Boletim digital junho/2013
Centro de Informática de Ribeirão Preto
Nesta edição:
Galaxy Tab2 e iPad Mini Cursos CIRP Cristal Líquido II Evolução de Tecnologias e Utilização
Expediente Universidade de São Paulo Reitor João Grandino Rodas Vice-Reitor Hélio Nogueira da Cruz Campus de Ribeirão Preto Prefeito do Campus Prof. Osvaldo Luiz Bezzon Superintendência de Tecnologia da Informação Superintendente Prof. Antonio Roque Dechen Centro de Informática de Ribeirão Preto Diretor Prof. Oswaldo Baffa Filho Vice-Diretor Prof. Alexandre Souto Martinez Chefe da Seção Técnica Administrativa Carlos Eduardo Herculano Chefe do Serviço Técnico de Informática Cláudia H. B. Lencioni Chefe da Seção Técnica de Suporte Clélia Camargo Cardoso Chefe da Seção Técnica de Redes Rubens Rodrigo Diniz Chefe Seção Técnica de Manutenção em Informática Luiz Henrique Coletto Projeto Gráfico João H. Rafael Junior Apoio: Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto
Índice Galaxy Tab2 e iPad Mini - 4 Cursos CIRP - 6 Cristal líquido II - Evolução de tecnologias e utilização - 8
Espaço do leitor
Envie sugestões do que você gostaria de ler no Boletim Digital do CIRP. Email para contato: boletim@cirp.usp.br
Galaxy Tab2 e iPad Mini
Foi lançado em 25/06/2013 o IPAD mini, que é uma versão reduzida do iPad 4. Possuí um tamanho de 7,9 polegadas, 72 mm de espessura e 53% mais leve que iPad original. É ideal para acesso a internet e leitor digital de livros e revistas. Tem uma configuração igula ao do iPad 4 e possuí as mesmas opções de um tablet. Possui um processador Dual Core A5 e câmera de 5 megapixels, e está disponível nas cores branca preta e a versão mais econômica possui uma configuração de 16 GB de memória com opção somente para WiFi.
Ghz. O que diferencia a performance é o sistema operacional. O Galaxy trabalha com Android 4.0 Ice Cream Sandwich podendo atualizar para a versão Android 4.1 Jelly Bean. Camêra traseira de 3 megapixels e frontal de 0,3 megapixels, com isso a câmera frontal decepciona bastante os usuários. Bateria: autonomia de 6 horas. Depende do uso. Conectividade: Possuí versões somente WiFi e outras versões com adicional de conexão a celular/ 3 G e bluetooth
Vamos fazer um comparativo entre o iPad mini e Tablet Galaxy Samsung Tab 2. Vamos lá: Galaxy Tab 2 Lançado no Brasil a mais de 1 ano Tamanho, peso, design Tamanho praticamente igual ao do iPad mini. Espessura do Galaxy é 3mm maior. Pesa 341 gramas. Design comum.Tela de 7,0 polegadas, LCD Super de 1024 X 600 apresentando boa qualidade e nitidezMemória, apresentado em duas versões: 8 GB e 16 GB, porém podendo chegar a 80 GB de memoria acrescentando um cartão micro SD. Performance: Os dois apresentam processadores com dois núcleos de 1
4
Modelo
compatível
iPad MiniLançado 25/06/2013
no
R$600,00
Brasil
em
Tamanho um pouco maior que o Galaxy pois não tem borda. Pesa 308 gramas. Design que segue toda a linha de produtos da Apple.Tela de 7,9 polegadas, 1024 x600, IPS LCD, apresentando uma qualidade de imagem mais nítida e brilhante em comparação com o Galaxy Tab2. Memória: apresentado em 3 versões: 16G, 32GB e 64 GB.O iPad mini trabalha com o mesmo processador e
Foto: divulgação
com o Sistema Operacional iOS 6. Os dois produtos apresentam performance rápida e fluída. Camêra traseira de 5.0 megapixels e frontal de 1.2 megapixels, lente de qualidade excelente, sendo possível filmar em HD em 720 p, tanto na câmera traseira como frontal. Bateria: Autonomia Depende do uso.
de
10
horas.
Conectividade:Possui conexão com WiFi e outras versões com adicional de conexão a celular 3G, 4 G LTE ( não disponível no Brasil) e bluetooth.Preço: Preço: Modelo Básico com 16 GB de memoria, com Wifi e sem 3 G. R$1.299. Cláudia Lencioni Centro de Informática Ribeirão Preto (CIRP)
da
USP
Cursos CIRP
Programação de cursos, tutoriais e palestras a serem ministrados pelo cirp e coordenados pela scsupor.
Instrutor: TULIO CALIXTO e DANIEL BARCELINI Local: Anfiteatro
Todos os cursos e tutoriais oferecerão 10 vagas, exceto os cursos a distância que disponibilizarão 50 vagas cada turma.
Horário: das 9 às 12h00 Público Alvo: técnicos do CIRP e Campus da USP Ribeirão Preto
Os cursos à distância e Inclusão Digital serão abertos à comunidade. O CIRP oferece cursos sob demanda (mínimo 5 alunos) – consultas sob condições devem ser feitas para o email
Windows Server 2008 configurações 1 a 4/10/2013 Local: Sala de Treinamento
scsupor@cirp.usp.br Horário: das 9 às 12h00 Todos os cursos presenciais serão gravados para serem disponibilizados no IPTV/USP. Inscrições
e
mais informações: www.cirp.usp.br link Cursos
Público alvo: técnicos de T.I. Windows Server 2008 configurações 1 a 4/10/2013
Contatos: scsupor@cirp.usp.br
MacMacOS Workshop 29/8/2013
Palestra Técnica 31/10/2013
Local: Anfiteatro
Drupall
Horário: das 15 às 17h com intervalo às Instrutor: ANDRÉ FORTUNATO
15h30
Local: Anfiteatro do CIRP
Público Alvo: usuários com domínio de Windows que possuam máquinas
Horário: 15 às 17h00 Público alvo: alunos, técnicos da área de TI
Treinamento 21/6/2013
6
docentes
Cloud
e Tutoriais do Moodle (Plataforma de EAD)
USP
Instrutora: CARDOSO
CLÉLIA
CAMARGO
Local: Sala de Treinamento do CIRP
Básico de Hardware 5 a 16/8/2013
Horário: das 15 às 17h00 com intervalo às 16h00
Instrutor: Vinicius Costa Lima Curso: a distância
Público alvo: docentes, pesquisadores e alunos envolvidos com EAD Turma 1: 30/10/2013
Público Alvo: usuários com domínio Windows
26/8/2013 / Turma 2:
C#14 a 18/10/2013 Segurança Usuários
da
Informação
para
Instrutor: André Freitas Local: Sala de Treinamento
Curso a Distância
Horário: 14 às 17h00
Público alvo: usuários de Internet em geral pertencentes ao campus ou comunidade externa Turma 1: 9 a 21/9/2013 Turma 2: 5 a 22/11/2013
Público alvo: usuários com domínio Windows e com algum conhecimento em programaçãoCURSODATAS
Inclusão Digital 22 a 26/7/2013 Ferramentas 17/8/2013
13
a Instrutor: Alexandre Magno
Instrutor: FERNANDO YOSETAKE
Local: Sala de Treinamento
Curso a Distância
Horário: 14 às 17h00
Público Alvo: usuários com domínio Windows
Público alvo: usuários da comunidade sem conhecimento algum de Informática (a partir de 16 anos) Autora:
Redes Sociais 5 a 7/11/2013 Curso a Distância Público Alvo: usuários com domínio Windows
Clélia Camargo Cardoso - Chefe de Seção de Suporte - CIRP
Cristal Líquido II Evolução de Tecnologias e Utilização
O LCD ("Liquid Cristal Display", ou Visores de Cristal Líquido) já vem, há várias décadas, sendo utilizado em dispositivos eletrônicos. Ele traz várias vantagens e algumas desvantagens sobre os monitores CRT (“Catodic Ray Tube” – Tubo de Raios Catódicos), que já foram abordados no Boletim de n o v e m b r o d e 2 0 1 2 (http://www.cirp.usp.br/boletim20121 1).
8
Tendo dominado, então, o processo de mudança de estado do cristal líquido, para que o mesmo fosse utilizado de maneira produtiva, restava-se obter uma maior velocidade dessa mudança de líquido para sólido e vice-versa. Em dispositivos que não exigiam essa velocidade, a utilização do LCD se expandiu rapidamente, dominando até hoje (2013), o mercado de
calculadoras, relógios, jogos portáteis de baixo custo, dentre outros produtos, como mostra a figura 2. Isso graças ao baixo consumo e pouca utilização de espaço físico do LCD com relação às soluções de CRT e de diodos. Por questões de portabilidade, o LCD invadiu o comércio de micros portáteis, aparelhos médicos e utilizados em engenharia. Nesse mesmo tempo os monitores baseados em plasma estavam adiantando-se e ganhando mercado. Para ser competitivo nesse quadro, foi preciso que a tecnologia avançasse em direção à produção de visores que permitissem o controle de pontos similares aos do CRT. Em um computador típico da década de 1980, um monitor de computadores CRT comercial permitia uma resolução de 640X480 pontos, dispostos em 640 linhas na horizontal por 480 colunas na vertical. Como criar produtos que atendessem esse mercado? Surgiu, então, cada um ao seu tempo, os LCD´s com Matriz Passiva e com matriz Ativa.
dos LCD's preto e branco e os coloridos. Muitos profissionais ainda têm a falsa impressão de que os monitores de matriz passiva eram ruins por causa do baixo ângulo de visão que permitiam. Esse problema é, muito mais, devido às tecnologias de fabricação e dos materiais empregados na época. O problema real da matriz passiva é devido à sua concepção.
LCD com Matriz Passiva.
Observe a figura 3:
Nessa tecnologia, para cada ponto de cristal líquido na tela do monitor, temos um par de fios transparentes que enviam as tensões apropriadas para que o cristal mude de estado. É um método inteligente e que permitiu a utilização
Como é necessário que se excite um transístor para a linha horizontal (no desenho, t2) e um para a linha vertical (no desenho, t6), existe um surto de corrente que passa pelos condutores até
Cristal Líquido II Evolução de Tecnologias e Utilização a célula LCD que será ligada. Ocorre que esses transístores estão a uma distância razoável da célula de cristal líquido a ser acionada. Em um monitor de 15”, a distância média entre os transístores e o cristal líquido é de pouco mais de 5” (próximo de 12 cm). Esse fenômeno produz uma interferência entre os fios condutores ativados e os fios das outras células de cristal líquido que estão próximas, causando, então, as conhecidas sombras e indefinições na imagem, acentuadamente nas imagens intermitentes e em movimento. Mesmo com esses entraves, os LCD's de matriz passiva propiciaram um grande avanço no uso comercial do cristal líquido. Eles até foram usados em alguns produtos curiosos, como nesse simpático televisor da Casio de 1985 (figura 4). Raramente, entretanto, apareciam nos modelos vendidos em alta escala e que tinham como concorrente o CRT. Mas sempre foi, e continua sendo, como já mencionamos, imbatível, nos produtos de baixo consumo com pequenas dimensões, tais quais calculadoras, relógios, pequenos despertadores, termômetros eletrônicos, etc. LCD com Matriz Ativa O problema da matriz passiva é a energização súbita dos fios 10
transparentes que chegam até o LCD a partir de circuitos que estão a uma razoável distância. Dependendo das dimensões do dispositivo LCD, a corrente pode ser forte o suficiente para gerar interferências entre os fios que passam por perto e que irão ativar outras células de cristal. Isso também limita de maneira sensível a velocidade com que os cristais podem ser acionados. Para resolver esse problema, o ideal é ter o
circuito eletrônico próximo da célula de cristal líquido que se quer acionar.
cristal líquido, aumentando complexidade da tela do LCD.
Consegue-se, assim, aumentar a velocidade de ativação, bem como minimizar as interferências que ocorrem entre os fios que ativam as outras células de cristal líquido que permeiam a tela do LCD. Essa solução, como era de se esperar, cria dois problemas:
2: É preciso que que o circuito eletrônico seja suficientemente discreto e pequeno para não atrapalhar o caminho da luz que atinge o cristal líquido.
1: Mais componentes eletrônicos são colocados próximos do elemento de
a
O primeiro problema resolveu-se com novas tecnologias de produção e novos materiais, que são dispostos em uma matriz sobre um substrato de vidro. Mesmo assim, nos primeiros modelos
Cristal Líquido II Evolução de Tecnologias e Utilização fabricados, não era incomum aparecerem pequenos pontos na tela que não acendiam, ou, igualmente ruim, ficavam sempre ligados, mesmo quando não eram manipulados pelo circuito acionador. A esse defeito chamamos de “dead pixel” (numa tradução livre, ponto morto). Quanto mais próximo do centro da tela está o dead pixel, mais facilmente ele é detectado, pois nessa área é que normalmente está atenção do usuário. Esses pontos mortos normalmente ocorrem devido a falhas de produção, transporte inadequado ou defeito do circuito. As figuras 6 e 7 são exemplos de dead pixels mais comuns. Nos tempos atuais (2013) é muito difícil encontrarmos esses problemas, mas já foram razoavelmente comuns quando os LCD's de matriz ativa surgiram. O segundo problema foi resolvido satisfatoriamente quando surgiram os “Transistores de Película Fina”, ou TFT
(Thin-Film Transistor). Ele é fabricado com o depósito de finas películas nos contatos metálicos, nas camadas semicondutoras ativas e nas camadas isolantes do transístor e precisa ser o mais imperceptível possível. Isso é crítico, pois existe um TFT para cada cor que será acionada e ele está bem próximo ao cristal líquido, não podendo chamar a atenção do observador. Como o circuito do TFT está bem próximo do cristal líquido que ele aciona, não existem expressivas interferências de correntes nos fios dos circuitos que estão acionando outros cristais líquidos nas imediações. Um ponto de monitor é composto por 3 cristais líquidos controlando 3 cores, a saber: Vermelho, Verde e Azul. A esse conjunto nós chamamos de “pixel” (“Picture Element” – elemento de cor). Cada cor, comumente, tem 256 graduações ou tonalidades. Para entendermos a complexidade e miniaturização envolvida ao usar matriz ativa, em um monitor LCD de 23” com resolução de 1680X1050, nós temos 1.764.000 pixels (1068 pontos em cada linha X 1050 em cada coluna). Como para cada pixel são necessários 3 cristais líquidos, temos então, 5.292.000 cristais líquidos (1068
12
linhas X 1050 colunas X 3 cores), cada um com seu respectivo TFT e capacitor.
IBM, Manual de manutenção do produto, IBM TFT-LCD 9493-AW1
A tecnologia do LCD em matriz ativa também permitiu o aumento da área física dos televisores. Hoje (2013) existem televisores de LCD com 20”, 32”, 40”, 50”, não sendo difícil encontrarmos de 85” ou mais.
LG, Manual de manutenção do produto, LG LCD TV RZ-23LZ41
As tecnologias têm suas limitações e seria
muito
difícil
obtermos
essas
dimensões com tecnologia de matriz
Samsung, Manual de manutenção do produto, SAMSUNG 800TFT FIGUEIREDO NETO, Antônio M. Os C r i s t a i s L í q u i d o s http://www.fep.if.usp.br/~gfcxhp/os_cri stais_liquidos.pdf
passiva, devido às várias interferências
Autor:Wagner Adenilson Peripato.
que certamente ocorreriam entre os fios dos circuitos próximos das células de cristal líquido nas imediações.
Bacharel em Ciências da Computação. Técnico em Manutenção Eletrônica do
Discorremos
nesse
artigo
sobre
a
evolução das tecnologias que propiciaram a utilização do LCD. No próximo artigo mostraremos as técnicas que permitem captarmos visualmente a mudança de estado do cristal líquido. Bibliografia:
CIRP/USP – Ribeirão Preto Trabalhou como Analista de Suporte na empresa Meias Lupo S/A. Fo i P r o f e s s o r d e A r q u i t e t u ra e Organização de Computadores na UNIESP.