BANGALÔ:
ANÁLISE DE TRECHO DA AVENIDA GETÚLIO VARGAS EM SÃO LUÍS.ATELIER DE PROJETO ARQUITETÔNICO DE TEMA LIVRE UEMA | 2022.2
ATELIER DE PROJETO ARQUITETÔNICO DE TEMA LIVRE UEMA | 2022.2
CONTEXTO GERAL RECORTE TOPOGRAFIA HIDROGRAFIA ANÁLISE CAMADAS CULTURAIS
USOS URBANOS HIERARQUIA VIÁRIA BANGALÔS USOS ESPECÍFICOS USO E DESUSO CONSERVAÇÃO ANÁLISE
CAMINHO GRANDE PRAÇA CINE ESPAÇO BANGALÔ
Estilo arquitetônico originário da India. Chega na Inglaterra e nas Américas no fim do século XIX e começo do século XX propondo uma "transformação da metrópole", representando uma fuga da vida na cidade caótica e industrial. Era a vida tranquila do campo dentro da cidade. Chega no Brasil no fim do século XIX, desenvolvendo-se primeiramente em São Paulo e, eventualmente, em outras cidades do país.
Projeto de expansão urbana que extrapola os limites do centro histórico e estabilizada a nova direção que a cidade tomaria para seu crescimento durante os próximos anos e para onde se deslocaram as camadas mais ricas da população, já contando para isso com um corredor de circulação rápido e moderno de acesso ao centro.
Centro histórico, delimitado e separado do crescimento urbano da cidade pelo Rio Anil ao norte. O ponto inicial da cidade se interligando aos bairros através das pontes São Francisco e Bandeira Tribuzzi. Ao sul, o Rio Bacanga também marca presença importante.
Trecho da Avenida Getúlio Vargas, delimitado pelos cortes feitos pelas Avenida Senador Vitorino Freire (esquerda) e Avenida dos Franceses (direita).
Além disso, a área de estudo é composta pelas 22 quadras que compõe a primeira vista da Av. Getúlio Vargas.
Área composta por variação topográfica de 5 m - 30 m. Ao longo do trecho da Avenida Getúlio Vargas, no sentido Oeste-Leste, se percebe esse leve decaimento. Esse caímento se mostra baixo em relação a topografia da Ilha e outros municípios, e, em relação ao litoral, é bem plano.
Ao noroeste do centro temos o Oceano Atlântico (01) que compõe toda a baía do Brasil. Esse corpo de água se divide em diversos rios ao longo do estado maranhense e, dentro da área de influência do recorte corre o Rio Anil (02) ao norte e nordeste, e ao sudoeste, com menos influência, o Rio Bacanga (03).
Trecho diversificado caracterizado por abastecer vários pontos e necessidades da população e cidade. Possui comércio, principalmente o pequeno local e de família. No seu comprimento também é possivel encontrar diversas residencias que dividem o espaço e a paisagem.
Além do comércio, é uma área com forte presença de serviços, principalmente o de saúde, com farmácias, clinicas e hospital, institucional, com uma leva de escolas, e religioso, com duas grande Igrejas.
Não possui muitos alívios da poluição visual, com poucas praças e áreas de lazer.
O trecho é cortado pelas vias arteriais Avenida Senador Vitorino Freire e a Avenida dos Franceses. Além disso se aproxima da Avenida Governador Luís Rocha. É ligada ao interior do bairro Monte Castelo por 4 vias coletoras. As diversas vias locais também estão presentes, criando um grande laço de ruas.
Diversos bangalôs distribuidos ao longo da Avenida como um toso, no trecho são 25, em estados de conservação e usos diferentes.
Outro ponto interessante a ser notado são as diferenças estéticas entre cada morada.
Atualmente, maior parte das moradas Bangalô no trecho ainda são de uso residencial, algumas se destacando por uso misto.
Grande parte dos edifícios que foram modificados para uso de serviço são voltados para a área da saúde, com farmácias e clínicas.
Para uso comercial é evidente a preferencia de comercio local pequeno.
Grande maioria das moradas estão ocupadas, sendo para uso comercial, residencial, serviço, etc. Já as que não estão em uso, estão à venda, com forte sinalização e estado de conservação precário.
Destacam-se as edificações de serviço como as melhores cuidadas e conservadas do trecho, algumas com grandes modificações de fachada. As de boa conservação são, no geral, as de uso residencial, de cuidado do morador. As que estão em desuso são, evidentemente, as menos cuidadas, sendo deixadas às intempéries e descuidados humanos.
Trecho de grande fluxo diário, tanto de moradores quanto de passantes. Ótimo ponto para estabelecimento de comércio e serviço, com clientela diversificada.
Ponto para grandes manifestações culturais e artísticas, por sua história e patrimônio arquitetônico.
Falha na acessibilidade e mantimento de fachadas. Poucos pontos de descanso e contemplação.
Recorte fora das áreas de proteção Municipal e Federal. Área pouco cuidada, podendo ser vista como "feia".
Hoje existem três perímetros de tombamento sobre a cidade de São Luís: o estadual, o federal e pela UNESCO. Também é importante notar o que é o Caminho Grande de São Luís. Este é o grande trajeto que percorre a cidade que inicia no Centro e vai até a divisória entre os municípios São José de Ribamar e Paço do Lumiar. O Caminho Grande marca a interiorização de São Luís, sendo um marco da expansão da cidade, possuíndo grande acervo arquitetônico e urbanístico com diversas edificações passíveis de tombamento. Grande parte desse caminho não é protegido por nenhuma das áreas tombadas na cidade.
Esse projeto de intervenção é a inclusão de um trecho do Caminho à área de tombamento Estadual seguindo o Decreto-Lei n° 25 de 30 de novembro de 1937, que delimita critérios de tombamento de bens. O trajeto que vai do cruzamento entre as avenidas Vencelau Brás e Getúlio Vargas, até a rotatória entre as avenidas Getúlio Vargas e a São Marçal (próximo ao 24° Batalhão de Infantaria da Selva), possui importante acervo arquitetônico da virada do século XIX até a década de 1950 (correspondente ao período eclético na cidade) e ser inserido na área de proteção histórica é essencial para a conservação da história da cidade em questões históricas sociais, econômicas, arquitetônicas e culturais.
A praça na frente do antigo Cine Monte Castelo se encontra em estado de conservação ruim, descolorida, suja e desabitada. Em conjunto com o Cine desocupado, a praça é uma importante peça para a história de São Luís.
O projeto de intervenção da Praça Cine foi pensado como complementear ao caminho ao projeto do Espaço Bangalô. O ponto de ônibus já presente na praça é importante para a circulação por transporte público na cidade .
O lote possui a implantação de um bangalô em estado de conservação ruim, com descasque de pintura, caimento de telhas e aspecto de desgaste por intempéries e modificações humanas.
O Caminho Grande possui grande diversidade de linguagens arquitetônicas que são importantes para a história da cidade, e o espaço seria um meio de mantê-las vivas no imaginário e ilumina-las no contexto urbano atual, em especial o Bangalô.
O projeto Espaço Bangalô visa a valorização da cultura e linguagens arquitetônicas do percurso do Caminho Grande em São Luís em conjunto da integração das pessoas.
Como partido para o projeto, foi evidenciado o próprio bangalô na Avenida Getúlio Vargas. Foi suposta uma restauração da fachada, visando a valorização da linguagem já existente, e cridada uma planta que visa a integração do usuário bem como o uso de cores terrosas e naturais.
Esse é o corte que mostra as portas para as áreas de serviço do Espaço Bangalô (copa, depósito e BWC) e as da administração e auditório.
Nesse corte é possivel observar a administração do Espaço Bangalô bem como a sala de exposição, que é o primeiro espaço visto entrando no espaço.
O corte final mostra as áreas de serviço (copa, depósito e BWC) bem como o auditório e a sala de administração.
O terceiro corte mostra a copa e a sala de exposição, bem como a porta de principal de acesso do bangalô.
O Espaço B como um e e conversa em conjunt arte e arqui