OFICINA DEDE POESIA OFICINA POESIA | 8ºF
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FICHA TÉCNICA
Título: Poesia são as palavras a brincar… uma oficina de poesia Editor: Instituto Nun’Alvres (issue) Autor do texto: 8ºF_ 2015/16 Coordenação e Organização: Biblioteca Geral do Instituto Nun’Alvres
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PREFÁCIO
Dar a conhecer poemas e poetas e tentar destronar a ideia de que a poesia é uma “coisa chata”, assim como levar os alunos a acreditarem que são capazes de escrever poesia, são os objetivos de “a poesia são as palavras a brincar…uma oficina de poesia”. Tendo por base uma seleção de poemas com sonoridade e fáceis de ser compreendidos, aborda-se as opiniões que os alunos têm sobre a poesia, apresentando, também, a opinião dos escritores e poetas. Lê-se e dá-se a ler poesia. Ouve-se cantar poesia. Descobrem-se temas que a poesia aborda, para perceber, como diz Luísa Ducla Soares, que “a poesia é o que as palavras levam o nosso coração a dizer”. Termina-se propondo aos alunos um exercício poético: a construção de um poema com a estrutura de “O limpa palavras” de Álvaro de Magalhães.
Biblioteca Geral, 21 de abril de 2016
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OFICINA DEDE POESIA OFICINA POESIA | 8ºF O limpa-palavras Limpo palavras. Recolho-as à noite, por todo o lado: a palavra bosque, a palavra casa, a palavra flor. Trato delas durante o dia enquanto sonho acordado. A palavra solidão faz-me companhia.
Quase todas as palavras precisam de ser limpas e acariciadas: a palavra céu, a palavra nuvem, a palavra mar. Algumas têm mesmo de ser lavadas, é preciso raspar-lhes a sujidade dos dias e do mau uso. Muitas chegam doentes, outras simplesmente gastas, estafadas, dobradas pelo peso das coisas que trazem às costas.
A palavra pedra pesa como uma pedra. A palavra rosa espalha o perfume no ar. A palavra árvore tem folhas, ramos altos. Podes descansar à sombra dela. A palavra gato espeta as unhas no tapete. A palavra pássaro abre as asas para voar. A palavra coração não pára de bater. Ouve-se a palavra canção. A palavra vento levanta os papeis no ar e é preciso fechá-la na arrecadação.
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No fim de tudo voltam os olhos para a luz e vão para longe, leves palavras voadoras sem nada que as prenda à terra, outra vez nascidas pela minha mão: a palavra estrela, a palavra ilha, a palavra pão.
A palavra obrigado agradece-me. As outras não. A palavra adeus despede-se. As outras já lá vão, belas palavras lisas e lavadas como seixos do rio: a palavra ciúme, a palavra raiva, a palavra frio.
Vão à procura de quem as queira dizer, de mais palavras e de novos sentidos. Basta estenderes a mão para apanhares a palavra barco ou a palavra amor.
Limpo palavras. A palavra búzio, a palavra lua, a palavra palavra. Recolho-as à noite, trato delas durante o dia. A palavra fogão cozinha o meu jantar. A palavra brisa refresca-me. A palavra solidão faz-me companhia.
Álvaro Magalhães, O limpa palavras e outros poemas
(Nota: os sublinhados são nossos; destinam-se a melhor compreensão do exercício)
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A palavra sofrimento faz-nos chorar. A palavra traição leva-nos a deixar de acreditar. A palavra leva-nos a hesitar, mas, então segue em frente e acredita em ti.
A palavra sorrir faz-nos bem. A palavra olhar faz-nos pensar. A palavra ciúme faz doer, porque o amor é de morrer.
A palavra amar faz-nos avançar. A palavra perder faz-nos recuar. A palavra sonhar faz-nos caminhar. Então, caminha connosco até ao futuro.
Bárbara; Margarida e Érica
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A palavra vento refresca a alma. A palavra INA lembra animação. A palavra amizade tem alegria. A palavra cor enche-nos de vida. A palavra amor enche o coração. A palavra sol dá luz à nossa vida. A palavra borracha apaga os sentimentos maus. A palavra mar ajuda-nos a navegar no pensamento. A palavra matemática cria-nos mais problemas. A palavra hambúrguer cria-nos água na boca. A palavra tourada lembra-nos morte dos touros. A palavra bombeiro enche-nos de orgulho. A palavra mãe lembra cuidar. A palavra princesa faz-nos lembrar. A palavra palavra faz-nos lembrar mais palavras.
Sara; Mariana e Cláudia
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OFICINA DEDE POESIA OFICINA POESIA | 8ยบF A palavra cama ajuda a descansar. A palavra forรงa ajuda a superar. A palavra juntos lembra uniรฃo. A palavra poesia faz-nos pensar. A palavra amar faz voar. A palavra ar faz respirar. E com tudo isto conseguimo-nos levantar.
A palavra cravo lembra liberdade. A palavra luz ilumina. A palavra lรกpis diz para escrever. A palavra sonhar faz-nos acreditar. A palavra borracha faz-nos esquecer. A palavra correr faz-nos lutar, e, assim, nรณs conseguimos continuar.
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A palavra boca lembra beijos. A palavra olhos faz-nos olhar. A palavra ouvidos lembra atenção. A palavra mãe lembra cuidar. A palavra nariz faz-nos sentir. A palavra canção leva à paixão. Estes são os nossos sentidos que nos fazem caminhar.
Inês Silva; Beatriz Silva e Helena Fernandes
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A palavra livro leva-nos às nuvens. A palavra coração leva-nos às profundezas do amor. A palavra tempestade mostra-nos a fúria da natureza. A palavra sol mostra-nos a alegria da natureza. A palavra poesia é a escrita do coração. A palavra pássaro dá-nos liberdade. A palavra árvore é o suspiro da natureza. A palavra incêndio é o sofrimento da floresta. A palavra sino lembra Deus a chamar. A palavra luar é o brilho do amor. A palavra Alvarelhos leva-nos ao poder de Portugal. A palavra cama sonhamos com ela. Podemos descansar nela.
Paulo e Duarte
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A palavra folha lembra cartas de amor. A palavra lápis escreve sentimentos. A palavra céu leva-nos ao limite, contudo a vida é para viver.
A palavra vida mostra movimento. A palavra amar lembra vida. A palavra ternura lembra primeiro amor. A palavra porquê lembra as palavras por fazer. A palavra curiosidade lembra descobrir.
Bruna Sousa e Gonçalo Correia
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A palavra dormir faz-nos sonhar. A palavra futebol faz lembrar primavera. A palavra família tem união. A palavra biblioteca tem livros. A palavra internet tem informação. A palavra dicionário tem palavras. A palavra mapa faz lembrar orientação. A palavra música faz lembrar diversão.
Gonçalo Silva e Nuno Ribeiro
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A palavra borracha apaga o que foi escrito. A palavra calculadora ajuda-nos na multiplicação. A palavra caneta escreve o que foi dito. A palavra corretor faz a correção. A palavra mão é a origem da negação. A palavra refeição é amiga da desilusão. A palavra sim cita a afirmação. A palavra aceitação ajuda a compreensão.
Diogo Santos; Gonçalo Campos e Diogo Moreira
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A palavra abelha faz o mel. A palavra sofá ajuda a descansar. A palavra teatro leva à fantasia. A festa anima. A palavra arte faz coisas maravilhosas. A palavra luz ilumina. A palavra segurança protege.
Carlos Osório; José Pereira e Nuno Faria
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A palavra sonhar leva-me a acreditar. A palavra lutar dá-me inspiração para continuar. A palavra amor dá-me calor. A palavra INA fascina-me. A palavra paisagem lembra uma viagem. A palavra divertir faz sorrir. A palavra tempo corre como o vento.
Bruno Ferreira; Bruno Santos e Simão Pinheiro
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