O zoo de Joaquim (Material do professor)

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MATERIAL DIGITAL DO PROFESSOR LIVRO DO PROFESSOR
Universo da Literatura Editora Avenida Ordem e Progresso, 157 – 8º andar – Conj. 803 CEP 01141-030 – Barra Funda – São Paulo/SP

Joaquim é um menino muito curioso e criativo. Um dia ele decide inventar bichos diferentes com material reciclável e objetos do dia a dia que não tinham mais uso em sua casa. No final, ele ficará bem contente com as suas dez novas e divertidas criações.

O zoo de Joaquim é uma história contada em versos com muita graça e engenhosas ilustrações.

ISBN 978-85-66676-17-4

MATERIAL DIGITAL DO PROFESSOR – PNLD 2022 Educação InfantilTÍTULO O ZOO DE JOAQUIM

CATEGORIA DE INDICAÇÃO Pré-escola

ESPECIFICAÇÃO DE USO

GÊNERO LITERÁRIO

TEMAS ESPECIFICADOS

AUTORIA E ILUSTRAÇÃO

Para que o professor leia para crianças pequenas

Narrativos: fábulas originais, da literatura universal e da tradição popular etc.

Quotidiano de crianças nas escolas, nas famílias e nas comunidades (urbanas e rurais). Animais da fauna local, nacional e mundial. Jogos, brincadeiras e diversão.

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Capa_Zoo_de_Joaquim_205x275.indd Todas as páginas 27/05/2021 09:08:49
5 SUMÁRIO Apresentação 7 Sobre o autor e ilustrador 9 1. Pré-leitura 10 2. Leitura dialogada 13 3. Pós-leitura 15 4. Literacia familiar 18 Referências bibliográficas 21

Que tal um zoológico imaginado e criado por um menino muito especial? Na literatura, assim como no mundo da imaginação, tudo isso é possível! Com o livro O zoo de Joaquim, os pequenos e pequenas terão um momento de leitura prazerosa. Por meio do texto poético, poderão ouvir sobre temáticas contemporâneas e essenciais, como a amizade, a criatividade e até mesmo a reutilização de materiais diversos.

A obra também é um deleite para os olhos de adultos e crianças. Suas ilustrações belas e ricas em detalhes convidam o leitor a embarcar nessa aventura de criar animais com Joaquim! A mescla de objetos do cotidiano que compõem cada um dos animais inventados desperta no leitor a curiosidade de reconhecer os elementos de cada cena, como em um jogo de descobertas.

Sob diferentes perspectivas, o livro apresenta diversas formas de enxergar o mundo. Nada melhor do que invenções para estimular a imaginação e a curiosidade dos pequenos e pequenas. Utilizando-se de um tema muito interessante para as crianças, os animais, a obra estimula a criatividade ao fazê-las imaginar qual será o próximo animal que Joaquim vai inventar e o que mais poderia ser feito a partir de materiais que seriam descartados ou que estão esquecidos em algum canto de casa.

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APRESENTAÇÃO

O zoo de Joaquim também possibilita um amplo trabalho com sentimentos e emoções, já que o menino cria os animais para serem seus amigos. A discussão implícita sobre amizade e solidão se revela necessária no cenário em que vivemos. Tendo em vista que os seres humanos estão cada vez mais solitários, como será que as crianças de hoje em dia estão se sentindo? A partir da empatia em relação ao personagem Joaquim, a turma pode se sentir à vontade para expressar sentimentos.

O livro também pode ser uma ótima ferramenta para a exploração do mundo natural e do meio ambiente, oferecendo um rico estímulo para despertar a curiosidade em relação à biologia e outras ciências. A obra ainda apresenta situações que contribuirão para a estimulação visual e motora, assim como para a ampliação do vocabulário, auxiliando o aprimoramento da linguagem oral.

O leitor ainda pode se deliciar com as rimas e versos tão ricamente explorados pelo autor. Textos versificados promovem encantamento, enquanto as rimas e aliterações aguçam a percepção auditiva, estimulando a consciência fonológica.

As ideias a seguir são sugestões de intervenções pedagógicas que exploram diferentes campos da educação infantil e poderão auxiliar no desenvolvimento integral das crianças, ajudando-as a exercer seus direitos de aprendizagem — conviver em grupo, brincar, explorar o mundo, expressar-se e conhecer-se (Brasil, 2018). Este material é um aliado importante também para um bom desenvolvimento do processo de alfabetização.

A literatura infantil tem função educativa, formativa, recreativa e pedagógica, e as intervenções e atividades sugeridas a seguir mostram como ela pode ser trabalhada de forma lúdica e criativa, despertando

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nos alunos o interesse pela descoberta, pela criação e pela apreensão de símbolos e linguagens, elementos fundamentais para essa etapa de aprendizados.

SOBRE O AUTOR E ILUSTRADOR

Pablo Bernasconi

Designer gráfico, ilustrador e escritor, nasceu em 1973, em Buenos Aires, e atualmente mora na Patagônia. Iniciou sua carreira em 1998, no periódico El Clarín, um dos principais jornais argentinos, e hoje também colabora com jornais estrangeiros como The Wall Street Journal e The New York Times, entre outros. Publicou vários livros infantis, traduzidos para o inglês, o coreano, o alemão e também para o português. Incluído na lista de “200 melhores ilustradores do mundo” da instituição alemã Lürzer’s Archive, Bernasconi já conquistou diversos prêmios mundo afora: quatro prêmios de excelência concedidos pela SND (Society for News Design); livro infantil da semana para O mago, o horrível e o livro de feitiçaria, concedido pelo The Sunday Times; além dos prêmios World Book Day (2004) e Zena Sutherland de Literatura Infantil (2006), da Universidade de Chicago, nas categorias “Melhor texto” e “Melhor livro do ano” por O diário do Capitão Arsênio.

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A organização do espaço é essencial para garantir o sucesso do momento de leitura. Escolha um ambiente arejado, bem iluminado e, principalmente, confortável. Para que as crianças consigam se concentrar na história, elas precisam estar bem acomodadas. Organizá-las olhando umas para as outras, em uma roda, para favorecer a integração e a interação entre elas, também é uma boa estratégia.

Essa atividade pode acontecer tanto na sala de aula como em outros lugares da escola, como no pátio, debaixo de uma árvore do jardim ou na área de recreação. É interessante variar os ambientes, estimulando o interesse da turma pela atividade que vai acontecer e evitando a previsibilidade, que pode tornar os momentos mais monótonos e menos interessantes.

Também é importante que os educadores se preparem para esse momento. Leia o livro com antecedência para se familiarizar com a história e sua temática. Pense na melhor forma de contar a história aos alunos, preocupando-se com a entonação.

Crie um suspense no momento de apresentar a obra para a turma pela primeira vez. Isso é muito importante para despertar a curiosidade e o imaginário sobre a história que será contada. Mostre o livro e solicite às crianças que indiquem a posição correta de segurá-lo e folheá-lo, mas sem deixar que vejam a história, pois assim continuarão curiosas. Peça que observem atentamente a capa e aproveite para reforçar as conven-

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1. PRÉ-LEITURA

ções de leitura — de cima para baixo e da esquerda para a direita —, passando o dedo sobre as letras e frases para exemplificar a maneira de ler. Explore primeiramente os conteúdos verbais que são mostrados na capa. Pergunte onde estão os nomes da obra, do autor e da editora. Enquanto conversa com a turma, vá apontando cada informação com o dedo, para que os alunos consigam reconhecer as informações apresentadas. Enfatize que essa obra foi traduzida para o português e verifique se as crianças compreendem o motivo. Aproveite para comparar as letras e sons iniciais grafados com o nome de integrantes da turma. Por exemplo, mostre a inicial da palavra “Joaquim”, indique seu som inicial e veja se conhecem outras palavras que comecem pelo mesmo som. Caso seja necessário, auxilie a turma com exemplos.

Depois, peça que as crianças observem a ilustração e descrevam o que veem, incentivando-as com perguntas: “Que personagem é este? Onde ele está? Do que ele é feito? Quais materiais e objetos vocês conseguem identificar? Alguém aqui já criou objetos assim?”. A exploração dos elementos da capa amplia o vocabulário, auxilia na contextualização do tema e facilita a compreensão posterior da obra. Exerça o papel de mediador responsável por despertar o gosto pela leitura literária, sendo também um modelo de leitor ou leitora.

Em seguida, releia o título da obra para as crianças. Faça uma sondagem inicial sobre o tema do livro e verifique os conhecimentos que a turma já traz sobre assuntos que poderão surgir a partir da leitura. Prepare perguntas provocadoras para esse bate-papo inicial, estimulando as crianças a levantar hipóteses sobre a história: “Quem será Joaquim? O que ele tem de especial?”. Incentive-as a responder às perguntas e a verbalizar pensamentos.

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Atividades e propostas que estimulam o desenvolvimento da linguagem oral auxiliam na alfabetização. O papel mediador do educador estimula nas crianças o processo de raciocínio e ligação entre ideias, além de fazer com que se sintam seguras para expressar opiniões e conceitos.

Ao estimular a leitura de histórias desde cedo, em especial com métodos comprovadamente eficazes de ensino-aprendizagem, os educadores contribuem favoravelmente para o desenvolvimento cognitivo das crianças e para a aquisição de vocabulário, bem como para o estabelecimento de uma relação saudável com a leitura, habilidade importantíssima, já que, por meio dela, as crianças também conseguem realizar a leitura do mundo.

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O primeiro passo é apresentar o autor e ilustrador da obra, Pablo Bernasconi. Ao conhecê-lo, as crianças têm a chance de compará-lo com outros autores e, assim, iniciar ou ampliar seu repertório de escritores e ilustradores favoritos. O embasamento das escolhas literárias do futuro começa no momento em que cada um passa a conhecer opções e dar preferência a determinados autores. Em seguida, comece a explorar o livro, sempre mostrando as ilustrações antes de ler o texto de cada página, para que as crianças realizem a leitura de imagens. Oriente-as a falar livremente sobre todas as percepções provocadas pelas ilustrações. Explore os animais inventados e também os materiais que foram utilizados em sua criação. Antes de passar para o texto, peça que indiquem qual animal aparece em cada página, estimulando-as a levantar hipóteses por meio das características físicas apresentadas: quantidade de patas, posição dos olhos, presença de cauda, focinho etc. Faça isso mostrando o livro aberto, permitindo a exploração de cada ilustração como um todo. A leitura de imagens possibilita o estabelecimento de relações entre as informações apresentadas na leitura e as experiências de vida do leitor, contribuindo para a construção do olhar crítico e ampliando o repertório imaginativo da criança. Prossiga explorando as hipóteses levantadas sobre a história pela turma. Depois, mostre o texto e veja se

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2. LEITURA DIALOGADA

os alunos reconhecem algumas palavras. Então, leia os versos e deixe que comentem se as hipóteses estavam corretas ou não.

Explore as rimas do texto. Estimule as crianças a encontrar outras palavras que rimem, proporcionando uma rica oportunidade para o aprimoramento da consciência fonológica. Auxilie quem tiver dificuldade em perceber os sons finais.

Durante todo o processo, aponte os numerais indicando a paginação. Estimule as crianças a fazer a contagem das páginas, observando se conhecem a ordem dos números, bem como a sua representação em algarismos.

Na ilustração da página 5 estão representados diversos objetos. Proponha que as crianças pensem no que poderiam criar utilizando esses materiais. Depois, mostre as criações realizadas pelo personagem, comparando-as com as ideias apresentadas e destacando as diferentes possibilidades de utilização e reutilização dos objetos. Aqui, o termo reutilização é entendido como a utilização secundária dos elementos, ou seja, uma utilização diferente de sua função inicial.

Ainda na página 5, explore o motivo que poderia levar Joaquim a querer criar os animais para lhe fazerem companhia. Deixe que as crianças levantem hipóteses para explicar por que ele se sente sozinho.

Para finalizar, promova um momento de reflexão sobre o fim da história. Retome a necessidade do personagem de criar novos amigos. Pergunte às crianças se já se sentiram assim e em quais situações. Permita o compartilhamento de percepções e sentimentos provocados pela leitura, garantindo tempo de fala às crianças.

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O trabalho com literatura, na educação infantil, é capaz de promover o conhecimento de si e do mundo, incentivando a curiosidade, o encantamento, o questionamento, a indagação. Também amplia o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social. Para garantir essa pluralidade de situações, apresentamos sugestões de estratégias a serem desenvolvidas com as crianças após a leitura de O zoo de Joaquim.

Organize uma roda de conversa sobre o desfecho da obra, apresentando questionamentos que façam as crianças refletir sobre os sentimentos despertados pela trama. Aborde temas como amizade e solidão e promova um momento em que as crianças possam expor suas opiniões sobre os assuntos. Volte a perguntar o que fariam se elas se sentissem sozinhas, se já vivenciaram alguma situação parecida, se gostariam de ter mais amigos etc.

Além de trabalhar com sentimentos, você também pode promover atividades ao redor dos animais que fazem parte da história:

• Junto com a turma, faça uma lista dos animais que aparecem na história. Você pode atuar como escriba ou optar por trabalhar a escrita emergente, estimulando as crianças a criar seus próprios registros. Explore a grafia dos nomes, bem como os sons iniciais e finais, desenvolvendo, assim, a consciência fonológica, habilidade essencial para a alfabetização.

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3. PÓS-LEITURA

• Pergunte se as crianças conhecem algum zoológico. Se já visitaram um, peça que deem mais detalhes sobre o local, comparando o que viram com o que está representado no livro. O objetivo é fazer com que estabeleçam relações de significado entre as experiências vividas, os conhecimentos prévios e a leitura. Neste momento, poderão surgir comentários como: “O zoo do Joaquim não tem animais de verdade”.

• A partir da lista de animais que aparecem no livro, estimule os alunos a criar categorias de organização. Caso tenham dificuldade, ofereça dicas e sugestões. Aqui vão algumas delas: animais grandes e animais pequenos; animais que existem de verdade ou não; animais domésticos ou selvagens; e animais com penas ou pelos.

• Utilizando as imagens do livro como referência, peça que as crianças comparem o formato das invenções com a anatomia real dos animais que elas conheçam. Explore o assunto e, se for possível, amplie a pesquisa sobre os bichos.

• Proponha a montagem do zoo da turma. Todos serão inventores como o Joaquim. Comece pela coleta de objetos que possam ser reutilizados, como embalagens de produtos de higiene, potes de iogurte, caixas de papelão, retalhos de tecidos etc. Organize os materiais disponíveis e estimule a turma a usar a criatividade. Depois, as criações podem ser exibidas em uma maquete ou outra representação de um zoo.

As estratégias sugeridas nas três etapas (pré-leitura, leitura dialogada a e pós-leitura) poderão contribuir para o desenvolvimento das seguintes habilidades previstas na Base Nacional Comum Curricular da educação infantil (Brasil, 2018):

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Campo de experiências “O eu, o outro e o nós”:

EI03EO03 Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação;

EI03EO04 Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.

Campo de experiências “Corpo, gestos e movimentos”:

EI03CG02 Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos, escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre outras possibilidades;

EI03CG05 Coordenar suas habilidades manuais no atendimento adequado a seus interesses e necessidades em situações diversas.

Campo de experiências “Traços, sons, cores e formas”:

EI03TS02 Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.

Campo de experiências “Escuta, fala, pensamento e imaginação”:

EI03EF01 Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão;

EI03EF09 Levantar hipóteses em relação à linguagem escrita, realizando registros de palavras e textos, por meio de escrita espontânea.

Campo de experiências “Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações”:

EI03ET07 Relacionar números às suas respectivas quantidades e identificar o antes, o depois e o entre em uma sequência.

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4. LITERACIA FAMILIAR

Literacia familiar é o conjunto de práticas e experiências relacionadas com a linguagem, a leitura e a escrita que a criança vivencia com seus pais ou cuidadores no seu cotidiano. Entende-se que a parceria entre escola e família é essencial no processo educativo, pois oferece novas ferramentas e saberes que facilitam a aprendizagem e potencializam as capacidades das crianças. Estudos das áreas da psicopedagogia e da neurociência comprovam que, assim como o aprendizado, os diferentes estímulos, o afeto e o estabelecimento de vínculos são fundamentais para todos os indivíduos, influenciando diretamente na vida adulta.

Os professores são essenciais para se garantir a realização da literacia familiar, pois, conhecedores da relação entre família e escola, podem dar orientações para que as atividades ocorram de maneira simples, natural e favorável às partes envolvidas. As estratégias de aproximação oferecidas, que podem utilizar, entre outros recursos, a tecnologia, devem ajudar a proporcionar momentos de contato físico, troca de carinhos e estreitamento de vínculos afetivos entre pais e filhos, possibilitando que aprendam e se divirtam juntos.

Uma das formas de estimular esse hábito é aumentar a frequência e a qualidade dos diálogos com as crianças. Assim, amplia-se o repertório oral e desenvolvem-se o vocabulário e a capacidade de argumentação. Para isso, proponha “tarefas” em que a criança entreviste, debata, colete informações e interaja com os familiares de diferentes formas.

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As crianças podem fazer uma releitura acompanhada do livro que leram na escola junto com os familiares, em casa, atividade que estimula o diálogo e reforça o contato entre pais e filhos, que passam a conhecer mais os gostos e interesses uns dos outros e, assim, a ter mais assuntos em comum. Além de ser uma excelente ferramenta para ensinar as crianças a ler, a literatura infantil também cumpre com êxito a função de oferecer oportunidades interessantes de diálogo, ajudando a construir a realidade de mundo dos pequenos e pequenas.

Os pais podem pedir à criança que tente se lembrar da história lida na escola, contando-a do seu jeito. É outra ótima estratégia. O momento pode ser retratado com um desenho ou um registro escrito da história contada pela criança, que pode ser compartilhado com a turma posteriormente.

As famílias também podem participar contribuindo para as atividades propostas no trabalho com o livro em sala de aula, como, por exemplo, separando objetos e materiais que poderão ser utilizados na confecção do zoo da turma.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAGNASCO, Daniela Gaspar Pedrazzoli. Leitura de histórias na educação infantil: como se desenvolve? 2014. 159 p. Dissertação (Mestrado em Ensino e Práticas Culturais) – Faculdade de Educação, UNICAMP, Campinas, 2014. Disponível em: <http://repositorio.unicamp.br/ jspui/bitstream/REPOSIP/319158/1/Bagnasco_DanielaGasparPedrazzoli_M.pdf> Acesso em: 19 jul. 2021.

Essa dissertação de mestrado propôs-se a investigar a prática de leitura de histórias em sala de aula de quatro professoras de educação infantil da rede pública de Campinas, mediante análise do papel da materialidade do livro no processo de construção de sentido de cada história para as professoras e para os pequenos leitores.

BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 18 abr. 2021. Neste material, você encontrará as orientações necessárias para garantir os direitos de aprendizagem das crianças, além das informações acerca dos campos de experiências e as habilidades que deverão ser desenvolvidas no decorrer da educação infantil e também nas demais etapas da educação básica.

BRASIL, Ministério da Educação. Política Nacional de Alfabetização. Brasília, DF, 2019a.

Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/images/banners/caderno_pna_final.pdf> Acesso em: 26 jun. 2021.

Documento desenvolvido e publicado pelo Ministério da Educação que apresenta as diretrizes da Política Nacional de Alfabetização (PNA).

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BRASIL, Ministério da Educação. Programa Conta pra Mim. Brasília, DF, 2019b. Disponível em: <http://alfabetizacao.mec.gov.br/contapramim>. Acesso em: 18 abr. 2021. O programa Conta pra Mim foi desenvolvido pelo Ministério da Educação para promover práticas de literacia familiar. Integra o conjunto de propostas da Política Nacional de Alfabetização (PNA).

CORSINO, Patrícia. Literatura na educação infantil: possibilidades e ampliações. In: Literatura: ensino fundamental. Coordenação: Aparecida Paiva, Francisca Maciel, Rildo Cosson. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2010. pp. 183-204. (Coleção Explorando o Ensino.)

Esse estudo monográfico teve por objetivo identificar as principais contribuições da presença da literatura na Educação Infantil para o desenvolvimento ético, estético e intelectual do ser humano, habilidades e posturas que se estendem além dos muros da escola.

LOIS, Lena. Teoria e prática da formação do leitor: leitura e literatura na sala de aula. Porto

Alegre: Artmed, 2010.

A obra apresenta reflexões sobre as diversas maneiras de gerar diálogos, aproximar a literatura de seus significados afetivos e discutir as diferenças existentes entre a leitura de texto literário em comparação com outros tipos de texto, destacando a importância do engajamento do leitor para a compreensão do que se lê.

MCGUINNESS, Diane. Cultivando um leitor desde o berço : a trajetória de seu filho da linguagem à alfabetização. Rio de Janeiro: Editora Record, 2006.

A autora apresenta um programa que facilita o domínio da leitura por parte da criança. O trabalho revela como bebês e crianças pequenas se comunicam desde os primeiros meses de vida e aborda ainda a relação entre a interação familiar e a aquisição da linguagem, passando orientações sobre o processo.

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RAMOS, Flávia Brocchetto; PANOZZO, Neiva Senaide Petry. Interação e mediação de leitura literária para a infância. São Paulo: Global, 2011. (Coleção Leitura e formação.)

A obra explora os pressupostos teóricos que explicam e instigam reflexões sobre o ensino e a prática de leitura na escola, apresentando roteiros práticos.

SCHILLER, Pam; ROSSANO, Joan. Ensinar e aprender brincando: mais de 750 atividades para educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2008.

A obra sugere uma série de atividades individuais e em grupo para todas as áreas do currículo da educação infantil, incluindo linguagem e alfabetização.

SÉNECHAL, Monique. Alfabetização, linguagem e desenvolvimento emocional. In.: Enciclopédia sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância , dez. 2009. Disponível em: <https://www. enciclopedia-crianca.com/desenvolvimento-da-linguagem-e-alfabetizacao/segundo-especialistas/ alfabetizacao-linguagem-e>. Acesso em: 17 abr. 2021.

A enciclopédia, de acesso livre e aberto on-line, reúne artigos de pesquisadores sobre diversos temas relacionados ao desenvolvimento psicossocial da criança, desde a concepção até os cinco anos de idade.

VIANA, Fernanda Leopoldina; RIBEIRO, Iolanda. Fluência e compreensão na leitura. LER, Lisboa, 22 set. 2020 . Disponível em: <https://ler.pnl2027.gov.pt/texto/fluencia-e-compreensaona-leitura>. Acesso em: 17 abr. 2021.

O artigo aponta evidências científicas sobre a importância e o impacto do nível da fluência de leitura na compreensão de textos.

WEISZ, Telma; TAVARES, Cristiane (Org.). Literatura e educação. Porto Alegre: Editora Zouk, 2021.

A obra reúne dez artigos escritos a partir de pesquisas realizadas em dois cursos de pós-graduação oferecidos pelo Instituto Vera Cruz ("Alfabetização: relações entre o ensino e a aprendizagem" e "Literatura para crianças e jovens"). Aborda questões relativas às práticas de leitura literária em contextos educativos, como rodas de leitura, leituras compartilhadas e conversas apreciativas.

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É permitida a criação de obras derivadas deste material desde que não tenham fins comerciais, atribuam crédito ao autor e licenciem as criações sob os mesmos parâmetros.

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