OFICINA DEDE POESIA OFICINA POESIA | 8ºD
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FICHA TÉCNICA
Título: Poesia são as palavras a brincar… uma oficina de poesia Editor: Instituto Nun’Alvres (issue) Autor do texto: 8ºD_ 2015/16 Coordenação e Organização: Biblioteca Geral do Instituto Nun’Alvres
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PREFÁCIO
Dar a conhecer poemas e poetas e tentar destronar a ideia de que a poesia é uma “coisa chata”, assim como levar os alunos a acreditarem que são capazes de escrever poesia, são os objetivos de “a poesia são as palavras a brincar…uma oficina de poesia”. Tendo por base uma seleção de poemas com sonoridade e fáceis de ser compreendidos, aborda-se as opiniões que os alunos têm sobre a poesia, apresentando, também, a opinião dos escritores e poetas. Lê-se e dá-se a ler poesia. Ouve-se cantar poesia. Descobrem-se temas que a poesia aborda, para perceber, como diz Luísa Ducla Soares, que “a poesia é o que as palavras levam o nosso coração a dizer”. Termina-se propondo aos alunos um exercício poético: a construção de um poema com a estrutura de “O limpa palavras” de Álvaro de Magalhães.
Biblioteca Geral, 2 de maio de 2016
OFICINA DEDE POESIA OFICINA POESIA | 8ºD O limpa-palavras Limpo palavras. Recolho-as à noite, por todo o lado: a palavra bosque, a palavra casa, a palavra flor. Trato delas durante o dia enquanto sonho acordado. A palavra solidão faz-me companhia.
Quase todas as palavras precisam de ser limpas e acariciadas: a palavra céu, a palavra nuvem, a palavra mar. Algumas têm mesmo de ser lavadas, é preciso raspar-lhes a sujidade dos dias e do mau uso. Muitas chegam doentes, outras simplesmente gastas, estafadas, dobradas pelo peso das coisas que trazem às costas.
A palavra pedra pesa como uma pedra. A palavra rosa espalha o perfume no ar. A palavra árvore tem folhas, ramos altos. Podes descansar à sombra dela. A palavra gato espeta as unhas no tapete. A palavra pássaro abre as asas para voar. A palavra coração não pára de bater. Ouve-se a palavra canção. A palavra vento levanta os papeis no ar e é preciso fechá-la na arrecadação.
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No fim de tudo voltam os olhos para a luz e vão para longe, leves palavras voadoras sem nada que as prenda à terra, outra vez nascidas pela minha mão: a palavra estrela, a palavra ilha, a palavra pão.
A palavra obrigado agradece-me. As outras não. A palavra adeus despede-se. As outras já lá vão, belas palavras lisas e lavadas como seixos do rio: a palavra ciúme, a palavra raiva, a palavra frio.
Vão à procura de quem as queira dizer, de mais palavras e de novos sentidos. Basta estenderes a mão para apanhares a palavra barco ou a palavra amor.
Limpo palavras. A palavra búzio, a palavra lua, a palavra palavra. Recolho-as à noite, trato delas durante o dia. A palavra fogão cozinha o meu jantar. A palavra brisa refresca-me. A palavra solidão faz-me companhia.
Álvaro Magalhães, O limpa palavras e outros poemas
(Nota: os sublinhados são nossos; destinam-se a melhor compreensão do exercício)
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A palavra lua ilumina a noite escura. A palavra caneta escreve o que sinto. A palavra janela faz-me ver o horizonte e sem saber o que há do outro lado.
A palavra estrela guia-me pelo caminho certo. A palavra presente lembra que tens de viver ao máximo. A palavra futuro dá-te oportunidades que o passado não trouxe.
Cláudia Andrade; Diana Magalhães e Mariana Rocha
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A palavra noite faz-me descansar. A palavra calçado lembra o conforto. A palavra horizonte leva-me a refletir, ouve-se a palavra liberdade.
A palavra prisão lembra-me a solidão. A palavra escuridão traz insegurança. A palavra castigo lembra o erro, e é preciso confiar.
Raquel Sofia e Ema Soraia
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A palavra amor é a tristeza embalada. A palavra sol derrete-me o coração. A palavra vida é a nossa força. A palavra lua é uma estrela iluminada, as palavras são as emoções embaladas.
Bárbara; Joana e Andreia
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A palavra casa lembra amor. A palavra férias lembra férias. A palavra vento põe-me com frio. A palavra solidão fala à imaginação.
Mariana Machado e Andreia Carina
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A palavra biblioteca fala dos trabalhos de casa. A palavra escola dá-me vontade de aprender. A palavra casa lembra descanso. A campainha da escola traz-me um sorriso, E dava tudo para que tocasse neste momento
Daniel; Diogo e João Gabriel
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A palavra mãe reconforta-me como nenhuma outra palavra. A palavra verão traz liberdade. A palavra sorrir torna os dias bonitos. A palavra esforço faz-me sentir que sou capaz. A palavra amizade traz confiança. A palavra saudade faz-me querer, e todas estas palavras são essenciais para tornar a vida numa coisa melhor.
Beatriz e Diana
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A palavra escola faz-me sono. A palavra Benfica faz de mim campeรฃo. A palavra direito lembra liberdade. A palavra sol ilumina a terra.
Guilherme e Jorge
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A palavra calor lembra a praia. A palavra frio faz-me solidão. A palavra mar dá-me alegria. A palavra amor aquece o coração. A palavra pomba lembra liberdade.
Joana Sampaio e Ana Teixeira
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A palavra prenda faz-me feliz. A palavra sofá lembra conforto. A palavra alegria sorri E deixa-me contente. A palavra mãe aconchega-me nos seus braços. A palavra família marca os meus traços.
André Oliveira e Eduardo Andrade
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A palavra casa dá-me conforto. A palavra livro dá-me sabedoria. A palavra biblioteca dá-me cultura. A palavra sol ilumina o meu dia. A palavra vento traz ar fresco. A palavra comida dá-me prazer. A palavra fotografia fala de memória. A palavra descanso não cansa. Fábio Sousa e Eduardo Abreu