A COLABORADORA EM ação
Vulnera bilidades Ao priorizar a participação de populações sub-representadas na composição de um grupo, é preciso levar em conta que as vulnerabilidades às quais elas estão expostos se expressam não só de forma subjetiva, mas também objetiva, como em situações de maus-tratos, violência doméstica, drogadição e racismo. Por essa razão, ainda que incidir sobre esses conflitos não seja o foco principal do projeto, acreditamos que oferecer apoio é papel de toda organização da sociedade civil. Além disso, quando alguém que está participando do projeto enfrenta uma situação decorrente de suas vulnerabilidades sociais e pessoais, é natural que a instituição, seus e suas representantes se tornem uma referência para contribuir com a resolução de conflitos. Assim, é essencial prestar atenção constante a essas questões e manter a escuta sensível, a disponibilidade e a abertura.
“A Colaboradora foi muito importante pra mim esse ano. Passei por muitas questões pessoais e, se não fosse o projeto, sua equipe e os outros colabs, eu não sei o que seria de mim. Tudo isso me ajudou a ter autoestima e a acreditar mais em mim e no meu trabalho.” ANDREY HAAG, produtora Tumulto Rec 2019/2020
Dica: Recomendamos a construção prévia de uma rede de apoio que auxilie nos encaminhamentos dos casos decorrentes de vulnerabilidade, mapeando e fazendo parcerias com agentes da rede de assistência social de sua região. Além disso, coletar antecipadamente contatos de emergência também facilita quando uma pessoa está passando por uma situação difícil e é preciso informar ou consultar alguém em quem ela confia.
“Busquei construir uma relação de confiança e afeto com os colabs desde o começo, demonstrando que o papel de gestora do projeto não significava uma presença distante e neutra – pelo contrário, eu estava disponível e disposta a também ser afetada por eles. Sempre demonstrei que eu era uma pessoa com a qual eles podiam contar e que torcia pelo seu desenvolvimento. Acredito que isso fez muita diferença na minha capacidade de identificar algumas questões de ordem pessoal que poderiam comprometer o bem estar deles e, claro, sua participação nas atividades, contribuindo para meu papel na mediação de conflitos.” SIMONE OLIVEIRA, gestora da Colaboradora Empreender e Transformar
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