Universo das Descobertas - História - Livro de práticas - 5º Ano

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História História

O Ensino fundamental – Anos iniciais – História 4ANO 5ANO universo das DESCOBERTAS
DE PRÁTICAS E ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM
MANUAL
responsável
Editor

História História

Bacharel em História pela Universidade de São Paulo Mestre em História Social pela Universidade de São Paulo Editora de materiais didáticos

MANUAL DE PRÁTICAS E ACOMPANHAMENTO DA

fundamental – Anos iniciais – História 5ANO universo das
O Ensino
DESCOBERTAS
1a edição São Paulo, 2021
APRENDIZAGEM

Universo das Descobertas História –Manual de Práticas e Acompanhamento da Aprendizagem – 5o ano

© UDL Educação

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Angélica Ilacqua CRB–8/7057

U51 Universo das descobertas [livro eletrônico] : História : Ensino fundamental : Anos iniciais : 5o ano : Manual de práticas e acompanhamento da aprendizagem / editora responsável: Priscilla Cerencio. — São Paulo : Universo da Literatura — UDL Educação, 2021.

PDF (Universo das descobertas ; 5)

ISBN 978-65-89964-32-2 (e-book)

1. História (Ensino fundamental) – Manual do professor 2. História (Ensino fundamental) – Ensino 3. Aprendizagem –Acompanhamento 4. Aprendizagem – Avaliação I.Cerencio, Priscilla II. Série

21–5150

Conselho Editorial

Alessandro Gerardi, Alessio Fon Melozo, Luis

Afonso G. Neira, Luis Matos, William Nakamura

Direção Editorial

Alessandro Gerardi

Coordenação Editorial

Priscilla Cerencio

Edição

Priscilla Cerencio

Colaboração

Andressa Pontinha

Copidesque e Preparação

Dora Helena Feres

Revisão

Débora Tamayose e Luigi Andrade

Projeto gráfico

Escala Editorial e Regiane Santana

Capa

IlustraCartoon

Editoração eletrônica e Arte

Regiane Santana

Licenciamento de textos e imagens

Ex-libris Soluções Didáticas e Editoriais

Pesquisa iconográfica

Ex-libris Soluções Didáticas e Editoriais

CDD 372.89

Todos os direitos reservados:

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CEP 01141-030 - São Paulo - SP – Brasil

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© 2021 UDL Educação

São Paulo • 1a edição • 2021

ISBN 978-65-89964-32-2

Sumário Apresentação IV Os conhecimentos esperados para o 5o ano V Plano didático ........................................................................................................................... VIII Primeiro bimestre – Cultura e trabalho VIII Segundo bimestre – A arte como expressão cultural ............................................................. IX Terceiro bimestre – Construções e ideias antigas X Quarto bimestre – Reconhecer e aceitar as diferenças faz bem! XII 1o BIMESTRE 4 Cultura e trabalho Consolidação da aprendizagem 4 Os primeiros cultivos e a domesticação dos animais 4 O trabalho no tempo 6 Avaliação das aprendizagens essenciais 8 Práticas de aprofundamento 10 Alimentação e nutrição ............................................................................................................. 10 Alimentos, cultura e religiosidade 12 2o BIMESTRE 14 A arte como expressão cultural Consolidação da aprendizagem ................................................................................................ 14 A importância da arte para a humanidade 14 Os antigos saberes na atualidade 16 Tecnologia e cultura 18 Avaliação das aprendizagens essenciais 20 Práticas de aprofundamento 22 Tecnologia e a preservação da língua 22 O conhecimento medicinal indígena 23 3o BIMESTRE 24 Construções e ideias antigas Consolidação da aprendizagem 24 As pirâmides no Egito e na América ........................................................................................ 24 O conceito de herói 26 Os mitos ....................................................................................................................................... 28 Avaliação das aprendizagens essenciais 30 Práticas de aprofundamento 32 Religiosidade, cultura e tempo 32 4 o BIMESTRE 38 Reconhecer e aceitar as diferenças faz bem! Consolidação da aprendizagem 38 Identidade: diferenças e semelhanças 38 Os diferentes modos de vida 40 Avaliação das aprendizagens essenciais................................................................................... 42 Práticas de aprofundamento 44 Os povos e as leis........................................................................................................................ 44 Reparação histórica 45 Referências 48

Apresentação

Este material tem o objetivo de identificar, registrar e analisar as aprendizagens dos estudantes e dar subsídios a você, professor, para reorientar o processo de ensino e encaminhar ações individuais ou coletivas e assim resolver quaisquer problemas de defasagens que encontrar em sua turma.

Para que esse instrumento seja eficiente, é importante que você documente e sistematize os dados que obtiver durante a observação das atividades realizadas pelos estudantes. O registro o auxiliará a ser assertivo na identificação das aprendizagens individuais de cada estudante e na avaliação do alcance de cada um nas expectativas de aprendizagens para o ano.

Para facilitar o seu uso, o material é organizado em quatro bimestres. Você pode utilizá-lo em sala de aula, como encaminhamentos de atividades a serem realizadas em casa ou em aulas virtuais, uma vez que o material foi elaborado para que o estudante tenha o máximo possível de autonomia. Claro que algumas atividades dependem da sua orientação e interação, afinal, o papel do docente é essencial no processo de ensino. Você é o guia da aprendizagem dos estudantes.

Neste material destinado ao seu uso, você encontra quatro breves planos de desenvolvimento bimestrais, estruturados em sequências didáticas, planos de aula, atividades de acompanhamento das aprendizagens dos estudantes e de aprofundamento dos conhecimentos adquiridos.

Todas as propostas apresentadas buscam avaliar as aprendizagens essenciais e os principais conceitos em construção pelos estudantes dessa faixa escolar, destinadas ao desenvolvimento das habilidades e competências presentes na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e de acordo com a Política Nacional de Alfabetização (PNA).

Para dar sequência aos estudos do componente curricular História, é fundamental que, ao final do ano letivo, os estudantes:

• tenham se apropriado dos significados históricos e reconheçam os principais conceitos trabalhados ao longo do ano letivo;

• sejam capazes de localizar os acontecimentos históricos de maneira cronológica e identificar permanências e rupturas entre o passado e o presente;

• por meio de pesquisa, aprendam procedimentos relacionados aos conhecimentos históricos, como examinar, analisar, observar e indagar diferentes fontes;

• por meio dos trabalhos em equipe, sejam capazes de ouvir, posicionar-se diante do grupo, apresentar opiniões e argumentos e respeitar as diferentes ideias apresentadas, participar das atividades em grupo de modo a favorecer a construção de um saber compartilhado.

A avaliação dos conhecimentos obtidos pelos estudantes é fundamental para acompanhar o desenvolvimento deles em suas habilidades e competências, permitindo conhecer e identificar suas dificuldades e pontos fortes.

No decorrer deste material propomos que a avaliação seja feita de modo investigativo e constante, buscando reconhecer como os estudantes aprendem e tomando as providências necessárias para suprir as dificuldades individuais que eles venham a ter a fim de atingir os objetivos educacionais desejados.

O processo avaliativo pode ser importante como um registro dos resultados obtidos por meio da valorização dos conteúdos, impulsionando a autonomia dos estudantes e assim contribuindo para o desenvolvimento de indivíduos autônomos e cidadãos críticos e responsáveis com o coletivo. Destacamos, assim, a proposta de que as avaliações essenciais propostas a cada bimestre podem ser momentos para compartilhar conhecimentos e, para sistematizar esse processo, além do preenchimento da ficha de autoavaliação que consta no final de cada bimestre.

IV

Os conhecimentos esperados para o 5o ano

Para o 5o ano, a BNCC (acessível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_

EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf), nas páginas 9, 10, 357, 402, 414 e 415, preconiza o desenvolvimento das seguintes competências e habilidades:

COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

V

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE CIÊNCIAS HUMANAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

1. Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural e promover os direitos humanos.

2. Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico-informacional com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço, para intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo.

3. Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, exercitando a curiosidade e propondo ideias e ações que contribuam para a transformação espacial, social e cultural, de modo a participar efetivamente das dinâmicas da vida social.

4. Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas, promovendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

5. Comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e em espaços variados, e eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados.

6. Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, para negociar e defender ideias e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental, exercitando a responsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum e a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

7. Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado a localização, distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão.

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE HISTÓRIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

1. Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo.

2. Compreender a historicidade no tempo e no espaço, relacionando acontecimentos e processos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais, bem como problematizar os significados das lógicas de organização cronológica.

3. Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em relação a documentos, interpretações e contextos históricos específicos, recorrendo a diferentes linguagens e mídias, exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação e o respeito.

4. Identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e povos com relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

5. Analisar e compreender o movimento de populações e mercadorias no tempo e no espaço e seus significados históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade com as diferentes populações.

6. Compreender e problematizar os conceitos e procedimentos norteadores da produção historiográfica.

7. Produzir, avaliar e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de modo crítico, ético e responsável, compreendendo seus significados para os diferentes grupos ou estratos sociais.

VI

UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES

Povos e culturas: meu lugar no mundo e meu grupo social

O que forma um povo: do nomadismo aos primeiros povos sedentarizados

As formas de organização social e política: a noção de Estado

(EF05HI01) Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado.

(EF05HI02) Identificar os mecanismos de organização do poder político com vistas à compreensão da ideia de Estado e/ou de outras formas de ordenação social.

O papel das religiões e da cultura para a formação dos povos antigos

Cidadania, diversidade cultural e respeito às diferenças sociais, culturais e históricas

(EF05HI03) Analisar o papel das culturas e das religiões na composição identitária dos povos antigos.

(EF05HI04) Associar a noção de cidadania com os princípios de respeito à diversidade, à pluralidade e aos direitos humanos.

(EF05HI05) Associar o conceito de cidadania à conquista de direitos dos povos e das sociedades, compreendendo-o como conquista histórica.

Registros da história: linguagens e culturas

As tradições orais e a valorização da memória

O surgimento da escrita e a noção de fonte para a transmissão de saberes, culturas e histórias

(EF05HI06) Comparar o uso de diferentes linguagens e tecnologias no processo de comunicação e avaliar os significados sociais, políticos e culturais atribuídos a elas.

(EF05HI07) Identificar os processos de produção, hierarquização e difusão dos marcos de memória e discutir a presença e/ou a ausência de diferentes grupos que compõem a sociedade na nomeação desses marcos de memória.

(EF05HI08) Identificar formas de marcação da passagem do tempo em distintas sociedades, incluindo os povos indígenas originários e os povos africanos.

(EF05HI09) Comparar pontos de vista sobre temas que impactam a vida cotidiana no tempo presente, por meio do acesso a diferentes fontes, incluindo orais.

VII

Registros da história: linguagens e culturas

Os patrimônios materiais e imateriais da humanidade

Plano didático

Nossa proposta é que o material seja utilizado ao longo do ano letivo, incorporado em seu planejamento anual, como um complemento tanto aos estudantes que necessitam de reforço quanto àqueles que buscam ampliação de seus conhecimentos.

Com essa intencionalidade, propomos sequências didáticas divididas em aulas que tem o objetivo de retomar os conhecimentos essenciais para o desenvolvimento de habilidades da BNCC preconizadas para o ano; atividades de avaliação dessas aprendizagens, que você pode aplicar em sala de aula ou solicitar que os estudantes realizem em casa; e atividades de práticas de aprofundamento, que também podem ser realizadas dentro ou fora do ambiente escolar e tem o intuito de desenvolver nas crianças maior autonomia em seus estudos e investigações para ampliação de seus conhecimentos.

(EF05HI10) Inventariar os patrimônios materiais e imateriais da humanidade e analisar mudanças e permanências desses patrimônios ao longo do tempo.

Primeiro bimestre – Cultura e trabalho

Objetivos gerais

• Conhecer os processos de desenvolvimento da agricultura.

• Identificar a origem das primeiras plantas e dos primeiros animais domesticados.

• Associar o desenvolvimento da agricultura ao aprendizado do uso dos recursos naturais disponíveis no espaço.

• Compreender que o uso de recursos naturais gerou conhecimentos diversos que foram aplicados em diferentes sociedades ao longo do tempo.

• Identificar conhecimentos elaborados pelos povos antigos que estão presentes atualmente.

• Compreender o conceito de trabalho, de profissões e suas transformações ao longo do tempo.

VIII

Sequência didática 1: Os primeiros cultivos e a domesticação dos animais

Duração: 3 aulas

Objetivos de aprendizagem: Associar o desenvolvimento da agricultura ao aprendizado do uso dos recursos naturais disponíveis no espaço, identificar conhecimentos elaborados pelos povos antigos e ainda presentes atualmente e a origem de diferentes plantas e da domesticação de animais.

Habilidade desenvolvida: EF05HI01

Recursos didáticos:

• Livro de Práticas e Acompanhamento da Aprendizagem do estudante.

• Planisfério.

• Material de escrita, desenho e pintura.

Plano de aulas:

• Aula 1 – Página 4.

• Aulas 2 e 3 – Página 5.

Sequência didática 2: O trabalho no tempo

Duração: 3 aulas

Objetivos de aprendizagem: Refletir sobre as origens do trabalho e a importância dele para a organização social, pois o valor dado à palavra trabalho e suas práticas passaram por muitas mudanças ao longo do desenvolvimento das relações sociais.

Habilidades desenvolvidas: EF05HI01, EF05HI02

Recursos didáticos:

• Livro de Práticas e Acompanhamento da Aprendizagem do estudante.

• Imagens diversas de profissionais.

Plano de aulas:

• Aulas 1 e 2 – Página 6.

• Aulas 3 e 4 – Página 7.

Avaliação das aprendizagens essenciais

Nessa seção são propostas atividades que avaliam se os estudantes compreenderam como a formação sociocultural de cada povo está relacionada com a forma como esse povo se relacionou com o ambiente em que vivia.

Práticas de aprofundamento

Nessa seção os estudantes são incentivados a refletir sobre o impacto da alimentação no nosso cotidiano, primeiro refletindo sobre a qualidade alimentar e depois sobre a relação entre alimentação, cultura e religiosidade.

Segundo bimestre – A arte como expressão cultural

Objetivos gerais

• Conhecer as primeiras formas de expressão da humanidade.

• Identificar conhecimentos científicos, populares e intelectuais elaborados pelos povos antigos.

• Refletir sobre o processo de surgimento das primeiras cidades.

• Identificar a relação entre religiosidade e arte na Antiguidade.

• Refletir acerca do desenvolvimento tecnológico em diferentes sociedades antigas.

• Refletir sobre aspectos das crenças e práticas culturais de diferentes povos.

Sequência didática 3: A importância da arte para a humanidade

Duração: 3 aulas

Objetivos de aprendizagem: Demonstrar como a arte sempre fez parte da vida dos seres humanos e é uma importante forma de expressão, criada antes mesmo da linguagem escrita e falada.

Habilidades desenvolvidas: EF05HI01, EF05HI03, EF05HI06

IX

Recursos didáticos:

• Livro de Práticas e Acompanhamento da Aprendizagem do estudante.

• Computador com acesso à internet.

• Equipamento para projeção de imagens.

Plano de aulas:

• Aula 1 – Página 14.

• Aulas 2 e 3 – Página 15.

Sequência didática 4: Os antigos saberes na atualidade

Duração: 2 aulas

Objetivos de aprendizagem: Identificar importantes criações das culturas antigas que foram aprimoradas e estão presentes nos dias de hoje, como o alfabeto fonético, conhecimentos cartográficos, matemáticos, físicos e medicinais.

Habilidades desenvolvidas: EF05HI01, EF05HI03

Recursos didáticos:

• Livro de Práticas do estudante.

• Computador com acesso à internet.

Plano de aulas:

• Aula 1 – Página 16.

• Aula 2 – Página 17.

Sequência didática 5: Tecnologia e cultura

Duração: 2 aulas

Objetivos de aprendizagem: Compreender o conceito de tecnologia, refletir como ela sempre esteve presente na humanidade.

Habilidade desenvolvida: EF05HI06

Recursos didáticos:

• Livro de Práticas e Acompanhamento da Aprendizagem do estudante.

• Computador com acesso à internet.

Plano de aulas:

• Aula 1 – Página 18.

• Aula 2 – Página 19.

Avaliação das aprendizagens essenciais

Nessa seção são propostas atividades que avaliam se os estudantes compreenderam como os elementos culturais e religiosos estavam presentes no cotidiano dos antigos.

Práticas de aprofundamento

Nessa seção os estudantes são incentivados a refletir sobre o desenvolvimento tecnológico e a preservação dos conhecimentos tradicionais em comunidades indígenas.

Terceiro bimestre – Construções e ideias antigas

Objetivos gerais

• Compreender a religião como um aspecto cultural de uma sociedade.

• Identificar a relação entre arte e religiosidade dos povos da Antiguidade.

• Analisar as semelhanças e as diferenças entre os rituais fúnebres realizados no Egito Antigo e pelos povos americanos antigos.

• Identificar aspectos das antigas religiões nos dias de hoje.

• Compreender a função dos mitos para os povos da Antiguidade.

• Analisar os mitos formadores como importantes fontes históricas.

Sequência didática 6: As pirâmides no Egito e na América

Duração: 3 aulas

Objetivos de aprendizagem: Analisar e comparar semelhanças entre os povos do antigo Egito e os povos que habitavam a América. Apesar de nunca ter havido contato entre os povos de continentes tão distantes, alguns hábitos são semelhantes enquanto prática e valor religioso.

Habilidades desenvolvidas: EF05HI01, EF05HI02, EF05HI03, EF05HI06, EF05HI07, EF05HI09, EF05HI10

X

Recursos didáticos:

• Livro de Práticas e Acompanhamento da Aprendizagem do estudante.

• Imagens de pirâmides egípcias e maias.

• Computador com acesso à internet.

Plano de aulas:

• Aula 1 – Página 24.

• Aulas 2 e 3 – Página 25.

Sequência didática 7: O conceito de herói

Duração: 2 aulas

Objetivos de aprendizagem: Refletir sobre a construção das figuras dos heróis e como eles representam valores culturais de uma sociedade.

Habilidades desenvolvidas: EF05HI01, EF05HI03, EF05HI06, EF05HI07, EF05HI09, EF05HI10

Recursos didáticos:

• Livro de Práticas e Acompanhamento da Aprendizagem do estudante.

Plano de aulas:

• Aula 1 – Página 26.

• Aula 2 – Página 27.

Sequência didática 8: Os mitos

Duração: 3 aulas

Objetivos de aprendizagem: Promover uma reflexão sobre a origem e a difusão dos mitos na Antiguidade e a influência das mitologias antigas no mundo em que vivemos.

Habilidades desenvolvidas: EF05HI01, EF05HI03, EF05HI07, EF05HI08, EF05HI09, EF05HI10

Recursos didáticos:

• Livro de Práticas do estudante.

• Narrativas de mitos da Antiguidade.

Plano de aulas:

• Aula 1 – Página 28.

• Aulas 2 e 3 – Página 29.

Avaliação das aprendizagens essenciais

Nessa seção são propostas atividades que retomam o conhecimento dos estudantes acerca das fontes históricas, da intencionalidade dos povos antigos em construir as pirâmides e os conhecimentos necessários para a realização desses empreendimentos e atividades reflexivas acerca da importância dos mitos para as sociedades antigas e para as sociedades atuais.

Práticas de aprofundamento

Nessa seção os estudantes são incentivados a refletir sobre a percepção de tempo para diferentes comunidades, com destaque especial às sociedades indígenas e como esse conceito abstrato foi traduzido em mitologia e essa concepção perpassou gerações.

Quarto bimestre – Reconhecer e aceitar as diferenças faz bem!

Objetivos gerais

• Compreender a construção da identidade do indivíduo como algo em constante processo de formação e interação com o coletivo.

• Identificar aspectos culturais, políticos e religiosos como agentes identitários e unificadores entre o indivíduo e o coletivo.

• Relacionar e analisar a elaboração das leis como forma de organizar e regular a sociedade.

• Analisar as leis da antiguidade e relacioná-las com as leis da atualidade.

• Associar os diferentes tipos de governo dos povos da Antiguidade com os diferentes tipos de governos da atualidade.

Sequência didática 9: Identidade:

semelhanças e diferenças

Duração: 2 aulas

Objetivos de aprendizagem: O objetivo desta sequência didática é discutir as diferenças étnicas e a igualdade entre os seres humanos.

XI

Habilidades desenvolvidas: EF05HI04, EF05HI05, EF05HI09

Recursos didáticos:

• Livro de Práticas e Acompanhamento da Aprendizagem do estudante.

• Imagens de pessoas de diferentes etnias.

Plano de aulas:

• Aula 1 – Página 38.

• Aula 2 – Página 39.

Sequência didática 10: Os diferentes modos de ver a vida

Duração: 2 aulas

Objetivos de aprendizagem: O objetivo desta sequência didática é refletir como as sociedades antigas se organizaram em termos de valores morais e éticos, política, divisão social, religião, formas de expressão e comunicação e analisar as diferenças e semelhanças com as sociedades atuais.

Habilidades desenvolvidas: EF05HI02, EF05HI06, EF05HI07, EF05HI09

Recursos didáticos:

• Livro de Práticas e Acompanhamento da Aprendizagem do estudante.

• Dicionários.

Plano de aulas:

• Aula 1 – Página 40.

• Aula 2 – Página 41.

Avaliação das aprendizagens

essenciais

Nessa seção são propostas atividades que retomam o conhecimento dos estudantes acerca dos diferentes modos de vida das sociedades e as conquistas históricas adquiridas por eles.

Práticas de aprofundamento

Nessa seção os estudantes são incentivados a refletir sobre a importância das leis para a ordenação das sociedades e de se pensar em reparações históricas para atitudes do passado violavam o que atualmente entendemos como direitos humanos.

XII

universo das DESCOBERTAS

História História

Priscilla Cerencio (editora responsável)

Bacharel em História pela Universidade de São Paulo Mestre em História Social pela Universidade de São Paulo Editora de materiais didáticos

LIVRO DE PRÁTICAS E ACOMPANHAMENTO DE APRENDIZAGEM

1 1a edição
Paulo, 2021
São
O
iniciais
História
Ensino fundamental – Anos
4O ANO 5ANO
Ensino fundamental – Anos iniciais – História
História História

Universo das Descobertas História –Livro de Práticas e Acompanhamento de Aprendizagens – 5o ano

© UDL Educação

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Angélica Ilacqua CRB–8/7057

U51 Universo das descobertas : História : Ensino fundamental : Anos iniciais : 5o ano : Livro de práticas e acompanhamento da aprendizagem / editora responsável: Priscilla Cerencio. — São Paulo : Universo da Literatura — UDL Educação, 2021. 48 p. (Universo das descobertas ; 5)

ISBN 978-65-89964-36-0

1. História (Ensino fundamental) 2. História (Ensino fundamental) – Livro de atividades I. Cerencio, Priscilla II. Série

CDD 372.89

21–5149

Conselho Editorial

Alessandro Gerardi, Alessio Fon Melozo, Luis

Afonso G. Neira, Luis Matos, William Nakamura

Direção Editorial

Alessandro Gerardi

Coordenação Editorial

Priscilla Cerencio

Edição

Priscilla Cerencio

Colaboração

Andressa Pontinha

Copidesque e Preparação

Dora Helena Feres

Revisão

Débora Tamayose e Luigi Andrade

Projeto gráfico

Escala Editorial e Regiane Santana

Capa

IlustraCartoon

Editoração eletrônica e Arte

Regiane Santana

Licenciamento de textos e imagens

Ex-libris Soluções Didáticas e Editoriais

Pesquisa iconográfica

Ex-libris Soluções Didáticas e Editoriais

Todos os direitos reservados:

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Av. Ordem e Progresso, no 157, sala 803Várzea da Barra Funda

CEP 01141-030 - São Paulo - SP – Brasil

Tel/Fax: 55 11 3392 3336 www.udleducacao.com.br contato@udleducacao.com.br

© 2021 UDL Educação São Paulo • 1a edição • 2021

ISBN 978-65-89964-36-0

2
3 Sumário 1o BIMESTRE 4 Cultura e trabalho Consolidação da aprendizagem 4 Os primeiros cultivos e a domesticação dos animais 4 O trabalho no tempo 6 Avaliação das aprendizagens essenciais 8 Práticas de aprofundamento 10 Alimentação e nutrição 10 Alimentos, cultura e religiosidade 12 2o BIMESTRE 14 A arte como expressão cultural Consolidação da aprendizagem 14 A importância da arte para a humanidade 14 Os antigos saberes na atualidade 16 Tecnologia e cultura 18 Avaliação das aprendizagens essenciais 20 Práticas de aprofundamento 22 Tecnologia e a preservação da língua 22 O conhecimento medicinal indígena 23 3o BIMESTRE 24 Construções e ideias antigas Consolidação da aprendizagem 24 As pirâmides no Egito e na América 24 O conceito de herói 26 Os mitos 28 Avaliação das aprendizagens essenciais 30 Práticas de aprofundamento 32 Religiosidade, cultura e tempo 32 4 o BIMESTRE 38 Reconhecer e aceitar as diferenças faz bem! Consolidação da aprendizagem 38 Identidade: diferenças e semelhanças 38 Os diferentes modos de vida 40 Avaliação das aprendizagens essenciais 42 Práticas de aprofundamento 44 Os povos e as leis 44 Reparação histórica 45 Referências 48

Sequência didática 1: Os primeiros cultivos e a domesticação dos animais

Componentes da PNA

1o

BIMESTRE Cultura e trabalho

Consolidação da aprendizagem

Os primeiros cultivos e a domesticação dos animais

Há aproximadamente 11 mil anos, nossos ancestrais sobreviviam da caça e da coleta, por isso os denominamos caçadores-coletores. Eles se abrigavam em cavernas ou construíam cabanas para se proteger e, quando se tornava difícil encontrar alimento em determinada região, eles se mudavam.

Foi observando a natureza que esses grupos desenvolveram a agricultura e aprenderam a domesticar alguns animais, que, além de servir de alimento, passaram a ser usados para o transporte e para auxiliar na agricultura. Esse aprendizado modificou profundamente a vida daqueles grupos humanos e foi o início de uma série de transformações que estão presentes até hoje.

1 Observe a imagem ao lado e responda: a) O que foi a Revolução Neolítica?

Espera-se que os estudantes indiquem que a Revolução Neolítica consistiu no desenvolvimento das primeiras técnicas agrícolas.

• Compreensão de texto.

• Desenvolvimento de vocabulário.

Habilidade

EF05HI01

Aula 1

Procedimentos iniciais: Organize os estudantes de modo que possam participar das reflexões propostas.

Representação das mudanças nas práticas agrícolas em quatro períodos diferentes.

Andamento: Inicie a aula questionando a turma: “Como vocês imaginam que os primeiros grupos humanos perceberam que era possível domesticar animais e cultivar a terra para plantar?”. As respostas obtidas são subsídios para a avaliar os conhecimentos que eles adquiriram no 4o ano.

Se necessário, complemente com as seguintes informações:

• Diversos cientistas atribuem a descoberta da agricultura às mulheres, pois nas primeiras comunidades humanas era comum que elas fossem as responsáveis pelas coletas de raízes e frutos.

• A agricultura surgiu a partir da observação, ou seja, os seres humanos observaram que quando sementes e raízes eram colocadas sob a terra geravam novas plantas, logo, novos alimentos.

• O desenvolvimento da agricultura foi um processo lento, que dependeu do de desenvolvimento tecnológico. Por isso, ocorreu em períodos diferentes e os alimentos cultivados variavam de acordo com a localidade.

Feita essa explanação, peça para os estudantes responderem às atividades 1 e 2.

Para finalizar a aula, solicite uma pesquisa sobre quais eram as plantas cultivadas e animais domesticados entre 8000 a.C. e 3000 a.C. e peça que coletem imagens deles.

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HENNADII H/SHUTTERSTOCK

Aulas 2 e 3

b) Por que esse evento histórico ficou conhecido como uma revolução?

Espera-se que os estudantes indiquem que a descoberta da agricultura é considerada uma revolução porque foi a base de uma série de transformações no cotidiano, nas relações sociais e no modo de vida das populações ancestrais.

c) Qual foi a importância sócio-histórica da Revolução Neolítica?

A agricultura possibilitou que o ser humano se fixasse por mais tempo em um mesmo lugar e se sedentarizasse. As terras eram utilizadas coletivamente pelos membros de uma aldeia, e o trabalho era dividido entre seus integrantes.

2 Cite duas transformações que ocorreram na fabricação de moradias e utensílios de plantio no Período Neolítico.

Foi durante o Neolítico que ocorreu a construção de moradias nas proximidades de rios e outras fontes de água devido à constante necessidade de recursos hídricos para o desenvolvimento das atividades de plantio. Além disso, popularizouse a fabricação de instrumentos de trabalho agrícola, como foices, enxadas, potes de barro e vestimentas duráveis. Na época, era comum a fabricação de instrumentos por meio do polimento de pedras, ossos e madeira. A pedra polida facilitou a caça, a pesca e o combate aos grupos hostis. O uso desse instrumento ajudou a facilitar o trabalho com a terra, levando ao aumento da produção agrícola.

3 Pinte os animais que são originários do continente onde estão representados.

Procedimentos iniciais: Disponibilize aos estudantes uma ilustração de um planisfério em tamanho grande para a montagem do painel. Ele pode ser projetado na lousa ou parede (que pode ser reproduzido do site do IBGE, disponível em: https://atlasescolar.ibge. gov.br/images/atlas/ma pas_mundo/mundo_pla nisferio_politico_a3.pdf, acesso em 25 out. 2020) ou usada uma versão física plastificada, que não seja danificada na colagem das imagens. Andamento: Inicie a aula solicitando aos grupos que apresentem os resultados de suas pesquisas e, após a apresentação, colem as imagens dos animais e plantas obtidos no continente destinado. Após as apresentações, incentive os estudantes a lerem o mapa elaborado coletivamente. Elabore com eles uma legenda para o mapa, de forma a completar as informações.

Na sequência, peça para que leiam, analisem a atividade 3 e procurem respondê-la. É provável que a turma não consiga, pois os animais encontrados na pesquisa nem sempre coincidirão com os da ilustração. Mencione então que o nosso mundo está em constante mudança e transformações, novas descobertas são feitas diariamente e nem sempre conseguimos remeter a uma origem com local e data definidas. Peça então que, para a terceira aula, façam uma nova pesquisa buscando quais são os animais encontrados em cada localidade e, assim, respondam à atividade. Destaque que, muitos animais, como os seres humanos, podem ter migrado no decorrer dos milênios, o que faz com que alguns deles possam ser encontrados como originários de diferentes continentes e outros não.

Como avaliar

A avaliação dos conteúdos aplicados pode ser feita de forma contínua, acompanhando a realização de cada etapa dessa sequência e observando o conhecimento dos estudantes referentes à pesquisa solicitada e a identificação geográfica dos continentes.

5 5
RIMMA Z/SHUTTERSTOCK
Oceano Pacífico Ásia Europa África
Oceano Atlântico Oceano Índico Antár tica Austrália Oceano Pacífico América do Nor te América do Sul Figura do mundo com animais

Sequência didática 2: O trabalho no tempo

O trabalho no tempo

O trabalho na agricultura e na criação de animais resultou em melhor qualidade de vida para as primeiras comunidades humanas, o que possibilitou o crescimento da população. Por meio do empenho social, representado pelo trabalho, foram organizadas as primeiras vilas; depois as aldeias e, por fim, as cidades.

Observando a natureza, esses grupos foram gradualmente desenvolvendo técnicas para armazenar alimentos para os períodos de escassez, como nos tempos das secas e das chuvas intensas. Para isso, o trabalho com a produção de cerâmica foi fundamental.

Com o avanço no modo de produzir e armazenar alimentos, surgiram os excedentes, ou seja, certa quantidade de alimento que sobrava depois de suprir as necessidades do grupo. Esse é um dado importante, pois essa produção excedente tornou-se produto para troca entre as aldeias, dando origem, assim, ao comércio.

Observe que a prosperidade e a manutenção da vida humana só são possíveis por meio do trabalho, e, na atualidade, essa lógica persiste. Por isso, como grupo humano, precisamos continuar buscando alternativas para dominar as adversidades do nosso tempo e garantir alimento, moradia e saúde para todos.

1 Pinte de verde o quadrinho que define o conceito de trabalho e de azul o que define o conceito de profissão.

Atividade que uma pessoa realiza e requer conhecimento especializado.

Atividade humana realizada com a intenção de produzir uma forma de suprir suas necessidades.

2 Observe a imagem e responda às questões.

Componentes da PNA

• Desenvolvimento de vocabulário.

Habilidades

EF05HI01

EF05HI02

Aulas 1 e 2

Procedimentos iniciais: Organize os estudantes em seis grupos.

Andamento: Inicie a aula perguntando aos estudantes o que eles compreendem sobre o termo trabalho e, após ouvir as colocações deles, esclareça que trabalho é toda ação produtiva e criativa que tem um objetivo a ser realizado.

Partindo desse conhecimento, organize a turma em seis grupos e oriente-os a pesquisar:

• tipo de trabalho realizado nas comunidades nômades anteriores ao surgimento das cidades;

• tipo de trabalho realizado nas comunidades sedentárias que viviam nas primeiras cidades;

• profissões da Antiguidade que ainda existem e por quais mudanças passaram;

• profissões da Antiguidade que não existem mais;

• profissões que surgiram nos últimos 50 anos;

• profissões que estão em processo de deixar de existir.

Após a apresentação dos resultados obtidos, destaque trabalhos que eram provenientes de habilidades e práticas e que se tornaram profissões.

Para concluir, solicite aos estudantes que providenciem imagens que representam profissões do passado e do presente. Podem ser fotografias, ilustrações ou mesmo desenhos elaborados pelos estudantes.

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• Compreensão de texto.
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Azul Verde YUKALORA/SHUTTERSTOCK

a) O que as pessoas dessa imagem representam?

Trabalhadores de diferentes profissões.

b) Escolha duas pessoas dessa imagem e explique como a atividade exercida por elas contribui para a vida em sociedade.

Resposta pessoal, de acordo com os trabalhadores escolhidos. Espera-se que os estudantes percebam que dependemos diariamente de diversos profissionais e que é por meio dos diferentes trabalhos que as sociedades se organizam.

c) Contorne na imagem os trabalhadores que você considera essenciais para a comunidade. Depois, selecione um deles e explique aos colegas o motivo da sua escolha.

3 Qual foi a importância da divisão do trabalho durante o surgimento das cidades?

A organização do trabalho definiu as tarefas a serem realizadas. Assim, surgiram os grupos de trabalho, o que possibilitou a estruturação das cidades. Posteriormente transformaram-se em profissões especificas, constituindo o que conhecemos como hierarquia social.

4 Leia o texto a seguir, converse sobre ele com um colega e, juntos, respondam:

[…] A política pode ser mais bem exercida por amadores?

Foi assim nos primórdios da democracia, na Grécia antiga. Os representantes eram escolhidos por sorteio. Esse era um dos motivos por que o filósofo Platão menosprezava a democracia. Se a política é uma arte, dizia, então tem de ser feita por quem entenda dela. Para ele, [deveria] ser feita por gente escolhida na infância, homens e mulheres, por sua coragem e inteligência, e treinada em ginástica, música, matemática, dialética, artes marciais e, finalmente, administração. […]

Para Aristóteles, os políticos formavam, junto com os professores, a profissão mais nobre de todas. Sua função seria moldar uma vida virtuosa para os habitantes da cidade. […]

COHEN, David. A política é uma profissão? Exame Disponível em: https://exame.com/revista-exame/a-politica-e-uma-profissao/. Acesso em: 11 nov. 2021.

a) Qual é a importância dos políticos para a sociedade?

Espera-se que os estudantes indiquem que os políticos são representantes do povo selecionados para trabalhar na melhoria da sociedade.

b) No Brasil atual, política é profissão?

Espera-se que os estudantes percebam que não. No Brasil, pessoas de diferentes profissões trabalham na política.

c) Na sua opinião, qual formação uma pessoa deve ter para se tornar um político? Conte aos colegas e justifique suas ideias. Resposta pessoal.

Aulas 3 e 4

Procedimentos iniciais: Inicie a aula 3 organizando os estudantes em círculo e com as imagens solicitadas na aula anterior no centro.

Andamento: Retome com os estudantes a reflexão de que o trabalho é necessário para a sobrevivência dos seres humanos. Com o surgimento das cidades o trabalho passou a servir o coletivo de forma mais complexa, e passou a ser estruturado de forma que todos exercessem uma função na nova organização social. Cada profissão tinha um valor e um prestígio, assim como nos dias atuais. Alguns profissionais passaram a exercer poder político e econômico, principalmente após o surgimento do conceito de proprietário de terras, de dinheiro e riquezas.

Após essa reflexão, divida a turma em quatro grupos, cada grupo irá selecionar imagens para elaborar um cartaz de um dos seguintes temas:

• profissões essenciais para alimentar a população;

• profissões essenciais para a saúde da população;

• profissões essenciais para o bem-estar da população;

• profissões essenciais para o funcionamento de uma cidade.

Você pode modificar algum dos temas, porém, é fundamental manter as profissões essenciais para o funcionamento de uma cidade, pois elas auxiliam na compreensão do funcionamento do Estado.

Incentive cada grupo a apresentar suas descobertas e reflexões. Faça perguntas e comentários sempre que possível, com o intuito de ajudá-los a organizar o pensamento e a explicar suas escolhas com mais detalhes. Após esses levantamentos, os estudantes podem responder as atividades de 1 a 4.

Como avaliar a sequência didática

Observe a capacidade de selecionar informações relevantes para atividade, organização dos estudantes em ideias para a elaboração do texto e apresentação oral.

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Avaliação das aprendizagens essenciais

1. Quais foram as mudanças sociais ocasionadas pela prática da agricultura no Período Neolítico?

Orientações

2. Sobre as sociedades que se formaram na Antiguidade, podemos afirmar que a prática da agricultura:

a) não tinha nenhuma relação com a prática religiosa.

b) não criava nada, somente aproveitavam os recursos da natureza.

c) não beneficiou as antigas sociedades.

d) contribuiu para o surgimento do governo centralizado e a organização do trabalho.

3. Contorne os alimentos cultivados pelos primeiros grupos humanos.

A agricultura proporcionou a sedentarização e influenciou a descoberta de novos instrumentos, o aumento populacional, a criação das cidades e estruturas sociais complexas. mandioca trigo uvas

Mandioca, trigo, ervilha, milho, inhame, batata, algodão, aveia, arroz, cevada.

ervilha milho inhame

banana algodão aveia

4. Relacione cada animal à região de origem correspondente.

Cabra

Touro

arroz cevada batata

O objetivo dessa seção é verificar se os estudantes compreenderam a importância do trabalho na sociedade humana e que a denominação Paleolítico e Neolítico indicam que as divisões e nomeação desses períodos foram feitas a partir do desenvolvimento de técnicas e tecnologias produzidas pelos seres humanos, bem como algumas práticas referentes à sua ação sobre a natureza. Por exemplo, o uso de pedras polidas dava maior precisão ao corte dos instrumentos de caça, pesca e utilização na vida cotidiana. Esse fato influenciou diretamente o desenvolvimento da forma de trabalho humano.

Quanto aos impactos nas organizações sociais ocorreram principalmente com a divisão do trabalho, de acordo com os sexos e com a necessidade de guardar os alimentos, o que ocasionou o desenvolvimento da cerâmica e da domesticação dos animais.

8 8
X
África
Ásia
Cavalo Porco Galinha Alpaca Lhama
América
Europa

a) Explique o que a

b) Quais desses produtos são resultado do cultivo

c)

Atividades complementares

Caso sinta a necessidade de aplicar mais atividades para verificação da aprendizagem dos estudantes, segue mais algumas opções.

1. As primeiras comunidades nômades estavam sempre à procura de alimentos, pois não dominavam a técnica de cultivar seus próprios alimentos. Qual foi a grande revolução que mudou essa condição de vida do ser humano?

a) A Revolução Industrial

b) A Revolução Ambiental

Representa o cultivo de plantas.

Representa a retirada de produtos da natureza.

Representa a criação de animais.

3. Qual é a importância do trabalho para o ser humano na atualidade?

Espera-se que o estudante tenha compreendido, que a importância do trabalho na vida do ser humano vai além do fato de que satisfazemos nossas necessidades básicas por meio dele. O trabalho é também revelador da nossa humanidade, uma vez que possibilita ação transformadora sobre a natureza e sobre nós mesmos. Na atualidade o trabalho passou a compor uma área da vida, a profissional, na qual o ser humano busca alcançar realização pessoal.

4. Explique qual a relação que temos na atualidade com a agricultura.

Espera-se que os estudantes tenham a compreensão que nos tornamos muito dependentes da agricultura, não somente para a alimentação. Hoje em dia além de alimentar grande parte da humanidade, a agricultura tem a função de oferecer matéria-prima para diferentes indústrias, por exemplo, a indústria de biocombustível.

c) A Revolução Comportamental

d) A Revolução Agrícola Resposta: d.

2. Os objetos a seguir são instrumentos de trabalho de alguns profissionais. Identifique quais são essas profissões.

a) Lixa e alicate de unha: Manicure/podólogo.

b) Carretel de linha e tesoura: Costureiro.

c) Tinta, rolo e pincel: Pintor.

d) Estetoscópio. Médico.

9 9
5. Observe a fotografia e faça o que se pede. CACIO MURILO/SHUTTERSTOCK fotografia representa. agrícola? Podemos afirmar que ainda hoje somos dependentes da agricultura? Explique. 6. Relacione cada atividade econômica do espaço rural ao seu significado. Agricultura Pecuária Extrativismo
1 2 3 1 3 2
Trata-se de uma refeição composta de arroz, feijão, frango e salada. O arroz, o feijão, os legumes, as verduras e cenoura. Espera-se que os estudantes respondam que sim, pois ela fornece a maior parte da nossa alimentação. Refeição tipicamente brasileira.

Práticas de aprofundamento

Alimentação e nutrição

Você já ouviu falar em pirâmide alimentar?

A pirâmide alimentar é um tipo de gráfico que organiza os alimentos de acordo com seus nutrientes e suas funções.

Observe a seguir um exemplo de pirâmide alimentar.

Orientações

Com essa prática de aprendizagem espera-se que os estudantes compreendam que a alimentação saudável na infância e na adolescência promove a saúde, o crescimento, o desenvolvimento e previne problemas de saúde de curto prazo, tais como a anemia por deficiência de ferro, obesidade e cárie dental, além de pode prevenir problemas de saúde a longo prazo, como doenças cardíacas, diabetes, hipertensão, entre outras.

1 Reúna-se com dois colegas e, juntos, pesquisem a origem da pirâmide alimentar e o objetivo dela.

Espera-se que os estudantes identifiquem que a pirâmide alimentar é uma representação que foi criada nos Estados Unidos na década de 1990 e é usada por médicos, nutricionistas e outros profissionais para orientar a população a ter uma alimentação saudável.

10 10
Beber 2 litros de água por dia Laticínios Vegetais Grãos Frutas Farinh Quantidade de porções Evite açúcar Cheque seu peso Carnes e peixes Óleos e açúcares Moderadamente Exercite-se diariamente
Planeje suas refeições ELENABSL/SHUTTERSTOCK

Óleos e açúcares

Orientações

Quantidade de

Espera-se que com essa atividade os estudantes percebam que, diferente do que muitos pensam, a alimentação saudável não significa uma alimentação cara ou de difícil acesso. A maioria dos alimentos in natura fazem parte de uma alimentação saudável, tais como: feijão, arroz, milho, trigo, frutas, legumes, verduras, sementes e castanhas, que devem ser consumidos diariamente e em porções adequadas para garantir os nutrientes essenciais ao organismo.

Para que você possa ampliar seus conhecimentos e orientar melhor a formação dos estudantes, especialmente em relação a própria alimentação, acesse o seguinte endereço eletrônico: https://bit.ly/3CCZ52l. Acesso em: 28 ago. 2022.

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2 Agora é a sua vez. Monte a sua pirâmide, representando como você costuma se alimentar.
ELENABSL/SHUTTERSTOCK litros de água por dia Laticínios Vegetais Grãos
Farinha
3 Compare a sua pirâmide com a pirâmide alimentar da página anterior. Com base na sua comparação, você tem se alimentado da forma mais adequada? Em caso negativo, você identifica algo que possa deixar de consumir ou mesmo substituir por algo mais saudável? Explique sua opinião. Resposta pessoal.
Frutas
porções
Carnes e pe ixes Moderadamente

Alimentos, cultura e religiosidade

A alimentação é parte da cultura de uma sociedade e traz pistas sobre a organização, as relações sociais e até a religiosidade dela. Leia o texto a seguir.

Café, carne de vaca e ketchup: 10 religiões e suas restrições alimentares

[…]

Islamismo

Para garantir a purificação espiritual, os fiéis devem se abster de bebidas alcoólicas (que, em alguns países, são até proibidas por lei), carne de porco, de animais selvagens, de répteis e de anfíbios, além de frutos do mar, com exceção de peixes com escama e camarões. […]

Protestantismo

Com o objetivo de demonstrar fé e provocar um estado de espírito que favoreça a aproximação com Deus, algumas igrejas indicam jejuns esporádicos de bebidas e alimentos tentadores, como café, chocolate e guloseimas em geral.

Judaísmo

[…] tem leis que vetam certos tipos de alimentos, e vai ainda mais além, pois corta qualquer receita que misture carne e leite.

Segundo a “Torá” (o livro sagrado dos judeus), Deus disse ao seu povo: “Não cozinharás um bezerro no leite de sua mãe”. Quanto à carne de animais conhecidos, não podem a suína, de coelho, de caranguejo, lagosta e camarão. Liberadas mesmo só as carnes de peixes com escamas, a bovina e a de cordeiro.

TESTONI, Marcelo. Café, carne de vaca e ketchup: 10 religiões e suas restrições alimentares. UOL, 20 jan. 2018. Disponível em: https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2018/01/20/cafe-bolo-de-aniversario-eketchup-10-alimentos-proibidos-por-religioes.htm. Acesso em: 3 nov. 2021.

A alimentação também ocupa um papel muito importante nas religiões afrobrasileiras. É pela comida que os adeptos dessas religiões se ligam aos orixás. A importância que os alimentos exercem nos terreiros de candomblé auxiliou na preservação e na representatividade da culinária afro-brasileira. O acarajé, o bobó de camarão e o abará são alguns exemplos desses pratos.

Autoavaliação

Aproveite a oportunidade da autoavaliação para estimular a metacognição, pois ela é uma oportunidade de o estudante entrar em contato com seus métodos de estudar e aprender. Por isso, incentive o processo de forma estimulante, mostre ao grupo a importância de identificar o que é facilidade e o que é fragilidade nos processos de aprendizagem.

Seja disponível, mas não interfira no processo avaliativo, respeite o posicionamento e as interpretações do estudante sobre o próprio aprendizado.

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DEBORAGUIMARAESFOTO/SHUTTERSTOCK Acarajé.

1 Reflita sobre os alimentos que você consome diariamente, em festas comemorativas e em datas especiais para sua família e sua comunidade. Em seguida, responda: Sua alimentação reflete sua cultura e/ou sua religiosidade? Explique.

Resposta pessoal.

Ficha de autoavaliação

Respostas pessoais.

Neste bimestre eu Sim Parcialmente Não

Identifiquei conhecimentos elaborados pelos povos antigos nos dias de hoje.

Compreendi que o uso dos recursos naturais proporcionou conhecimentos básicos aplicados em diversas sociedades ao longo do tempo.

Autoavaliação

Caso os estudantes tenham a percepção de que não conseguiram identificar os conhecimentos elaborados pelos povos antigos, retome com eles o texto teórico das páginas 4 e 6. Aproveite a oportunidade para solicitar a leitura em voz alta, faça uma mediação de uma conversa coletiva, peça que eles expliquem o que não compreenderam, e evidencie a importância do desenvolvimento da agricultura e produção de artefatos que ajudaram o ser humano a dominar a agricultura e domesticar os animais.

Compreendi que atualmente a alimentação tem significados além da subsistência.

Compreendi a importância de diferentes trabalhadores e profissionais para a vida em sociedade.

Caso os estudantes indiquem que não conseguiram compreender a forma como o uso dos recursos naturais proporcionou conhecimentos básicos aplicados em diversas sociedades, proponha uma roda de conversa, e partindo das experiências dos próprios estudantes, reflita que é a partir do domínio de conhecimentos mais simples que adquirimos experiência para conquistar conhecimentos maiores; por exemplo, antes de correr todas as crianças aprendem a andar. Assim também ocorre com os conhecimentos com a natureza: a primeira coisa que o ser humano aprendeu foi a usar os recursos naturais para se alimentar, e posteriormente para cuidar da saúde; esses conhecimentos foram se difundindo oralmente e se tornaram a base para grandes feitos da atualidade, como descobertas farmacológicas, que tiveram origem em plantas que os povos tradicionais utilizavam em seu cotidiano.

Caso os estudantes mencionem que não conseguiram compreender que a alimentação é mais do que subsistência, questione-os sobre quais alimentos eles ingerem por prazer, como um bolo feito por um familiar. Nessa cena simples você pode rememorar a questão da ancestralidade, comida como tradição familiar e memória afetiva.

Caso os estudantes percebam que não conseguiram compreender a importância dos diferentes trabalhadores e profissionais em nossa sociedade, parta dos conhecimentos da própria turma, questione quais são as profissões dos familiares dos estudantes, juntos você deve atribuir significado aos diferentes cargos e trabalho exercidos. A ideia é identificar e registrar que todos os trabalho e funções têm sua importância.

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Sequência didática 3: A importância da arte para a humanidade

Componentes da PNA

A arte como expressão cultural

Consolidação da aprendizagem

A importância da arte para a humanidade

Quando nos faltam palavras para representar o que sentimos, é comum recorrermos a algum tipo de representação artística.

A arte faz parte da história da humanidade e é fruto da relação dos seres humanos com o ambiente. Trata-se de um modo de expressão das necessidades, das crenças, dos desejos e dos sonhos.

Todas as pessoas têm uma história, que é individual e coletiva. As representações artísticas nos oferecem informações que facilitam a compreensão da história dos povos em diferentes períodos históricos.

Por meio da arte, podemos conhecer diferentes pontos de vista e aspectos da cultura de um grupo social.

1 Na sua opinião, qual é a função da arte para a humanidade?

Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes indiquem que a arte é uma importante forma de expressão e comunicação. Por meio dela são expressas emoções, valores, crenças e opiniões.

2 São muitas as hipóteses sobre o significado das pinturas rupestres. Em grupo, conversem sobre essas hipóteses: As pinturas rupestres seriam parte de um ritual, uma forma de registro do cotidiano ou uma expressão artística? Depois da reflexão, registre e justifique sua resposta. Resposta pessoal.

• Compreensão de texto.

• Desenvolvimento de vocabulário.

Habilidades

EF05HI01

EF05HI03

EF05HI06

Aula 1

Procedimentos iniciais: Organize os estudantes em uma roda de conversa. Andamento: Inicie a aula perguntando o que os estudantes entendem por arte. É provável que associem a arte com a pintura, dança, teatro, grafite etc. Após eles concluírem o que significa arte, reproduza as seguintes frases:

• Atualmente reconhecemos como arte diferentes tipos e estilos de pinturas, esculturas, música, dança, teatro, literatura, cinema, fotografia, histórias em quadrinhos, jogos de multimídia e arte digital.

• A arte é um meio de expressão de sentimentos, valores, crenças e opiniões.

• Arte não é apenas algo bonito, pode ser também algo horrível, escandaloso e desafiador.

• A arte está em todos os lugares.

• Arte não é apenas realista, ela pode ser abstrata, simbólica e distorcida.

• A arte é uma importante fonte histórica.

• Pessoas de todas as idades, níveis intelectuais e classe social têm acesso a arte.

Você pode propor que os estudantes complementem as frases com suas opiniões ou solicitar que a turma faça um debate sobre elas. Finalizada as apresentações, peça que respondam à pergunta 1 do Livro do Estudante.

Para finalizar a aula, mostre imagens de pinturas rupestres do Brasil e em outros lugares do mundo e peça para que, em casa, reflitam sobre a atividade 2 e respondam à pergunta.

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2o BIMESTRE
ROSSHELEN/SHUTTERSTOCK

3 A imagem a seguir retrata o aspecto cultural mais significativo do Egito Antigo. Que aspecto é esse?

O aspecto cultural mais significativo do Egito Antigo era a religião, que a tudo orientava. Os egípcios acreditavam em vários deuses e na vida após a morte, e a vida no mundo dos mortos era considerada mais importante que a vida no mundo terreno.

Pintura decorativa de uma tumba no Vale dos Reis (Luxor, Egito) com a representação de deuses egípcios e hieroglifos.

4 Na Antiguidade, os gregos representavam suas crenças religiosas em diferentes tipos de obra de arte. Em dupla, reflitam, pesquisem e respondam às seguintes questões:

a) A Grécia Antiga era politeísta. Atualmente, qual é a religião predominante na Grécia?

Atualmente, grande parte da população da Grécia denomina-se cristã ortodoxa.

b) O que aconteceu com o politeísmo grego?

\

O politeísmo grego entrou em declínio em decorrência do processo de ascensão do cristianismo ortodoxo. Esse processo se relaciona às mudanças políticas e sociais que ocorreram ao longo dos séculos.

5 Os aquedutos, invenção romana do século I, revelam importante aspectos da cultura da Roma Antiga. Assinale a frase que indica corretamente quais são esses aspectos.

a) Os aquedutos representam os conhecimentos de engenharia e a associação de utilidade e beleza em suas construções.

b) Os aquedutos são a imitação de importantes construções gregas.

c) Os aquedutos representam a natureza espiritual e religiosa de suas construções.

d) Os aquedutos foram criados para provocar temor nos povos conquistados.

• Egito – murais que ornamentavam o interior das pirâmides;

• Grécia – esculturas em mármore;

Aulas 2 e 3

Procedimentos iniciais:

Organize os estudantes em grupos na sala de informática ou outro ambiente da escola que tenha acesso a internet.

Andamento: Inicie a aula relembrando aos estudantes que as pinturas e gravuras rupestres foram as primeiras produções artísticas da humanidade. Esclareça que, conforme as comunidades humanas foram se sedentarizando, construindo e organizando cidades, a arte também foi se modificando. Cada sociedade deu à arte uma função e desenvolveu técnicas diferentes de acordo com os recursos que tinham disponíveis.

Após essa explanação inicial, organize os estudantes em grupo e solicite que eles pesquisem imagens das produções artísticas de diferentes sociedades antigas, por exemplo:

• Roma – afrescos nas paredes e mosaicos no chão de prédios públicos e templos;

• Pérsia – murais esculpidos em alto relevo nos templos e palácios. Acompanhe os estudantes na pesquisa, orientando-os na identificação dos materiais mais adequados e na seleção de imagens significativas. Em um segundo momento, peça que busquem informações acerca das produções artísticas selecionadas e elaborem uma apresentação para a turma informando as descobertas. Faça a mediação sempre que necessário para que todos compreendam e participem da atividade e peça que respondam as atividades 3 a 5.

Como avaliar a sequência didática

Avalie o envolvimento dos estudantes e a participação em grupo. Verifique se compreenderam a relação das manifestações artísticas com a sociedade estudada.

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VLADIMIR MELNIK/SHUTTERSTOCK MARCO RUBINO/SHUTTERSTOCK
Foto de 2016. Ruínas de um dos sete aquedutos localizados no Parco degli Acquedotti, em Roma, Itália

Sequência didática 4: Os antigos saberes na atualidade

Os antigos saberes na atualidade

Muitos saberes tiveram origem há centenas e milhares de anos e são importantes até hoje. Nós ouvimos falar bastante sobre a agricultura, mas, além dela, podemos citar muitos outros saberes e conhecimentos universais, como a Matemática, a Cartografia, a ciência médica, entre outros.

Todos esses conhecimentos podem ser organizados de diferentes formas. Uma delas é classificá-los em conhecimentos intelectuais, populares ou científicos.

• Conhecimento intelectual: nele usamos o raciocínio, nossa capacidade de pensar.

• Conhecimento popular: faz parte do conhecimento comum e é compartilhado pela população, ou seja, é a forma de conhecimento de determinada cultura.

• Conhecimento científico: são as informações e os fatos comprovados por meio da ciência.

1 Foi na Grécia Antiga que a Medicina se tornou uma área de conhecimento. Os médicos passaram a estudar meios de promover curas, principalmente aplicando elementos da natureza, ou seja, plantas, no tratamento de doenças.

A pessoa mais conhecida da medicina antiga foi Hipócrates. Ele estudava o funcionamento do corpo humano e foi o primeiro a desvincular as explicações para as doenças do mundo sobrenatural. Foi ele quem estabeleceu o procedimento de observar os sintomas e, com base neles, fechar um diagnóstico e o respectivo tratamento. Graças a Hipócrates, surgiram as primeiras escolas de Medicina.

Componentes da PNA

• Compreensão de texto.

• Desenvolvimento de vocabulário.

Habilidades

EF05HI01

EF05HI03

Aula 1

Procedimentos iniciais: Organize os estudantes em uma roda de conversa.

Andamento: Para iniciar a aula, acompanhe os estudantes na leitura do texto e peça para que digam suas impressões. Questione o que eles compreenderam e esclareça as eventuais dúvidas.

Após a leitura e os esclarecimentos sobre o texto reflita com os estudantes sobre a importância das conquistas científicas na área da saúde. Questione se eles sabem que até hoje ocorrem coletas de plantas na floresta amazônica com o intuito de produzir medicações que aliviam dores, curam doenças, e, consequentemente, prolongam a vida.

A contribuição de Hipócrates para a humanidade foi tão grande que ele é considerado o “pai da Medicina”. Na foto, vemos uma escultura dele na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, em Salvador, Bahia.

Pergunte se algum deles fazem de algum medicamento contínuo, e, em caso afirmativo, peça que o estudante explique qual a finalidade da medicação. Questione também, além de medicamento em caso de prescrição médica, quais outros aspectos ou elementos podem ser utilizados para a promoção da saúde. Dê ênfase em aspectos que tenham relação com a natureza e hábitos saudáveis.

Para concluir a aula, solicite que os estudantes respondam à atividade 1.

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LUIS WAR/SHUTTERSTOCK

a) Explique em que o trabalho de Hipócrates se diferenciou do trabalho de outras pessoas na Antiguidade que também buscavam curar doenças.

Hipócrates foi o primeiro a desvincular os adoecimentos do corpo da religiosidade, criando um método de tratamento que tinha como base a observação dos sintomas e o desenvolvimento de um protocolo de tratamento.

b) Que tipo de conhecimento Hipócrates utilizava no exercício de sua profissão que até hoje é utilizado por povos tradicionais?

Aula 2

Procedimentos iniciais:

Organize os estudantes em grupos na sala de informática ou outro ambiente da escola que tenha acesso a internet.

2 Os primeiros Jogos Olímpicos da Antiguidade aconteceram em Olímpia, na Grécia, no ano de 776 a.C. Na época, a intenção do evento era cultuar os deuses por meio da valorização das aptidões dos atletas. Em trios, pesquisem uma modalidade esportiva dos Jogos Olímpicos da atualidade que o grupo ache interessante; então, descubram se se trata de um esporte antigo ou recente e façam um breve histórico desse esporte olímpico.

Andamento: Inicie a aula esclarecendo os estudantes que os jogos olímpicos tiveram origem na Grécia Antiga e que os jogos olímpicos como uma competição mundial da atualidade foram criados no século XIX, inspirados o original da Antiguidade, porém com um caráter mais esportivo.

3 As diferentes culturas dos povos indígenas abrangem a produção material e imaterial. Cada povo tem suas próprias tradições religiosas, musicais, artesanatos, festividades etc. Assinale com um X os hábitos de povos indígenas que fazem parte do seu cotidiano.

Tomar banho diariamente.

Comer mandioca e derivados.

Na sequência, peça que os grupos façam uma pesquisa na internet para responder à atividade 2.

Dormir em rede.

Usar elementos da natureza para fazer chás que ajudam a revigorar a saúde.

Conclua a aula indicando que os jogos olímpicos são parte da tradição e do patrimônio imaterial dos gregos antigos. Ressalte aos estudantes que na nossa cultura também temos práticas, conhecimentos e hábitos dos nossos antepassados que ainda estão presentes no nosso cotidiano. Com essa reflexão, solicite à turma que faça a atividade 3.

Como avaliar a sequência didática

Verifique se os estudantes compreenderam a importância dos conhecimentos e práticas de povos antigos (como o esporte e a medicina) para os tempos atuais. Avalie também a participação e o empenho deles no desenvolvimento das tarefas propostas.

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Hipócrates utilizava plantas em sua prática médica. Esse conhecimento é chamado de popular. Resposta pessoal de acordo com a pesquisa. Respostas pessoais.

Sequência didática 5: Tecnologia e cultura

Tecnologia e cultura

Atualmente, identificamos a tecnologia como um produto da ciência e da engenharia que envolve um conjunto de instrumentos, métodos e técnicas cuja finalidade é oferecer soluções para os problemas, ou seja, é a aplicação prática do conhecimento científico em diferentes áreas.

Quanto mais necessidades surgem, mais ações e medidas são desenvolvidas, pois é da natureza do ser humano superar-se e encontrar soluções para os problemas com que depara.

Assim, a tecnologia é uma expressão dos seres humanos que demonstra seus esforços em se diferenciar e superar as dificuldades do seu tempo.

1 A ilustração a seguir mostra um conjunto de tecnologias desenvolvidas pelos seres humanos no Período Neolítico. Que tecnologias são essas?

Componentes da PNA

• Compreensão de texto.

• Desenvolvimento de vocabulário.

Habilidade

EF05HI06

Aula 1

Procedimentos iniciais: Organize os estudantes em uma roda de conversa em sala de aula, de modo que todos possam participar das reflexões propostas.

Andamento: Inicie a aula em uma conversa com os estudantes. Pergunte a eles: “O que vocês entendem por tecnologia?”. Possivelmente os estudantes irão citar aparelhos eletrônicos, como aparelhos celulares, televisores, videogames etc. Na sequência, continue perguntando: “Por que vocês pensaram nessas palavras?” e “Os avanços tecnológicos sempre foram aplicados para o bem-estar coletivo?” Finalize essa primeira parte da conversa diferenciando técnica de tecnologia (Técnica: maneira de se fazer algo. Tecnologia: conjunto de técnicas disponíveis para uma sociedade.).

Espera-se que os estudantes mencionem os instrumentos de caça (arco e flecha, cerâmica, faca e rede de pesca), a capacidade de produzir fogo, a cerâmica, a construção de moradias com madeira e palha, a construção de embarcações e o arado.

Após fazer essa diferenciação, indique que podemos afirmar que existe tecnologia desde as primeiras comunidades humanas. As técnicas eram rudimentares, porém atendiam às necessidades daqueles povos, como controlar o fogo e produzir instrumentos de caça. Após essa explanação, peça que realizem as atividades 1 e 2.

Com o passar do tempo os seres humanos aprimoraram a capacidade de criar novas técnicas, mas muito do que temos na atualidade são aprimoramentos de conhecimentos empregados em outras épocas.

Para finalizar a primeira aula, pergunte aos estudantes como eles imaginam que eram construídos os objetos e as moradias na Antiguidade e quais eram as técnicas que eram conhecidas naquela época. Peça para que anotem as hipóteses, elas serão utilizadas na aula seguinte.

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DENIS CRISTO/SHUTTERSTOCK

Aula 2

Procedimentos iniciais:

Organize os estudantes em grupos na sala de informática ou outro ambiente da escola que tenha acesso a internet.

Andamento: Durante essa aula os estudantes irão fazer pesquisas sobre as tecnologias que existia na Antiguidade. Para isso, organize a turma em oito grupos. Cada grupo, irá buscar informações sobre as seguintes tecnologias:

• Construção das pirâmides pelos egípcios.

• Construção dos barcos pelos fenícios.

• Produção de moedas pelos povos antigos.

• Conhecimentos básicos de metalurgia.

• Primeiros veículos de roda.

• Uso de cerâmica.

• Criação dos primeiros tijolos.

• Diques romanos.

Para concluir a atividade, peça para que cada grupo apresente os resultados obtidos com os colegas e, se possível, comparem com as técnicas utilizadas na atualidade. Depois os estudantes podem realizar a atividade 3.

Como avaliar a sequência didática

Para avaliar o trabalho realizado é importante observar a postura dos estudantes durante a pesquisa e também durante a preparação da apresentação. Dessa forma, é possível identificar o esforço de pesquisa de cada um deles.

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2 Quais tecnologias mencionadas na atividade anterior são utilizadas ainda hoje? 3 Assinale as tecnologias que tiveram origem no período histórico conhecido como Antiguidade. Espera-se que os estudantes tenham a percepção de que todas as tecnologias desenvolvidas no Neolítico ainda são utilizadas, porém, foram aprimoradas. Aviões. FELIPEGSB/SHUTTERSTOCK JOA SOUZA/SHUTTERSTOCK Objetos de cerâmica. ALEX G. BRAGA/SHUTTERSTOCK
X
Escrita. Veículos com rodas.
X
SARUNYU RAPEEARPARKUL/SHUTTERSTOCK Moedas.
X
RAFASTOCKBR/SHUTTERSTOCK Construções com tijolos. RENAN MARTELLI DA ROSA/SHUTTERSTOCK
X

Observações

Avaliação das aprendizagens essenciais

1. A arte rupestre traz elementos da cultura dos primeiros grupos humanos. Entre esses elementos, destacam-se:

a) o retrato das famílias.

b) a descrição de cenas relacionadas com a vida política do país.

c) a descrição de cenas de caça e rituais.

d) o retrato das personalidades da tribo.

2. Explique a função dos murais feitos no interior das antigas pirâmides egípcias.

X As pinturas no interior das pirâmides tinham caráter religioso, retratavam passagens dos livros dos mortos e cenas cotidianas referentes

3. Cite duas características da arte grega.

4. Qual foi a importante invenção dos fenícios que é usada até os dias de hoje?

a) A bússola.

b) O desenvolvimento da escrita alfabética.

c) A pólvora.

d) A fusão de metais, como o ferro.

e) O desenvolvimento do monoteísmo religioso.

É esperado que os estudantes tenham compreendido que a arte é parte da história da humanidade desde os tempos primordiais e podemos compreendê-la como sendo uma necessidade de expressão do ser humano. Por meio da arte a humanidade expressa suas necessidades, crenças, desejos e sonhos.

Todos nós temos uma história, que é ao mesmo tempo individual, mas tem aspectos coletivos. As representações artísticas nos oferecem elementos que facilitam a compreensão da história dos povos em cada período.

Atividades complementares

Para aprofundar-se no tema e poder oferecer mais oportunidades de compreensão aos estudantes, você pode oferecer as seguintes atividades complementares.

1. Dentre os principais elementos expressos na arte rupestre, podemos destacar:

a) a descrição de cenas relacionadas com a vida política da pólis.

b) a descrição das trocas comerciais locais e intercontinentais.

c) a descrição de cenas de caça, rituais e símbolos cosmológicos.

d) o retrato das principais personalidades da tribo. Resposta c.

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ao morto mumificado.
X
A arte grega exaltava a beleza e a perfeição dos corpos. Apesar das pinturas e das cerâmicas, os gregos se destacaram na produção de esculturas de figuras humanas e de deuses.

Esse é Ogum, um orixá do povo iorubá. Na mitologia iorubá, ele é o deus do ferro, da metalurgia e da tecnologia; protetor de ferreiros, agricultores, caçadores, carpinteiros, escultores, sapateiros, talhantes, metalúrgicos, marceneiros, maquinistas, mecânicos, motoristas e todos os profissionais que lidam com ferro ou metais.

a) Grife no texto as atividades relacionadas a tecnologias que foram desenvolvidas no Período Neolítico.

b) Você conhece algum outro mito que esteja relacionado à tecnologias? Em caso afirmativo, quais?

As possibilidades de respostas são múltiplas, entre elas:

Agricultura: o orixá Okô, a deusa grega Deméter, o deus egípcio Osíris.

Fogo: deus grego Hefesto, a orixá Oroiná.

3. Por que a tecnologia do fogo é considerada um dos marcos da transição do Paleolítico para o Neolítico?

Espera-se que os estudantes respondam que a partir da descoberta do fogo, os grupos humanos puderam proteger-se do frio, espantar animais selvagens das suas cavernas e iluminar os seus interiores durante a noite. O fogo também foi útil durante as expedições noturnas dos grupos, além de possibilitar o cozimento dos alimentos, melhorando o sabor dos mesmos.

4. Explique a importância dos orixás na cultura iorubá.

Espera-se que os estudantes respondam que os orixás são divindades da cultura iorubá, oriunda da África, e que, na diáspora, passaram a ser cultuadas também no Brasil. Essa mitologia engloba uma visão de mundo, de onde advém muitos ensinamentos transmitidos pelas histórias orais. Trata-se de uma mítica que traz explicações sobre a origem do mundo e dos seres humano.

Atividades complementares

2. Qual era a importância dos jogos olímpicos para os gregos antigos?

Espera-se que os estudantes tenham compreendido que os jogos olímpicos eram importantes para promover a coesão social entre as diferentes cidades-estados gregas, que não tinham uma unidade política, apenas laços culturais. Deste modo, ao realizar os jogos os povos gregos eram aproximados e a sentimento de cooperação entre as diferentes regiões era fortalecido.

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5. Observe a imagem, leia o texto e faça que se pede.
PAULO
THIAGO/SHUTTERSTOCK
Representação artística de Ogum.

Práticas de aprofundamento

Tecnologia e a preservação da língua

1 Leia o texto a seguir e, com base nele, responda às questões.

Indígenas usam tecnologias para manter língua e cultura vivas

O xokleng é uma língua falada apenas por uma comunidade indígena no Vale do Alto Itajaí, na região central de Santa Catarina, onde vivem mais de 2 mil pessoas. Boa parte das 170 línguas indígenas existentes no Brasil corre o risco de desaparecer.

[…]

Whatsapp

Desde o ano passado, a comunidade, que vive em áreas distantes fisicamente, se aproximou por meio de um grupo de Whatsapp onde compartilha seu dia a dia. Até indígenas que estão fora das aldeias, nas cidades, usam o canal para se comunicar com os que ainda vivem no território tradicional. A única diferença dos outros grupos de família e amigos da rede de comunicação é que nesse só é permitido se comunicar em xokleng. “Não se pode falar em português”, afirma Gakran.

Assim, as pessoas com menos conhecimento têm a oportunidade de praticar o idioma, especialmente em texto, com aqueles que têm maior domínio. “As pessoas que falam mais ou menos a língua entram no grupo e ali começam a aprender” explica o professor. Além dos fatos do dia a dia, como uma pescaria ou uma boa caça, o grupo, aos poucos, vai se tornando espaço para compartilhar as histórias tradicionais. “Quando surge uma oportunidade, nós contamos uma história do passado”, diz. MELLO, Daniel. Indígenas usam tecnologias para manter língua e cultura vivas. Agência Brasil Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-04/indigenas-usam-tecnologias -para-manter-lingua-e-cultura-vivas. Acesso em: 11 nov. 2021.

a) O desenvolvimento da linguagem foi fundamental para os seres humanos. Relacione essa informação com o texto.

Espera-se que os estudantes compreendam que o grupo da mídia social foi criado com a finalidade de preservar a língua indígena xokleng, que está sob risco de desaparecer, o que representaria uma imensa perda sociocultural.

b) Segundo o texto, sobre o que se fala no grupo da mídia social e qual é a única regra para a comunicação?

Os assuntos são temas do cotidiano, como é bastante comum entre os não indígenas. A única regra é que tudo seja escrito ou falado em xokleng, ou seja, não se pode usar a língua portuguesa.

Orientações

Espera-se que os estudantes tenham compreendido que uma das principais características da cibercultura é a velocidade na qual as informações circulam na rede de comunicação. Desta forma, a cibercultura não deva ser encarada apenas como mais uma novidade da sociedade capitalista e suas ferramentas de controle cultural, mas uma possibilidade de ampliar a visão de mundo, afinal, a cultura das etnias indígenas também é dinâmica e não está imune às transformações que a sociedade vive.

A tecnologia já está disponível para todas as populações, indígenas ou não indígenas. O própriomovimento indígena atualmente se mantém graças à tecnologia, por meio da disseminação da luta de seus direitos, sua cultura, sua história e trajetória.

Para ampliar seus conhecimento, você pode consultar o seguinte texto: https://bit.ly/3CBAoDy. Acesso em: 28 ago. 2022.

Aproveite a oportunidade para compreender mais sobre a ampliação do tema linguagem e tecnologia e as populações indígenas, e assim, contribuir para os conhecimentos dos estudantes, se julgar pertinente, compartilhe o texto com eles.

Atividades complementares

Para ampliar as discussões acerca desse assunto, você pode propor que respondam à pergunta:

1. Você considera estranho que pessoas indígenas utilizem tecnologias da informação? Explique seu ponto de vista.

Resposta pessoal. Trata-se de uma oportunidade para você identificar falas que possam ser preconceituosas. Aproveite a oportunidade para normalizar a participação dos povos indígenas nos vários espaços da sociedade brasileira, inclusive como usuários de tecnologias da informação.

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O conhecimento medicinal indígena

Etnocentrismo e preconceito marcam a relação dos não indígenas com os indígenas desde a chegada dos portugueses ao Brasil. Vejamos um exemplo: grande parte dos medicamentos disponíveis nas farmácias tem origem no conhecimento tradicional de plantas originárias das matas, do Cerrado e da Caatinga. São ervas, raízes, flores, frutos, seivas, cascas de árvores, uma infinidade de plantas que já eram usadas na cura e no fortalecimento do corpo pelos povos indígenas. Muito desse conhecimento atualmente é explorado comercialmente por laboratórios sem que haja o devido reconhecimento aos povos que descobriram seus princípios e seus usos.

A seguir, vamos fazer uma pesquisa para conhecer mais sobre esse assunto.

1 Reúna-se com três colegas e, juntos, pesquisem elementos naturais que são utilizados em medicamentos atuais, mas já eram usados pelos povos indígenas há muito tempo. Registre a seguir o que vocês descobriram.

É possível que os estudantes necessitem de ajuda com essa pesquisa, que poderá ser realizada na biblioteca da escola, em livros de Ciências ou na internet, caso a escola ofereça esse suporte. Alguns dos elementos que os estudantes podem encontrar são: sálvia, arruda, catuaba, aroeira, cajazeiro, urucum, quebra-pedra, capim-limão, babosa, eucalipto, jurubeba, boldo e gengibre.

Ficha de autoavaliação

Respostas pessoais.

Neste bimestre eu Sim Parcialmente Não

Autoavaliação

Caso os estudantes tenham dificuldades em compreender que a arte é uma necessidade humana proponha uma reflexão: coloque uma música ambiente, algo que os estudantes gostem de ouvir, depois converse sobre como eles se sentiram. Questione o que a música em questão desperta em cada um deles. Abra uma roda de conversa para que juntos possam ampliar as percepções sobre o tema.

Compreendi que a arte é uma necessidade humana para expressar sonhos, desejos, medos e anseios.

Compreendi que o desenvolvimento tecnológico modifica e transforma a sociedade.

Identifiquei conhecimentos atuais que foram elaborados pelos povos antigos.

Compreendi que os povos indígenas sempre produziram tecnologia e fazem uso das tecnologias criadas por pessoas não indígenas.

Caso eles indiquem dificuldades em compreender que o desenvolvimento tecnológico modifica e transforma a sociedade, retome o texto teórico das páginas 16 e 18, depois compartilhe com os estudantes informações de como era o cotidiano antes da popularização da internet e das redes sociais. Relate sobre os tempos em que usava-se o orelhão com ficha telefônica, dê exemplos práticos de como os avanços tecnológicos transformaram hábitos a cultura.

Caso os estudantes apresentem dificuldades em compreender que muitos dos conhecimentos atuais têm origem nos povos antigos, retome o exemplo da escrita, os alfabetos antigos, explique que tecnologias antigas se transformaram e continuam se transformando, mas preservam a essência de sua função.

Caso os estudantes não tenham compreendido que os povos indígenas fazem uso de tecnologias desenvolvidas por não indígenas, retome o texto da página 23, e converse com eles, tire as dúvidas, esclareça curiosidade, desmistifique a forma como costumam olhar para os povos indígenas, deixe claro tratar-se de pessoas que têm necessidades que podem ser resolvidas ou contempladas com as tecnologias, como todos nós.

23 23

Sequência didática 6: As pirâmides no Egito e na América

Componentes da PNA

3o

Construções e ideias antigas

Consolidação da aprendizagem

As pirâmides no Egito e na América

Você sabia que muitos povos africanos formavam reinos e impérios e que a maioria deles tinha sua própria cultura, com línguas, arquitetura e escrita? A maior parte desses povos era de agricultores, pastores e comerciantes, e de alguns deles temos muitos vestígios para estudo, como os cuxitas e os axumitas.

Mas não eram somente os africanos que tinham culturas e diferentes organizações sociais. Na América também havia povos com organizações sociais bastante funcionais. Alguns deles, como os maias, tiveram seus reinos destruídos com o tempo, sobretudo pelas ações colonizadoras europeias iniciadas no século XVI.

Nos estudos deste bimestre, conheceremos um pouco mais alguns desses povos, em especial, dos africanos egípcios e dos americanos maias.

1 Observe a fotografia de uma pirâmide egípcia e a de uma pirâmide maia e indique quais são as diferenças e as semelhanças que você observa nelas.

• Compreensão de texto.

• Desenvolvimento de vocabulário.

Habilidades

EF05HI01

EF05HI02

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EF05HI07

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Aula 1

Procedimentos iniciais: Organize os estudantes em sala de aula de modo que todos possam participar das reflexões propostas. Andamento: Inicie a aula perguntando aos estudantes o que eles sabem dos povos egípcios e dos povos maias da Antiguidade. Possivelmente eles trarão informações acerca de curiosidades desses povos ou de informações reproduzidas em desenhos animados e filmes. Procure explorar essas informações para fortalecer o interesse deles na temática a ser estudada.

Respostas de acordo com a observação e os conhecimentos prévios dos estudantes. Dentre as possibilidades, eles podem indicar que as pirâmides do Egito foram feitas de pedra calcária e tinham a função de guardar os corpos dos faraós. As pirâmides americanas eram templos erguidos em honra aos deuses de seus povos, e sua função era mostrar o poderio dessas divindades. Também é possível identificar que as pirâmides representavam a hierarquia social que existia tanto no Egito quanto nas sociedades americanas.

Ressalte que os antigos egípcios são bastante conhecidos pela prática de mumificação e a construção de gigantescas pirâmides para proteger e guardar os corpos após a morte. Curiosamente, povos mesoamericanos e andinos antigos também mumificavam os corpos e criaram templos para protegê-los que, no caso dos maias, também eram em formato de pirâmides. Se possível, mostre imagens do interior das pirâmides egípcias, mostrando como elas eram ornadas com pinturas que representavam o cotidiano do povo egípcio, como trabalho e alimentação, trechos do Livro dos Mortos, conhecimentos astrológicos e matemáticos. Já os maias construíram dois tipos de pirâmides: as pirâmides escalonadas, com escadarias íngremes e que dão acesso ao topo para servirem como templos; e as pirâmides de um só andar, às vezes com embasamento e escadaria de acesso e grandes fachadas ornamentadas, para servirem de palácios. Indique que muitas das pirâmides americanas foram destruídas ao longo do tempo ou serviram de base para a construção de igrejas católicas após o continente americano ser conquistado pelos europeus.

Após essa conversa inicial, solicite aos estudantes que respondam à atividade 1.

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BIMESTRE
SOKOR
Nômade e seu camelo em frente a uma das pirâmides no Cairo, Egito, 2021.
SPACE/SHUTTERSTOCK
INGUS KRUKLITIS/SHUTTERSTOCK
Turistas admiram o Templo de Kukulcán, pirâmide maia em Chichén Itzá, México, 2021.

2 Leia as frases a seguir e classifique-as em verdadeiras (V) ou falsas (F).

O patrimônio histórico é composto de bens materiais ou naturais que foram construídos ou preservados ao longo do tempo.

O patrimônio histórico está relacionado com a cultura e a identidade local, é objeto de pesquisa dos historiadores e nos ajuda a compreender como a sociedade que o construiu se desenvolveu.

As pirâmides egípcias são patrimônios históricos.

As pirâmides americanas não podem ser consideradas patrimônios históricos, pois são templos e palácios.

Tanto as pirâmides africanas quanto as pirâmides americanas devem ser preservadas devido a seu valor histórico e sua simbologia.

3 Observe a fotografia. Depois explique como o turismo pode contribuir para a preservação dos patrimônios.

Aulas 2 e 3

Procedimentos iniciais:

Organize a turma em grupos para realização de uma pesquisa.

Andamento: Inicie a segunda aula retomando a conversa da aula anterior, organize os estudantes em grupos menores e oriente-os a pesquisar algumas pirâmides americanas:

• Templo do Grande Jaguar, na Guatemala.

• Pirâmide do Sol, em Teotihuacán, no México.

• Kukulcán, em ChichénItzá, no México.

• Pirâmide do Adivinho, em Uxmal, no México.

de Hera, na antiga cidade de Selinunte, Sicília (Itália), 2019.

Espera-se que os estudantes compreendam que o turismo é uma forma de atrair a atenção das pessoas para esses monumentos, de manter as raízes locais e reavivar o vínculo com o passado. Também é importante que mencionem que o turismo gera renda para a localidade, e dessa forma o poder público passa a investir na preservação desses patrimônios, pois, para que eles sejam atrativos, é necessário preservá-los.

• Templo das Inscrições, em Palenque, no México.

• Grande Pirâmide de Cholula, no México.

• La Danta em El Mirador, na Guatemala.

• Caana, em Cararol, no Belize.

Solicite que cada grupo elabore uma apresentação para os colegas que contenham imagens, mapas e um breve descritivo do povo que construiu a pirâmide, a função dela e informações turísticas como acesso, distância da capital do país, como faz para chegar lá, média de visitação anual etc.

As apresentações podem acontecer na terceira aula. As informações turísticas ajudarão os estudantes a perceber o quanto essas regiões são valorizadas, se despertam interesses, se estão acessíveis e se são ou não preservadas.

Para concluir a aula, promova uma reflexão sobre os marcos de memória e sobre como cada sociedade define o que é patrimônio, como preservá-lo e como o turismo explora essas regiões. Procure esclarecer aos estudantes que o turismo resulta em pontos positivos, pois evidencia e valoriza lugares de importância social e cultural, mas também pode ter pontos negativos, pois os deixa vulneráveis à degradação e exploração. Por fim, peça que respondam às atividades 2 e 3.

Como avaliar a sequência didática

A avaliação dessa sequência pode ser feita com base no interesse e participação dos estudantes na preparação e apresentação da pesquisa.

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V V V F V
Turista fotografa o Templo FOTOKON/SHUTTERSTOCK

Sequência didática 7: O conceito de herói

O conceito de herói

Você já pensou sobre o que é ser um herói?

Podemos compreender os heróis e as heroínas como personagens que servem de modelo, com características que lhes possibilitam superar problemas de forma fantástica. A atuação e a capacidade de resolução de problemas dos heróis são tão extraordinárias que na Grécia Antiga eles ocupavam uma posição intermediária entre os deuses e os seres humanos, sendo, em geral, filho de um deus e uma pessoa humana.

Também existem os heróis nacionais, em geral, personalidades políticas escolhidas para representar ideais como coragem, honradez, honestidade, entre outros atributos que tenham grande influência sobre as pessoas. No Brasil, um dos personagens que foi colocado nesse lugar foi o mártir Tiradentes.

Todas as sociedades humanas têm seus heróis, pois é uma necessidade humana sentir esse vínculo com personalidades que encorajem a busca dos ideais.

1 Assinale as características essenciais para a criação de um herói.

Bravura.

Boas ideias.

Riqueza.

Generosidade.

Senso de justiça.

Poder ou habilidade diferenciada.

2 Observe, no quadro a seguir, o nome de alguns heróis gregos. Em dupla, pesquisem a história de um desses heróis. Depois, em sala de aula, reúna-se com outras duplas que investigaram o mesmo herói e contem a história dele para os colegas.

Componentes da PNA

• Compreensão de texto.

• Desenvolvimento de vocabulário.

• Produção escrita.

Habilidades

EF05HI01

EF05HI03

EF05HI06

EF05HI07

EF05HI09

EF05HI10

Aula 1

Procedimentos iniciais: Organize os estudantes de modo que todos possam participar da aula coletivamente.

Andamento: Inicie a aula perguntando aos estudantes se eles o que eles entendem por heróis e super-heróis. Essa conversa inicial deve despertar bastante o interesse deles, pois o universo dos super-heróis é uma temática constante em filmes e desenhos e costuma despertar o fascínio das crianças pelos poderes sobrenaturais e por valores como honra, poder, paz, conquista e superação. Durante a apresentação, pergunte aos estudantes se eles sabem a origem dos heróis citados por eles e anote na lousa aqueles cuja origem estão em deuses, deusas, semideuses e outros mitos da Antiguidade. Após esse debate os estudantes estarão preparados para responder à atividade 1.

Para finalizar a aula, peça para que eles se organizem em duplas para pesquisar a origem, o significado, as características físicas, habilidades, poderes e um resumo da narrativa de cada um heróis solicitados na atividade 2 para trazer para a próxima aula. Peça para quem escrevam com riqueza de detalhes, pois as informações serão importantes para enriquecer a atividade.

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X X X X X
Aquiles Atalanta Belerofonte Cadmo Héracles Jasão Odisseu Orfeu Perseu Teseu Ulisses
MALCHEV/SHUTTERSTOCK

3 Sigam as instruções do professor para elaborarem, juntos, uma narrativa heroica. Essa narrativa deverá ter as seguintes etapas:

Aula 2

Procedimentos iniciais: Organize os estudantes de modo que todos possam participar da aula coletivamente.

Apresentação do personagem: expliquem aos leitores quem é o personagem central, dê alguns detalhes sobre onde e como ele vive, com quem se relaciona e como são suas relações cotidianas. Esse é o momento de detalhar as qualidades, os defeitos, as forças e as fraquezas do personagem principal.

A aventura: tem início quando o personagem que se tornará herói depara com um chamado para uma missão que o tira da zona de conforto e tranquilidade. Esse chamado deve ser a resolução de um problema importante.

O medo e a insegurança: diante de um grande desafio, em um primeiro momento, um herói costuma recusar o chamado que recebeu e tenta não precisar lidar com aquela dificuldade.

O mentor encorajador: para conseguir lidar com seus medos, suas angústias e suas limitações, o herói precisa encontrar um incentivador, um personagem que será o responsável por oferecer ao herói o necessário para que ele possa enfrentar o desafio e atender ao chamado.

Andamento: Inicie segunda solicitando aos grupos que apresentem suas pesquisas para a turma. Após se ouvirem, peça para que cada grupo escolha alguns heróis e escrevam uma história tendo-os como personagens principais.

Provações, aliados e inimigos: todo enredo heroico tem desafios e obstáculos criados pelos inimigos que são superados pelo herói e por aliados que ele encontra em seu percurso.

A grande recompensa: depois de vencer os desafios, derrotar o inimigo e sobreviver à morte, o herói é sempre recompensado.

A volta para casa: a história termina quando, depois de se superar, conquistar o desafio proposto, realizar o grande feito, o herói retorna para casa e reflete sobre seus aprendizados.

Para construção da narrativa solicitada na atividade 3 é importante que tenha um personagem central, com características de herói ou heroína, uma aventura e um desafio. Os outros personagens escolhidos podem ser cooperadores do personagem central ou inimigos que o coloquem a prova de um desafio. Você pode limitar a narrativa criada por eles a cenários e/ou personagens da Antiguidade ou deixá-los fazer uma releitura das narrativas heroicas do passado incorporando elementos do presente.

Após a elaboração das redações, faça a correção e sugira ajustes necessários para aprimorar a escrita e a qualidade do texto. Se achar necessário, peça para que refaçam. O exercício de escrita é continuo e aprimora-se com a persistência e rotina.

Para concluir a sequência didática proponha um rodízio de leitura de forma que todos possam ler a narrativa aos colegas. A intenção não é que julguem o trabalho um dos outros, mas entrem em contato com diferentes narrativas e criações a partir de uma temática comum.

Como avaliar a sequência didática

A avaliação dessa sequência didática pode ocorrer a partir dos os materiais produzidos pelos estudantes. Observe a interação, compartilhamento de ideias, respeito e cooperação entre eles.

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Início Fim

Sequência didática 8: Os mitos

Os mitos

Você já parou para pensar que, em geral, os heróis e os deuses são personagens mitológicos?

Mas qual é a importância das mitologias?

As mitologias são essenciais para a constituição de um povo, pois traz respostas a perguntas que inquietam a alma humana; afinal, uma mitologia não pode ser contestada, visto que não tem fundamentação científica. Ela é a verdade subjetiva de cada povo.

A mitologia também contribui na construção do imaginário, especialmente de um passado de glória. Geralmente essa história gloriosa serve de incentivo para que possamos perseverar em situações de intensa dificuldade.

É de grande importância respeitar a mitologia dos diferentes povos, pois ela é parte da identidade cultural de cada indivíduo.

Componentes

da PNA

• Compreensão de texto.

• Desenvolvimento de vocabulário.

• Produção escrita.

Habilidades

EF05HI01

EF05HI03

EF05HI07

EF05HI08

A Excalibur é a espada mitológica que remete a uma lenda de um período glorioso da história da Grã-Bretanha.

1 Explique qual é a função dos mitos. Depois, indique se você tem admiração por mito.

Espera-se que os estudantes respondam que o mito é essencial para a cultura de um povo, e tem a função de organizar as relações sociais, legitimando e determinando um sistema complexo de permissões e proibições. O mito é parte da identidade cultural e moral de um povo. Quanto à admiração, trata-se de uma resposta pessoal.

2 Leia as frases e classifique-as em verdadeiras (V) ou falsas (F).

Mitos são histórias que narram a saga de heróis, vilões ou personagens que necessitam passar por aventuras ou jornadas em cenários fantásticos.

EF05HI09

EF05HI10

Aula 1

Procedimentos iniciais: Selecione alguns mitos para distribuir aos estudantes.

Mitos são atemporais.

Mitos influenciam as histórias do cinema e dos livros.

Mitos contêm lições sobre valores e crenças.

Andamento: Inicie a aula indicando aos estudantes que os mitos existem em todas as culturas e temporalidades. Na Antiguidade eram criados para explicar ou justificar algo: um fenômeno da natureza, a organização social, a vitória ou a perda em uma guerra etc.

Faça um breve resumo sobre o significado e a importância dos mitos. É importante que os estudantes tenham clareza que:

• Mitos são histórias que narram as sagas de heróis, vilões ou personagens que necessitam passar por aventuras ou jornadas em cenários fantásticos e normalmente terminam com um final grandioso.

• A maioria dos mitos existem há milhares de anos e foram transmitidos por gerações.

• Os mitos foram criados com a intenção de ensinar algo sobre a vida, a existência, o comportamento humano, os deveres e os valores sociais e contêm pontos de vista definidos.

• Os mitos são universais, inspiram artistas diversos, e muitos elementos são encontrados em culturas diferentes, como as sereias da Grécia Antiga são semelhantes aos contos indígenas de Iara, deusa das águas. Conclua a aula entregando a cada grupo um mito diferente. Peça que leiam os mitos, pesquisem mais informações sobre eles e tragam as informações obtidas na aula seguinte.

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V V V V
FER GREGORY/SHUTTERSTOCK

3 Complete o parágrafo utilizando as palavras do quadro.

valores cultura

influências pontos de vista

Os mitos revelam muitos aspectos de uma cultura nas suas narrativas. Neles estão embutidos pontos de vista e valores de uma sociedade. Apesar disso, os mitos não têm uma origem clara, pois ao longo do tempo receberam influências de cada contador de histórias.

4 Leia o texto a seguir e faça o que se pede. a) Grife no texto os motivos pelos quais a Cachoeira lauaretê é tão importante para os povos Tukano Oriental, Aruaque e Maku.

Mitos de Origem e Narrativas Históricas

A Cachoeira de Iauaretê corresponde a um lugar de referência fundamental para os povos indígenas que habitam a região banhada pelos rios Uaupés e Papuri, reunidos em dez comunidades, multiculturais na maioria, compostas pelas etnias de filiação linguística Tukano Oriental, Aruaque e Maku. Várias pedras, lajes, ilhas e paranás da Cachoeira de Iauaretê simbolizam episódios de guerras, perseguições, mortes e alianças descritos nos mitos de origem e nas narrativas históricas desses povos.

Para eles, é seu lugar sagrado, onde está marcada a história de sua origem e fixação nessa região, assim como a história do estabelecimento das relações de afinidade que vêm permitindo, até hoje, a convivência e o compartilhamento de padrões culturais entre os diversos grupos que coabitam naquele território, há milênios.

[…] Os moradores indígenas da localidade destacam vários pontos no conjunto das pedras da Cachoeira e suas imediações, locais onde ocorreram fatos marcantes relacionados à criação da humanidade e ao surgimento de suas respectivas etnias. Esses lugares remetem à criação das plantas, dos animais e de tudo o que seria necessário à vida no local e à sobrevivência dos descendentes dos primeiros ancestrais. […] Mitos de Origem e Narrativas Históricas. Portal Iphan. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/ pagina/detalhes/763/. Acesso em: 15 nov. 2021.

b) Explique a importância da preservação dos mitos como patrimônio cultural. Espera-se que os estudantes tenham compreendido que é muito importante a preservação das mitologias étnicas, pois trata-se de uma parte significativa da identidade de um povo, visto que são suas raízes simbólicas.

Aulas 2 e 3

Procedimentos iniciais: Organize os estudantes de modo que todos possam participar da aula coletivamente.

Andamento: A proposta da segunda aula é que os estudantes elaborem uma contação de história com base nos mitos conhecidos na atividade de encerramento da aula anterior. Explique que a contação de histórias é algo muito simples, que não tem necessidade de cenários ou roupas específicas. As contações de histórias acontecem muitas vezes em rodas, em que o contador fica no centro e envolve os ouvintes com a dramatização. Não existe um texto pronto, nem falas decoradas.

Faça uma contação de história curta para que eles tenham uma noção do que se trata. Na sequência, convide os grupos a fazer uma contação da história do mito estudado pelo grupo.

Essa atividade é livre, cada grupo pode narrar à história da forma que achar melhor. Não existem diálogos prontos, falas decoradas, certas ou erradas. Procure deixar os grupos à vontade para usar os recursos internos da imaginação e criatividade para enriquecer as histórias. É possível que muitos tragam relações com o cotidiano em que vivem e as experiências que tem.

Na terceira aula você pode encaminhar as atividades propostas, promovendo uma reflexão coletiva em cada questão, tendo em vista a experiência vivida pelos estudantes nas aulas anteriores.

Como avaliar a sequência didática

A avaliação desta sequência didática requer sua observação em algumas atitudes dos estudantes, como participação, realização das atividades com autonomia, cooperação com o grupo e elaboração da narrativa com começo, meio e fim, fidelidade ao tema proposto, coerência e conhecimentos linguísticos.

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Avaliação das aprendizagens essenciais

1. Por que as pirâmides do Egito são consideradas fontes históricas?

As pirâmides do Egito são importantes fontes históricas, pois são construções criadas pelos seres humanos do passado, e em seu interior há pinturas e textos sobre os hábitos do antigo povo do Egito, como alimentação, trabalho, religião, cresças e mitos.

2. Complete o parágrafo utilizando as palavras do quadro.

templos detalhes palácios

Os povos antigos da América construíam as pirâmides com duas funções, as maiores eram destinadas aos templos e as menores, para os palácios

3. Assinale a afirmativa correta.

a) Muitas pirâmides dos povos da América foram destruídas ou serviram de base para a construção de templos católicos pelos espanhóis.

b) Nada se sabe sobre as pirâmides da América.

c) Na América não existem pirâmides.

d) As pirâmides dos antigos povos da América foram construídas pelos egípcios.

4. Os povos maias e egípcios da Antiguidade dominavam conhecimentos importantes como:

a) conceitos matemáticos, usados na construção das pirâmides.

b) geográficos, pois eram grandes elaboradores de mapas.

c) marítimos, pois eram comerciantes e grandes navegadores.

Orientações

Espera-se que os estudantes tenham compreendido que os mitos podem ser entendidos como representações de verdades presentes em nossa subjetividade. Nessa perspectiva, a mitologia é dotada de vida própria, não necessita de uma validação científica, o que não faz com que deixe de ter a necessidade de ser validado pela razão humana.

Por outro lado, dos mitos desempenham uma função social, ou seja, determinado grupo de pessoas se unem e têm no mito um ponto de referência. Essa função não é, primordialmente, explicar a realidade, mas tranquilizar o ser humano em um mundo que pode ser assustador, onde faltam respostas para inúmeras perguntas existenciais.

Atividades complementares

Caso sinta a necessidade de explora mais atividades para consolidar os conhecimentos dos estudantes, segue mais algumas sugestões:

1. Encontre os termos necessários para construir as afirmações corretas.

KUKULCÁN PIRÂMIDES MÉXICO TESOUROS TEMPLO FARAÓS SOL LUA EGITO RUÍNAS

a) As pirâmides construídas no Antigo Egito eram mausoléus onde os faraós eram enterrados com seu ouro e outros tesouros. Até hoje já foram encontradas na região cerca de oitenta pirâmides, sendo que a maioria delas está em ruínas. Quase todas foram invadidas e saqueadas.

b) Muitos povos antigos da região do atual México ergueram pirâmides. Essas pirâmides geralmente eram feitas de pedra e de barro em formato típico de escadaria com um templo no topo. O povo maia construiu uma famosa pirâmide chamada Kukulcán, em Chichén Itzá. Já o povo da antiga cidade de Teotihuacán, ergueu duas grandes construções: a Pirâmide do Sol e a Pirâmide da Lua

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X X

5. Qual é a origem dos mitos?

Os mitos foram criados para explicar o que os seres humanos não compreendiam de forma racional ou científica e para transmitir à população valores e a cultura da sociedade.

6. O que se pode aprender com os mitos?

Os mitos espelham valores, crenças e hábitos de uma cultura.

7. Qual é a importância dos mitos formadores para a identidade de um povo?

Por não conhecer os aspectos científicos do surgimento do ser humano na Terra, mitos foram elaborados para narrar e justificar sua existência. Os povos, partindo dessa lógica, também criavam mitos fantasiosos sobre suas origens.

8. Assinale a afirmativa correta.

a) O conjunto de mitos estudados pela mitologia é interpretado apenas textualmente.

b) Interpretar os mitos corretamente é procurar compreender o seu real sentido, separando-o do seu contexto histórico.

c) A mensagem dos mitos se encontram nas metáforas, nas entrelinhas e na historicidade.

d) O mito é apenas uma história reflexiva, e sua interpretação é feita de forma isolada da realidade.

4. Assinale a alternativa que completa corretamente a frase. O mito:

a) preserva uma história da tradição oral.

b) confirma a veracidade dos fatos narrados.

c) identifica a origem de uma história popular.

d) apresenta as diferentes visões sobre a aparição.

e) reforça a necessidade de registro das narrativas folclóricas.

Resposta a.

Atividades complementares

2. Explique qual é a função desempenhada pelo herói. Espera-se que os estudantes tenham compreendido que os heróis e heroínas representam os valores e as crenças que uma sociedade admira, e, assim, servem como modelo para a humanidade.

3. Explique o que é um mito.

Espera-se que os estudantes tenham a compreensão de que um mito é uma história, de caráter fictício e com perspectiva religiosa, que narra alguma revelação primordial e apresenta modelos exemplares de conduta humana, dando sentido e valor à existência humana.

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X

Práticas de aprofundamento

Religiosidade, cultura e tempo

Você já se questionou sobre a necessidade humana de calcular e registrar a passagem do tempo? Já se perguntou por que dependemos tanto de calendários e relógios para controlar nossas atividades cotidianas?

Chamamos de Cronologia o estudo do tempo e suas divisões com o objetivo de ordenar a ocorrência dos fatos. Por meio de seus princípio, conseguimos controlar e organizar nossas atividades cotidianas.

No Período Paleolítico, os grupos humanos já compreendiam o conceito de tempo pois, por meio da observação da natureza, já organizavam suas atividades considerando as mudanças temporais, como a posição dos astros, a periodicidade das fases da lua e as estações do ano. Essas mudanças temporais influenciavam o comportamento e a migração dos animais, o que refletia, por exemplo, no sucesso ou no fracasso da caça e da pesca.

Durante o Período Neolítico, a relação com o tempo passou a ser ainda mais intensa, pois, para que as práticas agrícolas tivessem sucesso, era preciso calcular o melhor momento de arar a terra, semeá-la e fazer a colheita.

História da agricultura

A observância do tempo tornou-se tão fundamental na preservação da vida humana que muitos povos passaram a considerar o tempo um deus. Que tal aprofundar seus conhecimentos sobre a importância da passagem do tempo para diferentes sociedades?

1830 atualmente

A cronologia nos ajuda a observar transformações em curtos e em longos períodos.

Orientações

Com essa prática de aprofundamento espera-se que os estudantes compreendam que a necessidade de contar o tempo surgiu junto com a necessidade de preservar a sobrevivência. Todos os nossos afazeres, como o trabalho, lazer e até o sono, estão conectados à contagem de tempo para cada atividade. No trabalho, por exemplo, a remuneração, é medida pelo tempo de dedicação em horas.

É importante que fique claro aos estudantes que essa contagem de tempo e a forma de lidar com ela é uma construção social. Por exemplo, os indígenas, especialmente os aldeados, ainda hoje têm uma relação com o tempo totalmente diferente, pois as pressões do consumo e da produção por demanda são muito menores.

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a.C. 3000 a.C.
8000
HENNADII H/SHUTTERSTOCK

Etapa 1 – Tempo linear e cíclico

1 Observe a ilustração e responda às perguntas.

Atividades complementares

Como forma de ampliar essas discussões, você pode propor aos estudantes que reflitam e debatam sobre as seguintes questões:

a) O que a imagem representa?

A passagem do tempo na vida de um ser humano.

b) Esse fenômeno que a imagem mostra depende de fatores culturais?

Espera-se que os estudantes respondam que não. A imagem mostra uma cadeia biológica, o possível ciclo da vida de um ser humano.

c) Nessa imagem, o que podemos atribuir como biológico e o que podemos atribuir como cultural?

Espera-se que os estudantes respondam que o desenvolvimento humano é biológico, não está em nossas mãos controlá-lo. O que muda de acordo com cada cultura é a forma de vivenciar cada uma das fases desse desenvolvimento, como a escolarização, a busca pelo acúmulo de riquezas e o fato de se enterrar os mortos.

2 Na cultura iorubá, Orunmilá é o orixá do oráculo, o deus da adivinhação. Nessa cultura, o tempo é cíclico, ou seja, acredita-se que o que acontece no presente ou no futuro já aconteceu um dia e foi vivenciado pelos nossos antepassados e pelos orixás. Assim, é possível adivinhar o futuro, com base em informações do passado.

a) Explique o que é tempo cíclico e cite um exemplo.

Tempo cíclico é a compreensão do tempo como um fenômeno circular, com características repetitivas. É possível que os estudantes mencionem a sucessão das estações do ano ou a organização do clima de acordo com as estações de chuva ou seca.

1. Você já percebeu que, dependendo da atividade que você está realizando, o tempo é sentido de forma diferente? Conte aos colegas em quais atividades você tem a sensação de que o tempo passa mais rápido e em quais você tem a sensação de que o tempo demora muito para passar.

Resposta pessoal.

2. Consideração que um dia completo tem 24 horas, em um dia de semana, quantas dessas horas você usa realizando atividades escolares, quantas você usa se divertindo e quantas você usa descansando? Após a contagem, compare seus números com os de seus colegas e descubra se todos em sua turma têm rotinas semelhantes e o que difere na rotina de cada um.

Resposta pessoal.

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LEREMY/SHUTTERSTOCK

b) Na sua percepção, o tempo é cíclico ou linear? Troque ideias com outro colega e registre suas considerações.

Resposta pessoal. Acolha todas as percepções e oriente os estudantes a compreender a diferença entre a passagem linear do tempo e os fenômenos que são cíclicos, por exemplo, as estações do ano. Essa compreensão independe da religiosidade dos estudantes.

Etapa 2 – O tempo e a ancestralidade

Cada cultura tem um mito de origem da humanidade. Leia a seguir como a mitologia iorubá explica a origem da Terra e dos seres humanos.

Mito da criação

Na mitologia iorubá o deus supremo é Olorun, chamado também de Olodumare. Não aceita oferendas, pois tudo o que existe e pode ser ofertado já lhe pertence, na qualidade de criador de tudo o que existe, em todos os nove espaços do Orun.

Oxalá criou o homem a partir do ferro e depois da madeira, mas ambos eram rígidos demais. Criou o homem de pedra – era muito frio. Tentou a água, mas o ser não tomava forma definida. Tentou o fogo, mas a criatura se consumiu no próprio fogo. Fez um ser de ar que depois de pronto retornou ao que era, apenas ar. Tentou, ainda, o azeite e o vinho sem êxito.

[…], Oxalá se sentou à beira do rio, de onde Nanã emergiu indagando-o sobre a sua preocupação. Oxalá fala sobre o seu insucesso. Nanã mergulha e retorna da profundeza do rio e lhe entrega lama.

Mergulha novamente e lhe traz mais lama. Oxalá, então, cria o homem e percebe que ele é flexível, capaz de mover os olhos, os braços, as pernas e, então, sopra-lhe a vida.

Outro olhar: 20 orixás – o que você sabe sobre mitologia africana? Geledés –Instituto da Mulher Negra, 12 out. 2013. Disponível em: https://www.geledes.org.br/ outro-olhar-20-orixas-o-que-voce-sabe-sobre-mitologia-africana/. Acesso em: 17 nov. 2021.

1 Com base na leitura desse texto e nas suas reflexões, responda:

a) Para os iorubás, qual é a origem do planeta Terra?

Para os iorubás, a Terra é criação de um deus supremo: Olorun.

b) Quem criou o ser humano e de qual matéria-prima?

Quem criou foi Oxalá e usou a lama como matéria-prima.

c) Segundo a sua percepção, foi fácil para Oxalá criar o ser humano? Explique.

Espera-se que os estudantes percebam que não foi fácil, pois encontrar a matéria-prima ideal levou tempo, e foram necessários alguns testes.

Orientações

A segunda etapa dessa prática o objetivo de desenvolver uma reflexão sobre as noções de tempo e ancestralidade em religiões que fazem parte da cultura brasileira e observar como elas são fundamentais no processo de educar as populações de acordo com determinados valores e moralidade.

Refletir sobre como essas noções estão presentes no nosso imaginário ajuda os estudantes a compreender sua própria cosmovisão, ainda que seja bastante diferenciada do exemplo analisado nas atividades.

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2 Vivemos em um país com grande sincretismo religioso, onde aproximadamente 80% da população se denomina cristã. Reúna-se com dois colegas e, juntos, pesquisem as seguintes informações:

a) Tendo o cristianismo como referência, com que personalidade religiosa Olorum pode ser associado? Explique.

Talvez os estudantes necessitem de ajuda na pesquisa, você pode ajudá-los com pesquisas na internet, caso a escola tenha esse dispositivo, ou levá-los à biblioteca da escola.

Espera-se que os estudantes relacionem Olorum ao Deus cristão, pois os dois são divindades criadoras da vida e de todos os seres.

b) Segundo o cristianismo, de que matéria-prima o ser humano foi feito? Onde podemos encontrar essa informação? O que esse elemento tem em comum com a mitologia iorubá?

Espera-se que os estudantes respondam que, segundo o livro sagrado dos cristãos, a Bíblia, no livro de Gênesis 2:7, está registrado que “SENHOR modelou o ser humano do pó da terra, feito argila, e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente”. Também é esperado que eles identifiquem que, em ambas as interpretações, o ser humano foi criado a partir de um elemento da natureza, o barro, e foram vivificados segundo a vontade de um ser divino.

Etapa 3 – O tempo no indigenismo

1 Observe a fotografia e responda: Por que podemos afirmar que o indígena está fazendo uso de uma linguagem ritualística?

Orientações

Refletir sobre o sincretismo religioso é uma forma de trazer para os estudantes o resultado de uma série de escolhas que nossos antepassados fizeram e resultaram em uma grande transformação cultural, além de trazer luz a alguns dos desafios pelos quais os africanos escravizados passaram.

Jovem da comunidade indígena Dessana, em Manaus, Amazonas, 2016.

Espera-se que os estudantes tenham a compreensão de que, por meio da pintura corporal, os indígenas contam as suas histórias, celebram festas e praticam rituais. Trata-se de uma cultura ancestral que continua sendo partilhada nos povos de origem.

Procure ressaltar todo o processo histórico que envolve a questão do sincretismo religioso brasileiro. Destaque que durante o processo de colonização do Brasil, os escravos que foram traficados trouxeram consigo várias crenças de seus locais de origem e, conforme conviveram com africanos de originários de outras culturas, houve uma troca e difusão de uma grande quantidade de divindades.

Nesse contexto, coube à Igreja Católica, representante da religião oficial do Brasil na época, reprimir as manifestações religiosas dos escravizados e tentar impor a eles o paradigma cristão. Porém, para os proprietários de escravos, era vantajoso permitir a eles que mantivessem suas tradições religiosas, pois diminuía a possibilidade de fugas e rebelião. Com isso começaram a surgir comemorações religiosas dos escravizados em dias de festividades católicas, fazendo aparentar que havia uma conversão religiosa, porém sem que os povos africanos perdessem a identidade. Logo diversos grupos de escravizados passaram a se reconhecer como cristãos, porém sem abandonar sua fé nos orixás e em outros ícones religiosos de suas terras natal. Com isso, passou a coexistir uma série de experiências religiosas de origens diferentes no Brasil. Essa é uma das razões pelas quais, na atualidade, tantos santos católicos equivalem a divindades de origem africana.

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RENAN MARTELLI DA ROSA/SHUTTERSTOCK

2 Cada população indígena tem seu modo de interpretar a vida, seu cotidiano e sua mitologia. Veja a forma de vivenciar o tempo da população indígena Amondawa. Depois, faça o que se pede.

“O povo Amondawa, como qualquer outro, pode falar sobre eventos e sequências de eventos”, disse ele [Chris Sinha, professor de psicologia da língua na Universidade de Portsmouth] à BBC. “O que não encontramos foi a noção de tempo como sendo independente dos eventos que estão ocorrendo. Eles não percebem o tempo como algo em que os eventos ocorrem.”

Tanto que a tribo não tem uma palavra equivalente a “tempo”, nem mesmo para descrever períodos como “mês” ou “ano”.

As pessoas da tribo não se referem a suas idades – em vez disso, assumem diferentes nomes em diferentes estágios da vida, à medida que assumem novos status dentro de sua comunidade.

[…]

A hipótese dos pesquisadores é de que a ausência do conceito de tempo se origina da ausência da “tecnologia do tempo” – por exemplo, sistemas de calendário e relógios. Isso, por sua vez, pode estar relacionado ao fato de que, como muitas tribos, o sistema numérico detalhado dos Amondawa é limitado.

PALMER, Jason. Estudo identifica tribo amazônica que ‘não conhece conceito de tempo’. BBC News Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2011/ 05/110521_triboamazonia_tempo_pai. Acesso em: 17. nov. 2021.

a) Qual foi a sua primeira sensação ao compreender que esse povo indígena não vivencia o conceito de tempo da mesma forma que a maioria das sociedades não indígenas lida e vivencia, ou seja, valorizando-o e preocupando-se em contá-lo?

Resposta pessoal. Acolha todas as respostas e compreenda que é comum identificar alguma incompreensão sobre o funcionamento dessa comunidade, mas valide que, embora diferentemente do que conhecemos, eles têm sua própria cultura e funcionamento social.

b) O que a afirmação: “A hipótese dos pesquisadores é de que a ausência do conceito de tempo se origina da ausência da ‘tecnologia do tempo’ – por exemplo, sistemas de calendário e relógios” sugere sobre a cosmovisão desse grupo?

Muitas são as interpretações possíveis, entre elas podemos citar que esse povo não tem por objetivo acumular bens, produzir em excesso, tampouco sente profunda ansiedade em relação à conquista de objetivos futuros. São pessoas que se relacionam melhor com a vida cotidiana – o presente.

Orientações

Para tornar a reflexão acerca da passagem do tempo e de como ela está presente na nossa cultura e faz parte no nosso cotidiano mais palpável para os estudantes, você pode propor que, após eles lerem o texto com a experiência do povo Amondawa, e considerando a lista que eles fizeram na atividade anterior, indiquem se consideram que, no cotidiano deles, seria possível viver sem fazer a contagem do tempo. Essa pode ser uma reflexão a ser feita com toda a turma, porém, para que se torne realmente efetiva, é importante que os estudantes argumentem as suas respostas, evitando indicar apenas “sim” e “não”.

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3 Para finalizar estas reflexões, responda: O tempo das histórias mitológicas representa o mesmo tempo biológico e cronológico que vivemos? Explique.

Espera-se que os estudantes respondam que não. Toda história mítica é parte da vida de seres infinitos, não tem apego à realidade material ou biológica, são produções culturais, e elas mesmas, quando recontadas, imortalizam-se, pois passam a viver naqueles que a escutam. Dessa maneira, é esperado que eles compreendam que o tempo da ancestralidade e da cultura são tempos diferentes das poucas décadas que cada um de nós consegue viver.

Ficha de autoavaliação

Respostas pessoais.

Neste bimestre eu Sim Parcialmente Não

Compreendi a religião como um aspecto cultural de uma comunidade ou sociedade.

Identifiquei a relação entre arte e religiosidade dos povos da Antiguidade.

Identifiquei aspectos das religiões antigas na atualidade.

Compreendi a função dos mitos formadores para os povos da Antiguidade.

Analisei como fontes históricas os mitos formadores transmitidos oralmente.

Analisei as semelhanças e as diferentes entre cultos realizados no Antigo Egito e nos povos ameríndios.

Autoavaliação

Caso o estudante não considere a religião um aspecto cultural da sociedade, pergunte se ele ou alguém que ele conhece costuma frequentar um grupo religioso. Depois questione se essa pessoa tem amigos e familiares na instituição e explique que os grupos religiosos formam uma rede de solidariedade, proteção e troca social; possibilitando assim que a religião seja reconhecida como parte da vida sociocultural.

Caso os estudantes tenham tenham dificuldades em relacionar arte e religiosidade dos povos da Antiguidade, peça que retomem o texto teórico da página 24. Converse com eles sobre a função das pirâmides do Egito e a sacralidade do faraó.

Caso os estudantes não identifiquem aspectos de religiões antigas na atualidade, retome com eles o fato de que para viver em sociedade é necessário que as pessoas se agrupem, se ajudem e estabeleçam trocas; esse modo de vida comunitário é a base de qualquer religião.

Caso os estudantes mencionem que não conseguem compreender a função dos mitos formadores dos povos antigos, retome o texto teórico da página 28 e a partir dele peça que escrevam um texto relacionado aos benefícios que os mitos proporcionavam as sociedades antigas, como servir de modelo de bem-viver e trazer explicações para o que é desconhecido.

Caso os estudantes não considerem os mitos formadores como fontes históricas imateriais, peça que retomem o texto da página 34, e explique que as religiões de matrizes africanas têm toda sua religiosidade salvaguardada em relatos, trata-se de uma característica. Explique que o recontar das histórias faz com que elas permaneçam vivas e que os grupos religiosos são muito potentes em fazer essa preservação e manutenção.

Por fim, caso os estudantes mencionem que não analisaram as semelhanças e as diferenças entre cultos realizados no Antigo Egito e os povos ameríndios, peça que revejam o texto da página 24 e na sequência retome a explicação, colocando-se disponível para tirar as dúvidas. Se julgar pertinente, peça que registrem no caderno as principais similaridades e as diferenças que eles observam entre essas civilizações.

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4 o BIMESTRE

Reconhecer e aceitar as diferenças faz bem!

Consolidação da aprendizagem

Identidade: diferenças e semelhanças

Para termos uma convivência social respeitosa, é fundamental compreendermos o outro, identificando nele hábitos, religiosidade, gostos e costumes que podem ser semelhantes ou diferentes dos nossos.

Conviver em harmonia com pessoas que pensam e agem de forma diferente da que estamos acostumados pode ser uma tarefa complexa, pois exige tolerância, empatia, compreensão e aceitação de que, nas relações de convívio e troca, sempre existirão diferenças, que sempre precisaremos manifestar uma postura de respeito. E, para que tenhamos e demonstremos respeito por uma pessoa, uma cultura, um povo ou uma religiosidade, é essencial nos livrarmos dos preconceitos

1 Pesquise em um dicionário o significado do termo etnia e o que você compreendeu.

Espera-se que os estudantes encontrem como resposta que a etnia refere-se ao campo cultural. Um grupo étnico é uma comunidade humana definida por afinidades linguísticas, culturais e semelhanças genéticas. Essas comunidades geralmente reivindicam para si uma estrutura social, uma estrutura política e um território.

2 Relacione a palavra ao conceito que a explica.

P R D R

Preconceito Racismo Discriminação

Desconsideração social motivada pela ideia de que as características físicas de uma pessoa são indícios de que há diferentes raças humanas e que uma é superior às demais.

Componentes da PNA

• Compreensão de texto.

• Desenvolvimento de vocabulário.

Habilidades

EF05HI04

EF05HI05

EF05HI09

Sequência didática 9: Identidade: diferenças e semelhanças Aula 1

Procedimentos iniciais: Organize os estudantes em sala de aula de modo que possam participar da discussão e das reflexões propostas.

Andamento: Inicie a aula questionando os estudantes sobre as diferenças físicas entre eles. É importante que eles percebam seus traços étnicos como cor da pele, dos olhos e dos cabelos, formato dos rostos e dos olhos, entre outras características.

Terminada essa observação inicial, relembre que todos os seres humanos tem uma origem em comum e que as diferenças que observamos hoje são resultado de uma transformação genética em menos de 1% do DNA humano, ocorrida em milhares de anos de miscigenações.

Apresente aos estudantes os conceitos de racismo, xenofobia, igualdade e legitimidade dos direitos de todos, em especial dos grupos sociais dos quilombolas e dos indígenas, que têm séculos de história de luta por liberdade e pelo direito de viverem de acordo com a sua cultura e modo de vida. Na sequência, os estudantes podem realizar as atividades 1, 2 e 3.

Para finalizar a aula, peça que as crianças retomem seus estudos de ancestralidade feitos no 4º ano. Caso não tenham feito a atividade, peça que conversem com seus responsáveis sobre suas origens: onde nasceram, onde os pais e avós nasceram, se há imigrantes na família etc. Solicite que busquem fotos de família para observar as características físicas de seus familiares e relacionarem essas características com os lugares de origem deles.

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VECTOR GODDESS/SHUTTERSTOCK

P

Ação ou omissão que produza um tratamento inferiorizado a uma pessoa, ou grupo de pessoas, em razão da cor, do sexo, da nacionalidade, da origem étnica, da religiosidade ou de outro fator.

Ideia formada antecipadamente, sem fundamento crítico ou lógico, que se manifesta em atitudes discriminatórias perante pessoas, crenças, sentimentos e comportamento.

3 A Lei no 7.716, de 5 de janeiro de 1989, define quais são os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. Leia o texto a seguir e depois responda às questões.

Art. 1o Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

[…]

Art. 5o Recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender ou receber cliente ou comprador. […]

Art. 14. Impedir ou obstar, por qualquer meio ou forma, o casamento ou convivência familiar e social.

[…]

Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

BRASIL. Lei no 7.716, de 5 de janeiro de 1989. Define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. Brasília, DF: Presidência da República, 1989. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7716.htm.

Acesso em: 17 nov. 2021.

a) Grife no texto quais os tipos de preconceitos são crimes na legislação brasileira.

b) Considerando a leitura da lei e as características estudadas em relação aos povos que formaram a cultura brasileira, podemos afirmar que todos os brasileiros são iguais? Justifique sua resposta.

Espera-se que os estudantes tenham compreendido que somos iguais porque somos todos seres humanos, portanto iguais perante a lei. Porém, temos culturas, hábitos e costumes que se relacionam ao nosso local de origem e aos nossos antepassados, características estas que são singulares, mas compõem a cultura brasileira.

4 Com base no que você aprendeu, explique por que é importante conhecermos as nossas origens.

Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes compreendam que o autoconhecimento legitima sua relação com os familiares e os grupos sociais.

Aula 2

Procedimentos iniciais: Organize os estudantes em sala de aula de modo que todos possam participar da discussão e das reflexões propostas.

Andamento: Para iniciar a aula, peça aos estudantes que, espontaneamente, apresentem suas descobertas sobre a ancestralidade. Respeite o fato de alguns estudantes não quererem compartilhar essas informações com a turma. Essa atividade possibilita uma autorreflexão. As apresentações sobre a ancestralidade trazem muitas informações sobre como a criança percebe o seu mundo. O mesmo pode dizer de quem escuta as hipóteses dos outros, pois dependendo da região onde a escola está situada, é possível ter grupos étnicos bem definidos ou grande miscigenação.

Fique atendo a comentários pejorativos ou preconceituosos. Sempre que possível intervenha e converse sobre a igualdade racial e a legitimidade dos direitos.

Após as apresentações, ressalte que estamos em constante desenvolvimento de nossa identidade. Sempre que descobrimos algo novo ou refletimos sobre formas diferentes de ver a vida, acrescentamos novos elementos a quem somos.

Para concluir, solicite aos estudantes que façam a atividade 4.

Como avaliar a sequência didática

A avaliação dessa sequência didática pode ser feita de forma contínua, observando a participação, interação e o quanto os estudantes contribuíram para as discussões.

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Sequência didática 10: Os diferentes modos de vida

Os diferentes modos de vida

A dificuldade em lidar com as diferenças está diretamente relacionada à nossa relutância em aceitar o outro da forma que ele é. Muitas vezes, fantasiamos sobre que o outro tem ou deveria ter, os valores e os costumes dele, dessa maneira, desconsideramos a história de vida dele.

Para garantir a sobrevivência e o bem-estar emocional, o ser humano vive em comunidades, que formam a sociedade, com hábitos e valores que, por sua vez, formam a cultura.

DIVERSIDADE SOCIOCULTU RAL

A cultura de um povo inclui a forma de se vestir, de produzir arte, o idioma, a religiosidade, o modo de administrar o trabalho, de conviver com a família, entre outros temas.

O processo de construção e solidificação de uma cultura é muito longo, é uma história de longa duração.

1 Com base no que você estudou, complete o quadro com ao menos uma característica de cada povo da Antiguidade a seguir Sugestões de respostas:

Componentes da PNA

• Compreensão de texto.

• Desenvolvimento de vocabulário.

Habilidades

EF05HI02

EF05HI06

EF05HI07

EF05HI09

Aula 1

Procedimentos iniciais: Prepare previamente dicionários físicos ou

Organização política

Teocrática. O poder era centralizado na figura do faraó, considerado um deus vivo na Terra.

Cidades-Estado, chamadas de pólis, independentes e com governo próprio.

A Roma Antiga vivenciou três formas de governo: monarquia, república e império.

Cidades-Estado. Em cada uma delas, um chefe, chamado de halach vinic governava em nome de uma divindade específica. Seu poder era repassado hereditariamente, e os principias cargos administrativos eram por ele delegados.

para que os estudantes possam fazer uma pesquisa neles. Organize os estudantes de modo que todos possam participar da aula coletivamente.

Ordenação social Hierárquica, sem possibilidade da mobilidade social.

Cada pólis tinha sua própria organização social.

A sociedade da Roma Antiga era constituída por quatro grupos: patrícios, plebeus, clientes e escravos.

Andamento: Para iniciar a atividade, instrua os estudantes a consultarem o significado de algumas palavras no dicionário e registrarem em seus cadernos para formar um glossário: moral, política, sociedade, expressão, comunicação, economia, ciência e religião.

Dividida em classes sociais: nobreza, clero, comerciantes, camponeses e artesãos.

Finalizadas as pesquisas, promova uma roda de conversa em sala de aula e proponha que, coletivamente, os estudantes elaborem uma descrição para cada um desses conceitos que, após concluídos, poderão ser registrados no caderno.

Para concluir a aula solicite aos estudantes que observem o quadro da atividade 1. Na coluna estão as palavras-chave pesquisadas e na primeira linha sociedades antigas estudadas este ano. Oriente os estudantes a, em casa, a preencherem o quadro individualmente com as interpretações que eles tiveram a partir do conhecimento adquirido. Se necessário, eles podem pesquisar.

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Sociedade Egito Grécia Roma Maia
IAM2MAI/SHUTTERSTOCK
virtuais

Sociedade Egito Grécia Roma Maia

Formas de expressão e comunicação Escritas hieroglífica, hierática e demótica.

Alfabeto grego, poesia, literatura, peças de teatro.

Aula 2

Artes plásticas, especialmente a arquitetura e os mosaicos.

Latim e desenvolvimento do direito romano.

Códices e outros textos clássicos.

Religiosidade Politeísta. Politeísta. Politeísta. Politeísta.

Economia

Principais conhecimentos científicos

Predominantemente agrícola e dependente do rio Nilo.

Química Matemática Astronomia Medicina

Baseada na produção de produtos artesanais, na agricultura e no comércio.

Para realizar as trocas comerciais, usava-se a moeda dracma.

Matemática Astronomia Medicina

As duas atividades principais foram a agricultura e o comércio.

Predominantemente agricultura, desenvolveu atividades comerciais.

Procedimentos iniciais: Inicie a aula reproduzindo o quadro da atividade 1 na lousa e preenchendo com as respostas dadas pelos estudantes.

Matemática. Desenvolvimento de calendários e relógios Medicina

Matemática Astronomia Desenvolvimento de calendário

2 Com base nas suas descobertas em sala de aula e com pesquisa, faça o que se pede.

a) Cite dois conhecimentos científicos dos antigos que são aplicados na atualidade.

Resposta pessoal. Lembre-os dos princípios básicos da matemática, algarismo numérico etc.

b) Explique qual é a importância da agricultura para o Brasil atualmente.

Ressalte que a economia do Brasil tem grande dependência da agricultura e da pecuária, tendo como suas principais fontes econômicas produtos como a soja, a cana-de-açúcar e a criação de bovinos para carne e leite.

c) Quais hábitos religiosos de hoje se assemelham com os hábitos religiosos das antigas sociedades?

Estimule os estudantes a fazer associações entre os hábitos religiosos das antigas sociedades que se assemelham aos atuais: o sepultamento e cremação dos mortos, que, apesar de não serem hoje mumificados, se assemelhamse a antigos rituais egípcios e americanos.

Andamento: Reforce aos estudantes que cada sociedade antiga, apesar das semelhanças, era única em si, pois sua estrutura era formada a partir das necessidades, adversidades, perdas e conquistas.

Em roda de conversa, reflita com os estudantes sobre as diferenças e as semelhanças que as antigas sociedades têm com o Brasil atual e solicite que realizem a atividade 2. Observar nossa sociedade nos permite conhecer mais sobre a nossa realidade e as origens que nos influenciaram enquanto Estado e nação. Caso seja necessário, faça a diferenciação entre os termos Estado e Nação:

• Estado - um território, delimitado por fronteiras e governado por um sistema político e econômico.

• Nação - um povo que se uni pelas características culturais, linguísticas, religiosas e práticas sociais. Essa atividade permite conhecer mais sobre a atual sociedade brasileira, a partir de problematização e análise das semelhanças e diferenças com as antigas sociedades, que foram estudadas ao longo do ano. Após a correção as atividades, incentive os estudantes a também criar perguntas reflexivas sobre os temas estudados, sempre fazendo contraponto com a sociedade e cultura atual brasileira.

Como avaliar a sequência didática

A fim de avaliar os resultados desta sequência didática, procure observar como cada estudante interpretou o conteúdo estudado ao longo do ano. Sempre que necessário tire as dúvidas e os auxiliem em suas dificuldades.

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Orientações

Avaliação das aprendizagens essenciais

1. Classifique as frases em verdadeiras (V) ou falsas (F).

A cultura é tudo aquilo que aprendemos em contato com o meio natural e transmitimos de geração em geração.

A língua, a religião e a música são elementos materiais da cultura de um povo.

Os diferentes modos de vida da população dependem principalmente do meio natural e do nível de desenvolvimento.

A identidade cultural corresponde a um padrão cultural próprio de uma região que a distingue do território envolvente.

2. Cite dois conhecimentos aplicados nos dias de hoje que são legados das culturas grega, fenícia ou egípcia.

Espera-se que os estudantes apontem conhecimentos como os matemáticos, o alfabeto e a escrita fonética, a arte, a política, a filosofia etc.

3. Assinale a alternativa que se relaciona com um direito político.

a) Liberdade de expressão.

b) Direito de votar.

c) Direito a um emprego.

d) Direito à vida, à liberdade.

4. Sobre o significado de cidadania, assinale o que for incorreto.

a) Cidadania é o direito de exercer os direitos: civis, políticos e sociais.

b) Em termos históricos, os direitos sociais não existem.

c) Os direitos sociais são parte fundamental da cidadania.

d) Ser cidadão é uma atividade diária e está em todas as áreas da nossa vida.

Ao responder essas atividades, espera-se que os estudantes tenham compreendido que na questão da identidade é imprescindível a promoção do respeito e da tolerância. Para isso, se faz necessário estabelecer o diálogo, pois é por meio dele que expressamos pensamentos, desejos, expectativas e emoções e conhecemos as opiniões e os valores do outro, o que nos possibilita compreender melhor como ele enxerga o mundo. No entanto, para que essa conversa seja eficaz é necessário que cada partícipe seja capaz de escutar com paciência e respeito as opiniões do outro e elabore os próprios pontos de vista. Essa é uma tarefa complexa, por isso podemos afirmar que é uma habilidade exclusivamente humana. O diálogo franco é uma forma valiosa de exercitar e promover a compreensão e o entendimento do outro e a capacidade de ser empático.

Neste quarto bimestre buscamos promover a percepção de que a promoção do respeito e da tolerância dialogam com o próprio autoconhecimento, pois somente quando a pessoa conhece seus valores e fragilidades, ela consegue lidar com suas sombras sem projetar no outro seus medos, e, dessa forma, o outro não ocupa o lugar de bode expiatório e não é enquadrado em um arquétipo de preconceito.

Atividades complementares

Caso sinta necessidade de aprofundar o tema com os estudantes, você pode oferecer as seguintes atividades:

1. Por que podemos afirmar que o preconceito traz intenso sofrimento para quem o sofre? Resposta pessoal. Espera-se que o estudante mencione que a pessoa-vítima está sendo analisada e julgada por algo que não representa quem ela de fato é; são expectativas e projeções do preconceituoso, e essa perspectiva traz intenso sofrimento, pois desperta o sentimento de injustiça.

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V V V V
X X

5. Explique os motivos históricos que fizeram da sociedade brasileira uma sociedade pluricultural.

Espera-se que os estudantes citem a intensa miscigenação entre os povos indígenas, africanos e europeus. É importante que mostrem reconhecer o intercâmbio desses povos, em diferentes tempos.

6. Explique por que o momento histórico não contribuiu de forma efetiva para o fim do racismo no Brasil

Atividades complementares

2. Em sua opinião, por que existe o racismo? Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes mencionem tratar-se de uma construção histórica, de uma percepção de menos-valia de determinadas parcelas da população, exclusivamente pela cor da pele e pelo passado escravocrata do país.

3. Historicamente, podemos datar ou indicar quando surgiu a discriminação racial e de quem ela está a serviço?

Espera-se que os estudantes indiquem que o preconceito étnico é parte da formação do Brasil desde sua origem, pois portugueses desumanizaram os povos nativos e posteriormente os africanos que trouxeram escravizados. Já no período da abolição da escravidão, tentou-se apagar a existência dos povos negros e branquear a população por meio da vinda de trabalhadores europeus. Dessa forma, podemos identificar que o racismo em nossa sociedade vem desde a chegada dos europeus.

Espera-se que o estudante tenha a compreensão de que a abolição da escravidão não acabou com os problemas sociais vivenciados pela população negra. Muitos negros alforriados ficaram desamparados, sem moradia e alimentação e sem assistência por parte do governo; ou seja, não houve uma política voltada para a inserção social dessas pessoas. Outro problema bastante sério de extrema complexidade foi e ainda é o racismo, que motivava o abandono social e até a perseguição contra essa parcela da população.

4. Em sua opinião, existe lógica em categorizar as pessoas segundo a sua cor? Resposta pessoal. Espera-se que o estudante perceba que não faz sentido esse tipo de categorização.

5. Com base no que você aprendeu, podemos afirmar que na sociedade brasileira somos todos cidadãos? Justifique.

Sim, no Brasil toda pessoa que nasce em território nacional é considerada cidadã brasileira, independentemente de seu sexo, idade, credo ou prática social.

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Paço Imperial momentos após a Princesa Isabel assinar a abolição da escravidão no Brasil, 1888. Fotografia de Marc Ferrez (1843-1923). GRI DIGITAL COLLECTIONS/WIKIMEDIA COMMONS

Práticas de aprofundamento

Os povos e as leis

Você aprendeu que as diferentes culturas são compostas de diferentes elementos, e sem dúvida um dos conjuntos de elementos mais importantes são as normas morais e as leis, pois são elas que regulamentam o funcionamento da sociedade e proíbem violências como a escravização e a prática de atitudes racistas.

Uma das primeiras sociedades a produzir um código de leis escritas foi a Babilônia – O Código de Hamurabi. Nele, foi estabelecida a Lei de talião como princípio moral, ou seja, a regra “olho por olho, dente por dente”.

De acordo com esse princípio, se um cidadão causasse mal a outro, deveria sofrer o mesmo mal e na mesma intensidade que causou. Essa lei também foi incorporada pelo povo hebreu na Antiguidade e registrada na Torá e no Antigo Testamento da Bíblia.

Ao longo dos milênios, os códigos de leis se tornaram mais completos e setorizados, definindo também regras para a política e as práticas comerciais, ou seja, esses códigos se tornaram um estatuto norteador para todas as relações estabelecidas na sociedade. Essas mudanças possibilitaram muitos avanços em todas as sociedades ocidentais, incluindo no Brasil.

1 Leia um trecho do Código de Hamurabi e depois faça o que se pede.

218o – Se um médico trata alguém de uma grave ferida com a lanceta de bronze e o mata ou lhe abre uma incisão com a lanceta de bronze e o olho fica perdido, se lhe deverão cortar as mãos.

219o – Se o médico trata o escravo de um liberto de uma ferida grave com a lanceta de bronze e o mata, deverá dar escravo por escravo.

Código de Hamurabi. Disponível em: http://www.dhnet.org.br/direitos/anthist/hamurabi.htm

Acesso em: 18 nov.2021.

Orientações

Ao trabalhar com a legislação, espera-se que os estudantes compreendam que desde o início da existência da humana, a ética intrínseca se constitui como um pilar presente na sociedade, nos mais distintos grupos sociais. A cultura exerce grande influência sobre a ética, e a própria sociedade institui leis para que a ética seja seguida.

Quanto às leis, elas são o resultado dos tempos históricos em que foram formuladas. Conhecer as leis que nos governam é essencial, pois o direito tem o papel fundamental de reger a vida em sociedade, estabelecendo a organização e as condutas necessárias a vida em coletividade. Para concretizar esses objetivos, imprescindíveis à paz social, são aprovadas normas jurídicas, que estabelecem padrões de comportamento, bem como consequências quando não cumpridas.

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O Código de Hamurabi foi registrado em uma pedra que atualmente está em exposição no Museu Britânico, em Londres (Inglaterra). a) Grife no texto qual seria a punição do médico caso ele cometesse um erro em relação a um homem livre. DIMA MOROZ/SHUTTERSTOCK

b) Caso o erro médico fosse contra uma pessoa escravizada, qual seria a penalidade do médico?

O médico estaria obrigado a pagar outro escravo ao proprietário.

c) O que essa diferenciação de penalidade evidencia?

Evidencia a condição de desvalorização como pessoa e de valorização como propriedade.

d) Em dupla, pesquisem a resposta da seguinte pergunta: Na atualidade, caso um médico cometa um erro que prejudique um paciente, qual é a punição?

2 Em grupo, conversem, reflitam e registre a reflexão para o seguinte questionamento: Por que na atualidade não faz mais sentido pensarmos em soluções como a proposta do Código de Hamurabi?

Espera-se que os estudantes respondam que já passamos por muitas experiências sócio-históricas desde a criação desse código, ele fazia sentindo dentro do contexto daquele tempo e cultura, hoje temos conhecimentos, e poderes para legislar e dar soluções mais humanizadas e apropriadas para os temos em que vivemos.

Reparação histórica

1.d) Espera-se que os estudantes respondam que o profissional poderá sofrer diferentes penalidades, dependendo da gravidade do que ocorreu: enfrentar um processo, pagar indenização, perder o direito de exercer a medicina e até vir a ser preso.

O processo de abolição da escravatura nas sociedades foi resultado de múltiplos fatores. No Brasil, em específico, ocorreu gradativamente, por meio de atividades realizadas por vários grupos sociais, mas, sobretudo, pela população negra em busca da liberdade.

Na atualidade, o Brasil reflete sobre um importante dilema: Como compensar os descendentes das pessoas escravizadas pela falta de oportunidade ocasionada pelo período de escravidão e posterior a ele? Uma das medidas estabelece cotas em universidades públicas para que as pessoas negras e seus descendentes que estudem em escolas públicas ou sejam bolsistas em escolas particulares possam ter a oportunidade de concorrer a uma vaga para educação de qualidade.

A filósofa Djamila Ribeiro, uma das ativistas negras mais conhecidas do Brasil e bastante ativa nas mídias e nas redes sociais, promove reflexões e discussões acerta de racismo e feminismo.

Orientações

Se possível, ajude os estudantes a compreender que somos seres morais e que a moral é o conjunto de regras e princípios que orientam a conduta de um grupo social. É importante que fique claro aos estudantes que a moral tem um caráter prático e imediato, pois faz parte da vida cotidiana das sociedades e dos indivíduos; e que a moralidade varia conforme a cultura de cada povo, assim como os códigos morais também variam de acordo com os costumes e religião de cada povo.

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JOSÉ RIBEIRO COMODO/WIKIMEDIA COMMONS

Orientações

Mas esse não é o único meio, também é muito importante que os afro-brasileiros tenham representatividade na mídia, na vida pública, em cargos de altos salários, pois a visibilidade contribui para a quebra de preconceitos e o rompimento desse estigma.

1 Observe os dados apresentados na tabela e depois faça o que se pede.

Estimativa de desembarque de africanos no Brasil (1531-1855)

Fonte: KLEIN, Herbert. Tráfico de escravos: estatísticas históricas do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 1987.

a) Qual era o número de africanos escravizados no início da colonização do Brasil?

50 000 pessoas escravizadas.

b) Qual foi o período temporal em que mais entraram africanos escravizados no Brasil?

Entre os anos de 1801 e 1855.

c) Explique para qual finalidade os africanos escravizados eram trazidos para o Brasil.

Espera-se que os estudantes respondam que a finalidade era o trabalho escravo especialmente em lavouras e engenhos de açúcar.

d) Segundo o que você aprendeu, podemos concluir que a adaptação da população escravizada se dava facilmente? Explique sua resposta.

Espera-se que os estudantes respondam que a adaptação foi bastante difícil, tanto pela condição de escravização e desumanização a qual eram submetidos como pelas questões culturais e linguísticas que certamente faziam o processo ser ainda mais penoso.

e) Explique como a maneira de viver dos africanos escravizados influenciou os costumes sociais e culturais que formaram a cultura brasileira.

Espera-se que os estudantes identifiquem que uma de nossas matrizes étnicas é africana; dessa forma, podemos mencionar que muitas são as influências em nosso cotidiano, entre elas: influência na culinária, na religião, na música e na língua. Ajude-os a reconhecer tal influência em nossa identidade.

Não perca a oportunidade de conversar com os estudantes sobre a necessidade da reparação histórica. É fundamental que eles reflitam sobre a maneira como o racismo sistêmico tira oportunidades e sonhos das pessoas negras e seus descendentes. Trata-se de uma obrigação moral do Estado brasileiro pensar em políticas públicas que possibilitem aos afrodescendentes conquistar um lugar social que tenham representatividade.

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Período Número de escravos 1531-1600 50 000 1601-1700 560 000 1701-1800 1 680 100 1801-1855 1 739 200 Total 4 029 300

f) Diante desse contexto, você considera adequado fazer uma reflexão nacional sobre como promover essa reparação histórica? Explique sua opinião. Resposta pessoal.

Ficha de autoavaliação

Respostas pessoais.

Neste bimestre eu Sim Parcialmente Não

Compreendi a construção da identidade individual como parte da formação e da interação com a coletividade.

Identifiquei aspectos culturais, políticos e religiosos como agentes identitários e unificadores entre o indivíduo e o coletivo.

Relacionei a elaboração das leis como forma de organizar e regular a sociedade.

Analisei as formas de organização e poder dos povos da Antiguidade.

Associei os diferentes tipos de governo dos povos da Antiguidade com os dos povos da atualidade.

Analisei leis da Antiguidade e relacionei com leis da atualidade.

Compreendi o processo de complexificação social desde os primeiros grupos humanos até as sociedades estruturadas atuais.

Autoavaliação

Caso o estudante tenha dificuldade de compreender que a construção da identidade individual se dá no convívio social, proponha uma roda de conversa para que os estudantes relatem gostos e costumes que adquiriram no convívio com outras pessoas. Promova a percepção de que aprendemos novos hábitos e gostos quando nos permitimos conviver e conhecer novas perspectivas.

Caso o estudante indique dificuldade em identificar aspectos culturais, políticos e religiosos como agentes identitários, peça que retomem o texto da página 40 e esclareça o fato de todos esses elementos terem como origem a cultura na qual estamos inseridos.

No caso de o estudante não conseguir relacionar a elaboração, a organização e a regulamentação das leis com a sociedade, retome o conteúdo da página 44 e procure usar as informações essenciais para oportunizar aos estudantes uma nova forma de refletir sobre o tema. Sempre que possível permita o diálogo entre os estudantes, para que coloquem suas percepções e implicações com o tema.

Caso o estudante tenha dificuldade em identificar se conseguiu relacionar as questões de organização de poder e compreender os diferentes tipos de governos de povos da Antiguidade, procure retomar todos os temas estudados acerca desse conteúdo e propor diálogos reflexivos em grupo. Pode ser interessante também fazer um esquema na lousa, um mapa mental que ajude os estudantes com palavras-chave.

Quanto à compreensão de que as leis da Antiguidade se relacionam às leis da atualidade, pode ser retomado o tema revendo o conteúdo das páginas 44 e 45. Trata-se de oportunizar que os estudantes vejam a história como processo e não como algo estanque e pontual. Relembre por exemplo que até a tardia abolição da escravidão ocorreu por meio da promulgação de uma lei. Os estudantes precisam compreender que os processos são o caminho para todos os fatos que costumamos dar como consolidados.

Quanto à compreensão do processo de complexificação social, ela faz parte da compreensão do processo histórico como um todo. Por isso, sugerimos como retomada a produção de uma linha do tempo dos principais fatos trabalhados neste bimestre, pois visualizar o processo pode contribuir para que o estudante entenda e se aproprie dos conhecimentos aqui trabalhados.

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Referências

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CERTEAU, Michel. A escrita da História. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002.

CHARTIER, Roger. História cultural: entre práticas e representações. Lisboa: Difel; Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1990.

ELIAS, Norbert. O professor civilizador: uma história dos costumes. São Paulo: Jorge Zahar Editor, 1994.

GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989.

HALBWACHS, Maurice. Memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990.

HARARI, Yuval Noah. Sapiens: uma breve história da humanidade. Porto Alegre: L&PM, 2015.

LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: Editora da Unicamp, 2013.

McLAREN, Peter. Multiculturalismo crítico. São Paulo: Cortez/Instituto Paulo Freire, 2000.

PINSKY, Jaime(org.). O ensino de História e a criação do fato. 10. ed. São Paulo: Contexto, 2002.

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