INTO THE MIRROR #1

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Vitória MendonçaFs Grind/ Foto: Diego Sarmento

INTO THE MIRROR: -FRAG MEN-TOS

DOCUMENTÁRIO INTO THE MIRROR PRODUZIDO POR PIPA SOUZA 2021.

Em determinado momento, entendendo que a jornada dos sonhos no skate não se concretizaria, Pipa voltou atrás de tudo o que tinha renunciado para poder se dedicar ao corre do skate. Em algum dia aleatório, decidiu que ia estudar e prestou o primeiro vestibular que viu pela frente e foi assim que o skate ficou em “segundo plano” e então Pipa começou a cursar publicidade e propaganda. Em todas as matérias e temas possíveis, Pipa sempre usou o skate feminino como ferramenta de estudo; e como consequência, quando chegado o momento do TCC sua escolha não foi diferente.

Enquanto passava pelo momento de escolha do tema do trabalho de conclusão de curso, aconteceu uma conversa determinante para que Pipa tomasse o rumo de construir um documentário sobre skate feminino brasileiro. Durante uma viagem em momento de descontração, jogando conversa fora, surgiram assuntos como Check it Out, ABSFE, Skate para Meninas e muitos outros assuntos relacionados ao skate feminino e sua trajetória dos anos 90 e 2000; e acabou percebendo que não havia conhecimento de alguns

pontos citados na conversa e isso lhe gerou inquietação, pois percebeu naquele instante que talvez nomes e movimentos importantes do skate feminino estivessem virando fantasma e que seria péssimo ver que as próximas gerações talvez corressem o risco de não saber quem foram Liza Araújo e Evelyn Leine, por exemplo. Foi assim que surgiu a ideia de fazer um documentário para entregar no seu TCC.

O start do projeto foi dado com pesquisas científicas e o processo de construção foi feito através de conversas mais aprofundadas sobre cada um dos assuntos escolhidos para serem abordados, escolha de elenco, contato com cada uma das participantes, organização de roteiro e por fim a captação. Foi um trabalho difícil porque cada uma mora em um canto do país e até mesmo no exterior e além disso, nem todo mundo tinha câmera ou alguém para grava-las, então esse documentário foi bem DIY mesmo, feito com as ferramentas que cada uma tinha disponível e com muita boa vontade de colaborar entre si, em prol de contar essas histórias.

FOTOS: Pipa Souza/ Anairam/ Larissa Cruvinel

Odocumentário

teve uma versão para o TCC (que diga-se de passagem foi nota 10), mas precisou esperar que a pandemia alcançasse a fase de vacinação, para garantir uma première segura para todos e uma comemoração merecida pelo skate feminino, afinal de contas, estamos falando do primeiro documentário de skate feminino do Brasil.

NO RM A

Norma Ibarra

@lapir0

Fotógrafa e skatista, 35 anos.

Artista multidisciplinar com foco na fotografia, vídeo, mountain bike e skate. O trabalho de Ibarra já foi publicado em revistas, editoriais, campanhas comerciais, exposições fotográficas e recentemente seu livro - “Para ti”.

Nascida em Hermosillo, Sonora, México; Norma, começou a andar de skate com 31 anos de idade e enquanto procurava seu equilíbrio, encontrou um lugar que sempre esteve procurando: uma comunidade de nômades, atletas, artistas e contadores de histórias visuais, unidos pelo amor ao skate.

A paixão de La Pir0 é fotografar as histórias menos conhecidas de skatistas e pessoas inspiradoras, por todo o mundo. Suas narrativas fotográficas unem skatistas de diversas origens para conecta-los com o mundo que os rodeia e contar histórias que expandem de forma independente a definição de “skatista”.

Norma, o que veio primeiro: o skate ou a fotografia?

Sou fotógrafa desde quando tinha uns 15 anos, que foi quando a minha mãe me presenteou uma câmera velha que era dela.

Há quanto tempo você está fotografando skate? Como isso começou?

Quando comecei a andar de skate, no outono de 2016, fiquei instantaneamente cativada pelos meus novos amigos skatistas e notei que não havia muita gente documentando minha nova comunidade, então eu vi necessidade de fazer isso. Além disso, tive duas lesões no tornozelo durante meus dois primeiros anos de skate, então foquei meu tempo de recuperação fotografando e foi assim que tudo começou.

Quando você começou na fotografia, qual era o seu setup de câmera?

Eu tinha uma Canon 60 e uma lente 50mm. Na época eu era babá e meus empregadores compraram para mim e eu os paguei com horas de serviço.

Além do skate, quais são as outras coisas que você gosta de fotografar?

Também faço mountain bike. Comecei no mountain bike desde 2011, então também gosto de fotografar isso. Eu acho que esse esporte influencia de verdade o meu estilo de fotografia. Também gosto de fazer retratos de analógica, filme 35mm.

Como você enxerga a representatividade de mulheres fotógrafas na indústria do skate? Há reconhecimento?

Eu amo que existem algumas de nós pelo mundo lutando por mais representatividade e apoio, mas também precisamos de mais nós e aliados, assim o movimento melhora e a gente consegue alcançar mudanças e equidade para todos.

“Em primeiro lugar, quanto mais você sair e fotografar, melhor e mais experiente você se tornará, não se preocupe com o equipamento”
Power slide: Itzel granados e Veronica Zamudio
Fs 50-50: Lesly Boneless: Citlali Garcia

Qual foi seu primeiro trabalho que recebeu reconhecimento na indústria do skate?

A primeira vez que fui publicada, foi no zine Skate Witches. Elas foram as primeiras a reconhecer o meu trabalho, então depois disso a Vans Europa me contratou pra fotografar uma viagem para a Indonésia com Fabi Delfino, Breana Geering, Una Farrar, Helena Long, Amy Ram, Shani Bru e Lucy Adams. Foi uma viagem da vida!

Como surgiu a ideia de publicar um livro? Fala pra gente sobre o seu livro intitulado “para ti”.

Acho que para muitos fotógrafos, publicar um livro autoral pode ser um sonho. Eu sempre pensei sobre fazer um livro de 10 anos, depois que eu completasse 10 anos andando de skate, mas quando a Vans se aproximou de mim para lançarmos um projeto, pensei em acender uma luz para a minha comunidade mexicana de skate e pensei que seria uma boa forma de retribuir. O skateboarding me deu muita coisa; amigos, lições e experiências de vida, então eu quis elevar a cena mexicana com isso.

“preocupe-se em se divertir, documentar histórias que você gosta”
Ollie: Itzel granados
Bs 50-50: Itzel Granados Pole
Bona
jam
Najera

Skatista: Bia Sodré/ Foto: Anairam

Skatista: Sam Navares/ Foto: desconhecido

Laura Dias @lauradiasl

“First Off The Roll and others”

PARA COLORIR - D.I.Y
Arte: Carolina Romero Canavarro/ @soseiquenadasei_33

SKATE NO VALE

- ENTREVISTA COLETIVO -
Heidi Nogueira Foto: Pipa Souza/ @PIPASOUZA

Vamos começar nossa interação com uma apresentação? O que é o Skate no Vale e quem são o Skate no Vale?

Somos um coletivo que tem como objetivo incentivar o skate no meio LGBTQIA+, através de encontros para a prática, movimentando uma cultura de diversidade e pautando esse tema nos ambientes convencionais do skate. Formado por pessoas com idades e tempos diferentes no skate, desde pessoas que já andam há mais de 10 anos e outras que começaram a praticar a partir dos nossos encontros.

Quão importante é a existência de um movimento de skatistas queers na cena do skate?

Pela a pratica do skate ser predominantemente realizada por homens cis e heterosexuais e por acontecer em espaços públicos, tradicionalmente o skate criou ambientes pouco seguros ou não convidativos para minorias, principalmente para mulheres e pessoas dissidentes em relação à orientação sexual ou identidade de gênero.

Acreditamos que esse encontro seja particularmente interessante em atividades que não são de reivindicação política diretamente, como em protestos e passeatas; mas os encontros como os do Skate no Vale, possibilitam, publicamente, a socialização –de maneira mais espontânea e fora de um registro de luta por sobrevivência – de grupos que foram historicamente “escondidos no armário”, aprisionados em espaços domésticos ou que tradicionalmente foram for-

çados a não se expressarem fora “de quatro paredes”. Sendo assim, isso de andar skate se torna uma atividade muito potente no sentido de fortalecimento coletivo e mesmo como possibilidade de aparição pública de maneira mais naturalizada no cenário da cidade. Estar coletivamente em público, se divertindo nos espaços da cidade, é importante para que nos fortaleçamos enquanto grupo, e é também didático para outras pessoas que ocupam a cidade e que não são necessariamente skatistas ou LGBTQIA+ .

Outro fato importante é o skate no vale tem reinventado a cena do skate em Belo Horizonte, os praticantes de mais tempo sabem como o skate se homogeneizou em termos de prática nos últimos anos, é quase sempre uma busca desenfreada por manobras com pop alto e saber muitas manobras. No coletivo vemos muita gente querendo aprender outras manobras e simplesmente se divertindo no skate, acaba que o freestyle e também outros usos criativos da rua tem se tornado uma marca nos encontros do skate no vale.

Quais são os principais objetivos do coletivo Skate no Vale?

Envolver cada vez mais pessoas, tornar o ambiente de skate de fato diverso. Promover o encontro entre pessoas com distintas vivências no skate, mas que compartilham a experiência de ser queer e acreditam na urgência de ser articulado cada vez mais coletivos e projetos de apoio direto à nossa comunidade no skate. Acreditamos intensamente na neces-

sidade de reafirmar a nossa existência dentro do role, pela dissociação do skate a estereótipos que se prestam a dizer quem pode e deve andar de skate. Existe um corpo mais apropriado ao skate?

- Se estes limites nos foram impostos estamos aqui para desconstruí-los.

Quando vocês começaram o coletivo, já tinha alguma referência de movimentos queer no skate? Quais são as inspirações de vocês? No Brasil não conhecíamos, mas o projeto Unity Skateboarding (coletivo queer dos EUA) é uma referência incrível que inclusive foi uma das motivações do Skate no Vale. No geral encontramos outros vários coletivos pelo mundo ou perfis de pessoas com iniciativa como essa.

Como costuma ser a relação do mercado do skate com a cena queer? É uma relação difícil pois são poucas as marcas que carregam uma estética que se correlaciona com a identidade queer, então até consumir às vezes se torna um problema. Existem marcas que já demonstraram interesse em apoiar o nosso projeto, mas ainda não articulamos nada. No geral, em contexto de evento maior, ao dialogarmos com marcas locais sobre o nosso projeto, tivemos um apoio muito grande de lojas ou até marcas maiores enviando peças e vestuário para o gayme, best trick etc. No geral, já vimos marcas internacionais apoiando a cena queer, a gente se pergunta se são marcas que tem no seu histórico um certo envolvimento com causas feministas e queer no geral, ou se estão surfando na onda

do momento. Difícil afirmar essas coisas… no final das contas, o que é mais lindo de se ver são as marcas surgindo de dentro dos próprios coletivos feministas e queer, acreditamos que seria essa uma maneira mais legítima de inserção no mercado.

Dentro do seu lugar de fala, quais expectativas você tem para o futuro dos skatistas queers brasileiros? Que sintamos cada vez mais a vontade de andar de skate onde qualquer pessoa poderia andar, pode ser marretando ou simplesmente se divertindo de maneira criativa. Que possamos ser percebidos enquanto pessoas e não como o errado ou o exótico. Que não seja necessário ter sempre de se reafirmar para ter a existência respeitada. Que possamos frequentar uma sessão sem medo de ter que lidar com comentários ofensivos. Que o skate seja dissociado de um visual ou comportamento que não representa a diversidade. Que mais coletivos surjam pelo mundo e que tenhamos cada vez mais pessoas queers envolvidas no skate. Que tomemos cada vez mais as ruas e os espaços da cidade, com segurança, diversão, trocas de experiências, manobras e anti manobras, tudo mais…

A comunidade do skate sempre prega que a essência do movimento do skate é a liberdade, união, inclusão; mas o discurso parece cair por terra quando se deparam com mulheres, gays, pessoas trans e etc andando de skate, porque em vez de acolhimento, muitas vezes o que vemos é show de homofobia, transfobia, misoginia e por aí vai...

Fotos: Pipa Souza/ @PIPASOUZA - Anairam de Leon/ @ANAIRAMDELEON

Quão urgente é a necessidade da comunidade entender que o skate é plural e diverso?

Extremamente urgente, primeiro porque pessoas queer tem cada vez mais botado a cara pra jogo então a sociedade em si tem mudado; segundo porque o skate sempre foi uma contra-cultura apesar de haver uma homogenização de praticantes, em grande maioria homens cis héteros, mas sempre houve uma vontade de ir na contra-mão do sistema vigente; terceiro quanto mais pessoas acolhidas mais visibilidade pro esporte e mais espaços pra prática, é bom pra saúde mental, é bom pra saúde, pra economia, é um arco-íris de consequências boas.

Só que o que vemos é que muitas pessoas envolvidas no skate costumam argumentar que são abertas e não preconceituosas, mas acreditamos que são questões muito mais profundas que precisam ser discutidas e colocadas em prática cotidianamente, uma vez que ainda vemos as pessoas tratando skatistas sempre no masculino “rapaziada”, sem paciência para iniciantes em pista, ou quando já esperam que você não vai conseguir andar muito bem, ou que não vai evoluir muito por ser mulher, gay, trans, não-binárie etc, sem contar que andar “muito bem” nem sempre é o objetivo das pessoas.

O debate da representatividade LGBTQIA+ no skate tem ganhado cada vez mais força atualmente: skatistas com reconhecimento “saindo do armário”, entrevistas em vídeo ou podcasts, e vários outros coletivos

pelo mundo estão levantando essa discussão que é muito essencial.

Participar de um rolê excludente (majoritariamente hetero, homem, cis) é o que nos fez questionar a ausência de espaços e grupos que sejam diversos e acolhedores. É o momento de nos percebermos enquanto pessoas que estão afim de uma prática, para além da imagem que ela carrega, mas pela identificação com o skate e como muitas vezes negamos essa vontade a nós mesmes por não percebermos que não ter a liberdade de andar de skate seria a reafirmação do status construído socialmente para o que é “ser skatista”.

Sempre foi urgente a necessidade de toda a comunidade skatista entender que o skate essencialmente é plural e diverso. É um desejo enorme que possamos nos envolver em projetos, ou promover algumas ações articulando nossa proposta com outros coletivos, acreditamos que as ações possam ser uma maneira de compartilharmos o nosso desejo de tornar o skate uma prática acessível, ainda que as pessoas que são LGBTQIA+ no skate se sintam sozinhas e em lugares distantes, quando nos articulamos percebemos o potencial no encontro de muitas experiências em comum, e isso aumenta o nosso desejo de movimentar e envolver cada vez mais pessoas do nosso espectro no skate, até que o skate seja dissociado de um determinado perfil que não nos representa, o skate nos ensina muito, mas neste tipo de situação sentimos que estamos colaborando com o skate também.

L: Lésbicas

Mulheres que sentem atração sexual e afetiva por outras mulheres.

G: Gays

Homens que sentem atração sexual e afetiva por outros homens.

B: Bissexuais

Pessoas que sentem atração sexual e afetiva por homens e mulheres.

T: Transexuais, Transgêneros, Travestis

Esse termo é referente à identidade de gênero e não à sexualidade, pois remete à pessoa que possui uma identidade de gênero diferente do sexo designado no nascimento.

Q: Queer

Apesar do termo já ter sido usado de maneira pejorativa, houve uma ressignificação da palavra. O termo abrange pessoas que não são exclusivamente heterossexuais e cisgêneros. A expressão queer também é utilizada para descrever identidades e expressões de gênero que vão além dos binarismos “homem e mulher”, “homossexual e heterossexual”.

I: Intersexuais

São pessoas que, congenitamente, não se encaixam no binário conhecido como sexo feminino e sexo masculino, em questões de hormônios, genitais, cromossomos, e/ou outras características biológicas.

A: assexual

Pessoas que não possuem interesse sexual. Por vezes, esse grupo pode ser também arromântico ou não.

+: MAIS

O mais serve para abranger as demais pessoas da bandeira e a pluralidade de orientações sexuais e variações de gênero.

ENTREVISTA: INTO THE MIRROR

VITóRIA MENDONçA

BS ROCKSLIDE FOTO: DIEGO SARMENTO #NY - 2022

ra quem não te conhece, se apresente.

Me chamo Vitória Mendonça, tenho 23 anos, sou natural do Errejota (RJ) e ando de skate.

Como foi o processo de execução do projeto “for us all”, vídeo parte que saiu na Thrasher em março desse ano? Tu escolheu um som icônico, convidou amigos e finalizou com heel crooked.

CABREIRA!

Foi um processo e tanto. Recebi o convite do Cole Mathews que trabalha na Thrasher Magazine durante a pandemia e quando li a mensagem não acreditei. Liguei para o Diego Sarmento em seguida e contei a notícia e a partir dali começamos a fazer o plano: arrumar um filmmer, pensar nos picos, na música… Foi meio complicado porque estávamos no meio da pandemia, rolou aquele medo de me machucar e ir parar num hospital, essa época estava ruim de grana também, mas começamos com o que tinha: a vontade de fazer. Acabou que as coisas foram fluindo de um jeito muito maneiro, nessa época eu estava de flow na Element, e veio a oportunidade de entrar pro time. O

Rasta (Marcos de Souza) topou entrar de cabeça nessa com a gente e meus amigos que estão no vídeo toparam fazer parte do projeto, o que me deixou muito feliz! Em 2021 quando abriu as fronteiras para viajar, a Element me levou para fora. A música eu já tinha em mente há um bom tempo, então era mais filmar mesmo. Quando veio a notícia que a gente tinha conseguido o direito da música “mulher do fim do mundo” da Elza Soares, fiquei emocionada, porque sempre senti muita conexão com essa música e nessa época de fato estávamos vivendo o que parecia ser o fim do mundo, foi uma época muito difícil para todos…

Logo no começo desse ano, um pouco antes da premier de “For Us All” veio a notícia de que Elza Soares tinha nos deixado. Fiquei muito triste, eu sempre quis ir no show dela, mas não tive a oportunidade. Me sinto muito grata por ela e a equipe terem autorizado o uso da música no projeto, desejo que todas as pessoas que assistirem “For us All” sinta a presença forte dela, assim como eu sinto toda vez que escuto essa música!

P

Sua trajetória esse ano foi icônica. Chegou a ser premiada como inspiração do ano por isso. Conta aí como tem sido receber esse reconhecimento?

Fiquei muito feliz quando recebi a notícia, eu não pude estar presente no dia porque estava em Las Vegas participando do Street League, mas minha mãe, meu irmão e minha cunhada estavam lá para me representar. Foi muito massa ter recebido essa homenagem, às vezes a gente só vai plantando, e nem pensa muito em colher os frutos, daí quando vem e vemos que nossos esforços estão sendo recompensados é foda, dá mó gás pra continuar sonhando!

Em sua grande maioria, as skatistas constroem suas carreiras e consolidam seus nomes através de campeonatos. Você optou por fazer essa caminhada gravando vídeo parte nas ruas. Quais foram os desafios encontrados nesse caminho que você resolveu seguir?

É bem diferente, há alguns anos eu estive mais focada em campeonatos, hoje em dia ainda participo de alguns que acho legais, mas estou mais no foco de

filmar, de estar nas ruas…Tem o lance da grana, e visibilidade, não tem nem comparação o tanto que alguém que está nas cabeças nos campeonatos ganha com quem está nas ruas filmando, mas nunca foi sobre isso, então prefiro estar feliz comigo mesma andando no que me sinto confortável.

Você passou uma temporada entre Europa e Estados Unidos esse ano. Andou em picos conhecidos mundialmente e também esteve em algumas etapas do SLS. Você sente que ter vivenciado esses rolés amadureceu mais o seu skate e a sua cabeça? Você sente alguma mudança?

Sim, esse ano foi loucura (rs), passei mais tempo viajando do que em casa se for ver, mas foi incrível, pratiquei mais o inglês, evoluí meu skate, conheci pessoas maravilhosas e aprendi a importância de estar sozinha também.

O model sai quando?

Isso aí eu ainda não sei, mas estou trabalhando para ser logo!

FS 50-50 / FOTO: DIEGO SARMENTO FS FEEBLE / FOTO: DIEGO SARMENTO

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