TGI | Isabela Soave Pontello

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COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO PERMANENTE (CAP) Prof.º Dr. David Moreno Sperling Prof.º Dr. Jourbert José Lancha Prof. ª Dr.ª Lúcia Zanin Shimbo Prof. ª Dr.ª Luciana Bongiovanni Martins Schenk COORDENADOR DE GRUPO TEMÁTICO (GT) Prof.º Dr. Miguel Antonio Buzzar São Carlos, SP 2016


ARQUITETURA E PAISAGEM proposta de espaço público contemporâneo e interativo

ISABELA SOAVE PONTELLO TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTEGRADO I INSTITUTO DE ARQUITETURA E URBANISMO . USP


ÍNDICE

05

INTRODUÇÃO QUESTÃO

06

UNIVERSO PROJETUAL

11

15

LOCAL REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS

16

20 22

AMERICANA SITUAÇÃO

27

PROJETO MODIFICAÇÕES

28

DIRETRIZES DE PROJETO

30 ESPACIALIDADES 36

29

IMPLANTAÇÃO

ENCAMINHAMENTOS

48


INTRODUÇÃO


INTRODUÇÃO

06

A vitalidade urbana de espaços públicos impulsionou as inquietações desde trabalho desde o princípio. Estudar o espaço público aliado à sociabilidade urbana permite um enfoque ainda maior nas relações entre as pessoas nesse espaço e com esse espaço. Este trabalho concentra-se nesta relação entre o espaço público e a sociabilidade urbana. No intuito de constituir uma cidade para pessoas, como defende Jan Gehl, se considera o conceito de urbanidade, difundido por diversos autores, como Jane Jacobs, em que coloca também a diversidade como um fator extremamente favorável à criação de um lugar que promova essa essência da urbanidade. Foi a partir desta ótica que observei a cidade, e elenquei as questões mais significativas para o desenvolvimento deste trabalho:

Em quais espaços públicos se têm sociabilidades?

O que fazem os espaços públicos serem atrativos?

Como o arquiteto e urbanista pode intervir para potencializar o encontro de pessoas?

O espaço público é indissociável do espaço urbano. Entende-se por espaço público um lugar atrativo às pessoas, e que se tornam vitais para a relação entre homem e cidade. Para o homem, porque promove espaços de lazer, descanso, percepção da cidade e sociabilidades, e para a cidade, porque esses espaços contrapõem a arquitetura segregadora tão preocupante e tão presente no cotidiano de nossas cidades (DAROTA, 2012, p. 18). É a partir desta escala urbana de intervenção que o arquiteto e urbanista atua em primeira instância. Nesta escala,

uma das formas de potencializar o encontro de pessoas está relacionada ao fluxo: através da mobilidade urbana. Em trechos de cidade, ou grandes áreas, o arquiteto pode intervir em projetos da arquitetura da paisagem, como os parques urbanos, que também são espaços públicos bastante potenciais para eventos coletivos e práticas de uma vida urbana. Como terceira escala de intervenção, elenco as ações projetuais arquitetônicas nos edifícios e construções, em uma escala mais próxima do usuário, intervindo diretamente nas relações de sociabilidade. Neste trabalho, há a intenção de passar por essas três escalas de intervenção, em busca de um projeto que promova

uma diversidade de relações sociais naquele espaço.


QUESTÃO

07

Escala do usuário Projeto

Arquitetônico

dos

edifícios e das construções (interatividade)

Escala local Trechos de cidade, grandes áreas

(arquitetura

da

paisagem), criando uma nova ou

potencializando

centralidades

as locais

existentes.

Escala urbana Fluxos (Mobilidade urbana)


INTRODUÇÃO

08

Inserida no panorama contemporâneo, a reflexão sobre o encontro de pessoas se torna ainda mais complexa diante das tecnologias de comunicação. Segundo Daroda, “A sociedade contemporânea, a partir do surgimento das novas tecnologias, da evolução dos meios de transporte e de comunicação de massa, vive constantemente alterações em sua dinâmica, as quais transformam seus espaços e suas relações sociais.” (2012, p.22). “O perfil do usuário da cidade contemporânea determina a necessidade de um uso associado à interatividade; de espaços descontínuos, capazes de estimular a permanência e a troca” (GEHL, 2006)


21 balançoires em Montreal. Instalação do coletivo de Design Daily Tous Les Jour. 21 balanços que tocam sons de diferentes notas quando utilizados. Fonte: http://www.dailytouslesjours.com/project/21-balancoires/

Mas o que são parques e praças, senão lugares de encontros, ou antes, espaços potenciais nos quais relances, toques, sorrisos, palavras, comentários, observações, opiniões de todos os tipos possuem a possibilidade de serem transferidos? Quarteirões urbanos são locais de trocas de informações e relacionamento, permitindo o movimento de dados e pessoas ao redor das co-presenças de padrões de movimentos e pausas. Essa condição pode ser intensificada, adicionalmente, a partir de espaços não-físicos em nossas cidades, através de telas, redes sem fios, quadros de exposições, downloads e uploads, mensagens de textos, podcasts e broadcasts de todos os tipos. (RYAN, 2006, apud MARTINEZ p.123)


INTRODUÇÃO

10

A intenção desse trabalho consiste, portanto, em criar espaços inseridos na escala urbana que sejam cenário para as relações sociais

em que a interatividade entre os usuários e o espaço físico desenvolvido será potencializada pelas tecnologias da comunicação.

AÇÃO PROJETUAL


Light Drift – Intersect , Instalação realizada nos EUA, pelo My Studio. Consiste em globos em um espaço público que são conectados e mudam de cor de acordo com a interação do público. Fonte: http://mystudio.us/

Swig Time, um espaço composto por 20 oscilações em forma de anel iluminado, que tem um efeito alterado pela velocidade dos usuários com o balanço, ficando mais brilhante, incentivando a interação. Fonte: http://mystudio.us/

“Marbles”, que acendem conforme a interação das pessoas com o objeto. Instalação do designer Daan Roosegaarde. Fonte: https://www.studioroosegaarde.net/project/marbles/info/

A torre da D-Tower no espaço público, com 4 cores, cada uma representando o humor prevalente do dia. Fonte: http://people.ucsc.edu/~skriger/Assignment2.html

11 UNIVERSO PROJETUAL

A INTERATIVIDADE EM ESPAÇOS PÚBLICOS


O EQUIPAMENTO

INTRODUÇÃO

12

A conexão entre os diversos níveis e a permeabilidade visual cria um ambiente dinâmico, e potencializa as relações entre pessoas que estão nos diferentes níveis. Centro cultural da Luz, Herzog e de Meuron. Fonte: https://arcoweb.com.br/projetodesign/arquit etura/herzog-de-meuron-centro-cultural-saopaulo-23-05-2012

A forma do edifício está intimamente ligada às características do local. Há um enraizamento da forma com o lugar. Grace Farms, SANAA. Fonte: http://www.gracefarms.org/sanaa


Atualmente, os parques urbanos apresentam inúmeras funções e contribuem para a sustentabilidade urbana. Os benefícios para a cidade já se inicia através da resistência de uma grande área à produção imobiliária, em 1858, Olmsted, autor do projeto do Central Park de Nova York, já falava sobre a importância de se ter delimitado uma grande extensão de terra para o parque, dizendo que “a totalidade da ilha de Nova York seria, não fosse essa reserva, dentro de muitos anos, Em São Paulo, o Parque do Ibirapuera cumpre sua função de parque metropolitano. Sua criação foi pensada como um marco cívico, ele abriga diversas atividades e tem alta acessibilidade por sua posição central na metrópole. Fonte: http://www.vitruvius.com.br/media/images/magazines/grid _9/3068_188-03.jpg

ocupada por edifícios e ruas pavimentadas” (apud KLIASS, 1993, p. 22). Outro benefício são os atributos estéticos dos parques, com ressalva para a importância da vegetação. Eles desempenham funções ligadas à satisfação sensorial e estética, como a diversificação da paisagem, o embelezamento da cidade e a amenização da aridez e da repetição dos prédios (MAGALHÃES; CRISPIM, 2003 apud FERREIRA 2007,). Outra vantagem está em atender as necessidades de lazer e de recreação, através de atividades realizadas nos parques como exercícios físicos, passeios, atividades lúdicas que promovem a interação das

Em Nova York , o Central Park configura um espaço de descompressão no meio da intensidade de Manhattam, com uma posição e um tamanho compatíveis com a escala da metrópole, o que o torna um espaço singular altamente valorizado.

pessoas com o espaço e potencializa as relações de sociabilidade.

13 UNIVERSO PROJETUAL

A URBANIDADE NO PARQUE CENTRAL METROPOLITANO


INTRODUÇÃO

14

Parque Nacional Yongsan, Seoul, Corea. Projetado pelo West 8 e IROJE, o parque foi desenvolvido em torno do conceito fundamental de cura. A partir disso, ele se deu em três níveis: “cura natureza”, “cura história: confronto e exposição” e “cura cultura: interface de parque-metrópole”. A proposta apresenta uma diversidade de espaços bastante interessante para o usuário ao caminhar pelo espaço e se surpreender. As duas imagens do parque apresentam ambiências bastante distintas, e é essa dimensão entre o natural e o artificial uma das exploradas neste trabalho.


LOCAL


LOCAL

16

REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS (destaque para a cidade de Americana - SP) O Corredor Metropolitano Noroeste (RMC) é um projeto de infraestrutura viária interurbana que abrange toda a região metropolitana de Campinas, promovendo conexões e facilidade de mobilidade entre os 19 municípios da RMC. Este projeto promove um corredor de ônibus que conecta a cidade de Santa Bárbara D´Oeste, passando por Americana, Nova Odessa, Sumaré, Hortolândia, com uma conexão para Monte Mor, até chegar no município de Campinas, que possui dois Terminais (Campo Grande e Prefeito Magalhães Teixeira). O Corredor Metropolitano Noroeste está em

processo de implementação, com algumas obras já finalizadas, e outras em execução. Dentre as ações previstas da obra, estão: • Implementação de infraestrutura de transportes de passageiros na região com a implantação de faixas exclusivas para ônibus, adequação e melhoria do sistema viário (sinalização e comunicação), construção de terminais de integração e estações de embarque e desembarque; • Reorganização da rede de transporte coletivo, promovendo a racionalização e a integração do sistema de

transporte metropolitano e municipal; • De modo a Valorizar o entorno destas intervenções, com a criação de espaços urbanos, proporcionando mais qualidade de vida, promovendo condições de segurança, conforto e bem estar à população em geral. (Dados retirados da Audiência pública EMTU, Setembro de 2014).


CORREDOR METROPOLITANO NOROESTE RMC (CAMPINAS – SANTA BÁRBARA D´OESTE) REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS

CORREDOR METROPOLITANO

17

Fonte: http://www.emtu.sp.gov.br/emtu/i mages/Conteudo/Mapa-Noroestepequeno.jpg


LOCAL

18 CORREDOR METROPOLITANO NOROESTE RMC (CAMPINAS – SANTA BÁRBARA D´OESTE) REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS Foi realizado um levantamento do Corredor Metropolitano Noroeste (RMC) em relação aos equipamentos de cultura e lazer que estão ao longo do mesmo. Através do levantamento, foi possível notar projetos de requalificação de áreas ao longo do corredor, como o caso de Sumaré, do Parque Ecológico e do Conjunto Ferroviário. Já outros equipamentos bastante

consolidados e de importância metropolitana, como o MIS Campinas (Museu de Imagem e Som), o Teatro José de Castro Mendes, que passou por um processo de reforma recente, e o Museu de Arte Contemporânea (MACC). Dentre esses equipamentos, é válido destacar o Jardim Botânico de Nova Odessa (Plantarum). Ele consiste em um centro de referência em pesquisa e conservação da flora brasileira, e foi idealizado a partir de 1990, por iniciativa do engenheiro agrônomo e botânico brasileiro Harri Lorenzi. O Jardim foi fundado oficialmente em 2007, e atualmente o acervo botânico vivo é constituído por quase 4000 espécies vegetais, representando os principais grupos botânicos da flora nativa do Brasil. É a partir dessa análise que insiro o projeto que está em desenvolvimento neste trabalho: um parque com abrangência metropolitana, que abriga equipamentos de cultura, lazer, atividades esportivas, em uma área próxima a uma das estações de transferência, a Estação Amizade.


19 CORREDOR METROPOLITANO

Corredor Metropolitano e Equipamentos de Lazer e Cultura


REGIÃO DE FRONTEIRA | NOVA CENTRALIDADE

LOCAL

20

A área está localizada no município de Americana – SP, em uma região próxima à divisa com o município de Santa Bárbara D´Oeste. É possível notar que a área se encontra relativamente distante dos principais equipamentos de cultura e lazer de ambas as cidades. Por outro lado, está localizada em uma região de ocupação recente, e de significativo crescimento populacional, além da implantação do Corredor Metropolitano Noroeste, que promove uma importante conexão com toda a região metropolitana. Dessa forma, a área pode ser considerada uma nova centralidade, que apresenta grande potencial

atrativo, principalmente devido ao fluxo de pessoas que transitam nesta região.

Área de intervenção e as Centralidades urbanas | Cultura e lazer Santa Bárbara D´Oeste

Santa Bárbara D´Oeste 1. 2. 3.

Parque dos Ipês (9,6 km) Parque Araçiguama (9,8 km) Praça Central (Igreja Matriz) (8,4 km)

4. 5. 6.

Teatro Municipal (9,7 km) Biblioteca Municipal / Museu da Imigração (10,1 km) Parque dos Jacarandás (3,9 km)

Americana

Americana 1. Pq. Ecológico (4 km) 2. Jardim Botânico (4,7 km) 3. CCL – Centro de Cultura e Lazer 4. Teatro Municipal (3,1km)

5. 6. 7. 8.

Centro Cívico (6,7 km) Teatro de Arena (6,4 km) Praça Central (3,5 km) Estação Ferroviária (3,5 km)


A relação entre esses municípios é percebida também a partir da conurbação

21

dos seus bairros. Nesta área limítrofe na cidade de Santa Bárbara D´Oeste é

AMERICANA

“habitada em sua grande maioria pela população que trabalha e possui forte ligação com esse centro vizinho” (CAIADO, 2002 ,apud PASQUOTTO)

Mapa da Evolução da Mancha Urbana dos Municípios de Americana, Santa Bárbara d’Oeste e Nova Odessa. Fonte: PASQUOTTO et all. A expansão urbana de Americana e a questão regional. In: RUA [online]. 2014, no. 20. Volume II - ISSN 1413-2109. p. 143-165. Consultada no Portal Labeurb – Revista do Laboratório de Estudos Urbanos do Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade. http://www.labeurb.unicamp.br/rua/


22

Levantamento do entorno imediato.

LOCAL

Área de intervenção 72 ha

5. 1. 2.

4. 3. 6.

É a partir dessa análise que insiro o projeto que está em desenvolvimento neste trabalho: um equipamento com abrangência metropolitana, dada sua facilidade de acesso, sua escala de intervenção, e que apresenta potencialidades para um espaço público atrativo. A conexão feita pelo Corredor Metropolitano favorece a mobilidade interurbana e a relação entre os outros equipamentos com atividades voltadas à cultura e lazer presentes ao longo do Corredor. A área de do parque corresponde a 72 hectares, enfatizando sua potencialidade no panorama das cidades atuais. Sua grande dimensão possibilita a implantação de atividades diversas, e promove uma extensão verde que se destaca em meio à ocupação urbana.


AMERICANA

23

1. Área de intervenção (Avenida Europa)

4. Estádio Municipal Décio Vitta visto da Av. Rafael Vitta.

2. Praça existente (lixo intenso)

5. UBS e Escola Estadual Professora Risoleta Lopes Aranha

3. Proximidades com a Escola Estadual Maria José de Mattos Gobbo

6. Mata ciliar do córrego Pyles.


LOCAL

24 Ao analisar a cidade de Americana, é possível identificar fluxos de pessoas em determinados espaços públicos, como o Parque Ecológico, evidenciando o potencial de promover vivências urbanas que podem ser estimuladas em outros espaços. Além da sociabilidade urbana, a proposta se atenta às questões ambientais, principalmente devido à presença de nascentes na área de intervenção.

HIDROGRAFIA Mapa de Localização da Bacia do Córrego Pyles – Americana (SP)

“A atenção aos espaços públicos representa já um problema de urbanidade, e privilegiá-los seria uma

Fonte: SILVA, Rodolfo Dias. O método do SCS aplicado ao estudo das inundações na Bacia do Córrego Pyles, Americana - SP. In: Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos. 2015, Brasília.

tentativa de reversão da tendência ao isolamento individual e confinamento das atividades sociais que vivemos no presente. Todavia, apesar desta inclinação individualista e consumista, existe um potencial de utilização dos ambientes públicos que deve ser estimulado, visto a grande afluência de pessoas ao Parque Ecológico nos finais de semana, e às chamas praias da represa, a Praia Azul e a Praia dos

Namorados, que hoje tem seu uso bastante diminuído pela poluição das águas, pela concentração das zonas de

prostituição

e

pelo

abandono

geral

dos

equipamentos públicos de lazer ali instalados.” (LIMA, 2002, p.147)

TRANSPORTE PÚBLICO Corredor Metropolitano Noroeste Ponto em destaque: Estação de Transferência da Amizade Linha Cinza: Estrutural Outras linhas: Complementares


ANÁLISE ENTORNO [Processo] Mapa de Levantamento da Área de intervenção

AMERICANA

25


VEGETAÇÃO

LOCAL

26

Vegetação: predominantemente leucenas e mamonas Vegetação: predominantemente eucaliptos Vegetação: mata ciliar variada

A vegetação presente em praticamente toda a área de intervenção é composta por Leucenas. A Leucaena leucophala, conhecida popularmente como Leucena, pertence à família FABACEAE, e é uma espécie perene, originada da América Central e atualmente disseminada por toda região tropical. Possui crescimento rápido, grande potencial de rebrota e dispersão de grande quantidade de sementes, através das vagens. A Leucena foi catalogada como uma das 100 espécies mais invasoras do Planeta, conforme a União Internacional para a Conservação da Natureza – IUNC. As exóticas são vistas como segunda causa mundial da perda da biodiversidade, competindo com as espécies nativas. Em Unidades de Conservação, estas espécies se reproduzem e se alastram propiciando prejuízos irreversíveis, como impedimento da regeneração e extinção de nativas. A proposta de intervenção na área considera a retirada das árvores Leucenas, e replantio de árvores nativas brasileiras, de forma mais heterogênea possível, com no mínimo 30 espécies diferentes.


PROJETO


MODIFICAÇOES

28

1.

3. 4. 2. 4. 1.

2.

1. Realocação da torre de transmissão (apenas transmissão, sem fiação conectada) Melhorar acesso principal do parque (Avenida Europa) 2. Desapropriação de construções Promover a conexão entre as duas extensas áreas não edificadas e a criação de um parque único.

3. 3. Desapropriação de construções (uma casa finalizada e quatro casas em construção) Favorecer a conexão da área do parque e o Estádio Municipal. 4. Sistema viário Alterações no viário para facilitar o acesso local. (vide implantação proposta


Da mesma forma como foi apresentada a questão, as ações projetuais também se desenvolveram a partir de uma escala macro, percorrendo uma intermediária, até chegar ao usuário diretamente. Essas ações projetuais são apresentadas nas seguintes camadas:

Contexto: Buscou-se sempre um diálogo com o entorno imediato, atentando-se principalmente à implantação de equipamentos que se complementam à rede existente, às características topográficas da área e a presença marcante dos corpos d´água na área de intervenção.

Fluxos e fixos: É proposta uma rede de caminhos os quais percorrem o parque, conectando espaços de estar, equipamentos e todas as outras atividades programáticas previstas no parque.

Interatividade: Uma das estratégias importantes utilizada para promover a atratividade dos espaços é a implantação de recursos interativos ao longo do parque, criando uma dimensão lúdica do espaço,

que possibilite novas experiências sensoriais e potencialize as relações das pessoas no espaço e com o espaço.

DIRETRIZES

29


IMPLANTAÇÃO

30


IMPLANTAÇÃO | PROGRAMA

31


PROJETO

32

[PERCURSO SENTIDO RIO, [EQUIPAMENTO CULTURA E LAZER]

[NASCENTE]

E PISTA DE COOPER]


CORTE

33

[PISTA COOPER] [PASSARELA]

[ARQUIBANCADA]

[CONCHA ACÚSTICA]

[CÓRREGO]

[PISTA COOPER]


PROJETO

34

Wi-Fi Livre

Iluminação interativa

Interface sonora


utilizando aplicativos em tablets ou smartphones que possuam telas acessíveis ao toque, que se conectam a projetores para a reprodução das imagens desenhadas instantaneamente.

Zonas de livre acesso Wi-Fi, uma das estratégias aplicadas ao parque para atrair pessoas. É um recurso já utilizado em alguns espaços de cultura e lazer ao longo do Corredor Metropolitano e bastante eficaz para atrair a população (como por exemplo nos espaços públicos em Nova Odessa). Sensores de presença: recurso interativo entre iluminação urbana e mídia , caracterizado por um sistema de LEDs manipulado a partir de sensores de presença. As luzes mudam de

intensidade e cor, de acordo com velocidade e quantidade de usuários, é sensível aos sons e ruídos. (Referência: Lichtschwarm, Meier Junger, Leipzig, Alemanha) Holofotes coloridos, posicionados ao longo do percurso da concha acústica, e podem ser controlados pelo próprio público, potencializando a dimensão lúdica das próprias luzes coloridas em movimento. (Referência: Holofotes urbanos, Marie Sester, 2003, La Villette, Paris)

Globos de diferentes tamanhos, presente em duas regiões do parque , que podem servir de assento, e mudam de cor com o toque das pessoas (perspectiva p. 44). Reprodução de sons produzidos nas salas da escola de música ou na concha acústica instantaneamente.

35 INTERATIVIDADE

Graffiti digital, projetado nos muros das construções existentes. A ação pode ser feita


AMPLIAÇÃO 01 | IMPLANTAÇÃO

PROJETO

36

01

02

03


Acesso

principal

pela

Forma do edifício respeita os 50m

cobertura

de raio de APP da nascente

mirante do equipamento (ponto alto) Acesso escada Corredor

Vãos na laje que promovem

Metropolitano

iluminação zenital no edifício (e efeito das cores dos vidros)

Acesso rampa

Estacionamento

PERSPECTIVA_01

37

Escadaria entre calçada e equipamento, até vencer o desnível


PERSPECTIVA_02

38

Mobiliรกrio desenhado de forma a incentivar a Passarela

sociabilidade Estรกdio


Nascente e uma vegetação densa

pelos alunos através da representação de ideias por frases e

que a protege ambientalmente (mín.

desenhos utilizando a técnica silk, ou outras propostas pela escola.

raio

Esse muro faz parte da interface entre o equipamento proposto e a

ambiente tranquilo para a biblioteca

escola existente, e esta é uma das formas de fortalecer a relação de

e

pertencimento com o lugar e o vínculo escola -equipamento.

equipamento.

Acesso ao equipamento através de um grande mezanino que compõe um dos pavimentos. Dele, é possível observar o térreo, com pé direito ampliado e grandes vidros em que se observa o bosque ao fundo. Estádio

Concha acústica

50m)

os

e

espaços

proporciona

de

leitura

um

do

39 PERSPECTIVA_03

Muro da exposição: proposta de apropriação do muro existente


AMPLIAÇÃO 02 | IMPLANTAÇÃO

PROJETO

40

03

04


PERSPECTIVA_04

41


AMPLIAÇÃO 02 | IMPLANTAÇÃO

PROJETO

42

06 05

06 05


PERSPECTIVA_05

43

Redรกrio e slackline

Pista de cooper

Bosque de eucaliptos existente


PERSPECTIVA_06

44

Acesso passarela – próximo à pista de skate. Globos interativos: mudam Vista para o Córrego Pyles

de cor através do toque


7.

9.

10. 12.

OUTRAS ESPACIALIDADES | REFERÊNCIAS

45

8. 11.


ESPACIALIDADES

46

7. 9. 11. 12.


REFERÊNCIAS

47

10.

8.


ENCAMINHAMENTOS

48 Pretende-se dar continuidade neste trabalho no TGI.02 com foco em desenvolver o equipamento de acesso principal ao parque. Como mencionado anteriormente, neste edifício é proposto um uso diverso, com atividades de cultura e lazer, alimentação, cinema, uma escola de música, e espaço para oficinas.


DARODA, Raquel Ferreira. As novas tecnologias e o espaço público na cidade contemporânea. Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Arquitetura. Porto Alegre, 2012. FERREIRA, Liz Ivanda Evangelista Pires. Paisagem Ambiente: ensaios - n. 23 - São Paulo - p. 20 - 33 - 2007 GEHL, Jan. Cidade para pessoas. São Paulo, Perspectiva, 2013. GEHL, Jan. Life between buildings: using public space. Copenhagen: The Danish Architectural Press, 2006. JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo, Martins Fontes, 2000. KLIASS, Rosa Grena. Os parques urbanos de São Paulo. São Paulo: Pini, 1993. LIMA, Daniela Morelli de. Americana em um século. A evolução de uma cidade industrial de porte médio. Dissertação de mestrado. Universidade de São Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. São Paulo, 2002. MARTINEZ, Andressa Carma Pena. Pequenas intervenções em espaços livres públicos: itinerância, flexibilidade e interatividade. Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2008. PASQUOTTO et all. A expansão urbana de Americana e a questão regional. In: RUA [online]. 2014, no. 20. Volume II - ISSN 1413-2109. p. 143-165. Consultada no Portal Labeurb – Revista do Laboratório de Estudos Urbanos do Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade. http://www.labeurb.unicamp.br/rua/ SILVA, Rodolfo Dias. O método do SCS aplicado ao estudo das inundações na Bacia do Córrego Pyles, Americana - SP. In: Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos. 2015, Brasília. Resumos.. Bauru: UNESP, 2015.

REFERÊNCIAS

49



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