Setembro/Outubro - 2019 nยบ 198
Copyright©2019 Inspetoria São Domingos Sávio Todos os direitos reservados ao autor
Inspetor P. Jefferson Luis da Silva Santos Organização Comissão Inspetorial de Comunicação - CIC
Coordenador P. José Ivanildo de Oliveira Melo Delegado para a Comunicação Revisão José Ivanildo Equipe de articulação Animadores de Pastoral Projeto Gráfico Felipe Araújo Articulistas Convidados
T198 O Tapiri: Comunicação Pastoral da Inspetoria São Domingos Sávio BMA / Pe. Jefferson Luís da Silva Santos, SDB (org.); Pe. José Ivanildo de Oliveira Melo (Coord.) Manaus: Editora FSDB, 2019. x, 44 p. II. 15x21cm (Comunicação Pastoral da Inspetoria São Domingos Sávio - BMA) ISSN 2525-3093 Publicação Bimensal 1. Salesianos de Dom Bosco 2. ISMA - Manaus. 3. Comunidade Salesiana. 4. Santos, Pe. Jefferson Luís da Silva. 5. Melo, Pe. José Ivanildo de Oliveira. I. Título.
Elaborada por Zina Pinheiro - Bibliotecária - CRB 11/611
P. José Ivanildo de Oliveira Melo Delegado para a Comunicação
Os meses de setembro e outubro foram para nós um tempo de graça. No mês de setembro, a escuta atenta do Verbo encarnado nos convidou a reconhecer o amor misericordioso de Deus “que primeiro nos amou” (cf. 1Jo 4, 19) e a necessidade de Comunicar a partir da centralidade de Cristo. Em outubro, mergulhamos nas atividades propostas pelo mês missionário extraordinário - Batizados e Enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo e na realização do Sínodo Pan-Amazônico, ocorrido em Roma entre os dias 06 e 27, com o tema - Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral. Desde a preparação à sua realização a Família Salesiana esteve intensamente presente, dando sua colaboração e preces, conforme as abundantes falas feitas nas audiências sinodais e em outros veículos de comunicação. Compartilhamos com você também os festejos de 20 anos de fundação da novena de São José em Manaus, a realização das Santas Missões Populares. Outras atividades na sessão Aconteceu. Boa leitura!
“O SÍNODO TEM UM COMPROMISSO ÉTICO”, AFIRMA PADRE JUSTINO SARMENTO
Um dos poucos padres indígenas no Brasil, Justino Sarmento foi um dos escolhidos para atuar no Sínodo da Amazônia, que começa hoje, no Vaticano, e vai discutir questões ambientais, sociais e culturais dos povos da Amazônia, com o tema “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e por uma ecologia integral”. Em uma conversa durante a preparação para a viagem à Itália, o padre da etnia Tuyuka, nascido em Iauaretê, na Região do Alto Rio Negro, falou sobre o trabalho cristão, as diretrizes propostas pelo Papa Francisco para uma igreja mais acolhedora e as dificuldades que ainda são encontradas atualmente.
O QUE O LEVOU A TORNAR-SE PADRE? Primeiro foi o trabalho dos missionários em Pari Cachoeira. Em 1970, mais ou menos, o bispo de São Gabriel da Cachoeira disse que ia começar um seminário para os jovens que quisessem ser padres, aí foi o meu grupinho queria saber como era, mas o salesiano da época não deu muita atenção para nós por que diziam que ser padre não era algo para os indígenas. Acho que ele estava certo na época. Em 1978 mais ou menos outro padre se interessou e explicou o que era ser padre e eu vim para Manaus fazer o Ensino Médio e o meu aspirantado. A história do catolicismo com os indígenas começa por meio da opressão. O senhor enfrentou algum dilema por conta das duas crenças? A imposição era normal naquela época, ninguém tinha essa visão crítica. Dilema sempre tem porque a partir do momento que eu sinto que sou indígena, que meus avós e antepassados têm valores
importantes e que isso tem que fazer parte da vida cristã começa a existir esse conflito. Mas, por outro lado, eu penso que se eu não fizer um diálogo com a cultura cristã, de matrizes européias, vai continuar assim. Alguém tem que fazer essas pontes, mas para fazer essa ponte precisa entender muito bem a sua cultura e a do outro, senão não vai ter pontes. Por isso se torna um desafio. Diante de um conflito você pode fugir e aí a situação vai continuar do mesmo jeito, ou você tem paciência até amadurecer para seguir e viver de forma equilibrada. Meu ser indígena não pode morrer quando vou ser padre, senão seria de novo anular minha identidade. Não posso europeizar.
O QUE SIGNIFICA A EVANGELIZAÇÃO INCULTURADA? Em 1992, Santo Domingo expressou de forma mais explícita sobre a evangelização incultural. A igreja fez uma grande reviravolta no seu jeito de evangelizar e veio para dizer que a evangelização não deveria ser uma imposição, para dizer que aqui em meio aos povos indígenas, aos povos amazônicos, já existia a semente do verbo de Deus, que ele colocou muita coisa boa em todas as culturas, elas não vêm com os missionários, mas de Deus. Por que o pensamento anterior desqualificava os povos indígenas, o modo de viver, a crença, tudo era desvalorizado. Mas ainda hoje é difícil. Eu sou padre há 25 anos e ainda vejo que os padres não indígenas têm muita dificuldade de entender.
COMO FUNCIONA O SEU CARGO NO SÍNODO? QUAIS SERÃO SUAS ATRIBUIÇÕES? Fui escolhido em fevereiro de 2018 como um dos especialistas para escrever o documento preparatório. Esse convite para perito é justamente para ajudar o secretariado nos trabalhos durante o Sínodo, ajudar a entender, anotar o que está saindo de novo. São mais de 40 peritos da região Panamazônica e cada perito vai ficar atento às discussões dos bispos para detectar a novidade que está saindo das discussões e repassar para as secretarias.
O SENHOR ACHA QUE A AMAZÔNIA ESTARIA SENDO DISCUTIDA SE FOSSE OUTRO PAPA? A Amazônia tem sido discutida pelos bispos da região desde 1952. Tem discussões sobre a evangelização, as questões sociais. O Papa Francisco participou antes como arcebispo da Argentina e ouviu várias vezes essa discussão. Em 2013, na Jornada Mundial dos Jovens, ele disse que a Amazônia tinha que ser um tema importante e a partir disso consultou os bispos para ver o que podia ser feito e pensou em como dar uma atenção maior, a partir disso começou um trabalho mais direcionado. O Papa Francisco foi um grande incentivador. Quando ele esteve em Puerto Maldonado, no Peru, e ouviu os povos indígenas, amazônicos, e deixou que os povos falassem. Aí ele nos mostra que a metodologia utilizada é ouvir os povos. Por isso, talvez, que muitos cardeais e intelectuais ficam chateados por não terem sido consultados, mas sim os povos da Amazônia. O senhor acredita que essa discussão vai trazer mais atenção dos políticos para a área? Penso que a igreja chegou ao seu auge ao olhar para o lado mais pobre. Ela tem uma tendência ao retorno da vida mais tradicional. Muitos não querem saber dos indígenas, a maioria dos padres não pensa em trabalhar com os indígenas. O Sínodo tem um compromisso ético e político, ele não tem compromisso apenas com a igreja. O tema nos leva a pensar numa ecologia integral e pensar no lado social, cultural, ambiental e político, mas não é contrapondo a esse ou aquele governante. Tem coisas que estão claras, evidentes, que não se pode negar. Temos uma Constituição que trata das questões indígenas como demarcação. Os pronunciamentos do governo federal não leva em conta o respeito à legislação brasileira, a Convenção 169 que trata da consulta prévia e informada. Como temos visto nos pronunciamentos parece muito improvável que ele dialogue com os povos, por isso essa relação desigual. Ao mesmo tempo que despreza os territórios indígenas, não admite atender às necessidades desse povo e isso incentiva quem é contra a invadir, a não ter respeito, porque o governo não tem respeito, é preconceituoso, e os discursos são assustadores. Eu fico preocupado porque um governante deveria ter mais consideração com a diversidade culturais do território nacional. Eu, como padre e estudioso das culturas, queria ouvir palavras mais respeitosas que refletissem atitudes de um governante, mas do jeito que fala parece que está incentivando a invadir e a matar quem está resistindo.
PELOS CAMINHOS QUE A IGREJA TOMA HOJE, O SENHOR ACREDITA QUE NO FUTURO ELA ESTARÁ MAIS ABERTA PARA LGBT+ E MÃES SOLO, POR EXEMPLO?
O Papa Francisco tem natureza franciscana e está sempre ligado a questões humanas e sociais. O senhor percebe que houve proximidade da igreja nessas áreas depois que ele assumiu? A igreja sempre tem feito estudos e se comprometido com questões sociais, então o Papa lançou em 2015 a encíclica Laudato Sí, que é uma encíclica social de compromisso de todos os povos terem cuidado com o mundo, que ele chama de casa comum. Muitos governantes assimilaram essa encíclica para implementar as suas políticas nacionais e internacionais, talvez por isso muitos países implementaram recursos para o Brasil, uma vez que a Amazônia era vista como o pulmão do mundo. O Papa Francisco tem sido corajoso em lançar essas questões. Eu vejo que o Papa tem dado orientações para que a igreja seja mais acolhedora, samaritana, que é estar próxima do ferido, caído, excluído, menosprezado. Mas, essas questões também incomodam muitas pessoas, uma parte mais tradicionalista que quer conservar aquele estilo de vida “pura”, em defesa das tradições e entra em conflito direto com as orientações e com quem quer fazer essas aberturas, não com o Papa. Se não houver conversão ecológica, da comunidade, não vai acontecer nada, porque pode ter muitos documentos bons, mas se eu não quero mudar de atitude, não vai adiantar nada ter um ótimo Papa. O desafio maior é a conversão pessoal, tirar o preconceito contra o diferente, com o índio, o negro, casais separados, homossexuais e tantos outros. O mais estranho é cristão excluindo outro cristão.
O QUE O SENHOR PENSA SOBRE O CELIBATO? É algo que vem da graça de Deus e do esforço humano pessoal. Quando se pensou na ausência de eucaristia em muitas comunidades da Amazônia se pensou que podia pensar em outro modelo de sacerdócio. Tem lugar que só tem padre a cada dois, três anos. Para
esse contexto foi pensado em ordenar homens casados que tenham experiência sacerdotal, que sejam maduros para atender essas comunidades. É um tema de estudo, tem muitos bispos favoráveis, muitos que não, e isso também vai ser objeto de estudo no Sínodo. Eu penso que se não tem muitos padres nós devemos estar precisando de uma nova maneira de acompanhamento vocacional. O A CRÍTICA apurou que existe a possibilidade de o senhor ser ordenado bispo. Como o senhor vê essa possibilidade? Essa é uma realidade que ninguém sabe. No meu caso não tem nada, não, o pessoal que vive fantasiando. Para os indígenas seria uma novidade, porque em todo o Brasil não deve passar de 50 a quantidade de padres indígenas, e o índio é ser humano, capaz e quando não tivermos uma visão positiva do outro vai continuar desqualificando. Perfil Nome: Justino Sarmento Rezende Idade: 58 anos Estudos: Filósofo, Teólogo, Mestre em Educação, e Doutorando em Antropologia Social na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Experiência: É padre há 25 anos, já atuou como professor foi pároco na igreja São José Operário e faz missões pelo Amazonas. Vai atuar no Sínodo da Amazônia como perito.
Fonte: https://www.acritica.com/channels/cotidiano/news /o-sinodo-tem-um-compromisso-etico-afirma-padre-justino-sarmento
PASTORAL JUVENIL NO CENTRO DAS REFLEXÕES DO SÍNODO Durante o Sínodo da Amazônia, Cardeais, bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas, peritos e auditores enriquecem os trabalhos a partir de sua bagagem pastoral, cultural e profissional. A Pastoral Juvenil do Brasil está bem representada, no dia de hoje, Dom Antônio de Assis Ribeiro, SDB - Bispo Auxiliar da Arquidiocese de BelémPA, membro da Comissão para a Juventude relatou a experiência com a Pastoral Juvenil na Amazônia e seu contexto desafiador. Falou sobre o desejo relatado pelos jovens de uma “paternidade espiritual” nos sacerdotes, e ainda que “os jovens esperam da Igreja uma decidida opção preferencial” confira:
INSTRUMENTO LABORIS: N. 16, 27, 53, 78, 140 Querido Santo Padre, estimados irmãos e queridas irmãs, a população da Amazônia é jovem, portanto, demograficamente a Amazônia é a região da Esperança. Todavia, somos chamados a contemplar a sua realidade infanto-juvenil. A situação é muito delicada e isso deve ecoar no coração da Igreja Missionária. Uma triste realidade é vivida por centenas de milhares de jovens amazônicos marcados pela pobreza, violência, doenças, prostituição O Tapiri 9
infanto-juvenil, vícios, tráfico de drogas, gravidez precoce, desemprego Por outro lado, temos ainda fenômenos como o vazio existencial, a automutilação, o suicídio, a inadequada formação profissional, a pouca afeição dos jovens para com valores tradicionais, a perda das raízes culturais Lamentavelmente, nos últimos anos, houve um forte aumento da população juvenil encarcerada, bem como cresceu a criminalidade organizada entre os jovens. Esses dramas juvenis nos chamam a atenção e nos tocam profundamente porque os jovens são parte do nosso rebanho e merecem o nosso afeto e cuidado criativo. Por detrás dessa realidade temos uma série de causas: a fragmentação da família, a ineficiência de políticas públicas preventivas, a fragilidade da educação, a insuficiente atenção do Estado à educação, a pressão sedutora das ideologias (a cultura secularista, tecnicista, presentista, imediatista, economicista e hedonista). Contudo é importante reconhecermos que a maioria dos jovens amazônidas são sadios, tem bons ideais, estão comprometidos com a construção de um mundo melhor, são críticos diante dos graves problemas sociais como a corrupção e a violência; muitos jovens católicos em nossas comunidades dão profundo e alegre testemunho de vida cristã, de amor à Igreja, de sensibilidade humana e sereno protagonismo juvenil. Mas é urgente uma dinâmica e renovada pastoral seguindo os horizontes da exaltação apostólica Christus vivit. Diante disso, é urgente a promoção de uma renovada e ousada Pastoral Juvenil. Tudo isso constitui um sério sinal de alerta para o qual a Igreja, em razão da sua missão, não deve ficar indiferente e calada. A resposta pastoral da Igreja em relação aos problemas juvenis tem sido ainda muito tímida; essa timidez pastoral se manifesta visivelmente através de muitos fatos e situações. Há quase uma generalizada ausência de um projeto específico de evangelização das juventudes nas dioceses da Amazônia, ainda fazemos uma evangelização genérica. A evangelização dos jovens O Tapiri 10
ainda está muito atrelada às atividades religiosas e litúrgicas; a renovação da pastoral juvenil parece ainda muito lenta e distante da psicologia juvenil; também há carência de visão de processos que supere a pastoral de eventos e manutenção. É necessária uma urgente ampliação da visão do mundo juvenil e das suas necessidades, pois, ainda não há uma clara opção pela evangelização da juventude através de meios como, o esporte, as artes (música, dança, teatro), lazer e entretenimento; precisamos dar atenção para a dimensão lúdica dos jovens (cf. Christus Vivit, N. 218, 226). Constatamos uma profunda carência de sacerdotes com especialização em pastoral juvenil nas dioceses e prelazias; muitos jovens acusam certa “carência de paternidade espiritual” nos sacerdotes, porque os percebem com pouco tino pedagógico e carentes de empatia. Os jovens da Amazônia esperam da Igreja uma decidida opção preferencial e um forte relançamento da Pastoral Juvenil em todas as dioceses formando jovens líderes, incentivando o protagonismo juvenil, reforçando a catequese, propondo o voluntariado missionário, etc. Por Dom Antônio de Assis Ribeiro, SDB - Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém, membro da Comissão para a Juventude.
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SÍNODO, O ÚNICO SACERDOTE INDÍGENA: “EU DEIXARIA O SACERDÓCIO SE ENTENDESSE QUE O CELIBATO NÃO SERVE MAIS PARA MIM”
“Eu deixaria o sacerdócio se um dia entendesse que o celibato não serve mais para mim”. Quem fala é o padre Justino Sarmento Rezende, o único sacerdote indígena no Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia em curso no Vaticano. Embora favorável à questão dos viri probati, como solução para a falta de padres em áreas remotas da floresta, o padre brasileiro da etnia Tuyuca, especialista em espiritualidade indígena e pastoral inculturada, durante o briefing diário sobre os trabalhos sinodais refutou indiretamente as afirmações dos últimos dias do bispo austro-brasileiro Erwin Kräutler. “Não há outra possibilidade” que os padres casados na Amazônia, afirmava o prelado emérito do Xingu, “os povos indígenas não entendem o celibato”. Como orador o padre Justino falou em vez do celibato como um “dom de Deus”, para ser vivido em oração e com “esforço”. “O celibato não nasceu com a pessoa humana”, disse ele. “Ninguém entre nós está preparado para viver o celibato, mas estamos falando de um dom de Deus. Eu penso que seja possível vivê-lo quando uma pessoa decide isso voluntariamente. É uma virtude que pode ser vivida por qualquer pessoa, não falo pelas mulheres sobre as quais há muita confusão no momento”, acrescentou ele com uma brincadeira sobre as discussões de um ministério feminino. “Mas é necessário um O Tapiri 12
esforço, porque estamos falando de um dom de Deus. Se chegar um dia em que eu entender que o celibato não serve mais para mim, eu deixaria o sacerdócio”. Questionado sobre isso, o padre Sarmento também contou como sua vocação nasceu cerca de trinta anos atrás, quando ouvia os missionários europeus ensinando em português o catecismo a seus avós analfabetos: “Quando adolescente, pensei que poderia me tornar sacerdote e falar sobre tais coisas em minha língua”. Para o bispo que pedia jovens padres para um novo seminário em sua terra, Justino, juntamente com outros quatro garotos, expressou esse desejo, recebendo, no entanto, uma resposta cortante: “Não é para vocês, vão jogar futebol”. Essa era a atitude da Igreja em relação às populações nativas na década de 1970: “Em 1980, a Igreja começou a entender que nós indígenas evangelizados poderemos nos tornar evangelizadores. E eu sou padre há 25 anos”. A mãe chorou copiosamente com o anúncio de sua entrada no seminário: “Ela sonhava com netos. Ficou muito triste com a minha escolha. Para ela, os únicos aptos a serem padres na época eram os brancos. Até mesmo para mim ...” E também para o avô que dizia ao sobrinho que o celibato não era coisa de índios. O padre Justino hoje, no sínodo, testemunha o contrário e é um exemplo de uma Igreja inculturada como aquela defendida pelo Papa Francisco e por muitos dos participantes da assembleia: “Um evangelho que se incarna nas histórias e culturas dos povos e se torna algo interno. Nós somos Igreja, a Igreja não está fora de nós”, disse ele. As modalidades com que implementar esse trabalho de inculturação - que suscita as preocupações das correntes mais conservadoras por que poderia comprometer a doutrina - são temas da ordem do dia do debate sinodal. O conceito básico é o expresso por Bento XVI e frequentemente citado por Francisco: “Não se evangeliza por proselitismo, mas por atração”. O Tapiri 13
É esse o ponto, afirmou o outro orador no briefing, Monsenhor Roque arcebispo de Porto Velho (Brasil): “A inculturação respeita o processo de ambos os lados, a nossa ideia não é anular a cultura do outro, mas preservar sementes presentes em cada cultura. Esse compromisso não significa que a outra pessoa se torne um índio, mas que continue a permanecer uma pessoa do seu povo, mas recebendo a mensagem de Jesus Cristo, as boas novas ...”. Paloschi,
Sempre Paloschi, durante o briefing, junto com Felício de Araújo Pontes Júnior, procurador da República, apresentou um panorama da questão dos direitos dos povos indígenas da região pan-amazônica. Direitos constantemente desrespeitados que levam, em alguns casos, à aniquilação de tribos inteiras. É o que acontece em especial com grupos de índios que se isolaram voluntariamente na selva, a fim de não ceder à chantagem do consumismo e da hiper-tecnologização que gradualmente é incutida nas diferentes culturas. Não vacinados, na maioria das vezes não registrados no cartório, longe de qualquer contato com o mundo exterior, esses grupos - cerca de 150 atualmente - correm o risco de extinção. “Eles nunca foram tão ameaçados como agora”, afirmou o bispo, acrescentando com claro referimento às palavras do papa na Laudato si’, que: “O desaparecimento de um povo e uma cultura é algo perigoso, grave, nocivo e prejudicial”. “É necessário continuar lutando para defender esses irmãos que correm o risco de genocídio. “Onde está o teu irmão?”, lemos no Gênesis, um dia teremos que responder a essa pergunta”. Com igual apreensão, o bispo brasileiro denunciou o tratamento reservado a todas as populações indígenas, especialmente aquelas de sua terra, que se tornaram cada vez mais vulneráveis sob a presidência do soberanista Jair Bolsonaro. Em muitas comunidades, a própria Constituição de 1988 foi violada, o que previa que os territórios tradicionais fossem demarcados e delimitados dentro de cinco anos. “Pois bem, nem um terço foi demarcado e, de qualquer forma, viraram alvo, foram invadidas por garimpeiros, indústrias de petróleo, por quem procura madeira. São 519 anos de opressão e resistência. Mas as comunidades indígenas existem e não será um presidentes que O Tapiri 14
tirará seus direitos”, foi a opinião do bispo, “essas pessoas só pedem respeito pelos direitos constitucionais”. Não é fácil, considerando que “na maioria das vezes nós indígenas falamos, mas não somos ouvidos”, replicou a jovem Leah Rose Casimero, coordenadora acadêmica de um programa de bilinguismo para crianças da etnia Wapichan da Guiana, curadora de um programa de rádio. Precisamente por esse motivo, ecoou Patricia Gualinga, embaixadora da comunidade Kichwa de Sarayaku na floresta amazônica do Equador, precisamos da contribuição fundamental da Igreja: “Na assembleia, pedi um empenho institucional pelos povos indígenas, um empenho para salvar a Amazônia constantemente ameaçada. É um dos biomas mais importantes do mundo, mas, como sabemos, existem investimentos de empresas de petróleo e mineradoras. Temos que desinvestir, não podemos perpetuar ações que põem em risco a vida da Amazônia”. A Igreja deveria abraçar essa missão, enfatizou a oradora, talvez “estreitando uma aliança com os povos indígenas perseguidos, criminalizados e reprimidos que há mais de cem anos estão na linha frente em defesa da casa comum”. Em jogo não estão apenas os direitos dessas pessoas, mas do “mundo inteiro”. Finalmente, duas foram as controvérsias, algo que jamais falta nos briefings de cada Sínodo. Uma delas se referia a supostos fundos de cerca de 1,2 milhão de dólares entregues ao CIMI, o conselho dos indígenas de que D. Paloschi é presidente, pela Ford Foundation, organização próaborto e pró-gênero, de acordo com o jornalista que apresentou a pergunta. “As contas do CIMI são abertas”, respondeu o bispo, “foram verificadas, examinadas internamente e em nível governamental. Houve dois inquéritos parlamentares em níveis regional e federal e não foi encontrado nenhum erro, nenhuma acusação formal”.
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A outra crítica referiu-se a uma escassa comunicação e transparência sobre as intervenções ocorridas dentro da plenária, inclusive aquelas do Papa. A resposta veio do prefeito do Dicastério da Comunicação, Paolo Ruffini: “O Sínodo é um processo coletivo e o que divulgamos é o discernimento, não um debate entre um e outro como se fosse um parlamento. Até o próprio Papa, quando fez sua intervenção, disse: falo como padre sinodal e, como para os outros padres sinodais, o discurso não é divulgado”. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/593587 -sinodo-o-unico-sacerdote-indigena-eu-deixariao-sacerdocio-se-entendesse-que-o-celibatonao-serve-mais-para-mim A reportagem é de Salvatore Cernuzio, publicada por La Stampa, 17-10-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.
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COMUNICAR A PARTIR DA CENTRALIDADE DE CRISTO
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida” Jo 14,6. Com estas palavras, o evangelista João expressa a missão e a identidade de Jesus: não há melhor definição para dizer o que significa ser cristão do que reconhecer em Cristo a centralidade de ser, agir e pensar. Em um contexto em que tudo é relativo, em que cada um se vê no direito de viver a sua verdade, Cristo aparece como o caminho do Pai, a verdade que liberta e a vida que pulsa. Ele não é só mais um profeta que diz algumas ideias sobre Deus, Ele é o próprio Deus encarnado que liberta o homem de seus “pré-conceitos” sobre Deus. Pelo mistério da encarnação, Jesus mostra o desígnio de Deus para o ser humano, o desejo profundo de comunhão e comunicação entre a humanidade e o Criador. Conforme o Papa Bento XVI: “No grande desígnio da criação e da história, Jesus Cristo eleva-se como centro de todo o caminho do mundo, eixo principal de tudo, que atrai a si toda a realidade, para superar a dispersão e o limite, e reconduzir tudo à plenitude desejada por Deus” (BENTO XVI. Audiência Geral, em 5 de dezembro de 2012). COMUNICAR A FÉ Para o cristão, não é possível relativizar tudo conforme seu próprio interesse, ou modo de pensar, porque há um eixo principal que norteia a vida, as escolhas, o olhar e o agir. Cristo é a referência fundamental, nele Deus manifesta todo o seu amor pela humanidade O Tapiri 17
e revela seu projeto de fraternidade e filiação divina. Cristo é a imagem e a semelhança plena com Deus, portanto, uma referência que não pode ser menosprezada. Se, na atual sociedade, o homem tende a fechar-se sobre si mesmo, vazio e escravo de suas próprias paixões, o amor de Cristo, ao contrário, o liberta. E a liberdade de Cristo não é momentânea e estéril, mas geradora de vida e alegria permanentes, mesmo diante das maiores dificuldades. Infelizmente, muitas vezes, a evangelização começa pela transmissão da moral, dos costumes e das tradições, e acaba por deixar o encontro com Cristo um tanto ofuscado. Comunicar a fé não pode ser a transmissão de um sistema de crenças, um conjunto de doutrinas que falam de ideias intelectuais ou normas morais. Comunicar a fé, antes de tudo, é vida, encontro, relação filial e fraternal; é vivência do amor que vem de Deus e que, quando acolhido, se transforma em amor para com os irmãos. Assim, o encontro com Cristo é sempre um caminho que leva à conversão, à sua imitação, pois Ele é Caminho, Verdade e Vida. A VERDADE DE CRISTO A história do cristianismo é repleta de santos e mártires. Pessoas que, depois de um encontro profundo com Cristo, passaram a viver a radicalidade da vida cristã, doando todo o seu ser, seu tempo e sua vida ao anúncio do Evangelho e à prática da caridade. A grande maioria dessas pessoas teve que viver na contramão da história. Muitos não foram compreendidos por seus contemporâneos porque, embora o cristianismo tenha que passar sempre por um processo de inculturação, jamais pode abrir mão do seu fundamento. O seguimento de Cristo não pode ser relativizado, o amor a Deus e ao próximo é a regra de ouro, a verdade que conduz o caminho do cristão em qualquer circunstância de vida. E isso não muda. Assim, mesmo que hoje a ideia de verdade seja questionada e relativizada, para o cristão a Verdade de Cristo não é negociável, O Tapiri 18
pois é fonte de liberdade, e sua busca é que preenche o vazio do coração humano. Se o individualismo e o relativismo fecham o ser humano em uma escravidão alienante, se o levam a uma falta de sentido e desencantamento diante da vida, a verdade cristã faz o caminho inverso: leva à liberdade, à autonomia, à abertura diante de Deus e dos irmãos. Portanto, ao ser fonte de relação, comunhão e comunicação, é geradora de alegria e felicidade. UMA CONSTANTE CONVERSÃO O seguimento de Cristo exige também uma constante conversão, uma mudança interior que acontece cotidianamente, fazendo da fé algo sempre novo e que, diante de cada realidade, se reinventa, trazendo à luz a esperança do Ressuscitado.
A fé que atua pelo amor é capaz de transformar qualquer coração e qualquer realidade, desde que a pessoa se permita ir ao encontro de Cristo. Deus é amor, o amor transforma e esta é a Verdade que está acima de qualquer doutrina e que só tem sentido porque é fruto e resultado da vivência do amor. A novidade do Evangelho não é algo do passado, visto que ela continua viva, e Jesus continua a ser um centro de vida e de amor que atrai o coração de pessoas das mais diversas culturas e realidades. A vida transformada pelo encontro com Cristo encontra a plena alegria quando leva também o outro a viver essa experiência de amor profundo que passa a ser o centro vital capaz de orientar as vivências pessoal e comunitária. Fonte: Ir. Márcia Kofferman, FMA - Diretora executiva da Rede Salesiana Brasil de Comunicação
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ORATÓRIOS DE BELÉM: “EVANGELIZAR A PESSOA NA TOTALIDADE” O bispo auxiliar da Arquidiocese de Belém, o salesiano Dom Antônio de Assis Ribeiro, fala sobre o projeto “Oratórios Paroquiais” nos quais revive-se os oratórios para acompanhamento do Setor Juventude da Arquidiocese.
CIDADE DO VATICANO Em 1846 a cidade de Turim estava cheia de jovens pobres em busca de trabalho, órfãos ou abandonados, expostos a muitos perigos para alma e para o corpo. Dom Bosco começou a reuni-los aos domingos, às vezes numa igreja, outras num prado, ou ainda numa praça para fazê-los brincar e instruí-los no Catecismo até que, após cinco anos de grandes dificuldades, conseguiu estabelecer-se no bairro periférico de Valdocco e abrir o seu primeiro Oratório, e desde então a congregação Salesiana tem como um dos pilates a evangelização através da brincadeira, do esporte.
REVIVER OS ORATÓRIOS NAS PARÓQUIAS Há pouco mais de dois anos Dom Antônio de Assis Ribeiro, salesiano, foi nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de Belém (PA) e lhe foi confiado o acompanhamento do Setor Juventude da Arquidiocese. Em meio ao seu trabalho junto as comunidades, identificou a necessidade de reviver os oratórios nas paróquias a fim de contribuir para a orientação e educação através do lazer sadio, usando o Sistema Preventivo de Dom Bosco com entretenimento através de atividades lúdicas e práticas esportivas. No último dia 25, o projeto dos “Oratórios Paroquiais” foi materializado em um livro lançado pela Arquidiocese de Belém do Pará que contém a apresentação do projeto, orientações para o processo de implantação, os impactos esperados e uma proposta de programação de oratório, que irá guiar as lideranças juvenis arquidiocesanas na instalação dos oratórios em suas paróquias ou espaços comunitários. O Tapiri 20
“Nós sonhamos alto, que todos os nossos espaços nas paróquias tenham oratórios”, disse Dom Alberto Taveira, arcebispo de Belém, em seu discurso, no dia do lançamento que aconteceu na Fundação Nazaré de Comunicação, com a presença de representantes das paróquias, diretores de escolas, membros da pastoral juvenil e representantes da Secretaria de Juventude do município Benevides e Wilson Cordeiro, Secretário de Esporte, Juventude e Lazer da Capital. Na realidade arquidiocesana de Belém já existem iniciativas em espaços paroquiais, o objetivo é a criação e ampliação desses espaço, destacou Dom Alberto Taveira Corrêa, ainda em seu discurso, “Nós precisamos enfatizar, concretizar esse roteiro com as orientações paroquiais. Instrumento precioso, para tantos que se tornarão agentes propagadores e para que todos se contagiem”.
EVANGELIZAR A PESSOA NA TOTALIDADE Para Dom Antônio de Assis Ribeiro “A juventude grita através do vazio, ela grita através da violência, grita através da dispersão, ela está gritando através da criminalidade, está gritando através das múltiplas formas de violência”, disse o bispo auxiliar de Belém, que vê através da evangelização e da criação dos oratórios como uma das missões da Igreja “nós não evangelizamos o espírito, evangelizamos a pessoa na totalidade, na sua pluridimensionalidade, na sua grandeza de dimensões, e nós queremos evangelizar os jovens. Nós queremos uma evangelização aberta, uma evangelização dinâmica, uma evangelização que dê resposta para o vazio existencial”, disse. O subsídio define o Oratório como uma experiência de convivência, de expressão cultural, entretenimento esportivo, música, teatro, artes, alegria, manifestação de talentos, reflexão e oração, que visa promover a dignidade humana dos jovens e suas famílias; para o Setor Juventude da Arquidiocese de Belém a meta é que até 2020 possa existir a cada quatro paróquias uma com o O Tapiri 21
oratório implantado e funcionando semanalmente. A elaboração do projeto e subsídio levou cerca de um ano de preparação, e segundo a coordenação trata-se de um resgate histórico de quatro séculos de bons resultados ainda hoje mundo afora, para saudar uma dívida com os jovens, em relação a dimensão lúdica nas comunidades paróquias.
A HISTÓRIA DOS ORATÓRIOS Os “Oratórios” nasceram no contexto juvenil desafiador da Itália do século XVI, pelas mãos de São Felipe Neri como uma extensão da liturgia para promover a dimensão Lúdica aos jovens, século depois, reformado em “Oratórios Festivos” por São João Bosco, passou a contar com colaboradores/parceiros juvenis na missão de atração, proximidade e contato com crianças, adolescentes e jovens através do lazer.
NOVENA DE SÃO JOSÉ: 20 ANOS DE BÊNÇÃOS DADOS HISTÓRICOS Em 5 de fevereiro de 1948, Dom João da Mata Andrade e Amaral, então Bispo Diocesano de Manaus, assinava o decreto de criação da Paróquia de São José Operário desmembrando-a da Paróquia Nossa Senhora dos Remédios. A nova Paróquia atenderiam a comunidade do território da praça 14 e adjacências e ficariam sob os cuidados dos Salesianos de Dom Bosco. Dia 06 de junho celebrou-se a eucaristia e deu-se formalmente a Instalação da nova Paróquia, tendo como seu primeiro pároco o P. Estevão Domitrovitsch. A Construção da sede paroquial, iniciada em 4 de junho 1949, O Tapiri 22
com a benção da pedra fundamental por Dom Alberto Gaudêncio Ramos, que sucederam Dom João, foi seguida por anos de muito trabalho que envolveu leigos da comunidade e autoridades públicas. A Paróquia São José Operário, desde sua origem esteve atrelada fortemente a missão Salesiana na Amazônia, colaborando ostensivamente com as atividades sociais por meio da Escola Industrial Salesiana e o Oratório São Domingos Sávio. No espaço paroquial desenvolveram-se uma multidão de lideranças pastorais, civis e eclesiásticas. BREVE HISTÓRICO DA NOVENA DA BÊNÇÃO DE SÃO JOSÉ Em 1999, Padre Sérgio Lúcio Alho da Costa, assumiu como Pároco da Igreja de S. José Operário, substituindo o Pe. José Dalla Valle, falecido em junho deste ano. Ressoava forte em toda a Igreja, no Jubileu do Milênio do ano 2000, o apelo do Papa São João Paulo II para um renovado ardor missionário em toda a Igreja. E a Igreja do Brasil corajosamente se sentia desafiada a evangelizar os grandes centros urbanos. A Pastoral Urbana era o desafio pastoral de então. E nesse contexto que se cria a Novena da Bênção de São José. Uma celebração da Palavra, com adoração ao Santíssimo Sacramento, com louvor e veneração da figura do Padroeiro da paróquia e de toda a Igreja Católica: São José. Uma celebração que fosse querigmática e ajudasse a reavivar a fé batismal de todos os fiéis, numa realidade urbana, onde muitas vezes o tempo era exíguo. Padre Sérgio Lúcio montou a celebração inserindo 4 orações de intercessão, invocando São José, com a iluminação da Palavra de Deus. Adoração Eucarística, louvor e comunhão. Ao final, um momento de testemunhos e agradecimentos as bênçãos alcançadas pelos fiéis, sob a intercessão de S. José. DIA E HORÁRIO A celebração foi proposta a comunidade paroquial para ser feita todo o dia 19 do mês, às 12h. Dia 19 porque se faria a memória litúrgica mensal de S. José (19 de Março) e ao meio dia porque era o horário do intervalo do almoço de muitos trabalhadores, e haveria um O Tapiri 23
espaço para dar um pulo na Igreja e rezar. Dia 19 de setembro, às 12h celebra-se a primeira Novena. É surpreendente ver a grande Igreja paroquial de S. José ficar com os bancos completamente cheios.
Imediatamente a celebração caiu no gosto do bom povo fiel amazonense. Pedidos de graças, graças alcançadas, reavivamento da Fé e retorno a Igreja de católicos que se tinham afastado ou estavam tíbios, começou a ser notado. Em três meses a Igreja já estava pequena para o número de fiéis. Abriu-se o horário das 19h. Novamente um fluxo grande de fiéis acorreram. Em 2010 a Novena ganha mais dois horários, às 6:30h e às 16h. O horário das 19h passa a ser campal. A rede de televisão AMAZON SAT, do saudoso comunicador Dr. Phillippe Daou passa transmitir ao vivo para todo o Brasil, a Novena do meio dia. No ano seguinte a Novena das 6:30h também passa a ser campal e novo horário, às 9h é criado. A Rádio Rio Mar passa a transmitir ao vivo a Novena das 19h. Em julho de 2019 é a vez da TV Cultura Amazonas iniciar este serviço de transmissão ao vivo da nove das 19h. A celebração torna-se a um momento muito forte de congregar e reafirmar a Fé cristã e católica do povo amazonense. Destaque-se o esforço que a Paróquia São José sempre fez de abraçar e acolher a todos. A dedicação dos padres salesianos e diocesanos que vinham atender as confissões. Abriram-se turmas de Catequese com Adultos, acolhendo muitos, que despertados pela Novena vinham a procura de um aprofundar da fé. As celebrações dominicais também cresceram consideravelmente como fruto do avivamento da Novena de S. José. Os Casais Missionários, Pastoral Familiar, Caritas, Catequese... enfim um belo desO Tapiri 24
dobrar evangelizador. A mensagem fundamental sempre era recordada a cada Novena: renovar sua entrega total a Jesus Cristo; voltar a vida da graça pelos santos sacramentos da Reconciliação e Eucaristia; viver o mandamento do ‘Amai-vos’, dentro da própria comunidade eclesial. A figura de São José ajudou imensamente neste celebrar querigmático. Não tardou para haver testemunhos emocionantes de graças e verdadeiros milagres alcançados de Jesus, pela intercessão do seu Pai adotivo. Com o auxílio da mídia, grandes caravanas se organizavam e se deslocavam a cada dia 19, inclusive das cidades vizinhas: Cacau-Pereira, Itacoatiara, Manacapurú, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo, etc. OS TRÊS ÚLTIMOS PÁROCOS Deram continuidade ao trabalho iniciado pelo P. Sérgio diversos salesianos que prestaram serviços de animação na paróquia, recordamos de modo particular os párocos: P. João Sucarrats Font (2006-2007), e o P. João Benedito da Cunha Alves(2008-2018), que esteve à frente desse serviço por 10 anos. Foi graças ao trabalho do P. João que em 26/03/2015 a Paróquia São José foi elevada ao grau de Santuário Arquidiocesano pelo Arcebispo de Manaus, Dom Sérgio Eduardo Castriani. Atualmente é Pároco-Reitor do Santuário São José o Salesiano P. José Ivanildo de O. Melo, natural da cidade de Irituia/PA. Foi ordenado presbítero em 09 de dezembro de 2017 na cidade de Ananindeua/PA. Seu primeiro trabalho como sacerdote foi como formador no Centro Salesiano de Formação (CESAF), e Diretor de Pastoral da Faculdade Dom Bosco O Tapiri 25
na Zona Leste de Manaus. Atualmente exerce as funções de: Secretário Inspetorial, Delegado de Comunicação, Diretor Sócio da Faculdade Salesiana Dom Bosco e Pároco-Reitor do Santuário São José Operário. Ao propor a celebração dos 20 anos de fundação da Novena de São José, o Pároco-Reitor afirmou: “este é um momento especial que Deus nos concede para agradecer o dom que é a novena de São José na Igreja de Manaus. As graças e bênçãos recebidas, por intercessão de São José atestam o quanto Deus nos ama, como deseja fazer de cada um de seus filhos e filhas, um santuário do Espírito Santo, para a honra do seu nome”.
SANTAS MISSÕES POPULARES Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo, este foi o tema das Santas Missões Populares (SMP), que marcaram um mês de atividades no santuário São José operário.
Este ano, Motivados pela celebração dos 20 anos de criação da novena de são José Operário e o Sínodo para a Amazônia que busca novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral. A preparação para as SMP começou no mês de março, com o anúncio do Pároco. O Tapiri 26
Desde então,vários encontros de formação foram realizados com diversas equipes que organizaram as atividades em toda a extensão territorial do Santuário e nas comunidades da área missionária Santa Maria do Rio Negro. Nesse período diversas ações pastorais foram realizadas, divididas por semana temática. A primeira voltada para as crianças e adolescentes, em seguida para a juventude, para as famílias e por fim a semana Eucarística. Foram semanas marcadas por reflexões catequéticas, pregações, visita a domicílios, congresso, celebrações litúrgicas e devocionais. As SMP representa desafio e gratidão, relatou a Coordenadora da Catequese, Dinanci Neves, sobre engajar as crianças para as atividades missionárias. “Foi muito desafiador, especialmente para as crianças da catequese, por ser o primeiro contato delas com a realidade missionária, em que elas saíram para visitar as casas das comunidades. E ver a alegria no rostinho de cada uma, essa sensação de doar tempo, de ouvir histórias e acima de tudo falar do amor de Deus, é gratificante.” Além de atingir as comunidades da Capital, as SMP chegou até às comunidades ribeirinhas da área missionária, imitando o que fez Jesus que “enviou os discípulos de dois a dois” (Mc 6-7) os missionários foram enviados às seis comunidades (Arara, Jaraqui, Santa Maria, Chita, Pagodão e Solimõesinho) que estão sob cuidados do Santuário São José Operário, realizaram visitas e celebrações. Rosa Rodrigues, que faz parte da pastoral do dízimo, enviada a comunidade Arara conta que viveu uma experiência de aprendizado e gratidão. “Às vezes a gente sai pensando que vai só ajudar de alguma forma, e concluímos que nós somos ajudados muito mais. Ver a O Tapiri 27
situação que as pessoas vivem o pouco que tem e como são felizes, nos faz repensar em como estamos levando nossas vidas”. O pároco reitor do santuário, padre José Ivanildo, considera que as Santas Missões Populares é a ocasião de despertar nos batizados o ardor do discipulado missionário de Jesus Cristo. “As SMP em nosso Santuário é um tempo de graça, momento privilegiado de renovar nosso compromisso de batizados e enviados a serviço da missão da Igreja, que hoje significa ser uma igreja em saída, misericordiosa, fraterna e disponível a todos os homens e mulheres”. As atividades das SMP aconteceram no período 20 de setembro, em comemoração ao aniversário de 20 anos da novena de São José, celebrado no dia 19, estendendo-se ao dia 20 de outubro, com a celebração do dia Mundial das Missões. Alcançando cerca de 15.000 pessoas, em 8 comunidades cristãs na cidade e 6 comunidades na área missionária do Rio Negro. Fonte: Maria Neves
ACONTECEU RELIGIOSA INDÍGENA AOS PADRES SINODAIS: É PRECISO PISAR NO CHÃO DA AMAZÔNIA
A religiosa salesiana pertence à etnia Barassana e pediu aos padres sinodais que valorizem os vocacionados indígenas. A religiosa salesiana pertence à etnia Barassana e pediu aos padres sinodais que valorizem os vocacionados indígenas.1
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m depoimento à Rádio Vaticana a salesiana irmã Mariluce dos Santos Mesquita, pertence à etnia Barassana, pediu aos padres sinodais que O Tapiri 28
valorizem os vocacionados indígenas. “Eu compartilhei a minha vocação, a minha vida cristã, que iniciou na família. Meus
pais me ensinaram a amar Jesus, conhecer Jesus, sem esquecer a minha espiritualidade indígena”, declarou a irmã. “Como irmã, fui chamada e escolhida por Deus e correspondi para anunciar a Palavra de Deus. Somos evangelizados e vivemos essa interconectividade com a nossa espiritualidade, com a partilha da Bíblia e da Palavra de Deus, nós vivemos
e continuamos vivendo essa espiritualidade indígena com celebrações inculturadas. É isso que a Igreja tem que valorizar e o Papa quer saber, quer escutar. Agora falta concretizar e viver na prática. Muitos bispos sinodais não estão acreditando, mas precisa não só viver teoricamente e sim praticar, conhecer, conviver e pisar no chão da Amazônia”.
DOM FRANCISCO DOA SEU BÁCULO AO PAPA
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Bispo Diocesano de Humaitá (AM), Dom Francisco Merkel, encontrouse com o Papa Francisco, nesta segunda-feira, 7, durante o Sínodo para a Amazônia do qual participa em Roma. Durante o encontro, Dom Francisco presenteou o Papa com o báculo que usou em sua Ordenação Episcopal no dia 15 de outubro de 2000. O báculo foi presente de um artista baiano da cidade de Santo Antônio de Jesus, quando o Dom Francisco foi eleito Bispo de Humaitá. “O báculo possui três rostos: do branco, do índio e do negro, pessoas com quem tive o prazer de trabalhar ao longo da
minha caminhada Presbiteral e Episcopal”, explica Dom Francisco. “Trata-se de uma obra de arte que entra bem no clima da Amazônia”, acrescentou. Na missa que presidiu na Catedral, no dia 29 de setembro, antes de viajar a Roma, Dom Francisco usou o báculo pela O Tapiri 29
última vez e comunicou sua ao Papa durante o Sínodo para a intenção de levá-lo de presente Amazônia.
SIGNIFICADO DO BÁCULO Feito de madeira ou de metal, o báculo remete ao cajado usado pelos pastores para atrair as ovelhas e afugentar os lobos. Biblicamente, faz lembrar quer os grandes líderes do povo de Deus (de Moisés, que com um cajado faz brotar água da rocha, a David, que fora pastor), quer os peregrinos como Elias, quer, naturalmente, o Bom Pastor. Sem uma data precisa de quando começou a ser usado pelos bispos e pelo papa, o báculo simboliza o ofício do Bom Pastor, que guarda e acompanha com solicitude o rebanho que lhe foi confiado pelo Espírito Santo. Tem, portanto, o duplo
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significado de ensinar e governar. O Bispo usa-o nas celebrações solenes na sua diocese. Em outra diocese pode usá-lo, se presidir à celebração, mas com o consentimento do Bispo local. Há uma diferença entre o báculo episcopal e papal. O do Bispo termina em forma curva para indicar que a sua autoridade se limita a uma área territorial (sua diocese). O do Papa traz um crucifixo para indicar que a sua autoridade é sobre a Igreja universal
ITÁLIA - VISITA DOS BISPOS AUXILIARES DE MANAUS À COMUNIDADE DO TEOLOGADO “GERINI”
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o dia 21 de outubro, a comunidade do Teologado “Gerini” recebeu a visita dos dois bispos auxiliares de Manaus que participam do Sínodo da região Pan-Amazônica: Dom Edmilson Tadeu Canavarros dos Santos, SDB e Dom José Albuquerque de Araújo.
A missa foi presidida por Dom Tadeu, que compartilhou com a comunidade a situação dos jovens naquelas partes da Amazônia e o trabalho que a diocese e as ordens religiosas realizam. Os dois bispos acompanham o trabalho do Sínodo com muita confiança e esperança pelas realidades amazônicas.
DELEGADOS DE PASTORAL JUVENIL DE TODA A AMÉRICA SE REÚNEM EM SÃO PAULO
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Encontro Americano de Pastoral Juvenil e Animação Missionária foi realizado no Instituto Teológico Pio XI, em São Paulo, entre os dias 17 e 22 de outubro. Estiveram reunidos 48 salesianos, delegados de Animação Juvenil, Vocacional e
Missionária das inspetorias de toda a América. Os trabalhos foram divididos entre o encerramento do sexênio do Reitor-mor, padre Ángel Fernandez Artime, avaliações e projeções para os próximos seis anos na área de Pastoral Juvenil, O Tapiri 31
Vocacional e Animação Missionária e o estudo do manual do delegado da Animação Missionária. No campo da animação missionária, foram verificados todos os projetos, análises e projeções para o trabalho missionário em todos os lugares onde os salesianos estão presentes. Participaram do encontro,
pelo Conselho Geral da Congregação Salesiana, o padre Fábio Attard, conselheiro para a Pastoral Juvenil e o padre Guillermo Basañes, conselheiro para as Missões. A Inspetoria São Domingos Sávio-Manaus, foi representada pelo Vice-Inspetor, padre Reginaldo Cordeiro e padre Raimundo Marcelo.
ENCONTRO NACIONAL DAAÇÃO SOCIAL – ENAS 2019
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conteceu de 21 a 22/10, do Pará, Rondônia e Manaus. na Casa Mornese na InsO tema trabalhado foi voltado petoria Salesiana Laura Vicuña. para “a construção de competências das novas gerações para a vida”. Padre Agnaldo Soares, Assessor da Rede Salesiana Brasil-RSB, contribui no primeiro dia do encontro que é dedicado as várias “competências” que perO Encontro Nacional da Ação meiam a ação social. Social (ENAS) Polo Manaus O encontro conta com a orga2019. O Encontro reuniu 80 re- nização do Polo Manaus (SDBpresentantes das obras sociais -FMA) juntamente com a Irmã salesianas (Filhas de Maria Auxi- Silvia Aparecida diretora execuliadora-FM e Salesianos de Dom tiva da Rede Salesiana Brasil da Bosco-SDB) presentes nas áreas Ação Social. O Tapiri 32
CONCLUSÃO DA VISITA CANÔNICA EXTRAORDINÁRIA
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adre Natale Vitali, Conselheiro Regional para América Cone Sul, com Diretores e Conselho Inspetorial na conclusão da Visita Canôni-
ca Extraordinária, realizada de 04/08 a 14/10. "Padre Natale, obrigado por ser a mente, coração e as mãos de Dom Bosco em nossa Inspetoria!"
PRÊMIO CARLO MARCHINI 2019
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Associação Carlo Marchini Instituição, dedicada ao apoio da infância no Brasil, decidiu criar um prêmio dirigido aos missionários como sinal de reconhecimento pela sua preciosa obra que faz testemunho
do compromisso da igreja para a promoção dos mais pobres. Este ano recebeu o prêmio, chamado de “coração amigo” a Missão Salesiana Indígena de Iauaretê, a 300 km de são Gabriel de cachoeira, na Amazônia brasileira. O prêmio foi entregue ao padre Roberto Cappelletti, Salesiano, que trabalha na Amazônia com as crianças das comunidades indígenas de Iauaretê/AM.
A premiação foi realizada no sá- do Polo Cultural Diocesano, na bado, dia 19 de outubro, na sede cidade de Brescia-Itália.
ENCONTRO NACIONAL DAS PARÓQUIAS SALESIANAS DO BRASIL
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Instituto Israel Pinheiro, em Brasília, DF, sediou, nos dias 24 a 26 de setembro, o 2º Encontro Nacional das Paróquias Salesianas do Brasil (II ENPAS) que teve como tema Gestão e Evangelização. Baseados no lema “já que foste fiel no pouco, eu te confiarei mui-
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PARCERIA DE SUCESSO
anaus/AM - O Pró-Menor Dom Bosco e CETAM (Centro de Educação Tecnológica do Amazonas), lançaram em parceria o curso de informática básica intensiva,
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to”, 61 párocos e nove leigos, das seis inspetorias salesianas do Brasil refletiram e aprofundaram este tema com o objetivo de apoiar a ação pastoral nas paróquias salesianas. O evento foi coordenado pela Comissão Nacional de Párocos, que tem como coordenador o padre Jonathan Alex da Costa.
preocupados com a exigência no currículo promovendo a educação profissional em Manaus, os jovens tem oportunidade de realizar o curso na instituição com a certificação do CETAM. O objetivo do curso é de qualificar jovens para o mercado de trabalho, com o curso básico de informática que beneficia a prá-
tica de recursos exigidos pela imediato e grandes chances de empresa, obtendo um retorno contratação.
ENCONTRO CONTINENTAL DE COMUNICAÇÃO SOCIAL SALESIANA
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uque, Paraguai - setembro de 2019 - Aconteceu entre os dias 19 e 22 de setembro, na casa de retiro “Emaús”, na cidade de Luque, Paraguai, foi realizado o Encontro Continental dos Delegados de Comunicação Social das Regiões Interamérica e América Cone Sul . Os vinte e dois participantes abordaram o tema “O perfil do salesiano comunicador para os jovens do mundo digital”.
O perfil foi delineado de acordo com os resultados do trabalho em equipe que abordou os tópicos: conviver, estar, conhecer, fazer. Os participantes refletiram sobre a identidade e a Comunicação Social Salesiana e realizaram uma análise e avaliação dos últimos 10 anos de encontros de comunicação nas duas regiões e elaboraram algumas indicações para o futuro.
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ENCONTRO REGIONAL DE FORMAÇÃO
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e 16 a 19 de setembro, aconteceu na Casa de retiro Mornese-FMA em Manaus, o Encontro Regional de Formação com a presença de 15 salesianos, delegados do Cone-Sul. Padre Ivo Coelho e Padre Francisco Santos (“Paco”) ambos do Dicastério para Formação acompanham os processos.
A partilha e escuta sobre as etapas formativas nas Inspetorias, números, equipes formadoras, forças e fragilidades, dados estatísticos da congregação em vista do Capítulo Geral 28 e estudo do rascunho do novo Manual do Diretor foram destaques no encontro.
OFICINA DE COMUNICAÇÃO EM COMUNIDADE RIBEIRINHA
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m olhar pelas lentes, esse foi o tema da primeira oficina de comunicação que aconteceu no dia (31/08), na comunidade ribeirinha Bom Pastor, que faz parte do Santuário São José Operário. Noções básicas sobre informática, produção de texto, artes gráficas, fotografia e vídeo, foram atividades trabalhadas ao longo do dia. O Tapiri 36
A ideia de levar uma oficina de comunicação à comunidades ribeirinhas, surgiu ao perceber necessidades desse público à informações sobre o bom uso das redes sociais, de forma que pudessem usar essas ferramentas a favor de suas comunidades, divulgando ações e projetos, o que causa maior valorização do meio onde vivem e novas percepções
profissionais e pessoais. Aproximadamente 40 pessoas participaram da oficina, entre jovens, adultos, alunos e professores das comunidades em torno. O projeto é uma idealização
do Santuário São José Operário, com apoio da Comissão Inspetorial de Comunicação (CIC-ampliada) que ministrou as atividades da oficina.
GALERIA DO SÍNODO PARA A
AMAZÔNIA
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Reitor-Mor encontra os salesianos e FMA participantes do Sínodo da Amazônia. Cidade do Vaticano, Vaticano - No dia 8 de outubro, o P. Ángel Fernández Artime, Reitor-Mor dos Salesianos de Dom Bosco, reuniu-se com os 15 salesianos e as 2 filhas de Maria Auxiliadora que participam do Sínodo dos Bispos da Região Pan-Amazônica, junto com o P. Francesco Cereda, Vigário do Reitor-Mor, e o P. Franco Fontana, diretor da comunidade salesiana do Vaticano.
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