Maio/Junho - 2019 nยบ 196
Copyright©2019 Inspetoria São Domingos Sávio Todos os direitos reservados ao autor
Inspetor P. Jefferson Luis da Silva Santos Organização Comissão Inspetorial de Comunicação - CIC
Coordenador P. José Ivanildo de Oliveira Melo Delegado para a Comunicação Revisão José Ivanildo Equipe de articulação Animadores de Pastoral Projeto Gráfico Felipe Araújo Articulistas Convidados
T196 O Tapiri: Comunicação Pastoral da Inspetoria São Domingos Sávio BMA / Pe. Jefferson Luís da Silva Santos, SDB (org.); Pe. José Ivanildo de Oliveira Melo (Coord.) Manaus: Editora FSDB, 2019. x, 44 p. II. 15x21cm (Comunicação Pastoral da Inspetoria São Domingos Sávio - BMA) ISSN 2525-3093 Publicação Bimensal 1. Salesianos de Dom Bosco 2. ISMA - Manaus. 3. Comunidade Salesiana. 4. Santos, Pe. Jefferson Luís da Silva. 5. Melo, Pe. José Ivanildo de Oliveira. I. Título.
Elaborada por Zina Pinheiro - Bibliotecária - CRB 11/611
P. José Ivanildo de Oliveira Melo Delegado para a Comunicação
Dom João Marchesi, um dos salesianos que fundou a missão de Iauaretê em 1929, registrou que “é necessário semear sem pressa de recolher os frutos”. De fato, este santo homem estava certo. Transcorrido 90 anos do início da presença salesiana supracitada, podemos contar uma imensidão de frutos produzidos na vida do povo e dos salesianos, do mesmo modo que está claro para nós o quanto é preciso continuar semeando. Esta edição Maio/Junho, nosso imformativo faz memória desses 90 anos de missão. O primeiro texto é uma narrativa da história de fundação da missão feita pelo indígena José Campos; o segundo artigo foi escrito pela Ir. Lidiany Viana, diretora da comunidade das FMA; o terceiro é uma reprodução do discurso do indígena Pedro de Jesus, na celebração de abertura dos festejos da missão em dezembro de 2018. Os textos tem em comum a preocupação em narrar a memória dos anciãos, a partir da percepção que cada narrador tem dos fatos, com suas alegrias e limites. O mês de maio foi de muita festa também para a Família Salesiana, coroada com a Solenidade de Maria Auxiliadora. Neste sentido apresentamos o texto da Ir. Rita Feitosa sobre o dinamismo do carisma salesiano a partir de sua dimensão mariana, expresso de modo muito particular na identidade do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora. Na sequência a senhorita Luciana Reis, SSCC, coordenadora da Província de Manaus conta para nós um pouco da festa dos 143 anos de fundação da Associação do Salesianos Cooperadores. Na seção “Aconteceu” te ajudamos a recordar os principais acontecimentos destes últimos dois meses da vida pastoral missionária de nossas comunidades. Uma boa leitura!
90 ANOS DA PRESENÇA SALESIANA EM IAUARETÊ SALESIANOS DE DOM BOSCO E FILHAS DE MARIA AUXILIADORA | 1929 –2019
IAURETÊ |1880
Na década de 1880, o tariano João teria sido o tuxaua do povoado de Santo Antônio, atual Iauaretê, durante o curto período em que franciscanos estiveram no Uaupés. Os habitantes locais, mais de quatrocentas pessoas, reuniram-se para discutir se queriam ficar com a imagem de Santo Antônio, deixada pelos franciscanos. Mas infelizmente a população recusou-se de ficar com a imagem, vendo isso, tuxaua João guardou a imagem durante 29 anos; somente em 1909 essa imagem foi reencontrada pelo Bispo Dom Frederico Costa, em sua viagem pelo alto Rio Negro que resultaria na implantação das missões salesianas na região. Nessa época dos franciscanos, na década de 1880, Iauaretê chamava-se Santo Antônio. Por estar muito velho o tuxaua João cedeu lugar ao senhor Leopoldino Farnela, foi em seu tempo a chegada do SPI, (Serviço de Proteção aos Índios) e dos missionários. Sendo assim o primeiro tuxaua, Leopoldino e o segundo Nicolau Aguiar, buscaram cultivar diferentes relações, como expressar-se em português. (que para com os chamados civilizados que ambos já sabiam) Nesse período no inicio do século XX, o sr. Manoel Antônio Albuquerque, famoso Manduca, para conquistar os indígenas procurou aproxima-se do Nicolau Aguiar, o segundo Tuxaua. Assim o Manduca é lembrado principalmente pelas violências que praticava por muito tempo contra os índios do Uaupés, tendo chegado a matar um dos Tarianos de Iauaretê. Vendo o excesso de violências do Manduca, os dois tu-
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xauas reuniram-se na maloca, junto da população para decidir como retirar o agressor da área do Uaupés. Tuxaua Nicolau, foi indicado a tomar providencias para sua saída do Uaupés, junto as autoridades militares de Cucuí, no Rio Negro. Como Manduca era compadre do Nicolau sempre chegava na sua maloca com muitas mercadorias e pedia gente para trabalhar no seringal. Mas o Leopoldino sempre lhe negava ajuda, por isso recebia ameaças de morte. Assim, o sr. Leopoldino formou uma equipe e desceu a remo, ao destino Taracuá para solicitar novos missionários. Hoje em dia, afirmamos que os salesianos vieram para Iauaretê graças a agencia do tuxaua Leopoldino. Os salesianos aceitaram o pedido do Leopoldino, então marcaram a data para iniciar seus trabalhos em Iauaretê, aportaram na maloca do Leopoldino, em 27 de setembro de 1927, foi dessa viagem que trouxeram o quadro de São Miguel Arcanjo, no lugar de Santo Antônio. Leopoldino queria também que a missão fosse instalada ao lado do sua maloca. Porém, os missionários tinham planos maiores e precisariam de uma área muito maior para futuras instalações que pretendiam implantar em Iauaretê. E assim, com seu polegar o sr. Leopoldino carimbou um mapa preparado pelos padres, cedendo-lhes uma grande extensão das terras, situado na margem oposta, que estamos vendo atualmente. Nos meses seguintes muitos índios passaram a trabalhar na derrubada das matas e na construção de aterros para as obras. Afirmam-se que o Leopoldino e Nicolau já sabiam falar língua portuguesa naquela época. Com seus modos notáveis, os Tuxauas passariam a conviver mais diretamente com os salesianos e assim manejar nos elementos da civilização que seriam veiculados por meio da obra Missionária; lidar com escrita e com papeis era um instrumento poderoso que se aprendia com os padres. Antes da chegada dos padres salesianos, Manduca controlava tudo. A missão vinha ao encontro de tal objetivo. Ao chegar o Padre João Marchesi explicou ao povo indígena, que o trabalho, educação, catequese e outras coisas feitas pelos salesianos em Iauaretê iriam durar um bom tempo. Tempo mais que suficiente.
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GRANDE DECEPÇÃO
Depois de tantos sacrifícios e trabalhos de Leopoldino, não tardaria que alguma decepção se insinuasse. Afinal os primeiros padres cobrariam um preço caro, pela civilização que traziam no Uaupés. Exigiam o abandono das malocas, dos rituais, das flautas sagradas e a entrega dos instrumentos e adornos cerimoniais. Em troca da civilização, eles pediram a própria riqueza dos índios. Vários foram as regras a serem impostas: negar sacramentos, proibir a entrada na missa, recusar troca de artesanatos, não comprar farinhas em troca de mercadorias da despensa. Pois aquilo que os índios entregaram possuía um grande valor equivalente ao da civilização. Como dizia um dos homens dos Koivathe hoje empenhado no fortalecimento de sua própria cultura “os antigos já tinham muita civilização, só que os padres não entenderam”.
DESESPERO
Assim que tuxaua Leopoldino, uma vez que despojado de seus pertences ancestrais, caiu em enorme tristeza, ficou desesperado e adoeceu, pois já era um homem sem valor. Entristecido e doente decidiu abandonar Iauaretê e viver em Santa Isabel do Rio Negro, e assim os descendentes de Leopoldino são únicos homens desse sib do Koivathe viviam ou ainda vivem fora de Iauaretê.
PRIMEIRA COMITIVA DOS PADRES
Passaram-se os tempos 1914-1927, após 13 anos, chegou a primeira comitiva Missionária em Iauaretê. Eis a palavra de Padre João “Em setembro de 1927, sr. Excia Monsenhor Pedro Massa Prefeito Apostólico da missão, quis visitar Iauaretê, na fronteira do Brasil com a Colômbia. Fomos de canoa, a remo quatro dias de luta, especialmente no ultimo dia foi muito cansativo por causa das correntezas e cachoeiras. Chegamos em Iauaretê no dia 28 de setembro de 1927. Encostamos no povoado do Leopoldino, que nos recebeu com grande alegria. Pediu logo que a família levassem suas redes na cozinha para deixar a casa toda livre para o Prefeito Apostólico e o padre. Celebra-
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mos no dia 29, a festa de São Miguel na casa de Leopoldino, na qual reuniu toda sua gente, que pela primeira vez assistiu a Santa Missa, com grande respeito e silêncio. Depois da Missa lhe transmiti em língua tucana, a finalidade de nossa visita: escolher o lugar de futura Missão afim de realizar entre os tarianos o que estávamos fazendo entre os Tucanos de Taracuá. O Leopoldino ficou contentíssimo e comunicou a sua gente o que eu havia dito. Por força maior tivemos que esperar mais dois anos, para começar a derrubada no lugar da futura Missão”. Em 1929 começou oficialmente a Missão Salesiana.
INTERNATO
Finalmente o primeiro internato começou a funcionar em maio de 1930, abrigando os primeiros quinze alunos indígenas assistidos por três missionários. A partir daí, teve início a construção de aterros e prédios ( casa dos salesianos com internato para meninos, a casa das Filhas de Maria Auxiliadora ) FMA, internato para as meninas, a futura Igreja, o hospital, colégio e diversos barracões para hospedagem, serrarias e olarias, cujo andamento dependeria largamente da mão de obra indígenas. Também os padres criaram setores de aprendizagens tais como: carpintaria, sapataria, agricultura. Para as meninas as irmãs salesianas ensinaram como cozinhar, como lavar roupas, costurar, como cuidar jardim, agricultura, etc. Assim podemos dizer muito obrigado, aos primeiros missionários da Congregação de Dom Bosco e Filhas de Maria Auxiliadora, que ensinaram para nosso avôs e avós, nossas mães. Assim falou um ex-interno de Barcelos: “O internato para mim foi um período bastante proveitoso, pois quase tudo que sei hoje aprendi no internato, era uma educação muito boa, os professores eram quase sempre padres e as freiras que eram bastante preparados e quem tinha interesse de aprender saia de lá com uma educação bastante boa, e
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aqueles que podiam continuar em outros centros, sempre saiam bem. Hoje sinto saudade daquela época. O internato era um convívio de alunos que moravam juntos durante um período de 8 meses, onde todos dividiam as mesmas tarefas, onde recebiam a educação e a colocavam em pratica. Quer dizer os salesianos almejavam formar homens honestos, bons cidadãos de bons cristãos”. E assim finalizando com as palavras de um ex-interno de Barcelos: agradeço em primeiro lugar, o tuxaua Leopoldino Farnela, que trouxe os primeiros missionários e missionárias, que nos trouxeram grande esperança, formação, educação que temos até hoje. Desde ano 1927, a presença dos padres da Congregação Salesiana de Dom Bosco e de Filhas de Maria Auxiliadora, será itinerante e a começar do ano 1929 se tornará permanente. Reconhecemos que vários padres, salesianos passaram a trabalhar no meio dos povos indígenas, conforme vemos no quadro fixado no pórtico da missão. Obrigado pela atenção. José Campos de Lima Ex-Intenato do Colégio São Miguel Arcanjo | Iauaretê | AM. Iauaretê, 16 de junho de 2019.
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MISSÃO SALESIANA DE IAUARETÊ 90 ANOS HISTÓRIA DE LUTAS, SACRIFÍCIOS, EVANGELIZAÇÃO E EDUCAÇÃO, AMANDO JESUS E OS IRMÃOS, COM O CORAÇÃO DE DOM BOSCO A Missão salesiana de Iauaretê é o maior núcleo populacional da Terra Indígena Alto Rio Negro, a qual abrange uma área de cerca de 8 milhões de hectares e está localizada dentro dos limites do município de São Gabriel da Cachoeira/AM. A população atual é de aproximadamente três mil habitantes. Iauaretê é um povoado multiétnico. Quando os salesianos chegaram ao Povoado da Cachoeira das Onças, como era chamado Iauaretê, os missionários se fizeram presente a pedido de uma comitiva formada pelas autoridades da etnia Tariana, como nos relata o senhor Pedro de Jesus: Em 1923, o meu tio Tariano, conhecido na época de Cacique Leopoldino Farnela, criou uma pequena comissão de seus irmãos Tarianos, para realizar uma viagem com destino a Missão Salesiana de Taracuá. Neste ano, o Revdo. Pe. João Marchesi, juntamente com os poucos missionários salesianos, estavam fundando a Missão de Taracuá. O Cacique Leopoldino solicitou do Pe. João uma pequena reunião para apresentar o seu pedido. No dia seguinte, Leopoldino foi convidado para uma reunião; uma vez presentes os Tarianos com os missionários, estes lhes perguntaram qual era o desejo principal. O Cacique Leopoldino, juntamente com os seus irmãos Tarianos falaram: “Pe. João, também nós os Tarianos, não somente os Tarianos e sim querendo para todos os grupos étnicos habitantes do rio Waupés e seus afluentes. Estamos cansados de presenciar a barbaridade praticada pelos aventureiros colombianos e brasileiros, que levam os nossos irmãos indígenas para um trabalho escravo e humilhante de seres humanos. Vossa presença será importante e benéfica para todos nós, os indígenas.” E com este intuito, em 1929 os salesianos comandados por D. João Marchesi se estabeleceram em Iauaretê fundando assim um centro missionário, com oficinas de alfaiataria, carpintaria e dispensário mé-
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dico. As Filhas de Maria Auxiliadora chegaram no ano de 1930, para assim poder completar a obra começada pelos salesianos, ficando responsáveis por acolher as meninas indígenas, a fim de instruí-las, além de se ocuparem de ministrar os estudos elementares, trabalhos domésticos e o cultivo da horta.
Nestes 90 anos de frutuosa presença, não sem dificuldades e desafios, mas também com muito amor e dedicação, passaram por Iauaretê muitos missionários e missionárias, que tocaram o coração desse querido povo e que ainda hoje são lembrados com saudosismo e grata recordação por todo bem que fizeram. Salesianos e Salesianas que com o coração de Dom Bosco, respondendo aos desafios do seu tempo, utilizando dos meios que lhes era possível, nos campos da saúde e educação, foram incansáveis no dar-se e doar-se na Missão. Celebrar os 90 anos da Missão Salesiana de Iauaretê é recordar, trazendo novamente ao coração salesiano que aqui pulsa, a memória daqueles valentes e corajosos missionários e missionárias que aqui moraram e foram capazes de, no sacrifico de uma vida missionária doada na alegria, testemunhar o Amor de Deus aos Povos Indígenas das várias etnias que aqui vivem: Tarianos, desanos, piratapuias, arapaso, hupdah, wanano, Tukano e etc. É deixar-nos levar pela emoção, que toca o coração, ao pensar que eles e elas foram desbravadores dessa campo. Com suor, sacrifício e oração, abriram para nós o campo de missão. Os seus testemunhos nos enobrecem, nos encorajam a continuar, a dar o colorido ao sonho missionário de Dom Bosco.
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Celebrar estes 90 anos, é elevar louvores a Deus, agradecidos por todo bem promovido pelos nossos missionários e missionárias salesianos, que com tanto amor derramaram e continuam a derramar suor e doam suas vidas por causa do Evangelho e amor aos povos indígenas. É também reconhecer a coragem e abnegação dos missionários e missionárias de ontem e de hoje que aqui estão, partilhando a vida e a missão com os povos indígenas desta região. A semente outrora lançada nestes 90 anos, através de sacrifícios, amor e doação rende muitos frutos bons. É lindo perceber a presença de sacerdotes e Irmãs Indígenas, filhos de Iauaretê, que engrossam as fileiras de nossas Congregações. Que através da simplicidade e a inculturação, são capazes de tocar e fazer pulsar ainda mais o coração de seus parentes. Comemorando os 90 anos e caminhando rumo ao centenário de nossa presença, somos convidados(as) a ampliar o olhar e parafraseando o nosso saudoso São João Paulo II, precisamos olhar o passado com gratidão, percebendo o muito que se fez em resposta ao “Da mihi animas coetera tolle” e o “A ti as confio”; viver o presente com paixão, reconhecendo que somos nós: SDB, FMA e os leigos indígenas os continuadores desta linda e desafiante missão e abraçar o futuro com esperança, confiando e caminhando juntamente com as futuras gerações. Que Maria Auxiliadora e nossos santos e santas salesianos, intercedam por nós, a fim de que possamos continuar a sermos, sinais do Amor de Deus. Ir. Lidiany Viana Diretora da Comunidade de Iauaretê
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ABERTURA ANO JUBILAR – 90º DE SALESIANIDADE EM IAUARETÊ SANTA MARIA (IAUARETÊ), 08/12/2018 Revmo. Senhor Padre Diretor e pároco da Missão Salesiana de São Miguel Arcanjo. Revma. Diretora da Comunidade das Filhas de Maria Auxiliadora, Senhores Líderes da Comunidade de Santa Maria e demais líderes indígenas de outras comunidades do Centro de Iauaretê, mais conhecido hoje por Cachoeira das Onças. Senhores Professores e professoras, Pais da famílias e o povo presente nesta grande festividade da Imaculada Conceição, 8 de dezembro de 2018. Para mim é um grande motivo de alegria e regozijo, de os lideres me haverem concedido este espaço e poder pronunciar umas palavras de grande importância, neste belo dia de Nossa Senhora Imaculada, mãe de Jesus e Mãe Nossa, que está ao nosso lado dia e noite, nos convidando para que todos pensemos em mudar de vida cada dia que passa. Também para todos nós os paroquianos, neste ano se celebra os 90 anos da chegada dos missionários Salesianos, Filhos de Dom Bosco e Filhas de Maria Auxiliadora em nosso meio. Para todos nós meus irmãos, a Paróquia São Miguel Arcanjo, nunca ficou sem Padres e Filhas de Maria Auxiliadora, desde a sua Fundação no ano de 1930, graças a Deus! Realmente Nosso Senhor Jesus Cristo e sua mãe, Maria Santíssima Imaculada, apesar de algumas vezes havermos magoado o coração sensível de nossos missionários com nossas atitudes não próprias de verdadeiros cristãos católicos. Também relataremos um breve histórico da chegada dos primeiros salesianos, Filhos de Dom Bosco, aqui em Iauaretê. Segundo o relato de meu pai, Casimiro de Jesus e de minha mãe, Balbina Gomes, do grupo Wanano e demais meus tios Tarianos, profundos conhecedores do
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fato. Contaram o seguinte: “Em 1923, o meu tio Tariano, conhecido na época de Cacique Leopoldino Farnela, criou uma pequena comissão de seus irmãos Tarianos, para realizar uma viagem com destino a Missão Salesiana de Taracuá. Neste ano, o Revdo. Pe. João Marchesi, juntamente com os poucos missionários salesianos, estavam fundando a Missão de Taracuá. O Cacique Leopoldino solicitou do Pe. João uma pequena reunião para apresentar o seu pedido. No outro dia seguinte, Leopoldino foi convidado para uma reunião; uma vez presentes os Tarianos com os missionários, estes lhes perguntaram qual era o desejo principal. O Cacique Leopoldino, juntamente com os seus irmãos Tarianos falaram: “Pe. João, também nós os Tarianos, não somente os Tarianos e sim querendo para todos os grupos étnicos habitantes do rio Waupés e seus afluentes. Estamos cansados de presenciar a barbaridade praticada pelos aventureiros colombianos e brasileiros, levar os nossos irmãos indigenas para um trabalho escravo e humilhante de seres humanos. Vossa presença será importante e benéfica para todos nós os indígenas. O Revdo. Pe. João lhe respondeu: Eu virei. Porém vou aguardar um tempo a chegada de mais missionários. E por muita sorte, somente no ano de 1927, chegou a primeira Comissão de Missionários Salesianos comandado por Monsenhor Dom Lourenço Giordano, com Revdo. Pe. João e demais missionários encostando bem no porto principal de Santa Maria, segundo os meus antepassados, mais ou menos as 03 horas da tarde, se hospedou na casa do Cacique Leopoldino no dia 28 de setembro de 1927. O senhor Pe. João falou com o cacique que no dia seguinte seria celebrada a primeira missão aqui no centro de Iauaretê com a presença de todos os Tarianos, assim foi feito. Na homilia, Dom Lourenço falou que somente em 1930 seria aberta a missão, assim que chegassem mais missionários. A Comissão veio para dar o reconhecimento da área por onde seria levantada a missão. Assim foi feito: No ano de 1930, a Missão foi fundada com a ajuda de todo o povo indígena de todos os grupos que hoje conhecemos. Nessa época aqui no Centro, somente haviam poucas famílias de Tarianos, como passar dos tempos, por causa da escola em ano de 1980, os pais dos alunos após o fechamento do internato foram
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obrigados a virem acompanhar seus filhos, ocupando neste centro de Iauaretê, como está até hoje. Meus queridos irmãos, se fossemos contar a história essa bem detalhada seria um grande livro. Quantos missionários salesianos que trabalharam nessa missão salesiana. Vieram de longínquas terras e deram sua vida para o serviço de Deus e para o serviço de deus irmãos mais necessitados. Estão presentes em nosso meio até hoje, graças a Deus. Cabe a nós, hoje, neste dia Festivo da Imaculada Conceição, a saúde e uma longa vida a todos os nossos missionários salesianos e Filhas de Maria Auxiliadora. Nosso Senhor um dia disse: “A messe é grande e poucos e pouquíssimos missionários! Peçamos a Nosso Senhor Jesus e a Imaculada para que apareçam mais vocações religiosas em nosso meio, em nossas terras indígenas. Muito Obrigado! Pedro de Jesus Gomes - Tariano
Paróquia São Miguel Arcanjo - Iauaretê - AM
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FILHAS DE MARIA AUXILIADORA Filiação e Dinamismo Cada Fundador expressa no nome que atribui à Congregação por ele iniciada a síntese da sua visão carismática, o seu projeto, a sua inspiração. O nome evoca, portanto, aspectos da identidade com os quais um Instituto religioso se caracteriza na Igreja. Filhas de Maria Auxiliadora é o nome dado por D. Bosco ao seu Instituto desde o primeiro esboço das Constituições. Desse título, proponho-me a destacar brevemente dois aspectos: a filiação e o dinamismo.
1. FILIAÇÃO A filiação é uma realidade constitutiva da pessoa como também o ser criatura, o gerar e ser gerado. A filiação é pressuposto e fundamento da relação fraterna. Mas a fraternidade não é automática (ex.: Caim e Abel). Somos todos chamados a nos tornarmos irmãs e irmãos entre nós e com o cosmos. Educar-se e educar à filiação é sinal de amor, gratidão, respeito e cuidado, seja com Deus, com Maria, como também, com os outros e com a natureza. Na fé cristã, por graça, a filiação humana é elevada ao mundo divino: em Jesus, o Filho de Deus, no Espírito Santo, nos tornamos filhas e filhos do Pai. Paulo, contemplando esse misterioso plano de salvação, o sintetiza de modo admirável: “Quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sob a Lei, a fim de resgatar os que estavam sob a Lei, de modo que recebêssemos a adoção de filhos” (Gl 4,4-5). Graças ao Filho, nos tornamos filhos e filhas do Pai e irmãos e irmãs entre nós. O Espírito Santo clama em nós “Abbà” (Gl 4,6) e nos educa a sermos filhos; Maria é a mãe que nos foi dada por Jesus. “Mulher, eis aí o teu filho” (Jo 19,26-27). Ser Filho de Maria é a experiência própria de Jesus de Nazaré. O evangelista Marcos nos informa que Jesus era assim identificado: “Não é esse o Filho de Maria? - dizem perplexos os seus concidadãos” (Mc 6,3). Ser filho de Maria pertence à Sua identidade. Assim como Jesus nos torna participantes de sua filiação divina, do mesmo modo
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nos faz participar do seu “ser” Filho de Maria. Nele somos filhos na dúplice dimensão: divina e humana e, portanto, estamos em profunda comunhão entre nós, formando a sua grande Família.¹ E nosso Instituto FMA existe por inspiração de Maria, e ela continua sendo sua Mestra e Mãe (cf C.4), e nós, suas discípulas e filhas, como Maria Mazzarello, cuja vida foi marcada por um forte e confiante amor filial. Ainda bem jovem, torna-se Filha da Imaculada. Mais tarde, aceitou com entusiasmo e inteireza a proposta de D. Bosco: Filha de Maria Auxiliadora. Privilegiou também a Addolorata, como DB a Consolata. Mas, foi à Auxiliadora que se entregou totalmente, com tanta fé e confiança que todas as noites depositava as chaves da casa aos seus pés. D. Rua e D. Rinaldi sublinhavam frequentemente a identidade da FMA, que se exprime não somente como relação filial com Maria, mas como relação entre Irmãs em nível de recíproca acolhida e como maternidade na missão educativa. Em 1918, D. Rinaldi numa conferência às FMA de Turim assim afirma de modo incisivo: “Filhas, recordai-vos bem: não Damas, não Mães, nem Mestras, nem Irmãs, nem Servas, mas FILHAS!”² Em Mornese, ser FMA não podia consistir somente em práticas devocionais, mas cada uma deveria impregnar-se da missão materna de Maria Auxiliadora, especialmente para com as meninas internas. Assim, gradativamente, entendia-se e passava-se à vivência do título assumindo a própria identidade mariana como filhas e mães. 2. DINAMISMO DO NOME De Filhas da Imaculada a Filhas de Maria Auxiliadora. A filiação continuou. O que muda, então, se D. Bosco era também um grande devoto da Imaculada? De fato, desde os inícios de sua obra, D. Bosco adotara a Imaculada como referencial de graça, de pureza, imagem de uma humanidade plenamente realizada segundo o projeto de Deus. E continuará apostando nessa devoção. Mas, chegando à maturidade de seu projeto como sacerdote-educador, concluiu que a dimensão da solidariedade, do altruísmo, da ajuda, do dinamismo devia nortear sua obra de evangelização e de pastoral. O Pe. Viganò observa: “A doutrina da Auxiliadora comporta, como
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consequência necessária, uma atitude de compromisso operativo incansável e corajoso que foi, em Dom Bosco, um dos aspectos mais característicos da sua devoção mariana: a Consolata, ou a Salete, ou a Imaculada Conceição não teriam oferecido uma apropriada exigência prática caracterizante dele e dos numerosos devotos (de modo particular a Família Salesiana) com a mesma força e a mesma fisionomia apostólica com que os define a Auxiliadora”. E acrescenta: “A Auxiliadora aparece como o vértice do que Dom Bosco sentia de Maria: advogada, socorro, mãe dos jovens, protetora do povo cristão, vencedora do demônio, triunfadora das heresias, auxílio da Igreja em dificuldade, baluarte do Papa e dos Pastores assediados pelas forças do mal”.³ Claro que as aparições de Nossa Senhora em Spoletto e as circunstâncias e desafios eclesiais, políticos e sociais, também, contribuíram para essa escolha. Tanto que um dia D. Bosco, preocupado, desabafa com D.Cagliero: “N. Senhora quer que nós a honremos sob o título de “Auxilium Christianorum”; os tempos correm tão tristes que temos realmente necessidade que a Virgem Santíssima nos ajude a conservar e a defender a fé cristã” (MB 7,334). Para Ela e com Ela construiu uma linda igreja num tempo recorde de três anos. Mas, sentia, também, a necessidade de construir um templo de pedras vivas para testemunhar sua gratidão à Auxiliadora e ter uma congregação que fizesse pelas meninas o que ele já vinha fazendo pelos meninos. E era um “pedido” de Maria. E no dia 05 de agosto de 1872, durante a Celebração Eucarística que dava início ao nosso Instituto, D. Bosco, oficialmente confirmou o nome dizendo: “Seja glorioso para vocês o título de Filhas de Maria Auxiliadora. Pensem muitas vezes que o seu Instituto deve ser o monumento vivo da gratidão de Dom Bosco à grande Mãe de Deus, invocada sob o título de Auxílio dos Cristãos”. (Cron I. 266). No art.4 das nossas Constituições afirmamos que iremos nos esforçar para “adquirir o DNA de Maria” para sermos, a seu exemplo, outras tantas “auxiliadoras”. Para quem? Para as jovens e os jovens, especialmente, as mais pobres. Como D. Bosco outrora, percebemos que hoje os tempos não são menos difíceis do que no século XIX. E nos perguntamos: Quais são as ideologias que manobram a história? Qual, afinal, o segmento mais vulnerável? É o próprio Papa Francisco que, em sua Exortação Pós-Sinodal
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“Christus Vivit”, nos alerta sobre as “Formas de vulnerabilidade” em que muitos adolescentes e jovens se encontram. Eis algumas: marginalização e exclusão social, por motivos religiosos, étnicos ou econômicos; gravidez na adolescência e o flagelo do aborto, bem como a propagação do HIV; as diferentes formas de dependência (drogas, jogos de azar, pornografia, etc.) a situação das crianças e jovens de rua; a ideologia de gênero; a proliferação de formas de mal-estar psicológico, depressão,(auto-mutilação) e o trágico fenômeno dos suicídios. violências em contextos de guerra: raptos, extorsões, crime organizado, tráfico de seres humanos, escravidão e exploração sexual, estupros... O Papa lembra, ainda, que “O ambiente digital é também um território de solidão, manipulação, exploração e violência, até o caso extremo da “dark web”. 4 Diante desses desafios tão grandes e variados, nós, FMA, nos questionamos: como está o nosso olhar e atuação pedagógico-pastorais sobre a realidade dos jovens? Quais provocações nos tiram do “sofá”? Quais possíveis respostas? Quem poderá nos auxiliar? Como D.Bosco e Madre Mazzarello, dizemos: Maria Auxiliadora; e envolvendo os próprios jovens num grande mutirão de lideranças. A Família Salesiana, lógicamente, marcando presença significativa. CONCLUINDO... O dinamismo do nosso carisma não nos permite viver a dimensão mariana apenas no aspecto devocional, afetivo. Um amor filial que não se compromete com a causa pela qual o Filho de Maria deu sua vida e ela se tornou sua primeira colaboradora, permanece superficial, desacreditado. É apenas emoção. Assumir a dimensão filial e fraterna da existência significa abrir-nos à perspectiva da maternidade/paternidade espiritual. É gerar e cuidar da vida. Não deixar que a alegria da festa se transforme em tristeza, que as talhas continuem frias e vazias servindo apenas para rituais arcaicos. Que Maria venha
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em nosso auxílio e antecipe a “hora” de crermos que seu Filho pode nos dar o vinho novo de um dinamismo criativo, compartilhado, e do entusiasmo por Ele e pela sua Causa. Assim nos tornaremos, com Maria, verdadeiro AUXÍLIO para as/os jovens que estão no caminho da desesperança e até da morte, para que retornem à alegria da vida plena na experiência do encontro com Cristo Ressuscitado. Ir. Rita Feitosa Lopes - FMA
Fontes: 1.Cf. Reungoat Yvonne, Nei sentieri della nuova Evangelizzazione, in Filialità - 8 Ed.Vaticana (2014) 2.Filippo Rinaldi, in Filialità, 394 3.Egidio Viganò, Maria renova a Família Salesiana de Dom Bosco - Atos do Conselho Superior, N. 289, 1978 4.Exortação Pós-Sinodal “Christus Vivit”, Papa Francisco, nº 72-76 (2019)
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É FESTA NA ASSOCIAÇÃO DOS SALESIANOS COOPERADORES Nós Salesianos Cooperadores completamos 143 anos de fundação e história permeada de muitas alegrias, trabalho colaborativo e incansável na evangelização do jovens.A Associação dos Salesianos Cooperadores nasceu do coração de São João Bosco e foi aprovada oficialmente em 9 de maio de 1876. A intensão era de fundar uma sociedade cujos membros partilhassem do projetos de sua obra em prol da juventudade mais necessitada e se tornassem membros externos, verdadeiros salesianos no mundo, aos quais deu um regulamento específico com um título já por si elucidativo: Cooperadores Salesianos, ou seja, um modo prático de fazer o bem na defesa dos bons costumes e ao serviço da sociedade civil. Somos o terceiro ramo da Família Salesiana,a história nos fala hoje de uma Associação com mais de 30.000 membros, presente em mais de 90 países,razão para se alegrar e para celebrar,razão também para olhar com esperança para o futuro da nossa associação. No Brasil somos divididos por Províncias vinculadas as Inspetorias dos Salesianos de Dom Bosco. A nossa Província de Manaus surge da audácia dos padres e irmãs sendo eles diretores de escolas e obras sociais pela Amazônia, que de forma conjunta vêem em nós a força necessária para a continuidade do seu legado evangelizador para estar ao lado dos jovens e das famílias .A partir disso os próprios padres salesianos e irmãs salesianas percebem nos leigos ligados as casas , àqueles com a Vocação , mergulhados no Carisma Salesiano , que vivenciam o Sistema Preventivo e se preocupam com o desenvolvimento de cada criança , adolescente e jovem que passam nas escolas, nas obras. Os leigos são formados na dimensão Humana, na dimensão Cristã, na dimensão Salesiana e na Vida Pastoral e depois de um
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período essencial de formação recebem o Projeto de Vida Apostólica (PVA) escrito por Dom Bosco e aprovado por Papa Pio IX e fazem as promessas perante a assembléia de fiéis, com a presença daquele que representa o Reitor Mor na Província e com o apoio daquela que representa a Madre Geral. Com o crescimento da visibilidade dos Salesianos Cooperadores no meio do povo, intensificou-se as atividades na sociedade civil , hoje tanto os Salesianos de Dom Bosco como as Filhas de Maria Auxiliadora apoiam as atividades exercidas por nós. Nossa Província divide-se em 9 centros locais, sendo eles: C.L São Domingos Sávio (Manaus- Am), C.L Dom Bosco ( Manaus- Am) , C.L Mamãe Margarida ( Manauas- Am), C.L São José ( Manaus-Am), C.L Teotônio Ferreira ( São Gabriel-Am), Pe. Lourenço Bertolusso ( Belém- Pa) , C.L Bento Balarscine ( Ananindeua-Pa), C.L Madre Mazzarello ( Salinas-Pa), C.L Dom Bosco ( Porto Velho -Ro) , somos 170 Salesianos Cooperadores e atuamos em todas as formas de apostolado, cultivamos como preferenciais: a catequese, a formação cristã, a animação de grupos, a assessoria aos movimentos juvenis e familiares, a colaboração em centros educativos e escolares, o serviço social entre os pobres, a comunicação social, o engajamento na pastoral vocacional, o trabalho missionário e estamos convictos que com a alegria e o trabalho realizado com afeto filial , fazemos o diferencial na vida de tantas pessoas que estão em nosso meio. 143 anos é tempo mais que suficiente para sermos presença em todos os espaços eclesiais, sociais, políticos, econômicos e evangelizar explicitando o pensamento: “honestos cidadãos e bons cristãos”. Desenvolvemos atividades com simplicidade, otimismo, criatividade, vivência comunitária, ardor missionário ,espiritualidade eucarística e mariana. A Associação deve ter um rosto e uma presença viva em favor da missão e temos gratidão por tudo vivenciado até hoje ,sabemos também que estamos inseridos em nova realidade com novas
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linguagens juvenis e precisamos caminhar lado a lado com os jovens refletindo e atuando como Dom Bosco faria se estivesse vivendo neste tempo, não podemos ter medo de ir além, pois estamos unidos a uma grande família, a Família Salesiana e pertencemos à uma Associação que é dom de Dom Bosco para a Igreja, para o mundo. Juntos somos mais fortes. Ânimo e entusiasmo!
Luciana Reis Cruz Salesiana Cooperadora Coordenadora da Província de Manaus
ACONTECEU TROTE SOLIDÁRIO BENEFICIA COMUNIDADES INDÍGENAS E RIBEIRINHAS DA ÁREA DO ALTO RIO NEGRO
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5ª edição do Trote Solidário dos cursos de Administração e Tecnológicos da Faculdade Salesiana Dom Bosco de Manaus, arrecadou 12.393 itens de material escolar, que inclui: cadernos, mochilas, caixas de lápis de cor, giz de cera, brinquedos educativos, livros, infantis, lápis, borracha, entre outros. O material será doado às comunidades indígenas e ribeirinhas do Alto rio Negro, nos municípios de Santa Isabel e São Gabriel da Cachoeira. A atividade de cunho social beneficiará as obras atendidas pelos salesia-
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nos, mas também atenderá a outras instituições filantrópicas da cidade de Manaus. Nas quatro edições anteriores do evento já foram arrecadados mais de 100 mil itens que foram entregues às comunidades, a partir do engajamento dos acadêmicos e participação de parceiros externos.
RETIRO TRIMESTRAL COM A FAMÍLIA SALESIANA EM BARCELONA - MG
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o dia 08 de Junho na Capela Semi-Pública Sagrado Coração de Jesus em Barbacena-MG, foi realizado o Retiro Trimestral com a Família Salesiana. O encontro contou com a presença da ADMA, Salesianos Cooperadores, VDBs, Salesianos e Noviços das Inspetorias
de Belo Horizonte, Campo Grande e Manaus. Padre Sedney Manja, atual Diretor do Pré-Noviciado e Delegado Inspetorial para a Formação foi o pregador do retiro. O tema abordado foi a Estréia 2019 cujo lema é: “Para que a minha Alegria esteja em vós” (Jo 15,11). Foi um momento muito enriquecedor de encontro com o Senhor que nos chama a santidade e de integração como uma única família. Após o retiro houve um almoço especial em comemoração do aniversário do padre Adalberto Alves de Jesus, Diretor e Mestre de Noviços.
EXPERIÊNCIA MISSIONÁRIA EM IAUARETÊ
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m ocasião dos 90 anos de fundação da Missão Salesiana de Iauaretê, padre João Mendonça ministrou um curso para catequistas e conta sua experiência missionária na Missão. No dia 08/06 foi iniciado a formação de catequistas à luz da iniciação cristã. Foram 150 catequistas e ministros da Palavra e Eucaristia. Estavam presentes pelo menos 8 grupos étnicos, porém eles entendem bem português. Foi muito bom. Visitei a comunidade São Miguel e presidiu a Eucaristia. Capela repleta, cantos animados e uma assembleia
atenta, em seguida um face regional com quinhampira. No domingo de Pentecostes presidi a eucaristia com a igreja paroquial repleta. No final , fiz o envio dos catequistas e recebi belos presentes das comunidades. Uma viagem que se coloca dentro das celebrações dos 90 anos da missão. Fique o muito contente de encontrar o salesiano Leomar, padre Jacinto, o voluntário Patrick e as irmãs salesianas. Agradeço a Deus por esta rica experiência. Deus abençoe o trabalho missionário desses nossos irmãos e irmãs. Retorno à Belém
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renovado. A coroação de Nossa Senhora, foi realizada pelo grupo JSC (Juventude Solidária Cristã) e a turma de Crisma do Santuário São José, motivados pelo tema da campanha da fraternidade “Fraternidade e Políticas Públicas” representaram as necessidades sociais dos imigrantes,
indígenas, mulheres e jovens. Após a celebração, foi servido lanche e realizado o oratório festivo bem ao estilo salesiano com muita diversão e músicas, pois, uma casa salesiana sem música, é como um corpo sem alma.
VISITA PASTORAL NAS COMUNIDADES DE MATURACÁ
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e 20 a 26 de maio foi realizada visita pastoral nas comunidades de Nazaré, Aiari, Marvin, Cachoeirinha, Inambu e Maia que fazem parte da paróquia Nossa Senhora de Lourdes, na Missão Salesiana de Maturacá/AM. Na ocasião o bispo diocesano Dom Edson Damian se comprometeu na construção de duas capelas nas comu-
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nidades de Aiari que recebeu uma imagem de Dom Bosco, doada pelo padre João Benedito e outra capela na comunidade do Inambu. No domingo dia 26/05 durante a celebração da Eucaristia, 23 jovens receberam o sacramento da Confirmação.
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FAMÍLIA SALESIANA CELEBRA MARIA AUXILIADORA
dia 24 de maio é dedicada a Nossa Senhora Auxiliadora, data na qual a Família Salesiana no mundo inteiro festeja e celebra com grande devoção a “Maria Auxiliadora dos cristãos”. A Inspetoria São Domingos Sávio de Manaus, com suas diversas presenças na Amazônia também fez suas homenagens a nossa Mãe Maria. Confira as celebrações Marianas!!! Colégio Nossa Senhora do Carmo-Belém: A solenidade de Auxiliadora foi agraciada, recebendo a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré. Veja o evento no link: https://www.facebook.com/1679868092277961/posts/2298694250395339/ Colégio Dom Bosco de Porto Velho: A celebração foi presidida pelo padre Francisco Lima (Chicão), alunos, pais e devotos de Maria Auxiliadora estiveram presentes na quadra do colégio. A celebração foi realizada no dia 23 de maio, já que
no dia da solenidade (24/04), é feriado na cidade de Porto Velho. Nossa Senhora Auxiliadora é a padroeira da cidade. Confira as fotos no link abaixo: https://web.facebook.com/ colegiodomboscoportovelho/?tn-str=k%2AF Colégio Dom Bosco-Centro/ Manaus: A família salesiana está em festa!!! Foi nessa alegria que a comunidade educativa festejou Maria Auxiliadora, a missa foi presidida pelo padre Inspetor, Jefferson Luís. Confira no link: https://www.facebook.com/936136516399614/posts/2456463794366871/ Colégio Nossa Senhora Auxiliadora-Manaus: As Filhas de Maria Auxiliadora-FMA, se reuniram na Capela do colégio para festejar a patrona da congregação. Presidiu a celebração o padre José Ivanildo, reitor do Santuário São José-Centro, confira a bela celebração: https://www. facebook.com/180730471982158/ posts/2223762664345585/
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FESTIVIDADE DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
o dia 13 de maio, se recorda o dia de Nossa Senhora de Fátima. Em Porto Velho, as festividades iniciaram, no dia 10/05, com o tríduo em preparação a solenidade da Padroeira. Durante o dia, cinco celebrações foram realizadas e presididas pelos padres: Humberto Costa, Gilson Falcão, Alberto Rypel e Francisco Lima (Chicão). A última
celebração, seguida de procissão luminosa, foi presidida pelo Inspetor, padre Jefferson Luís. Em recordação ao dia de Nossa Senhora de Fátima, peçamos que Maria seja sempre modelo de Santidade e sinal do amor misericordioso de Deus por nós.
ENCONTRO MARIANO DOS JOVENS RIONEGRINOS-JRN’S
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o dia 11/05, sábado, o grupo da Juventude Salesiana Indígena do Alto Rio Negro denominados Jovens Rio Negrinos realizaram o ENCONTRO MARIANO DOS JRN’S 2019, com a temática intitulada: “A figura de Mãe a partir do sonho dos 9 anos de Dom Bosco” realizado na Obra Social do Pró-Menor Dom Bosco, no Bairro da Alvorada em Manaus. O encontro iniciou as 9h da manhã, com o momento formativo apresentado pelo Pré-Noviço Salesiano Josimar Pinheiro que expla-
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nou sobre a história do sonho dos 9 anos de Dom Bosco, enfatizando os sentidos vocacionais de Dom Bosco naquele período, onde Joãozinho vivencia o descobrimento da sua missão e a vocação.
Em seguida o Pré-Noviço Salesiano Olex Max, continuou as atividades dinâmicas para o aprofundamento da temática. A celebração eucarística foi presidida pelo Padre Franciclei Borges Sdb, encarregado do Pré Noviciado. Na homilia, o celebrante ressaltou a importância da leitura para os jovens como o sentido Mariano enraizado pelas culturas indígenas do Alto Rio Negro. Enfatizou também da
necessidade do encontro para preservar a identidade indígena, assim estimulando aos jovens sobre protagonismo juvenil nas instituições em que frequentam, para serem os defensores de suas realidades culturais. O encontro foi concluído com o almoço, servindo prato tradicional do Alto Rio Negro, a Quinhampira. Seguido da apresentação e partilha do vídeo “o sonho dos nove anos de Dom Bosco.
ESTUDANTES DO GERINI RECEBEM MINISTÉRIOS DE LEITORADO E ACOLITATO
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o IV Domingo da Páscoa (12/05) - Domingo do Bom Pastor e jornada mundial de oração pelas vocações, 27 estudantes de teologia da UPS (Universidade Pontifícia Salesiana) da comunidade do Gerini - Roma, deram mais um passo rumo ao presbitério da Igreja. Eles receberam os ministérios de Leitorado e Acolitato. A instituição dos ministérios aconteceu na missa vocacional, celebrada na Paroquia
do Sagrado Coração de Jesus, às 19h. Presidiu a celebração e conferiu os ministérios o Vigário do Reitor Mor Padre Francesco Cereda. Os salesianos do primeiro ano de teologia receberam o ministério do Leitorado, entre eles o estudante Wellington Abreu da inspetoria São Domingos Sávio-Manaus. Já os estudantes do segundo ano receberam os ministérios do Acolitato.
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ESCOLA PASTORAL JUVEIL EM TURIM
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conteceu em Turim/Itália (10/05), a segunda edição de formação “Escola de Pastoral Juvenil Salesiana 2019”, liderada pelo P. Fabio Attard, Conselheiro Geral para a Pastoral Juvenil, com a participação de cerca de 40 delegados inspetoriais para a Pastoral Juvenil. A primeira edição do evento foi realizada pelo Departamento para a Pastoral Juvenil há três anos; os delegados têm o privilégio de viver 15 dias de formação nos “lugares
salesianos”, baseados no aprofundamento da identidade e da missão do serviço como delegados inspetoriais. Os temas incluem “a cultura de reflexão e avaliação”, “a comunidade educativo-pastoral”, “o projeto educativo-pastoral salesiano”, “gestão do tempo”, “o Sistema Preventivo”, “a vida espiritual”, o manual do Delegado para a PJ, “acompanhamento pessoal” e algumas figuras da espiritualidade salesiana.
COMISSÃO NACIONAL DE PARÓQUIAS SALESIANAS
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os dias 07 e 08 de Maio de 2019, na cidade de Cuiabá/ MT, aconteceu a reunião da Comissão Nacional de Paróquias Salesianas. Participaram da reunião: Padre Jonathan (coordenador da Comissão) da Inspetoria de Belo
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Horizonte/MG; Padre Harison Leandro, da Inspetoria de Recife/ PE; Padre. Antônio, da Inspetoria de Porto Alegre/RS; Padre Sabino, da Inspetoria de São Paulo/SP; Padre Gilson da Inspetoria de Manaus/ AM e Padre Ângelo da Inspetoria
de Campo Grande/MS. Na reunião os membros da comissão refletiram sobre: Avaliações que os párocos das Inspetorias fizeram do encontro de 2018; a programação do encontro
que vai acontecer em setembro deste ano e a organização e avaliação do calendário da comissão.
CONSELHO INPETORIAL RECEBE A VISITA DO ENCARREGADO DO PRÉ NOVICIADO
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o segundo dia (08/05) de reunião, o Conselho Inspetorial recebeu a visita do padre Franciclei Borges, Encarregado do Pré Noviciado em Manaus. Padre Franciclei presidiu a celebração do dia e em seguida participou da avaliação dos escrutínios, uma espécie de exame avaliativo da caminhada de cada
jovem que participam das etapas de formação da congregação salesiana. Padre Franciclei, é responsável pelo a etapa do pre noviciado salesiano na Inspetoria. Unidos em preces, rezemos pelo bom êxito da conclusão da reunião.
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COROINHAS CELEBRAM O DIA DE SÃO DOMINGOS SÁVIO
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o dia 05 de maio, em comemoração a São Domingos Sávio, a Paróquia São José Operário Leste (Manaus) e o Santuário Nossa Senhora de Fátima (Porto velho),celebraram a renovação de compromissos e vestiduras dos coroinhas.
As celebrações foram presididas por padre Wilson Barros (Manaus) e padre Gilson Falcão (Porto Velho). A Inspetoria São Domingos deseja aos coroinhas excelente serviço, e que a exemplo de Domingos Sávio busquem fazer bem todas as coisas e estar sempre alegres, pois, nisto consiste a santidade.
REUNIÃO DA COMISSÃO INSPETORIAL DE FORMAÇÃO
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anaus/AM - Neste dia do Patrono da Inspetoria São Domingos Sávio (06/05), se reuniu na sede Inspetorial a Comissão Inspetorial de Formação (CIF) alguns membros estavam ausentes por motivos de outros compromissos (padre Reginaldo Cordeiro, padre Gilson Falcão e o Irmão. Dernival Martins).
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Na pauta da reunião coordenada pelo padre Daniel Cunha escuta e socialização de alguns eventos já realizados: 1. Encontro para Salesianos de votos perpétuos até 15 anos realizados logo após o Capítulo Inspetorial nos dias 05 e 06 de abril; 2. Realização do encontro do Quinquênio ocorrido em São Paulo com a presença de vários irmãos em Campos do Jordão/SP; além de uma partilha da Reunião da Comissão Nacional de Formação (CNF) também em São Paulo que teve como representante o padre José Ivanildo. A comissão também tratou de encaminhamentos futuros como as férias dos formandos e a assembleia
dos formandos a ser realizado no segundo semestre. A Inspetoria sediará em setembro o Encontro Regional de Formação promovido pelo Dicastério da Formação e apoio da CNF/Brasil. O evento contará com a
presença do Delegado de Formação, padre Ivo Coelho, o conselheiro prevê uma visita específica ao pré-noviciado a fim de conhecer o funcionamento desta etapa na Inspetoria.
GALERIA N. S. AUXILIADORA Ananindeua
Colégio Auxiliadora
Carmo Belém
Colégio Dom Bosco - Manaus
Ji-Paraná
Manifestação Salesiana
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Acesse também nossa biblioteca virtual e confira as publicações desenvolvidas pela Inspetoria:
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