O Tapiri nº 195 by Inspetoria São Domingos Sávio

Março / Abril - 2019 nº 195

XIX CAPÍTULO INSPETORIAL “QUE SALESIANOS PARA OS JOVENS DE HOJE?”

Inspetor P. Jefferson Luis da Silva Santos Organização Comissão Inspetorial de Comunicação - CIC

Coordenador P. José Ivanildo de Oliveira Melo Delegado para a Comunicação Revisão José Ivanildo Equipe de articulação Animadores de Pastoral Projeto Gráfico Felipe Araújo Articulistas Convidados

T195 O Tapiri: Comunicação Pastoral da Inspetoria São Domingos Sávio BMA / Pe. Jefferson Luís da Silva Santos, SDB (org.); Pe. José Ivanildo de Oliveira Melo (Coord.) Manaus: Editora FSDB, 2019. x, 44 p. II. 15x21cm (Comunicação Pastoral da Inspetoria São Domingos Sávio - BMA) ISSN 2525-3093 Publicação Bimensal 1. Salesianos de Dom Bosco 2. ISMA - Manaus. 3. Comunidade Salesiana. 4. Santos, Pe. Jefferson Luís da Silva. 5. Melo, Pe. José Ivanildo de Oliveira. I. Título.

Elaborada por Zina Pinheiro - Bibliotecária - CRB 11/611

P. José Ivanildo de Oliveira Melo Delegado para a Comunicação

Estimados(as) leitores(as), Cristo Vive! Esta é a mais importante notícia que ecoou na história da humanidade e que a Igreja exultante proclama continuamente. É o feliz anúncio de que a morte não tem a última palavra sobre os homens, pois o Senhor Ressuscitou! Foi neste clima pascal que a Inspetoria São Domingos Sávio celebrou seu Dabucuri no XIX Capítulo Inspetorial, entre os dias 01 e 04 de abril. O Inspetor, P. Jefferson Luis, na abertura do evento, recordou aos salesianos que somos uma comunidade de irmãos unidos pelo carisma e pela missão. Retomando as provocações da carta de convocação do Reitor Mor ao CG28, perguntou – Que salesianos para os jovens de hoje? Ao final da assembleia capitular, os delegados salesianos escreveram uma Carta aos irmãos onde manifestam gratidão, apoio e compromisso com as deliberações do capítulo em unidade com o P. Inspetor. Leremos ainda a bonita experiência da Páscoa Missionária Salesiana, ocorrida entre os dias18 e 21 na Área Missionária Santa Maria do Rio Negro. P. Reginaldo Cordeiro e Felipe Bauzière, acompanhados por leigos, membros da AJS e os pré-noviços salesianos, ofereceram uma valiosa colaboração com 6 comunidades ribeirinhas que estão sob os cuidados pastorais da Paróquia São José-Centro, conforme a narrativa da jovem Maria Aparecida. Finalizam esta edição de O Tapiri o artigo da Irmã Salesiana Márcia Koffermann sobre a educação para a fé em uma sociedade cada dia mais individualista e o convite da Congregação para a preparação do Dia Missionário Salesiano, que seguindo a proposta do sexênio 2015-2020, tem como tema o primeiro anúncio. Na seção Aconteceu, como de costume, você acompanha as principais notícias de nossas obras nos meses de março/abril. Um boa leitura e um excelente tempo pascal.

TRECHOS DA FALA DO INSPETOR NA ABERTURA DO CI 2019 “Jesus viu uma grande multidão e encheu-se de compaixão por eles...”. (Mc 6, 34). Irmãos, introduzo minha exposição com duas perguntas - O que é uma Inspetoria? Que Inspetoria queremos para os salesianos e para os jovens de hoje? Esta não é uma indagação retórica. De fato, tenho meditado longamente sobre o sentido deste momento, da importância de escrever uma “radiografia Inspetorial”. Este trabalho delicado requer discernimento e boa capacidade de escuta e atenção aos irmãos, aos leigos e aos jovens. É um exercício que requer a capacidade de olhar a realidade, iluminá-la e tomar decisões, como Jesus fazia, ao ver as multidões e compadecer-se delas. Neste Capítulo nos debruçaremos sobre três temáticas específicas, ligadas ao CG 28: Prioridade da missão com os jovens; Perfil atual do salesiano; Missão Compartilhada entre Salesianos e Leigos. Examinaremos ainda os aspectos pastorais e canônicos ligados a figuras de serviços e animação inspetorial. Além disso foram escolhidos por nossas comunidades outros dois temas para debate na assembleia: Vocação e Administração. Nesta exposição não pretendo oferecer “resposta”, quero estimulá-los a pensar, falar e agir como Inspetoria e não a se referir a ela como um ente fictício. Quero estimulá-los a perguntar-se: Quais são as prioridades da missão com os jovens hoje? Qual o estilo de pasto-

O Tapiri 4

ral juvenil vocacional missionária propor aos jovens de hoje? Ainda podemos apresentar o perfil do salesiano em que fomos formados como modelo ideal? Que estilo administrativo, que tarefas compartilhar com os leigos? Que critérios usar para medir a significatividade de nossas presenças? Como nos comunicarmos com os jovens e com a sociedade de hoje? Qual o meu papel como salesiano dentro deste organismo vivo que é a Inspetoria? Como tenho vivido minha responsabilidade de consagrado? MEMÓRIA, SERVIÇO E COMUNHÃO Os salesianos chegaram na Amazônia em 1915. A nossa primeira presença se estabeleceu na cidade de São Gabriel da Cachoeira. As décadas seguintes foram um tempo de larga semeadura. Para estar a serviço dos jovens, iniciamos obras em lugares inimagináveis, construímos imensos edifícios onde ninguém mais teria acreditado ser possível construir. Salesianos, leigos e jovens trabalharam com ardor este solo de forma harmoniosa e complementar. Em 1958 nasceu o primeiro fruto deste chão. Dia 05 de dezembro foi criada a Inspetoria São Domingos Sávio, tendo como primeiro inspetor o saudoso Dom Miguel D`Aversa, conhecido de tantos aqui neste auditório. A Inspetoria surgiu com a antiga Escola Industrial Salesiana. Nasceu simples, com um oratório festivo e uma escola destinada aos jovens. A prioridade da missão entre os jovens está no DNA de nossa vocação e de nossa Inspetoria. Nesta história de comunhão e magistério podemos inserir também as inúmeras assembleias capitulares aqui realizadas. Este ano chegamos a assembleia XIX. De certo todos os conteúdos, debates e até confrontos, nos ajudaram a realizar a nossa missão. Em alguns pontos poderíamos ter sido mais assertivos, entretanto, em cada época só conseguimos fazer o possível, o que nossas fragilidades humanas são capazes de abraçar. Nosso último capítulo inspetorial aconteceu em 2016. Nessa assembleia procuramos fazer ressoar os temas do CG27: Místicos

O Tapiri 5

no Espírito, profetas da fraternidade, servos dos jovens. Aí tratamos de temas nevrálgicos, que ainda hoje estamos ruminando, em especial o tema do Redimensionamento de nossa presença na Amazônia. Em âmbito do Conselho Inspetorial e das comunidades demos passos na regularização canônica de comunidades, composição e distribuição de irmãos por área, revisão nos planos estratégicos e administrativos. Mas ainda há muito a se fazer para chegarmos ao sonho de uma Inspetoria que seja mística, profética e serva dos jovens. IRMÃOS E COMUNIDADES Cada vocação salesiana atesta que o Senhor ama a Congregação, deseja-a viva para o bem da sua Igreja e não cessa de enriquecê-la com novas energias apostólicas (C. 22). Este artigo das nossas Constituições é muito especial. Ele consegue, ao meu ver, sintetizar duas coisas que normalmente a gente trata em âmbitos diferentes: irmãos e comunidades. Irmãos e comunidades formam uma única dinâmica intercomunicante. Sem irmãos não há verdadeira comunidade, e sem comunidades concretas, historicamente situadas, nem sequer podemos falar de Vida Fraterna. Este modelo de vida Religiosa, encontra sua fonte na ação da Trindade, prossegue na Igreja e pela Igreja, e encontra acolhida nas nossas vidas por meio dos compromissos assumidos com a vida salesiana. Somos gratos ao Senhor que não se cansa de convocar pessoas para o serviço do Reino, no entanto, é perceptível a fragilidade de muitas vocações. O que está acontecendo? Como entender esse fenômeno? O que acontece é um simples processo da “liquidez pós-moderna” ou existe algo a mais? Tem a ver com a qualidade de nossas relações fraternas, estruturas, situações de vida? Seria a qualidade de nossa vida

O Tapiri 6

religiosa? Tenho o desejo de perguntar: IRMÃO VOCÊ SE SENTE AMADO? VOCÊ AMA SUA COMUNIDADE? NOVOS HORIZONTES Ano passado celebramos 60 anos de criação da Inspetoria São Domingos Sávio. Respiramos ainda as graças do centenário vivido em 2015. Este ano a missão de Ji-Paraná celebra 50 anos de história e a de Iauaretê 90 anos. Acredito que estas datas são sempre um sinal divino. Elas nos fazem olhar o passado e sonhar o futuro. Elas nos convidam a não ficar parados, mas a dar prosseguimento à nossa missão como homens peregrinos, como Igreja militante no hoje da nossa história. Não podemos embarcar nessa viagem com medo do mundo digital, das novas linguagens, das novas configurações familiares e religiosas. Não podemos embarcar sem desatracar do “porto seguro” onde ficamos parados por anos. Imitando a atitude de Jesus, nós também precisamos “partir de cidade em cidade” de pátio em pátio para que o bem viver seja anunciado não somente a alguns, mas a todos os povos (Mt 9, 35), “até os confins da terra” (At 1, 8). No Capítulo passado falamos sobre a perda de significatividade de obras, o peso da gestão e na sustentabilidade, mas temos demorado a dar os passos. É preciso avançar. Com discernimento, prudência, bom senso, mas avançar. É preciso ler os sinais dos tempos e os sinais de Deus para nós. É preciso comprometer-se com a luta dos povos indígenas, com os sofrimentos dos mais vulneráveis às políticas públicas excludentes. Rogo ao bom Deus que nos conceda sabedoria e forças. Que nesta assembleia nos sintamos comprometidos com a missão mais do que com nossas preferências e sobretudo, que compreendamos bem que salesianos Deus espera que sejamos hoje, para hoje sermos Dom Bosco vivo aos jovens. P. Jefferson Luis Inspetor

O Tapiri 7

MENSAGEM AOS IRMÃOS “Nós somos, Senhor, teu povo [...]. Pois tu nos separaste para ti como herança dentre todos os povos da terra” (1Rs 8,51-53ª).

Reunidos entre os dias 01 a 04 de abril, na casa de retiro Monsenhor Giordano, sob a presidência do Inspetor, P. Jefferson Luis, nós, Delegados do XIX Capítulo Inspetorial da Inspetoria São Domingos Sávio, refletimos sobre o tema: Que salesianos para os jovens de hoje?, proposto na carta de convocação ao CG 28, do Reitor-Mor, P. Ángel Fernández Artime. Individualmente e coletivamente nas plenárias, debatemos os subtemas: Prioridade da missão salesiana entre os jovens de hoje; Perfil do Salesiano para os jovens de hoje; Missão Compartilhada entre Salesianos e Leigos e Temas Jurídicos. Essa forte experiência de reflexão e fraternidade, já vivida em grande medida nas assembleias pré-capitulares nas áreas confirmaram a necessidade de aprofundar o “perfil do salesiano capaz de responder aos jovens de hoje[...], isso num mundo sempre mais complexo e que experimenta mudanças”.

O Tapiri 8

Nos debruçamos ainda sobre dois temas escolhidos pelos irmãos como urgentes à nossa Inspetoria, a saber: vocações e administração. Estamos conscientes de que se trata de temas complexos para os quais nem sempre temos respostas prontas, entretanto, confiando em Deus e buscando responder a esses desafios com criatividade e coragem encaminhamos diversos procedimentos de animação pastoral. Conforme as normas Constitucionais, elegemos ainda o P. Daniel Cunha para nos representar no CG 28. P. Reginaldo Cordeiro foi eleito como suplente. Ele levará à assembleia geral dos Salesianos nossas contribuições, mas também nossos anseios e esperanças. Em sintonia com o Inspetor, nos comprometemos em colaborar na execução das decisões tomadas, apoiá-lo no discernimento dos procedimentos administrativos que deverão ser implementados, juntamente com o Conselho Inspetorial, bem como estar à disposição para colaborar quando solicitados. Agradecemos ainda o P. Daniel Cunha pelo generoso trabalho de preparação e condução dos trabalhos deste capítulo, ao P. Inspetor por sua presença fraterna e a cada uma das comunidades pelas orações. Confiando-nos à intercessão de Maria Auxiliadora, Dom Bosco, São Domingos Sávio, suplicamos de Deus a coragem para continuarmos testemunhando aos jovens da Amazônia: Cristo Ressuscitou e está vivo em nosso meio! Fraternalmente.

O Tapiri 9

PÁSCOA MISSIONÁRIA Durante o tríduo pascal, o grupo de pré-noviços e estudantes do Colégio Dom Bosco, acompanhados pelo diretor do Pró Menor Dom Bosco, padre Felipe Bauzière, e o Vice Inspetor padre Reginaldo Cordeiro, visitaram e celebraram a Páscoa Missionária em seis comunidades do Rio Negro próximas a Manaus. Essas comunidades fazem parte da área missionária que são acompanhadas pelo Santuário Arquidiocesano São José Operário. A Páscoa Missionária ilustra a celebração da Ceia do Senhor, refletida no evangelho de João, “Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós também deveis lavar os pés uns dos outros.” (Jo 14, 14). Tal texto nos motiva a estar sempre a serviço dos outros, e isso nos interpela à sair. A dificuldade de acesso a essas comunidades, limita a frequência de sacerdotes e de equipes, por isso, se faz durante o tríduo pascal a experiência missionária, que possibilita a contribuição nos ritos litúrgicos dessas celebrações. Além disso, essa é uma oportunidade de colocar em pratica àquele conselho do papa Francisco “A igreja deve sair de si mesma, rumo às periferias existenciais.” (Grandes Metas do Papa Francisco). Deixar as seguranças do dia a dia e partir rumo ao desconhecido não é fácil, exige desapego de si mesmo e abertura a novas realidades. O conforto de casa, as seguranças, tudo isso são barreiras que não nos permite sair e ir ao encontro do outro. O acesso à essas comunidades ribeirinhas, é sempre feito por embarcações pequenas e coletiva. O desafio para quem não sabe nadar, de enfrentar um rio aparentemente calmo como o rio negro, é amedrontador. As comunidades já estão à espera, a acolhida é feita com abraços e saudações, até ali, já valeu enfrentar o medo das águas. Àqueles que fazem a primeira experiência, como Paulo Henrique

O Tapiri 10

Ribeiro, se surpreende com a simplicidade de um povo que está sempre satisfeito com o pouco que tem, “ Minha experiência na missão foi muito satisfatória, aprendi que podemos ser felizes com as coisas mais simples, que somos capazes sim de viver em harmonia com o próximo.” Mesmo quem já vivenciou essa realidade missionária, entende que cada experiência é nova e há sempre oportunidade de conhecimento. Como o jovem Alison Penha, que afirma ser a Fé e a Comunidade bases para uma Igreja unida, “A vivência da fé que a comunidade mantém preservada, sem mesmo a constante presença do corpo eucarístico, se concretiza na beleza de uma Igreja unida.” A saída em busca de ajudar com celebrações do Tríduo Pascal não se limita a ritos. Logo, aquele que foi contribuir e ensinar é o que mais recebe e aprende. Aprende que a felicidade não se resume em ter muitos bens, mas, ter saúde para desfrutar do pouco que tem, que oração se faz em cada peixe pescado, em cada fruto colhido. E que não se vive sozinho, ou até se vive, mas, é sempre melhor quando se está em comunidade. Desta forma, é possível fazer uma profunda experiência de Deus, através do testemunho das comunidades. Percebe-se Deus que se faz presente em um povo simples, com estrutura singela e humilde. Mas, chega a hora de voltar, a Páscoa aconteceu, Cristo ressuscitou. O compromisso é assumido pelos que voltam e os que ficam. Coração cheio de entusiasmo, corpo cansado, bagagem de mão quase vazia, mas, a bagagem do coração pesada com saudades e aprendizados. Por Maria Neves

O Tapiri 11

EDUCAR PARA A FÉ NUMA SOCIEDADE MARCADA PELO INDIVI DUALISMO

Nos dias de hoje, percebe-se uma forte tendência para o individualismo, que, aliado à cada vez maior fragilidade da vida comunitária, gera não apenas o isolamento, mas também a indiferença e o fortalecimento do ódio e da divisão. Na ótica do individualismo, para ser feliz o ser humano precisa realizar todos os seus desejos, independentemente dos que estão à sua volta. Ou seja, o “eu” aparece sempre em primeiro lugar e como princípio para as escolhas fundamentais. Tomando essa concepção como lógica de vida, qualquer sofrimento, recusa pessoal ou necessidade de alteridade é vista como uma agressão ao ser humano. É perceptível como, na educação familiar, os pais tentam proteger ao máximo os seus filhos, evitando dizer qualquer tipo de não, ou então, procurando eliminar qualquer frustação pela qual a criança possa vir a passar. As mídias digitais também são um espaço que favorece o desenvolvimento do individualismo. É interessante perceber como o centro das redes sociais é sempre o próprio indivíduo, de modo que as pessoas giram em torno de si. O “eu” é a re-

O Tapiri 12

ferência que o indivíduo utiliza para si mesmo. No Dia Mundial das Comunicações Sociais deste ano, o Papa Francisco diz: “aquela que deveria ser uma janela aberta para o mundo, torna-se uma vitrine onde se exibe o próprio narcisismo”. Obviamente, o ser humano é sempre fruto de seu tempo e o individualismo é uma das ideologias que mantêm o sistema vigente, favorecendo o consumismo que decreta: eu preciso ter, para eu ser feliz! A pessoa não é vista em sua integralidade como imagem e semelhança de Deus, mas como indivíduo isolado, apenas mais um entre outros. A dignidade da pessoa acaba sendo negada e omitida por uma ideia instrumentalista de indivíduo. Ser comunidade - Talvez essa seja uma das chaves de leitura para compreender por que o ser humano, na atual cultura, está sempre numa busca desesperada pela felicidade, querendo emoções mais fortes, experiências mais intensas, situações mais arriscadas de vida. A Igreja, desde cedo, se organizou em comunidades e viu, no âmbito comunitário, um valor constitutivo de sua fé. Esse também é um dos motivos pelos quais a Igreja encontra dificuldade de dialogar com o mundo atual, porque não pode deixar para segundo plano sua essência comunitária. Segundo o Cardeal Ratzinger: “A verdade da fé não é dada ao indivíduo isolado, mas com ela Deus quis estabelecer história e comunidade. Ela tem seu lugar no sujeito comunitário do povo de Deus, a Igreja”. Assim, para chegar a Cristo, é preciso sair de si, experimentar o “ser comunidade”, “ser povo de Deus”, é ali que Deus age e se manifesta. Deus não quer indivíduos fechados, egoístas, porque ele próprio é rela-

O Tapiri 13

ção, doação e misericórdia. Segundo o Papa Francisco: “A alegria e a consciência da centralidade de Cristo são as duas atitudes que os cristãos devem cultivar no dia a dia”. Portanto, é impossível para o cristão viver na lógica do individualismo que leva ao egoísmo e ao fechamento. O fortalecimento da comunidade, a vivência da prática cristã em atos concretos que testemunhem uma vida de seguimento de Cristo em comunidade, marcada pela alteridade e capaz de levar à verdadeira felicidade, pode ser um caminho para enfrentar essa ideologia tão forte que se instala em todas as realidades de hoje. Os pais e as comunidades educativas, sejam elas escolas ou obras sociais, possuem uma missão muito importante de educar para a alteridade, ajudando as novas gerações a saírem de si mesmas para dar espaço a Cristo, tornando-O o verdadeiro centro de suas vidas. Esta é a alegria que não lhes será tirada. A diferença entre indivíduo e pessoa - Nesse processo é importante diferenciar dois termos: indivíduo e pessoa. Por indivíduo compreendemos aquele ser único, ou seja, um entre os outros; diferente do ser pessoa, em que cada um é a partir do encontro com o outro. Ser pessoa remete o olhar para a Trindade, as três pessoas divinas que vivem em comunhão. A partir dessa perspectiva, ser pessoa significa viver e estar em relação. Essa noção de ser pessoa como ser relacional vai contra qualquer forma de individualismo. Se Deus é um ser de relação e a pessoa é sua imagem e semelhança, também o ser humano deveria viver a atitude de abertura e, portanto, desejoso de viver a comunhão. Essa tendência individualista, seja entre o eu e outro eu, entre eu e meu grupo, ou até mesmo uma tentativa de relação isolada entre eu e Deus, foge ao princípio de diálogo com que Deus se apresenta. Talvez para os cristãos, mais do que pensar em indivíduo de direitos, seria necessário pensar em pessoa à imagem e semelhança de Deus. Essa mudança de perspectiva vai além de uma questão de linguagem, mas é um olhar humanizado sobre cada ser, que não é um indivíduo qualquer, mas um filho de Deus e, portanto, membro da grande frater-

O Tapiri 14

nidade humana confirmada por Jesus Cristo. Nesta dinâmica, cada ser humano é visto em sua integralidade e dignidade, amado e sonhado por Deus. Viver em comunidade passa a significar comprometer-se, participar e ajudar a criar comunhão. A escola é um lugar especial para isso. Educar para o ser “pessoa” de forma integral, de maneira que cada criança, adolescente e jovem possa experimentar a alegria de doar-se ao seu semelhante, é um caminho possível para educar à fé nesta sociedade sempre mais individualista. Não há uma receita mágica, mas certamente este é um ponto que precisa e deve ser considerado. Fonte: Irmã Márcia Koffermann, FMA, diretora-executiva da Rede Salesiana Brasil de Comunicação (RSB-Comunicação)

TEMA GERAL PARA ESTE SEXÊNIO: O PRIMEIRO ANÚNCIO PERCURSODA CONGREGAÇÃO De 2015 a 2020 o tema de fundo do Dia Missionário Salesiano diz respeito ao Primeiro Anúncio (PA) em diversos contextos culturais. Este ano é dedicado ao Primeiro Anúncio na África e em particular entre os refugiados e deslocados, e migrantes. Esta temática foi objeto de reflexão por parte dos SDB e das FMA em todas as Regiões do mundo: Europa (Praga 2010), Ásia Sul (Kolkata 2011), Ásia Leste (Sam Phran 2011), Oceania (Port Morseby 2011), África (Adis Abeba 2012), América (Los Teques 2013), em contexto muçulmano (Roma 2012); e na Cidade (Roma 2015). Iniciou-se um processo de Seminários Regionais, a partir de uma síntese dos seminários anteriores, para identificar as suas aplicações nos diversos setores e ambientes da missão (paróquias, minorias étnicas, escolas, oratórios, centros de formação profissional...); assim em 2017 realizaram-se já, para este fim, os encontros no Brasil (Belo Horizonte), Tailândia (Sam Phran), Portugal (Fátima). Em África (Johannesburg), em 2018.

O Tapiri 15

Consideramos o conceito do Primeiro Anúncio em relação com o testemunho de cada cristão e de toda a comunidade cristã; cada atividade ou conjunto de atividades que favorecem uma experiência irresistível e entusiasmante de Jesus que, sob a ação do Espírito Santo, suscita a busca de Deus e um interesse pela sua Pessoa, ao mesmo tempo que se respeita a liberdade de consciência que, em última análise, conduz a uma adesão inicial a Ele, ou à revitalização da fé n’Ele. O Primeiro Anúncio é promovido com uma pedagogia gradual, atenta ao contexto histórico-sócio-cultural do interlocutor. Leva a viver a própria vida como cristão “em estado permanente de missão”, de tal modo que cada pessoa e cada comunidade se torne um centro de irradiação de vida cristã. O Primeiro Anúncio é dirigido a diversos destinatários: 1) Àqueles que não conhecem Jesus Cristo (aos não cristãos). 2) Aos cristãos que receberam de maneira insuficiente o primeiro anúncio do Evangelho; são por isso aqueles cristãos que: a) depois de ter conhecido Jesus Cristo, O abandonaram; b) vivem a sua fé como algo cultural, sem a prática cristã com a sua vida paroquial, ou sem receber os Sacramentos; c) pensando já conhecer bastante Jesus, vivem a sua fé como rotina ou algo simplesmente cultural, ou mesmo de forma contrária à própria fé; d) têm uma identidade cristã débil e vulnerável; e) já não praticam a sua fé. 3) Àqueles que procuram Alguém, ou alguma coisa, de forma personalizada. 4) Àqueles que vivem a sua vida quotidiana sem qualquer sentido. A nossa capacidade de escutar atentamente tornar-nos-á intuitivamente sensíveis àquele momento imprevisto, no qual a nossa vida, atividade, presença ou testemunho de crentes e de Igreja possa suscitar um interesse por conhecer a Pessoa de Jesus Cristo e acreditar n’Ele. S. Francisco de Sales repetia uma bela frase: “Cor ad Cor loquitur”: “Coração fala a Coração”. Queremos, por um lado, que o Coração do

O Tapiri 16

Evangelho fale ao coração da cultura e a cada pessoa. E também que dê a cada um de nós, missionários, esta capacidade de empatia: de ter aquela respeitosa confiança e intimidade de sintonizar com os corações dos nossos destinatários para poder comunicar aquilo que mais amamos: Jesus Cristo. Propostas concretas feitas pelos SDB na África Do encontro continental de África realizado em Johanesburgo em agosto 2018, entre as tantas riquezas que emergiram no encontro a respeito do Primeiro Anúncio na África, sublinhamos alguns dos aspectos que foram indicados por diversos setores: Oratório-Centro Juvenil – O Oratório é a obra ideal para o Primeiro Anúncio devido à espontaneidade, testemunho, contato pessoal e gradualidade. – A nossa presença educativa evangelizadora entre os jovens é o principal meio da nossa santificação. – Verificar como inserir no projeto educativo a visita às famílias. – Oferecer uma catequese profunda que prepare para os Sacramentos da iniciação cristã. Escolas – Oferecer um testemunho credível pessoal e comunitário (conversão pastoral e espiritual). – A nossa pastoral deve ser contagiosa. – Oferecer uma abertura a todos os jovens, mesmo aos de diferente origem e religião. – Atribuir a formação religiosa ao responsável da Pastoral Escolar. Cada escola deve ter o responsável da pastoral com sua equipe.

O Tapiri 17

– Tomar com seriedade e de forma sistemática o ensino religioso nas escolas. – Abertura no território aos demais atores que trabalham com a juventude. – Ter a coragem de assumir novas fronteiras sem permanecer fechados nas nossas estruturas. – Promover os pequenos grupos e movimentos associativos que abram espaço ao Primeiro Anúncio. – Deve existir uma colaboração efetiva entre a Pastoral e a Comunicação social. – Envolver as famílias dos alunos mediante encontros periódicos. – Insistir no espírito de família, na assistência e na presença no pátio (Ter a coragem de fechar os escritórios durante o recreio). – Ter um projeto educativo pastoral em cada escola em que sejam envolvidos os leigos. – Socializar o seminário do Primeiro Anúncio. – Trabalhar em sinergia: os grupos da FS, os jovens. – Acompanhar os jovens até ao fim e também os antigos alunos. Paróquias urbanas e rurais – Promover as Pequenas Comunidades Cristãs e acompanhar os seus responsáveis. – Há necessidade de preparar bem os catequistas e os agentes pastorais, e de os acompanhar. – Fomentar variedade de grupos juvenis. – Instaurar o Ministério da Visitação às famílias. – Muitos cristãos tíbios têm necessidade de um encontro de fé através de sérios itinerários de catequese. – É necessário especificar que atividades das nossas obras sejam mais apropriadas para o Primeiro Anúncio – Cada casa deve ter o seu grupo missionário com atividades missionárias populares.

O Tapiri 18

O Tapiri 19

ACONTECEU SEMINÁRIO PAN-AMAZÔNICO NA UNIVERSIDADE PONTIFÍCIA SALESIANA

epois da experiência em Manaus em novembro de 2018, aconteceu em Roma nos dias 7 e 8 de março, o Seminário sobre o Sínodo Pan-amazônico intitulado “Novos caminhos para uma Igreja com o rosto amazônico”. Este foi II Seminário de estudos da Congregação sobre o Sínodo para a Amazônia que será celebrado em outubro desde corrente ano. O encontro foi uma proposta da Faculdade de Teologia e o Instituto de Teologia Dogmática da Universidade Pontifícia Salesiana, juntamente com o Dicastério para as Missões Salesianas. O objetivo deste seminário foi retomar a reflexão pelo lado salesiano. Há alguns meses foi realizado o primeiro encontro no Brasil, em Manaus, que contou com a presença dos missionários salesianos da América Latina para refletir sobre

O Tapiri 20

os desafios e as perspectivas futuras da presença salesiana na Amazônia. Importante ressaltar que, para o Papa Francisco, o Sínodo Pan-amazônico visa “identificar novas formas de evangelizar aquela parte do povo de Deus, especialmente os povos indígenas, que muitas vezes são esquecidos e privados de um futuro sereno”. Eis porque, para os salesianos, trata-se de realizar “uma obra de sensibilização” diante deste grande desafio. Temos por conclusão que, os Salesianos, com toda a Igreja, são “chamados a ser – nas palavras do Papa Francisco – os instrumentos de Deus Pai, para que o nosso planeta seja o que ele sonhou quando o criou, e a responder a seu plano de paz, beleza e plenitude”.

DOM ANTÔNIO DE ASSIS VISITA O GERINI

epois de 24 anos passados, Dom Antônio de Assis – bispo auxiliar de Belém do Pará retorna ao estudantado de teologia do Gerini-Roma, onde nos anos de 1991 a 1993 estudou teologia.

A visita aconteceu no dia (09/03) durante a celebração Eucarística da comunidade. Dom Antônio presidiu a celebração e durante sua homilia destacou três pontos para o grupo de estudantesPartilhou um pouco das preocupações que a sociedade deve ter com o pulmão do mundo e que para a evangelização a Igreja deve repensar os métodos pastorais atuais, buscando junto aos padres sinodais novas respostas para os novos desafios. O sínodo é um grande sinal de universalidade da igreja, afirmou.

gosas síndromes dentro da Igreja e da congregação, a macrocefalia e a microcardia que não é o que nos pede Jesus. Dar senso a nossa vida e a tudo aquilo que fazemos é dar equilíbrio a nossa meta e superação a essas síndromes, pois depois deste tempo de estudos teremos uma cabeça preparada e equilibrada para o serviço pastoral e o um grande coração de Bons Pastores, concluiu. Dom Antônio agradeceu a comunidade pelo convite e os motivou a sempre convidar os ex-alunos, pois isso é um grande sinal de importância das origens de um salesiano e os fazem muito bem.

Para finalizar, lembrou aos presentes a importância de buscar o senso naquilo que fazemos, e reforçou aos formandos que os estudos devem fazer crescer o coração e não somente a cabeça pois segundo o Papa Francisco existem duas peri-

O Tapiri 21

I ENCONTRO PAROQUIAL DE COMUNICAÇÃO

Pastoral da Comunicação da Paróquia São José Operário-Leste, realizou 23 de março, o I Encontro Paroquial de Comunicação, que contou com a presença dos agentes da PASCOM da Arquidiocese de Manaus, Carlos Alberto e Francilma Grana, que apresentaram as funcionalidades da PASCOM em seus eixos enfatizando a pastoral a nível Manaus.

Comunicação) e alguns integrantes que marcaram presença no evento. O encontro faz parte de um pacote de ações que tem como objetivo, promover o entendimento sobre a funcionalidade da Pascom, sua missão, conceitos e ações conretas, bem como dar início a articulação da pastoral da comunicação nas comunidades que compõem a Paróquia São José Operário-Leste. O evento contou com a presença e participação de paroquianos e

Esteve também presente o leigo José Luis, representando a Inspetoria São Domingos Sávio, onde apresentou como a congregação Salesiana e a comunicação estão divididas a nível mundial, Brasil, regional, inspetorial e local, apresentando também a CIC (Comissão Inspetorial de

O Tapiri 22

agentes da Pascom do Santuário Arquidiocesano São José Operário e Área Missionária Sagrado Coração de Jesus do bairro Cidade Nova.

CONSELHEIRO PARA COMUNICAÇÃO REALIZA VISITA DE ANIMAÇÃO

Inspetoria São Domingos Sávio em Manaus acolheu, de 28 a 30 de março, o Conselheiro Geral para Comunicação Social, padre Filiberto González.

Padre Filiberto visitou na manhã do dia 29/03 o Colégio Dom Bosco de Manaus, participou do “Bom dia” com alunos, educadores e colaboradores, destacou a importância da comunidade salesiana como sinal concreto de um amor que se doa em favor dos jovens, lembrou da importância de novas vocações salesianas e concluiu, o bom dia, alertando sobre o bom uso dos meios de comunicação, principalmente o celular que hoje é o principal instrumento

de relação entre as pessoas e especialmente os jovens. Pela tarde visitou o Pré noviciado localizado no bairro da Alvorada, onde participou de um almoço fraterno, em seguida conversou com os formandos, partilhando sobre as orientações e como funciona para os salesianos a formação no campo da comunicação social. No início da manhã de sábado (30/03), padre Filiberto se reuniu com a Comissão de Comunicação Inspetorial (CIC-Ampliada), no Centro Inspetorial, Comissão formada pelos comunicadores das casas e obras de Manaus. O delegado de comunicação padre José Ivanildo, partilhou sobre os trabalhos, projetos e os desafios da CIC em vista de realizar melhor o trabalho da comunicação na Inspetoria. Padre Filiberto se pronunciou com agrade-

O Tapiri 23

cimentos e falou sobre a importância da comunicação em uma Inspetoria: “É importante realizar sempre trabalhos em sintonia com o inspetor”. Enfatizou também a necessidade da comunicação nas paróquias: “As paróquias às vezes são esquecidas, mas é necessário um olhar especial para a acolhida, ambientação e as homilias porque isso também é comunicação”. Concluiu sua fala motivando a CIC a manter-se sempre em sintonia com o inspetor e o delegado de comunicação, em vista de realizar um trabalho que produza material para evangelização. Durante a tarde, padre Filiberto marcou presença no encontro de comunicadores que contou com a participação de representantes de pastorais, movimentos e obras sociais. No auditório do Centro Inspetorial, o conselheiro geral para comunicação, falou sobre a importância das relações humanas nas escolas e obras salesianas: “Não basta saber o uso de técnicas e instrumentos nas nossas escolas e faculdades, é necessário haver relações interpessoais”.

Comparou uma equipe de comunicação com o sistema circulatório, “cheio de artérias e que precisa funcionar direitinho, não pode ser obstruída, se não, o sangue não é bombeado como deve”, comparando a uma equipe, “não se deve ser muro, e sim ponte. Concluiu suas palavras dirigindo aos participantes uma feliz motivação, Comunicar-se”. A Inspetoria se alegra e agradece pela visita do padre Filiberto, especialmente a Área de Manaus que acolheu, partilhou e refletiu sobre toda a experiência no âmbito da comunicação.

INSPETORIA SÃO DOMINGOS SÁVIO REALIZA O XIX CAPÍTULO INSPETORIAL

conteceu de (01-04 de abril) na Casa de retiros Monsenhor Giordano em Manaus, o XIX Capitulo Inspetorial, o Dabucuri, da Inspetoria São Domingos Sávio, com o tema: Quais salesianos para os jovens de hoje?O Capítulo conta

O Tapiri 24

com a participação de jovens, Filhas de Maria Auxiliadora e membros da Família Salesiana. A celebração de abertura, foi presidida pelo Padre José Ivanildo dando início às atividades do capí-

tulo. Na celebração os capitulares foram motivados a meditar sobre “que salesiano sou para os jovens de hoje?” A dinâmica das velas, ajudou a cada participante a “brilhar em sua missão”. Em seguida padre Daniel Cunha, regulador do capítulo, saudou os capitulares, apresentou o regulamento e fez as devidas atribuições para o bom andamento das tarefas. Após a aprovação do regulamento, o padre Inspetor, Jefferson Luís expôs seu relatório sobre a atual situação da Inspetoria, em seguida as comissões se reuniram para partilhar sobre o relatório e apresentaram em plenária.

A tarde as comissões trabalharam seguintes temáticas: Prioridade da missão com os jovens; Perfil do salesiano para os jovens de hoje; Missão compartilhada entre salesianos e leigos e Temas jurídicos do Capítulo Geral 28. O dia foi concluído com a celebração eucarística e a partilha das reflexões, sobre os núcleos temáticos, em plenário. O Capítulo Inspetorial se estendeu-se até o dia 04 de abril.

O Tapiri 25

ENCONTRO DE SALESIANOS COM ATÉ 15 ANOS DE PROFISSÃO PERPÉTUA

os dias 05 e 06/04 aconteceu, no Centro Inspetorial, o Encontro de Salesianos com até 15 anos de profissão perpétua. Participaram do encontro 18 salesianos, entre sacerdotes e irmãos coadjutores. O encontro contou com a assessoria do padre Ronaldo Zacharias, sdb da Inspetoria de São Paulo que conduziu a reflexão sobre o tema: “Castidade: O desfio da integração entre sexualidade e projeto de vida”.

O encontro é uma iniciativa do padre Inspetor que visa maior integração entre os salesianos e favorece espaços de diálogos e partilhas sobre a vida religiosa.

RETIRO SALESIANO PARA JOVENS EM BARBACENA

quaresma é um tempo propício para a conversão do coração. Os fiéis são convidados pela Igreja a prática do jejum, oração e penitência como forma de preparação para a solenidade que se aproxima, à Pascoa do Senhor.

Os jovens como grande parte dos fiéis também são convidados a vi-

O Tapiri 26

venciar este tempo de recolhimento. Faz-se necessário mostrar este caminho de forma que esta experiência se torne marcante na vida de cada um deles. Neste sentido, a Comunidade Salesiana do Noviciado Sagrado Coração de Jesus de Barbacena, Minas Gerais, realizou entre os dias 05 e 07 de abril o Retiro Salesiano para Jovens com o tema: “A Espiritualidade da Semana Santa”, e tendo como lema: “Eis que faço nova todas as coisas. ” Participaram do encontro 47 jovens, entre 15 e 33 anos, provindos de cidades que abrangem a Inspetoria de Belo Horizonte: Leopoldina, Cataguases, Barbacena, Miraí, Nos-

sa Senhora dos Remédios, São João del Rei – estas do estado de Minas Gerais -, Campos, Niterói e Rio de

Janeiro. Padre Romeu, SDB coordenador do retiro, destacou que o objetivo do encontro foi ajuda-los a fazer uma experiência e uma reflexão da espiritualidade da Semana Santa, propondo o encontro em um final de semana antes da mesma ser iniciada. O Retiro contou com vários momentos – oração, confissão, momentos de deserto e partilha de experiências – utilizados para retratar a vida de Jesus, de modo especial, foi enfocado o mistério de sua paixão, morte e ressurreição. Para o aprofundamento bíblico-catequético da pessoa de Jesus Cristo o retiro contou com palestras ministradas pelos Salesianos Pe. Adalberto Alves, Pe. José Ricardo, Pe. Antônio Pinheiro e Pe. Dênis Dutra. Os momentos de espiritualidade e as dinâmicas utili-

zadas objetivaram proporcionar aos jovens a vivência daquilo que fora refletido e rezado. Por exemplo, a dinâmica da Passarela, que lembrou a entrada de Jesus em Jerusalém, ao passo que a dinâmica de Espiritualidade no campo Society, lembrou o Sofrimento na Cruz. A jovem de Niterói, Beatriz Teixeira, enfatizou a importância de sua participação, ressaltando que aprendeu muito sobre a vida, morte e ressurreição, e fazendo-a lembrar o grande significado que Jesus tem em sua vida. Dom Bosco apontou para a Família Salesiana e para os jovens o maior bem da vida dos seres huma-

nos, Jesus Cristo. Sua experiência de vida e sua predileção pelos jovens especialmente aos mais pobres só tinha sentido porque buscou a todo momento indicar o caminho para Jesus Cristo, o sentido de nossas vidas.

O Tapiri 27

MURAL COMUNITÁRIO - MAIO DE 2019 INTENÇÃO DE ORAÇÃO DO PAPA: A Igreja na África, fermento de unidade para que, por meio do empenho dos próprios membros, a Igreja na África seja fermento de unidade entre os povos e sinal de esperança para este continente.

QUA 01

• • • •

DIA DO TRABALHADOR-FERIADO SÃO JOSÉ OPERÁRIO 57º Assembleia Geral dos Bispos - CNBB (até 10)/Aparecida-SP Aniv. P Alberto Rypel

QUI 02 • Reunião da CIAS • Aniversário de Dom Luis Soares Vieira-Bispo emérito de Manaus SEX 03 • SÃO FILIPE E SÃO TIAGO • Aniv. de L Adelson Gomes Campos SÁB 04 • Comissão Nacional de Formação (até 05)/Campos do Jordão-SP • CRB-Nacional: Assembleia do COMINA (até 07)/Brasília • Aniv. do P Alberto Bresciani DOM 05 • 3º DOM DA PÁSCOA • Escola de Delegados da Pastoral Juvenil Salesiana (até 19)/Turim • 2ª Semana de Convivência Vocacional (até 12)/Iauaretê • Reunião mensal do Conselho Local da AJS/Manaus • Encontro Vocacional/Santuário São José-Centro-Manaus SEG 06 • FESTA DE SÃO DOMINGOS SÁVIO - PADROEIRO DA INSPETORIA • Aniv.do N José Leandro TER 07 • Conselho Inspetorial (até 08) • RSB-Escolas: XVI ENCPOLOS (ate 09)/Brasília • Reunião da FS - Área de Manaus QUA 08 • Reunião do GT de Pastoral-Área de Manaus/Colégio Auxiliadora • Aniv. de Dom Walter Ivan de Azevedo-Bispo emérito de São Ga briel da Cachoeira SEX 10 • Reunião da CIAM • Convivência Vocacional (até 12)/Pará SÁB 11 • SSCC: Reunião do CONSELHO dos Centros Locais/Manaus DOM 12• 4º DOM DA PÁSCOA • DIA DAS MÃES

O Tapiri 28

• DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES • Visita do Inspetor ao Rio Negro: São Gabriel, Maturacá, Santa Isabel e Marauiá (até 22)

SEG 13

• NOSSA SENHORA DE FÁTIMA • FESTA DE MADRE MAZZARELLO • Inspetor e Ecônomo Inspetorial em Rondônia (até 16) • Missão e Envelhecimento (até 17)/Brasília • Aniv. do P Nilson Costa Cruz

TER 14 • SÃO MATIAS • Aniv. do P Natale Vitali-Conselheiro América Cone Sul QUI 16

• SÃO LUIS ORIONE • Reunião da CIF • Encontro Vocacional/Iauaretê • Aniv. do S João Batista Nguyen Duy Tan

SÁB 18 • SÃO LEONARDO MURIALDO DOM 19 • 5º DOM DA PÁSCOA • Aniv. do S Antônio Veiga • Visita Inspetorial em Maturacá (até 24) SEG 20 • Paróquia Missionária (até 24)/Brasília QUA 22 • SANTA RITA DE CÁSSIA • Consulta Mundial Família Salesiana (até 24)/Roma SEX 24 • NOSSA SENHORA AUXILIADORA • Consagração da Missão Salesiana de Iauaretê à Nossa Senhora Auxiliadora em ocasião dos 90 anos de fundação da Missão • Manifestação Mariana/São Gabriel SÁB 25 • Manifestação Mariana: Área de Manaus • Encontro Vocacional/São Gabriel DOM 26 • SÃO FILIPE NERI • 6º DOM DA PÁSCOA • Aniv. do P Ronyvon da Conceição Batista SEG 27 • Aniv. do S Williansmar Costa QUA 29 • BEATO JOSÉ KOVALSKI E COMPANHEIROS • Reunião da CIC SEX 31 • VISITAÇÃO DE NOSSA SENHORA

O Tapiri 29

Cartรฃo de Pรกscoa do Inspetor

O Tapiri 30

Paróquia São José Operário - Leste

Colégio Paróquia Dom Bosco - Centro

Santuário Arquidiocesano São José Operário - Centro

O Tapiri 31

Acesse também nossa biblioteca virtual e confira as publicações desenvolvidas pela Inspetoria:

Av. Visconde de Porto Alegre, 806 Praça 14 CEP:69020-130 | Manaus - AM Fone: (92) 2101-340 / Fax: (92)3232-4649 _saodomingossavio