VIAGEM EXPLORATÓRIA – 2019
CADERNO DE VIAGEM ANOTAÇÕES, REFLEXÕES E OLHARES
Copyribht © 2018 by EEEFM “Clóvis Borges Miguel” Este material didático ou parte dele não pode ser reproduzido por qualquer meio sem autorização escrita da EEEFM ”Clóvis Borges Miguel” Secretaria Estadual de Educação do Espírito Santo EEEEFM “Clóvis Borges Miguel” Diretora escolar: Elaíse Soneghetti Pedagogas: Salete Hespanha Cristina Dabaghian Coordenação de Turno: Wesley Ribeiro Karina de Alencar Julio Cesar Sousa Almeida Genilza Lemos Soares Stefhanini Elaboração deste material: Cássio Liberato Luciana Marquesini Vinícius Carneiro Juliana Quintela Professores mediadores durante a viagem: Cássio Liberato Luciana Marquesini Juliana Quintela Maria Beatriz Gonçalves do Carmo Vinícius Carneiro Diagramação: Cássio Neto Liberato Edição e Impressão: d7 livros
A verdadeira arte de viajar... A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo. Não importa compromissos, as estejam ali...
que os obrigações,
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando! Mario Quintana
Alberto da Veiga Guignard pintando em Ouro Preto
PARTIU! Você acaba de embarcar em uma viagem que sairá do Espírito Santo com destino as Minas Gerais. Sua rota inclui três cidades e muitas histórias. Uma viagem que foi preparada com muito carinho. Este é o seu caderno de viagem. Cadernos de viagens são grandes companheiros. O caderno de viagem é um meio de expressão que você mesmo cria. Este caderno vai acompanhar você nessa aventura exploratória. Nossa viagem começa no Serra Sede - ES e segue para a cidade de Brumadinho – MG, onde visitaremos o Instituto Inhotim que é a sede de um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil e considerado o maior museu a céu aberto do mundo, depois visitaremos a Cidades de Ouro Preto e Mariana – MG, cidades estas que guardam um conjunto arquitetônico, histórico e artístico inigualável. É importante perceber que uma experiência como esta, não sobrevive apenas com a memória do que foi visto e ouvido. Há que se manter um olhar atento, crítico e curioso em cada passo dado nestas cidades tão magníficas.
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Aqui está seu caderno de viagem, você só tem uma coisa a fazer: criar. Mas criar sem nenhum filtro. Estamos falando de um diário de memórias, portanto o conteúdo que você colocará aqui dentro vem do que você sente, pensa, gosta e desgosta. Deixe os sentimentos te levarem: inunde as páginas com emoções, impressões vivenciadas e reflexões, a partir de indagações e desafios apresentados. Essas páginas são todas suas. Desejamos a todos uma excelente jornada, na expectativa que seremos melhores ao final deste ciclo, por entendermos um pouco mais sobre nós, nosso passado e nosso tempo, festejando o ser humano em seu espaço geográfico, histórico, social e artístico. Afinal, como escreveu Santo Agostinho: Que é viajar? Eu respondo com uma palavra: é avançar! Experimentais isto em ti Que nunca te satisfaças com aquilo que és Para que sejas um dia aquilo que ainda não és. Avança sempre! Não fiques parado no caminho.
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Uma grande experiência está por vir. Falta pouco! Você não vê a hora dela chegar, de ficar longe da escola e da rotina, de relaxar e aproveitar. Muitos planos foram feitos, nada pode dar errado, afinal de contas tudo está muito bem planejado. Nossa Viagem Exploratória está se iniciando, você vai descobrir novas perspectivas, novas pessoas, muitos outros costumes e enriquecer seu conhecimento cultural e pessoal.
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Sempre coloque a data em cada registro do diário!
Junte alguns pequenos itens: canhotos de bilhetes, cartões de restaurantes, coisas que tenham apelo visual e que serão bons itens de recordação. Cole esses pequenos itens enquanto prossegue em sua viagem ou deixe algum espaço para adicioná-los em seu diário depois
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Separe um tempo para fazer suas anotações. Depois você pode adicionar outros detalhes e colar em seu diário alguns itens, quando tiver algum tempo de sobra ao longo do dia ou quando retornar de sua viagem.
Tenha em mente que os detalhes desaparecem rapidamente, portanto, não espere para escrever sobre eventos importantes, conversas, paisagens, informações de contato das pessoas que conheceu e anotações gerais sobre outras coisas que ainda deseja fazer ou se lembrar. Sim, fazer isso demanda algum tempo fora das visitas de nossa Viagem Exploratória, mas isso tornará sua experiência ainda mais significativa. - 12 -
8 dicas 1
COLOQUE O CELULAR NA MAIOR RESOLUÇÃO
É normal que câmeras de celular tenham três tipos de resolução: baixa, média e alta. Sempre escolha a alta, que proporcionam uma melhor resolução
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LIMPE A LENTE DO CELULAR
Nós deixamos o celular em todos os lugares e isso pode sujar a lente. E é claro que a lente suja prejudica a qualidade da foto.
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USE A LUZ A SEU FAVOR
A luz é um dos principais fatores que faz a foto de celular ficar com uma boa qualidade. Prefira ambientes claros e sempre fique de frente para a luz.
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NÃO USE O ZOOM
Os celulares na grande maioria das vezes possuem apenas o zoom digital, e quando mais usado pior a qualidade da foto. Sem contar que fotos com zoom costumam sair tremidas.
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NÃO USE FILTROS DEMAIS
Os filtros existem para melhorarem as fotos, mas quando usados demais o efeito é reverso
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NÃO USE O FLASH
Caso o ambiente esteja com boa luz, não é necessário o uso do flash. Mas caso o ambiente esteja escuro, fotos feitas por celulares ficarão ruins.
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ENQUADRAMENTO
Utilize a Regra dos Terços. Divida a tela em 9 quadros iguais, e partir daí, coloque o ponto mais importante da foto em uma das quatro pontas do quadro central. Hoje a maioria dos celulares vem com essa opção.
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FAÇA VÁRIAS FOTOS
Sempre tire mais de uma foto, de ângulos diferentes e depois escolha a melhor. O bom das fotos digitais é isso, pode ser feito quantas vezes for necessário.
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Você acaba de chegar no INHOTIM; desceu do ônibus, saiu e, quando virou a esquina, deu de cara com o maior museu de arte a céu aberto do mundo !! Que obras são estas?
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É um desafio definir este espaço vasto, coberto por matas, jardins e obras de arte, localizado no centro do Brasil. Suas paisagens singulares e icônicas são possivelmente sua melhor síntese: jardins ricos em espécies, obras de arte contemporânea exibidas ao ar livre e em galerias em que a arquitetura dialoga com os trabalhos artísticos, atividades de educação e programas públicos que conferem escala, forma, cor e vida à paisagem e à experiência no Inhotim. Um dos aspectos que tornam o Inhotim um museu especial é o fato de que muitos dos artistas que têm trabalhos instalados permanentemente no Instituto se inspiraram em suas paisagens para a criação ou adaptação das Trabalho do artista Vik Muniz foi exposto na mostra do Inhotim, em Washington
obras de arte.
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Convidamos você a fazer um conjunto de exercícios de onde o foco é a atenção, para que você seja estimulado a se lançar na investigação das relações afetivas com a arte. - 17 -
O que devo fazer ?
Até o encontro, há um caminho a ser percorrido. Observar seus passos, suas escolhas, o que está à sua volta. Deixar-se fisgar pela obra.
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QUAL É SUA OBRA ESCOLHIDA?
IDENTIFICAÇÂO DA OBRA:
Produza uma fotografia de sua obra escolhida e cole neste local. - 20 -
Registrar a experiência ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________
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Fazer anotações livres com base na experiência que você teve com a obra.
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ENEM 2016 Q114
A origem da obra de arte (2002) é uma instalação seminal na obra de Marilá Dardot. Apresentada originalmente em sua primeira exposição individual, no Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte, a obra constitui um convite para a interação do espectador, instigado a compor palavras e sentenças e a distribuí-las pelo campo. Cada letra tem o feitio de um vaso de cerâmica (ou será o contrário?) e, à disposição do espectador, encontram-se utensílios de plantio, terra e sementes. Para abrigar a obra e servir de ponto de partida para a criação dos textos, foi construído um pequeno galpão, evocando uma estufa ou um ateliê de jardinagem. As 1500 letras-vaso foram produzidas pela cerâmica que funciona no Instituto Inhotim, em Minas Gerais, num processo que durou vários meses e contou com a participação de dezenas de mulheres das comunidades do entorno. Plantar palavras, semear ideias é o que nos propõe o trabalho. No contexto de Inhotim, onde natureza e arte dialogam de maneira privilegiada, esta proposição se torna, de certa maneira, mais perto da possibilidade. Disponível em: www.inhotim.org.br. Acesso em: 22 maio 2013 (adaptado)
“A origem da obra de arte (2002)” nos instiga a refletir sobre nossos sentimentos mais profundos. Utilizando as letras recebidas, reproduza, no gramado fictício da pagina seguinte sua experiência em Inhotim.
Que esta ação seja oportunidade para um - 23 encontro consigo mesmo !
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O artista Cildo Meireles investigava mecanismos de circulação e concebeu dois projetos que foram exibidos pela primeira vez na exposição "Information" no Museu de Arte Moderna de Nova York, em 1970: "Inserções em circuitos ideológicos 1- Projeto Coca-Cola e 2- Projeto cédula". Ambos consistiam em gravar informações nos objetos de grande circulação e depois devolvê-los ao circuito, propagando as mensagens a um público amplo e de grande alcance.
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DECALQUE DE FOLHAS
Segundo o site de Inhotim, há cerca de 4.200 espécies de plantas no Jardim Botânico, o que confere ao Instituto Inhotim uma curiosidade: é o Jardim Botânico com a maior diversidade de espécies de plantas vivas no Brasil!
Técnica conhecida e fácil para desenhos criativos
Os decalques de folhas são projetos de arte fáceis. Tudo o que você tem a fazer é mover o giz de cera para trás e para frente. E depois, quase como mágica, o objeto aparece. MATERIAIS: Papel para desenhar Folhas de plantas Lápis ou giz de cera COMO FAZER DECALQUE DE FOLHAS: Coloque o pedaço de papel em cima de algumas folhas. Esfregue o giz de cera para frente e para trás para marcar as texturas das folhas. Dica: Use essa técnica para experimentar outras texturas. Use papel e giz de cera fazer o decalque de vários tipos de superfícies ao redor da sua casa – como pisos de madeira, telhas ou quadros de avisos. Em sua jornada no Inhotim você irá de deparar com uma infinidade de espécies vegetais. Utilizando a folha de papel colorida recebida e o lápis, recolha algumas folhas caidas ao chão e produza um declaque registrando essa sua experiência.
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ILUSTRAÇÃO BOTÂNICA É uma ilustração científica, voltada ao reino vegetal, ou seja, é o desenho científico das plantas. Pode ser em preto e branco ou colorido. Escolha uma espécie vegetal e, no espaço abaixo procure representar aquilo que seus olhos veem.
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Agora, depois de um dia intenso, uma informação que não pode ser jamais esquecida em relação ao Instituto Inhotim é que ele está localizado em Brumadinho, cidade que foi devastada pelo rompimento da barragem de rejeitos de mineração da Vale no início deste ano. Quando falamos que “uma cidade foi devastada”, não falamos apenas de aspectos físicos, ou seja, não estamos falando apenas de um lugar apenas geográfico, mas, principalmente, do que atribui significado a esse espaço, do que o transforma em uma cidade, ou seja, seres humanos que nele habitam. Nesse contexto, retomo o filósofo e sociólogo alemão, Teodor Adorno. Em seu texto Crítica cultural e sociedade, escrito em 1949, afirma: “A crítica cultural encontra-se diante do último estágio da dialética entre cultura e barbárie: escrever um poema após Auschwitz é um ato bárbaro, e isso corrói até mesmo o conhecimento de por que hoje se tornou impossível escrever poemas” (Adorno, 1998, p. 26.). Adorno assim se posiciona quando começam a surgir textos ficionais e poéticos tomando a experiência de Holocausto, que mais tarde foram chamados pelos pesquisadores de Literatura de Testemunho. Para ele, a poesia que se articula com o real dos campos de concentração era algo impossível. A representação estética do Holocausto, portanto, passa a ser vista como problemática, pois, após Auschwitz, a arte tem o desafio de lutar contra o - 28 -
esquecimento, lutando igualmente pela não repetição e pela rememoração do fato, mas não permitindo que a lembrança do horror seja banalizada, tornando-se apenas um produto a ser consumido. O debate levantado por Adorno sobre Auschwitz contribuiu não só para o estudo do tema propriamente dito, como também para a reflexão sobre o significado e a importância da arte no século XX e a relação entre estética e ética. Adorno aborda a poesia, mas talvez possamos tratar essa questão de forma mais ampla.
Como continuar estudando, viajando, lendo, enfim, como continuar desenvolvendo atividades relacionadas ao desenvolvimento cultural da nossa sociedade sabendo que talvez tudo possa novamente terminar em “novos holocaustos”? As formas de expressão de arte podem ser desenvolvidas não apenas pelo caráter estético, mas também e, sobretudo, como forma de resistência? A arte é um ato político?
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Mais do que proposições teóricas, seu desafio, agora, é representar esteticamente, por meio de um poema, a trajédia em Brumadinho que interrompeu vidas, sonhos, memórias, cultura etc. de uma comunidade. Pergunte-se antes de começar:
Como, por meio da escrita literária, não deixar que trajédias como essas sejam apagadas?
Como fazer da caneta uma “arma” contra a alienação e a repetição de novas trajédias?
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Avaliamdo meu dia... Como foi viver esta experiĂŞncia hoje?
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OURO NEGRO! Prepare-se! Você está prestes a ouvir a “voz irreprimível dos fantasmas” que estão presentes em cada pedra, em cada muro, em cada igreja, em cada monumento, em cada rua, em cada ladeira, em cada casarão, em cada ponte da cidade de Ouro Preto. Portanto, aconselho manter-se, em cada lugar por onde passar, em silêncio por um minuto, somente por um minuto, para ouvi-los... É só isso que desejam. Se assim fizer, você poderá continuar andando livremente pela cidade. Caso contrário, você poderá sofrer graves consequências... Você poderá ficar preso a uma história que não é a sua, que não constitui, de fato, o seu processo de produção identitária... E nada mais aterrorizante do que ser privado de liberdade!
Trocando “figurinhas”, colecionado memórias.
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Cecília Meireles não só parou e ouviu a “voz irreprimível década de 1940, para documentar os eventos e festejos dos fantasmas” quando esteve em Ouro Preto, na da Semana Santa, como escreveu o livro de poemas intitulado Romanceiro da Inconfidência. Na obra, reescreveu de forma poética os episódios marcantes da Inconfidência Mineira. Nesse exercício de recomposição dos eventos principais da Inconfidência, destacando o martírio de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, personagem principal da obra, a autora reconstrói e legitima no aspecto discursivo e histórico a multiplicidade da cultura negra, ressignificando o negro como parte constitutiva de nossa história, história na qual foram submetidos a um violento processo de silenciamento e apagamento. Se a Inconfidência Mineira não tinha como intenção a libertação dos negros - uma vez que se caracterizou como um movimento da elite mineira, principalmente das cidades de Vila Rica, atual Ouro Preto, e da Comarca Rio das Mortes, hoje São João delRei, que se mobilizou para combater a intensificação do controle fiscal exercido pela Coroa Portuguesa e implantar a república no Brasil -, Cecília Meireles, ao retomar o passado histórico, dedica, em sua obra, poemas-romances aos negros, a Chico Rei, a Santa Efigênia do Alto da Cruz de Ouro Preto, a Santa Negra, a Chica da Silva, dentre outras alteridades que transitaram pelas ruas, ladeira, vielas e esquinas da cidade de Ouro Preto e que, muitas vezes, não circulam nas narrativas hegemônicas. Já se ouve cantar o negro, mas inda vem longe o dia. Será pela estrela d'alva, com seus raios de alegria? Será por algum diamante a arder, na aurora tão fria? Já se ouve cantar o negro, pela agreste imensidão. Seus donos estão dormindo: quem sabe o que sonharão! Mas os feitores espiam, - 34 -
de olhos pregados no chão. Já se ouve cantar o negro. Que saudade, pela serra! Os corpos, naquelas águas, - as almas, por longe terra. Em cada vida de escravo, que surda, perdida guerra! Já se ouve cantar o negro. Por onde se encontrarão essas estrelas sem jaça que livram da escravidão, pedras que, melhor que os homens, trazem luz no coração? Já se ouve cantar o negro. Chora neblina, a alvorada. Pedra miúda não vale: liberdade é pedra grada... (A terra toda mexida, a água toda revirada... Deus do céu, como é possível penar tanto e não ter nada!) Romance VII ou do negro nas catas
Nessa perspectiva, merece registro o “Romance VII ou do negro nas catas”, que aborda as condições degradantes de trabalho nas minas e que integra o referido Romanceiro da Inconfidência. Reflita por meio de um mapa mental sobre os movimentos de resistência negra que se dão atualmente – os movimentos de resistência negra se fez presente em toda a história do país, passando pelo período colonial, póscolonial e pelo contexto contemporâneo -, que se articulam em expressões estéticas urbanas, tais como rap, funk, literatura periférica, slam, grafite, pichação, break, passinho, samba, etc.
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Na senzala da Casa dos Contos, estão expostos objetos e documentos históricos dos Séculos XVIII e XIX, pertencentes à coleção do antiquarista José Lucas Toledo, incluindo objetos de tortura de escravos, testemunhos materiais de um período que não se deve esquecer.
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Ouro Preto foi uma das regiões mais ricas do mundo em ouro durante o século XVIII. No entanto, essa riqueza não se traduziu na erradicação da pobreza na cidade. Tire uma foto que represente a ostentação custeada pelo ouro da minas e outra que retrate a miséria que ainda persiste na região. Cole nos espaços abaixo.
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“Querer ser livre é também quer livre os outros.” Simone de Beauvoir
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Os espaços que estamos visitando propõem uma visão positiva do ciclo do ouro, mas deixam de lado muitos atores sociais que estiveram presentes nesse processo. No Brasil há uma tendência a não patrimonializar o legado africano e indígena. Durante seu “rolê” em Ouro Preto busque registrar elementos e influências que remetam à presença do indígena, do portugês e do negro na formação da cidade e do Brasil
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A grandiosidade cultural e econômica de Ouro Preto no século XVIII transformou a cidade na jóia da coroa portuguesa no Brasil. Tire uma fotografia que retrate esse período monárquico em nosso país.
“Pedras no caminho? Eu guardo todas. Um dia vou construir um castelo.” Nemo Nox
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A cidade de Ouro Preto também foi palco do Arcadismo, estética literária que surge na Europa no século XVIII. Nesse período, estudantes brasileiros, filhos de famílias que enriqueceram com a mineração, voltavam de seus estudos na metrópole tomados pelas ideias iluministas e pela poesia árcade. Em um contexto colonial marcado pela febre do ouro, por relações escravistas e pelo desenvolvimento urbano, os poetas árcades voltaram a cultivar, em sua literatura, uma vida simples, o retorno ao campo e o desprezo ao desnecessário da cidade. Essa postura está relacionada às ideias Iluministas – movimento calcado nas ciências, na razão e no progresso – e pela crítica dos burgueses aos abusos praticados pela nobreza e o clero. Esse movimento literário se opôs aos exageros cultistas e conceptistas do Barroco. Estudar os poetas líricos árcades do nosso país significa entrar em contato com o início, ainda que tímido, de uma expressão literária nacional. Também significa entrar em contato com algumas pessoas que ajudaram a pensar e a organizar a Inconfidência Mineira. Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Inácio José de Alvarenga Peixoto compuseram o grupo intelectual ligado aos ideais do Arcadismo no Brasil que participaram da Inconfidência Mineira. Claudio Manoel da Costa, inclusive, foi preso junto com outros inconfidentes por participação no movimento e morreu na prisão. Sua morte foi dada oficialmente como suicídio. Segundo o povo da época, os sinos das igrejas da cidade de Ouro Preto não badalaram para anunciar a morte do poeta, uma vez que, para a igreja católica, o suicídio é considerado pecado. - 46 -
Em Ouro Preto há o Chafariz do Lardo de Marília. Uma fonte pública de água potável que além de abastecer a cidade no período colonial – lugar onde os negros escravizados iam buscar água para seus senhores - também serviu de cenário para o sofrimento amoroso de Marília, musa árcade cantada no poema Marília de Dirceu, do poeta inconfidente Tomás Antônio Gonzaga. Essa é uma obra poética árcade em que o poeta relata seu amor por Maria Joaquina Doroteia de Seixas Brandão, a mulher por quem estava apaixonado e com quem pretendia se casar. Mas os planos de casar-se com a mulher amada foram bruscamente interrompidos em 1789 quando Gonzaga foi preso, acusado de fazer parte da Inconfidência Mineira. Posteriormente foi exilado na condição de degradado para Moçambique, na África. Sem poder voltar para Ouro Preto e casar-se com Maria Joaquina, Gonzaga acaba trabalhando e casando-se com outra mulher no continente africano. Ele morre em Moçambique, no ano de 1810. Nessa fonte, se você olhar fixadamente para uma das carrancas (duas femininas e duas masculinas) e chamar por “Marília” três vezes, é possível ouvir a voz do poeta Tomás Antônio Gonzaga, que anda pela rua, pela igreja e pela ponte declamando versos para a sua amada:
Agora, convoco você a unir estas duas pontas: o projeto literário do Arcadismo brasileiro e a sociedade contemporânea, marcada pelo consumo. Para isso, apresento-lhe o projeto All I Onw, da fotógrafa sueca Sannah Kvist. Ela propôs a jovens nascidos nos anos 1980 que reunissem seus pertencem e compusessem com eles “esculturas” para serem registradas com suas câmeras. As imagens tinham como proposta nos fazer refletir sobre o que é realmente para vivermos. Você pode encontrar mais informações sobre esse trabalho da - 47 -
fotógrafa no site: http://misturaurbana.com/2012/08/all-i-own-por-sannakvist/
Você também deve ler a obra de Cláudio Manoel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga, que também pode ser encontrada na internet. Sugiro a leitura de Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga, que você encontra no site: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000036.pdf, e dos sonetos de Cláudio Manoel da Costa, que você encontra no site: http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/conte udo/ClaudioManoeldaCosta/Poemas.htm
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Inspirados pelo sussurro dos versos árcades que ecoam em cada esquina da cidade, pelo trabalho da fotógrafa sueca Sannah Kvist (2012) e por suas reflexões sobre a sociedade de consumo contemporânea, proponho o seguinte desafio: fazer um registro sobre o seguinte tema:
Tudo de que eu não preciso. Separe, entre seus pertences que trouxe para a viagem, aqueles que você considera supérfluo, não essenciais ao seu cotidiano. Faça com esses objetos uma composição em algum espaço também significativo para você e fotografe. Faça um parágrafo explicando suas escolhas e reflexões suscitadas pela imagem.
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Avaliando meu dia... Como foi viver esta experiĂŞncia hoje? Que aprendizados eu tiro deste dia?
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Em Ouro Preto, os templos sagrados estão espalhados por toda a cidade. Isso já nos sugere uma estreita relação existente entre a religiosidade e a vida no período colonial, bem como uma ideia de subordinação da população perante a religião. Nesse período, até as igrejas refletiam a hierarquia social. Havia uma forte distinção entre as irmandades dos ricos e suas igrejas e a dos pobres e escravos e a localização delas era um fator de discernimento entre ambas. Enquanto a dos ricos era bem localizada, próxima às áreas centrais, a dos pobres, geralmente, ficava em locais afastados e de difícil acesso, como montanhas. Além disso, outro fator de discriminação era a imponência do edifício – tanto interna quanto externa. Hoje, séculos depois, as igrejas permanecem tendo sua importância e configuram-se, atualmente, como local. de visitação. ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ - 53 -
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Nestes espaços “sagrados” o quê mais chama atenção aos nossos olhos?
Ofuscar os sentidos. Afirmar o esplendor divino. Conquistar a alma e a imaginação com a exuberância da fé. Maravilhar. Extasiar. Ao recomendar novas diretrizes estéticas à Arte, os cardeais reunidos na última sessão do 19° Concílio Ecumênico da Igreja Católica Romana, em 1563, na cidade de Trento, na Itália, não estavam brincando. O Vaticano precisava reagir à expansão da Reforma protestante na Europa, iniciada por Lutero, na Alemanha, em 1517. O barroco - termo derivado da palavra espanhola barueco, que significa pérola irregular – foi um dos principais instrumentos de propaganda do movimento da Contra-Reforma. A Igreja queria parecer moderna e não ultrapassada. A pompa e a exuberância barrocas quebravam a línearídade e a rigidez dos estilos vigentes, o renascentísta, harmônico e equilibrado, e o maneirista, superficial e artífícíoso. E impressionavam! Daí o seu apego à curva, ao movimento, ao drama, à decoração opulenta e, paradoxalmente, em se tratando de uma arte religiosa , à sensualidade.
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Nem tudo que parece é! Cada cena ou objeto no barroco Mineiro, está repleto de simbolismos e ideologias. Pesquise, indague, construa informações a respeito das representações simbólicas a seguir.
Conchas
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Senhor, não mereço isto. Não creio em vós para vos amar. Trouxeste-me a São Francisco e me fazeis vosso escravo. Não entrarei, senhor, no templo, seu frontispício me basta. Vossas flores e querubins são matéria de muito amar. Mas entro e, senhor, me perco na rósea nave triunfal. Por que tanto baixar o céu? por que esta nova cilada? Senhor, os púlpitos mudos Entretanto me sorriem. Mais do que vossa igreja, esta Sabe a voz de me embalar. Perdão, Senhor, por não amar-vos.
(Carlos Drummond de Andrade, 1979)
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A cidade de Ouro Preto, entre muitas coisas, encanta pela quantidade e beleza de suas igrejas. Mas mais que artefatos arquitetônicos e artísticos, as igrejas de Ouro Preto carregam em suas fundações, altares, e obras de arte uma complexa relação racial e de formação da identidade nacional. A cor da pele, um elemento físico, possui significado que lhe é socialmente e historicamente atribuído. Em um contexto em que a perda da liberdade por parte do negro escravizado significou o deslocamento de sua construção identitária, ou seja, a sua privação da liberdade foi acompanhada pela fragmentação de seu patrimônio cultural, de sua linguagem, de sua memória e imaginário coletivo, de seu conhecimento, de negação de seus aspectos físicos, de apagamento de sua humanidade seguida de sua coisificação, a necessidade de reelaboração de novos modos de ser negro ou afrodescendente na sociedade brasileira era, e ainda é, um ato de sobrevivência às desigualdades fundamentadas na noção raça/cor. Dessa forma, cultura negra no Brasil, como explica Nei Lopes, possui um caráter “gingante”, ou seja, de movimento, pois, para manter-se “de pé na arena movediça do racismo brasileiro”, ela “negaceia e negocia”: “Negaceia quando parece dar a cara ao tapa mas tira o corpo fora e ressurge do outro lado. Negocia quando, forçada pelas circunstâncias, dá um passo atrás e dois à frente” (LOPES, 1994, p. 7). Entre o negaceio e a negociação, entre a esquiva e o ataque, elementos da cultura dos africanos escravizados, mais do que simples contribuição, estão na base da constituição da identidade nacional, o que nos leva a pensar a identidade não como algo fixo, mas algo dinâmico e em constante processo de elaboração. - 58 -
Aqui, seu desafio é o do olhar. O escritor português José Saramago escreveu na abertura de seu livro Ensaio sobre a cegueira:
“Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara”. Tente mais do que apenas olhar as igrejas, tente reparar e registrar por meio de imagens os elementos da cultura negra que estão presentes nas edificações da cidade e seus variados movimentos de resistência, muitas vezes, dissimulados, mas que sempre se deixa à mostra àqueles que possuem a habilidade de reparar.
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Tenha em mente que os detalhes das desaparecem rapidamente, portanto, não espere para escrever/desenhar/registrar sobre o que vivenciou, conversas, paisagens, informações de contato das pessoas que conheceu e anotações gerais sobre outras coisas que ainda deseja fazer ou se lembrar. Sim, fazer isso demanda algum tempo fora de nossas visitas, mas isso tornará sua experiência ainda mais significativa.
“Eu sei que você consegue”. “Faça de seu jeito”.
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Observando as imagens a seguir, compare com o ambinte atual e aponte as permanências e transformaçþes contidas ao longo do tempo nestas paisagens. Registre estas paisagens por meio de fotografia.
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Cole aqui embalagens, tickets, ideias... Em fim, tudo o que pode contribuir para lembrar para sempre Deste dia extraordinário. (este espaço é seu! Use e abuse.)
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Avaliando meu dia... Como foi viver esta experiĂŞncia hoje? Que aprendizados eu tiro deste dia?
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I O Rio? É doce. A Vale? Amarga. Ai, antes fosse Mais leve a carga. II Entre estatais E multinacionais, Quantos ais! III A dívida interna. A dívida externa A dívida eterna. IV Quantas toneladas exportamos De ferro? Quantas lágrimas disfarçamos Sem berro?...
Lira Itabirana", Carlos Drummond de Andrade, 1984
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Há 3 anos, rompimento de barragem de Mariana causou maior desastre ambiental do país e matou 19 pessoas Tragédia de Mariana aconteceu no dia 5 de novembro de 2015. Por G1, em São Paulo 25/01/2019 Há mais de três anos, no dia 5 de novembro de 2015, o rompimento da barragem de Fundão, da mineradora Samarco, deixou 19 mortos e causou uma enxurrada de lama que inundou várias casas no distrito de Bento Rodrigues, em Minas Gerais. Nesta sexta-feira (25), uma barragem da mineradora Vale se rompeuem Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil estão indo para a região do Córrego do Feijão. Ainda não há confirmação se há feridos no local. A vida após a lama: G1 percorreu caminho do Rio Doce ouvindo relatos de pessoas afetadas pela tragédia de Mariana A barragem de Fundão abrigava cerca de 56,6 milhões de m³de lama de rejeito. Desse total, 43,7 milhões de m³ vazaram. Os rejeitos atingiram os afluentes e o próprio Rio Doce, destruíram distritos e deixaram milhares de moradores da região sem água e sem trabalho. Esse foi o maior desastre ambiental do Brasil. Apenas um mês depois, foram retiradas 11 toneladas de peixes mortos, oito em Minas e três no Espírito Santo. Três anos depois, estes estados ainda sentem os impactos ambientais. Além disso, há moradores que perderam suas casas e a construção do lugar onde serão reassentados sequer começou. Vinte e duas pessoas e quatro empresas respondem na Justiça pelo desastre ambiental provocado pelo rompimento da barragem da Samarco – 21 e uma delas por homicídio. Para o Ministério Público Federal (MPF), faltaram medidas para prevenir a tragédia e as mortes. Apesar das reclamações relatadas nesta reportagem, a Fundação Renova alegou que os imóveis entregues em Barra Longa foram vistoriados e aprovados antes pelas famílias. Disponivel em: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2019/01/25/ha-3-anosrompimento-de-barragem-de-mariana-causou-maior-desastre-ambiental-do-pais-e-matou19-pessoas.ghtml
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Para refletir... “O desastre em Mariana se soma a uma tragédia de três séculos.”
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Nossa viagem está chegando em seu último dia de exploração, desta vez iremos conhecer a cidade de Mariana-MG, que foi a primeira vila de Minas Gerais, a primeira capital do estado e a cidade mais rica do Ciclo do Ouro. Recentemente em foi palco de um dos desastres ambientais mais graves da história do Brasil. Hoje, diferente dos dias anteriores, não vamos direcionar muitas atividades e reflexões para o seu dia. Apenas pedimos que registre, como num diário, o seu dia. Suas inquietações, suas descobertas, seus sentimentos...
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A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o visitante sentou na areia da praia e disse: “Não há mais o que ver”, saiba que não era assim. O fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite, com o sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre. José Saramago
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José E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? e agora, você? você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama, protesta? e agora, José? [...] O poema "José" de Carlos Drummond de Andrade foi publicado originalmente em 1942, na coletânea Poesias.
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E agora? Nossa viagem estรก chegando ao fim... Que sentimentos lhe invadem neste momento?
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As experiências vividas durante estes dias, sem dúvidas, foram inimagináveis! Que aprendizados você leva desta viagem? O que ela contribuiu para seu crescimento pessoal e estudantil?
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É hora de arrumar as malas para voltar a vida cotidiana... Até aqui estivemos juntos por 5 dias. Conhecemos 3 cidades expetaculares, muita arte, histórias, vivências, em fim uma experiência de encher os olhos e revigorar a alma. Enfrentamos alguns obstáculos... As subidas e descidas foram realidade sempre presente. Juntos, percorremos retas, nos apoiamos nas curvas, descobrimos cidades... Chegou o momento de cada um seguir uma outra viagem, sozinho... Que as experiências compartilhadas até aqui sejam a alavanca para alcançarmos a alegria de chegar ao destino projetado. Agora o que fica é a saudade e a nossa esperança de um novo reencontro. O nosso agradecimento àqueles que, mesmo de fora, mas sempre presentes, nos quiseram bem e nos apoiaram nos bons e nos maus momentos. Divida conosco os méritos desta conquista, porque ela também pertence a você. Uma despedida é necessária antes de podermos nos encontrar outra vez. Que nossas despedidas sejam um eterno reencontro.
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[...] Digo-lhes hoje, meus amigos, que, apesar das dificuldades e frustrações do momento, eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano. Eu tenho um sonho que um dia essa nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: “Consideramos essas verdades como auto-evidentes que todos os homens são criados iguais.” Eu tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter. Eu tenho um sonho hoje. [...]
Ao final de uma marcha em prol dos direitos civis das minorias, em Washington, Martin Luther King proferiu o seu famosos discurso. “I have a dream”, eu tenho um sonho, disse ele em 28 de agosto de 1963. Essas palavras até hoje reverberam no ar.
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Depois de chegar em casa, desfazer as malas, voltar a vida diária, gostaríamos de lhe fazer a a seguinte indagação: Após essa Viagem Exploratória, qual é o seu sonho? Assim como Luther king, que sonhos te movem? A experiência vivida contribuiu para o início da realização deles?
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Cole aqui embalagens, tickets, ideias... Em fim, tudo o que pode contribuir para lembrar para sempre Deste dia extraordinário. (este espaço é seu! Use e abuse.)
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GLOSSÁRIO DE ARQUITETURA E ORNAMENTAÇÃO Inspirado e adaptado de: ÁVILA, Affonso. GONTIJO, João Marcos Machado. MACHADO, Reinaldo Guedes - BARROCO MINEIRO GLOSSÁRIO DE ARQUITETURA E ORNAMENTAÇÃO. Co-edição FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO Rio de Janeiro, 1979 1ª ed.
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