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Paulo Afonso – Bahia • 27 de Fevereiro de 2014 • Ano XI • Número 120 O jornal da região do São Francisco • www.folhasertaneja.com.br
Fundador: Antônio Galdino
10 anos da história da região nas páginas da Folha Sertaneja Ano de 2004. O mês de janeiro foi dedicado à conclusão do processo de criação da Galcom Comunicações, uma micro empresa onde estão uma pequena produtora de vídeos sociais – casamentos, aniversários, formaturas, documentários e eventos e um jornal mensal – Folha Sertaneja – que teve a sua primeira edição em 18 de fevereiro de 2004 e, apesar das dificuldades iniciais e outras muitas na sua caminhada, continuou sendo publicado, sem interrupção, ao longo destes 10 anos. A Folha Sertaneja registrou esses passos (e muitos outros) da história recente de Paulo Afonso e região em seus 10 anos de vida e recebeu vários prêmios, dentre os quais Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Paulo Afonso (três vezes) e Troféu Destaque do Sertão (sete vezes). A expectativa é continuar a caminhada, sempre observando o mesmo padrão de qualidade editorial e a ética e o respeito que marcaram os primeiros 10 anos deste jornal. E, para tanto, é importante continuar com parceria de empresas e instituições que nos acompanham há anos e que outros parceiros, companheiros de caminhada se acheguem e possamos seguir juntos na direção do futuro. Páginas 6 e 7
Derrubada do Restaurante da Chesf causa tristeza e indignação A aberração maior é que se resolve tudo com o trator passando por cima, como aconteceu no dia 14 de fevereiro com o Restaurante da Chesf, cuja área foi cedida pela Chesf, em ato público realizado no Memorial Chesf para a Justiça do Trabalho, sendo a cessão desse patrimônio assinada pelo então presidente da Chesf João Bosco. Página 4
Prefeito Anilton assina convênio para reforma da Casa de Repouso São Vicente de Paulo No dia 18 de Fevereiro o prefeito Anilton Bastos assinou convênio no valor de R$ 330 mil reais com a Casa de Repouso São Vicente de Paulo para a realização de reforma das instalações e aquisição de mobiliário para atender aos idosos que ali vivem. Atualmente são 33 pessoas que serão beneficiadas com esta reforma geral. Página 9
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Paulo Afonso, 27 de Fevereiro de 2014 • Ano XI • FS 120
EDITORIAL
Folha Sertaneja 10 anos Ninguém caminhou tanto
Para que um jornal sobreviva e circule, sem interrupção, durante 10 anos ou 120 meses é preciso muita luta, determinação e raça. Investimento também que, nem sempre os apoios comerciais para que ele sobreviva são suficientes. Tem sido assim com o jornal Folha Sertaneja, nascido em 18 de Fevereiro de 2004 erguendo com bandeira a luta pela criação da RIDE – Região Integrada de Desenvolvimento Econômico, defendida em muitas edições, desde o primeiro editorial, pelo jornalista Clementino Heitor de Carvalho. A criação da RIDE foi defendida pelo então prefeito de Paulo Afonso, Paulo de Deus, na condição de Presidente da Associação dos Prefeitos do Sertão Baiano – APSB e depois, por outro presidente desta Associação, Prefeito Romualdo, de Coronel João Sá. Mas a proposta morreu nesses anos pela falta de comprometimento dos deputados e senadores da região. Ao completar 10 anos de vida intensa, verdadeiro observador e divulgador da história de Paulo Afonso e região nesse período, o jornal Folha Sertaneja oferece à comunidade a história bem mais completa desta cidade, município e região, um livro chamado De Forquilha a Paulo Afonso – História e Memórias de Pioneiros que será um marco no registro do que aconteceu por estas terras caatingueiras nos últimos 65 anos. E, como presente de aniversário às avessas, vimos, entristecidos e engessados, a derrubada do prédio do antigo Restaurante da Chesf, cenário de tantas histórias, espaço encontros e de grandes eventos, lugar de trabalho de centenas de pioneiros chesfianos.
Doado pela Chesf para ser a sede da Justiça do Trabalho, veio abaixo pelas lâminas dos tratores que derrubaram um espaço que poderia ter tido outro fim, como as propostas que foram apresentadas à hidrelétrica desde a gestão do Prefeito Raimundo Caires. Matéria publicada no site da Folha Sertaneja e replicada por vários outros sites e jornais que circulam em Paulo Afonso, mereceu centenas de comentários, lamentos daqueles que também queriam que esse patrimônio servisse para outros fins. E ficou no ar uma pergunta que não consegue se calar: se a Justiça do Trabalho queria apenas um terreno porque a Chesf não doou outra das tantas áreas que ainda tem como a que está nos fundos do próprio prédio derrubado, ou ao lado da Caixa Econômica, ou atrás da Igreja de São Francisco ou outras tantas? A expectativa é que a sociedade acorde, todos nós acordemos, a Câmara de Vereadores acorde e que sejam feitas leis e que elas sejam de fato cumpridas para que não se precise usar a imprensa, a mídia para chorar sobre os entulhos da história que vem sendo menosprezada e pouco valorizada a cada ano. O aniversário de 10 anos da Folha Sertaneja, que merecia ser festejado com todas as luzes e cores, acontece num cenário cinzento mas, para manter viva essa história, o passado que é tão importante para se planejar o futuro, lançamos o livro De Forquilha a Paulo Afonso – Histórias e Memórias de Pioneiros, deixando ali, para esta e as futuras gerações, relatos sobre a construção deste município por pioneiros aguerridos, a maioria deles anônimos, pouco conhecidos, mas nem por isso, menos importantes.
Raizes profundas Aos oito anos da Folha Sertaneja escrevi o seguinte, entre outras coisas: eis que esta folha é alvissareira e pertence ao tronco de uma árvore chamada “antes de tudo um forte”; é de raízes profundas já que nascida em terreno fértil de solo de águas subterrâneas benfazejas e revigorantes, tal como o juazeiro, nosso conhecido resistente arvoredo das caatingas e das secas. E após uma década? Quer queiram, quer não queiram - dez anos na construção de uma mídia escrita deixam raízes profundas, ficam firmes e penetram significativamente na mente coletiva, exceto daquele dentre este coletivo que não lê, não vê, não ouve, não sente nada, por estar alienado ou não existir na humanidade. Sim, há pessoas que não existem mesmo contadas pelas estatísticas ibegerianas. Não estão ligadas, no dizer de jovens. Estas pessoas não fazem parte da existência do ser. Humanóides à parte é preciso prosseguir e isto Antonio Galdino tem ido pra frente com seu exercito de Leitores, Colabora-
dores e Anunciantes insistentes. Assim, ano a ano, caminha a Folha Sertaneja já ampliando seus longos galhos literários rumo à mente de todos via internet. Uns torcem com sorriso, outros contorcem a cara, mas a planta já é decenária, por isto não se abala com os ventos e chuvas ou mesmo as intempéries da seca de cérebros que campeia no social de hoje, devido às superficialidades vigentes. Lembro bem da animação dos poucos que viam longe quando da apresentação primeira daquele pequeno pé de Sertão que ainda era o desejo de Galdino, sempre muito crente nas possibilidades de Paulo Afonso. Aí está o resultado, dez anos depois: de pé. Acho que o Leitor sabe da história da viagem do trem que vai deixando nas estações alguns e recebendo outros passageiros, que bem podem ser comparados aos inúmeros periódicos que ficaram por aí, nas estações do percurso destes dez anos de Jornal triunfante como soe ser a Folha Sertaneja.
Este nome hoje é marca consagrada no jornalismo regional. Muitos da mídia maior vindo à região se apóiam na Folha para realizar seus trabalhos aqui. Sentem-se seguros à sombra da planta jornalística sertaneja bem firme, prestativa. Presentes para dia de aniversário estas rememorações que faço deixando meus parabéns, referem-se aos feitos que nem caberiam aqui neste espaço, mas estão à disposição de pesquisadores do futuro que certamente irão consagrar este Jornal que tem nome de natureza forte de nordestino. Consagração é coisa que se constrói na prateleira do trabalho e do talento, daí a existência da Folha ser uma coisa para ser referendada pela sociedade Paulafonsina nos amanheceres da vida social de hoje e de amanhã. E por falar em novo dia chegando amanhã, cito Renato Teixeira na sua Música RAIZES: “Amanhecer é uma lição do universo, que nos ensina que é preciso renascer. O novo amanhece. O que a noite não revela, o dia mostra pra mim.” Parabéns Antonio Galdino. Parabéns Leitores. Parabéns Colaboradores. Parabéns Anunciantes. Paulo Afonso-BA Fevereiro de 2014
Pauloafonsinos esperam pela reforma do terminal Rodoviário Quando finalmente se anunciou a reforma e ampliação do terminal Rodoviário de Paulo Afonso, logo veio na cabeça das pessoas que esta passaria por uma reforma completa, contudo, o que estamos observando é que a chamada reforma não aconteceu, se limitando a pequenos remendos nas paredes do prédio, a melhoria da pavimentação a paralelo defronte ao terminal, além da pintura do meio fio. Quando da visita do governador Wagner a Paulo Afonso, foi dito, que o terminal passaria por uma recuperação geral, de ordem estrutural, com o emprego de pilares em concreto armado, além da substituição de esquadrias, cobertura, instalações
elétricas, fachadas, piso, cobertura da área externa e ampliação dos “decks” de embarque, abrigando mais ônibus. Mais nada disso esta acontecendo. Construída na década de 80, a expectativa era a de que finalmente teríamos uma rodoviária atrativa e moderna, com instalações que agradassem a todos e ainda atraísse visivelmente não só moradores da terra da energia, mas também turistas. Contudo, a população não está totalmente satisfeita com as mudanças realizadas pelo governo estadual. Um taxista que faz ponto no local revela que “A gente vê que melhorou. Tem mais segurança, limpeza, tranquilidade. Quer quei-
ra, quer não, melhorou”, afirmou. Segundo o motorista, Eles estão prometendo, a gente está esperando, finalizou. Outro motorista acrescenta. “Na verdade, nós que trabalhamos aqui há muitos anos e estamos vendo esta “grande obra”, assim como eu acho que toda a população de Paulo Afonso, pensamos e estávamos esperando uma grande obra com o dinheiro anunciado de mais de 1 milhão de reais e todos estamos frustrados com o que estamos vendo. Quem viu antes e vê agora não nota quase nenhuma diferença a não as árvores, que já eram poucas e foram derrubadas nesta “reforma”, ironizou o motorista.
EXPEDIENTE
Av. Landulfo Alves, 276 | Centro | Paulo Afonso-BA | Tel.: (75)3281.3030 E-mail: ferrageiropa@ferrageiro.com.br
Rua da Concórdia, 555-B - Gal. Dutra - Chesf Tel/fax: (75) 3282.0046 - CEP: 48607-240 Paulo Afonso - Bahia E-mail: professor.gal@gmail.com
Os textos assinados não representam necessariamente a opinião do jornal, sendo da responsabilidade dos seus autores. Acesse nosso site: www.folhasertaneja.com.br
Diretor Antônio Galdino Secretário de Redação Nícolas Silva Colaboradores desta edição Ivus Leal, Luiz Brito, Veruska Alcantara, Pedro Santos, Francisco Nery Jr. e Ana Paula Araújo Diagramação Admilson Gomes Fotos Antônio Galdino e Veruska Alcantara Impressão Editora Fonte Viva
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A Câmara Municipal de Paulo Afonso iniciou, nesta segunda-feira (17), os trabalhos legislativos da 1ª etapa do 2º período da atual legislatura. O presidente da Casa, vereador Marcondes Francisco dos Santos, abriu a sessão ordinária e a transformou em especial. Além do vereador Marcondes Francisco, que conduziu a sessão, compuseram a mesa o secretário de Relações Institucionais e Turismo Luiz Carlos de Carvalho, representando o prefeito Anilton Bastos, o 1º secretário Ivaldo Sales e o 2º secretário Juvenal Teixeira. O evento foi prestigiado por diversas autoridades políticas, entre elas Lucinha Santos, vereadora pelo vizinho município de Santa Brígida. Os secretários municipais, Júnior Benzota (Gabinete do Prefeito), Alexei (Saúde) e Leda Chaves (Desenvolvimento Econômico) dirigentes de entidades de classes, profissionais de imprensa e populares, lotaram o plenário e a galeria da Câmara. Como tradicionalmente acontece, foi lida a mensagem
Foto: Antônio Galdino
Câmara inicia atividades Manifesto da madrugada na Curva da Baboseira legislativas de 2014
Todos os 15 vereadores da CMPA compareceram à abertura do ano legislativo
do Executivo para os representantes da Casa Legislativa. Carlinhos de Tico apresentou um balanço das ações da Prefeitura. Informou, por exemplo, que no ano passado o Governo Municipal recuperou e urbanizou praças e canteiros centrais; construiu e recuperou quadras esportivas e campos de futebol; construiu, reformou e ampliou o hospital municipal, postos de saúde, escolas e prédios públicos. Em um trecho do documento disse o interlocutor do prefeito Anilton Bastos disse que, "apesar das dificuldades típicas do primeiro ano de gestão, ele estava convicto de que a sua administração honrou os compromissos assumidos
com o povo pauloafonsino, trabalhando em harmonia com a Câmara Municipal, “cumprindo o seu papel constitucional de apresentar, debater e aprovar projetos de leis, e fiscalizar com imparcialidade e isenção de ânimos os atos do Poder Executivo”. O trecho final da mensagem preconizou que: “Vamos manter esse ritmo de trabalho, honrando os compromissos assumidos com a comunidade, respeitando o Poder Legislativo e buscando parcerias com a sociedade. Temos um elenco de obras previstas para 2014”, disse o gestor em sua mensagem. ASCOM/CMPA Editor Luiz Brito DRT/BA 3.913
Dia 21/02/2014, com saída da Rádio Betel às 23h00 foi organizado uma caravana constituída de várias denominações evangélicas com destino a Curva da Baboseira. Os motivos da primeira vigília/manifesto, é o crescente número de acidentes com vítimas fatais que vem ocorrendo naquelas imediações asfáltico localizada na BR próximo ao povoado Riacho. Vários pastores e representes levantaram um clamor em oração para os constantes perigos ali existentes. Houve intercessão pelas famílias das vitimas e um pedido a Deus para que toque no coração dos órgãos competentes a solucionar a gravidade do problema. A vigília que foi até duas da madrugada e chamou atenção de todos que ali trafegavam. Todos os condutores reduziram a velocidade, e alguns motoristas chegaram a parar pensando em se tratar de um acidente. Alegremente os carros partiam recebendo palavras de bênçãos e buzinavam
“A máscara caiu”, disse o deputado Luiz de Deus sobre o programa Mais Médicos O deputado federal Luiz de Deus (DEM/BA), que é médico por formação, tem acompanhado de perto o drama da médica cubana, que está abrigada desde ontem, terça-feira (4), na liderança do Democratas na Câmara. Ramona Matos Rodriguez estava trabalhando, através do Mais médicos, na cidade de Pacajá, no Pará, e decidiu ir para Brasília pedir ajuda aos deputados de oposição por discordar das condições de trabalho do programa. A médica se sentiu enganada ao saber que o valor mensal recebido por ela de US$ 400 – cerca de R$ 960 - correspondia a menos dos R$ 10 mil anunciados pelo governo brasileiro. Além disso, ela desvendou o
verdadeiro esquema de contratação dos médicos cubanos ao revelar que esta foi intermediada pela Sociedade Mercantil Cubana Comercializadora de Serviços Médicos Cubanos S.A., e
não pela Organização Panamericana da Saúde (OPAS), conforme havia sido divulgado pelo Governo Federal. “As revelações sobre as péssimas condições de trabalho
dos médicos estrangeiros não são novidade. Desde o início dos debates sobre o projeto, eu alertei sobre isso. O mais grave é o fato novo e que foi escondido do parlamento e de todos os brasileiros, de que a contratação não se deu através da Organização Panamericana da Saúde. Isso já coloca em cheque a lisura do processo. A máscara caiu!”, declarou o parlamentar baiano. Ramona buscou o apoio dos deputados do Democratas após ser informada que a Polícia Federal estava atrás dela. Ela teme por sua segurança e de sua família que está em Cuba, e já esteve na Embaixada dos Estados Unidos para pedir o visto norte-americano.
Luiz de Deus presta homenagem ao município de Glória O deputado federal Luiz de Deus (DEM) presta a sua homenagem ao município baiano de Glória, que comemorou 127 anos de emancipação política, no dia 07 deste mês. Situada no Vale do São Francisco, a 446 quilômetros da capital, o município de Glória fica no norte do estado, na divisa com Pernambuco e Alagoas, e tem como principal atividade econômica a agricultura. Com pouco mais de 15 mil habitantes, a cidade
reserva atrativos como praias fluviais com dunas de areia branca, serras cobertas com a vegetação própria da caatinga, além de trilhas ecológicas e agrovilas, onde é possível visitar projetos agrícolas irrigados com as águas do Rio São Francisco. O município também é conhecido por seus festejos populares e religiosos, como a Via Sacra, que acontece na Serra do Retiro, no domingo de Ramos, uma semana antes da Páscoa,
além das festas de Santo Rei, São Pedro e Santo Antônio, o padroeiro da cidade. "Glória é um município repleto de encantos naturais, habitado por pessoas trabalhadoras e hospitaleiras, e com grande potencial de desenvolvimento", disse o deputado
Luiz de Deus, que conhece a fundo aquela região da Bahia, ao parabenizar a população e a cidade.
em resposta ao ato publico na madrugada. Não faz muito tempo a “Curva da Baboseira” como foi batizada, passou por várias mudanças de sinalização e placas de advertência prevenindo os condutores de eventuais perigos. Porém, os perigos continuam gradativamente ceifando vidas humanas, destruindo veículos e causando dor e sofrimento aos familiares, parentes e amigos. Em visita a Curva da Baboseira nas imediações ao longo de 100 metros, é visível a quantidade de destroços deixadas pelos acidentes: sucatas, objetos, vidros, restos de roupas, borrachas, plásticos, pneus por todo canto e bastante sinais na ponte causados pelos impactos dos veículos. Faixas diziam: “Autoridades, façam a sua parte! Vamos acabar com a dor das famílias. Quando a igreja ora, milagres acontecem. Curva da Baboseira, lugar de Maldição. Junte-se a nós nesta Batalha. Queremos
Baboseira sem curvas e sem mortes!” “Vigília de Oração pela vida: Quebrando a maldição da Curva da Baboseira. Quando o povo de Deus ora, Jesus estende a mão.” Os organizadores Arnaldo Ferreira, Ramalho Nóbrega, Pastor Gilmar dos Santos, Pastor Domingos e outras lideranças evangélicas, sentiram-se no cumprimento do dever em buscar mecanismos para as soluções dos problemas da cidade começando com uma Vigília denominada de “abençoada” para quebrar as maldições deixadas no local com tantas mortes. Espera-se que o manifesto pacífico e a atitude dos nobres cristãos sejam ouvidas e atendidas num breve espaço de tempo, de forma que venha trazer melhores dias para todos que utilizam daquele serviço publico rodoviário que diz respeito ao município, estado e governo federal, uma vez que todos nos somos contribuintes. (Redação: Pedro Santos)
ASCOM deputado Luiz de Deus (Democratas)
Luiz de Deus comemora aprovação da PEC que garante presença de defensores públicos em instancias judiciais O deputado federal Luiz de Deus (DEM/BA) comemorou a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 247/2013, que obriga União e Estados a contarem com defensores públicos no prazo de oito anos, em todas as unidades jurisdicionais (comarca ou sessão judiciária). A matéria foi aprovada pela Câmara dos Deputados em sessão extraordinária realizada ontem (19), obtendo 392 votos favoráveis, duas abstenções e nenhum voto contrário. Por falta de unanimidade entre os parlamentares, a PEC deve volta à pauta da Casa para votação em segundo turno, após o prazo de cinco sessões de interstício, conforme regimento. De acordo com Luiz de Deus, um estudo do Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada em conjunto com a Anadep - Associação Nacional dos Defensores Públicos e o Ministério da Justiça -, divulgou que no Brasil há 8.489 cargos de defensor público no país, dos quais apenas 5.054 estão ocupados (59%). Nesse sentido, o parlamentar afirmou que o principal objetivo da PEC 247 é assegurar a todos os cidadãos
brasileiros, em todo o seu território, o acesso aos serviços da defensoria pública. "Sou totalmente a favor da aprovação da PEC e da ampliação do número de defensores públicos em todo o Brasil. Quando deputado estadual, fui relator do projeto que criou a Lei Orgânica da Defensoria Pública na Bahia e sou o maior apreciador dos trabalhos destes grandes guerreiros", destacou Luiz de Deus durante a votação. A história de luta do democrata se afina e se entrelaça com o trabalho dos defensores públicos no país. Desde quando exerceu o mandato de deputado estadual, entre 1995 a 2011, Luiz de Deus assumiu a relatoria do Projeto de Emenda Constitucional 101/05, que regulamentou a autonomia funcional, administrativa, financeira e orçamentária da Defensoria Pública na Bahia. "A medida fortaleceu a categoria e assegurou o cumprimento do seu papel de assistência jurídica integral e gratuita aos cidadãos, sendo um instrumento para a conquista da cidadania e de direitos garantidos pela Constituição Federal", explicou o deputado.
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Paulo Afonso nasceu da construção das barragens e usinas do maior patrimônio do Nordeste, a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco, a partir de 1948. O povoado Forquilha, que por muitos anos se chamou Vila Poty, só dez anos depois, com muita luta, tornou-se município de Paulo Afonso. Os que chegaram primeiro, tinham como foco exclusivo a construção das obras da Chesf e, para abrigar e oferecer melhor qualidade de vida aos milhares de trabalhadores foram construídas escolas, hospital, a Casa de Hospedes, a Casa da Diretoria, o Restaurante dos operários, a Cooperativa, os Clubes Sociais, COPA e CPA, o Posto de Puericultura, o Mercado Público. Por uma iniciativa brilhante do Engenheiro Amaury Menezes, quando diretor técnico da Chesf, foram criados cerca de 20 lagos em Paulo Afonso, a maioria deles na área chamada Acampamento da Chesf. Além de melhorar o clima nessa área, os lagos transformaram-se em cartões postais de Paulo Afonso, especialmente o Lago do Touro e da Sucuri. Há pouco mais de 10, 12 anos, a Chesf transferiu o Acampamento (ou parte dele), inclusive os lagos, que já estavam em condições de abando-
no, para a gestão da Prefeitura e tudo desandou de vez. Aos poucos, alguns desses patrimônios da hidrelétrica foram transferidos para outras instituições e mantiveram a sua estrutura original como marca da história. Foi assim com as escolas. A Escola Murilo Braga é hoje o Carlina. A Escola Adozindo, é a UNEB. O prédio da Cooperativa foi doado à Justiça Federal e guarda as mesmas características externas. Assim também foi com o antigo Ginásio Paulo Afonso/COLEPA, transferido para o IF/BA que manteve sua estrutura externa na ampla reforma e modernização que fez às antigas instalações. Os clubes COPA e CPA, também mantém a estrutura dos primeiros tempos de sua criação sem alterações agressivas. Já o Mercado Público que também abrigou a feira livre de Paulo Afonso até 1960, cuja construção original se assemelhava a edificações européias, sofreu várias modificações. Primeiro para abrigar a Escola Parque, mantida pela Chesf. Depois, para abrigar a Universidade do Estado da Bahia. O Modelo Reduzido de Paulo Afonso, outro atrativo turístico, muito mais antigo que o Mini Mundo de Gramado que atrai milhares de visi-
tantes todo mês, também vive em total abandono e o público não tem mais acesso a ele. O Mirante do Cogumelo, também criado por Dr. Amaury Menezes e onde, no topo, funcionava o seu escritório, nunca foi aberto à visitação pública porque a Chesf alega razões de segurança e nunca se pensou em alternativas que preservassem essa condição mas permitisse a visita. O Bondinho, mantido pela Chesf e liberado para visitação dos milhares de turistas, há cinco anos está sem funcionar. A Cachoeira de Paulo Afonso, considerada por estudiosos como de nota 10 para o turismo do município e da região e a única cachoeira programável do mundo, que mereceu cuidadoso estudo do professor Antônio Galdino, a pedido de João Bosco Almeida, que, anos depois exerceu a presidência da Chesf, foi avaliado positivamente por técnico/diretor da Agência Nacional das Águas – ANA que veio a Paulo Afonso exclusivamente para tal fim mas foi barrado pelo ONS e outras instâncias porque também não mereceu a atenção dos políticos que se dizem representantes de Paulo Afonso. O motivo da falta de água na Cachoeira se explica pela queda da vazão do rio São Francisco e a prioridade de gerar energia elétrica. A queda d`água da Usina Piloto, outro cartão postal da cidade, secou por conta do esvaziamento pela Chesf do Canal das Lavadeiras, de onde saía um pequeno córrego que alimentava essa bela cascata, agravado depois pela invasão imobiliária exatamente onde corria esse córrego. A justificativa é a mesma: economia de água para gerar energia. O Grande Hotel de Paulo Afonso construído pela Chesf aproveitando-se a estrutura de um projeto do Matarazzo, vive há anos sendo residência oficial dos morcegos e do cupim que o está destruindo. A Casa de Hospedes chegou a ter a sua venda anunciada na cidade e houve empresário da rede hoteleira que esteve visitando as instalações com o objetivo de comprá-la para construir em seu lugar um grande prédio.
Como se pode ver, principalmente ao longo dos últimos 20 anos, essa falta de comprometimento com o uso do que se tornou patrimônio público, prova inconteste da presença do homem nesta região, marca indelével da sua intervenção no lugar, e o pouco caso que as gestões municipais tem feito disso, vem comprometendo e destruindo, sistematicamente essa riqueza que conta a história da vida dos primeiros habitantes deste lugar. A aberração maior é que se resolve tudo com o trator passando por cima, como aconteceu no dia 14 de fevereiro com o Restaurante da Chesf, cuja área foi cedida pela Chesf, em ato público realizado no Memorial Chesf para a Justiça do Trabalho, sendo a cessão desse patrimônio assinada pelo então presidente da Chesf João Bosco. Esse Restaurante tem histórias fortes da vida das pessoas que construíram a Chesf e o município de Paulo Afonso. Ali, onde trabalhou o pai de Gecildo Queiroz, o meu pai e centenas, milhares de outros chesfianos era o local dos primeiros eventos promovidos pela diretoria da Chesf, como a entrega de brindes de Natal aos filhos dos chesfianos. E quem não lembra do garçon Graciliano, de Apolônio (Popó), Nivaldo e do seu Manoel Francisco, pai do presidente da Câmara, Marcondes Francisco, que foi o chefe do Restaurante por décadas? Ali foi palco dos diálogos entre o Pastor João Cartonilho, que ali trabalhava e o professor Gilberto Oliveira, que resultou na criação da Escola Evangélica Antônio Balbino, a primeira instituição educativa para crianças carentes da Vila Poty, que não tinham acesso às escolas da Chesf, as únicas da região. Ali era local de encontro freqüente do Grupo de Bandeirantes, organizado por D. Célia Couto e depois, lideradas pela Professora Lindinalva Cabral. Como dizem Valda Aroucha e Maurício, da Agendha, “nada contra que a Chesf doe prédios que serão úteis com uma nova utilização mas é importante que, ao doar esse patrimônio, a Chesf estabeleça limites e condicionantes, como a preservação de sua fachada e do estilo de cons-
trução, mesmo que internamente, tudo seja adaptado às melhores condições de vida e de trabalho”. Foi o que fez a Justiça do Trabalho ao receber o prédio onde funcionava a Cooperativa da Chesf.” Foi também o que fez o IFBA na reforma das instalações do GPA/COLEPA.
Maurício e Valda, da Agendha.
feito Anilton (DEM), à frente do Departamento de Turismo, o professor Galdino procurou retomar o assunto mas tanto o Procurador do município, Flávio Henrique, como o próprio prefeito, não conseguiram diálogo com a Chesf para dar sequência a este projeto. Hoje, ao fotografar os entulhos do que foi o Restaurante da Chesf nos veio a imagem de um lugar destruído por bombas, numa guerra insana. De fato, uma atitude beligerante, uma forma simplória de se desfazer de um patrimônio para não se ter um custo com ele. Os administradores da coisa pública, os políticos, principalmente aqueles de carreirinha, que nunca foram outra coisa na vida a não ser militante político, todos precisam refletir que nunca vai se poder planejar o futuro sem que se tenha um olhar para o passado e, mais que isso, é imprescindível que se mantenha viva a memória, a história de vida de um povo que chegou aqui como nômade, barrageiro, com os pés na obra da hidrelétrica e o olhar no futuro, na próxima obra, mas foi ficando por aqui, constituiu família, criou raízes, ajudou a construir esta história que hoje está sendo bombardeada, em nome do que mesmo? É muito triste perceber que os homens estão perdendo valores tão essenciais como o da necessidade de se preservar a história...
Também entendemos que é importante que a Chesf doe terrenos e instalações do seu patrimônio para contribuir com o desenvolvimento do município mas, no caso específico do Restaurante da Chesf, se a Justiça do Trabalho precisava apenas de um terreno, a Chesf ainda em muitos, no fundo do próprio Restaurante, ao lado da Caixa Econômica, atrás da Igreja de São Francisco, para citar apenas alguns mais próximos. Assim, o Restaurante seria preservado para outro fim. Sobre o prédio do Restaurante da Chesf, na gestão do Prefeito Raimundo Caires, quando José Ivaldo era o Secretário de Turismo, foi elaborado um projeto que tornaria estas instalações em excelente Centro Cultural, com biblioteca, espaço para teatro, cinema, artesanato e outras atividades culturais. O projeto já estava na fase final de conclusão e liberação pela Chesf. Mas, ao perder a eleição para o prefeito Anilton, Raimundo Caires devolveu o processo à Chesf. No Antônio Galdino, da Folha Sertaneja. início da gestão do pre-
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Foto: Valda Aroucha
Fotos: Antônio Galdino
Estão acabando com a história de Paulo Afonso Agora foi a vez do Restaurante da Chesf. E depois?
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A repercussão da matéria que fiz sobre a derrubada do Restaurante da Chesf foi grande e até inesperada. Gente de todo Brasil tem escrito questionando esse ato. São depoimentos fortes, emocionados, revoltados. Os vereadores, todos, permaneceram calados na sessão de abertura dos trabalhos da Câmara de Paulo Afonso, dia
17/02. Só Antônio Alexandre se posicionou contra esse ato, em um programa de Rádio da Betel FM, apresentado por Bob Charles, no dia seguinte. Pessoas estão se mobilizando no sentido de fortalecerem a idéia da criação de leis que permitam a preservação do patrimônio histórico de Paulo Afonso. Agradeço às centenas de mensagens que
continuam chegando ao site da Folha Sertaneja, ao Facebook Antônio Silva Galdino e ao email deste escriba. Também agradeço às pessoas que têm ligado e que, pessoalmente, tem sido solidárias ao meu grito de insatisfação. Muitos antigos funcionários do Restaurante da Chesf tem sido citados, como o Sr. Manoel
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Francisco, pai do vereador presidente da Câmara Marcondes Francisco, que ali trabalhou como chefe do restaurante por dezenas de anos. E citam Graciliano, Apolônio (Popó), Nivaldo, Manoel Francisco e tantos outros. Veja agora o que escreveu o Professor Francisco Nery sobre o assunto. (Antônio Galdino).
Conversa com o leitor – Prof. Galdino, O Velho Prédio do Restaurante, O Prédio do Colepa Estou, leitor, completamente à vontade para esta conversa – que desconfio será longa. Estou cheio de poeira dos escombros do agora arrasado, nivelado e derrubado prédio do antigo restaurante da Chesf. Fui colocar, de passagem, um pouco de adubo em umas mudas que plantamos no caminho do IFBA. Parei, estacionei e recebi um bafo sacrossanto de poeira levantada pela pá carregadeira que inocentemente fazia o seu trabalho; a sua obrigação. Galdino tem razão. É preciso preservar. Não sei se ele leu Mein Kampf, o livro autobiográfico de Adolf Hitler. Não, não se assuste o leitor. Tudo que é mau, reconheçamos, tem uma ponta de bom. Pois Hitler afirmou que povo que não cultua as suas figuras históricas não merece respeito. Não vai pra frente, acho que foi mesmo o que ele quis dizer. É o que Galdino diz agora; apaixonadamente agora, de coração pra fora, tentando preservar, entre outras coisas e valores, o prédio, pelo menos o espaço, do Velho Restaurante. Estou em regime de cooperação técnica com o IFBA que está instalado nas antigas dependências do Colepa, estas
sensivelmente preservadas. Alguém preservou. Alguém foi sensível. Exigiu a preservação do padrão original do prédio para o qual o Prof. Enoque Pimentel carregou blocos na cabeça. Olho para as salas, me lembro do passado e faço questão de me lembrar de pessoas de valor e de caráter com quem trabalhei. Olho para as paredes e sei nelas gravadas aulas homéricas que tivemos com um punhado de alunos comprometidos com educação e com o bem do Brasil. Galdino é saudosista. Queria o Restaurante preservado para museu; para memória do que é bom. Temos espaços preservados: Sala dos Visitantes, Antiga Câmara de Vereadores, Memorial Chesf, o já citado Colepa, Murilo Braga e Adozindo. Estão firmes e fortes prestando relevantes serviços à comunidade. Eles (os prédios) não foram derrubados. É o que Galdino queria que tivesse acontecido com o Restaurante. Concordo mais com Galdino no que tange a destruição de um patrimônio construído com recursos gerados a duras penas pelo povo. O dinheiro do contribuinte veio abaixo com as paredes do Restaurante. Estamos a caminho do
desenvolvimento e ainda não podemos nos dar ao luxo de jogar abaixo todo e qualquer monumento. Chamo de monumento ao Restaurante que, o leitor deve ter notado, está grafado com letra maiúscula – para lhe dar aquela importância pela qual Galdino tanto se bate. O Restaurante foi tão importante, que episódios marcantes aconteceram nas suas dependências os quais jamais sairão da nossa memória; da minha memória. Vou me esforçar para levá-los ao nobre leitor, cheio de parcimônia, como Galdino e eu, em relação ao patrimônio cultural da cidade, com leveza. Artur era um dentista competente e cheio de vigor e comunicação espontânea daquelas que acontecem com leveza. A mesa estava cheia de engenheiros a comer os bifes servidos por Ferreira, Popó, Nivaldo, Francisco e mais alguns. Nunca mais comi bifes tão gostosos como aqueles. Artur chegou de mansinho, olhou para o único lugar vago na mesa e esperou o convite que logo veio por um dos comensais seu amigo com estas palavras: “Junta-te aos bons e em bom te tornarás.” Artur, lisonjeado, sentou não sem an-
tes retrucar: “Quem com porcos se mistura, farelo come.” Todos, evidentemente, sorriram – e comeram mais ainda. Partindo de Artur, foi isso que aconteceu. Graciliano era o garçom mais popular. Tinha muitos filhos e brincava como um menino enquanto nos servia bem. Ria de dar gosto. De repente, sem que ninguém esperasse, bradava a plenos pulmões, para espanto de alguns, principalmente dos visitantes: “O mais feio olhe para mim sorrindo”. Todos ouviam taciturnos até que alguém mais comunicativo, de espírito aberto, ou coisa parecida, sorria a dentes plenos, para gáudio de nós todos. Um dia – o leitor talvez não acredite no que vai ler – Ricardo de Holanda, APA (administrador de Paulo Afonso) sisudo e competente, foi ao Restaurante jantar. Passou pela minha mesa (eu estava tomando uma daquelas sopas leves que nunca mais saboreei na vida) e se sentou lá no fundo. Graciliano, que comia cerca de meia dúzia de ovos no café da manhã no Restaurante, passou a lhe servir. Servia com a tradicional compenetração, zelo e seriedade. Ele estava servindo ao APA!
Governador visita o Lions Governador participa do Clube Salvador Barbalho I Workshop de liderança
No dia 27/11/13, o Governador do Distrito LA-2, em visita oficial ao Lions Clube Salvador Barbalho, partici-
pou de uma assembléia festiva em comemoração aos 45 anos da entrega da Carta Constitutiva do Clube.
Governador encontra-se com o Leo Clube Universitário patrocinado pelo Lions Clube Salvador Periperi Por ocasião da visita do Governador do Distrito LA-2 ao Lions Clube Salvador Periperi, o CL José Fernandes teve a oportunidade de co-
nhecer o Leo Clube Universitário que, pela juventude de seus membros, representam o futuro do leonismo brasileiro.
do Distrito LA-2
Através do empenho da Coordenadora da GLT-D, PDG CaL Marlene Chagas, o Governador José Fernandes participou no dia 07/12/13, na cidade de Salvador, do I WORKSHOP DE LIDERANÇA DO DISTRITO
LA-2, tendo como instrutor o CL PDG José Carlos Martins, atual Coordenador da GLT do DMLA. O evento contou com a participação de 46 companheiros inscritos de clubes da capital e do interior.
Chamei Graça (era assim que Nivaldo o chamava) e lhe lancei o seguinte desafio: “Graciliano”, lhe disse com cuidado, “você brinca com todo o mundo. Quero ver você brincar com Ricardo de Holanda!” Acrescentei que multiplicaria substancialmente a gorjeta do dia se ele tivesse sucesso. Também fiz questão de deixar claro que não me responsabilizaria pelo resultado, se o resultado fosse catastrófico para ele. Eu negaria qualquer envolvimento. Para a mesa do Dr. Ricardo se dirigiu o nossa Graça. Tremi na base. O que eu tinha feito? E agora? Se Graciliano fosse demitido, brincando em serviço, eu teria, dali pra frente, a obrigação de ajudá-lo no que fosse possível. Acompanhei a ida de Graciliano para a mesa distante. Continuava a tremer até que verifiquei que ele iniciou alguma coisa que, de longe, me pareceu um diálogo com o chefe. O que estaria Graciliano a lhe dizer? Não descobri e nunca saberei. O que sei é que Ricardo de Holanda abriu um largo sorriso e comeu mais ainda, como os colegas de Chesf de Artur. Foi a única vez que vi o APA sorrir.
A matéria ficou longa, como muito bem adverti os nobres leitores. Encerrarei com seu Barreto que era extremamente calmo, até no andar. Ele era o motorista da van que fazia o percurso do Restaurante para as nossas casas no Acampamento. Acabamos de almoçar e entramos na van. Ao meu lado, um senhor com um anel de pedra verde que me pareceu um anel de formatura em medicina. Estava com pressa e a toda hora olhava para o relógio. Nada de volta de seu Barreto que tinha descido do volante para tomar uma aguinha, talvez pleitear algum tira-gosto lá por dentro. Alguns minutos depois, surge seu Barreto. O médico respirou aliviado. Agora iria para casa. Tinha pressa, talvez alguma vida para salvar. Seu Barreto para no meio do caminho de volta e começa a conversar com um adolescente com farda do Colepa. “Aquele menino é filho dele”, alguém observou. “E nós somos filhos da____ ?!”, retrucou o médico. Essas lembranças do Restaurante, como muitas outras, elas ficarão para sempre na nossa memória, indelevelmente preservadas. Francisco Nery Júnior
Governador do Distrito LA-2 inaugura Gabinete Odontológico na visita ao Lions Clube Salvador Periperi O Governador do Distrito LA-2 participa da benção da nova sede do Lions Clube Salvador Periperi e decerra a placa de inaugu-
ração do gabinete odontológico do clube, com equipamentos doados pela ABO/ BA, através do empenho da PDG CaL Seleneh Pires.
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Paulo Afonso, 27 de Fevereiro de 2014 • Ano XI • FS 120
10 Anos de história nas páginas do jornal Folha Sertaneja Nos últimos dez anos da história política da região passou por mudanças significativas. Além da mudança do prefeito Anilton do DEM para o PDT, Mário Negromonte Júnior chega à Assembleia Legislativa da Bahia com a segunda maior votação do Estado. Ena Vilma, filha de Dionísio Pereira, irmã de Adauto é eleita duas vezes para a Prefeitura de Glória enquanto o esposo, Mário Negromonte, morador da Av. Apolônio Sales, em Paulo Afonso, chega a Ministro das Cidades, onde permanece por 13 meses. Luiz de Deus, que era suplente, chega à Câmara Federal quando ACM Neto vence as eleições e assume a prefeitura de Salvador.
Lançamento do jornal Folha Sertaneja, no Cepeazinho, em 18/02/2004.
Ano de 2004. O mês de janeiro foi dedicado à conclusão do processo de criação da Galcom Comunicações, uma micro empresa onde estão uma pequena produtora de vídeos sociais – casamentos, aniversários, formaturas, documentários e eventos e um jornal mensal – Folha Sertaneja – que teve a sua primeira edição em 18 de fevereiro de 2004 e, apesar das dificuldades iniciais e outras muitas na sua caminhada, continuou sendo publicado, sem interrupção, ao longo destes 10 anos. Um ano depois do nascimento do jornal Folha Sertaneja, em 18 de fevereiro de 2005, chegou a sua edição online, no site www.folhasertaneja.com.br, hospedado e mantido no Interjornal, empresa sediada em Maceió e administrada por Celso Xavier, como Sérgio Xavier e Sílvinho, filho de Salvador Xavier e Adeilda, pioneiros de Paulo Afonso. O Folha Sertaneja acompanhou, a vida e a história de Paulo Afonso e região desde o final da gestão do prefeito Paulo Barbosa de Deus, engenheiro chesfiano que, no final de março de 2004, renunciou ao mandato de prefeito de Paulo Afonso, quando estava no oitavo ano de gestão, no segundo mandato consecutivo, para tentar a eleição para a prefeitura de Canindé do São Francisco-SE, até os dias atuais da gestão do Prefeito Anilton Bastos Pereira que cumpre o seu terceiro mandato na Prefeitura de Paulo Afonso.
No lugar de Paulo de Deus assumiu o seu vice, Wilson Pereira, também engenheiro, que governou o município nos nove meses restantes do seu mandato mas não conseguiu se reeleger, cedendo o lugar de prefeito ao bioquímico da Chesf, Raimundo Caires Rocha. Wilson Pereira foi o único vice-prefeito a assumir a gestão municipal por longo período – 9 meses. A eleição de Raimundo Caires, em outubro de 2004, foi muito comemorada pelos opositores do grupo político liderado pelo Deputado Estadual Luiz de Deus que estava na gestão do município há 16 anos, desde quando o próprio Luiz de Deus foi eleito prefeito de Paulo Afonso, em outubro de 1988, assumindo a prefeitura em 01/01/1989 até 31/12/1992. Depois, veio Aniton Bastos que governou de 1993 a 1996. O grupo permaneceu no poder ainda por mais oito anos com o prefeito Paulo de Deus e o seu vice, Wilson Pereira.
Caires ficou no governo de 01/01/2005 a 31/12/2008, mas não conseguiu ser reeleito e o Grupo Luiz de Deus, desta vez novamente com o médico Anilton Bastos Pereira reassume a gestão municipal a partir de 2009, sendo reeleito em 2013 para novo mandato, o terceiro dele como prefeito de Paulo Afonso, que se encerra em 2016. Portanto, nesses 10 anos da Folha Sertaneja, o município de Paulo Afonso teve quatro prefeitos; Paulo de Deus (PFL), Wilson Pereira (PFL), Raimundo Caires (PSB) e Anilton Bastos (DEM e depois PDT).
No mesmo período, a Câmara Municipal de Paulo Afonso teve seis presidentes. Quando o jornal Folha Sertaneja nasceu, quem presidia o Poder Legislativo era o médico João Lima Souza, que havia sido eleito em Janeiro de 2003 para o biênio 2003/2004. Foi sucedido pelo também médico Petrônio Barbosa, que presidiu a Câmara no biênio 2005/2006. Em Janeiro de 2007, quem assume a presidência da Câmara depois de entendimentos políticos com o grupo liderado pelo Deputado Estadual Luiz de Deus foi o vereador José Ângelo Carvalho em seu primeiro mandato (não se reelegeu) no biênio 2007/2008. Em seu lugar, foi eleito, em 2009, no início do mandato do prefeito Anilton, o vereador Antônio Alexandre dos Santos, que já estava no seu quinto mandato, para o biênio 2009/2010. Alexandre já havia sido presidente da Câmara nos anos de 2001/2002 Foi substituído na presidência do Legislativo Municipal pelo vereador Regivaldo Coriolano da Silva nos anos de 2011/2012. Em 2013, foi eleito para presidir a Câmara Municipal de Paulo Afonso, o vereador Marcondes Francisco dos Santos para o biênio 2013/2014. O Vereador Marcondes, que já havia presidido a Câmara entre 1995/1996, é o único ainda em atividade que chega ao 7º mandato consecutivo, tendo sido eleito a primeira vez em 1988 e iniciado suas atividades na 8ª Legislatura, em 1º de Janeiro de 1989.
Nos últimos 10 anos começaram a chegar a Paulo Afonso as grandes lojas de redes do Brasil como o Magazine Luiza, Insinuante, Americanas, Ricardo Elétrico, dentre outras e, desde 2013 já se anuncia a chegada de outras como a Marisa e Le Biscuit. Houve um crescimento considerável do comércio, no centro e nos bairros, especialmente no Tancredo Neves, cuja população chega a mais de 40 mil habitantes segundo pesquisas recentes. Nesse período, a Chesf, a grande empresa da região, responsável pelo nascimento do município de Paulo Afonso e vários outros na região, direcionou as suas atividades apenas para a produção, distribuição e venda de energia elétrica. O seu acampamento, transferido na gestão do Prefeito Paulo de Deus para o município, passou a ser gerido pela prefeitura. A hidrelétrica reduziu os seus investimentos sociais na região e também o seu quadro de pessoal como programas de incentivo à aposentadoria. Ainda mantém o Hospital, que tentou passar para outros gestores várias vezes e agora firma esse propósito transferindo esse patrimônio para a Univasf que deve se instalar na região em 2014.
Aliás, no campo da educação superior, o município de Paulo Afonso passou por boas novidades nesses últimos dez anos. A Folha Sertaneja registrou os primeiros dez anos da Fasete que tem oferecido novos cursos e a chegada do IFBA, instalado onde era o COLEPA e oferecendo o Curso de Engenharia Elétrica. Também publicou a aprovação do Curso de Medicina, pela Univasf e a cessão de área pela Chesf para a construção do Campus desta Universidade Federal do Vale do São Francisco.
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estava com sua capacidade plena. Paulo Afonso está sem o bondinho, mantido e operado pela Chesf, há mais de cinco anos. Mas houve avanços nesses 10 anos de vida do jornal Folha Sertaneja, embora os esportes radicais, implementados pelo prefeito Paulo de Deus tenham deixado de acontecer. Na gestão de Raimundo Caires foi criado o Conselho Municipal de Turismo, feita a sinalização turística do município e restaurada a Casa de Maria Bonita. Na gestão de Anilton Bastos, foi criada a Zona de Turismo Lagos e Cânions do São Francisco, com sede em Paulo Afonso e criados o Conselho Regional de Turismo e o Grupo Gestor de Turismo do município. Mais recentemente, a padronização dos táxis e a busca de certificação para a prática de esportes de aventuras são ações positivas nesta área. O Ministério do Turismo colocou Paulo Afonso entre os 115 destinos turísticos do Brasil. O município de Paulo Afonso tornou-se um dos que mais cresceram na Bahia mas viveu os últimos anos a angústia da perda de receitas importantes, do FPM, pelas medidas do governo federal de redução do IPI, do ICMS da energia elétrica, também por decisão do governo federal de reduzir as tarifas e a produção das usinas da Chesf e a perda de valores consideráveis do Royalties por ações ganhas na justiça pelas prefeituras de Glória/BA e Jatobá/PE. A mudança do prefeito Anilton Bastos do DEM para o PDT, embora o vice-prefeito Jugurta e o líder do grupo, Luiz de Deus, permaneçam no DEM, aproximou a gestão municipal dos governos estadual e federal, com alguns resultados positivos. Com o governo federal foram firmados acordos que permitem a implantação de vários projetos na área social. Com o governo estadual, nas várias visitas que o governador Jaques Wagner fez ao município, algumas promessas foram ou estão sendo cumpridas como a recuperação da BA-210 na região do Rio do Sal, o seu asfaltamento até o BTN e, numa segunda etapa, a conclusão do asfaltamento até o Aeroporto. O Terminal Rodoviário de Paulo Afonso, cujos trabalhos de reforma foram anunciados algumas vezes pelo governo do Estado, somente teve essa reforma começada no final de 2013 e segue em ritmo lento e frustrante para a expectativa da população. Uma promessa feita pelo governador Wagner em palanque no Lindinalva Cabral, ainda na gestão do prefeito Raimundo Caires, a de trazer a UTI para Paulo Afonso em 60 dias, nunca foi cumprida, seis anos depois. Nesses anos, Dom Luiz Cappio, que fez greve de fome contra a transposição do rio São Francisco, esteve em Paulo Afonso defendendo sua posição. E, como acontece sempre, as eleições para deputados, senadores, trouxeram muitos candidatos que levaram muitos votos e só apareceram novamente, na outra eleição. O calendário de eventos do município viu crescer a cada ano o Moto Energia e a Copa Vela e o São João, que já trouxeram nomes de grande aceitação na música do Brasil, viveram dias de grande agito mas estiveram muito abaixo desse nível no último ano – 2013.
Estar na base do governo permitiu ao prefeito Anilton uma maior aproximação com os deputados Paulo Rangel, estadual e Josias Gomes, federal, ambos do PT que se apresentam como articuladores para se trazer a Univasf para Paulo Afonso, o que também é reivindicado pelos deputados Mario Negromonte, federal e Mário Júnior, estadual, do PP, outro partido da base do governo Wagner.
O potencial turístico de Paulo Afonso sofreu perdas nos últimos anos com a redução da vazão do rio São Francisco o que fez secar a Cachoeira de Paulo Afonso que, por ser a única cachoeira programável do mundo permitiu ainda grandes espetáculos até os primeiros meses de 2007, quando o Lago de Sobradinho
Também o Celebrai, encontro evangélico, que já trouxe Aline Barros, Cristina Mel, Fernanda Brum e os Irmãos Diante do Trono dentre muitos outros nomes e ainda o evento Marcha para Jesus, tiveram maior impacto nos últimos anos. Nesses 10 anos da história de Paulo Afonso, o jornal Folha Sertaneja registrou tudo isso e viu-se na obrigação de cobrir a despedida de pessoas pioneiras que foram personagens dessa história desde os tempos de Forquilha e Vila Poty. Assim, dentre muitos que nos deixaram, a Folha Sertaneja chorou a partida do presbítero emérito da Igreja Presbiteriana, Valdemar Júlio, de Diogo Andrade Brito, Manoel Pereira Neto, Horácio Campelo, D. Laura Emetério, do professor Gilberto Gomes de Oliveira e de outros mais, como o jovem Fábio da Didaquê, que contribuíram, a seu modo e no seu tempo, para que Paulo Afonso chegasse no início de 2014 com uma população estimada de 120 mil habitantes. (Para 2013, o IBGE já anunciava 117.366 habitantes).
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Começamos a nossa caminhada defendendo uma bandeira que nunca encontrou eco nos políticos da região com assento no Congresso Nacional – a criação da Região Integrada de Desenvolvimento Econômico – RIDE, assunto replicado em muitas das nossas primeiras edições pelo jornalista Clementino Heitor de Carvalho. Tinhamos uma página sócio-cultural, escrita por Nadja Maria, das mais lidas na região. Nilson Brandão falou durante anos do esporte, principalmente do futebol em nossas páginas. Uma outra página falava do turismo na região. Cobrimos todos os anos o maior evento social de Paulo Afonso – o Troféu Destaque do Sertão, criação do promoter Derinho Oliveira que tem revelado lindas mulheres que representaram Paulo Afonso nos concursos de miss, na Bahia e até entre as mais belas do Brasil.
Ao longo de sua história, a Folha Sertaneja teve três diagramadores: Tony Ferreira, seu irmão Anderson Ferreira ou simplesmente Son (há anos em Salvador) e há vários anos, Admilson Cruz, que também tem diagramado os livros produzidos pela Galcom Comunicações em suas horas de folga e fins de semana. A Folha Sertaneja já contou com o trabalho do repórter Antônio Carlos Zuca e os jornalistas Clementino Heitor, Lúcia Reinaldo e Júnior Padão e, em reportagens especiais, com o trabalho da jornalista Veruska Alcântara. Também muito colaboraram: Nilson Brandão e Nadja Maria (Monteiro). E, desde o comecinho, contamos com as crônicas de viagem do professor Ivus Leal. Fazendo o elo de ligação e de interação com os anunciantes, colunistas, diagramador, gráfica, instituições, empresas, leitores, além do diretor há o trabalho de quem fica na secretaria do jornal, atividade desenvolvida por muitos anos por Zenaide Salgado e agora realizada por Nícolas, com o apoio de Ricardo, técnicos e produtores da Galvídeo. De vez em quando outros colaboradores se achegam e nos ajudam com seus textos jornalísticos ou literários e as assessorias de comunicação da Prefeitura e da Câmara de Paulo Afonso também enviam seus releases. A todos estes colaboradores, de antes e de agora, toda o nosso agradecimento, com a certeza de que há pessoas que a gente agradece todo dia e ainda fica devendo... A Folha Sertaneja registrou esses passos (e muitos outros) da história recente de Paulo Afonso e região em seus 10 anos de vida e recebeu vários prêmios, dentre os quais Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Paulo Afonso (três vezes) e Troféu Destaque do Sertão (sete vezes). A expectativa é continuar a caminhada, sempre observando o mesmo padrão de qualidade editorial e a ética e o respeito que marcaram os primeiros 10 anos deste jornal. E, para tanto, é importante continuar com parceria de empresas e instituições que nos acompanham há anos e que outros parceiros, companheiros de caminhada se acheguem e possamos seguir juntos na direção do futuro.
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Nos 10 anos da Folha Sertaneja um livro conta a história de Paulo Afonso Por Ana Paula Araujo contato@acertepauloafonso.com.br
O
escritor e professor Antônio Galdino, arquivo humano da história de Paulo Afonso, estará lançando o seu livro “De Forquilha a Paulo Afonso – Histórias e Memórias de Pioneiros” no próximo dia 27 às 19h na pérgula da piscina do Clube Paulo Afonso, quando o autor estará vendendo e autografando seus livros. Para a ocasião, será servido um coquetel, acontecerão algumas homenagens sejam em forma de vídeos (com depoimentos de grandes personalidades da história de Paulo Afonso) ou em formas de discursos descrevendo algumas situações de nossa história e momentos de música puramente nordestina com Deca do Acordeon, com temas que falam de Paulo Afonso. O lançamento deste livro marca também os 10 anos do jornal Folha Sertaneja, criado pelo autor em 18 de Fevereiro de 2004, como diz o Professor Galdino,“a única publicação impressa de Paulo Afonso, jornal ou revista, que conseguiu caminhar tanto”. No conteúdo do livro, o autor faz uma grande homenagem a Abel Barbosa, que possivelmente estará presente, onde cita boa parte da sua luta para a emancipação de Paulo Afonso, sua decepção por nunca ter sido eleito pelo povo como prefeito, sua alegria de governar nossa cidade (mesmo que por
indicação), fatos curiosos de suas fugas e, claro, sua grande luta para a derrubada do muro de pedras que dividiu nossa cidade por muitos anos. E esse assunto será bem representado no livro com a história de Abel Barbosa em poema de cordel escrito por Eduardo Viana e ilustração de Edson Ckucky.
Desenho de Edson Ckucky ilustra cordel sobre Abel Barbosa, no livro.
Há interesse e projeto do autor de transformar esse livro numa versão mais compacta para ser trabalhado nas escolas de Paulo Afonso. E, para isso, dependerá apenas do interesse dos órgãos públicos em produzir esse material para tal fim. “O investimento é muito alto. Só a impressão é o preço de carro popular e já houve quem me chamasse de doido porque o apoio financeiro está longe de cobrir os custos. Acho mesmo
que sou meio doido, mas, na realidade, fica a satisfação, a alegria, de estar contribuindo para que estas e as futuras gerações conheçam melhor a sua terra, o lugar onde nasceram ou onde foram aceitos como filhos, como é o meu caso, que recebi o título de Cidadão de Paulo Afonso há mais de 20 anos, em 13/12/1993. Tenho plena consciência, como disse no livro, que ainda vou ficar devendo, que ainda deixei de fora, por falta de mais informa-
Como o nome do livro já diz, as histórias serão contadas desde quando Paulo Afonso era apenas um simples povoado com poucas casinhas pertencente ao município de Santo Antônio de Glória, ou Glória Velha, até os dias de hoje, passando, nesse período, pela chegada da Chesf, que fez a população crescer, se multiplicar de um dia para o outro, a luta pela emancipação política, dando mais autonomia ao local, os aspectos físicos e geográficos, aspectos culturais e as influências de ou-
tros estados na formação da nossa cultura. O livro também mostra a chegada das primeiras igrejas evangélicas e seus pioneiros, a igreja católica, uma curiosidade sobre a criação da porta da Igreja São Francisco, formação social, o desenvolvimento econômico, o surgimento das feiras, artesanato, História dos pioneiros nos negócios da cidade, alguns deles continuados ate hoje sob comando de seus descendentes em hoteis, fotografia, construção ci-
No aspecto político, ressalta toda a história da Câmara de Vereadores, destacando a presença da atuação da mulher no Parlamento, bem como uma pequena biografia de todos os presidentes desta Câmara Municipal. Também mostra todos os prefeitos de
Paulo Afonso, desde o primeiro, Otaviano Leandro de Morais (1959) ao atual, Anilton Bastos Pereira (no terceiro mandato a partir de 2013). Cerca de duas centenas de fotos, algumas históricas, inéditas, ilustram todo o livro.
Desfile de 7 Setembro de 1956, na "Rua da Frente"
vil, escolas...O Porquê do nome Paulo Afonso e as histórias que cercam essa grande transformação des-
de os tempos pioneiros de Forquilha, a discriminada Vila Poty até Paulo Afonso do Século 21, ano de 2013.
Comício de Otaviano. Ao microfone, Severino Dentista.
Um aspecto interessante também é a história da nossa cidade mãe, a Glória Velha, antiga Curral dos Bois, que hoje está debaixo d’água, coberta pela Barragem de Itaparica e que poderia ser um grande ponto de mergulho para a apreciação dos praticantes da atividade, aumentando assim sua oferta de atrativos turísticos e atraindo
ainda mais visitantes que, nos finais de semana lotam o belo balneário construído recentemente na nova sede da cidade, erguida às margens da Barragem de Moxotó. Várias fotos históricas, uma delas feita pelo autor uma semana antes da inundação da Velha Glória, ilustram essas páginas que falam da “terra mater”.
Praça de Glória Velha
ções, pessoas importantes, o que procuraremos corrigir em outras edições,mas estou feliz pelo que consegui apresentar. E quero destacar um detalhe que para mim é muito importante: preferi fazer esse investimento em uma gráfica de Paulo Afonso, a Editora Fonte Viva, onde faço, há 10 anos, o jornal Folha Sertaneja. E faço isso porque sei do comprometimento de cada funcionário ali na busca da qualidade do seu trabalho. Vi umas provas
do livro e fiquei satisfeito com essa qualidade gráfica e editorial e, por fim, destaco o trabalho do diagramador Admilson Cruz, cuidadoso nos detalhes o que faz desse livro uma grande obra. É, literalmente, um livrão”, afirma Galdino sorrindo por ter ciência que o livro será praticamente a receita pela despesa, “se forem vendidos todos os mil impressos”, acrescenta ele. Mas, está consciente de que o valor histórico é impagável.
Enfim, o livro promete grande acervo histórico com 456 páginas, dentre elas mais de 30 são coloridas e cerca de 200 fotos para ilustrar e comprovar tudo aquilo que está descrito no livro. É certo que com tantos anos de existência é pratica-
mente impossível colocar no papel toda a história da cidade, porém, a raiz, o miolo, a base da história em si estará registrada e eternizada nesse livro tão cheio de detalhes e que, para o autor é praticamente um filho de parto muito sofrido.
O autor do livro, Prof. Antônio Galdino
Como adquirir? O livro custará R$ 40,00 e será vendido no dia ou através do contato GALCOM: Rua da Concórdia, 555 – Chesf, Paulo Afonso; tel: 75-3282-0046/ 92341740/9968-2263, em até 2x no cartão Visa ou Master Card. Também pode ser adquirido pelo email: professor.gal@gmail.com e pela rede social do autor AQUI e o pagamento será por depósito bancário para
a AG-4225-0 – CC-32700-X, do Banco do Brasil ou AG3052-0 – CC-55691-2, do Bradesco, com o acréscimo de R$5,00 para as despesas do correio. Não deixem de comparecer e adquirir seu livro autografado. Sem dúvidas esse livro será uma grande aquisição. Dia 27 de fevereiro às 19h na Pérgula da Piscina do CPA. Estão todos convidados.
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Fotos: Antônio Galdino
Prefeito Anilton assina convênio para reforma da Casa de Repouso São Vicente de Paulo
No dia 18 de Fevereiro o prefeito Anilton Bastos assinou convênio no valor de R$ 330 mil reais com a Casa de Repouso São Vicente de Paulo para a realização de reforma das instalações e aquisição de mobiliário para atender aos idosos que ali vivem. Atualmente são 33 pessoas que serão beneficiadas com esta reforma geral, a primeira nesse porte a ser realizada ali. Pelo convênio a prefeitura de Paulo Afonso repassará esse valor à diretoria da instituição que administrará os recursos recebidos. Assim, coube à diretoria, atualmente presidida pela Sra. Iracema Lima Nascimento de Farias, realizar a licitação para a contração da empresa que fará a reforma. A licitação foi ganha pela empresa F.S.P Construtora Ltda no valor de R$229.448,23 e a reforma da Casa de Repouso São Vicente de Paulo, objeto do Contrato Nº001/2014, deverá estar concluída em 180 dias. Ordem de Serviço foi assinada também nesta solenidade pela presidente da CRSVP e o Sr. Leonardo da Silva Pastor, representante da FSP. Para que a reforma seja realizada todos os moradores da Casa de Repouso foram transferidos para instalações da Fundame, na Fazenda Chesf, cedidas pelo seu presidente, Luiz Neto e pelo Bispo diocesano, D. Guido Zendron.
Ali, diretores, funcionários e voluntários dos Vicentinos trabalharam duro durante vários dias para dotar aquelas instalações de rampa, cozinha, mobiliário para atender aos abrigados da Casa de Repouso, todos idosos em idade avançada e a maioria deles cadeirantes ou portadores de doenças que exigem uma atenção permanente. Os outros cerca de 100 mil reais serão aplicados na compra de camas e colchões hospitalares (20 unidades de cada), cadeiras de banho(10 unidades), maca para ambulatório, colchão para a maca, banco giratório, armários e estantes de aço, sofá para a recepção, 25 aparelhos de TV LCD de 26 polegadas, para os apartamentos e outras instalações, além de liquidifador industrial de 8 litros, batedeira industrial, panela de pressão industrial de 20 litros, extrator de suco industrial, carrinho para transporte e distribuição de alimentos. Para cuidar destes idosos, trabalham na Casa de Repouso 17 funcionários mantidos pela instituição, outro 14 cedidos pela Prefeitura e muitos voluntários que aparecem regularmente para apoiar o trabalho intenso, dentre eles, 2 médicos e uma enfermeira, além de todos os membros da diretoria, diz a vice-diretora, Quitéria, conhecida por todos por Vitorinha. A solenidade da assinatu-
ra do convênio pelo Prefeito Anilton Bastos e da Ordem de Serviço pela presidente da Casa de Repouso reuniu alguns familiares dos idosos, grande número de funcionários da Secretaria de Desenvolvimento Social e nove dos dez vereadores da bancada de apoio ao prefeito Anilton. O único vereador ausente foi Juvenal Teixeira, por motivo de saúde. Todos eles, em seus discursos, ressaltaram a importância deste convênio como “mais uma grande obra social da gestão do prefeito Anilton”, como destacou o vereador Marcondes Francisco dos Santos, presidente da Câmara de Vereadores. A secretária de Desenvolvimento Social, Ana Clara Moreira, falou de sua felicidade em poder contribuir com a melhoria da qualidade de vida dos idosos que vivem na instituição. "Hoje é um dia muito especial. Lembro-me que na primeira vez que eu estive aqui com a engenheira Magda. Na saída eu me emocionei e chorei; mas logo entendi que não adiantava apenas chorar, mas sim fazer alguma coisa para melhorar a vida destas pessoas. E hoje nós estamos realizando este sonho, não só dos Vicentinos, mas de todas as famílias pauloafonsinas que com certeza também estão tão felizes quanto nós", falou Ana Clara.
O prefeito Anilton Bastos também expressou sua satisfação em proporcionar dignidade e qualidade de vida aos idosos, que em alguns casos, se sentem rejeitados pelos próprios familiares e na Casa de Repouso encontram uma nova família. Para o prefeito, ajudar a cuidar bem dessas pessoas é uma obrigação do Governo Municipal, que tem como prioridades a Saúde, a Educação e o Desenvolvimento Social. "Realmente, como falou Ana Clara, para todos nós que fazemos o poder público, hoje é um dia especial, porque estamos assinando a ordem de início dessa obra que vai dar condições dignas a todos os que vivem aqui e desfrutam do carinho da família dos Vicentinos. Temos a certeza de que não estamos fazendo nada além de cumprir com nossa obrigação", concluiu. Mas, quem “roubou a cena” nesta solenidade foi a interna da Casa de Repouso Terezinha Oliveira Gomes de Sá, conhecida como Teca. Deficiente visual por causa do diabetes, ela mora na Casa de Repouso desde 2009, quando ali ainda estava a Irmã Celina, muito querida de todos. Teca falou em nome dos internos, chamou o prefeito para perto dela e insistiu muito que
D. Iracema, presidente e Vitorinha - vice-pres. da Casa de Repouso
Prefeito Anilton acompanha assinatura da Ordem de Serviço.
não queria sair da Casa de Repouso, onde se sente acolhida. Foi preciso o prefeito dizer “que, no período da reforma, o prédio não ter água, nem energia e haveria muita poeira, mas que todas as pessoas que hoje trabalham na Casa de Repouso iam também ficar com os internos no novo local e que, dentro de seis meses, todos voltariam para aqui com muito maior conforto”. Depois, Teca cantou, dedicou a música ao prefeito e foi muito aplaudida. Construída em 1983, a Casa de Repouso São Vicente de Paulo é uma instituição filantrópica que abriga pessoas idosas, comprovadamente desamparadas, em alguns casos, encaminhadas pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Ministério Pú-
blico e Poder Judiciário. De acordo com a administração, a entidade sobrevive com recursos oriundos de convênios com os governos Federal e Estadual, além de receber contribuições da comunidade e do Governo Municipal, que assume despesas como pagamento de água, energia e uma parte do pessoal de apoio. Há alguns anos, um incêndio em parte das instalações da Casa de Repouso São Vicente de Paulo assustou a todos mas, a pronta ação dos voluntários e funcionários impediu que os abrigados sofresse algum problema. A reforma e a aquisição de novos mobiliários e equipamentos vão permitir melhores condições de trabalho aos funcionários e voluntários e melhor qualidade de vida aos idosos que ali vivem.
Sebastião Leando com os idosos da Casa de Repouso.
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Paulo Afonso, 27 de Fevereiro de 2014 • Ano XI • FS 120
Prefeitura de Paulo Afonso recebe ônibus para o Bolsa Família
Um moderno ônibus destinado ao atendimento itinerante do Bolsa Família foi adquirido pela Prefeitura Municipal de Paulo Afonso. Com ele, diz Ana Clara,
Secretária de Desenvolvimento Social de Paulo Afonso, “poderemos atender bem melhor as comunidades dos bairros e da zona rural do município, indo onde as pessoas es-
tão e, com isso, evitando o deslocamentos das famílias para os postos de atendimento”. A Secretária confirma que quando começou a trabalhar na gestão da SEDES, em 2009, eram pouco mais de seis mil os atendidos pelo Bolsa Família. “Esse número hoje ultrapassa os 13 mil atendimentos”. A parte interna do ônibus é toda adaptada como um escritório, com central de ar, mesas e cadeiras e, segundo a Secretária Ana Clara, vai agilizar e ampliar significativamente esse atendimento às famílias de vulnerabilidade social.
Delimitações territoriais de municípios baianos em pauta na reunião com Prefeito Anilton Bastos Uma reunião no dia 19 de fevereiro, no gabinete do prefeito Anilton Bastos, em Paulo Afonso, reuniu prefeitos da cidade de Macururé, Rodelas, Glória e Santa Brígida para discutirem as novas delimitações territoriais de municípios baianos. Na ocasião, estiveram presentes os representantes da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), Manuel Lamartin, Ana Paula Sampaio e Walmar Batista. Segundo os técnicos da SEI, as delimitações territoriais são de grande importância, já que são fundamentais para a distribuição de investimentos de forma adequada nos municípios do Estado da Bahia. Mais de 69% já estão
mapeados no território baiano e agora Paulo Afonso também terá seus limítrofes definidos com mais precisão. Na reunião, as cidades de Paulo Afonso, Glória e Santa Brígida entraram em consenso em relação às delimitações territoriais; já os municípios de Macururé e Rodelas ainda se reunirão para chegar a um acordo.
O plano de ação para delimitação das divisas municipais é um trabalho desenvolvido pela SEI, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Comissão de Divisão Territorial e Emancipação da Assembleia Legislativa da Bahia e se sustenta no cumprimento da Lei nº 12.507/2011.
Paulo Afonso, 27 de Fevereiro de 2014 • Ano XI • FS 120
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Texto e fotos: Veruska Alcântara
Professor Edvaldo reúne grande público no lançamento do seu livro em Delmiro Gouveia
Na noite do dia 14 de fevereiro, quando o município de Delmiro Gouveia celebrou 60 anos de emancipação política, cerca de 500 pessoas estiveram reunidas na Escola Delmiro Gouveia para prestigiar o lançamento do livro do professor Edvaldo Nascimento. O evento reuniu professores universitários, das redes do ensino básico, lideranças políticas, autoridades, músicos, artistas e a população, que foram prestigiar o autor e conhecer a obra que tem como título “Delmiro Gouveia e a Educação na Pedra”. O lançamento reuniu a primeira edição, impressa pela Viva Editora, e a segunda, impressa pela Editora do Senado Federal, onde foi distribuída a todos os professores presentes. A solenidade foi aberta pela apresentação dos músicos delmirenses Chico´s Mendes e Renato Buiú, tendo a participação do poeta Cleninho Sandes, que enalteceu a cultura sertaneja, em particular a literatura. Após as apresentações culturais, foi realizada a formação da mesa, composta pelo presidente do Senado Renan Calheiros,
o ex-governador Ronaldo Lessa; o representante do grupo Carlos Lyra, Assis Gonçalves; representante da Chesf, o administrador regional de Paulo Afonso Augusto César; representante da Universidade de Alagoas e do Conselho Estadual de Educação, o reitor Jairo Campos; o representante dos vereadores de Alagoas, o presidente da Uveal Hugo Vanderlei; o presidente da Câmara de Vereadores de Delmiro Gouveia, Valdo Sandes; o coordenador da 11ª CRE, professor Paulo Roberto; representante da Fábrica da Pedra, Luiz Anhanguera; o professor aposentado da Universidade Federal de Alagoas e doutor em educação, Elcio de Gusmão Verçosa; o representante da Ufal Campus Sertão, professor Márcio Ferreira; o ex-diretor administrativo da Chesf, presidente do conselho da Fachesf, João Paulo Maranhão Aguiar; a presidente do diretório Estadual do PCdoB, a advogada Claudia Petuba e os músicos Joquinha Gonzaga (sobrinho de Luiz Gonzaga), Flávio Leandro e Eliezer Setton.
Os discursos foram iniciados pelo autor, que agradeceu a presença de todos e expressou o seu sentimento em lançar o livro na cidade que o acolheu há 25 anos. “Realizar um evento como este é uma grande satisfação para mim porque consegui reunir amigos que fiz durante esta minha caminhada da vida. Ver as pessoas celebrando este momento comigo é de extrema alegria; pessoas que possuem um lugar relevante na minha história e que sem elas esta publicação não seria possível. Esta data não foi escolhida à toa, mas é também uma forma de homenagear a cidade que me acolheu e que hoje completa 60 anos”, disse Edvaldo. Em seguida, o ex-administrador da Chesf, João Paulo, nomeou Edvaldo de “agitador da cidadania”, enfatizando o trabalho desenvolvido pelo professor nas mais diversas áreas. “O trabalho de Edvaldo ultrapassa os limites de Delmiro porque ele está nas mais diferentes frentes de luta. Eu diria que é um agitador da cidadania e o parabenizo por mais este trabalho”, frisou. O professor Elcio Verçosa, que foi orientador de Edvaldo na defesa do mestrado que se transformou em livro, também elogiou o autor e o acervo sobre Delmiro Gouveia. “Edvaldo é um dos mestres mais categorizados sobre Delmiro Augusto e nesta sua obra está guardada o que há de mais importante neste contexto educacional no sertão. Este livro não envergonha a ninguém, é um material que servirá de acervo para o público”, disse o professor. O administrador de Paulo Afonso, Augusto, ressaltou a alegria da Chesf em ter apoiado o evento e a primeira edição. “Co-
nheço Edvaldo há muitos anos, é um companheiro de algumas lutas e é um político diferenciado, com uma notoriedade no Estado e no país. Ele consegue estar em diversas frentes, seja com os sem-terra na defesa pelo uso do Canal do Sertão, seja pelo acesso à educação de qualidade. A Chesf se sente honrada em participar deste evento e contribuir para uma obra importante não só para o município de Delmiro, mas para o país”. O representante do Grupo Carlos Lyra, Assis, falou sobre a trajetória da empresa e da importância da Fábrica da Pedra, fundada pelo empreendedor Delmiro, para o desenvolvimento econômico da cidade. “Trabalho no Grupo Carlos Lyra durante 40 anos e me sinto muito orgulhoso em participar deste evento, onde o projeto do empreendedor Delmiro Augusto de promover a educação ficará registrado para as futuras gerações”. O reitor da Uneal, Jairo Campos, elogiou o trabalho de Edvaldo Nascimento e ressaltou a parceria que está sendo realizada em favor da preservação da história delmirense. “Edvaldo está de parabéns ao lançar esta obra porque é mais um rico material de pesquisa que tem o aval do professor Élcio Verçosa, e isso é muito importante. Me sinto orgulhoso em tê-lo como parceiro em projetos que ajudam a preservar a memória desta cidade, como a reimpressão do Jornal Correio da Pedra, que circulou no município de 1918 a 1930. Só tenho a agradecer e comemorar”, frisou. O ex-governador Ronaldo Lessa ressaltou as palavras do administrador João Paulo. “Você
realmente é um agitador da cidadania, como foi bem colocado por João Paulo. Essa cidade só poderia receber bem uma pessoa como você, que luta pela educação, uma prioridade para qualquer país que queira mudar a relação entre governo e a sociedade. A educação é um processo de libertação de um povo e você está de parabéns em ser um dos propulsores deste movimento”, falou. Finalizando os discursos, o presidente do Senado Renana Calheiros disse estar orgulhoso em poder lançar a segunda edição da obra pela Editora do Senado. “Para mim é uma honra e orgulho ter essa obra do Edvaldo lançada pela Editora do Senado. Quem o lê não esquecerá, porque se trata de uma obra que retrata a realidade educacional no Sertão de Alagoas. Meus parabéns, Edvaldo”. Após as explanações, o músico Eliezer Setton cantou o hino de Alagoas, emocionando o público presente. Em seguida, os músicos Joquinha Gonzaga e Flávio Leandro entoaram os seus sucessos. Edvaldo autografou os livros e reforçou a sua alegria em poder receber os amigos que prestigiaram o lançamento. “Eu não tenho palavras para expressar o meu agradecimento e a alegria de receber todas essas pessoas aqui hoje. Eu estou realmente emocionado em ver o reconhecimento pelo meu trabalho”, disse. Ainda estiveram presentes ao evento o representante da imprensa oficial Graciliano Ramos Moisés Aguiar; o diretor do SINTEAL Adriano Pereira; o músico Jorge Pápápá; o diretor das Rádios Delmiro, Giuliano Ribeiro; os escritores Jotalunas, Luis Rubens e Gilmar; o coordenador acadêmico da FASETE, Luis José; a diretora do Sebrae Paulo Afonso, Nadja Maria; o empresário Edimil-
son Cavalcante; o secretário de Relações Institucionais da Prefeitura de Paulo Afonso, Luís Carlos Carvalho; o padre Aparecido; a diretora da Escola Delmiro Gouveia Lucrécia e a vice Dalma; além das filhas do autor Eloisa Vitória e Giullia Dandara, familiares, professores e amigos da região do sertão. “Delmiro Gouveia e a Educação na Pedra” é o resultado da dissertação de mestrado que Edvaldo defendeu em março de 2012, na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), onde são analisados os processos educacionais implantados pelo industrial Delmiro Augusto da Cruz Gouveia no sertão. “É uma abordagem sobre educação no sertão dominado pelos coronéis da primeira república”, reforça o professor. O livro esteve entre as obras lançadas na VI Bienal Internacional de Alagoas, em outubro de 2013, e reuniu um grande público. Representantes de diversos segmentos, de Maceió e do sertão, estiveram presentes prestigiando o evento. Intelectuais, artistas, reitores, dirigentes partidários, empresários, representantes do poder público e do judiciário, estudantes e escritores foram saudar o autor. O professor Edvaldo estuda o sertão de Alagoas e seus personagens há mais de 15 anos e é considerado um dos principais pesquisadores da vida e da obra de Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, industrial nascido em Ipu, no Ceará, e que modernizou o Recife e viveu seus últimos quinze anos de vida no sertão alagoano, onde construiu a primeira Usina Hidrelétrica do Nordeste, Angiquinho (1913), implantou um Núcleo Fabril e uma Fábrica de Linhas (1914).
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Paulo Afonso, 27 de Fevereiro de 2014 • Ano XI • FS 120
Emiliano José lança livro Galeria F em Paulo Afonso
Emiliano José, jornalista, escritor, ex-preso político, que tem exercido mandatos parlamentares de vereador e deputado federal(PT), esteve em Paulo Afonso, dia 8 de fevereiro para lançar o livro Galeria F – Lembranças do mar cinzento (IV) – Golpe. Tortura. Verdade.
O encontro reuniu bom número de intelectuais, amigos e militantes políticos e foi coordenado pelo ex-prefeito e ex-vereador de Paulo Afonso, José Ivaldo. O momento foi também a oportunidade para o escritor relatar fatos de sua
trajetória política com foco centrado no tempo de preso político mas foram aberto espaços para depoimentos dos presentes sobre o assunto e suas próprias vivências durante o período da ditadura militar no Brasil na segunda metade do século passado. Várias pessoas deram seus testemunhos, como Carlinhos de Tico, o poeta popular Tenório que relatou suas experiências nesse tempo quando era soldado do exército em Paulo Afonso. Valda e Maurício, da Agendha, chamaram a atenção para outros tipos de ditadura, do cerceamento da liberdade, mesmo disfarçado, nos dias atuais, tendo Maurício lembrado que a preservação do patrimô-
nio público deve ser observado como uma forma de resguardar aquilo que, como o nome diz, é público, de todos. Dias depois desse pronunciamento, Maurício viu a derrubada do prédio do Restaurante da Chesf, contrariando tudo o que foi dito naquela noite de 8 de fevereiro no auditório do CDTA, na UNEB, em Paulo Afonso. Este livro de Emiliano é o quarto da série Galeria F e tem o prefácio de Venício A. de Lima e o Posfácio de Paulo Vannuchi e apresenta relatos publicados pela mídia sobre estes acontecimentos que mudaram bruscamente a caminhada política do Brasil por 20 anos. O livro já está nas livrarias do Brasil.
Depois dos depoimentos do autor e de vários dos presentes, como um neto do ex-vereador de Paulo Afonso, Antônio Aureliano que falou de perseguições que seu avô sofreu em Paulo Afonso “de onde teve que fugir sem levar sequer uma muda de roupa”, seguiram-se os autógrafos da obra.
Da esquerda: Emiliano José, José Ivaldo e Valda Aroucha