Boletim Informativo Nº.12 | 20 Março 2016
Continuação do Meditando este convite tão forte de ir para casa e cuidar da própria vida. Quantos de nós não temos passado exatamente por esta experiência. O Brasil, afinal, parece não ter jeito. O poço da crise econômica parece não ter fundo. Os políticos evangélicos não parecem ser diferentes dos outros e juntos eles montam os seus conluios. E, não por último, a nossa vida religiosa parece não querer mais brigar com Jerusalém e a gente parece querer se recolher para a intimidade da sobrevivência. A gente até continua lendo a Bíblia, indo aos cultos e saudando os irmãos. Tudo isso, porém, constitui-se numa espécie de culto da saudade. Doces memórias da alma. Mas já não se briga mais com Jerusalém e já não se espera por mudanças que venham a alterar o status quo. A gente vai viver em Emaús, resignado com Jerusalém e com saudades do tempo da esperança. Mas há, nesta história contada por Lucas um elemento diferenciador. Diz o texto que "o próprio Jesus se aproximou, e ia com eles" Jesus, com pinta de peregrino religioso voltando de Jerusalém, chega como quem não quer nada. Pergunta acerca das preocupações deles, dos acontecimentos em Jerusalém, e vai, desse jeito manso, chegando perto do coração deles. Num segundo momento, porém, Jesus assume a interpretação do texto e da realidade, da Bíblia e de Jerusalém. Será, pergunta Jesus, que não há outro jeito de ler o texto e interpretar as ocorrências destes últimos dias? Será que Deus não poderia estar atuando exatamente através destes acontecimentos que parecem ser tão estranhos e absurdos? Será que Deus não está escrevendo a sua história da salvação em meio a essa confusa história humana? Será que não é exatamente isso, que deveria acontecer, seus "néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!"? (continua no próximo boletim) Valdir Steuernage
IGREJA PRESBITERIANA
DE LAURO DE FREITAS
JESUS: POR QUE O ADORAMOS? PORQUE ELE VEIO AO MUNDO PARA FALAR DA VERDADE
Avisos & Eventos ESPECIAL DE PÁSCOA Domingo, dia 27/03 às 18h no culto Solene, na igreja;
Aniversariantes
- 21/03 - 2 /03
Nossos Cultos na Semana :: Domingo: 09h30 Escola Bíblica; 18h Culto de Ações de Graças :: Terça: 19h30 Culto de Doutrina :: Quarta: Cultos na Congregações do PQM e de Mussurunga :: Quinta: 6h Culto de Oração; 19h30 Culto de Oração e Catecúmenos :: Sexta: Cultos na Congregações do PQM e de Mussurunga :: Sábado: Atividades das Sociedades (DI; UPA; UMP; SAF e UPH)
Presbitério Litorâneo do Salvador | PSSA | Sínodo Central da Bahia 1ª Igreja Presbiteriana de Lauro de Freitas – BA Congregação Presbiteriana do Parque das Mangabas | Camaçari – BA Congregação Presbiterial Mussurunga | Salvador – BA
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CULTO DA RESSURREIÇÃO Próximo Domingo, às 6h da manhã, não haverá EBD, e após o culto teremos o nosso tradicional café da manhã com toda a igreja! Assine a lista de contribuição e participe!
Pilatos tornou a entrar no palácio, chamou Jesus e perguntou: – Você é o rei dos judeus? Jesus respondeu: – Esta pergunta é do senhor mesmo ou foram outras pessoas que lhe disseram isso a meu respeito? – Por acaso eu sou judeu? – disse Pilatos. – A sua própria gente e os chefes dos sacerdotes é que o entregaram a mim. O que foi que você fez? Jesus respondeu: – O meu Reino não é deste mundo! Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus seguidores lutariam para não deixar que eu fosse entregue aos líderes judeus. Mas o fato é que o meu Reino não é deste mundo! – Então você é rei? – perguntou Pilatos. – É o senhor que está dizendo que eu sou rei! – respondeu Jesus. – Foi para falar da verdade que eu nasci e vim ao mundo. Quem está do lado da verdade ouve a minha voz. – O que é a verdade? – perguntou Pilatos. Depois de dizer isso, Pilatos saiu outra vez para falar com a multidão e disse: — Não vejo nenhum motivo para condenar este homem. João 18:33-38
Meditando
Liturgia
O vai-e-vem entre Emaús e Jerusalém Lucas 24:13-34
AO DEUS A QUEM BENDIREMOS ETERNAMENTE “Benedito seja o SENHOR, Deus de Israel, de eternidade para a eternidade! Amém e amém! ” Salmo 41:13
NÓS O ADORAMOS Leitura Alternada - Salmo 41 Oração de Adoração Hino Oração de Gratidão Cânticos NÓS OFERTAMOS Leitura Bíblica - Salmos 145:13-16 Cântico Ofertório Oração de Consagração NÓS O OUVIMOS Oração Pelas Crianças Leitura Bíblica - Apocalipse 1:1-3 Oração de Contrição Mensagem NÓS O OBEDECEMOS Leitura Alternada - Isaías 14:12-20 Cântico Final Agradecimentos e Avisos Oração Final
Quantas não são as vezes em que a gente se põe a caminho de Emaús? Corpo cansado a produzir um passo pesado. Afinal, as "ocorrências destes últimos dias" não estão para uma fácil digestão e os verbos da esperança parecem fluir mais soltos quando conjugados no passado. Pois um dia desses, Cléopas e seu amigo disseram um ao outro: "Vamos voltar para casa. Vamos a Emaús, pois por aqui parece que tudo se acabou para nós." Os acontecimentos dos últimos dias, em Jerusalém, haviam sido, além de intensos, desesperadores. Eles mesmos se sentiam como que virados pelo avesso. O mestre deles havia sido morto já fazia três dias, e a instituição religiosa e política parecia cantar vitória uma vez mais. E sobre Jerusalém se levantava novamente o lamento que o próprio mestre havia entoado: “Jerusalém, Jerusalém! Que matas os profetas e apedrejas ao que te foram enviados!...” (Mt 23.37a). O lamento, porém, como que caía no vazio, na contramão da história. Pois Jerusalém cantava a vitória do status quo, da lei e da ordem, do controle e da força, da autoridade instituída e da interpretação teológica oficial, nessa verdadeira tentativa da domesticação de Deus. Quanto a Cléopas e seu amigo, o mundo simplesmente havia ruído. As suas esperanças, primaveris como a vida, haviam achado o caminho do esgoto. Como eles mesmos dizem, num inconfundível tom depressivo: "Nós esperávamos que fosse ele quem havia de redimir a Israel, mas, depois de tudo isto, é já este o terceiro dia desde que tais cousas sucederam." Eu, com as mãos posto sobre o teclado, pensativo, paro por um momento. Em verdade, ao ler o texto (Lucas 24:13-34) que descreve a caminhada de Cléopas e seu amigo, de Jerusalém a Emaús, após Jesus ser morto, eu penso em nós e em nossa realidade. Eles falavam, deprimidos e cansados, sobre os acontecimentos de Jerusalém e eu penso em nosso pais e nesse estado de susto, insegurança e até de raiva no qual vivemos. Estamos cansados de ser enganados e submetidos a um sistema político insustentável e desligado da realidade, a uma crise econômica gerada por nós mesmos e nosso vilipendiado e corrupto sistema econômico. Os preços sobem, a inflação volta, a infraestrutura está carente, o sistema de amparo social está ameaçado, os políticos aumentam a verba partidária de forma assustadora e as prisões e delações, relacionadas a “Lava jato”, parecem não ter fim. A verdade é que está difícil esperar e acreditar que dias melhores estão a nossa porta A ponte Fazer a ponte entre a Emaús de ontem e este Brasil de hoje é complicado e até complexo. Mas que a gente está profundamente revoltado e decepcionado com a “nossa Jerusalém”, isso está claro. Que as ocorrências destes últimos dias, como diz Cléopas, estão nos deixando com vontade de ir embora, isso também é realidade. E que, por vezes, os verbos da esperança parecem negar-se a ser conjugados no presente e no futuro, isso também é verdade. É por isso que a gente até nem parece estar tão distante destes dois andarilhos a caminho de Emaús. Afinal, parece que eles decidiram cuidar da sua vida, pois com Jerusalém não adiantava brigar. E a própria esperança de um novo tempo -tempo messiânico -- havia murchado. O melhor caminho a seguir parecia ser aceitar