Livro Lucy

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Capa


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E

Nos meus guardados, encontrei uma foto antiga

de pessoas muito importantes em minha vida: minha vó Henriqueta, que cuidou de mim dos cinco aos oito anos, sentada ao centro; tia Laura, à direita; tia Genoveva, minha madrinha e excelente doceira, à esquerda; a pequena prima Berta, companhia constante na infância, que me ensinou a ler e escrever; e, finalmente, ao centro, minha mãe, Eugênia. Exímia bordadeira, que tanto me incentivou, com quem eu trocava cartas e dividia segredos...

À época, em 2008, uma parede vazia precisava ser preenchida por ocasião de uma exposição que iria acontecer dali a pouco. Todas as salas do espaço expositivo já estavam montadas com elementos componentes de minha poética até então. Foi nesse período de incertezas que redescobri este retrato e, num instante, uma série de questões que vinham atravessando meu corpo e mente, ainda de forma indefinida, vaga, se condensou: é isso, disse, vou resgatar, vou presentificar essas mulheres, todas tão essenciais em minha vida. Sentar­se junto novamente, novamente a silenciosa cerimônia cotidiana das 16h, o chá, os biscoitos e murmúrios que marcaram os anos de infância e mocidade e que imprimiram um signo em minha alma.

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Durante dias e noites esbocei, risquei, desenhei, apaguei e pintei, pintei e pintei até que, finalmente, reconheci: o olhar austero de minha avó, o doce sorriso de minha mãe... Colocar essas cinco mulheres naquela parede desencadeou todo um conjunto de desdobramentos em minha obra – não foi apenas uma solução estética para um problema pontual, mas o reconhecimento de se estar diante de um novo território – o território das gerações femininas. Todos os símbolos trabalhados até aquele momento – as cerejas e a cerejeira, a figa, a forquilha, os porta­retratos, os guardadores, relicários e rendas – foram tingidos com matizes dessa nova série: a cerejeira transformada em árvore genealógica, as figas e muros em protetores da família que guardam as dores e zelam pelo silêncio... 9


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Dali em diante, todos os múltiplos caminhos que minha obra vinha percorrendo passaram a se intricar com mais intensidade ­ e é sobre isso que pretendo escrever. Confesso, no entanto, que recordar não é tarefa simples...


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O vermelho vem sendo uma constante em minha obra. Inicialmente, de maneira tímida nas séries Livros, Camarim e Borges de gravura em metal da década de oitenta e noventa: um ou outro detalhe, entre as escalas de cinza, destacava­se por um vermelho forte. Ao longo dos anos, esse detalhe tomou corpo, ganhou contornos e se estabeleceu de maneira definitiva.

Em quase todos os meus trabalhos, da década de noventa até hoje, é possível perceber essa presença. O vermelho, cor paixão, de vida e de morte, está nas litografias da série Ali Estão; nas obras em papel, como fendas que subitamente revelam um interior pulsante; nas pinturas; nas performances; nos objetos; nas gravuras digitais; e – na velha cerejeira ao lado de meu atelier.

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detalhes das gravuras pertencentes às séries Livros, Camarim, Borges e Ali Estão.


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Há vinte e dois anos convivemos – eu e esta

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cerejeira; há vinte e dois anos que todo mês de setembro é branco e todo mês de outubro é vermelho. Suas pequenas e tímidas flores brancas perdem as pétalas para que seu núcleo cresça, cresça a cada dia, e tinja­se de vermelho – um vermelho uterino, intenso, escuro. Vinte e dois anos. Vinte e dois anos em minha vida, pouco mais de quinze em minha obra. Foi em 1999, numa exposição de Livros de Artista na galeria Hebraica, com o díptico Imaculada – objeto de renda com prego com detalhes em massa acrílica – e Maculada, em que utilizei o sumo da fruta para desenhar sobre delicadas rendas brancas, que as cerejas foram oficialmente incorporadas ao meu trabalho pela primeira vez. “Oficialmente”, pois já vinha realizando experiências Acima, caderno de notas. com a fruta e seu sumo há À direita,Livro­objeto muito mais tempo nos meu Maculada cadernos de condução.

É assim que os nomeio, meus cadernos de notas e esboços: cadernos de condução. É neles que registro todo meu processo criativo, anoto pensamentos, projeto


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idéias, esboço experiências e calculo gastos para realizar meus trabalhos. Já somo um quantidade razoável dessas espécies de diários que atendem a um outro tempo – o tempo da criação – e que me conduzem pelas veredas de minha trajetória. Muitas das imagens que acompanham este texto são páginas desses cadernos. Mesmo sendo difícil precisar onde ou quando nasce o desejo, a vontade de realizar determinada obra, consultar estas páginas permite cartografar períodos. É através delas que posso afirmar que comecei a explorar as possibilidades poéticas que cada colheita de cerejas oferecia entre os anos de 1995 e 96. Na época, eu já trabalhava com a fabricação artística de papel com fibras vegetais para uma série de obras, compostas de papéis de múltiplas espessuras e naturezas, cuidadosamente sobrepostos e tingidos com diferentes pigmentos. Por que não utilizar o sumo, a essência da cereja para tingi­los?

detalhes de obras em papel

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Esmaguei, espremi, triturei os frutos sobre papel e sobre tecido, com mãos e pés, e guardei para observar a ação do tempo sobre aquelas manchas, para testar tonalidades. Meses nas gavetas, quase ano. Quando abri para conferir o resultado, uma surpresa – de novo, a mesma sensação dos meus onze anos: abrir gavetas e deparar com um conjunto de tecidos; tecidos para os quais se sabia a finalidade apenas

Ensaio fotográfico com cerejas


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pelas conversas entre amigas na escola. Nada explicado antes, nada questionado depois. Na gaveta, apenas o fato de que alguma coisa mudara, de que se deixou de ser o que se é para tornar­se algo ainda indefinido. Lidar com o silêncio, com tudo que não foi dito e nem se pode dizer. Lembranças adormecidas, memória feminina.

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Lançar­se ao desconhecido: é disso que muitas vezes se trata o trabalho artístico. Como poderia imaginar que aqueles experimentos, que aquelas delicadas máculas nos tecidos brancos iriam transformar para sempre minha poética? Não tenho dúvidas de que 1996 foi um ano de inflexão em minha trajetória artística e parte disso devo ao reencontro com a artista Lucia Py. Encontrei no grupo de estudos em poéticas visuais que ela coordenava a contrapartida que buscava havia tempos: o interesse e o desejo por explorar não só pintura, gravura e escultura – as formas mais “tradicionais” de arte – mas também a performance, a interferência, a instalação e o objeto­arte. Entre idas e vindas de colaboradores, até hoje mantemos a parceria: eu, Lucia, Carmem Gerbaille, ais Gomes... De semana em semana no início, de quinze em quinze dias hoje, sentamo­nos todas para discutir textos, idéias, conceitos, propostas, projetos...


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O primeiro grande projeto que apresentamos em conjunto foi a exposição Goela de Dragão – Figuras Hílares, no Museu de Arte Contemporânea de Campinas. Durante dois anos preparamos aquela que seria nossa primeira performance e instalação. Como fio condutor, os limites entre dor e desejo, masculino e feminino, interior e exterior. Apesar das cerejas aparecerem de fato apenas alguns meses depois, todo o espectro de sensações que aquelas experiências me proporcionaram fizeram parte tanto da Instalação que apresentei no projeto, intitulada O cheiro do pêndulo, como na composição de minha Figura, na performance que marcou a abertura. A passagem tensa do tempo, as marcas que deixam em nós, a memória construída a partir de fragmentos, de sensações físicas, olfativas e, claro, a força de um vermelho que irrompe pungente. Nas vestes, uma longa echarpe vermelha contornava o pescoço de uma figura de identidade velada por singelas rendas brancas; na instalação, uma fenda num objeto de zinco irradia intensa luz vermelha, enquanto velas rubras se consomem conforme o tempo passa, deixando um rastro vertical nas paredes do Museu, vertical como as rendas que pendem do teto e turvam a vista de quem se põe a olhar por elas.

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Rendas e luzes vermelhas, ambas remetem ao meu

passado, um passado sempre presente... Com cinco anos, devido a alguns problemas de saúde, mudei, apenas com minha avó, para São Vicente. Residi na praia por três anos. Como parte do tratamento, periodicamente era levada para banhos de luz vermelha no posto de saúde de Santos. Longas horas, numerosos dias em que ficava exposta àquela luz. “Ai, vó, essa luz não fica branca nunca, sempre vermelha, sempre vermelha!”, dizia, impaciente, como se a mudança de cor fosse o sinal, a permissão para que eu pudesse finalmente voltar ao convívio diário de minha mãe; e minha avó, com seu xale de rendas brancas sobre o ombro, pedindo paciência, paciência... Nunca me esquecerei daquelas dias em São Vicente, dos passeios na praia, dos pomares ao longo das ruas e no jardim de casa, das geléias que minha vó fazia, das rendas que ela usava, da saudade, da solidão e daquela luz vermelha, constantemente acesa, inalterável, proibitiva.

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Elementos da vida, do cotidiano, da casa materna... É um movimento quase inconsciente, mas esses pequenos detalhes, esses resquícios de um tempo outro, pouco a pouco, vão povoando o presente, misturando­se, emaranhando­ se a tintas, pincéis, compondo um pensamento plástico até deixarem de ser apenas lembranças incorpóreas. Os registros constantes de experiências e pensamentos tornam­se vitais neste processo, pois apontam sempre um caminho, de modo que um trabalho engendra o outro e assim sucessivamente. Dois anos após a performance em Campinas, por exemplo, realizei a intervenção Lembranças Achadas, na praça Gastão Vidigal. Como nas figuras hílares, também aqui procuro lidar com a percepção da vida e da memória; ao invés de vestes e objetos, discretas esferas vermelhas de plástico distribuidas por entre a forquilha das árvores. Esferas que, similares a cerejas, instigavam os transeuntes, principalmente as crianças, sempre mais atentas... A escolha por depositar as esferas em mágnificas árvores sem fruto aumentou o grau de estranhamento: era possível ler a dúvida e a curiosidade naqueles jovens olhos admirados.

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Alguns meses após este

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evento, em que o principal foco eram as crianças e sua relação com o mundo – uma relação tão mais viva, que se permite surpreender de modo tão mais espontâneo (quando esquecemos de nos deixar afetar pelos sentidos?) –, realizei, no Parque Villa­Lobos, a intervenção Pic­Nic. De uma árvore a outra, estendi uma linha, espécie de elo, de onde pendiam centenas de cerejas presas por barbantes. Eram oferendas, oferendas de desejo, de dor – de vida, enfi m.


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Conforme os frutos eram colhidos, um emaranhado de fios – que, de certa forma, corresponde ao próprio emaranhado de relações que estabelecemos conosco e com o outro – ia formando. Todo o processo desta, como de todas outras performances e interferências, foi continuamente fotografado. Essas fotografias servem não só como registro de uma ação, mas como ponto de partida para outros acontecimentos, tais quais os cadernos de notas. A partir das imagens dos emaranhados, por exemplo, compus uma litogravura para a 4ª. Bienal de Artes Gráficas de Novosibirsk, em 2005. Já as cerejas, que pela primeira vez apareceram de corpo presente nessa intervenção, estas, nunca mais foram abandonadas.

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Em 2002 realizei, com elas, outras duas performances e uma terceira, no ano seguinte. As primeiras, Merca dor ias de Sábado e Viver com arte, foram ambas realizadas em São Paulo, ambas em conjunto com o grupo coordenado por Lucia Py e ambas com ação nas ruas e desdobramentos na galeria Rarebit. Com os rostos pintados de branco, oito figuras inteiramente vestidas de preto, com a exceção de alguns adereços, estenderam, para essa primeira realização, oito mesas ao longo da rua Dr. Melo Alves, cada qual com uma oferenda particular. Em poucos minutos armou­se um mercado de afetos, de sensações. Moedas douradas, flores brancas, bibelôs, cerejas... Cada artista com seu signo, oferta de uma parte de seu universo pessoal. Nas paredes da galeria, nove painéis com cerca de sessenta e seis módulos cada – cada módulo, um fragmento visual de um exercício de pensamento


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Já em Viver com arte, também com o grupo de Lucia, retomamos alguns aspectos desenvolvidos não só pela performance anterior, como também resgatamos muito da figura hílare da Goela de Dragão, nosso primeiro projeto em conjunto. Entretanto, sob o signo da cereja, aquela personagem enigmática, sem rosto e sem voz, deixou de carregar um símbolo do tempo per si para distribuir desejos, desejos que, se não consumidos, murcham, esvanecem­se. Não se trata mais de ofertar, mas de entregar, confiar ao outro algo inesperado. Essa figura mensageira, toda envolta em múltiplas rendas, portava um cesto cheio das frutas e algo entre coração e fruto vermelho, com uma abertura central, como se livro fosse... que segredos aquele invólucro protegia?

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Finalmente, como desenvolvimento das antecessoras, a performance e exposição Actes vus/revus, em Paris. Se as anteriores haviam reunido a figura, as rendas e cerejas, esta reúne ainda mais um importante signo de minha poética: a forquilha – o duplo caminho, a encruzilhada do destino que demanda um escolha (e toda escolha é uma renúncia). Minha persona, minha mascarada, passou a também carregar um galho com formato de forquilha, espécie de “objet trouvé” do destino. Como em Merca dor ias de Sábado e Viver com arte, a performance se deu na rua, enquanto na Galeria François Mansart expus uma série de pinturas com tinta acrílica em que texturas e profundas incisões em preto misturavam­se a máculas vermelhas de cerejas maceradas.


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Ano após ano as cerejas retornam, reincidem, cada

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vez mais intensamente, cada vez mais significativas; mesclam­se a outros elementos, alteram as relações precedentes, instauram uma nova ordem. De 2001 até agora, não houve um ano sequer que não estivessem presentes. Como fruto, encerra aquelas qualidades que nos parecem muito evidentes na tradicional arte japonesa: é concisa, delicada, simétrica, nasce de modo espetacular, é cercada por mitos e possui vasta memória histórica; em meu trabalho, procuro trabalhar não só essas características, mas também seu contraste: ao esmagá­las e despedaçá­las, toda essa economia de forças eclode de modo brutal. É nessa fissura, nesse momento de transição que procuro um equilíbrio dinâmico entre a elegância da concisão e a impetuosidade das paixões.

Entre o branco e o vermelho, entre a pureza e o desejo, entre o desejo e a morte... No mesmo ano de Actes vus/revus, outra exposição significativa em minha trajetória: Frestas: Cereja, na Capela do Morumbi, em São Paulo, que, além de unir de modo mais íntimo certos signos que vinha trabalhando, trouxe outros que se tornaram a fundamentais no contexto geral de minha obra, anos mais tarde. A fagulha que irá desencadear toda a série das Gerações, por exemplo, surgiu no “folder” desta instalação: sobre suporte metálico, um objeto de vidro serve de invólucro para uma espécie de porta­retrato de rendas; em seu centro, uma fotografia em que apareço


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mesclada a imagens de cerejas e forquilhas. Esse objeto­ auto­retrato faz parte de uma série de aproximadamente dezesseis imagens, que, no entanto, só seriam expostas em 2008 – para Frestas: Cereja, a temática da identidade ainda não estava completamente clara, ainda que alguns de seus efeitos já pudessem ser sentidos.

A questão do duplo, da cisão do sujeito, do desdobramento de uma subjetividade, um estado intermediário, um estado de transmutação. Visualmente, do adro da capela, doze longas rendas brancas, seis de cada lado, pendiam junto a doze lâmpadas vermelhas suspensas por cabos negros. Ao pé de cada uma dessas fluidas colunas, depositei “guardadores” de rendas brancas, repletos de brancos frutos, sobre delicados altares, como se oferendas fossem. Bem ao centro, no fundo da capela, uma caixa vertical de madeira sobre uma estrutura de ferro – espécie de altar que protege não a imagem de um santo, como se poderia supor num ambiente cristão, mas uma figa de guiné de duas faces. Ao redor deste objeto, quatro forquilhas de grandes dimensões com tecidos vermelhos em cada bifurcação.

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No detalhe, o fruto que se tinge de vermelho pelas relações que estabelece com o entorno; um emaranhado de palavras gravadas nas rendas, sussurros, segredos; forquilhas que lembram a cruz; a dupla figa de guiné com um bracelete no centro, em que reluz uma gema vermelha. Todos elementos dúbios, polifônicos – de uma polifonia que também pode ser sentida nas exposições coletivas Proteção Maculada e Atos/Tendal da Lapa, as duas de 2005. Nesta última, realizada em São Paulo, retomo as luzes vermelhas numa instalação com árvores secas, estéreis, sem frutos, que no entanto produzem fascinantes sombras, espectros de forquilhas. 31


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Já em Proteção Maculada, montada no National Centre of Contemporary Arts, de Moscou, as relações que vinha buscando tecer desde 1997, com aqueles primeiros experimentos com a cereja, condensaram­se de maneira contundente. A instalação Proteção maculada trouxe uma parede de 32m ² completamente tomada por tecidos manchados com uma mistura de tinta acrília e sumo de cereja; ao mesmo passo que, no chão, uma miríade de figas de guiné encontrava­se espalhada. A figa, que estreou na instalação da Capela, talvez seja o principal símbolo para uma linha poética que já vinha trabalhando há tempos, mas de maneira indireta; eu a denomino, simplesmente, de Proteção. Talvez tudo tenha começado como exercícios de texturas: inicialmente com os papéis, pouco depois com acrílica, pó de ferro e folhas de ouro sobre tela da série Muros. Meu olhar, voltado para fendas, relevos, descamações, encontrou nos muros de antigas residências


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uma profunda qualidade estética. Lembro, inclusive, de uma viagem que fiz à Espanha em que todas as fotografias que tirei eram de muros extraodinários – sintoma de uma artista que não consegue parar de trabalhar. Esse empenho, ao cabo, despertou reflexões que evoluíram para uma noção ampla de Proteção: aqueles muros que cercavam residências, protegiam famílias, distinguiam o público do privado, também guardavam segredos, marcas de tempos passados, eram também invólucros de dores, de alegrias...

Dessas telas para a presença da figa de guiné em Frestas:Cereja, um salto conceitual, uma transição para um pensamento abstrato. Símbolo de proteção por excelência e, ao mesmo tempo, imagem de forte conotação sexual para muitas culturas, a figa é metonímia do masculino que simultaneamente resguarda e protege. Outra figura do duplo. Na Capela do Morumbi, ocupava posição central em meio a tantas forquilhas; em Moscou, centenas desses pequenos amuletos espalhados pelo chão, vermelhos... Cada trabalho de arte possui uma infinidade de relações e cabe a cada um estabelecer aquelas que mais lhe condiz; o que posso dizer é que, pra mim, dentro de minha obra, esse movimento de abstração significou a inauguração de novas linhas de pensamento – e foi a partir delas que comecei a compor uma série de invólucros, de objetos encapsulados, de guardadores – entre eles, os porta­ retratos...

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Durante todo ano de 2006 estudei formatos, elaborei objetos, delineei instalações – uma atividade intensa que pôde vir à luz através de um projeto proposto pela curadora Risoleta Córdula ao nosso grupo de pesquisa. Num ato simbólico, ressoando a pergunta “Como viver junto?”, que também serviu de escopo conceitual para a 27ª Bienal Internacional de São Paulo, Risoleta propôs uma abertura dos ateliers, a transformação do espaço de trabalho na obra de arte em si. Estava inaugurado o Projeto Atelier Espaço Outubro Aberto, que já está em sua sexta edição: a cada mês de outubro, cada uma das artistas abre seu atelier para o público interessado não só para mostrar as últimas pesquisas e as novas criações já formatadas, mas para compartilhar técnicas, suportes, materiais, para tornar o espectador cúmplice de um processo criativo .


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Casa Materna; Mãe/Filha; Interrupção doloros; Lembranças Adormecidas; Memória Feminina; O que não foi dito; Silêncio; Ausência; Guarda Dores; Proteger/Velar; Amuleto/Encantamento; Vermelho Matricial; Cor Paixão; Frutos Vermelhos; Cereja/Sedução; e Sumo/Essência: eis os dezesseis termos bordados em cada um desses protetores da vida íntima – objetos de transição para assuntos mais pessoais. A escolha do absorvente como depositário destes sussuros da alma deu­se em função daquele mesmo sentimento que propiciou a criação da instalação Proteção Maculada. Os suportes em renda, por sua vez, foram inspirados nos antigos porta­absorventes – quando estes ainda eram de tecidos e reutilizáveis. Eu sentia sobre meus pés uma nova trilha surgindo, lá onde eu menos imaginava. No Outubro Aberto seguinte retomei as cerejas: dentro de cápsulas, incrustadas na madeira, em porta­retratos: os Frutos Vermelhos e a Proteção. Mas não só isso: num canto da sala, uma árvore seca, com belos e delicados galhos que remontam à instalação do Tendal de 2005, sustentava os sedutores frutos – não estava diretamente ligada à idéia de Proteção. Não; já era a gestação daquelas inquietações informes que atravessaram meu corpo e mente até a epifania que se transubstanciaria


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na instalação Sala do Chá. Mas vamos por partes, ainda estamos nos primeiros meses desta gestação. O corpo prenhe de idéias ainda vai levar algum tempo para atingir esse estado de clareza. Por ora, aquela árvore no canto da sala e as palavras dos guarda­dores ressoando...

Numa visita à tradicional Feira de Antiguidades da praça Benedito Calixto, num domingo qualquer, encontrei com um lindo conjunto de porta­retratos prateados. Uma variedade incrível, inclusive um com formato de árvore... Era para ser apenas um passeio despretensioso, mas, naquele instante, um estalo. A fruta; a filha. Não me contive. Adquiri este e alguns outros imediatamente. Dizem que as melhores soluções e ideias vêm assim, quando nós menos esperamos – mas isto não significa que é só sentar e aguardar; a solução só vem quando já há um terreno preparado e certa disposição a ser arrastada por estas intuições. Assim que cheguei em casa, preenchi aqueles espaços com fotos de minha mãe, avó, netas... sempre fui muito próxima delas, especialmente de minha mãe.

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Quando me iniciei nas artes, por volta dos anos

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sessenta, Eugênia foi minha principal modelo – são muitos os desenhos realizados com “crayon” em que figuram mãe e filha; esculpi também seu busto, quando passei a estudar escultura... todas essas relações familiares, todos esses laços de carinho – eles resistem, não importa o tempo, as adversidades e os inevitáveis desentendimentos... meus filhos, eles também foram muito inspiradores: a pequena bailarina Marta, imortalizada num momento de graça, é a escultura mais antiga que ainda tenho; as brincadeiras de Milton e Sergio, nos óleos sobre papel; o fascínio de Serginho pelo mágico na tela de 1971, e também meus netos em outras tantas ocasiões... são trabalhos de arte, mas, acima de tudo, trabalhos de afeto.

É sempre o afeto, essa capacidade de sentir e o desejo de deflagrar sentimentos, sensações, memórias... pode ser uma pintura, um desenho, pode ser uma simples – e principalmente – fotografia: no momento imediato, o passado se projeta sobre o presente. Sentimos e vivemos novamente: um tempo espesso. Foi isso que explorei no III Outubro Aberto. A cereja como metáfora, a expressão da identidade – quem sou eu frente aos meus antepassados?


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Quem sou eu para aqueles que vieram depois de mim? O porta­retrato como protetor de memórias; o porta­ retrato como evidenciador de um vazio. Gravuras opacas: desmemória, esquecimento. Nas telas O núcleo da Cereja, o vermelho de tom uterino. Sobre a mesa central, uma foto de quando eu era pequena, junto a minha mãe e minha avó. Um painel com todos os absorventes bordados na sala principal e, no canto, silenciosa, a mesma árvore do outubro passado, agora sem frutos...

Foi pouco antes da abertura oficial da exposição que todos os símbolos que vinha trabalhando sofreram uma dobra de significado definitiva: por conta da Off Bienal – evento paralelo à Bienal Internacional de Artes que ocorre nas galerias de São Paulo – o painel com os absorventes, que ocupava uma área de 6m² , foi levado para ser exposto na galeria Jô Slaviero. Subitamente, uma parede vazia.

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Sentar­se junto novamente, novamente a silenciosa cerimônia cotidiana do chá das 16h. A série das Gerações, apesar de estar intimamente ligada à minha vida e à minha família, talvez seja a vertente de minha obra que mais reflexos sociais pode oferecer. As relações intergeracionais condizem a todos; a família Xavier é apenas o gatilho – e o primeiro disparo pôde ser ouvido já no mesmo ano de seu surgimento. Em 2008, voltei ao Tendal da Lapa, agora com a instalação Camafeu/Gerações a Retratar.

Este retorno deu­se por conta de um outro projeto de Risoleta, paralelo ao III Outubro Aberto, intitulado Valise D´Art. Nele, cada artista deveria compor uma instalação itinerante, algo como uma saturação de símbolos poéticos que coubessem numa simples valise. Elegi, como ícone, como síntese desse momento em minha obra, os porta­ retratos: ora vazios, ora preenchidos por um vermelho intenso e/ou pelas palavras “Avó”, “Mãe” e “Filha”, foram expostos num painel, sempre agrupados de três em três. Todavia, o mais interessante neste projeto não era apenas a

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instalação em si, mas as atividades sociais nele envolvidas. A ideia era que, a cada local que esta instalação fosse levada, os visitantes modificassem de alguma maneira o que era exposto. No meu caso, pedi às pessoas que preenchessem os porta­retratos vazios com relatos escritos sobre suas avós e mães... O resultado surpreendeu, principalmente quando alunos de uma escola local quiseram colaborar. Guardo com cuidado estes fragmentos de memórias e procuro sempre expô­los quando possível, para que cada vez mais outros relatos e histórias de diferentes famílias emaranhem­se àqueles da família Xavier. 42


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Certamente o porta­retrato sintetiza muitas das problemáticas apresentadas pela série das Gerações: uma ligação com o passado, a proteção de instantes efêmeros, a presença ausente... mas creio que ele, por si só, ainda não basta. Em março de 2009, nosso grupo foi convidado para participar, no Museu do Estado de Pernambuco, do projeto Poiesis. Com performances e instalações programadas, Lucia sugeriu que revivêssemos nossas fíguras hílares e assim foi. Um reenconto, após seis anos de hiato: vestir novamente as rendas, o véu, oferecer cerejas... tão similar e já tão diferente! A performance, como das outras vezes, começou nas ruas de Pernambuco até chegar ao interior do museu, na sala das instalações. O curioso desse movimento é que sempre algum transeunte se deixa arrastar até o museu, seduzido por essas figuras misteriosas – e o objetivo é justamente este: reestabelecer novamente o elo, a conexão entre a vida cotidiana e a poesia, a poiesis.

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Para a instalação, ao invés do porta­retrato, trouxe a cereja e a cerejeira; não só na acepção usual, mas como o fruto e sua origem. Na linha do horizonte, estendi uma extensa linha de árvores genealógicas, todas em preto e branco, com exceção de três, bem ao centro e na frente das quais pendiam cerejas perfuradas por pregos. Batizei­a de Antes de mim/depois de mim. A cerejeira, junto ao porta­ retrato, ou, na versão ainda mais sintética que encontrei há pouco, o porta­retrato com uma cereja tripla ao centro, talvez seja o ícone perfeito para resumir este estágio de convergência de linhas poéticas em que minha obra se encontra. 44

Ainda há muito a desbravar no território das gerações femininas; ainda há muito a falar sobre as cartas, os frutos, as figas, a família Xavier; sobre tintas, composições, fluxos de pensamento... principalmente nesta nova fase, em que nós nos unimos a outros artistas para montar o coletivo ProCoa. Deixo, no entanto, que tudo mais seja dito pelas minhas telas, minhas gravuras, objetos e instalações, afinal, as sensações visuais são minha matéria. Termino este relato na expectativa que ele tenha sido capaz de elucidar alguns de meus processos, esclarecer alguns dos elos presentes em minha obra, mas não engessar, não cristalizar um possível significado das coisas, mesmo porque, num encontro fortuíto com uma fotografia, num estalo do momento, tudo pode mudar...


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super­hiper breve histórico com a relação da Lucy com aquela técnica (por exemplo : Lucy começou suas experiências no Desenhos em XXX. Na época, utilizando­se de tubos de tinha escolar, fechava os olhos e etc etc. Depois disso, em xxx, passou a desenhar a partir de modelo vivo (série metamorfose). Hoje a prática do desenho é fundamental para compor seus cadernos de notas etc etc). Coisa cur­ ta! e já nessa página ter uma ou outra imagem para no verso fazer a ligação entre texto e imagem.

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Trabalhos da série Gerações, 2010. Projeto Circuito Outubro Aberto V ­ Atelier Lucy Salles.


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Exposição Poiesis: à esquerda, instalação da série Gerações, e acima, Sala das Vestimentas contemplando a vestimenta utilizada na Performance, revista Atelier Outubro Aberto 2009 e data show com outros trabalhos da artista, 2009. Museu do Estado de Pernambuco.


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Trabalhos apresentados durante o Projeto Circuito Outubro Aberto IV ­ Atelier Lucy Salles.


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Acima, desenhos da série Netas e bordados da série Avó / Mãe / Filha, 2008. Projeto Circuito Outubro Aberto III ­ Atelier Lucy Salles. e Exposição na Jo Slaviero e Guedes Galeria de Arte.


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Exposição Valise D´Art com a instalação Espaço Camafeu/ Gerações a Retirar, 2008. Dimensões variadas. Espaço Cultural Tendal da Lapa.


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Objetos, telas e instalação da série Frutos Vermelhos, 2007. Projeto Circuito Outubro Aberto II ­ Atelier Lucy Salles.


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Objetos, telas e instalação da série Frutos Vermelhos, 2007. Projeto Circuito Outubro Aberto II ­ Atelier Lucy Salles.


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À esquerda, telas da série Figas e Proteção, acima, instalação e objetos da Série Proteção, 2006. Projeto Circuito Outubro Aberto I ­ Atelier Lucy Salles.


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Acima, 4 objetos da Série Proteção, de 20x50cm cada. Projeto Circuito Outubro Aberto I ­ Atelier Lucy Salles.


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Detalhes dos objetos da página anterior.


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Projeto e registro da instalação Maculated Protection, 2005. NCCA ­ National Centre for Contemporary Arts Moscow.


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Exposição Atos/Tendal Ocupado, participação com a instalação Avermelhando Sombras, 2005. Espaço Cultural Tendal da Lapa.


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Projeto Exposição e registro “Caderno da instalação de Notas” Maculated ­ Vlado 30 Protection, anos, 2005 2005. NCCA Associação ­ National Brasileira Centre de forImprensa, Contemporary Rio deArts Janeiro Moscow.


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Participação na exposição “Uma viagem de 450 anos”, 2004 Sesc Pompéia.


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Exposição individual “Frestas / cerejas na Capela do Morumbi” , 2003. Capela do Morumbi.


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Instalação Cheiro do Pêndulo, parte da exposição Goela de Dragão­Figuras, 1999. Museu de Arte Contemporânea de Campinas “José Pancetti”.


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super­hiper breve histórico com a relação da Lucy com aquela técnica (por exemplo : Lucy começou suas experiências no Desenhos em XXX. Na época, utilizando­se de tubos de tinha escolar, fechava os olhos e etc etc. Depois disso, em xxx, passou a desenhar a partir de modelo vivo (série metamorfose). Hoje a prática do desenho é fundamental para compor seus cadernos de notas etc etc). Coisa cur­ ta! e já nessa página ter uma ou outra imagem para no verso fazer a ligação entre texto e imagem.

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Performance Poiesis, 2009. Performance no Museu do Estado de Pernambuco.


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Actes vus/ revus, 2003. Galerie D´Art François Mansart ­ Centre Culturel Brésil­France.


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Mercadorias de Sábado, 2002. Galeria Rarebit.


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Viver com Arte, 2002. Galeria Rarebit.


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Lembranças Achadas, 2001. Praça Gastão Vidigal.


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Pic­Nic, 2001. Parque Villa Lobos.


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Exposição Goela de Dragão, performance Figuras Hilares, 1999. Museu de Arte Contemporânea de Campinas José Pancetti.


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Um almoço para Oswald, 1998. Performance com objetos em Madeira e Cerâmica Faiança. Parque do Ibirapuera.


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super­hiper breve histórico com a relação da Lucy com aquela técnica (por exemplo : Lucy começou suas experiências no Desenhos em XXX. Na época, utilizando­se de tubos de tinha escolar, fechava os olhos e etc etc. Depois disso, em xxx, passou a desenhar a partir de modelo vivo (série metamorfose). Hoje a prática do desenho é fundamental para compor seus cadernos de notas etc etc). Coisa cur­ ta! e já nessa página ter uma ou outra imagem para no verso fazer a ligação entre texto e imagem.

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DVD contendo os vídeos De Tempos e Marcas e Cerejeira.


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Frames escolhidos do vídeo De tempos e marcas, 2010. Duração: 5 minutos. Acervo pessoal da artista.


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super­hiper breve histórico com a relação da Lucy com aquela técnica (por exemplo : Lucy começou suas experiências no Desenhos em XXX. Na época, utilizando­se de tubos de tinha escolar, fechava os olhos e etc etc. Depois disso, em xxx, passou a desenhar a partir de modelo vivo (série metamorfose). Hoje a prática do desenho é fundamental para compor seus cadernos de notas etc etc). Coisa cur­ ta! e já nessa página ter uma ou outra imagem para no verso fazer a ligação entre texto e imagem.

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Série Gerações, 2010. Acrílica sobre tela. 150x100cm cada. Projeto Circuito Outubro Aberto V ­ Atelier Lucy Salles.


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Seleção de telas da Série Núcleo da Cereja (total de 10 telas), 2008. Acrílica sobre tela. Dimensões 100x100cm. Projeto Circuito Outubro Aberto III ­ Atelier Lucy Salles.


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Seleçao de telas da Série A cereja e a Forquilha, 2007. Acrílica sobre tela. Dimensões 100x100cm. Projeto Circuito Outubro Aberto II ­ Atelier Lucy Salles.


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Seleção de telas da Série Figas, 2006. Acrílica sobre tela. Dimensões 100x200cm. Projeto Circuito Outubro Aberto I ­ Atelier Lucy Salles.


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Seleção de pinturas das Séries Muros e Luzes Vermelhas, 2004. Acrílico sobre tela. Espaço Cultural Citigroup.


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Seleção de pinturas da Série Muros, 1999. Acrílica sobre tela. Dimensões variadas: 185x185cm, 150x110cm ou 160x110cm. Parte da publicação do Brazilian Art Book Show 1999.


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6 pinturas de 12 da Série Ali Estão, 1997. Técnica Mista. 140x140cm . World Fine Art Gallery New York.


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Três pinturas da Série Muros, 1996. Acrílica sobre tela. 80x140cm cada. Exposição Travessia Vermelha na Galeria Rarebit.


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super­hiper breve histórico com a relação da Lucy com aquela técnica (por exemplo : Lucy começou suas experiências no Desenhos em XXX. Na época, utilizando­se de tubos de tinha escolar, fechava os olhos e etc etc. Depois disso, em xxx, passou a desenhar a partir de modelo vivo (série metamorfose). Hoje a prática do desenho é fundamental para compor seus cadernos de notas etc etc). Coisa cur­ ta! e já nessa página ter uma ou outra imagem para no verso fazer a ligação entre texto e imagem.

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Da série Cartas de avó, 2009. Papel artesanal, massa acrílica e pintura. Projeto Circuito Outubro Aberto I ­ Atelier Lucy Salles.


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Pássaros para Narciso, 1998. Papel artesanal. 250x500cm. Aeroporto de Congonhas.


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Livro das Fendas Vermelhas, 1995. Papel de fibras vegetais com peças pequenas de ferro. 50x70cm. Acervo particular da Artista.


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Série Frutos esmagados, 1989. Papel Artesanal. 20x30cm. Galeria Unicamp.


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Série Arqueologia dos Signos, 1987. Papel Artesanal. Espaço Cultural Chapchap.


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Cachoeira, 1988. Instalação com papel artesanal. 600x300cm. 13° Salão de Arte Contemporânea de Campinas.


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Série Pinceladas à papel, 1987. Papel Artesanal. Salão de Arte de Pernambuco.


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super­hiper breve histórico com a relação da Lucy com aquela técnica (por exemplo : Lucy começou suas experiências no Desenhos em XXX. Na época, utilizando­se de tubos de tinha escolar, fechava os olhos e etc etc. Depois disso, em xxx, passou a desenhar a partir de modelo vivo (série metamorfose). Hoje a prática do desenho é fundamental para compor seus cadernos de notas etc etc). Coisa cur­ ta! e já nessa página ter uma ou outra imagem para no verso fazer a ligação entre texto e imagem.

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Gravura Lustre IV da Série Deconstrução/ Reconstrução, 2010. Gravura Digital. Acervo particular da Artista.


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Almofadas III, Pessoas V, Cadeiras I e Mesa II, da Série Deconstrução/ Reconstrução, 2010. Gravura Digital. Acervo particular da Artista.


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Acima e na página anterior, gravura digital da Série Frutos Vermelhos, 2008. Dimensões: 40x40cm e 30x40cm. Outubro Aberto.


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Série Desmemória, totalizando 11 trabalhos, 2008. Gravura Digital. Dimensões variadas., tamanho máximo 15x20cm. Projeto Circuito Outubro Aberto III ­ Atelier Lucy Salles.


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Entanglements, 2005. Gravura Digital. Dimensões 30x40cm. NB4 ­ Novosibirsk Graphic Art Biennial.


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Série Pedra sobre pedras, 1997. Litografia. 4th Bharat International Biennial of Prints.


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Série Ali Estão, 1997. Litografia. World Fine Art Gallery, Nova Iorque.


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Série Cidades, 1996. Gravura em Metal. Exposição individual no Francis Bacon Bar.


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Série Cidades, 1996. Gravura em Metal. Francis Bacon Bar.


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Série Cidades, 1996. Gravura em Metal. Francis Bacon Bar.


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Sem título, 1990. Gravura em Metal. 16th International Exhibition in Kanagawa.


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Série Pulsantes, 1987. Gravura em Metal. I Bienal Internacional de Gravura, MACC.


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Série O Cravo bem Amarelado, 1986. Gravura em Metal. I Bienal de Presidente Prudente, conjunto premiado.


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O que os livros me contaram, 1986. Gravura em Metal. Itaú Galeria.


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Iconicidade decrescente, 1985. Gravura em Metal, 100x50cm. Prêmio Prefeitura Municipal de Campinas.; Biennale Internationale de la Gravure, Cracovie (Polonia); Hanga Annual Print.


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Iconicidade decrescente, 1985. Gravura em Metal. Museu de Arte Contemporânea de Campinas.


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Monólogos Visuais I, II e III, 1985. Dimensões 63x43cm, 50x70cm e 40x60cm. Gravura em Metal. XLII Salão Paranaense de Arte Contemporânea.


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Série Camarim, 1985. Gravura em Metal. Acervo pessoal da artista.


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Viajantes, 1984. Gravura em Metal. 10th International Exhibition of Kanagawa.

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Série Passageiras, 1984. Gravura em Metal. VI Mostra de Gravura Cidade de Curitiba.


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Série Avó e Neta, 1984. Gravura em Metal. Acervo pessoal da artista.


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super­hiper breve histórico com a relação da Lucy com aquela técnica (por exemplo : Lucy começou suas experiências no Desenhos em XXX. Na época, utilizando­se de tubos de tinha escolar, fechava os olhos e etc etc. Depois disso, em xxx, passou a desenhar a partir de modelo vivo (série metamorfose). Hoje a prática do desenho é fundamental para compor seus cadernos de notas etc etc). Coisa cur­ ta! e já nessa página ter uma ou outra imagem para no verso fazer a ligação entre texto e imagem.

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Esculturas da Série Ali Estão, 1997. World Fine Art Gallery, Nova Iorque.


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Seis esculturas da Série Metamorfoses, 1978. Bronze polido e madeira. Exposição individual na Eucatexpo.


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Mãe, 12x53x40cm, e Anunciação, 36x88x30cm, década de 60/70. Bronze fundido. Acervo Particular da Artista.


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Pulando cela, 45x23cm, e Bailarina, 22x30x20cm, década de 60/70. Bronze fundido, Acervo Particular da Artista.


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super­hiper breve histórico com a relação da Lucy com aquela técnica (por exemplo : Lucy começou suas experiências no Desenhos em XXX. Na época, utilizando­se de tubos de tinha escolar, fechava os olhos e etc etc. Depois disso, em xxx, passou a desenhar a partir de modelo vivo (série metamorfose). Hoje a prática do desenho é fundamental para compor seus cadernos de notas etc etc). Coisa cur­ ta! e já nessa página ter uma ou outra imagem para no verso fazer a ligação entre texto e imagem.

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Série Derrubada e seus Instrumentos, década de 70. Desenho em Grafite e colagem


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Seleção de desenhos da Série Netas, década de 70. Exibidos durante a exposição Outubro Aberto 2008.


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Série Derrubada e seus Instrumentos, década de 70. Desenho em Grafite e colagem. XI Salão Bunkyo,


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Desenhos da Série Figuras e Troncos, 35x50cm ou 40x50cm. Década de 70. Desenho sobre papel. Exposição na Eucatexpo.


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Seleção de desenhos das Séries Costurando e Acima, Abaixo. Acervo Particular da Artista.


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Seleção de desenhos das Séries Maternidade e Liames, década de 70. Acervo Particular da Artista.


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Seleção de desenhos da Série Metamorfoses, década de 70. Acervo Particular da Artista.


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Seleção de desenhos da Série Madres, dimensões variadas: 50 x 70cm e 40 x 60cm. Tinta à óleo diluída.


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   ­    19 de abril de 1932 ­ nasce Lucy Xavier Lopes, fi lha de Eugênia Xavier Lopes e Hernani de Araujo Lopes, diretor das met­ alúrgicas Matarazzo.

10 de abril de 1953 – Nascimento de sua filha, Marta Lopes Monteiro Salles.

1937 – Aos cinco anos, , muda­se para São Vicente apenas com a avó materna. Reside numa casa situada à rua XXX. Divide seu dia entre visitas ao posto de saúde de San­ tos, para receber tratamento fototerápico, e brincadeiras na rua e no pomar de sua casa com amigos.

1956 – Sergio Salles ganha bolsa de estu­ dos para cursar doutorado em Roma. O ad­ vogado e Lucy deixam seus filhos aos cui­ dados de seus avós maternos e se mudam para a Itália, onde viverão por dois anos.

1940 – Volta para São Paulo, onde começa a cursar o ensino Fundamental na Escola XXXX. Por volta de 1946 passsa a ter contato mais próximo com as artes plásticas devido à am­ izade de seus pais com o industrial Ciccillo Matarazzo. A cada doação que o mecenas fazia para o recém fundado MASP (ainda com sede na Rua 7 de abril), havia uma festa para a qual sua família era convidada. 6 de janeiro de 1951 – pouco tempo após sair do colégio, casa, aos dezoito anos, com o advogado Sergio Luiz Monteiro Salles. Passa a assinar Lucy Lopes Salles. Nesse mesmo ano acontece, por iniciativa de Cic­ cillo Matarazzo e sua esposa, a I Bienal In­ ternacional de Arte de São Paulo que causa profunda impressão em Lucy. 12 de dezembro de 1951 – Nascimento de seu primeiro filho, Milton Lopes Monteiro Salles.

Este período é de extrema importância para a artista em gestação: além de visitar cidades próximas e frequentar múltiplos museus,


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sempre escolhendo aqueles dias em que a entrada era livre (o Vaticano, por exemplo, era às quartas­feiras), participa de cursos livres de História da Arte. No fi nal de 1958 o casal retorna à São Paulo e passa a viver na Rua XXX. 16 de janeiro de 1959 – Nascimento de seu terceiro e último fi lho, Sergio Luiz, como o pai. Para dar evasão à vontade de produzir, Lucy começa a criar enfeites diferenciados para sua casa com galhos de árvores secos entre outras matérias primas.

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A partir do momento que Lucy começa a criar, não para mais. Em 1962 procura a escultora de origem XXX Anie Galitzing, que estava de passagem pelo Brasil. Depois de muito insistência, a escul­ tora aceita dar aulas particulares para Lucy. Por dois anos, Salles dedica­se a aprender as noções de escultura e estrutura. Se filho mais novo, Sergio, costumava acompanhar a mãe brincando de modelar bolinhas em argila. O processo de pensar as esculturas leva a artista ao desenho. De 1965 a 1980 pratica desenho quase todos os dias. Inicialmente, de maneira bem livre, Lucy utilizava tubinhos de tinta escolares de seus filhos para, com os olhos fechados, criar formas e linhas que depois tomavam feições. A cada dez desenhos, Salles aprova­ va um.

Em 1973, diante dessa insatisfação, Lucy começa a ter aulas de desenho com o artista Waldermar da Costa. No mesmo ano par­ ticipa do primeiro Salão de Artes e, um ano depois, de sua primeira exposição coletiva, na Galeria de Arte Uirapuru, num evento em homenagem aos oitenta anos de Walde­ mar. Lucy continuava a aperfeiçoar sua téc­ nica de desenho a partir de gestos amplos e soltos. Uma série de mais de 300 desenhos, a maioria com medidas entre 50x70cm, data desta época em que suas principais inspira­ ções eram seus fi lhos e sua mãe. No ano de 1975, interessada nas possibili­ dades cromáticas, começa a ter aulas com a artista Habuba F. Ricetti sobre teoria das cores, composição, colagem, entre outros assuntos. Seu crescente interesse pela figura humana fez com que participasse de sessões de desenho por observação com a modelo vivo Germana ao longo de quatro anos. A série Metamorfoses, Figuras e Troncos, en­ tre outras, datam deste período.


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et quidit, nuntervideo, Castra? Cullabe fac­ tort issenam pubi is sulviss ulemus morum public moerobsent. Alatus res stabus satuussi firmaceps, tella rei fac ocultora moviverdit, videmum sente, quem fatis vivigitus, mu­ scrit, vid co caturae patuitem opulescit, C. As derfirtus comnihil con tra, C. Oximil ve, Ti. Sen Etritius hillabus intimmo redient? Ave, us aur quo constrid auctus consus mei publine aut vivivagint? Bitiam averis fur­ suncla essit ina ret; halicta, ubliusa nocrit. Valat verena, fat, iae is firmis, con Ita, quam forte consupimis. Ver­ fecrium coenint, nihi, sedo, nos At ia Sat, publius? Equodit nintin viriviv atudena, que condem, sulto mor in tus Ahacciam nones firmilis, que dii im mensus hebefac erehena nihilibut vatius. Ivivirmant. Perfece ricae, que cum quem siliam paturo, nostum tum ortercena, Catifent. Pors vis­ quit intemus, etris, postem tusquod merit? quam ocre, iam dem in din veris, quame audactatam, qua nondum te audet, es densi iliacta lestruncerem inu et patienter urbis con huit vidit. Ternum maximantem, que hil talare prae observi deortum re, Cuppl. Ectus? quidi, fauctam dis. Eporenin probus; henatquon te omaiocaes con ingultum conere mei pes nonosserum. Otilius, ununtim untruntiam ora iacchum tertil hem alium fit? invem lati­ ferraed incusque poeribul vicaess oltuid fau­ dam serfesidet? Id facturo publi, P. est dit, neque ciesitam ac terrac reste num, moribes

orestori conum ina vis conem quis; num reviven aterica verractuit? Nihinte atinum sperficae perit; nos itiusqu amquodium et forur. Opoenat quamdin strarei sules con­ detorei essit, quitina nihilne ssidessules? Pat o nox stra nox mantrip icavenam prib­ ula noc, uterdierio, egintilicit es nitiaelum pracipsenat patilienihic o it vasdam labus et vervili nteris. Haber ac re tam denteatis acia rei sendies! Unum mored in ingulla triman­ test nunterari sulla re erum tatuam. Otiam achuc tinpri sisqua pris. Bus acchillerum cepsenatanum tuam. Odi­ ur que aperrior heniu it, publiusquo utus At vivirmi linteba terrati amquod con dium, nostimus essed ina, nosulum ut idit fitilis, nostra, quamero am hos ina, ciemensulare nos fit ina, con sentrae, coneque mo vis con­ te issideli, fi rivehebus, nu egitra ta, pata rei se milium hendacto no. Ebatus Multodit, igna, ingulocul horaremo horenarimium diussimum teme atiam aperum nere, prior quem dees? Dem tios consum inatum nos omnesim overvitient. Artil halego iam. Cast? Nihilius hos issil vicaelleris. Otiam Romninp ropubli idem proximil vilicae conlocu pimis. Uc omante mantil usa nem mandam sena­ tam aurobus, nosti pro urbis, auctodit. Rur prit, norit. Ti. Lego etor in Itatare bule­ git, complib uliste, silibul egerorei igit. Sp.


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