Cadê a bolinha que estava aqui? (Material do professor)

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MATERIAL DIGITAL DO PROFESSOR

LIVRO DO PROFESSOR
Universo dos Livros Editora Ltda. Avenida Ordem e Progresso, 157 – 8º andar – Conj. 803 CEP 01141-030 – Barra Funda – São Paulo/SP

MATERIAL DIGITAL DO PROFESSOR – PNLD 2022 Educação Infantil -

TÍTULO CADÊ A BOLINHA QUE ESTAVA AQUI?

CATEGORIA DE INDICAÇÃO Creche II

ESPECIFICAÇÃO DE USO

GÊNERO LITERÁRIO

TEMAS ESPECIFICADOS

AUTORIA E ILUSTRAÇÃO

Para manuseio de crianças pequenas

Narrativos: fábulas originais, da literatura universal e da tradição popular etc.

Mundo natural, meio ambiente, plantas. Biologia e ciência. Aventuras em contextos imaginários ou realistas; jogos, brincadeiras e diversão.

Christine Röhrig e Thiago Perotti

3 São Paulo 2021 Diagramacao_Bolinha_205x275.indd 1 23/07/2021 14:12:27
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5 Sumário Apresentação 7 Sobre a autora 9 Sobre o ilustrador 9 1. Pré-leitura 10 2. Leitura dialogada 13 3. Pós-leitura 16 4. Literacia familiar 19 Referências bibliográficas 22
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Apresentação

Cadê a bolinha que estava aqui? é uma obra leve, que proporciona um momento de leitura prazerosa e descontraída. Os elementos que compõem o enredo da história envolvem o leitor e promovem uma identificação imediata com a personagem que está em busca da bolinha perdida. O livro aborda de forma suave diferentes e importantes temáticas, como semelhanças e diferenças entre os seres, aceitação de si mesmo, perdas e amizade.

Com o apoio das ilustrações, coloridas e alegres, o leitor é transportado para o universo da obra, identificando-se com personagens, cenários e situações. As cores vivas e a forma carismática de apresentar cada personagem provocam a sensação de que o leitor faz parte de cada cena, transportando-o para dentro da história. Essa sensação de pertencimento e participação acalma e acolhe as crianças que possam estar enfrentando situações semelhantes às da personagem principal. A leitura do livro, portanto, pode ser uma ferramenta a ser utilizada no alívio do estresse nas crianças, oferecendo repertório para a nomeação de sentimentos e sensações muito significativas e importantes na infância.

Além de possibilitar esse amplo trabalho com emoções, Cadê a bolinha que estava aqui? também oferece uma ótima oportunidade para a exploração do mundo natural (meio ambiente), promovendo o

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despertar da curiosidade em relação às Ciências da Natureza. A obra ainda apresenta situações que contribuem para a estimulação visual e motora, o desenvolvimento da imaginação e a ampliação do vocabulário, auxiliando assim o aprimoramento da linguagem oral.

As imagens e a representação dos personagens estimulam a exploração curiosa e afetuosa, despertando nos leitores a vontade de descobrir o que vem a seguir, o que propicia a associação da leitura a uma atividade prazerosa e estimulante. Por outro lado, a obra ainda propõe situações que podem estimular o pensamento matemático, apresentando algarismos e a noção de quantidades de modo contextualizado e lúdico.

Todos esses elementos — as ilustrações sensíveis e alegres aliadas a um texto cuidadoso e inspirador — tornam esta obra uma grande ferramenta de apoio para o trabalho com diferentes habilidades que devem integrar a educação infantil. As ideias apresentadas a seguir são sugestões de intervenções pedagógicas que podem auxiliar no desenvolvimento integral das crianças. Elas exploram diversas áreas do conhecimento e ajudam os estudantes a exercer seus direitos de aprendizagem — conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se (Brasil, 2018).

Este Material Digital do Professor tem como objetivo ser um aliado importante na realização de um riquíssimo trabalho com os pequenos e pequenas sobre o respeito às diferenças e os sentimentos de perda e aceitação, bem como o contato com elementos da natureza.

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SOBRE A AUTORA

Christine Röhrig

Nasceu em São Paulo, onde vive atualmente. Traduziu inúmeros textos literários e peças de teatro do alemão para o português, entre eles os Contos maravilhosos, dos irmãos Grimm. Escreveu para crianças o livro O sorriso de Ana e as peças teatrais Mozart apaga a luz e Bertoldo, o tubarão que queria ser gente. Para ela, escrever para crianças e jovens, além de ser um grande prazer, é sempre um aprendizado, pois são as crianças que nos ensinam a ter curiosidade, a rir, a não ter medo de errar, a experimentar e a sonhar com o impossível.

SOBRE O ILUSTRADOR

Thiago Perotti

Também de São Paulo, Thiago é ilustrador, designer, publicitário e editor. Trabalhou muitos anos com filmes e livros na área de publicidade, mas tem como principais paixões desenhar e tocar violão com sua filha. Atualmente desenha para o Gelo na Bagagem e Piu e Pia, criando e animando focas, pinguins, baleias e até meias. Para ele, a diversão é um dos melhores meios de reter a atenção dos pequenos e transmitir o conteúdo de forma inesquecível.

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1. PRÉ-LEITURA

Uma dica para tornar o momento de leitura especial e inesquecível é realizar uma brincadeira em que as crianças tenham que encontrar o livro. Envolvê-las em um jogo de caça ao tesouro pode ser o pontapé inicial para um momento de pré-leitura de sucesso, pois as coloca como sujeitos ativos na execução da proposta, deixando-as curiosas e entusiasmadas. Essa motivação é muito importante para despertar a curiosidade sobre a história que será contada e estimular o imaginário.

Já com o livro em mãos, antes de começar a ler, seria interessante preparar o espaço escolhido de maneira especial, transformando-o em um ambiente acolhedor e tranquilo, convidativo para a leitura. Dispor almofadas em um círculo ou formar um “cineminha” com as cadeiras são algumas sugestões de organização para a experiência.

Quando estiver tudo preparado, faça um levantamento dos conhecimentos prévios das crianças sobre a temática da obra. Trata-se de um momento importante para a construção de significados e introdução sobre o que está por vir. Utilize estratégias de interação verbal para sondar o que os alunos já sabem sobre joaninhas, jardins e outros animais e cenários que fazem parte da obra. Estimule-os a falar livremente, mediando e conectando os depoimentos.

Depois de toda a preparação, vem o momento tão esperado de apresentar o livro. Mostre-o às crianças e solicite que demonstrem a

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maneira correta de segurá-lo e folheá-lo, mas sem deixar que vejam a história, pois assim continuarão curiosas. Peça que observem atentamente a capa e aproveite para reforçar as convenções de leitura — de cima para baixo e da esquerda para a direita —, passando o dedo sobre os elementos textuais e exemplificando como se deve ler.

Explore primeiramente as informações escritas na capa. Questione as crianças: “Onde está escrito o título da obra? E o nome da autora?”. Pergunte também sobre a posição do nome do ilustrador e da editora. Ao indagar os alunos, aponte cada informação com o dedo para que consigam identificar as informações apresentadas. Aproveite para mostrar as letras e sons iniciais e compará-los aos nomes das crianças da turma. Por exemplo, destaque a inicial da palavra “cadê” e veja se a turma conhece outros nomes (de pessoas, animais ou objetos, por exemplo) que comecem com o mesmo som. Caso seja necessário, auxilie-os oferecendo exemplos.

Após essa exploração inicial das palavras, letras e sons, siga para os elementos visuais que estão presentes na ilustração. Peça aos alunos que digam o que veem ao observar a capa, estimulando-os com perguntas: “Onde os animais estão? Que lugar é esse? Que bichos são estes? Será que aparecerão outros animais na história? Alguém já viu ou visitou um lugar assim? Parece dia ou noite na imagem?”. Deixe que expressem suas hipóteses, estimulando tanto a escuta como a oralidade, sem se preocupar se as ideias se relacionam com a história ou não.

Em seguida, releia o título da obra para as crianças e peça que criem hipóteses sobre a história: “O que acontecerá com esses animais? Que bolinha será que sumiu? Algum deles tem bolinhas? O que será que estão fazendo? Como é a expressão do rosto deles?”. A exploração dos elementos da capa auxilia na contextualização do tema e na capacidade

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de compreensão durante a leitura, além de ser uma oportunidade de ampliar o vocabulário dos alunos.

O desenvolvimento da linguagem oral é um dos facilitadores do processo de alfabetização. O estímulo à fala, ao estabelecimento de relações e à criação de enredos que condizem com a ilustração são ferramentas para se observar a forma como se elabora o pensamento das crianças e em que fase do desenvolvimento se encontram. O papel mediador do educador ou da educadora auxilia o processo de conexão entre as ideias e deixa os pequenos e pequenas seguros para se expressar. Baseado em sua experiência com a literatura e em sua vivência com crianças, Rodari (1982) enfatiza o papel dos professores e professoras como incentivadores do outro mediante o contato com histórias, evidenciando que essa atividade proporciona a criação do vínculo afetivo, além do desenvolvimento da linguagem e da estética e a floração da fantasia, da imaginação e da criatividade no ser aprendiz.

É muito importante que esse contato inicial com a obra proporcione um momento de trocas enriquecedoras e que, acima de tudo, seja prazeroso e estimulante, deixando as crianças curiosas e interessadas pelo que vem a seguir, estimulando um comportamento leitor. Caso a janela de atenção dos alunos seja curta, essa exploração pode ser feita em etapas, concentrando-se primeiramente apenas na capa e deixando-se a leitura do enredo da obra para outro momento.

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2. LEITURA DIALOGADA

Como propiciadores do desenvolvimento das crianças, professores e professoras têm um papel essencial no desenvolvimento do primeiro contato com a literatura durante a infância. A importância da prática leitora na escola e a preocupação em ensinar o prazer de ler também devem, na perspectiva de Lajolo (2005), estar presentes no trabalho a ser concretizado pelos educadores.

Pensando nisso, depois de realizar a etapa de pré-leitura da obra, destaque a apresentação da autora e do ilustrador para que os alunos possam conhecê-los e, assim, ter a oportunidade de iniciar seu repertório de autores e ilustradores favoritos, que futuramente embasará suas escolhas literárias.

Prossiga utilizando apenas as imagens para explorar as hipóteses levantadas sobre o que acontecerá na história. Faça isso mostrando o livro aberto, permitindo a visualização de cada imagem como um todo. Lembre-se de que as crianças podem ser sugestionadas facilmente, por isso, a melhor forma de fazer essa exploração inicial das ilustrações é deixar que apresentem suas hipóteses livremente, sem interferência ou tentativa de conduzir a turma a uma conclusão. A exploração das imagens, sem o apoio do texto, pode criar histórias com diferentes rumos e enredos. Cada criança pode enxergar e imaginar situações totalmente diferentes, e essa é a beleza deste momento. Não

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há certo nem errado. Cada um traz a sua bagagem, a sua contribuição, o seu repertório único, individualidade que fortalece os diferentes modos de ler.

Depois da exploração das imagens e antes de ler o texto em voz alta, peça que digam suas hipóteses sobre o que está escrito. Explore letras e sons. Caso as crianças não percebam, aponte a presença dos numerais indicando a paginação. Estimule-as a fazer a contagem das páginas, observando se conhecem a sequência correta dos numerais, bem como sua representação gráfica.

Na página 4 estão representados os algarismos do um até o sete. Peça que contem quantas joaninhas aparecem, e eles encontrarão sete joaninhas. Diga para continuarem a contagem das joaninhas na página seguinte e veja como se saem. Possibilite às crianças o estabelecimento de conexões entre o texto, a ilustração e os seus conhecimentos prévios, exercício que potencializa a construção de sentidos.

Ao alcançar as páginas 6 e 7, faça inferências sobre o que pode ter acontecido com a bolinha que foi perdida pela Joaninha. Explore os sentimentos e sensações advindos da perda de algo muito importante e estimule que falem sobre como se sentiriam se fossem a Joaninha, proporcionando um espaço para o desenvolvimento da empatia e da alteridade.

Explore todos os momentos em que a Joaninha questiona os outros personagens sobre sua bolinha, instigando nos alunos a capacidade de pesquisa, observação e coleta de dados sobre fenômenos para tentar explicar onde está a bolinha perdida pela personagem principal. Juntamente com os alunos, construa hipóteses sobre o que ela poderia fazer, caso não recupere a bolinha perdida.

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Para finalizar, promova um momento de reflexão sobre o fim da história. Explore como as crianças se sentiram, o que fariam se algo parecido acontecesse com elas e o que acharam da escolha da Joaninha de ficar diferente. Promova uma troca de experiências que permita às crianças conhecerem a si e ao outro, compreendendo as relações com a natureza por meio da literatura e do encontro com outras pessoas.

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3. PÓS-LEITURA

O trabalho pedagógico na educação infantil tem base na seleção, organização, planejamento e mediação do conjunto de práticas e interações que serão adotadas em sala de aula, devendo-se garantir sempre uma pluralidade de situações que promovam o desenvolvimento pleno das crianças. Por isso, seguem algumas sugestões de estratégias possíveis de serem desenvolvidas com as crianças após a leitura do livro.

Promova uma nova roda de conversa sobre o desfecho da história, sempre propondo questionamentos que instiguem as crianças a refletir sobre os sentimentos retratados na trama. Deve ser um momento em que possam expor opiniões. Pergunte o que fariam no lugar da Joaninha, se agiriam como ela, como se sentiriam se algo assim acontecesse com elas ou se já vivenciaram alguma situação parecida. Estimule-as até mesmo a alterar o final da história. Seja o escriba da turma, ocupando a referência de escritor ou de escritora para a turma, e registre o novo final da narrativa.

Como o texto de Cadê a bolinha que estava aqui? é de fácil memorização, outra possibilidade é retomar a narrativa deixando que cada criança faça a releitura de um trecho apoiando-se no repertório já explorado.

Em outro momento após a leitura, também é possível trabalhar as diferentes espécies de animais que fazem parte da história de diversas maneiras:

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• Com a participação das crianças, faça uma lista dos animais que aparecem no livro. Depois, vá incorporando outros seres (ou objetos) que também possuem bolinhas e por isso poderiam ter feito parte da história. Registre tudo por escrito.

• Realize um passeio pelas áreas externas da escola com o objetivo de observar animais de jardim, principalmente joaninhas. Instrua a turma a prestar atenção nas características estruturais dos animais e, em seguida, registrá-las em desenhos.

• Proponha que construam com materiais diversos (papel, garrafas e tampinhas, tecidos etc.) os bichos representados na história. Os animais confeccionados podem, depois, ser utilizados em uma representação da história pelas crianças.

• Usando como referências as páginas 22 e 23, sugira uma observação do céu. Explore os conhecimentos da turma sobre o tema e os astros mais conhecidos pelos alunos para falar sobre o assunto.

Para concluir o trabalho com o livro, utilize as palavras coloridas de cada página como palavras-chave da obra. Explore sua grafia e também seus sons iniciais e finais para desenvolver a consciência fonológica, habilidade essencial para a alfabetização. Estimule a escrita espontânea para ter a oportunidade de observar a fase de alfabetização em que cada aluno se encontra.

As estratégias sugeridas nas três etapas propostas (pré-leitura, leitura dialogada e pós-leitura) irão colaborar com o desenvolvimento das seguintes habilidades previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da educação infantil (Brasil, 2018):

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Campo de experiências “O eu, o outro e o nós”:

EI02EO01 Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos;

EI02EO04 Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.

Campo de experiências “Corpo, gestos e movimentos”:

EI02CG05 Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros.

Campo de experiências “Traços, sons, cores e formas”:

EI02TS02 Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação (argila, massa de modelar), explorando cores, texturas, superfícies, planos, formas e volumes ao criar objetos tridimensionais.

Campo de experiências “Escuta, fala, pensamento e imaginação”:

EI02EF01 Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões;

EI02EF04 Formular e responder perguntas sobre fatos da história narrada, identificando cenários, personagens e principais acontecimentos;

EI02EF07 Manusear diferentes portadores textuais, demonstrando reconhecer seus usos sociais;

EI02EF09 Manusear diferentes instrumentos e suportes de escrita para desenhar, traçar letras e outros sinais gráficos.

Campo de experiências “Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações”:

EI02ET07 Contar oralmente objetos, pessoas, livros etc., em contextos diversos.

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4. LITERACIA FAMILIAR

Literacia familiar é o conjunto de práticas e experiências relacionadas com a linguagem, a leitura e a escrita que a criança vivencia com seus pais ou cuidadores no seu cotidiano. A família tem um papel importantíssimo no desenvolvimento da linguagem. Um ambiente familiar estimulador é essencial para o bom futuro escolar dos pequenos e pequenas. As crianças que crescem em lares em que a literacia familiar é promovida se tornam leitores e leitoras proficientes e estudantes mais comprometidos. Nesse contexto, a família tem um papel decisivo e ativo no processo de aprendizagem da criança.

Os momentos dedicados à literacia familiar também aproximam pais e filhos, possibilitando que aprendam e se divirtam juntos. Uma forma simples de começar a praticar esse estímulo é aumentar a frequência e a qualidade dos diálogos com as crianças. Trata-se de uma maneira de aumentar o repertório oral, que por sua vez desenvolve o vocabulário e a capacidade de argumentação. Para isso, sugira “tarefas” em que a criança entreviste, converse e interaja com os familiares.

As crianças podem levar o livro que está sendo trabalhado para casa, de forma a compartilhar a leitura com a família. Proponha a realização de uma leitura dialogada no ambiente doméstico, proporcionando uma oportunidade de interação dos adultos com a criança.

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Você pode encaminhar um roteiro de perguntas sobre a história a serem feitas durante a leitura em voz alta dos pais ou responsáveis, aumentando assim a motivação e o interesse das crianças em relação à leitura e à escrita. Alguns exemplos de perguntas são:

• O que aconteceu com a Joaninha?

• O que ela estava procurando?

• Com quem a Joaninha conversou?

• Quem ajudou a Joaninha a resolver o seu problema?

Uma releitura divertida feita junto com os familiares estimula o diálogo e estreita o contato entre pais e filhos, que passam a conhecer melhor os gostos e interesses uns dos outros e, com isso, a ter mais assuntos em comum. Ao perceber que seus pais prestam atenção nela, valorizam e respeitam o que ela tem a dizer, a criança tem a sua autoestima reforçada.

Essas estratégias de interação devem ser inseridas no cotidiano familiar com naturalidade, sem que o momento de contato com a criança se torne uma situação formal de ensino.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAGNASCO, D. G. P. Leitura de histórias na educação infantil: como se desenvolve?

2014. 159 p. Dissertação (Mestrado em Ensino e Práticas Culturais) – Faculdade de Educação,

UNICAMP, Campinas, 2014. Disponível em: <http://repositorio.unicamp.br/acervo/ detalhe/934511?guid=1654269058907&returnUrl=%2fresultado%2flistar%3fguid%3d1654 269058907%26quantidadePaginas%3d1%26codigoRegistro%3d934511%23934511&i=1>.

Acesso em: 19 jul. 2021.

Essa dissertação de mestrado propôs-se a investigar a prática de leitura de histórias em sala de aula de quatro professoras de educação infantil da rede pública de Campinas, mediante análise do papel da materialidade do livro no processo de construção de sentido de cada história para as professoras e para os pequenos leitores.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2018. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em: 19 jul. 2021. Neste material, você encontrará as orientações necessárias para garantir os direitos de aprendizagem das crianças, além das informações acerca dos campos de experiências e as habilidades que deverão ser desenvolvidas no decorrer da educação infantil e também nas demais etapas da educação básica.

BRASIL. Ministério da Educação. Programa Conta pra Mim. Brasília, DF, 2019. Disponível em: <http://alfabetizacao.mec.gov.br/contapramim>. Acesso em: 19 jul. 2021. O programa Conta pra Mim foi desenvolvido pelo Ministério da Educação para promover práticas de literacia familiar. Integra o conjunto de propostas da Política Nacional de Alfabetização (PNA).

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CORSINO, P. Literatura na educação infantil: possibilidades e ampliações. In: Literatura: ensino fundamental. Coordenação: Aparecida Paiva, Francisca Maciel, Rildo Cosson. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2010. pp.183-204. (Coleção Explorando o Ensino.)

Esse estudo monográfico teve por objetivo identificar as principais contribuições da presença da literatura na Educação Infantil para o desenvolvimento ético, estético e intelectual do ser humano, habilidades e posturas que se estendem além dos muros da escola.

LAJOLO, M. Meus alunos não gostam de ler… O que eu faço? Campinas: Cefiel/Unicamp, 2005. (Coleção Linguagem e Letramento em Foco.)

O texto aponta os principais problemas da leitura no âmbito escolar e indica caminhos possíveis para solucioná-los, com dicas práticas aplicáveis à rotina da sala de aula.

RODARI, G. Gramática da fantasia. São Paulo: Summus Editorial, 1982. Essa obra clássica do autor ganhador do prêmio Hans Christian Andersen apresenta várias técnicas e exercícios práticos para o desenvolvimento da imaginação e da criatividade, incluindo a produção de narrativas orais e escritas.

SILVA, L. C. B. Práticas de leitura na infância: imagens e representações. Campinas: Autores Associados, 2008.

A autora traz um apanhado geral sobre o universo das crianças que estão à margem da sociedade do ponto de vista social e econômico, mas possuem representações importantes de sua realidade mostradas para os professores quando da prática de leitura em sala de aula.

VIANA, F. L.; RIBEIRO, I. Fluência e compreensão na leitura. In.: LER, Lisboa, 22 set. 2020.

Disponível em: <https://ler.pnl2027.gov.pt/texto/fluencia-e-compreensao-na-leitura>. Acesso em: 19 jul. 2021.

O artigo aponta evidências científicas sobre a importância e o impacto do nível da fluência de leitura na compreensão de textos.

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É permitida a criação de obras derivadas deste material desde que não tenham fins comerciais, atribuam crédito ao autor e licenciem as criações sob os mesmos parâmetros.

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