[Células ]Conectados com Deus

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Conectados com Deus

Roteiro para Celulas | Fevereiro 2017 1 Estamos na Estação do Crescimento


Introdução Amados líderes de célula, Essa série tratará sobre conexões que podemos estabelecer com Deus através das disciplinas espirituais. Quatro delas serão abordadas: leitura da Bíblia, oração, jejum e confissão. Quanto a cada uma dessas disciplinas, serão respondidas três perguntas: 1. “O que é?”; 2. “Como fazer?”; 3. “Quais os benefícios?”. O objetivo principal, entretanto, não é ensinar acerca dessas disciplinas, mas, sim, que os freqüentadores das células da IPICC comecem a praticá-las com regularidade e orientação. Esse começo de prática, certamente, requisitará mudanças nos hábitos das pessoas. O que é um hábito? Hábito é uma ação que praticamos constante, natural e, até mesmo, inconscientemente. Qual será o grande desafio? Que as pessoas tenham como hábito a prática das disciplinas espirituais que serão abordadas. Para uma melhor reflexão sobre isso, leia o capítulo 7, do livro “Como se tornar um líder servidor”, de James C. Hunter, publicado pela Editora Sextante. Para esta nova série, sugerimos a seguinte agenda: Para as ministrações, cada líder deverá preparar, baseado no livreto, o seu roteiro da lição. O livreto não deverá ser levado para a célula e lido pelo líder no momento da ministração. O seu conteúdo, lição por lição, deverá ser ministrado a partir do roteiro preparado pelo líder, devendo esse preparar os desafios a serem lançados ao final de cada lição. Gostaríamos de lembrá-lo que a lição não é o único momento da reunião de célula, tendo essa uma programação que também reúne: quebra-gelo, louvor e adoração, compartilhar e oração, desafios de evangelização, avisos e lanche. Planeje uma programação equilibrada quanto a esses itens, que não passe de duas horas (com o lanche incluído) e que promova e permita a participação das pessoas presentes. Que o SENHOR nos abençoe ricamente através desta série de lições! Que ele desafie e leve suas ovelhas a praticar as disciplinas espirituais. Que essas práticas se tornem hábitos e que, assim, cresçamos em maturidade e saúde espiritual.

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Conexão 1: Pela Leitura da Bíblia (30 de janeiro à 3 de fevereiro) Introdução Na lição de hoje, veremos como podemos nos conectar com Deus através da leitura da Bíblia. Lembre-se de que o principal objetivo das lições desta série é que os freqüentadores das células comecem a praticar com regularidade e orientação as disciplinas espirituais abordadas. Não se limite, então, a simplesmente ensinar o conteúdo da lição, mas elabore desafios que incentivem a prática do que será ensinado, de modo a se tornar um hábito. Incentive todos da sua célula a participarem do Circuito 4x4 de Leitura da Bíblia que começa na próxima segunda-feira, dia 6. Nesse domingo, poderão retirar um marcador de bíblia, como guia de leitura. Desenvolvimento 1. O que é? Antes de respondermos à pergunta “o que é ler a Bíblia?”, vamos responder a outra: “o que é a Bíblia?”. A Bíblia também é chamada de Palavra de Deus. Por quê? Primeiramente, porque ela contém revelações dadas por Deus aos seres humanos. Deus ordenou a alguns homens registrassem algumas das revelações dadas por ele. Um exemplo disso está em Jeremias 36.2. Em segundo lugar, porque Deus é o verdadeiro autor da Bíblia. Em 2Timóteo 3.16, está escrito que a Bíblia foi inspirada por Deus. Isso quer dizer que Deus inspirou os autores humanos a escrever o que escreveram. A partir desses dois pontos, podemos concluir que a Bíblia é um livro que tem sua origem em Deus. Posto isso, segundo Elben Lens César, no livro Práticas Devocionais: a prática da leitura da Palavra de Deus é a arte de procurar o Senhor nas páginas das Sagradas Escrituras até achar, a arte de enxergar a riqueza toda que está atrás da mera letra, de ouvir a voz de Deus, de relacionar texto com texto e de sugar todo o leite contido na Palavra revelada e escrita, tanto nas passagens mais claras como nas passagens aparentemente menos atraentes,

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através de uma leitura responsável e do auxílio do Espírito Santo. A partir disso, podemos afirmar o seguinte quanto à leitura da Bíblia: • O objetivo da leitura bíblica não é a mera obtenção de informações. Devemos ler a Bíblia com a intenção de conhecer o caráter e a vontade de Deus, de modo a construirmos um relacionamento correto e íntimo com ele; • Ao ler a Bíblia, devemos buscar ouvir a voz de Deus. A Bíblia não é um mero registro do que Deus falou e fez. Ela é um livro vivo (cf. Hb 4.12), ou seja, Deus fala e age através dela no presente; • Apesar de ser a Palavra de Deus, a Bíblia é um livro como qualquer outro. Isso quer dizer que, para termos um correto acesso ao seu conteúdo, devemos lê-la a partir de boas regras de compreensão e interpretação de textos; • Sendo a Bíblia a Palavra de Deus, não podemos ter acesso ao seu conteúdo divino sem a ação do Espírito Santo, o qual ilumina a leitura que dela fazemos, revelando-nos a mensagem de Deus que ali está. 2. Como fazer? Como ler a Bíblia? O processo de leitura da Bíblia pode ser comparado ao de alimentação. Três, então, podem ser as suas etapas: • Ingestão: Ingestão é o ato de se comer um alimento. No que se refere à Bíblia, diz respeito ao ato de se ler a Bíblia, apropriando-se de seu conteúdo. Assim como comer depressa é algo que não faz bem, já que não se mastiga direito o alimento, ler a Bíblia com pressa também não é algo bom. Devese ler a Bíblia com calma e atenção, observando-se os detalhes do texto. Outra coisa: assim como comer muito pode não fazer bem, por causar indigestão, ler muitos textos da Bíblia de uma vez pode não ser bom, por não se conseguir captar todo o conteúdo lido. A preocupação deve estar com a qualidade da leitura e não com a quantidade; • Digestão: Digestão é o processo através do qual o

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organismo quebra/decompõe o alimento ingerido, de modo a proporcionar a sua absorção. No que se refere à Bíblia, diz respeito ao ato de se meditar sobre o que texto lido, refletindo-se sobre a sua mensagem. Em Josué 1.8, Deus ordena a Josué meditar nas palavras do Livro da Lei de dia e de noite. Assim como no caso da digestão, quanto mais meditarmos na mensagem do texto bíblico, melhor será a sua absorção e, conseqüentemente, maior será o seu impacto sobre nós; • Absorção: Absorção é o processo através do qual o organismo se apropria do alimento ingerido e digerido. No que se refere à Bíblia, diz respeito à assimilação do texto bíblico no coração, o que provoca um impacto transformador no leitor. Em Isaías 55.10-11, está escrito que a Palavra de Deus não voltará para ele vazia, mas realizará o seu desejo, atingindo o propósito para o qual foi enviada. Assim como no caso da alimentação, quanto mais absorvermos a Palavra de Deus, mais impactados seremos e mais nutridos e fortalecidos estaremos para vivermos conforme a vontade dele. Posto isso, gostaríamos de sugerir um método de leitura da Bíblia passo a passo: • Ore a Deus, pedindo ao Espírito Santo para te orientar e iluminar a leitura que você fará; • Escolha um texto não muito grande, que tenha sentido completo, ou seja, início, meio e fim (os subtítulos em negrito presentes nos textos das Bíblia atuais podem ajudar nisso). De preferência, escolha um livro e leia-o do início ao fim; • Leia o texto três vezes, se possível em duas versões (Almeida Revista e Atualizada e Nova Versão Internacional, NVI, por exemplo); • Sublinhe o que você achar interessante e faça anotações à parte sobre isso; • Procure pela principal mensagem do texto ao seu coração e registre-a; • Busque as aplicações da mensagem encontrada à sua vida e registre-as.

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3. Quais os benefícios? Quais são os benefícios da leitura da Bíblia? A própria nos apresenta os seguintes: • Josué 1.8: “Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bemsucedido”. A leitura da Bíblia nos leva a conhecer a vontade de Deus. Quando essa vontade é obedecida, o resultado é uma vida bem-sucedida para aquele que obedece; • 2Timóteo 3.16,17: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra”. A leitura da Bíblia nos leva a ser ensinados, repreendidos, corrigidos e instruídos segundo a vontade de Deus, de modo a sermos capazes de fazer o que ele quer; • Salmo 119.9: “Como pode o jovem manter pura a sua conduta? Vivendo de acordo com a tua palavra”. A leitura da Bíblia nos leva a ter uma conduta pura; • Hebreus 4.12: “Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração”. A leitura da Bíblia nos leva a conhecer os nossos pensamentos e intenções, ou seja, quem verdadeiramente somos; • Salmo 119.98-100: “Os teus mandamentos me tornam mais sábio que os meus inimigos, porquanto estão sempre comigo. Tenho mais discernimento do que todos os meus mestres, pois medito nos teus testemunhos. Tenho mais entendimento que os anciãos, pois obedeço aos teus preceitos”. A leitura da Bíblia nos dá sabedoria; • Salmo 119.105: “A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho”. A leitura da Bíblia provê orientação e direção para nossas vidas;

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Conclusão e desafios Como foi dito na introdução, o principal objetivo desta lição é fazer com que as pessoas. da célula comecem a ler a Bíblia com regularidade e orientação. Certamente, na maioria dos casos, serão necessárias mudanças nos hábitos, o que exigirá disciplina, tempo e persistência. Quanto à leitura da Bíblia, uma última e importante dica a ser dada para se começar bem o desafio da prática é: reserve a hora mais propícia do dia para ler a Bíblia. Isso varia de pessoa para pessoa. Para alguns é após acordar; para outros antes de dormir. Seja exigente nesse sentido e evite a hora menos propícia. A partir do que foi ministrado nesta lição, faça um desafio de leitura da Bíblia à sua célula. Utilize, nisso, o modelo de diário de momento a sós com Deus em anexo.

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Conexão 2: Pela Oração (6 a 10 de fevereiro) Introdução Na lição de hoje, veremos como podemos nos conectar com Deus através da oração. Lembre-se de que o principal objetivo das lições desta série é que os freqüentadores das células comecem a praticar com regularidade e orientação as disciplinas espirituais abordadas. Não se limite, então, a simplesmente ensinar o conteúdo da lição, mas elabore desafios que incentivem a prática do que será ensinado, de modo a se tornar um hábito. Desenvolvimento 1. O que é? ​ Segundo Elben Lens César, no livro Práticas Devocionais, a prática da oração é a arte de entrar no Santo dos santos e de se colocar na presença do próprio Deus em espírito, por meio da fé, valendo-se do sacrifício de Cristo, e falar com Deus com toda liberdade através da palavra audível ou silenciosa. A partir disso, podemos afirmar o seguinte quanto à oração: • Orar é o ato de se dialogar com Deus. Deus é uma pessoa, logo, é alguém com quem podemos e devemos dialogar. Esse diálogo, como a própria palavra indica, envolver os atos de falar e ouvir. Assim sendo, na oração, podemos falar com Deus o que está em nossos corações e ouvir o que ele tem a nos dizer; • A oração, por se tratar de uma conversa, é espontânea e, não, mecânica e repetitiva. Jesus fala sobre isso em Mateus 6.7,8; • A oração é um ato de fé. Hebreus 11.6 diz que aquele que se aproxima de Deus precisa crer que ele existe e que abençoa aqueles que o buscam, ou seja, aquele que ora precisa acreditar e confiar que há um Deus que o está ouvindo e que responderá à sua oração; • Podemos orar a Deus por causa do sacrifício de Cristo na cruz em nosso favor. Hebreus 10.19-22 diz que, pelo sangue de Jesus, podemos entrar com ousadia na presença de Deus.

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2. Como fazer? Como orar? Há duas respostas a essa pergunta: uma se refere ao conteúdo e a outra à freqüência da oração. Quanto ao conteúdo, a oração, no contexto bíblico, pode ter pelo menos cinco elementos: • Louvor e Adoração: Louvar a Deus é elogiá-lo, engrandecê-lo e exaltá-lo por causa de suas obras e de seu caráter. Adorar a Deus é se prostrar diante dele em humildade, rendição e submissão; • Ações de Graça: Dar ações de graça a Deus é agradecerlhe pelas ações dele em nosso favor; • Confissão de pecados: Confessar pecados a Deus é verbalizar para ele as ações contrárias à sua vontade que foram praticadas por nós; • Intercessão: Interceder é orar a Deus em favor de outra pessoa; • Súplica: Na súplica, apresentamos a Deus as nossas necessidades pessoais. Quanto à freqüência, a oração pode se dar das seguintes maneiras: • Períodos regulares e fixos de oração: Há um exemplo disso em Daniel 6.10, onde está escrito que Daniel tinha o costume de orar três vezes ao dia. Outro exemplo pode ser encontrado na igreja primitiva. A partir de Atos 3.1 e 10.30, podemos concluir que alguns cristãos da época tinham o costume de, diariamente, orar às três horas da tarde (hora nona); • Períodos especiais de oração: São exemplos disso: um dia inteiro de oração, uma noite de oração, três dias de oração, uma semana de reuniões de oração, etc. Jesus, antes de escolher seus doze apóstolos, passou uma noite inteira orando a Deus (cf. Lc 6.12-16); • Oração conforme a necessidade: Somos livres para orar a Deus em qualquer lugar, momento e situação, conforme a nossa necessidade e vontade. Um ótimo exemplo disso está em Neemias 2.4, texto que relata uma oração relâmpago feita por

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Neemias, tendo em vista uma pergunta feita pelo rei Artaxerxes; • Oração contínua: Em 1Tessalonicenses 5.17 está escrito: “Orem continuamente” (NVI) ou “Orai sem cessar” (Almeida Revista e Atualizada). O que vem a ser isso? É estar continuamente em comunhão com Deus, mantendo uma atitude de abertura e prontidão à oração. Certamente, a oração contínua tem por base manter um constante sentimento de dependência de Deus. 3. Quais os benefícios? Quais são os benefícios da oração? Podemos classificálos em três grupos: • Benefícios psicológicos: Por meio da oração, podemos expor para Deus aquilo que está nos causando tensão, ansiedade, angústia, certos tipos de depressão, sentimento de culpa e outros estados emocionais desagradáveis. Tendo feito isso em confiança nele, receberemos e desfrutaremos da paz (cf. Fl 4.6,7); • Benefícios espirituais: Por meio da oração, temos comunhão com Deus. Quanto mais praticamos a oração, maior se torna a nossa comunhão com ele. Quanto maior a nossa comunhão com ele, mais frutos espirituais produziremos (cf. Jo 15.4,5). • Benefícios em termos de atendimento: Jesus disse: “Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta” (Mt 7.7,8). Por meio da oração, podemos ter necessidades e desejos atendidos, pois Deus responde às orações de seus filhos. A resposta nem sempre é segundo o pedido, mas, com certeza, é de acordo com a vontade de Deus, a qual é boa, perfeita e agradável (cf. Rm 12.2). Conclusão e desafios Como foi dito na introdução, o principal objetivo desta lição é fazer com que as pessoas da célula comecem a orar com regularidade e orientação. Certamente, na maioria dos casos,

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serão necessárias mudanças nos hábitos, o que exigirá disciplina, tempo e persistência. Quanto à oração, uma última e importante dica a ser dada para se começar bem o desafio da prática é: reserve a hora mais propícia do dia para orar. Isso varia de pessoa para pessoa. Para alguns é após acordar; para outros antes de dormir. Seja exigente nesse sentido e evite a hora menos propícia. A partir do que foi ministrado nesta lição, faça um desafio de oração à sua célula. OBS. Na próxima semana não teremos encontro das nossas células, mas durante a semana, por conta do aniversário da nossa igreja, teremos uma semana de oração em nossa igreja. Cada dia da semana estaremos orando por uma área da nossa cidade. Veja nossa programação da semana de oração: Segunda-feira - 13 - Três poderes (executivo, legislativo e judiciário) Terça-feira - 14 - Área da saúde e educação (professores e alunos) Quarta-feira - 15 - Empresários e comerciantes Quinta-feira - 16 - Profissionais liberais Sexta-feira - 17 - Aposentados, desempregados e assalariados Envolva sua célula e esteja consoco, a nossa reunião de oração será das 19h30 às 20h. A semana de oração será no Campo Sede (Rua Professor Solano de Abreu, 213, Centro) e no dia 19, domingo, às 19h30, no Campo Sede, teremos um culto de ação de graças pelos 31 anos de organização da nossa igreja.

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Conexão 3: Pelo Jejum (20 a 24 de fevereiro) Introdução Na lição de hoje, veremos como podemos nos conectar com Deus através do jejum. Lembre-se de que o principal objetivo das lições desta série é que os freqüentadores das células comecem a praticar com regularidade e orientação as disciplinas espirituais abordadas. Não se limite, então, a simplesmente ensinar o conteúdo da lição, mas elabore desafios que incentivem a prática do que será ensinado, de modo a se tornar um hábito. Desenvolvimento 1. O que é? Originalmente, jejum é um ato voluntário de abstinência total ou parcial de alimentos durante um período limitado de tempo. Posto isso, podemos fazer as seguintes afirmações quanto ao jejum: • Apesar de, originalmente, se referir à abstinência de alimentos, o jejum também pode ser feito tendo em vista outras abstinências. Em 1Coríntios 7.5, por exemplo, há uma referência à abstinência temporária de relações sexuais por parte de um casal para se dedicarem à oração, por exemplo; • O jejum, geralmente, está associado à oração. No exemplo citado logo acima, o casal se abstém temporariamente de relações sexuais para se dedicar à oração. Outros exemplos estão em Esdras 8.23, Neemias 1.4, Salmo 35.13, Daniel 9.3 e Lucas 5.33. Ao jejuar, uma pessoa se abstém de uma prática rotineira para investir o tempo que seria gasto com essa prática em oração; • Comumente, o jejum é feito tendo em vista um motivo ou um propósito. A Bíblia nos apresenta alguns exemplos de motivos e propósitos por que se fizeram jejuns: em sinal de arrependimento (Ne 9.1-3); para obter maior autoridade e poder espiritual (Mt 17.19-21); por uma grande necessidade (2Cr 20.1-4); para ouvir a voz de Deus e tomar uma decisão importante (At 13.1-3); por

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ocasião de uma dedicação solene (At 14.23). 2. Como fazer? • O jejum pode ser feito de maneira total ou parcial. No jejum total, abstém-se totalmente do comer e do beber (inclusive de água) durante determinado período de tempo. No jejum parcial, abstém-se parcialmente do comer e o do beber, o que pode ser feito de várias maneiras, como, por exemplo, alimentar-se apenas de verduras, vegetais e frutas, ou apenas de pão e água, ou não comer carne, durante determinado período de tempo; • Quanto ao período de tempo, o jejum pode ser feito de diversas formas: abster-se de uma ou mais refeições de um dia (Dn 6.18); durante um dia (1Sm 7.5,6); durante três dias (At 9.8,9); durante sete dias (1Sm 31.11-13); durante três semanas (Dn 10.1-3); durante quarenta dias (Êx 34.28); etc. Ainda quanto ao período de tempo, há a possibilidade de se ter dias e períodos fixos de jejum. Os fariseus, por exemplo, assim como os cristãos primitivos em geral, tinham o costume de jejuar duas vezes por semana; toda segunda e quinta, no caso dos fariseus, e toda segunda e quarta no caso dos cristãos primitivos (Lc 18.11,12); • O jejum pode ser feito pessoal ou coletivamente (Lc 2.36,37; Jz 20.26). 3. Quais os benefícios? • Em uma realidade em que as pessoas têm suas agendas constantemente com muitos compromissos, o jejum pode gerar tempo para nos dedicarmos ao Senhor; • Confere maior autoridade e poder espiritual. Em Mateus 17.19-21, Jesus disse que há certas espécies de demônios que, por serem muito poderosas, só saem com oração e jejum. Com isso, ele deu a entender que a oração feita em jejum tem maior autoridade e poder espiritual; • Gera domínio próprio, uma das facetas do fruto do Espírito (Gl 5.22,23). O domínio próprio pode ser assim conceituado: capacidade de não se fazer o que se deseja e de se fazer o que não se deseja. Ao ficar sem se alimentar durante um período,

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certamente uma pessoa sentirá o desejo de comer e beber. Porém, tendo em vista o jejum, ela dominará esse desejo, não o saciando. Esse domínio aprendido poderá ser aplicado aos desejos pelo pecado. Quando eles surgirem, a pessoa poderá ser capaz de dominá-los e, assim, não pecar. Conclusão e Desafios Como foi dito na introdução, o principal objetivo desta lição é fazer com que as pessoas da célula comecem a jejuar com regularidade e orientação. Certamente, na maioria dos casos, serão necessárias mudanças nos hábitos, o que exigirá disciplina, tempo e persistência. A partir do que foi ministrado nesta lição, faça um desafio de jejum à sua célula. Ao fazer o desafio, dê as seguintes orientações às pessoas: • Defina de que você se absterá durante o jejum; • Estabeleça o dia e a hora em que irá começar e terminar o jejum; • Decida qual o motivo e o propósito por que você fará o jejum.

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Conexão 4: Pela Confissão (27 de fevereiro a 3 de março) Introdução Na lição de hoje, veremos como podemos nos conectar com Deus através da confissão. Lembre-se de que o principal objetivo das lições desta série é que os freqüentadores das células comecem a praticar com regularidade e orientação as disciplinas espirituais abordadas. Não se limite, então, a simplesmente ensinar o conteúdo da lição, mas elabore desafios que incentivem a prática do que será ensinado, de modo a se tornar um hábito. Desenvolvimento 1. O que é? Segundo Elben Lenz César, no livro Práticas Devocionais, A prática da confissão é a arte de se apresentar constantemente diante de Deus para se declarar culpado de pecados pessoais e específicos, depois de suficientemente alertado e repreendido pela boa consciência, pela Palavra de Deus e pelo Espírito, com o propósito de obter perdão e purificação, mediante a obra vicária de Jesus Cristo. A confissão verdadeira remove a crise provocada pelo pecado e restaura a comunhão perdida ou arranhada. A sua comprovação depende mais da fé do que de sentimentos. Por meio da contínua confissão de qualquer transgressão e de qualquer omissão é perfeitamente possível manter a higiene da alma. Posto isso, podemos fazer as seguintes afirmações quanto à confissão: • O que é confessar? Confessar é declarar a verdade acerca de determinado fato ou situação a alguém. A confissão, no contexto bíblico, então, é o reconhecimento e a verbalização de pecados cometidos; • O que é pecado? Em 1João 3.4, está escrito: “Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei”. Pecado é a transgressão voluntária

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da vontade de Deus, a qual, segundo Romanos 6.23, tem como conseqüência a morte espiritual, ou seja, a quebra da comunhão com Deus; • Confessar é declarar, verbalizar, ou seja, falar de maneira audível acerca do pecado que foi cometido; • A confissão é antecedida pelo reconhecimento do pecado. Um pecado só é confessado quando aquele que o cometeu o reconhece como tal. Nesse processo, há uma ação do Espírito Santo. A Bíblia diz que ele é quem nos convence do pecado (Jo 16.7,8); • A confissão de um pecado pode e deve ser feita assim que se tem consciência dele, ou seja, não é necessário se esperar um tempo após o cometimento do pecado para confessá-lo; • A confissão de um pecado é um ato de fé, ou seja, mesmo que você não se sinta perdoado, creia que você o foi. 2. Como fazer? Quanto à confissão de pecados, ela pode variar de acordo com a pessoa que confessa e de acordo com a pessoa que ouve. Quanto à pessoa que confessa, a confissão pode ser: • Individual: Nesse caso, o verbo é usado na primeira pessoa do singular. Davi, após ter sido confrontado quanto ao seu pecado pelo profetas Natã, disse: “Pequei contra o Senhor” (2Sm 12.13); • Coletiva: Nesse caso, o verbo é usado na primeira pessoa do plural. Em Neemias 1.6, está escrito: “Confesso o pecado que nós, os israelitas, temos cometido contra ti. Sim, eu e o meu povo temos pecado”. Quanto à pessoa que ouve, a confissão pode ser: • A Deus: Em Esdras 10.11, está escrito: “Agora, confessem o seu pecado ao Senhor, os Deus dos seus antepassados”; • A pessoas: Em Tiago 5.16, está escrito: “Portanto, confessem os seus pecados uns pelos outros e orem uns pelos outros”. Recomenda-se que essa confissão seja feita a alguém que tenha maturidade e autoridade para ajudar o confessor a lidar

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com o seu pecado. 3. Quais os benefícios? • Em 1João 1.9, está escrito que o resultado da confissão de um pecado a Deus é o perdão e a purificação do confessor. O perdão lida com a culpa pelo pecado. A purificação lida com a quebra da comunhão com Deus provocada pela sujeira do pecado (Deus é santo e não comunga com o pecado; cf. Is 59.2); • Em Tiago 5.16, está escrito que o resultado da confissão de um pecado a uma pessoa é a cura do confessor mediante a oração daquele que ouviu. A confissão de pecados a uma pessoa, na verdade, é um ato de prestação de contas e de submissão à autoridade. Isso gera um grande poder para que o confessor fique livre do pecado. Conclusão e Desafios Como foi dito na introdução, o principal objetivo desta lição é fazer com que as pessoas da célula comecem a confessar seus pecados com regularidade e orientação. Certamente, na maioria dos casos, serão necessárias mudanças nos hábitos, o que exigirá disciplina, tempo e persistência. A partir do que foi ministrado nesta lição, faça um desafio de confissão de pecados à sua célula.

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Anexo: Momento a Sós com Deus

O que é? É um tempo em que você se separa de todos e de todas as suas tarefas para um encontro exclusivo com o Deus Eterno. Já pensou no imenso privilégio? Só você e Deus! Sem intermediários, sem ruídos, sem interrupções, sem correria. Para que usar o diário? 1) É uma boa maneira de registrarmos as revelações que recebemos diariamente de Deus; 2) Cria em nós uma atitude de expectativa; 3) É um modo de verificarmos nossa persistência; 4) Proporciona um meio fácil de fazer revisão; 5) Podemos fazer uma avaliação rápida de nosso desenvolvimento. 6) Com o diário você manterá um registro vivo da sua caminhada com Deus. É o livro da sua vida cristã, por isso, desenvolva o hábito de escrever sempre! para As adversidades são

Título

Texto Lido

Texto Bíblico

todos Data

Salmo 30 a 35

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o Senhor o as adversidades, mas “O justo passa por muit o 34.19) livra te todas”. (Salm

uma ente, sua vida não foi salmo e, definitivam lutas. Ele era Davi escreveu esse fios e pontuada por - foi repleta de desa por mais justo caminhada tranquila pois, to, o assun ridade para falar sobre alguém que tinha auto rsidades. u de passar por adve que fosse, não deixo

Observação

A única rei por dificuldades. de que eu não passa alguém Não existem garantias . Por mais correto que Deus me livrará delas rsidades adve As garantia é a de que des. muitas adversida por rá passa ém pessoal. consiga ser, ele tamb e para o crescimento formação do caráter na es rtant impo são

Interpretação

lo

de o M

hora da comigo, mesmo na de que Deus estará Exercitar a confiança fícios das lutas e ento é um dos bene livram o dand me o me adversidade, dificuldades, não poss Quando eu passar por desafios que enfrento. o livramento. no Deus que me dará esquecer de confiar

Aplicação

Oração

des e a em meio às adversida rgar a sua presença e da sua Pai, ajuda-me a enxe . Que eu nunca duvid me dará o livramento confiar que o Senhor s ficarem difíceis. coisa as do quan bondade e fidelidade v

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Data: _____/_____ /_______ Passagem Bíblica:

Principal mensagem do texto:

Uma ordem:

Como posso aplicar isso na minha vida:

Anotações (oração, pedidos e comentários)

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Cerqueira César Igreja presbiteriana independente

Células

Escola de Capacitação Ministerial

Multiplique 20

PRESBITÉRIO BOTUCATU


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