Revista Iron Biker Brasil #04 - Mountain Bike Magazine

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MARIANA

A CAPITAL BRASILEIRA DO MOUNTAIN BIKE

PÁG. 14

5.5

TURBO!

EQUIPE COMPLETA 15 ANOS DE PARTICIPAÇÃO E UNIÃO NO IRON PÁG. 10

SEM

FINGMENTO! UM BATE PAPO COM O BRUTO MAIS FAMOSO DO MTB PÁG. 20

IRON

RUNNER VEJA TUDO QUE ROLOU NA ETAPA INHOTIM 2016 PÁG. 70


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É o Tour.

Vincenzo Nibali | Tour de France | S-Works Tarmac


Criação: Amanda Fernandes


A Primaz de Minas se orgulha em ser a capital nacional do mountain bike! Agradecemos aos atletas que, além de fazerem parte do nosso calendário oficial de eventos, fazem parte da nossa essência enquanto marianenses apaixonados por toda a magia e alegria proporcionadas pelo esporte. Venha se aventurar em nossas trilhas. Aproveite também para apreciar nossa culinária, passear por nossas ruas e conhecer nossa história.




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EXPEDIENTE Direção Editorial Lucas Fonda Gilberto Canaan Marco Antonio Canaan Edição Lucas Fonda Jornalismo Kíria Ribeiro Direção de Arte Humberto Bicalho Fotografia André Araujo Cristiano Quintino Diogo Andrade Dudua’s Profeta Fernando Genaro Gustavo Lovalho Magnus Torquato Victor Eulalio Vinicius Branca CAPA Atleta: Piu Santos Foto: Magnus Torquato

Pelo quarto ano consecutivo a nossa amada Mariana recebeu a maior maratona de Mountain Bike da América Latina: o Iron Biker Brasil. Todo o clima de adrenalina e emoção invadiu as ruas históricas da Primaz de Minas, mais especificamente, a Praça Minas Gerais, que foi o palco da largada da prova nessa 24ª edição. Confesso que ainda fico sem palavras para descrever o grau de importância do evento esportivo para todo o município. Afinal, são quatro anos incentivando os atletas municipais e fomentando o nosso turismo e a nossa economia. Esse ano foram cerca de 1.700 bikes do Brasil e do exterior que disputaram o lugar mais alto do pódio do Iron Biker Brasil. Mais um recorde batido em termo de número de inscrições. Mais um recorde de lotação dos nossos hotéis e pousadas. Mais um recorde de número de turistas que recebemos. Mais um recorde, principalmente, da confiança adquirida ao longo dos anos pelos atletas. Essa relação de credibilidade e de carinho entre a nossa cidade e os esportistas que participam da competição é especial e muito importante para nós gestores e moradores. Nessa edição os participantes puderam conferir novamente as belezas naturais, culturais e históricas da primeira capital de Minas Gerais. Puderam ver de perto que a cidade está mais linda do que nunca e que segue viva com os seus casarões, monumentos, igrejas e com uma população extremamente receptiva. Gostaria de destacar também a participação dos atletas marianenses, que são motivo de orgulho para todos nós: jovens como Jefferson, Gleison, Wanderson e João Paulo. Além, é claro, da nossa querida Liege Silva, que mais uma vez garantiu boa colocação e terminou em quarto lugar geral da competição, sendo a melhor brasileira do Iron Biker Brasil 2016. Por esses e outros motivos, a cada dia que passa, Mariana se consolida no cenário esportivo nacional. É prazeroso e satisfatório para nós poder ver a nossa cidade crescendo em uma área tão importante. Mais do que aliados, somos parceiros de jornada e de projetos para o desenvolvimento esportivo, turístico e econômico da Primaz de Minas. Só temos que agradecer a cada atleta dessa relevante competição que, além de fazerem parte do nosso calendário oficial de eventos, fazem parte da nossa essência enquanto marianenses apaixonados por toda a magia e alegria proporcionadas pelo esporte.

Duarte Junior

Prefeito de Mariana - MG


Duarte Junior

Prefeito de Mariana


AS DEBUTANTES

foto: CRISTIANO QUINTINO

DO IRON BIKER

BRASIL

Equipe 5.5 Turbo completa 15 ANOS DE AMIZADE e de participação na competição por Kiria Ribeiro


REVISTA IRON BIKER 2016

Virgínia Paes, publicitária. Carla Papini, empresária. Denise Cruzeiro, psicopedagoga. Sádia Campos, empresária. Cristiane Castañeda, geóloga. Renata Gonçalves, designer. Guerreiras, determinadas e dedicadas. O que mais essas mulheres têm em comum? O amor pelo esporte e pelo ciclismo. O prazer em disputar pela décima quinta vez a maior competição de Mountain Bike da América Latina. Essas grandes mulheres que são conhecidas como “4.0 Turbo” colecionam momentos únicos no Iron Biker Brasil há 15 anos. Tudo começou quando a publicitária, Virgínia, costumava sair de bicicleta, ainda adolescente, sem rumo, sem equipamento, apenas pelo prazer de desafiar seus limites. “Sempre andei de bike. Desde nova. Andava com a minha grande amiga Bebel. Mas no ano que eu iria completar meus lindos 40 anos, um amigo apresentou-me outra maluca que fazia a mesma coisa, a Carla. Ela também era apaixonada pelo esporte, e se arriscava sozinha, por falta de companhia”, contou. Depois de diversas pedaladas, Virgínia e Carla encontraram mais uma amiga de pedal. “Conhecemos a Sádia, que dava aulas de spinning na academia que a Carla frequentava. Outra mulher guerreira, beirando os 40 anos, que também tinha histórias de amor interessantes com sua bicicleta. Fizemos alguns pedais juntas e a história era sempre a mesma: ríamos tanto quanto pedalávamos”, disse. A amizade foi crescendo, as conversas aumentando e os desafios em cima das duas rodas também. Foi aí que as determinadas meninas resolveram dar um nome para o grupo, que já fazia barulho nas trilhas. “Na verdade, eu tinha uma caminhonete Ranger 4.0 Turbo, que nos levava até os pontos de encontro do pedal. Aí fizemos a

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associação: turbinadas e com motor 4.0, nós nos tornamos então a equipe 4.0 Turbo. Nome este que haveria de mudar anos depois, até porque fomos ficando mais velhas. Hoje somos 5.5 Turbo”, afirmou Bebel. Em 2001, a equipe decidiu se inscrever no Iron Biker, para, enfim, disputar uma competição oficial. “Decidimos fazer a inscrição. Como a categoria feminina era uma só, ficamos desanimadas, pois a média de idade era muito baixa e nós, afinal, éramos 4.0! Foi quando procurei meu amigo Gilberto Canaan e comentei sobre nosso desejo de participar e nossa frustração em competir com meninas de 17 anos. Ele, que foi o meu mentor no mountain bike, disse-nos que, para criar uma nova categoria, era preciso o mínimo de cinco participantes. Foi o que bastou para nós. Fizemos as inscrições: Eu, Carla, Sádia, Rosana e Bebel. E assim foi criada a categoria feminina acima de 35 anos”, contou Virgínia. Com pouca experiência, mas com muita garra, Virgínia, Carla, Sádia, Denise, Renata e Cristiane foram se desenvolvendo dentro da competição. “Podemos dizer que nós fizemos história no mountain bike de Minas Gerais. Nossa equipe também cresceu e temos outras turbinadas que honram nosso nome nas competições, sempre presentes com a alegria de sempre: Denise, Cristiane e Renata. Sem esquecer a Jeanne e da Raquel Gontijo, ciclistas fortes que passaram pela nossa equipe”, ressaltou Sádia. Emoção, alegria e satisfação são alguns dos sentimentos que fazem parte da vida dessas guerreiras sobre duas rodas. Dessas que valorizam, acima de tudo, a amizade construída por causa do amor pelo ciclismo. Uma história de amor, carinho e reconhecimento.


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UNIÃO NO AMOR fotos: ARQUIVO PESSOAL

E NO

ESPORTE

IRON BIKER BRASIL 2016 vira palco da lua de mel do casal Letícia e Júnior por Kiria Ribeiro Respeito, admiração, parceria e cumplicidade. Essas são algumas das características que qualquer casal almeja e espera de um relacionamento. Imagine quando esses sentimentos se misturam com a adrenalina proporcionada pelo Iron Biker Brasil? Com todo esse cenário de singulares energias, o atleta Júnior Amaral e sua esposa Letícia Silva conhecem bem essas características. Movidos por dois amores: família e Mountain Bike, o casal coleciona momentos especiais e reforça sempre a paixão consolidada na união. “Nos conhecemos há quatro anos. A amizade, o convívio e o tempo nos tornou amigos, amantes, companheiros, cúmplices e parceiros”, destacou Letícia. Com uma história recheada de emoções, o casal sempre reforça os momentos felizes, mas também de dificuldade que passaram juntos. “Teve um período que realmente foi difícil em nossa relação, que foi quando pensamos que eu não poderia ter filhos. Foi aí que fomos surpreendidos por Deus e Ele nos concedeu o fruto do nosso amor, que é o nosso pequeno, que está com 1 ano e 7 meses. Uma criança

desejada, feliz e esperta que ilumina as nossas vidas. Sempre me emociono quando conto a nossa história, porque realmente nos tocou muito”, ressaltou Júnior. Com a participação em duas edições do Iron Biker Brasil, Júnior afirma que a prova tem uma importância muito grande em sua trajetória de vida. “O evento sempre mexeu comigo. Sempre foi especial. Por isso, resolvemos nos casar no mês de setembro, mês em que é realizada a competição. E mais, decidimos passar a nossa lua de mel na cidade sede do Iron: Mariana”. Quando questionados sobre a construção de uma relação saudável aliada ao esporte, Letícia reforça a importância da dedicação diária nos dois lados. “Em qualquer tipo de relação é relevante o companheirismo. No esporte não é diferente, por isso, sempre apoio o Jacy. Procuro ser amiga, amante, mulher, companheira. Concilio casa, trabalho, filho e faço questão de apoiar o meu atleta campeão. Para mim ele sempre será meu campeão”, afirmou.


Mais do que a realização de uma cerimônia, Jacy e Letícia destacam a valorização da realização de um sonho. “Foi tudo lindo o nosso matrimônio, mas o que mais nos deixa satisfeitos foi o momento único que passamos. Foi um turbilhão de emoções. E o mais bacana também foi em ter realizado outro sonho do meu marido que foi a lua de mel em Mariana. Só temos que agradecer ao esporte, ao Iron por terem nos proporcionado esse momento maravilhoso”, disse Letícia. Palco de sentimentos como ansiedade, adrenalina e competitividade. Palco da consolidação de uma história de amor. Para o casal Jacy e Letícia, foram momentos intensamente vividos juntos e exemplo de felicidade proporcionada pelo amor e também pelo esporte. É impossível contar essa história sem falar do Iron, cenário de vários dos capítulos que os trouxeram até aqui, e inspiração para seguirem compartilhando juntos projetos, sonhos e expectativas.


fotos: MAGNUS TORQUATO GUSTAVO LORVALHO CRISTIANO QUINTINO

Pelas belezas históricas de

MARIANA por Kíria Ribeiro

Primaz de Minas Gerais recebe pela quarta vez a MAIOR COMPETIÇÃO DE MOUNTAIN BIKE da América Latina


REVISTA IRON BIKER 2016

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Mariana, Praça Minas Gerais. Adrenalina, emoção e competitividade. História, cultura e beleza. Com todo esse cenário, a 24ª edição do Iron Biker Brasil agitou a cidade mineira nos dias 16, 17 e 18 de setembro. Além de participar da competição, os atletas tiveram a oportunidade de conhecer um dos maiores patrimônios históricos do Brasil. A primeira capital do estado de Minas Gerais está mais viva do que nunca e segue sendo símbolo de riquezas naturais e culturais. Possuindo um acervo patrimonial muito extenso, conserva belas igrejas, ricos museus e um imenso conjunto de monumentos civis e religiosos construídos no tempo do Brasil Colônia, quando o ouro era abundante na região. Obras como essas motivam pessoas do mundo todo a conhecer de perto essas riquezas. Pelo quarto ano consecutivo, o Iron Biker Brasil aconteceu nas históricas montanhas da região marianense. Fator importante para o turismo, a prova, além de incentivar a cultura do esporte na região, é sempre uma opção de entretenimento para as famílias de Mariana. “Depois de tudo que aconteceu em nossa cidade, mostramos para o mundo inteiro que Mariana está de pé, está linda e viva. Nosso centro histórico impecável, nossas ruas, nossos distritos, enfim. Mais uma vez recebemos, com grande estilo, os atletas, que, esse ano, largaram em nosso cartão postal: a Praça Minas Gerais”, afirmou o prefeito de Mariana, Duarte Júnior. Para a jovem marianense, Patrícia Souza, o evento esportivo ajuda a cidade a se manter aquecida economicamente, além de proporcionar lazer e diversão aos moradores em geral. “Considero a maratona uma das maiores ações do segundo semestre que acontece na cidade. Ruas movimentadas, turistas e ainda podemos acompanhar uma prova acirrada de ciclismo. Gosto muito. Compareço todos os anos”, contou. Por tudo isso e muito mais, os 1700 atletas que desembarcaram em Mariana tiveram a chance de se encantar, de desbravar as trilhas das comunidades históricas da Primaz de Minas e de proporcionar mais um momento especial do esporte e entretenimento nacional para a população.


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COMUNIDADES SE ENVOLVEM NA 24ª EDIÇÃO DO IRON BIKER BRASIL Localizado às margens do rio Gualaxo do Norte, o subdistrito de Ponte do Gama recebeu, pela primeira vez, o Iron Biker Brasil 2016. A pequena vila de 51 moradores foi ponto de apoio oficial da competição na maratona do primeiro dia. Famosa por suas belezas naturais, comidas típicas, festas religiosas e cavalgadas que atraem, anualmente, centenas de visitantes, a comunidade recebeu, de braços abertos, os competidores e seus familiares. Tornou-se um local estratégico para reabastecimento de água, isotônicos e manutenção das bikes. As equipes de apoio e familiares dos atletas tiveram a oportunidade de provar diversas quitandas típicas da região, como queijo, pastel, broa de fubá, cuscuz e a famosa brevidade de Ponte do Gama. Além disso, os presentes puderam ainda, alimentar o espírito com as belas paisagens, o ar puro da natureza e o som dos pássaros. “Tem morador que gostou tanto, que já comprou até uma bicicleta para treinar e, quem sabe, competir no ano que vem”, relatou o presidente da Associação Comunitária de Moradores de Ponte do Gama, Milton Manoel De Sena. Além de Ponte do Gama, outros distritos de Mariana, como Monsenhor Horta, Camargos, Águas Claras, Bandeirantes e Paracatu também fizeram parte do percurso desse ano. Já no domingo, os competidores passaram pela charmosa vila de Camargos. Fundada no final do século XVII. A vila é caracterizada por pequenas casas de arquitetura colonial, igreja e propriedades rurais. A comunidade faz parte do chamado Caminho dos Diamantes da Estrada Real e é destino certo de jipeiros, mochileiros, ciclistas e caminhantes. As trilhas apresentam roteiros de dificuldades variadas, planos, subidas leves, fortes, estradas de terra, riachos, cachoeiras e muitas outras emoções. Ao longo dos seus 42 anos de idade, Silvânia Coelho acompanhou muitas histórias da janela de sua casa, viu gente indo e vindo e, aos poucos, Camargos tomando forma. “Conheço tudo mundo que mora na comunidade, somos uma grande família”, diz. E foi de uma dessas janelas que ela acompanhou a esperada prova do Iron Biker Brasil 2016. “Acompanho o Iron Biker há muitos anos, é sempre uma alegria imensa quando eles estão na região. As janelas e as calçadas ficam lotadas. Além de movimentar a cidade e trazer turismo para a comunidade. As crianças adoram, e eu também”, contou. O apoio ao Iron Biker Brasil 2016 faz parte do programa de fomento ao turismo, cultura, esporte e lazer da Fundação Renova.


TEM MORADOR QUE GOSTOU TANTO, QUE JÁ COMPROU ATÉ UMA BICICLETA PARA TREINAR E, QUEM SABE, COMPETIR NO ANO QUE VEM MILTON MANOEL DE SENA

PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE MORADORES DE PONTE DO GAMA


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IRON

EM

BIKER NÚMEROS

O IRON BIKER BRASIL 2016 foi marcado por desafios, diversão superação e também por números que impressionam.

232 10

pessoas envolvidas diretamente no Staff

132

melancias

4

caminhões

pick-ups

5.000 leitos de hotel ocupados

3.200

metros de fita para marcação


REVISTA IRON BIKER 2016

16 2

4.987

mexericas

motos

36.000

litros de combustível

ônibus

1

3.000

paçocas

22.000 refeições

quadriciclo

52.800

copos de água

4512

6 9

copos de isotônico

vans

carros

19

KG

7

jeeps

4.850

bananas

3.264

kg de alimentos arrecadados


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BRUTO

DEMAIS! fotos: ARQUIVO PESSOAL FERNANDO GENARO VICTOR ELEUTERIO

O nome dele é Thiago Drews, mas poucos o conhecem assim. Quem pedala, ou conhece alguém que pedala, já deve ter ouvido falar no Brou Bruto. Esse virou praticamente seu primeiro nome e é tão famoso quanto seus jargões: “Bruto demais”, “Ninguém quer ser feio”, “ Bora treinar porque tá todo mundo treinando”, “Sem fingimento”, entre outros que transmitem incentivo com bom humor, e vem conquistando a cada dia mais seguidores. Brou nasceu em Belo Horizonte em 18/01/1978 e começou a trabalhar cedo. Com menos de 10 anos já ajudava o pai, limpando as prateleiras da farmácia. Atividade incentivada pelo Seu Vavá, que a partir

por Lucas Fonda

daquele momento transferiu valores e humildade aos filhos. Com 18 anos começou a trabalhar em academias e depois de algum tempo decidiu montar a sua própria. Sonho conquistado com a venda de um carro e um financiamento bancário. Com uma vida dedicada a atividade física, esse professor de educação física, pós-graduado em treinamento esportivo, também é exemplo quando o assunto é a ajuda ao próximo e a busca por extrair do ser humano aquilo que ele tem de melhor. A Revista Iron Biker bateu um papo com o Brou, e essa história você confere aqui!


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Quando começou a praticar esportes? - Muito cedo. Meu pai sempre foi um grande incentivador. Levava a gente (eu e meu irmão Zé Elias) com oito anos pra pedalar de BMX no Mineirão. A gente também pedalava muito “no pelo” naquelas bikes sem marcha lá no no sítio. Me lembro do meu pai também levando a gente pra andar de bike na perdidas (uma trilha muito tradicional em BH). Foi aí que a brutalidade aflorou em proporções bíblicas! Meu pai sem dúvidas foi esse grande incentivador, apostando no esporte como elemento transformador. Afinal, os brutos também choram? Qual foi o momento mais emocionante da sua vida? - Sem dúvidas choram brutalmente! No esporte, sem dúvidas foram as duas participações nas olimpíadas, tanto conduzindo a tocha olímpica, como assistindo ao Mountain Bike e tendo a oportunidade de acompanhar tão de perto o desempenho dos melhores do mundo. Mas o que me emocionou pra valer foi perceber o carinho do público lá presente no trato comigo, as fotos, a brutalidade compartilhada, as tantas histórias de vida que me contaram que fiz parte, pessoas me abraçando de uma forma que eu só tinha sentido em abraços de família. Foi muito impressionante e emocionante. Já na minha vida pessoal, o momento mais especial foi o nascimento da minha filha Leticia que nasceu este ano e já estou preparando para ser minha dupla mista no Iron Biker daqui 15 anos. Tem isso sim! Você acredita que o Brasil tem solução em termos políticos e sociais? - Acredito que o esporte e educação são capazes de transformar toda uma sociedade. O investimento público em educação é capaz de criar crianças, jovens, adolescentes e adultos com outra perspectiva de futuro. Você se tornou uma verdadeira celebridade no mundo do Mountain Bike e suas frases e vídeos já ultrapassaram esse universo esportivo. Imaginava isso em sua vida? Você lembra quando e porque tudo isso começou? - Nunca imaginei mesmo. Comecei tirando foto “selfie”. Nem existia a palavra selfie e eu já tirava (risos). Comecei colocando um vídeo e a galera começou a curtir, agradecer pelo fator motivacional, pedir outros, e

fui fazendo, o pessoal foi gostando achando legal. E é realmente impressionante a dimensão que a coisa tomou. Tenho hoje mais de 80.000 seguidores nas redes sociais e o mais legal que foi tudo muito natural e espontâneo, pois tudo que faço, não existe um marqueteiro, assessor, nada. Os vídeos, fotos, ações sociais, sorteio maluco, responder cartas, cuidar da minha família, da minha academia, treinar sem fingimento, competir, etc. Tudo faço sozinho, de coração. Acho que essa é a essência. Não posso perder isso nunca! Qual seu maior sonho? - Meu maior sonho é sempre poder acreditar nos sonhos! Saber que tudo é possível se você acreditar, tiver fé e dedicar ao máximo, sem fingimento! Qual seu maior pesadelo? - O início do Mountain Bike competitivo há aproximadamente 10 anos atrás, ficava realmente muito nervoso, não dormia direito. Chegava a fazer 5 xixis de madrugada. Esse era meu maior pesadelo. Hoje já superei isso. Hoje vou pra me divertir, vou pra sofrer, é claro, mas aprendi a encontrar prazer no sofrimento. Isso fez uma enorme diferença pro meu estado psicológico. Hoje encontrei uma plenitude em competir e ver prazer naquilo. Você já viajou e vivenciou experiências esportivas fora do Brasil, acredita que o atleta brasileiro ainda possa atingir níveis de incentivo como nos EUA e Europa, por exemplo? - Já viajei muito realmente. Já estive em muitas provas fora do Brasil: Canadá, EUA, França, Itália, Suíça, Chile, Argentina. E vejo realmente que o nível dos atletas estrangeiros é muito diferenciado. Acredito que tudo venha da base, da iniciação esportiva. No Brasil, o primeiro presente que o menino ganha é bola ou bicicleta, mas não existe uma disciplina, e principalmente incentivo. Para a maioria dos brasileiros é muito complicado investir em uma bicicleta de competição. Por aqui o atleta precisa ter uma força de vontade muito maior, mas acredito que todo brasileiro tem condições de brutalizar, se superar e chegar onde quiser. Assim como vejo o Henrique Avancini, brigando com os gringos lá fora de igual pra igual.


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Linhagem Bruta!

Brou com o pai Vavá e o irmão Zé Elias

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Na sua opinião, qual a importância do Iron Biker para o Mountain Bike brasileiro? - Nó... O Iron Biker pra mim é com certeza a maior competição do Brasil, sem dúvidas. Quando comecei a pedalar, já era fã do Hugo Prado Neto, há mais de 10 anos atrás já acompanhava o Iron Biker na TV, Rádio, não existia nem essa onda de rede social tão forte e o Iron já era a grande prova e desejo de todos. Inclusive ano que vem tem aniversário maluco aí, 10 anos da minha participação no Iron Biker sem fingimento. Corri alguns anos solo e depois passei a correr sempre em dupla com o Rosinha. E gosto muito dessa harmonia da dupla, da reciprocidade, companheirismo e a demonstração da amizade que o mountain bike tem de tão diferenciado dos outros esportes. No nosso esporte, na maioria dos casos, a disputa acaba na pista, fora dela é sempre uma grande festa e uma grande família. Qual a sua lembrança mais legal vivenciada em um Iron Biker? - Com certeza foi o ano que eu me superei muito com as adversidades que aconteceram. Tinha acabado de perder meu pai. Apesar de saber que nunca poderia abaixar a cabeça e que somos todos sujeitos a essa passagem e que em um segundo tudo pode mudar, sofri muito com a perda dele. Mas mesmo depois de tudo, me dediquei ao máximo para ir ao Iron Biker. Fomos lá e naquele ano fomos pentacampeões do Iron Biker. Me lembro que foi muito emocionante, pois um ano antes encontrei meu pai na chegada do Iron Biker com um sorriso característico de todos os Irons que ele me esperava chegar, e naquele ano ele não estava lá. Mas eu só pensava nele até chegar e fomos campeões. Como ele foi sempre meu grande incentivador, isso me marcou muito.

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que estão sendo motivadas por mim, sou eu quem na verdade estou sendo motivado por elas e assim quero seguir. E quem sabe minha imagem também não possa ajudar a alavancar ainda mais a imagem do Mountain Bike, pois eu amo a natureza, amo esse esporte e é isso que desejo pra ele. Uma referência pra você no esporte: - Eu não posso dizer que tenho uma única referência de ser humano no esporte, tenho na verdade todos os atletas da minha equipe, que fui encontrando um por um, ano a ano e fui formando minha equipe Brou Aventuras. Nunca foquei nos mais fortes, ou nos que pegavam pódio e sim naqueles que tinham a paixão pelo esporte no olhar, os mais legais, mais interativos. E isso fez a equipe Brou ser a referência que tenho de atletas. Robertão, Lúcio, Athos, Roberta, Bicudão, Xicão, Wemerson, Carcaça, Dininho, Rosinha, Geraldinho, Batata, Marianinha, Juninho, Zé Elias, Dino. Chamo eles de meus filhos e trato eles assim. De todos eles, cada um com sua humildade, com todos os ensinamentos compartilhados, destaco o Rosinha que nunca me deixou desistir. Quando ele me conheceu, eu era pesadão, muito musculoso e não acreditava que seria possível me destacar no esporte. Sofria muito pra subir morro e o Rosinha sempre dizia que era possível, que só dependia da minha dedicação. Então, se hoje eu incentivo e motivo alguém, é porque um dia eu fui motivado e incentivado por ele. Uma referência pra você como ser humano: - Sem dúvidas o meu pai. Meu eterno norte, quem me introduziu no esporte e no trabalho, quem sempre buscou nos dar uma educação de qualidade e isso fez grande diferença na nossa vida!

Quais são seus planos profissionais para o futuro? E os pessoais?

Uma mensagem final para todos os leitores da Revista Iron Biker

- Meus planos profissionais são realmente o de continuar com essa jornada da brutalidade compartilhada na plenitude máxima. Acho que está dando muito certo! Quero continuar buscando o que há de melhor no ser humano e me inspirar cada vez mais. Como atleta não quero parar de competir nunca. Comecei na Sub30, depois Sub35, agora Sub40, depois Sub 45 e pretendo ir até a Sub100. Até onde me permitirem chegar, pois minha motivação é recíproca. Enquanto as pessoas me falarem

- Deixo aqui a velha frase que eu costumo falar: O Sonho nunca acaba! Se você acreditar, dedicar, abdicar, tiver fé! Com certeza você vai conseguir atingir seus objetivos. O Mountain Bike é um esporte de performance que não é fácil, não é incentivado, mas é nele que encontramos nosso valor e superamos nossos limites diariamente. E como ninguém quer ser feio, tá todo mundo superando limites SEM FINGIMENTO! Aí que tá a brutalidade máxima constante! BRUDIMAIS!


1 diA

o DE MARATONA fotos: DIOGO ANDRADE DUDUAS FERNANDO GENARO GUSTAVO LOVALHO VICTOR ELEUTERIO VINICIUS BRANCA

NAS GERAIS

Foi dada a largada para o primeiro dia de suor e emoções! Por Kíria Ribeiro



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REVISTA IRON BIKER 2016

Batendo o recorde de inscrições em sua 24ª edição, com 1700 atletas do país e do exterior, o Iron Biker Brasil começou com tudo no sábado, 17 de setembro, na cidade histórica de Mariana (MG). A Praça Minas Gerais, cartão postal da primeira capital do Estado, foi o local escolhido esse ano para o grande momento inicial da maior maratona de mountain bike da América Latina. Localização privilegiada, temperatura amena, clima típico de inverno. “É uma emoção diferente. É um sentimento de querer se superar ano após ano. Isso é o mais legal no Iron. Faço questão de participar sempre justamente por essa adrenalina que só esse esporte nos proporciona”, disse o gerente de vendas, Renato Vieira, que compete pela categoria máster. Com uma animação sem igual, a jovem advogada Laura Souza sempre quis fazer parte da “Família Iron Biker”. “Costumo dizer que o Iron é uma família. É um grupo unido de atletas. Me distrai, me alegra, me motiva competir. Quero mais e mais”, comentou, admirando as belezas históricas da cidade mineira.


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O NÍVEL TÉCNICO DA COMPETIÇÃO FOI O GRANDE DESAFIO MAIS UMA VEZ. ROBSON FERREIRA CAMPEÃO - ELITE MASCULINO


DISPUTA ACIRRADA ENTRE A

ELITE

Na luta pelas melhores posições, o pelotão de elite saiu na frente e mostrou logo logo para que veio. O percurso, com cerca 100km no primeiro dia de disputa, fez uma pequena visita em comunidades como Ponte do Gama, que recebeu pela primeira vez a prova. Mostrando uma boa pegada desde o início da maratona, o brasileiro Robson Ferreira e a norte-americana Larissa Connors venceram o primeiro dia de disputa do percurso completo da competição. Após encararem as trilhas do município e distritos próximos, eles levaram a melhor e somaram pontos importantes na corrida pelo título. Robson, que terminou na quarta colocação na edição do ano passado, completou o circuito em 2h31min, seguido pelo suíço Lukas Kaufmann e pelo brasileiro Alysson Serra. “Na verdade, o clima favoreceu muito pelo fato de não ter tido sol. Me senti muito bem com a mudança da trilha esse ano. Tudo me favoreceu muito, inclusive as subidas durante o percurso”, disse. A atleta norte-americana Larissa Connors cruzou a linha de chegada em primeiro lugar, com o tempo de 3h56min. “Foi uma emoção diferente. Foi diferente demais esse ano para mim enquanto atleta. Uma prova difícil, mas que consegui realizar com boa performance, principalmente, nesse primeiro dia de disputa”, contou Connors



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2 diA

o DA DISPUTA

fotos: DIOGO ANDRADE FERNANDO GENARO MAGNUS TORQUATO

NAS GERAIS

Por Kíria Ribeiro

Hora da verdade! Segundo dia de maratona foi marcado por mais emoções



Sol, calor

e belezas naturais. O sol apareceu e o clima esquentou desde as primeiras horas do segundo dia de competição. O domingo seria mais difícil para os bikers, mesmo com um percurso menor. Era o momento de fazer uma força extra para garantir a melhor colocação possível. A ansiedade reinava nos minutos que antecederam a largada da prova. Afinal, era o dia do tudo ou nada. Para os participantes da elite, a tentativa era de fazer um bom resultado e tentar dosar o cansaço do dia anterior. Em um dia de disputa ainda mais acirrada, quem levou a melhor no domingo, com toda a dificuldade do percurso nas trilhas e montanhas de Mariana, foram novamente o brasileiro Robson Ferreira e a norte-americana Larissa Connors, que se sagraram campeões da 24ª edição do Iron Biker Brasil. Agora tetracampeão do Iron Biker Brasil, o brasileiro Robson Ferreira, reforçou a importância de mais uma participação na maior prova de mountain bike da América Latina depois de um resultado tão expressivo, onde conquistou a primeira colocação nos dois dias de disputa. “Fiquei na frente praticamente o tempo todo, consegui segurar o ímpeto dos adversários. Foi um dia mais cansativo, num percurso mais curto, porém mais exigente. Um roteiro diferente esse ano, mas muito bem marcado e sinalizado. O nível técnico da competição foi o grande desafio mais uma vez. Consegui me sair bem e isso é o mais importante”,

comentou Robson, ainda tentando recompor devido ao desgaste.

se

O suíço Lukas Kaufmann e o colombiano Luis Mejia Sanchez, campeão em 2015, terminaram na segunda e terceira colocação respectivamente na elite masculina. Já no feminino, a norte-americana, Larissa Connors, liderou no primeiro dia da maratona e finalizou sua participação no domingo em segundo lugar. Pelo critério de pontuação e desempate, foi a grande campeã da etapa feminina. A bicampeã, a colombiana Angelita Parra, ficou na segunda colocação e a sulafricana Amy Beth Mc Dougall na terceira. A brasileira melhor colocada foi a marianense Liege Walter, quarta na classificação geral. “Foi duro, muito duro. Mas dessa vez foi especial, porque consegui me superar. Isso não tem preço. Na subida, fazia toda a força possível para abrir vantagem e tentar analisar a diferença que eu tinha das demais competidoras. Me senti bem o tempo todo, nos dois dias. Aproveito e agradeço a todos que torceram por mim”, disse Larissa Connors. A emoção do pódio superou qualquer cansaço vindo dos atletas. O sorriso, a satisfação e alegria tomaram conta do semblante de cada um que proporcionou uma das disputas mais acirradas da história da maior competição de mountain bike da América Latina, o Iron Biker Brasil.




CLASSI

FICAçÃO ELITE MASCULINA:

1º - ROBSON FERREIRA DA SILVA (BRA) 2º - LUKAS KAUFMANN (SUI) 3º - LUIS MEJIA SANCHEZ (COL)

4º - ALYSSON SERRA LUCAS (BRA)

5ª - SHERMAN TREZZA DE PAIVA (BRA)

ELITE FEMININA:

1º - LARISSA CONNORS (EUA) 2º - ANGELITA PARRA (COL) 3º - AMY BETH MC DOUGALL (RSA) 4º - LIEGE DA SILVA WALTER (BRA) 5º - SUSAN DE PAULA ZORZETTO (BRA)




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GAME OF

THRONES

foto: EDUARDO PROFETA

Ação oferecida pela Ingá definiu SEGMENTO DE SUBIDA FORTE dentro do percurso e premiou os Lúcio Otávio, da cidade de Itabirito, e atletas mais cascudos. Eliane Resende, de Entre Rios de Minas, Por Kíria Ribeiro Disputa já conhecida pelos participantes do Iron Biker Brasil, a briga pela conquista do título de Rei e Rainha da Montanha Ingá tem se consolidado a cada ano na prova. O desafio é mais uma atração dentro do Iron Biker Brasil, onde a organização define um trecho de subida de dois quilômetros do percurso de sábado. Quem fizer o menor tempo, leva a melhor. Mas não vale para atletas da elite.

ambos mineiros, fizeram o menor tempo e se deram bem nessa edição de 2016. “Foi bacana demais poder ter ganhado esse desafio dentro do Iron. É uma prova que nos incentiva a treinar ainda mais e isso é importante”, ressaltou Lúcio. Para a atleta Eliane, a maratona em si engrandece qualquer amante do esporte. “Fiquei extremamente satisfeita com o meu resultado esse ano e por ter levado para casa esse troféu tão especial”, disse.


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Lucio Otรกvio e Eliane Resende devidamente coroados

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FALA PRESIDENTE! foto: MARIA RITA

Aos 49 anos de idade completados no último dia 15 de outubro, Paulo Aquino completa também QUATRO ANOS A FRENTE DA PRESIDÊNCIA DA FEDERAÇÃO MINEIRA DE CICLISMO. Casado, natural de Belo Horizonte Minas Gerais, empresário do setor de tecnologia desde 1993 atuando no mercado de automação comercial na área de software. Começou sua história com o ciclismo a partir de fevereiro de 2013 onde, após uma campanha de boas propostas, foi eleito presidente da entidade. “Sempre acompanhei o esporte e me interessei pela sua gestão, pelos bastidores, sobre como construir as condições para que os talentos esportivos pudessem se desenvolver”, ressalta Paulo. A REVISTA IRON BIKER CONVERSOU COM O PRESIDENTE para conhecer seus planos, visões e projetos futuros para o ciclismo no estado.

por Lucas Fonda


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- Após 4 anos a frente da FMC, o senhor pôde vivenciar desafios e realizações à frente da entidade. Qual o maior desafio e qual a maior realização dessa gestão: Vivemos um momento histórico. Traçando um panorama deste período, não tenho dúvidas de que esta foi uma gestão vitoriosa. Foi, não, é vitoriosa, porque se repetirá por mais 4 anos. Jamais na história tivemos uma entidade como temos hoje com uma ampla participação da sociedade do ciclismo do estado de Minas Gerais. O maior desafio, e maior realização, foi resgatar a credibilidade da entidade entre atletas, promotores de eventos e colaboradores. A Federação Mineira de Ciclismo (FMC) precisava se desenvolver de forma profissional e transparente, começando da descentralização das suas responsabilidades com utilização de meios modernos de administração. Desenvolvi ações e projetos que auxiliaram e deram oportunidades aos promotores de eventos do estado e também aos nossos atletas filiados e colaboradores. Estabelecemos um calendário esportivo unificado e integrado envolvendo municípios, promotores de eventos do esporte garantindo competições em todos níveis (estaduais, nacionais e internacionais), fomentamos o intercâmbio e conhecimento dos nossos profissionais (comissários) e criamos oportunidades para as equipes de alto rendimento como o Campeonato Mineiro de Equipes onde contamos com o total apoio do Iron Biker Brasil desde a sua criação em 2014. - Na sua opinião, ainda falta incentivo do poder público ao ciclismo? Sim, é necessário que o poder público elabore e implemente ações em seus programas, visando a sua democratização, a sua desburocratização e participação da sociedade civil. Formular e implementar políticas de cooperação técnica e intercâmbios que promovam a troca de experiências, o avanço científico e tecnológico da Educação Física do esporte, lazer e do estreitamento das relações entre municípios e o estado. - Como a FMC avalia a evolução dos eventos de ciclismo nos últimos anos? O primeiro passo foi criar uma regulamentação para o esporte ciclismo no estado e através deste ato conseguimos uma evolução profissional para a entidade

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e nossos comissários, e esta mesma evolução foi transferida para a maioria dos promotores de eventos do estado, onde, com o apoio da Federação Mineira de Ciclismo (FMC), acreditaram que poderiam ser capazes de ultrapassar as suas limitações, onde transformaram todas as suas barreiras do cotidiano (psicológicas, sociais, emocionais e financeiras, etc.) em oportunidades. - Como a FMC avalia o crescimento do ciclismo nos últimos anos? O crescimento maior foi o moral, e esta é, sem dúvida, a maior conquista desta gestão em favor do esporte ciclismo no estado. Em 2016 conseguimos beneficiar 6 atletas com bolsa estadual e 1 internacional, um maior número de competições homologadas no estado com uma média de 150 anuais, e a partir de 2017 o esporte ciclismo irá mudar para melhor em nosso estado. A começar por uma decisão que demonstra essa vontade: a criação do Projeto “Construindo Campeões”. - Na sua opinião a bicicleta é uma solução real de mobilidade urbana? O que a FMC tem feito a título de fomento dessa realidade? Seria uma solução emergencial, pois a questão da mobilidade é um problema indiscutível na maioria das cidades brasileiras de médio e grande porte. A busca pela mobilidade urbana é um desafio, que esbarra em problemas como o privilégio aos transportes individuais. Nos últimos anos participamos de alguns debates sobre a mobilidade urbana, mas é preciso ampliar estes debates, regulamentando ações públicas para o interesse da questão, tais como a difusão dos fóruns de mobilidade urbana e a melhoria do Estatuto das Cidades, com ênfase na melhoria da qualidade e da eficiência dos deslocamentos por parte das populações. - Na sua opinião qual a importância do Iron Biker Brasil para o Estado de Minas Gerais? É um dos maiores veículos de comunicação do ciclismo do estado de Minas Gerais existente já há 24 anos. Utiliza a superação como linguagem e o seu poder para reunir pessoas criando uma carga emocional a quem tem a oportunidade de participar e concluir.


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Atos administrativos

Dos 4 anos de gestão da FMC 2013 2014 • • • • • • • • • •

Reformulação do site da Federação Mineira de Ciclismo (FMC) Cadastro de Filiação de atletas online Cadastro de organizadores de provas do estado de Minas Gerais online Carteiras de Filiados Federação Mineira de Ciclismo 2013 40 exames médico gratuitos aos filiados Ônibus da Gontijo atletas a competição em Uberlândia/ MG Curso de Comissário Regional em Araxá Minas Gerais de Mountain Bike Reforma da sede da Federação Mineira de Ciclismo (FMC) Aquisição de nova mobília do escritório da sede da Federação Mineira de Ciclismo (FMC) Aquisição de um computador de última geração e geladeira

• • • • • •

PRINCIPAIS COMPETIÇÕES:

• • •

Campeonato Brasileiro de XCO 2013 em Juiz de Fora Minas Gerais Campeonato Brasileiro de XCM 2013 em Juiz de Fora Minas Gerais

• •

Carteiras de Filiados Federação Mineira de Ciclismo 2014 Cadastro de Homologação de provas on line Campeonato Mineiro de Equipes 2014 Criado a Regulamentação do ciclismo no estado de Minas Gerais Sorteios de inscrições de provas Nas unidades da REDE AÇAI.COM dos bairros Ouro Preto e Castelo em Belo Horizonte/MG os atletas que apresentarem a carteira de filiado FMC terão um desconto de 10% no açaí Nos eventos homologados pela FEDERAÇÃO MINEIRA DE CICLISMO – FMC onde estiver uma barraca da AÇAI TOP os atletas que apresentarem a carteira de filiado FMC terão um desconto de 15% no açaí Convênio com a PUC Minas (PROJETO ODONTOLÓGIA DO ESPORTE FEDERAÇÃO MINEIRA DE CICLISMO-FMC) que proporciona tratamento odontológico gratuito aos atletas filiados no ano de 2014 Parceria com a AHAU Sports que proporciona um desconto de 5% aos seus produtos na loja OFF CAMBER – Alphaville Selo comemorativo gestão um ano 2013 - 2014 Selo da Capital Estadual do Ciclismo Prêmio Melhores do Ranking 2014 na cidade de Itabirito Minas Gerais Envio de 2 comissários ao Curso de Comissário Nacional CBC - Estrada e Mountain Bike Envio de 2 comissários ao Curso de Comissário Nacional CBC - BMX

PRINCIPAIS COMPETIÇÕES: •

Campeonato Panamericano de Mountain Bike 2014 em Barbacena/MG


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2015 • Crachás identificando os Comissários Regionais • Curso de Comissários Treinne durante as competições homologadas • Carteiras de Filiados Federação Mineira de Ciclismo 2015 • Campeonato Mineiro de Equipes 2015 • Kit de filiação 2015 com direito a porta carteira • Selo FMC do Comprometimento com o Desenvolvimento do Mountain Bike • Criado o Caderno de Encargos da Federação Mineira de Ciclismo • Valor de inscrição diferenciado em provas oficiais homologadas pela federação ou passeios de cicloturismo, • Sorteios de inscrições de provas • Nas unidades da REDE AÇAI.COM dos bairros Ouro Preto e Castelo em Belo Horizonte/MG os atletas que apresentarem a carteira de filiado FMC terão um desconto de 10% no açaí • Nos eventos homologados pela FEDERAÇÃO MINEIRA DE CICLISMO – FMC onde estiver uma barraca da AÇAI TOP os atletas que apresentarem a carteira de filiado FMC terão um desconto de 15% no açaí • Parceria entre Federação Mineira de Ciclismo (FMC) e AMAZOO AÇAI possibilitando entrega de produtos gratuitos aos atletas filiados e não filiados. • Envio do Comissário Alexandre Euzébio da Silva em curso de Comissário CBC em Curitiba Paraná. • Envio do Comissário Alexandre Euzébio da Silva em curso de Comissário UCI em Curitiba Paraná. • PROJETO MOUNTAIN BIKE FUTURO - O Projeto Mountain Bike Futuro, parceria entre a Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EFFTO-UFMG) e Federação Mineira de Ciclismo (FMC), pretende implantar um Curso de Formação de Atletas de Mountain Bike na cidade de Belo Horizonte Minas Gerais, para atletas já iniciados na modalidade. Além de promover a saúde, o desenvolvimento humano e a cidadania dos envolvidos, pretende-se possibilitar melhores resultados esportivos a médio e longo prazo. • Prêmio Melhores do Ranking 2015 na cidade de Pedro Leopoldo Minas Gerais

PRINCIPAIS COMPETIÇÕES: • •

Campeonato Brasileiro de Ciclismo de Estrada Master 2015 em Juiz de Fora Minas Gerais Campeonato Brasileiro de Downhill 2015 em Ipatinga Minas Gerais

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2016 • • • • • • • • •

Carteiras de Filiados Federação Mineira de Ciclismo 2016 Campeonato Mineiro de Equipes 2016 Kit de filiação 2016 com direito a porta carteira A categoria SUB-30 FEMININA foi criada pela Federação Mineira de Ciclismo (FMC) para atender as atletas na faixa etária entre 23 a 29 anos. Curso de Comissário Regional em Juiz de Fora Minas Gerais Mountain Bike Lista de atletas filiados no SISCAFI – CBC disponível Parceria com o laboratório Hermes Perini com desconto em exames médicos extensivo aos familiares. Clínica de Mountain Bike com Henrique Avancini em parceria entre a Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EFFTO-UFMG). Nas unidades da REDE AÇAI.COM dos bairros Ouro Preto e Castelo em Belo Horizonte/MG os atletas que apresentarem a carteira de filiado FMC terão um desconto de 10% no açaí Nos eventos homologados pela FEDERAÇÃO MINEIRA DE CICLISMO – FMC onde estiver uma barraca da AÇAI TOP os atletas que apresentarem a carteira de filiado FMC terão um desconto de 15% no açaí

PRINCIPAIS COMPETIÇÕES: • • • •

Campeonato Brasileiro de XCO 2016 em Juiz de Fora Minas Gerais Copa Mineira de Downhill 2016 5 etapas Copa Brasil de BMX # 2 em Manhuaçu Minas Gerais Desafio 24 Horas em Belo Horizonte Minas Gerais


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fotos:

IRON moments ANDRÉ ARAÚJO DIOGO ANDRADE DUDUA’S

O IRON BIKER BRASIL 2016 foi um sucesso dentro e fora das trilhas. O clima na arena do evento foi marcado pelo sentimento de superação, amizade e o alto astral.

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LUKAS KAUFMANN 2ยบ LUGAR GERAL NO IRONBIKER 2016



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DO MARANHÃO PARA TERRAS MINEIRAS... foto: DUDUA’S PROFETA

O atleta CHIQUINHO saiu do seu estado para desbravar as montanhas e trilhas de Minas Gerais. por Lucas Fonda

Maranhão. Minas Gerais. Cerca de 2.400 km separam esses dois grandes estados brasileiros. Parece muito, mas essa distância não impediu o experiente Raimundo Nonato Sousa, mais conhecido como Chiquinho Maranhão, de desbravar as montanhas e trilhas mineiras com o objetivo único de se entregar ao esporte. Aos 40 anos, Chiquinho começou a sua história com o ciclismo em 1995 na cidade de São Luís, no Maranhão, e faz questão de reforçar todo o seu amor pelo Iron Biker Brasil. Cheio de experiências vividas ao longo de sua trajetória, o atleta nos contou tudo da sua vida sobre duas rodas. Confira o nosso bate-papo com Chiquinho Maranhão! IBB: QUANDO E COMO COMEÇOU A SUA TRAJETÓRIA NO ESPORTE? CHIQUINHO: Sempre gostei de pedalar e sempre me dediquei. Comecei a praticar mesmo no ano de 1995 na cidade de São Luís do Maranhão. Em 1999, me mudei para Belo Horizonte com o objetivo de me tornar um atleta profissional. O Iron Biker teve grande peso na minha decisão, também, de me mudar para Minas Gerais. É uma competição que amo disputar. IBB: O QUE TE MOTIVA NO MUNDO ESPORTIVO?

CHIQUINHO: O esporte para mim é tudo, é a minha profissão. Trabalho com o ciclismo há mais de vinte anos. Acho que o que realmente me encanta é a emoção e a adrenalina proporcionadas pela prática esportiva. A forma como lidamos com a bike e tudo que está em volta dessa modalidade. IBB: QUAL A IMPORTÂNCIA DO IRON BIKER BRASIL EM SUA HISTÓRIA? CHIQUINHO: O Iron é uma prova que é referência no Brasil e na América Latina. Sempre me envolvi de uma forma muito especial com todos os atletas e com todos da organização. E foi justamente por causa dessa maratona que eu vim do Maranhão. Acabei não voltando porque gostei realmente de Minas Gerais. Posso dizer, sem sombra de dúvidas, que o Iron Biker me ajudou a me tornar o que eu sou hoje. IBB: SENTIU ALGUM RECEIO QUANDO DECIDIU LARGAR TUDO E VIR PARA MINAS GERAIS? CHIQUINHO: Ah, claro que ficamos apreensivos. Mas quando você faz o que sempre quis fazer, acho que é válido qualquer tipo de decisão. Eu queria realizar o meu sonho que era de ser atleta profissional, disputar as mais importantes provas


do ciclismo brasileiro. Então, fiz a escolha certa, fiz o que eu queria fazer para dar o “gás” em minha vida esportiva. IBB: COMO FOI A SUA ADAPTAÇÃO EM OUTRO ESTADO? CHIQUINHO: Foi tudo maravilhoso. As pessoas de Minas Gerais são extremamente receptivas e acolhedoras. Me senti em casa e hoje já me considero mineiro de coração. Foi aqui, afinal, que conquistei os meus resultados mais expressivos no ciclismo. Foi aqui que cresci profissionalmente. Devo muito a Minas Gerais. IBB: O QUE MAIS TE MARCOU NESSES ANOS DE DISPUTA SOBRE DUAS RODAS? CHIQUINHO: Pelo Iron eu disputo a categoria Sub40, e esse ano eu consegui a segunda colocação. Participo da competição desde 1998. Mas o ano que mais me marcou foi em 2008, quando fui campeão pela categoria que eu disputava na época. Fiquei extremamente satisfeito com a minha performance. Enfim, consegui bons resultados ao longo desses anos de disputa. Sempre procuro me dedicar ao máximo, porque é isso que eu amo, é isso que eu quero para o resto da minha vida.

IBB: COMO É SUA PREPARAÇÃO PARA AS COMPETIÇÕES? NOS TREINOS? CHIQUINHO: Costumo me preparar bem o ano inteiro, mas em minha pré-temporada treino em média umas três horas por dia. É mais do que treinamento, é dedicação e entrega diária ao esporte que eu amo. IBB: HÁ ALGUM OBJETIVO QUE TENHA PLANEJADO NA SUA VIDA ESPORTIVA QUE QUEIRA AINDA CONQUISTAR? CHIQUINHO: Quero continuar mantendo esse ritmo de dedicação e também quero realizar os meus sonhos. Um é de ganhar alguma competição na Europa e o outro é de ter a minha própria equipe de ciclismo. Espero conquistar esse dois objetivos em breve. IBB: POR FIM, QUAL PALAVRA DEFINE MELHOR O IRON BRASIL BRASIL PARA VOCÊ? CHIQUINHO: Ah, é difícil em uma palavra. Mas posso dizer que o Iron pra mim é a melhor prova de Mountain Bike do mundo. Tudo que eu tenho hoje eu devo a essa importante competição esportiva.


FINISHER’s 2016 fotos: DIOGO ANDRADE







SEJA UM

FINISHER a

DA 25 EDIçÃO

do IRON

BIKER BRASIL

MARIANA / MG

15, 16 e 17 de Setembro de 2017


Foto: Thiago Lemos

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RUN

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IRON, foto: ARQUIVO PESSOAL

RUN!

Por Lucas Fonda

Este ano foi marcado pelo nascimento de um novo membro da família Iron. O IRON RUNNER BRASIL, que já nasceu com força total!


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Este ano foi marcado pelo nascimento de um novo membro da família Iron. O Iron Runner Brasil, que já veio com força total! Baseado no conceito de Trail Run e carregando no seu DNA o desafio e a superação, marcas tradicionais da linhagem da família Iron, o Iron Runner Brasil também reuniu turismo, arte e gastronomia em um dos lugares mais incríveis do mundo, o Inhotim. Conhecido por sua exuberância e peculiaridades, o maior museu a céu aberto do mundo abriu suas portas para um evento esportivo, pela primeira vez na história. E a combinação de esporte com arte deu muito certo. Com mais de 750 atletas inscritos em sua primeira etapa, o Iron Runner foi aprovado e já se firmou como um evento referência no Brasil. Quer conhecer? www.ironrunner.com.br www.facebook.com/ironrunnerbrasil www.instagram.com/ironrunnerbrasil Quer participar? Então, anote na agenda: dia 01/07/2017 é dia de correr e se surpreender numa das corridas de montanha mais legais dos últimos tempos. A gente se vê lá!


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AS COMPANHEIRAS

CAMPEÃS de 2016 O IRON BIKER é um grande desafio a ser enfrentado por atletas de vários níveis técnicos que buscam, em diferentes categorias, a ampliação de seus limites. Mas nenhum deles conseguiria atingir a este objetivo sem a sua fiel companheira, que sofre junto cada quilometro desse desafio. Ela mesma, a bicicleta! Grande guerreira das trilhas!


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A REVISTA IRON BIKER decidiu revelar as cinco marcas que mais estiveram no pรณdio em 2016. E as bikes campeรฃs foram:

Specialized Scott Cannondale Caloi Trek

5

57 24 23 11 6

4

3

2

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OS MONSTROS DA 24 EDIçÃO a

do IRON BIKER BRASIL foto: DIOGO ANDRADE

Confira o RAIO-X DOS ATLETAS VENCEDORES Robson Ferreira e Larissa Connors por Kyria Ribeiro Robson Ferreira foi por quatro anos consecutivos o atleta mais bem colocado no ranking nacional de mountain bike. Mesmo com fortes concorrentes pelo caminho, Robson Ferreira garantiu, na edição desse ano, o primeiro lugar na categoria elite e foi o grande campeão do Iron Biker Brasil. Aos 36 anos, o carioca, que nasceu em Mendes, deixou a sua marca, mais uma vez. Afinal, é simplesmente o tetra campeão da competição. Pela categoria elite feminina, a norte-americana Larissa Connors, de 30 anos, também tem sido destaque no Iron, conquistando posições expressivas ao longo dos anos. Nessa edição, a determinada atleta finalizou muito bem a disputa e foi a campeã da categoria na maratona de 152km. Os dois atletas, além de campeões, compartilham ideias em comum e também práticas do dia a dia no esporte. “Eu sempre gostei de pedalar, em qualquer lugar. Costumo treinar uma média de duas horas por dia, porque o meu

foco principal é XCO corrida. Tenho muitos afazeres extras também como ioga, caminhadas, que me ajudam a exercitar ainda mais”, comentou Connors. Com 1,74 cm de altura, pensando 67 kg, Robson tem um currículo recheado e carrega consigo o desejo de querer sempre mais em seu cotidiano esportivo. “Treino cerca de três horas por dia, acrescento em meu treinamento o funcional, eletro, estimulação e fisioterapia. É o período que consigo me relaxar e investir em mim enquanto atleta profissional”, ressaltou. Com seu jeito alegre e extrovertido, Larissa também sempre faz questão de declarar o seu amor pelo Brasil e pelos brasileiros. “Adoro quando eu venho correr em Mariana, no país em geral. O Iron me motiva a querer mais e mais sempre. O jeito simpático do brasileiro é sensacional. Só tenho que agradecer por toda a receptividade e por todo carinho com que sou recebida. Adoro e quero mais”, afirmou a atleta.

Quando o assunto é a paixão acerca do ciclismo, os campeões se orgulham em reforçar o amor pelo esporte desde os primeiros anos de vida. “Acho que é uma prática desafiadora. Sempre gostei. Eu amo ver o quanto meu corpo evolui com as maratonas. Também adoro conhecer novos lugares e pessoas de todo o mundo que se dedicam ao esporte”, contou Larissa. Para Robson, o Iron Biker Brasil consegue fazer a junção de sentimentos e práticas. “Gosto muito de correr no Iron, porque me sinto leve e disposto. É uma prova que te permite evoluir ano após ano. O que mais me motiva no ciclismo, sem dúvida nenhuma, é a superação a cada treino e a cada maratona”, disse o atleta, que já está fazendo planos para a próxima edição. “Quero continuar mantendo os meus resultados para que, no ano que vem, possa também dar o meu melhor”.


NOME

ROBSON FERREIRA LARISSA CONNORS

ALTURA 1,74 cm

1,65cm

PESO 67kg

54kg

TREINO DIÁRIO

O QUE MAIS MOTIVA

3 horas por dia

A superação a cada treino e a cada prova.

2 horas por dia

O desafio diário oriundo do esporte.


VISTA-SE IRON! Além de pedalar e correr, você também pode vestir o Iron.

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