estimados(as) leitores(as), Esta é a sexta edição de “O Tapiri” do ano 2016. Concluímos a nossa programação anual que estava prevista. Foram muitas matérias interessantes, ricas de conteúdo e pastoralmente provocativas. Por outro lado, também a presente Revista contribuiu para a documentação da ação educativo-pastoral dos Salesianos de Dom Bosco na Amazônia. Nesta última edição do ano, o Pe. Justino Sarmento Rezende - SDB, reflete sobre o “Natal em perspectiva missionária”. Em seu artigo faz memória do dinamismo dos primeiros missionários salesianos que trabalharam entre os povos indígenas no Alto Rio Negro (Am) testemunhando um forte espírito de sacrifício, de dedicação e amor à própria missão de evangelizar e educar. Graças a Deus, o suor e os sacríficos deles foram fecundos. Ser missionário é testemunhar que o salvador da humanidade quer se encarnar na vida dos povos de hoje, assim como no passado o Filho de Deus assumiu por inteiro da realidade humana. A senhora Ângela de Almeida, assistente social e coordenadora da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento da Inspetoria Salesiana Missionária da Amazônia, nos brinda com uma crítica matéria sobre os desafios sócio-pastorais em relação à família. Vivemos, há décadas, em processos de grandes mudanças sócio-culturais que atingem fortemente a família. Diante de muitos desafios atuais, sobretudo com a investida das ideologias nefastas que destroem os valores e as relações familiares, sente-se a necessidade de se reconstruir e resgatar os valores nas crianças, adolescentes e jovens no seio familiar possibilitando a eles a segurança de um futuro saudável; para isso, é preciso a constante promoção da formação social e espiritual da família. A terceira matéria é do Pe. João Benedito da Cunha Alves - SDB, e nos estimula a aprofundar o sentido e necessidade da avaliação. É comum no fim do ano sempre fazermos a experiência de alguma avaliação das nossas responsabilidades. Mas a avaliação não deve ser vista como mera atividade de fim de ano! Avaliar é um ato que faz parte do processo de gestão a ser experimentada constantemente; não é um “juízo universal”, fatal, final, mas uma atividade integrante de um processo de construção coletiva. A postura reflexiva do desenvolvimento das nossas atividades é uma importante atitude avaliativa. Nesse aspecto Jesus, com sua postura crítica é uma referência para todos nós! Desejo a todos um sereno fim de ano, um Feliz Natal e que o ano vindouro seja rico de muitas bênçãos. Boas festas! Manaus (AM), Brasil, 01 de Novembro de 2016.
O TAPIRI nº 176 - EDITORIAL
O
TAPIRI é uma publicação bimestral e gratuita da Inspetoria São Domingos Sávio, iniciada em janeiro de 1989, dirigida aos Salesianos de Dom Bosco, membros da Família Salesiana e aos colaboradores leigos e educadores; tem como objetivo ser um instrumento de reflexão sobre temas diversos alinhados à ação pastoral do carisma salesiano. O TAPIRI reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do instrumento pastoral, sendo de total responsabilidade de seus autores.
SUMÁRIO Natal em Perspectiva Missionária
PG. 05
“A família: um desafio sociopastoral... Pistas para intervenções” PG. 10 Avaliar é preciso: mas com qual olhar? Aconteceu PG. 19
PG. 15
O TAPIRI nº 176 - Página 5
NATAL EM PERSPECTIVA MISSIONÁRIA Crédito: Justino Rezende, 2016
Pe. Justino Sarmento Rezende, sdb INTRODUÇÃO Todos os anos quando vai se aproximando o final do ano civil, caminhamos rumo à grande festa do nascimento do Filho de Deus, Jesus. Desde que eu nasci na aldeia Onça-Igarapé, no distrito de Pari-Cachoeira, município de São Gabriel da Cachoeira, lembro-me dessa grande festa. O tema Natal em perspectiva missionária me traz à memória o entusiasmo que os antigos missionários salesianos demonstravam em nossa terra de Pari-Cachoeira. No início do mês de dezembro as lideranças já comunicavam aos moradores da aldeia que pelo dia 15 de dezembro iniciariam a novena de Natal em Pari-Cachoeira. Ouvindo isso, os moradores preparavam farinha para levarem para a festa do Natal e troca-
rem com outros povos os materiais que outras famílias traziam: frutas, farinha, caça, peixe, etc. Os missionários salesianos daquela época faziam coincidir entre o período de 16 a 24 de dezembro com o curso de catequistas. Por isso, todos os participantes do curso já participavam da novena do Natal e cantavam a novena. Pouco a pouco os paroquianos de todas as comunidades chegavam alegres, tendo viajado vários dias remando o rio Tiquié, descendo e subindo. Mas de nada reclamavam, pois estavam numa grande festa. Os zelosos missionários acolhiam a todos os povos, conversavam nos pórticos, achavam graça. Proporcionavam um dia de retiro preparatório para a festa do Santo Natal. Os fiéis indígenas
O TAPIRI nº 176 - Página 6
de todas as idades aproveitavam para celebrarem a reconciliação e comungarem satisfeitos. Para completar o clima de festa os salesianos ofereciam um café após a missa da noite e programavam esportes para todas as categorias. Terminadas as festas todos voltavam felizes para suas comunidades. Quando eu escrevo sobre esse tema me vem essas lembranças de povos animados, piedosos, missionários zelosos e criativos. Todos ficavam alegres, pois encontravam-se com os irmãos de fé de muitas comunidades e com o Salvador nascido, Jesus. JESUS GENTE COMO NÓS Quando eu trato do Natal em perspectiva missionária provoca-me a acreditar na grande viagem de Deus para se tornar um Homem. A Teologia da Inculturação nos lembra desse grande evento histórico da Encarnação do Verbo de Deus, ou seja, Natal, Nascimento de Jesus como menino dentro de nossa humanidade. Em outras palavras significa dizer que Jesus é o grande Missionário que veio habitar em meio à humanidade trazendo
Crédito: Google Imagens
consigo a Boa Nova do Pai. O Amor que Ele tem por cada um de nós. Além do mais Jesus mesmo é a Boa Nova, Notícia de Alegria, Esperança e Paz. Quão grande evento é o Natal! Deus na sua imensa Sabedoria e Simplicidade torna-se um de nós. O Criador assume a identidade de sua própria criatura. Assumir a identidade de um ser humano, nascer num lugar muito simples em meio a pessoas bem simples. Nascer criança, quando não poderia ter submetido a essa condição é admirável. Nosso Salvador quis nascer de mulher, ser cuidado e educado pela família humana, aprender valores humanos, a língua de um povo, etc. O nosso Deus Salvador quis ser cuidado e amado por pessoas humanas. Assim como nós somos seres humanos, ele é único, original, diferente. Cada um nasceu numa família diferente e Jesus também. Somos pessoas com identidades e diferenças próprias: culturas diferentes, tradições, costumes, crenças, medos, qualidades, artes, línguas específicas. Jesus também participa dessa riqueza cultural. Ao tratar da vida missionária eu entendo das nossas próprias identidades e da identidade de Jesus. Se Jesus não tivesse nascido nossa compreensão e vivência da missionariedade não existiria. Se hoje sou cristão, religioso, sacerdote e missionário não é por eu pertencer ao meu povo Tuyuka, mas é devido ao conhecimento e a pertença à grande família cristã. Com toda cultura a vida missionária é construção de nossas histórias. Como nosso Salvador nós aprendemos e ensinamos os conhecimentos, saberes, técnicas de trabalhos, etc. Aprendemos a cultivar
O TAPIRI nº 176 - Página 7
atitudes de respeito à diversidade das culturas, das línguas, dos costumes, das crenças, etc. Precisamos estar com a mente e coração abertos para interagirmos com os diferentes. NATAL E NOSSA MISSÃO Eu me tornei cristão desde criança. Fui descobrindo e vivendo a minha identidade cristã em casa, com os nossos pais, familiares e a comunidade cristã. Aprendi muitos conhecimentos da vida da Igreja participando das celebrações, catequese, grupos de adolescentes, juvenis e associacionismo em geral na vida de internato. Foi lá que ouvi a voz de Deus falando no fundo do meu coração: Vem comigo! Gradualmente assumi responsabilidade na comunidade. Hoje tenho trinta e dois anos de vida religiosa consagrada, por isso, muitos conhecimentos iniciais da vida cristã foram desconstruídos, reconstruídos, ressignificados. O tema Natal em perspectiva missionária aponta para uma vocação e missão. Todos os cristãos são missionários. Eu também tenho experimentado a minha vida missionária em muitos lugares e com diferentes povos. De início vem logo em minha vida missionária a necessidade de nascer noutra cultura em meio a diferentes povos. Essa experiência de nascer de novo é chamada de enculturação. Tal experiência é dolorosa, pois quando somos enviados em missão já somos formados em nossas atitudes humanas, religiosas e acadêmicas. Ser missionário numa nova cultura significa aprender novos saberes e novas línguas. Não é fácil para ninguém. Por isso, exige a ati-
tude de fazer morrer em nós as nossas próprias atitudes, nossas sabedorias, conceitos e preconceitos. É cultivar a humildade e simplicidade. Deixar morrer em nós a arrogância de quem quer chegar para ensinar, desconhecendo todos os conhecimentos sobre a vida que os povos já foram construindo durante a vida. Ser missionário é estar preparado e disponível para sermos enviados em Missão quando e para onde precisarem, discursivamente é fácil. Não é fácil quando temos que ultrapassar nossos próprios gostos, apego a lugares, projetos, afinidades, etc. Como o Pai apostou em seu Filho Jesus para uma missão, nossos superiores com seus conselhos apostam em nós, em nossas capacidades e qualidades para nos enviar em Missão. Algumas vezes somos enviados para lugares que sempre sonhamos em trabalhar. Ficamos alegres, entusiasmados, divulgamos para todos. Atualmente temos meios de comunicação que facilitam isso. Cada um deve buscar viver com muita intensidade, dedicação e entusiasmo tal missão.
Crédito: Justino Rezende, 2016
Outras vezes as nossas destinações são para lugares mais difíceis. É aqui que a nossa pobre humildade não consegue aceitar de bom grado o convite para assumir uma Missão. Surgem diversas estratégias para não obedecer. Colocamos dificuldades em aceitar, escrevemos motivações para não irmos, problemas de saúde e até mesmo dizemos: “eu estou muito bem aqui, como é que vão me tirar agora?”. Como será que o Filho de Deus recebeu sua Missão, de tornar-se um homem como suas criaturas? Para nós, também, se não estivermos numa atitude de abertura, humildade, disponibilidade a nossa vida missionária torna-se pesada, complicada, perdemos o sentido da nossa vocação. Precisamos colocar nas mãos de Deus, entregar a nossa vida e vontade aos cuidados d´Ele. Contando uma experiência muito pessoal. Até o ano de 2009 eu não desejei trabalhar com o povo Yanomami. Eu faço parte da Inspetoria Salesiana Missionária da Amazônia. Sou indígena salesiano padre. Eu já havia trabalhado muito tempo com o povo indígena da família linguística tukano. Também trabalhei com os povos da cidade. Os meus superiores pediram que eu estudasse Missiologia e Mestrado em Educação Indígena. No final do ano de 2009 o meu superior da época me disse: Pe. Justino, eu vou precisar de sua presença em meio ao povo Yanomami. Gostei da surpresa e logo espalhei para os meus irmãos salesianos. Muitos deles questionaram: Por quê? Estudou tanto para se “acabar” no mato? O que vai fazer lá? Diante dessas perguntas o meu entusiasmo e animação entraram em crise. Comecei a pensar
comigo mesmo: eles têm razão! O que vou fazer lá? A minha racionalidade estava aí para justificar para continuar e não continuar lá. Eu meditava, rezava e refletia. Foi através da oração que eu cheguei à conclusão, de dizer para mim mesmo: se eu estudei tanto é para ajudar quem mais necessita; a Missão é complicada e precisa de pessoa preparada. Somente depois dessa aceitação pessoal fiquei tranquilo e continuei até os dias de hoje. NATAL E INCULTURAÇÃO Nós religiosos somos filhos de grandes missionários, herdeiros de carismas vividos por nossos fundadores sob a inspiração do Espírito Santo. Os nossos fundadores viveram dentro de seus tempos, suas histórias, seus desafios históricos. Não foi fácil para eles. Nem por isso eles desistiram. Cada um deles deixou grande família religiosa. Hoje somos nós que estamos dando vida aos carismas, de forma diferente, em lugares diferentes e com povos diferentes. Nós buscamos viver o carisma de nosso fundador. Em muitas congregações fala-se de Inculturação do carisma. Para esse trabalho profundo devemos estar imbuídos da espiritualidade de nosso fundador que conseguiu viver em profundidade a Missão de Jesus. O Espírito Santo é muito livre para nos levar para lugares diferentes onde devemos anunciar a Boa Nova de Jesus. Certa vez, com os povos indígenas do distrito de Iauareté realizamos um grande trabalho de estudar sobre como Deus se revela a nós povos indígenas. Estudando isso, nós chegamos
O TAPIRI nº 176 - Página 9
à conclusão de que muitos valores da Boa Nova de Jesus já estavam presentes em meio aos povos indígenas da nossa região. Assim colocamos o título de nosso trabalho: A Boa Nova das Culturas Indígenas acolhe a Boa Nova de Jesus. O Nascimento de Deus acontece em cada cultura. Cada povo assume os valores divinos e coloca em prática na sua história. O Deus Encarnado vem cuidar, regar, fazer frutificar a Semente da Boa Nova de Deus. Ainda mais, Ele vem nos ensinar a partilhar a Vida, a Esperança e a Paz. Natal em perspectiva missionária mostra-me que a vida missionária é morrer e nascer a cada dia, é natal,
paixão, morte e ressurreição ao mesmo tempo. Nos últimos dias de minha vida missionária em meio ao povo Yanomami me senti em diversos momentos como salvador daquele povo. Busquei cultivar a humildade para vivenciar os valores de sua cultura. Outras vezes senti desânimo, solidão e abandono. Outras vezes me senti ameaçado, perseguido. Muitas vezes me senti acolhido e amado. Outras vezes também fui odiado. Eu sei que eu tenho uma missão permanente que recebi pelo batismo e profissão religiosa: anunciar entre os povos a mensagem de Jesus e praticar o que Jesus ensinou.
Crédito: Justino Rezende, 2016
O TAPIRI nº 176 - Página 10
“A FAMÍLIA: UM DESAFIO SOCIOPASTORAL... PISTAS PARA INTERVENÇÕES” Crédito: Google Imagens
Ângela de Almeida INTRODUÇÃO Nas últimas décadas a sociedade vem experimentando várias mudanças no que diz respeito ao contexto social, político e pastoral, com influência direta na vida das pessoas e ao conjunto dessas mudanças foi dado o nome de globalização. Sob o aspecto positivo pode-se dizer que foram rompidas as “muralhas” do mundo, a proximidade de todos os povos e nações ficou a distância de um “click”, no entanto, esse fenômeno trouxe grandes transformações para dentro dos lares: desconstruiu conceitos, mudou opiniões, comportamentos e posturas no mundo inteiro. A sociedade hoje vive o mundo do consumo, criando vários conceitos oriundos do próprio consumo, como
por exemplo, o culto ao individualismo, o hedonismo, o apelo estético e a necessidade do “ter”. Nesse contexto as famílias têm cada vez mais dificuldade para educar, evangelizar e ensinar os valores universais aos seus filhos. E em nome dessas mudanças conceitos foram criados, adotados outros caíram por terra deixando pais e filhos sem referencial e sem parâmetro de comparação. Tudo é pra ontem, a impressão que temos hoje é que as coisas já acontecem atrasadas. O transcendente não foge a esses conceitos, as famílias hoje, tem dificuldade em construir valores de solidariedade e fraternidade juntos aos seus componentes, a frivolidade mundial faz com que valores universais se tornem efêmeros e o que se conhecia como certo passou a ser errado.
O TAPIRI nº 176 - Página 11
A necessidade de reconstruir e resgatar os valores nas crianças, adolescentes e jovens é prioritário para seu próprio futuro. A formação de uma sociedade mais justa e igualitária depende da leitura que se faz a respeito do ato de consumir e acaba se tornando condição para um futuro melhor sem os absurdos que presenciamos hoje. Nessa nova ordem do “ter”, ditada pela sociedade de consumo (Bauman;1999, p.89), as famílias acabaram, porque ambos, pai e mãe, em busca de meios para prover a nova ordem: o consumo, precisam ir para o mercado de trabalho. Tem que auferir lucros para tornar-se socialmente aceitos. Com isso a criança, o adolescente e o jovem perderam seu referencial dentro de casa e para compensar essa perda os pais cada vez mais enchem os filhos de “presentes” para compensar sua ausência. Os pais e/ou responsáveis se tornaram reféns de crianças e jovens, não sabem como agir e muitos até partem para violência física ou emocional, outros delegam seu pátrio poder a terceiros por não saber o que fazer. Para a escola ficou a função da educação na sua totalidade, cada vez mais, as
crianças entram na escola mais cedo, para serem não escolarizadas, mas educadas por ela, que acaba assumindo a responsabilidade da educação doméstica também da criança. Os pais e/ou responsáveis, por desconhecerem seus filhos, acabam por não construir nenhum laço de afeto com suas crianças, que crescem órfãos de pais vivos. Acabam sendo educadas por suas babás, quando as tem, ou mesmo, pela vida que aprendem nas ruas, sem orientação, valores ou qualquer outra referência que possa fazer delas um sujeito de direito; honesto, fraterno, que sabe e cumpre seus deveres para com sua família e a sociedade ou na fala de Dom Bosco, “Bons cristãos e honestos cidadãos”. A família deveria torna-se referencial para a criança a partir do seu nascimento, constituindo-se como primeiro grupo social ao qual a criança pertence e é pelo convívio que ela vai desenvolver padrões de espiritualidade e socialização, o que chamamos de educação doméstica. Eles, os pais são responsáveis por transmitir para suas crianças os códigos sociais, por isso sua participação ativa se faz prioritária. No
Crédito: Google Imagens.
O TAPIRI nº 176 - Página 12
interior desse grupo a criança aprende conhecimentos básicos de sobrevivência, desde andar até como deve se comportar diante da comunidade a que pertence. No mundo animal, os filhotes aprendem com suas mães como devem caçar, desenvolvem suas potencialidades imitando os pais e aprendem a sobreviver observando-os. Os filhotes do homem também aprendem pela observação e desenvolvem suas habilidades a partir dela. Mas, como nos dias atuais aprender ou apreender se literalmente são “abandonados”? Vários são os fatores que contribuem para esse abandono, mesmo que inconsciente, pois os pais não querem abandonar seus filhos, querem “dar o melhor a eles”, esse é o discurso de todos, e sabemos que de fato é verídico. Silva (2005-p.53) diz que: Na família também se concretiza o exercício dos direitos da criança e do adolescente, que estão embasados no direito aos cuidados essenciais para possibilitar seu crescimento e desenvolvimento físico, psíquico e social.
Observa-se que os pais encontram-se ansiosos, sem um norte para a educação de seus filhos. No passado foram frutos de uma educação “castradora” e não querem repetir com seus filhos a mesma situação, e por não saber como agir, com medo de falhar, muitos delegam a escola ou a outros a educação de seus filhos. Segundo Silva (2008-p. 1): A escola tem o dever de ensinar em parceria com a comunidade para a cidadania e tornar o indivíduo um sujeito de direitos e deveres para fazer parte dessa imensa sociedade favorecendo sua socialização e espiritualização. Ela complementa e apóia os pais na educação de crianças, adolescentes e jovens. As famílias devem ser estimuladas e chamadas a participar da vida social e espiritual de seus filhos, num esforço conjunto com a escola para a formação social, espiritual e política com a finalidade de construir uma sociedade mais justa e igualitária para o futuro.
Em virtude de todo esse contexto qual seria o caminho para resgatar os valores e responsabilizar a família de seu papel? Nessa perspectiva Paro (1997-p. 30) salienta que: A escola por sua maior aproximação às famílias constitui-se em instituição social importante na busca de mecanismos que favoreça um trabalho avançado em favor de uma atuação que mobilize os integrantes tanto da escola, quanto da família, em direção a uma maior capacidade de dar respostas aos desafios que impõe a essa sociedade.
Portanto, o papel de formação social e espiritual, nesse contexto, tem Crédito: Google Imagens
O TAPIRI nº 176 - Página 13
importância essencial, pois ela irá incentivar, através de acompanhamento, orientação e o desenvolvimento de atividades e ações que estimulem a ressignificação, no cerne, das relações familiares. Uma forma interessante na busca de alternativas para enfrentamento do cenário atual seria a proposta do projeto abaixo: O objetivo Geral: A Família na Era da Globalização: identificar dificuldades no relacionamento de pais e filhos associadas a esse fenômeno. Os objetivos específicos são: Capacitar pais e/ou responsáveis em temas relacionados ao conhecimento da realidade juvenil; Fortalecer os vínculos familiares, buscando uma espiritualidade vivenciada no cotidiano; Desenvolver nos pais e/ou responsáveis a capacidade de enfrentar situações de conflito; Explicar para pais e filhos o fenômeno da globalização e sua interferência na família. PROCEDIMENTOS A finalidade desse projeto é orientar pais e/ou responsáveis, por meio de palestras e minicursos, sobre as várias realidades juvenis. Capacitá-los para o enfrentamento de situações ou conflitos que surgem nas relações entre pais e filhos, que tenham como fator complicador a globalização. Para isso é necessário realizar encontros entre crianças, adolescentes e jovens, com pais e/ou responsáveis, todos juntos, respeitando a faixa etária e os níveis de ensino. Nesses grupos focais será estimulada a partilha de experiência de cada integrante para que seja feita a orientação ao grupo.
A realização de oficinas, mostra de filmes e peças teatrais, auxilia no reconhecimento de situações vivenciadas pelo grupo, estimulando e enriquecendo a partilha dos grupos focais. A criação de um blog para discussões e depoimentos é uma forma de oportunizar respostas no momento que surjam as dúvidas e questionamentos. Também é uma ferramenta para os mais tímidos usarem e fazerem seu depoimento, bem como seus questionamentos. Possibilitar cursos que auxiliem a família uma maior aproximação do mundo globalizado de seus filhos possibilitando de forma positiva o uso da internet e a interação pais e filhos nas novas tecnologias, fomentando o diálogo entre os mesmos. Os pais precisam conhecer e partilhar com seus filhos a boa comunicação virtual, o que de fato pode contribuir com o desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens. Assim como esclarecer os perigos de alguns sites e práticas do mundo virtual que podem interferir de forma negativa nesse desenvolvimento. Esses cursos serão realizados no modelo EAD, para estimular o uso pe-
Crédito: Google Imagens
O TAPIRI nº 176 - Página 14
los pais e/ou responsáveis, bem como para otimizar seu tempo de dedicação ao estudo. RESULTADOS ESPERADOS Capacitar pais e/ou responsáveis em temas que os façam refletir e entender o que representa o mundo globalizado para seus filhos e como eles interferem nas relações pessoais de pais e filhos e buscar um entendimento lógico sobre o que é a realidade juvenil nos dias atuais, bem como orientar os pais na necessidade de um embasamento espiritual que contribua para os vários tipos de enfrentamento de situações que possam surgir a partir das várias fases de vida da criança, do adolescente e do jovem em contato com esse mundo globalizado. A finalidade dessa intervenção visa reduzir casos de todos os tipos de violência, contribuindo dessa forma com o desenvolvimento espiritual, social e o fortalecimento de laços afetivos entre famílias que refletirá no relacionamento com todo o meio onde vivam, tornando-se multiplicadores de uma vida mais saudável do ponto de vista emocional, carismático e social. A complexidade no entendimento dos fenômenos advindos da globalização faz com que pais e/ou responsáveis desconheçam a realidade da criança, do adolescente e do jovem na atualidade. A pressa desenfreada pela acumulação financeira, na era do “ter”, torna pais e filhos sujeitos distantes e acaba por contribuir com uma pseudo-independência geradora de desentendimentos e conflitos. Os pais na corrida desenfreada para “comprar” a felicida-
de de seus filhos esquecem que o diálogo, o carinho, o importar-se com seus filhos representa um legado maior do que qualquer bem material. Os cursos EAD, as palestras, os encontros focais fazem parte de uma estratégia de reconciliação entre pais e filhos. São momentos de reflexão conjunta, amadurecimento e respeito mútuo. Conseguir compreender o tempo de cada um representa entender a evolução da vida e as reais necessidades do ser humano. Vivemos hoje inebriados pelo brilho do consumo, do hedonismo e do individualismo, e por eles deixamos nosso transcendente, nossos sentimentos e valores num segundo plano, provavelmente, onde jamais poderemos encontrá-los de novo. Com isso criamos e alimentamos uma sociedade desprovida de sentimentos, de espiritualidade, de valores onde o importante é ser o melhor, é chegar na frente. E para isso tendo que chegar ao topo sob qualquer condição, porque no mundo atual só vence quem for o melhor. É com esse tipo de orientação que crianças, adolescentes e jovens estão crescendo, para ser destaque, uma figura representativa do sucesso. O resultado esperado desse projeto é conscientizar pai, mãe e/ou responsáveis sobre a importância de educar um novo ser. A importância da espiritualidade e dos valores na vida de uma criança e o quanto essa geração atual precisa se sentir amado; bens materiais, mesmo com todo apelo do consumo não conseguem suprir a necessidade de afeto e do diálogo. A criança, o adolescente e o jovem precisam sentir que são amados e queridos por seus responsáveis.
O TAPIRI nº 176 - Página 15
AVALIAR É PRECISO: MAS COM QUAL OLHAR? Crédito: Google Imagens
Pe. João Benedito da Cunha Alves – Diretor da Casa Inspetorial, Pároco-Reitor do Santuário Arquidiocesano São José e Professor da FSDB Para início de conversa, é necessário situar o ato de avaliar, seu ponto de partida, motivações, alcances e finalidades. Se “avaliar é preciso” é porque constitui parte de um processo que se desencadeou, que está em andamento e precisa continuar. O ato de avaliar, segundo o dicionário Aurélio, implica em determinar o valor de algo, compreender, apreciar, prezar, reputar-se e conhecer o seu valor. Levando em consideração os referidos significados é possível afirmar que avaliar, etimologicamente falando, é um ato propositivo, isto é, avaliamos uma determinada ação ou instituição a partir de compreensão que temos da mesma, evidenciamos seus valores, julgamos sua vali-
dade e continuidade com base nos princípios que a regem ou orientam sua finalidade de existir. O filósofo grego Sócrates, exortava seus discípulos ao autoconhecimento; por isso, transformou uma frase inscrita no templo de Apolo em uma recomendação básica: “Conhece-te a ti mesmo”. Seu modo de acionar esse processo se dava mediante diálogos críticos, divididos em dois momentos básicos: a ironia, que leva o interlocutor a confessar suas próprias contradições e ignorância; e a maiêutica a qual ajuda o interlocutor a conceber suas próprias ideias. Talvez, essa metodologia socrática tenha algo a nos ensinar, isto é, que o ponto de partida para avaliar
O TAPIRI nº 176 - Página 16
deva partir de nós mesmos; porém, devemos evitar o equívoco de autoanalisar-se e avaliar como se não pertencêssemos ao que estamos avaliando. Outro aspecto do pensamento do autor acima citado consiste na arte de dialogar para buscar a verdade. Um processo de avaliação nunca deve ser encarado com um “juízo universal”, mas como um processo de construção coletiva em busca da verdade dos fatos. A verdade, nesse caso, nem sempre será uma afirmação gratificante, pode ser um processo doloroso; porém, ter coragem de expor as contradições e ignorâncias é parte integrante da verdade, pois aciona a busca de caminhos de superação. Outra pessoa de referencia para nós, é Jesus de Nazaré, o Cristo de Deus. Embora não tenha escrito nada sobre avaliação, é possível, observando duas parábolas, extrair alguns elementos importantes quando a questão é avaliar e decidir. Trata-se do texto que se encontra no Evangelho de Lucas (14, 25-35), o qual genuinamente aborda as con-
dições para o seguimento de Jesus. Para que seus ouvintes pudessem tomar conhecimento e tivessem plena consciência das exigências para o seguimento, Jesus introduz o par de parábolas (Lc 14, 28-32), a do construtor e do rei em guerra. De fato, se alguém de vocês quer construir uma torre, será que não vai primeiro sentar-se e calcular os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, lançará o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso, começarão a caçoar, dizendo: ‘Esse homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’ Ou ainda: Se um rei pretende sair para guerrear contra outro, será que não vai sentar-se primeiro e examinar bem, se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? Várias atitudes e virtudes podem ser elencadas a partir dessas duas narrações: prudência, sensatez, prevenção, dentre outras. Mas um aspecto que também pode ser agregado e relacionado com o ato de avaliar. A avaliação é algo que deve ser realizado não somente depois Crédito: Google Imagens.
O TAPIRI nº 176 - Página 17 Crédito: Google Imagens.
de realizar algo ou tomar uma decisão, mas sim antes de fazer qualquer empreendimento. Contudo, nem sempre cultivamos esta atitude de avaliar antes, durante e depois; geralmente só avaliamos no final para verificar se deu certo ou não. Como dizia anteriormente, é preciso avaliar partindo de si mesmo e do ambiente onde nos encontramos. Nós, que fazemos parte do vasto movimento iniciado por Dom Bosco para educar e evangelizar os jovens, especialmente os mais pobres, e nos identificamos com o seu projeto apostólico “Da mihi animas, cetera tolle” nos contextualizamos no universo educativo-pastoral a partir do qual avaliamos todas as nossas ações, cujo desfecho final deveria
colaborar na formação de “bons cristãos e honestos cidadãos”. Portanto, arriscando uma possível resposta à segunda parte do enunciado do presente texto, diria que somos convidados a avaliar com olhar educativo pastoral salesiano. Com relação ao critério, aposto no sistema preventivo de Dom Bosco. No capítulo 7º do Quadro Referencial da Pastoral Juvenil Salesiana, encontramos esse critério permeando nossas atividades e obras. Ali cada um encontra elementos que podem servir como critérios a serem agregados aos que vamos construindo ao longo da nossa experiência de avaliação, tanto nossa conduta de educadores dos jovens, quanto nossas atividades educativo-pastorais.
O TAPIRI nยบ 176 - Pรกgina 18
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
JOVENS SALESIANOS PARTICIPAM DE EXPERIÊNCIA MISSIONÁRIA
Jovens Salesianos que participaram da experiência em Cacau Pirêra.
Coroinhas antes da Celebração Eucarística.
Nos dias 13 e 14 de novembro, a juventude Missionária Salesiana composta por jovens de todas as casas salesianas da Inspetoria Laura Vicuña, Inspetoria Santa Teresinha e Inspetoria São Domingos Sávio, realizaram a Experiência Missionária em algumas comunidades do Distrito de Cacau Pirêra situado a 2 quilômetros de Manaus. Motivados pelo tema da Campanha Missionária deste ano “Cuidar da Casa Comum é nossa Missão”, cerca de 40
jovens foram divididos em grupos: visitaram famílias, celebraram e animaram o oratório com características próprias do carisma salesiano sensibilizando as crianças, jovens e adultos no cuidado da casa comum. Coordenados pelos delegados da Animação Missionária das Inspetorias, os jovens participaram dos momentos formativos refletindo sobre o cuidado da criação que é a Missão de todos.
O TAPIRI nº 176 - Página 20
Crédito: Agenzia Notizie Salesiana - ANS
IV SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE O ACOMPANHAMENTO ESPIRITUAL DOS JOVENS
Delegados religiosos e leigos para a Pastoral Juvenil, dos cinco continentes, reunidos em Roma.
Num mundo cada vez mais marcado pelo materialismo, subjetivismo, ativismo (corre-corre), fragmentação e dispersão, os jovens sentem uma profunda sede de oração e acompanhamento espiritual. É uma grande necessidade existencial cada vez mais sentida na cultura contemporânea. Por isso, de 16 a 20 de novembro, aconteceu em Roma (Itália) o IV Seminário de Estudo sobre Acompanhamento Espiritual em perspectiva salesiana. O evento de estudo e partilha de experiências tem como foco o processo de acompanhamento da vida de oração dos jovens. O evento está sendo promovido pelo Setor da Pastoral Juvenil da Congregação Salesiana que, nestes últimos anos, tem articulado outros eventos
em relação aos desafios atuais da Pastoral Juvenil. Participam desse evento 70 (setenta) religiosos (SDB) e leigos representantes de Inspetorias de diversas nações dos cinco continentes sendo assessorado por colaboradores de nações diferentes. O Brasil Salesiano está sendo representado por sete religiosos e um leigo provenientes das várias Inspetorias brasileiras. O referido evento tratando do tema “Acompanhamento Espiritual”, com enfoque sobre a vida de oração, aborda também diversos subtemas reveladores da amplitude da questão: importância do serviço do acompanhamento espiritual para o carisma salesiano, a experiência pedagógico-pastoral de Dom Bosco, o perfil ou condições para ser um acompa-
Crédito: Agenzia Notizie Salesiana - ANS
O TAPIRI nº 176 - Página 21
Religiosos reunidos para Celebrar a Eucaristia do IV Seminário.
Crédito: Agenzia Notizie Salesiana - ANS
nhante espiritual, a oração como experiência educativa, o acompanhamento e o discernimento vocacional. Além da riqueza da diversidade de temas e subtemas, a metodologia adotada pela equipe organizadora facilita o aprofundamento e a assimilação dos assuntos expostos. Após cada tema segue um breve tempo de reflexão pessoal seguido de um trabalho em grupo. O presente Seminário, que continua a série de outros que já aconteceram na Europa, tem como objetivos específicos descobrir a importância e o papel educativo da oração nas fontes da espiritualidade salesiana; compartilhar as experiências do processo de acompanhamento da oração com crianças, adolescentes e jovens; e refletir sobre os diversos métodos e modalidades de oração para encontrar aquele que melhor se adapta a cada pessoa empregando o estilo salesiano e a abordagem prática. A partilha de experiências pastorais no campo da oração com os jovens é uma das ricas atividades. Ao todo são 12 (doze) experiências que, ao longo do evento serão apresentadas. O Brasil também foi convidado a partilhar com o mundo salesiano dois casos de “boas práticas” pastorais: a
Inspetoria de São Paulo apresenta um “itinerário de educação à fé dos jovens” e a Inspetoria de Manaus compartilha a experiência de Leitura Orante da Bíblia (Lectio Divina) com os jovens. O evento com suas análises, reflexões e partilha de experiências está reforçando ideias muito importantes para a animação da pastoral Juvenil atual, tais como: dar a atenção ao contexto existencial dos jovens, zelar pela centralidade da pessoa de Jesus Cristo na práxis pastoral, estimular a leitura e a meditação da Sagrada Escritura pelos jovens, dar importância aos processos de crescimento espiritual e amadurecimento humano, cuidar da promoção da vida espiritual, educar para a experiência da reflexão e do silêncio. A necessidade do acompanhamento espiritual dos jovens faz parte do processo de educação à fé, que por sua vez exige a promoção da vida interior. A promoção da mística contribui para a melhoria da qualidade de vida dos jovens. A experiência da mística (enquanto vida Espiritual) é inseparável da vida ética. A primeira gera a segunda! A segunda (a vida ética, correta) revela a profundidade da vida espiritual da pessoal.
Delegados para a Pastoral Juvenil partilham suas experiências.
O TAPIRI nº 176 - Página 22
CONFRATERNIZAÇÃO DO ASPIRINTER E POSTULINTER EM MANAUS Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
A Conferência dos Religiosos do Regional Norte 1, juntamente com os formadores de Aspirantes e Postulantes das diversas congregações do núcleo Manaus, reuniram-se durante feriado da Proclamação da Republica – 15 de novembro, para a confraternização do ano. O encontro aconteceu na praia da Ponta Negra e contou com a animação própria dos Salesianos que entoaram diversas músicas regionais, atraindo a curiosidade dos banhistas. Além de um agradável piquenique, com jogos e mergulhos nas águas escuras do Rio Negro. As atividades duraram toda manhã e encerraram-se com um momento de oração e agradecimentos.
Aspirantes e Postulantes durante convivência fraterna na Praia da Ponta Negra em Manaus.
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
RETIRO COM AS CRIANÇAS E JOVENS DO ORATÓRIO MIGUEL MAGONE ANIMA O FINAL DE SEMANA
Crianças do oratório antes de partirem para o retiro.
“Todos os anos, pela festa de Nossa Senhora do Rosário, Dom Bosco leva aos Becchi seus melhores alunos: uns vinte, nos primeiros anos. Depois o número cresceu, e chegava a uma centena”, descreve Terésio Bosco em seu livro ‘Dom Bosco: Uma Nova Biografia. O mesmo método de educação usado pelo Pai e Mestre da juventude para afasta-los das situações de risco, é um dos pilares da educação salesiana em suas obras pelo mundo e em Manaus não poderia ser diferente.
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
O TAPIRI nº 176 - Página 23
Jovens durante a leitura orante.
Seguindo o contexto da época de Dom Bosco, o Oratório Miguel Magone realizou neste último domingo (13), o passeio com os jovens. O momento reforçou ainda mais os laços de amizade entre animadores e oratorianos, e proporcionou a todos, momentos de espiritualidade salesiana, lazer e convivência fraterna. O sítio Dom Bosco foi o espaço usado pelo oratório, e alegrou os jovens com piscina, campos de futebol, vôlei e atividades propostas. Logo cedo a programação dava início com o momento de oração através da Leitura Orante da Palavra de Deus, que foi conduzida pelo Pré-Noviço Walter Felipe, seguida de café da manhã e lazer.
Os jovens puderam desfrutar de momentos alegres e descontraídos como subir em árvores carregadas de mangas, disputas entre grupos no pula-corda e jogos de tabuleiro, como a dama que chamou a atenção das crianças presentes. Durante o almoço a feijoada foi saboreada pelo grupo que deu prosseguimento as atividades recreativas até o final da tarde. O retiro do oratório Miguel Magone foi realizado com o apoio de benfeitores, animadores, cozinheiras e os vocacionados que reforçam sua caminhada, experimentando concretamente o serviço que é desenvolvido com os jovens.
Oração antes do inicio dos trabalhos.
Momento de recreação.
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Jovens participantes do evento.
O TAPIRI nº 176 - Página 24
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
II ENCONTRO DA IGREJA CATÓLICA NA AMAZÔNIA LEGAL
Coordenadores de pastoral, religiosos, religiosas, leigos e leigas participantes do evento.
Amazônia e sua Igreja são de todo o Brasil, destaca Dom Sergio da Rocha. Coordenadores de pastoral, religiosos, religiosas, leigos e leigas dos seis regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que fazem parte da Amazônia Legal participam até o dia 16, na cidade de Belém (PA), do II Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal. A reunião que começou na segunda-feira (14), teve como proposta discutir a realidade política, social, econômica, cultural e religiosa da região e a contribuição da Igreja Católica para a promoção e defesa da vida dos habitantes e da biodiversidade. A proposta foi fazer uma análise geral de como está sendo desenvolvido o trabalho missionário, atualmente, na região. Além disso, ouvir o depoimento dos bispos e, a partir daí, traçar novas perspectivas e estabelecer novos desafios.
O presidente da Comissão Episcopal Especial para a Amazônia da CNBB, Cardeal Claudio Hummes, disse que o encontro foi uma oportunidade para criar uma unidade ainda maior. “Esses encontros sempre visam fortificar as unidades sem desrespeitar a diversidade da região, é claro”, afirma. 400 ANOS DE EVANGELIZAÇÃO DA AMAZÔNIA O trabalho missionário da Igreja Católica na Amazônia existe há 400 anos, desde a fundação da cidade de Belém. De lá para cá muito já foi feito e outros tantos desafios ainda precisam ser enfrentados. “A igreja sempre esteve presente na história da Amazônia e sempre esteve presente para o acompanhamento do povo na história e para ajudar a iluminar o caminho nessa história”,
O TAPIRI nº 176 - Página 25
afirma o cardeal Hummes. O primeiro encontro ocorreu em Manaus (AM), em 2013 e ao final do encontro foi redigida e divulgada uma carta-compromisso. O bispo emérito do Xingu (PA) e presidente do Comitê Brasileiro da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam), Dom Erwin Kräutler, explicou que ainda tem muito a ser feito na região. “O documento foi uma indicação, com dicas para todas as prelazias e dioceses para implantação e fortificação da Igreja na Amazônia. O que importa é que as igrejas tomem consciência que todos nós temos que caminhar na mesma direção e viver o compromisso na Amazônia”, ressaltou Dom Erwin. Durante o II Encontro também foi dado destaque às experiências pastorais em execução na região, bem como refletiu sobre novas propostas pastorais à luz dos documentos e orientações do Papa Francisco. Nos dias 17 e 18, a reunião prosseguiu com a participação das Igrejas-irmãs, um projeto previsto nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) que atende à necessidade de “forte impulso para a cooperação entre as Igrejas Particulares”, uma vez que são muito grandes as carências em várias regiões do país, ao mesmo tempo que existe uma sensibilidade crescente também para a cooperação missionária
além fronteiras. O arcebispo de Brasília (DF) e presidente da CNBB, Dom Sergio da Rocha, que foi ordenado cardeal no dia 19 de novembro, em recente entrevista à Rádio Vaticano explicou a importância desta parceria, seja para quem envia ajudas, como para quem as recebe. “Creio que este encontro que está sendo programado certamente vai animar ainda mais a comunhão e a corresponsabilidade da Igreja no Brasil com a Igreja que está na Amazônia”.
Credenciamento dos participantes.
Oração de abertura.
AMAZÔNIA E SUA IGREJA SÃO DE TODO O BRASIL
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
“Eu desejei muito que este momento acontecesse, procurei apoiar e incentivar a realização deste evento e é claro que ele é a expressão de que a Amazônia e a sua evangelização não se restringem aos bispos e às Igrejas que se localizam naquela região, mas diz respeito ao conjunto do Brasil, isto é, a Amazônia interpela o conjunto da Igreja no Brasil e diria também da América Latina”, ressaltou Dom Sérgio. São os regionais da CNBB na Amazônia Legal: Norte 1 (norte do Amazonas e Roraima), Norte 2 (Amapá e Pará), Norte 3 (Tocantins e norte de Goiás), Nordeste 5 (Maranhão), Noroeste (Acre, sul do Amazonas e Rondônia) e Oeste 2 (Mato Grosso).
O TAPIRI nº 176 - Página 26
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
V SARAU LITERÁRIO COLÉGIO DOM BOSCO LESTE
Alunos do Ensino Médio do CDB Leste.
Apresentação das alunas do Ensino Fundamental.
O V SARAU LITERÁRIO do Colégio Dom Bosco Leste, em Manaus, aconteceu na noite de sábado, 8 de outubro, com o tema “A arte do meu povo é a riqueza do meu país”. A tradição deste evento cultural envolve a poesia, a dança, a música e o canto, assim como pequenas apresentações teatrais. Por meio deste encontro cultural o colégio tem como objetivo estimular entre os alunos a beleza da arte, enriquecendo a própria pessoa e descobrindo novos talentos. “Sabemos, que cada um tem algum talento e é muito importante descobri-lo e desenvolve-lo” explicou Padre Alberto Rypel, diretor do CDBL.
“Durante as apresentações pode se perceber, quem gosta de tocar, cantar, dançar ou recitar poemas. Em tudo isto é muito importante o envolvimento da equipe pedagógica, dos professores e a presença de alguns profissionais que dão todo um apoio ao evento” disse o diretor.
Professores apresentam as atrações.
Alunos dançam o carimbó.
Todos os anos o Sarau Literário tem um tema diferente, o que faz com que os alunos possam aprender brincando a história, a geografia, o português, a literatura, a arte e a cultura.
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
“A descoberta de riqueza das palavras, capacidade de trabalho pessoal e em conjunto, aprofundamento da sua própria imaginação, como também esforço de alcançar os novos ideais” finaliza Padre Rypel.
O TAPIRI nº 176 - Página 27
A LIGA DE FUTEBOL SOCIETY DOS EX-ALUNOS DO COLÉGIO DOM BOSCO HOMENAGEIA EX-DIRETOR Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Reencontro de ex-alunos do CDB de Manaus.
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
A “I Liga Master CDB João Carlos Isoardi de Futebol Society” nasceu depois que um grupo de ex-alunos do Colégio Dom Bosco, em Manaus, sentiu a necessidade de manter contato frequente com amigos de infância, que através do esporte iniciaram a amizade no pátio do colégio. O reencontro desses ex-alunos deu-se durante o I Jogos Olímpicos Bosconianos dos Ex-alunos, o I JOBEx que aconteceu em 2015 no Colégio Dom Bosco, que foi Coordenado pelo então diretor, Pe. Gennaro Tesauro e pelos ex-alunos Mauricio Cordeiro e os irmãos Ali e Ahmed Assi e reuniu cerca de 1500 ex-alunos de 18 a 65 anos. Para um dos coordenadores da Liga, Paulo Mota Junior a homenagem ao ex-diretor do CDB Padre João Carlos Isoardi foi muito importante “Resolvemos homenagear o Padre João Carlos
Isoardi porque além de ter sido, na nossa opinião, o melhor diretor do colégio, foi ele quem nos ensinou e mostrou que a amizade é para sempre, e que através do esporte, mesmo sem deixar o lado competitivo em campo, ele nos mostra que a amizade, a união e a harmonia podem ser possíveis na hora da competição. Então, a justa homenagem é em reconhecimento a tudo o que ele nos ensinou na época de colégio e que trazemos até hoje”. Os ex-alunos que desejarem participar da Liga de Futebol Society precisam passar um whatsapp para o Paulo Mota Junior (92) 99116-0087 para conhecer as regras da liga e combinar de as terças-feiras se reunirem com uma turma que traz consigo a alegria própria de um ex-aluno salesiano.
Ex-alunos da turma de 89.
O TAPIRI nº 176 - Página 28
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
A PASTORAL JUVENIL SALESIANA (PJS)
Jovens do Pará reunidos em encontro da AJS.
Na concepção da Congregação Salesiana (dos Salesianos de Dom Bosco) o conceito de “Pastoral Juvenil” não significa “pastoral da juventude” e nem “trabalho com os jovens”. A PJS é uma expressão que sintetiza a totalidade do dinamismo da Missão Salesiana nos seus mais variados aspectos.
Reunião de jovens para debaterem a pastoral juvenil salesiana.
Tudo o que fazemos em nossas obras salesianas (Oratórios, Centros juvenis, Escolas, Obras sociais, Paróquias, Universidades, Comunidades...) é pastoral! O “pastoral” vai muito além do “religioso” e do “litúrgico” e abraça a totalidade da vida de uma casa salesiana com seus educandos, colaboradores e parceiros. O “pastoral” abraça o existencial na sua totalidade... Foi isso que Jesus Cristo fez! A visão fragmentada da pastoral é um sério problema e causa grandes perdas para comunidades, paróquias, escolas católicas...! A pastoral não deveria ser reduzida a um evento pontual! É preciso aprofundarmos o sentido da visão da totalidade dos aspectos da Vida Pastoral... Assim a Pastoral Juvenil Salesiana tem uma profunda sensibilidade holística, integral, pluridimensional!
O TAPIRI nº 176 - Página 29
FSDB PARTICIPA DA FESTA DE SÃO FRANCISCO NA FAZENDA ESPERANÇA Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Ex-alunos da FSDB e Seminaristas visitam a fazenda esperança.
amor através da música “Carta de Roma” que junto com outras apresentações musicais animaram e interagiram com o público. Além dos Salesianos, outras Paróquias, Movimentos, Comunidades e grupos participaram do domingo festivo que foi encerrado com a Santa Missa presidida por Dom Sérgio Castriani – Arcebispo Metropolitano de Manaus, Dom Mário Pasqualotto e demais sacerdotes presentes.
Animação do encontro foi realizada pelos seminaristas do CESAF.
Ex-alunos da Faculdade Salesiana.
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Pelo sétimo ano consecutivo, a Faculdade Salesiana Dom Bosco participou da Festa de São Francisco de Assis no dia 25 (domingo) na Fazenda da Esperança. A Festa de São Francisco ocorre todos os anos no último domingo do mês de setembro, pois, geralmente, o mês de outubro dedicado ao Santo é o mês que acontecem as eleições. Neste ano o grupo da pastoral apresentou um drama “Dos males da sociedade de hoje e a busca pelo
O TAPIRI nº 176 - Página 30
Crédito: Google Imagens
FACULDADE SALESIANA DOM BOSCO REALIZA SIMPÓSIO DE FILOSOFIA SOBRE O ISLAMISMO
Celebração islâmica.
A Faculdade Salesiana Dom Bosco, realizou dia 21 de outubro, o Simpósio de Filosofia das Religiões: Islamismo, o Radicalismo Religioso e a sua Relação com a Violência”. O evento tratou de um tema de grande relevância na atualidade, haja vista os graves fatos de violência provocados por grupos extremistas islâmicos abalando o mundo, que levam a consequências graves como o medo do Islamismo, o preconceito, a desconfiança, a intolerância, a xenofobia, etc. A diretora executiva da Faculdade Salesiana Dom Bosco, professora Meire Botelho, enfatizou na abertura que a FSDB não tem preconceito com nenhuma religião “Somos [a FSDB] uma Instituição Cristã, Católica, Salesiana, que tem um carisma e uma confissão religiosa própria, mas desde a sua inauguração está aberta a todas as denominações religiosas” e continuou explicando sobre a religião “A Faculdade prioriza em suas práticas, o discurso intercultural religioso e o respeito a todas as manifestações religiosas e que, espera-se, como nos pede o Papa Francisco que jun-
tos possamos não somente refletir, mas nos unir na promoção da Paz”. Ao finalizar seu discurso a diretora finalizou dizendo “Que almeja-se, com o simpósio, dentre outros objetivos, compreender o significado do Islamismo e favorecer a reflexão crítica sobre a pluralidade religiosa, assim, com essa compreensão, que possamos juntos ajudar a promover a paz e a justiça social”. O simpósio favoreceu ao diálogo e a reflexão sobre a convivência com pessoas adeptas da religião islâmica em nosso meio, sobre a necessidade da educação para o respeito à diversidade de credos, para a tolerância e a paz. “Somente a reflexão e a socialização do conhecimento pode ajudar afugentar o medo e o preconceito contra o Islamismo que tem levado muita gente a vinculá-lo ao terrorismo” explicou Padre Antonio de Assis Ribeiro, o Padre Bira, Vice-inspetor da Inspetoria Salesiana Missionária da Amazônia (ISMA). A perspectiva do debate não foi de caráter teológico, mas sobretudo, ético e filosófico que teve como primeira fonte de análise desse fenômeno, a razão. “Tudo o que é irracional, não é ético e nem religioso” disse Padre Bira. O encontro contou com a participação de acadêmicos dos cursos de graduação e pós-graduação, professores de ensino religioso da rede pública e privada, religiosos de comunidades católicas e representantes de lideranças religiosas presentes em Manaus.
O TAPIRI nº 176 - Página 31
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
SALESIANOS BATIZAM JOVENS YANOMAMI DAS MISSÕES DE MARAUIÁ
Padre Justino batiza os Yanomami.
Jovem Yanomami com seus padrinhos na hora do batismo.
Padre Justino junto ao grupo de Yanomami batizados.
Em 2015 Dom Edson Damian, Bispo de São Gabriel da Cachoeira realizou alguns batizados, após insistentes pedidos dos jovens e lideranças dos xaponos (comunidades) Komixiwë e Tabuleiro, onde os salesianos atuam no alto Rio Negro. Um evento que acontece após cinquenta anos de presença salesiana na Missão de Marauiá. Este ano os Padres Justino Sarmento e Lázaro Santos, sem abandonarem as tradições do povo Yanomami, batizaram cerca de 40 jovens nos xaponos do Pohoroá e Balaio. A Celebração do Batismo valorizou as riquezas dos Yanomami que com suas pinturas corporais, pluma e o rito de paricá feito
pelo pajé tuxaua, foram enriquecidos com os símbolos do batismo da Igreja: acolhida, nome, sinal da cruz, unção com óleo dos catecúmenos, bênção da água, batismo, vela, sal e unção com o óleo de crisma. Concluída a celebração, pessoas da comunidade e representantes da pastoral aconselharam aos novos cristãos como devem viver a vida e o que devem evitar. Foi uma celebração diferente aos moldes das Cerimônias de Batismo tradicionais realizadas nas igrejas, pois nesta, os salesianos sentiram a necessidade de que o povo não esquecesse suas raízes ao serem batizados.
O TAPIRI nº 176 - Página 32
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
AJS DE MANAUS ESCOLHE NOVOS CONSELHEIROS DURANTE ENCONTRO FORMATIVO
Representantes da AJS Manaus.
A coordenação da Articulação Juvenil Salesiana responsável pela realização do Curso de Formação para Jovens Líderes Salesianos reuniu-se, no dia 11, para uma reunião formativa com cerca de vinte jovens no sítio do Pró Menor Dom Bosco para prepara-los para a próxima fase do curso. Entre os assuntos discutidos foi apresentada a forma de participação de todos jovens inscritos no curso como produtores do módulo, onde se dividirão nas áreas de logística, formação, ambientação, ornamentação, celebrações, entre outras. Outro tema debatido foi sobre a ‘Cultura Projetual’, que descreve a pessoa humana, sendo um ser pensante na sua totalidade com a capacidade de se projetar para o futuro, levando em conta seu passado, o
seu estado atual, presente e projetando o futuro, nesse aspecto os jovens participantes terão que preparar os próximos módulos. Durante o encontro também aconteceu a votação para os novos conselheiros locais da AJS da área de Manaus (CLAJS/ MAO) que ocupa o lugar como tesoureiro Raphael Repolho da Paróquia São José Operário no Aleixo, como vice-tesoureiro Ronilson Souza da Paróquia Dom Bosco, como comunicador Henrique Franklin da Comunidade de Santa Isabel e como vice-comunicador Renan Pinheiro da Paróquia de São José Operário, no Aleixo. Após a votação foi apresentada a Carta de Identidade do Conselho Local da AJS que irá orientar os conselhos locais das inspetorias do Brasil, dando ênfase no objetivo geral dos CLAJS’s.
O TAPIRI nº 176 - Página 33
DIA DAS CRIANÇAS NA PARÓQUIA SÃO JOSÉ ALEIXO Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Crianças participando da Celebração do Dia das Crianças na Paróquia de São José.
É sempre muito animada e cheia de surpresas a semana da criança nas casas salesianas, e não poderia ter sido diferente na Paróquia São José Aleixo na Zona Leste de Manaus. Já inserida no calendário anual da Paróquia, o dia da criança é muito esperado não apenas pelos pequenos, mas por seus familiares principalmente que, muitas das vezes, não possuem condições financeiras para a compra de presentes e doces. Mas o objetivo desse encontro não é apenas festejar o dia da criança, mas fazê-los acolhidos, mais felizes e através da Cáritas Paroquial, que se encontra na
comunidade São Francisco, que este trabalho de acolhimento é realizado com carinho e interesse pelas crianças. Este dia é importante também de pensar sobre o futuro delas, como garantir o bom ensino na educação escolar, como elas serão preparadas no futuro, garantindo a estabilidade e o bom desenvolvimento do país, que sejam bons engenheiros, médicos, arquitetos, os bons cristãos e honestos cidadãos. O especial agradecimento para as comunidades que organizaram esta festa, como também aqueles que ajudaram em arrecadar o dinheiro e os brinquedos.
O TAPIRI nº 176 - Página 34
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
BRASÍLIA FOI PALCO DO IV ENCONTRO NACIONAL DE PÁROCOS SALESIANOS
Apresentação dos párocos da ISMA.
Párocos Salesianos da Região Norte.
Aconteceu de 26 a 28 de outubro, em Brasília, no Centro de Convenções Israel Pinheiro, o IV Encontro Nacional de Párocos Salesianos, que tem como tema central o capítulo “VI da Carta do Papa Francisco: Amoris Laetitia”. Outros temas abordados foram a respeito a salesianidade: a Paróquia salesiana à luz do CG27; Partilha sobre os eixos: catequese, juventude e missão;
Espiritualidade: o olhar misericordioso e perspectivas para Rede Salesiana de Paróquias. A Inspetoria Salesiana Missionária da Amazônia fez-se presente através dos padres Alberto, Alzimar, Gilson, Felipe, Reginaldo Barbosa, Reginaldo Oliveira, Wilson, Mendonça e João Benedito.
O PERFIL E O PAPEL DO LÍDER SALESIANO FORAM DEBATIDOS DURANTE O ENCONTRO DO CENTRO JUVENIL SALESIANO O Centro Juvenil Salesiano em São Gabriel da Cachoeira realizou no feriado de 12 de outubro, um encontro de lideranças juvenis com a participação de 13 jovens que representaram os jovens dos cursos do CJS. Dividido em três momentos, o encontro foi iniciado com uma Celebração Eucarística pela passagem da Festa
de Nossa Senhora Aparecida, seguido de debate sobre “O Perfil e o Papel do Líder Salesiano”. O fechamento do encontro deu-se com um momento de convivência e recreação, onde jovens e membros da organização do encontro desfrutaram de muita diversão e alegria.
O TAPIRI nº 176 - Página 35
CELEBRAÇÃO DA TURMA DE 1976 - CDB/MAO Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Turma formanda de 1976 e P. Gennaro Tesauro
Ex-alunos do Colégio Dom Bosco, em Manaus, reuniram-se, no dia 22 de outubro, na Paróquia Dom Bosco, para comemorar o Jubileu de Esmeralda pelos 40 anos de formados.
Com uma celebração presidida pelo padre Gennaro Tesauro, o primeiro professor de matemática, a comissão do evento conseguiu reunir quase todos os trinta formandos de 1976.
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
CONVIVÊNCIA VOCACIONAL EM IAUARETÊ
Dominguinhos reunidos na convivência vocacional.
Os Salesianos reuniram, em Iauaretê, 20 Dominguinhos com idade entre 11 e 13 anos para uma convivência que teve como objetivo despertar a vocação de cada um deles.
O TAPIRI nº 176 - Página 36
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
POLO MANAUS REALIZA O ENAS 2017
Assistentes Sociais e convidados participantes do encontro.
O Encontro Nacional da Ação Social (ENAS) Polo Manaus aconteceu de 26 a 28 Outubro na Casa Mornese na Inspetoria Salesiana Laura Vicuña, em Manaus e reuniu representantes das obras sociais dos salesianos (FMA e SDB) presentes nas áreas do Pará, Porto Velho, Rondônia, Rio Negro e Manaus. A cada ano uma área é escolhida para realizar o evento do Polo Regional de Ação Social e este ano Manaus reuniu cerca de 60 representantes que através dos palestrantes Padre Agnaldo Soares e Irmã Silvia Aparecida, Diretores Executivos da Rede Salesiana Brasil de Ação Social, do consultor Claudio Stacheira, e dos facilitadores Padre Sebastião Alaertes de Camargo e José Luis que trouxeram durante os dois primeiros dias assuntos relacionados ao carisma salesiano junto as obra sociais. No primeiro dia dedicado a pastoral juvenil, o ponto base de trabalho das obras sociais, foi apresentado o Caderno de Identidade Educativo-Pastoral da
Rede Salesiana Brasil – Social como instrumento de referência operativa para a ressignificação da ação social salesiana no território. Um dos pontos colocados foi o trabalho realizado nas Obras Sociais da região, que para o Padre Agnaldo Soares, Diretor Executivo da Rede Salesiana Brasil de Ação Social, é necessário reavaliar os trabalhos nas obras sociais “É necessário que repensemos o modo de agir, de pensar como trabalhamos para saber se o que se faz nas obras sociais ainda é válido, se ainda surte o mesmo efeito que surtia anos atrás, ou precisamos mudar o mais rápido possível” disse. Ao fazer uma revisão dos objetivos principais das Obras Sociais, padre Agnaldo reforçou a necessidade de se trabalhar a pastoral juvenil salesiana com mais vigor “Temos que dar respostas concretas à vida dos adolescentes e jovens tendo-os como protagonistas do processo educativo pastoral”.
O TAPIRI nº 176 - Página 37
-se porque ele tem uma relação paterna/materna e pessoal onde se preocupa com os imediatos dos adolescentes e jovens, com sua situação social, profissional e com as responsabilidades futuras, educando-os como base/centro da atividade educativa. Dentro das atitudes pedagógicas inspiradas na pedagogia de Jesus de Nazaré, sete pontos foram colocados para que o trabalho dentro das obras sociais possa ser realizado com excelência que são o aproximar-se, o escutar, o intervir, o propor, o experienciar, o discernir, o comprometer-se e o partilhar. Após os trabalhos em grupos, do segundo dia, onde foram avaliadas as ações das instituições presentes, os representantes das obras salesianas (FMA e SDB) firmaram um acordo de compromisso para animação da Rede no Polo onde todos os envolvidos irão cuidar da comunidade de vida de suas obras, terão uma experiência associativa onde a relação educativo-pastoral com adolescentes e jovens possam unir na familiaridade e confiança, incentivando o protagonismo juvenil através do acompanhamento, com o objetivo de envolvê-los e motiva-los sem perder o foco na educação e na fé, através de uma metodologia participativa.
Roda de estudos com representantes das escolas e obras sociais.
Grupo de estudo.
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Claudio Stacheira questionou sobre o reconhecimento da identidade institucional “Se cada um de nós não conhecer os objetivos, as bases não entenderão o DNA da instituição salesiana e o trabalho realizado poderá ser perdido” informou incentivando o público presente a ser mais motivado. “Não podemos ficar acomodados aguardando que o jovem venha em busca das obras, tem que fazer como Dom Bosco que saiu em busca dos jovens e adolescentes, procurando-os em lugares de risco e levando-os para onde podiam aprender algo de bom” disse exemplificando o trabalho realizado por Dom Bosco. Padre Sebastião Camargo, foi claro em apresentar que a pastoral é um dever de todos os envolvidos nas obras sociais “A pastoral não é delegável, é uma responsabilidade de todos da comunidade educativa, mas que seja organizada e referência na dinâmica, efetiva e contínua”. Foi apresentado, também, no encontro a diferença entre o trabalho do assistente social tradicional e o assistente social salesiano. O tradicional na educação social vai muito além do simples educar, ele preocupa-se com a realidade e está sempre pronto ao diálogo. O assistente social salesiano diferencia-
O TAPIRI nº 176 - Página 38
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
A BELEZA DA EXPERIÊNCIA DO VOLUNTARIADO JUVENIL
Voluntário italiano em meio a jovens do Rio Negro.
Centros missionários, no acompanhamento de comunidades ribeirinhas e indígenas... Desenvolvendo as mais variadas atividades possíveis. A procura pelo voluntariado juvenil tem crescido nos últimos anos, tanto em nível nacional como também internacional. A experiência do voluntariado está aberta para jovens brasileiros e estrangeiros. Neste ano já recebemos 8 estrangeiros (de Portugal, Suíça e Itália) e 10 brasileiros (dos estados Pará, Amazonas e Rondônia). O tempo da experiência do voluntariado varia de acordo com a situação de cada um e em geral dura de 2 meses a 2 anos.
Voluntários salesianos em experiência para o pré noviciado.
Voluntária italiana visita jovens de obras sociais.
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
A ISMA (Inspetoria Salesiana Missionária da Amazônia) tem um projeto de promoção do Voluntariado Juvenil chamado VIVA: Voluntariado Inspetorial Vida na Amazônia que é dinamizado pela Pastoral Juvenil. O voluntariado é uma das escolhas mais significativas reveladoras de maturidade humana manifestando altruísmo e solidariedade. Bem-aventurados os voluntários comprometidos na promoção do bem! O projeto VIVA acolhe a disponibilidade de jovens e adultos que querem, gratuitamente, servir aos mais necessitados onde trabalhamos na Amazônia: sobretudo, nos Centros Juvenis,
O TAPIRI nº 176 - Página 39
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
TESTEMUNHO DE JOVENS PORTUGUESAS
Voluntárias em São Gabriel da Cachoeira.
Voluntárias em São Gabriel da Cachoeira.
Voluntárias com jovem yanomami.
Aqui está a experiência das jovens portuguesas Inês Sarmento e Manuela Pinheiro, ambas da cidade de Aveiro. Vejamos o que dizem: “Quando decidimos vir em Missão, fizemo-lo imbuídas de uma única esperança: a vontade imensa de nos despojarmos do “nosso mundo” e abraçarmos uma realidade diferente, que nos permitisse sair da “crosta” do nosso egoísmo e dedicarmo-nos inteiramente ao outro. Passado este tempo (cerca de 3 meses em São Gabriel da Cachoeira AM), e com o aproximar do momento do regresso ao “nosso mundo”, podemos afirmar, com satisfação, que essa missão foi simultaneamente o TUDO e o NADA que imaginávamos ou prevíamos no dia da partida.
Foi o “Tudo” que projetamos, porque “em tudo” foi efetivamente diferente... foi o contactar com uma realidade tão singular e tão distante do mundo que conhecemos por nosso. Mas foi igualmente o “nada” em relação ao que imaginávamos, pois, por mais que procurássemos prever “cenários”, recolher testemunhos, experiências ou “estudar” a Amazônia “dos livros”, nada é comparável ao que realmente vivenciamos! Percebemos que cada experiência é única e, como tal, indizível e imensurável nestas parcas linhas. Desta Amazônia de infinitos contrastes levamos o Amor e a Gratidão, que floresce ao sabor da Fé. E porque nunca é demais agradecer: Muito Obrigada por tudo!
O TAPIRI nº 176 - Página 40
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
PAROQUIANOS INDÍGENAS PROMOVEM GINCANA BÍBLICA NO MUNICÍPIO DE SANTA ISABEL DO RIO NEGRO
Participantes da Gincana Bíblica.
Grupos participantes da Gincana Bíblica.
A Pastoral Catequética da Paróquia Salesiana de Santa Isabel do Rio Negro, no município amazonense de Santa Isabel que faz fronteira com a Venezuela, promoveu no dia da Bíblia, uma animada e criativa Gincana Bíblica com a participação de 11 grupos entre comunidades e pastorais. Os grupos compostos por pessoas de todas as idades – de crianças a idosos – participaram com muita criatividade das três etapas da gincana. Responderam a um questionário bíblico, realizaram encenações bíblicas e pintura de uma cena bíblica evidenciando o tema da misericórdia. A categoria de encenações bíblicas apresentou onze encenações com seriedade e justo senso de adaptação dos textos e das mensagens. Os temas escolhidos foram: Adão e Eva no para-
íso; Caim e Abel; Noé e a aliança com Deus; Abraão e o sacrifício do seu filho Isaac; O encontro de José do Egito com seus irmãos; O bebê Moisés salvo das águas; A saída do Egito; A Passagem pelo Mar Vermelho; A experiência do povo no deserto murmurando contra Moisés e o Salmo 23 - O bom pastor. Os questionamentos foram baseados nos textos do Antigo Testamento, que faz parte do processo catequético. Todos os participantes estavam preparados e a disputa foi acirrada diante do conhecimento da Palavra de Deus difundida diariamente através do pároco Padre Reginaldo Barbosa. A gincana foi administrada pelo Vice-inspetor Padre Antônio de Assis Ribeiro (Pe Bira) que encontrava-se no município para visita pastoral.
O TAPIRI nº 176 - Página 41
PORTO VELHO SEDIA O I FEJUSA Crédito: Acervo Inspetoria São Domingos Sávio
Jovens participantes do Fejusa.
Porto Velho sediou no sábado, 19 de novembro, o “I Festival da Juventude Salesiana – FEJUSA”, da área do AROMA, que contou com a participação de 150 jovens provenientes das obras das cidades de Porto Velho, Ji-Paraná (RO) e Humaitá (AM). O evento foi projetado e dirigido pelos jovens participantes da Formação de Lideranças Juvenis, como culminância do primeiro ano de formação. Com o tema “Nossa meta Jesus Cristo, nosso estilo Dom Bosco”, o início do evento deu-se com uma Celebração Eucarística com a participação dos padres salesianos. Presidida por Dom Antônio Possamai, juntamente com Pe. Gaudêncio Campos, Pe. Gilson Falcão e Pe. Ermelindo Vasques. O evento foi composto por diversas atividades como as apresentações cultu-
rais, gincanas e celebração das luzes. Houve a especial participação do Ir. Raimundo Francelino de Castro e da Postulante Rafaela Moraes, que deram seus testemunhos sobre a iniciação na vida religiosa. O encontro foi acompanhado pelo Pe. Gaudêncio Campos, Delegado da AJS do AROMA, onde o mesmo esteve trabalhando juntamente com os jovens modulares e os membros do Conselho Local da AJS para o bom andamento da festividade. O FEJUSA é fruto de uma grande caminhada de amadurecimento e fortalecimento do Protagonismo Juvenil, onde o resultado é visto na alegria, comunhão e fraternidade entre os jovens das mais diversas realidades da nossa extensa e complexa área do AROMA.
O TAPIRI nº 176 - Página 42
MORRE NA ITÁLIA O EX-DIRETOR DO COLÉGIO DOM BOSCO PADRE JOÃO CARLOS ISOARDI Crédito: Boletim Salesiano.org.br
Faleceu, na tarde de sábado, 24 de dezembro, em Turim na Itália, o ex-diretor do Colégio Dom Bosco de Porto Velho e de Manaus, Padre João Carlos Isoardi, salesiano de Dom Bosco. Nascido em Stroppo (CN) na região de Piemonte no norte da Itália em 11 de agosto de 1936. Pe João Carlos atuou por quase 40 anos no Brasil. Filho de Giuseppe Isoardi e de Giuseppina Lusso, chegou na Amazônia durante a revolução de 1964 e ficou até 2003 quando precisou retornar a Itália por motivos de saúde. Seu primeiro trabalho foi no Rio Negro, nas Missões. Após esse tempo dedicou-se ao trabalho em paróquias e na direção do colégio Dom Bosco de Porto Velho e Manaus. Por alguns anos atuou como vice-inspetor da Inspetoria São Domingos Sávio. Padre João Carlos faleceu em decorrência de uma parada cardíaca, após complicações pós-operatórias da carótida. No ano de 2015 durante entrevista concedida à Rádio Vaticano, padre João Carlos falou sobre sua missão que foi dividida entre a pastoral nas paróquias e o serviço educacional nas escolas salesianas, e o desafio de formar uma nova geração na Amazônia brasileira a partir de 1964.
P. João Carlos Isoardi.
Av. Visconde de Porto Alegre, 806 - Praça 14 CEP: 69020-130 • Manaus-AM Fone: (92)2101-3400/Fax: (92) 3232-4649 isma.org.br • twi�er.com/isds_am