São Luís, Agosto de 2017
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Ano XXIII
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N°. 75
Crédito: Assessoria de comunicação da Uninassau
Presidente em Exercício do SENGE/MA realiza palestra sobre Mercado de Trabalho e Ética Profissional a acadêmicos de Engenharia Civil
O presidente do SENGE/MA em exercício, Agenor Jaguar, frisou aos acadêmicos de engenharia civil que o engenheiro é sujeito proativo do desenvolvimento social, econômico e ambiental do trabalho que realizam, objetivando sempre o bem-estar e o desenvolvimento do ser humano
Mercado de Trabalho e Ética Profissional foi o tema de palestra realizada, dia 15 de agosto, pelo presidente em exercício do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Maranhão - SENGE/MA, Agenor Jaguar, a alunos do 7º e 8º período da graduação em Engenharia Civil da
Faculdade Uninassau São Luis e aos seus respectivos coordenadores. A aproximação da entidade dos futuros profissionais da área é um dos objetivos estratégicos da entidade, por fortalecer a classe e difundir informações acerca das instituições ligadas à Engenharia. Página 3
O professor Sérgio Martins Pereira discorre, em artigo, sobre a atuação políticosindical dos engenheiros e suas diversas frentes, fazendo menção ao período vivido pelo Brasil de regime autoritário, em1964. Após isso, traz a reflexão acerca dos tempos atuais, em que o país passa por crise econômica e que, mais uma vez, são chamados os engenheiros para contribuírem com suas capacidades técnicoprofissional e de atuar de forma organizada na sociedade como um todo. Página 2
Crédito Divulgação
Crédito: Divulgação
ENGENHEIROS E SUAS ENTIDADES DE CLASSE: VELHOS E NOVOS DESAFIOS
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Informativo • Ano XXIII - N° 75
Engenheiros e suas entidades de classe: velhos e novos desafios os sindicatos e a Federação Nacional dos Engenheiros, o sistema CREA/CONFEA e os clubes de engenharia.
Sérgio Martins Pereira
Ao longo dos tempos, os engenheiros têm sido compreendidos pelos estudiosos do trabalho e da teoria social como parte de estratos mais amplo da força de trabalho e da sociedade: os profissionais de nível superior; ou ainda, a chamada classe média. A es te enquadramento s e relacionariam tanto o exercício profissional quanto a atuação dos engenheiros na sociedade. Outro ponto de contato entre tais estudos diz respeito à caracterização da divisão interna peculiar que marca esse mesmo grupo de profissionais. A atividade do engenheiro é classificada de acordo com sua relação com o aparelho econômico em três categorias básicas: o profissional liberal, o profissional assalariado e o profissional empresário. No plano das entidades que representam os interesses dos profissionais da engenharia, arquitetura e áreas afins, encontramos uma variedade de entidades que representam técnica, econômica ou politicamente tais profissionais. De um modo geral, os profissionais de nível superior, organizam-se não apenas em sindicatos e federações, mas também em conselhos regionais e nacionais ou em institutos, clubes e associações incumbidas da excelência técnicoprofissional. No caso específico dos engenheiros, teríamos, respectivamente,
Assim, a atuação político-sindical dos engenheiros compreende diversas frentes de atuação e luta, como a questão salarial, o empreendimento econômico, a elaboração e gestão de políticas públicas e ainda a busca pela manutenção do prestígio técnico e social do seu saber profissional. Suas entidades representativas, por sua vez, constituemse como atores significativos da sociedade civil organizada e porta-vozes desses profissionais especializados junto a instituições públicas e privadas. Percebe-se assim que a discussão sobre o papel da engenharia e de seus profissionais especializados na sociedade está para muito além da mera retribuição econômica do saber profissional do engenheiro. Também é necessário destacar que, seja pela venda da força de trabalho ou pela prestação de um serviço, a atuação profissional dos engenheiros supõe um contrato, por sua vez vinculado a um sistema jurídico de regulação. No plano desse sistema de normas, ou mais precisamente, em relação ao papel do Estado na economia e na sociedade, observamos no Brasil das últimas décadas um embate entre diferentes perspectivas que envolvem temas como desregulação ou flexibilização, por um lado, e a regulação pública ou participativa desse sistema, por outro. Com intensidades e pesos variados, propostas, por vezes antagônicas, como privatizações e desenvolvimento induzido pelo Estado são exemplos das visões que se tencionaram na agenda pública das últimas décadas. Como também podemos observar na história do Brasil, a conjuntura políticoeconômica de um passado um pouco menos recente contribuiu para a inclusão das entidades representativas dos engenheiros no rol dos segmentos da
sociedade que se levantavam contra o regime autoritário que vivemos entre 1964 e 1985. Naquele contexto, a coesão dos profissionais da engenharia, arquitetura e áreas afins extrapolou em muito as relações entre suas entidades de classe. Os profissionais da engenharia se uniram então a sindicatos de outras categorias profissionais e a diferentes setores da sociedade civil organizada em defesa dos valores humanos e democráticos. O contexto atual coloca possibilidades e limites à atuação dos profissionais da engenharia e das entidades que lideram sua representação econômica, técnica e política. Nos programas e ações dessas entidades, já é possível vislumbrar o movimento de união interna como caminho para se levar adiante bandeiras históricas da categoria, como a valorização da engenharia e dos seus profissionais e a busca de alternativas para o desenvolvimento socioeconômico do país, para citar apenas dois exemplos. Mas como seguir adiante com tais bandeiras num momento de incerteza política e econômica? Mais uma vez, os profissionais da engenharia são chamados a contribuir com suas capacidades de mobilizar seu saber técnico-profissional e de atuar de forma organizada na sociedade como um todo. Unir suas forças e entidades representativas em nome da valorização profissional e do desenvolvimento é imprescindível, mas talvez não seja o suficiente. Como a história nos mostra, podemos estar diante de mais um momento em que da união em torno do fortalecimento das instituições e dos caminhos democráticos torna-se não menos imprescindível. Não apenas porque estes possibilitam a conquista daquilo que é almejado pelos profissionais da engenharia, mas principalmente porque a democracia é condição necessária tanto para a própria existência de frentes de atuação e luta, quanto para a participação política que torna isto possível.
Mercado de Trabalho e Ética Profissional foi o tema de palestra realizada, dia 15 de agosto, pelo presidente em exercício do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Maranhão - SENGE/MA, Agenor Jaguar, a alunos do 7º e 8º período da graduação em Engenharia Civil da Faculdade Uninassau São Luis e aos seus respectivos coordenadores. A aproximação da entidade dos futuros profissionais da área é um dos objetivos estratégicos da entidade, por fortalecer a classe e difundir informações acerca das instituições ligadas à Engenharia. Segundo Jaguar, há sinais de recuperação do setor imobiliário e de iniciativas privadas que podem demandar daqueles que atuam na área de infraestrutura e isto representa novas oportunidades. "Entretanto, o Brasil ainda não está formando um número suficiente de pessoas qualificadas na área. É necessário, além da experiência profissional, uma boa capacitação para aprimoramento técnico e competência emocional". A quem busca recolocação no mercado ou é recém-formado, o presidente em exercício do SENGE/MA sugere estar sempre atualizado e disposto a trazer inovações para a área.
profissionais do segmento. Ser paciente, flexível e humilde para adquirir as experiências em trabalhos que o candidato vai saber, na prática, se há ou não identificação.
Ética profissional - Quanto à ética profissional, Jaguar O presidente do frisou ser ainda maior a responsabilidade dos SENGE/MA em exercício, engenheiros. "Por sermos da área tecnológica, nosso trabalho está em praticamente a totalidade das obras e Agenor Jaguar, frisou aos serviços que facilitam o bem-estar das pessoas. A profissão acadêmicos de engenharia é de livre exercício aos qualificados, no entanto a civil que o engenheiro é sujeito proativo do segurança de sua prática é de interesse coletivo". desenvolvimento social, Conforme Jaguar, os engenheiros são sujeitos proativos do desenvolvimento social, econômico e ambiental do econômico e ambiental do trabalho que realizam, trabalho que realizam, objetivando sempre o bem-estar e o objetivando sempre o bemEstágio - A fim de conquistar uma boa vaga de estágio, desenvolvimento do ser humano. "Tendo em vista que a aponta ser fundamental buscar informações sobre a área de profissão é alto título de honra, a sua prática exige conduta estar e o desenvolvimento do ser humano atuação e o mercado de trabalho e manter relação com honesta, digna e cidadã", destaca.
SENGE/MA pedirá apoio à FNE para promover eventos A finalidade será envolver os engenheiros em discussões e ações de interesse da sociedade e que valorizem e defendam a classe O Sindicato dos Engenheiros no Estado do Maranhão - SENGE/MA acredita que é muito importante a união da categoria e das entidades representantes do segmento a fim de debater as soluções para estimular o desenvolvimento do Brasil, neste momento de crise econômica por que passa o país. Filiado à Federação Nacional dos Engenheiros - FNE, o Sindicato também faz parte do movimento Engenharia Unida, existente desde março de 2016, que visa manter a categoria dos engenheiros mais próxima, forte, qualificada e empenhada em trabalhar para superar tais desafios. As finalidades do movimento são discutir, elaborar propostas, valorizar a profissão, destacar a engenharia nacional para o crescimento e desenvolvimento, bem como inseri-la e toda a área tecnológica nos fóruns públicos e privados onde haja debates de projetos de seu interesse. "Nesse sentido, o SENGE/MA quer realizar no Estado, em parceria com a FNE, iniciativas que estimulem o envolvimento dos engenheiros em discussões e ações de interesse da sociedade e que valorizem e defendam a classe.
PLANOS DE SAÚDE O Sindicato dos Engenheiros no Estado do Maranhão oferece, aos seus associados e familiares, duas opções em plano de saúde – UNIMED/FESP e AMIL – de atendimento nacional, com custos reduzidos e condições especiais. Para adquirir esse benefício, os interessados podem entrar em contato com o sindicato por telefone (98) 3232-1208 ou por e-mail senge_ma@ig.com.br, para o esclarecimento das informações necessárias e encaminhamento aos corretores do plano.
EXPEDIENTE Sindicato dos Engenheiros no Estado do Maranhão Rua do Alecrim, 415, Ed. Palácio dos Esportes, sala 315 Centro – São Luís/MA, CEP: 65010.040 Fones: (98) 3232 1208 / (98) 98899 8904 Site: www.sengema.com.br E-mail: senge_ma@ig.com.br
PRODUÇÃO E EDIÇÃO Jornalista responsável: Maria Regina Telles (DRT - 762/MA) Texto: Maria Regina Telles Revisão: Maria Regina Telles E-mail: mariareginatelles@gmail.com Diagramação: Domingos Marx
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