TFG | FAU Unb

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COMPLEXO GASTRONÔMICO

A NOVA QUITUART

ISABELLA GOULART Orientador: Ivan do Valle

A história da Quituart começou há 28 anos atrás com algumas senhoras que vendiam comidinhas e artesanato para os moradores do Lago Norte. Elas resolveram se ajudar e então se juntaram para formar uma cooperativa. A cooperativa cresceu e cada vez mais pessoas queriam participar. A Quituart tomou forma e ficou conhecida na cidade. Quando as pessoas se unem com um mesmo objetivo todos em volta são tomados pela causa. Hoje a Quituart não cabe no espaço em que se encontra. Ficou claro para os cooperados e para os clientes que é preciso expandir para continuar crescendo. Levando em consideração que sustentabilidade é construir pensando no futuro, o presente projeto foi desenvolvido em um local que precisa ser ocupado para se tornar realmente público e para ser desfrutado pelas pessoas. Certas belezas e oportunidades não podem ser ignoradas e o terreno escolhido é uma delas. Com o intuito de valorizar a beleza local, possibilitar diversos ângulos de vistas e maior conforto bioclimático, o partido arquitetônico proposto é linear e acompanha o desenho da orla, com ângulos de 45 graus, permitindo várias possibilidades de cenário. Ou seja, o terreno foi usado como traçado regulador do projeto e a implantação foi feita visando o aproveitamento máximo de todo o espaço. A partir dos “nós” criados a cada mudança de direção da linha foi possível estabelecer espaços de respiro no complexo com passagens e jardins, conectando o projeto à natureza do local. Quanto as dimensões da linha, os comprimentos não foram definidos ao acaso. Foi criada uma malha de 6x6 e através dela foi possível estabelecer uma proporção com base na razão áurea ou sequência de Fibonacci. Dessa forma, o espectador pode ter visão de todo o entorno, tanto do Lago Paranoá quanto do Parque das Garças além de ter contato direto com a vegetação do cerrado presente no local. A nova Quituart nada mais é do que um grande vão, completamente aberto e em contato com o terreno. A estrutura passou a ter importância não só funcional, como também estética e bioclimática. A curva da cobertura reflete o desnível criado no terreno e auxilia a circulação de ar dentro do complexo. Os pilares acompanham o desenho da cobertura simbolizando a união, palavra tão presente na história da Quituart. Sob a estrutura, o complexo acontece de forma livre em dois níveis diferentes, dando ao espectador a visão total do Lago Paranoá e do Parque das Garças. A laje que separa os dois pavimentos é uma laje nervurada, permitindo que os pilares ficassem de 9m a 12m de distância uns dos outros, o que contribuiu para a planta livre do complexo, principalmente da garagem visto que assim foi possível acrescentar mais vagas. Os pedestres terão acesso ao complexo através de passagens projetadas de forma a tornar o percurso o mais convidativo, seguro e dinâmico possível.


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