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A ESTRUTURA

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_A Nova Quituart

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A laje que separa os dois pavimentos é uma laje nervurada, permitindo que os pilares ficassem de 9m a 12m de distância uns dos outros, o que contribuiu para a planta livre do complexo, principalmente da garagem visto que assim foi possível acrescentar mais vagas. Os pedestres terão acesso ao complexo através de passagens projetadas de forma a tornar o percurso o mais convidativo, seguro e dinâmico possível.

A estrutura da cobertura é composta por dois pares de pilares. Cada par sustenta um par de vigas. Acima das vigas está a estrutura secundária, equivalente ao sistema de terças de um telhado convencional e por fim está a cobertura que varia entre opaca (telha termoacústica - TTR-40) e translúcida (telha de acrílico). Visando criar mirantes, optou-se pela separação do programa de necessidades em dois pavimentos independentes, porém interligados pelos acessos e pela estrutura. Com a intenção de valorizar os boxes igualmente, foram definidos dois eixos destinados à área comercial. Cada um dos eixos está em um nível e a frente dos boxes está voltada para a direção oeste e sudoeste, fachadas com as vistas de maior destaque visual. Os boxes serão posicionados lado a lado estabelecendo uma unidade entre si, separados apenas pelas circulações que ligam o complexo à garagem no nível 0 e ao parque no nível 4. Em frente a eles estaram as áreas de estar com mesas e cadeiras que servirão de apoio à todos os restaurantes. Para otimizar a circulação de pessoas e veículos e diante da necessidade de haver uma área de carga e descarga capaz de suprir a demanda dos 56 boxes, ela foi posicionada no nível 0 equidistante dos extremos do complexo e de fácil acesso a todos os boxes.

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A Paisagem

Toda a área em torno do complexo contará com um projeto paisagístico voltado para o resgate da vegetação do cerrado e da constituição de áreas que estimulem o convívio social e valorização da área como um todo. O paisagismo do local foi projetado a partir de círculos concêntricos e raios. Para isso, foi feito um grid de círculos com o centro no ponto focal do projeto. Um mínimo de declividade do terreno é fundamental para o escoamento da água da chuva; se o declive for muito pequeno o terreno alaga facilmente, se for muito grande a água que o percorre adquire velocidade e produz erosão. Como a declividade é grande e as curvas de nível foram concentradas no centro do terreno, criaram-se dois níveis principais (nível 0 e nível 4). Essa configuração topográfica pode gerar um veloz escoamento de água, podendo causar erosão. Para evitar que a água da chuva desça com muita força e velocidade do nível 4 para o nível 0, é necessário que haja mecanismos que facilitem a infiltração da água no solo. Nesse sentido, foi criada uma grande lagoa de infiltração no nível 4 em frente ao complexo, protegendo-o de possíveis alagamentos. Além disso, é possível implementar técnicas que reduzem o escoamento superficial, como o enriquecimento do solo com húmus e a manutenção da vegetação existente, contribuindo com o aumento da porosidade e consequentemente, diminuindo o risco de erosão.

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