sempre ano 1 - nº1 Novembro de 2011
Esses bebês
e suas mentes maravilhosas Pesquisadores descobrem que a criança pode raciocinar muito antes do que se imaginava.
Seja firme diante desta cena
O que fazer diante de uma pirraça.
Exercicios pós-parto Visão do recém-nascido Férias em família
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Expediente
A revista Sempre Filhos foi criada no terceiro período do curso de Design Gráfico (segundo semestre de 2011). Essa revista tem como objetivo passar as informações para os pais de maneira simples e divertida de como se relacionar com os seus filhos. Elaborado pelos alunos: André Luiz, Nathália Braga e Isabelle Nunes. Professor: Cesar Netto
A editora abril e a revista Sempre Filhos não se reponsabilizam pelo conteúdo dos anúncios e pelos conceitos emitidos nos artigos assinados, bem como se reservam o direitode não veicular publicidade não condizente com as diretrizes editorias da revista. A revista Sempre Filhos ano 1 número 1, é uma publicação mensal, editada pela Editora Abril com sede na capital do Rio de Janeiro. A reprodução total o parcial de textos, artigos e imagens destas edição somente será permitida através de expressa autorização de seus editores.
André Luiz dos Santos Moraes Rego - 27 anos Engenho de Dentro - RJ
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PRESIDENTE E EDITOR DIRETORA EDITORIAL CONSELHO EXECUTIVO DIRETORA COMERCIAL DIRETORA DE MARKETING
Marcos Dvoskin (mdvoskin@editoraabril.com.br) Mônica Figueiredo (mônica@editoraabril.com.br) Marcos Guedes, Paulo andreoli e Pierre Cohen Adriana Cury (acury@editoraabril.com.br) Lívia de Barros (lica@editoraabril.com.br)
REDAÇÃO DIRETORA DE ARTE Raquel Fantineli (raquel@semprefilhos.com.br) EDITORA Mariana Setubal (mariana@semprefilhos.com.br) REPÓRTE Paula Mantefusco (paula@semprefilhos.com.br) Samantha Melo (samantha.melo@semprefilhos.com.br) ESTAGIÁRIA DE ARTE Natália Jambor (natalia@semprefilhos.com.br) PRODUTORA Bruna Castro (bruna.castro@semprefilhos.com.br) INTERNET/SITE EDITORA Maria Flor Calil (maria@semprefilhos.com.br) ESTÁGIARIA DE TEXTO Mariana Perri (marianaperri@semprefilhos.com.br) SEMPRE FILHOS NO IPAD EDIÇÃO Mariana Setubal (msetubal@semprefilhos.com.br) EDIÇÃO DE ARTE Juliana Cuder (julianacuder@semprefilhos.com.br) PUBLICIDADE GERENTE DE NEGÓCIOS Andrea Caruso (andreac@semprefilhos.com.br) Taís Vicentini (tv@semprefilhos.com.br) Vivian Mesquita (vivianmesquita@semprefilhos.com.br) PROJETOS/ATENDIMENTO Fernanda Vilete (fernanda@semprefilhos.com.br) ASSISTENTE DE ARTE Bruna Ruotolo (brunar@semprefilhos.com.br) ADMINISTRAÇÃO SECRETÁRIA Dalva Miranda (adm@semprefilhos.com.br) GERENTE ADM. FINANCEIRO Joni Arata (joni@semprefilhos.com.br) ASSISTENTE Walter Soares (ws@semprefilhos.com.br) CIRCULAÇÃO E ASSINTURA GERENTE Alexandre Braga (abraga@semprefilhos.com.br) COORDENADOR Gabriel Teles (gteles@semprefilhos.com.br)
Isabelle Nunes Martins 19 anos - Riachuelo - RJ
Nathalia Braga de Lima 19 anos - Tijuca - RJ
Sumário
Gestação 6 -8 Dicas para dormir melhor durante sua gravidez
Pós-parto 7 - Exercício Pós Parto
Recém-nascido 8 - Visão do recém-nascido
0-12 meses 9 - Massagem para aliviar cólicas em bebês 10 - Papinhas de frutas
Capa 18 - Esses bebês e suas mentes maravilhosas
7 - 10 anos 24 - Férias em família - Castigo - Cuidado com o som alto 25 - Lancheira saudável - A presença do pai - Deixa seu filho mais esperto
Cartas 26 - Hitória de criança
1 - 3 anos 11 - O mundo é meu - O primeiro corte de cabelo 12 - Esteja atento aos primeiros passos - Pequena batalha noturna - Medo de injeção?
Matéria especial 14 - Seja firme diante desta cena
4 - 6 anos 16 - Para ir ao médico - Os dez mandamentos da responsabilidade - Pai super-heroi 17- Pais, os principais modelos - Como aproveitar as férias em casa
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Gestação
8 Dicas para dormir melhor durante sua gravidez
A
lgumas gestantes não passam com intensidade pelos distúrbios do sono. Porém, é muito comum em períodos da gestação ter sono demais ou de menos. No primeiro trimestre, geralmente a gestante tem muito sono em decorrência das alterações dos níveis de alguns hormônios, principalmente a progesterona. Já no terceiro trimestre, com o aumento do abdômen, os desconfortos na região lombar, a ansiedade pela proximidade do parto, refluxos e o aumento da freqüência urinária contribuem para uma noite mais agitada, sonos picados e vira-vira na cama. Noites insones levam ao stress e uma irritação e algumas dicas são importantes para que a gestante possa dormir melhor em busca de um relaxamento físico e emocional, tais como:
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1) Se houver possibilidade tire um cochilo à tarde para diminuir o cansaço ao longo do dia, mas se prejudicar o seu sono noturno, prefira apenas dormir a noite. Evite dormir logo após as refeições para não criar episódios de refluxo. Aguarde ao menos 1 hora para tirar o cochilo; 2) Se optar por tirar um cochilo, evite o sofá. Procure sempre se deitar na cama num colchão firme; 3) De preferência para dormir virada para o lado esquerdo do corpo, nessa posição a circulação é favorecida. Se possível coloque entre os joelhos um travesseiro e posicione outro travesseiro para apoiar a barriga; 4) Na última refeição noturna evite alimentos condimentados para evitar azia e alimentos pesados para não dificultar a digestão. Evite também bebidas que contenham cafeína;
5) Durante o dia mantenha uma alimentação fracionada, com pequenas quantidades a cada 3 horas; 6) Se indicado pelo seu médico procure fazer atividades físicas durante o dia, como hidroginástica, caminhada ou yoga em busca do bem-estar físico e emocional. Evite apenas fazer atividades próximas à hora de dormir, procure fazer atividades físicas entre três e quatro horas antes de dormir; 7) Se não houver como contar com um fisioterapeuta, peça ao seu marido para massagear suas costas, mãos e pés. Esse relaxamento contribuirá para uma noite mais tranqüila. Se possível durante a massagem faça respirações profundas; 8) Prepare-se para dormir ao longo da noite. Diminua os ruídos externos e a iluminação para facilitar a produção de melatonina, o hormônio do sono. Dr. Gustavo Mello
Pós-parto
Exercício Pós Parto Veja abaixo o que os especialista falam sobre os exercícios após o parto e o tempo certo para pratica-los.
Você não estará preparada para fazer exercícios pesados nas primeiras semanas após o parto. Mas seu corpo sentirá necessidade de algum tipo de atividade (nem que seja um simples alongamento ainda na cama) para fortalecer os músculos e aliviar a tensão. A menos que seu médico recomende o contrário, uma série de exercícios leves e de baixo impacto será seguro para você e seu corpo agradecerá no futuro. Mulheres que se submeteram à cesárea. Em caso de parto normal, a caminhada leve pode começar 1 semana depois e outras atividades físicas estão liberadas após 30 dias.
A rotina da malhação pós-parto não é para qualquer uma ,voltar a se exercitar depende, principalmente, do preparo físico, das atividades realizadas pela mãe antes e durante a gestação e a evolução nas semanas seguintes ao nascimento. Dra. Heloísa Sarmento Barata Kalil
15 a 20 dias
30 a 60 dias
Não pode malhar, mas não precisa ficar sentada no sofá. Saia para passear na rua ou no parque. Só isso já é uma maneira de mexer o corpo e eliminar calorias.
Já dá para começar a praticar atividades leves, como caminhada, alongamento, hidroginástica e exercícios específicos para fortalecimento do abdômen, lombar e assoalho pélvico.
60 a 90 dias Atividades moderadas estão liberadas. Já é podendo pedalar sem carga na ergométrica, fazer sessões de ioga, natação e musculação com carga leve e séries com poucas repetições
90 dias a diante Os pontos devem estar bem cicatrizados e você pode partir para exercícios de maior intensidade.
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Recém-nascido
Visão do recém-nascido Quando um recém-nascido consegue ver?
Até pouco tempo atrás, nós pensávamos que os recém-nascidos pudessem ver muito pouco durante os primeiros meses de vida. Porém, testes melhores e mais sofisticados provaram que esta presunção era incorreta. Em realidade, recém-nascidos podem ver e distinguir objetos já nas primeiras semanas de vida. por Dr. Ércio Amaro de Oliveira Filho.
Foco
Cores
Os olhos deles não têm grande capacidade de foco, assim a distância ideal para ver um objeto fica entre 20 e 35 centímetros. Isso é, aproximadamente, a distância em que o rosto da criança fica do rosto da mãe, quando está mamando ao seio.
A distinção entre cores provavelmente não é muito boa até pelo menos três meses de idade. Essa é a razão pela qual os recém-nascidos tendem a ter maior atração pelo contraste entre o claro e o escuro em vez de por objetos de cores fortes.
Preferências
Coodernação
Outro aspecto interessante da visão de um recém-nascido é que eles têm preferência pela face humana. Na realidade, parece haver uma zona do cérebro dedicada a permitir este reconhecimento facial. É interessante que os bebês recém-nascidos são atraídos até mesmo por esboços grosseiros de faces humanas. Esse mecanismo de reconhecimento específico facilita o apego entre a mãe e a criança, particularmente durante a amamentação.
Uma desvantagem para a visão do recém-nascido é que os músculos do olho do bebê são ligeiramente fracos e bastante sem coordenação. Assim, embora a visão possa ser desenvolvida o bastante para permitir o reconhecimento de formas e contrastes, os músculos do olho tornam difícil o foco e o seguir estes objetos.
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0-12 meses
Massagem para aliviar cólicas em bebês Os bebês adoram o contato de pele com pele. Esse tipo de contato é essencial, contribui para que eles cresçam e se desenvolvam. Além de deixar você e seu filho ainda mais unidos, a massagem alivia a criança quando ela está irritada ou com cólica. Por Adriana Toledo.
Passo 3- Movimento circular
PREPARAÇÃO Deite o bebê numa superfície plana e aquecida, como uma toalha fofa dobrada ao meio. Despeje um pouco de óleo para bebês ou algum óleo vegetal puro nas palmas das suas mãos e as esfregue para aquecer o óleo. Tente olhar dentro dos olhos do seu filho e cante ou converse com ele enquanto faz a massagem. E fique atenta a reação do bebê: se ele parecer não estar gostando, diminua a pressão do toque ou simplesmente interrompa a massagem.
Segure as pernas do bebê, separadamente, e faça movimentos circulares.
Passo 4- A vez das costas
Passo 1- Alívio para a barriguinha
Massageie a barriga do bebê no sentido da seta.
Besunte suas mãos com um óleo de massagem próprio para bebês e deite seu filho de bruços. Com os dedos indicadores e médios, faça movimentos circulares, no sentido de dentro para fora.
Passo 5- Hora de inverter o sentido Passo 2- Movimentos com as pernas
Segure as duas pernas do pequeno juntas e mova-as para os lados.
Com as pontas dos dedos, realize movimentos circulares no sentido de fora para dentro.
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0-12 meses
Papinhas de frutas Surpreenda o paladar do seu bebê com combinações inusitadas de cores e sabores, seguindo as receitas dos especialistas em nutrição
Cheesecake com calda de manga Ingredientes: 2 xícaras de ricota fresca, passada por uma peneira fina 1 1/ 2 xícara de leite 1/ 4 de xícara de aveia 5 colheres (sopa) de mel Para cobertura 1/ 2 xícara de manga, cortada em cubinhos 4 colheres (chá) de açúcar 1 xícara de água Em uma panela, leve ao fogo a ricota, o leite e a aveia, mexendo até ferver e engrossar. Depois, acrescente o mel e misture. Reserve. Prepare a cobertura Em ou tra panela, cozinhe a manga com o açúcar e a água por dez minutos, até formar uma calda. Distribua o creme de ricota em tigelinhas e cubra com colheradas da calda de manga. Sirva em temperatura ambiente. Rende 5 porções *Só a partir de 1 ano por conter mel e açúcar .
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Papa de melancia, mamão e pera
Papa de carambola, maçã e banana
Ingredientes: 3 xícaras de água 2 xícaras de melancia, sem sementes, cortada em pedacinhos 1 1/2 xícara de mamão, sem sementes, cortado em pedaços 2 xícaras de pera, lavada, sem casca nem sementes, cortada em pedaços.
Ingredientes: 4 1/2 xícaras de água 2 1/2 xícaras de carambola, sem casca nem sementes, cortada em pedaços 2 1/2 xícaras de maçã, sem casca nem sementes, cortada em pedaços 2 xícaras de banana cortada em pedaços
Em uma panela com a água, cozinhe as frutas por 25 minutos ou até ficarem macias. Transfira para o liquidificador e bata até formar uma papinha. Deixe esfriar e sirva. Rende 6 porções
Em uma panela com a água, cozinhe as frutas por 30 minutos ou até ficarem macias. Transfira para o liquidificador e bata até formar uma papinha. Deixe esfriar e sirva. Rende 8 porções
1 - 3 anos
O mundo é meu
C
ai e levanta. E mais uma vez. Aperta os botões, derruba o prato, resmunga algumas palavras, arrisca suas travessias pela casa. Não tente impedi-lo. Esta é a sua fase de descobertas e grandes conquistas. Será normal vê-Ia o dia inteiro em busca de novas aventuras, investigando minuciosamente tudo que vê pela frente. E que grande descobertas! Com um ano e meio, já percebe que todos os objetos redondos se movem de uma maneira semelhante. Tão diferente daqueles que podem ser arrastados no chão, mas não saem rolando como uma bola. É também delicioso para a criança descobrir que algumas coisas
podem se movimentar quando empurradas por uma varem. No começo, fará tudo sem jeito. Mas, aos poucos, aprende a manipular os brinquedos com mais delicadeza. Uma caixa é maior. A outra, menor. Pode ser colocada dentro da grandona. Essa também foi mais uma das suas maravilhosas descobertas. Nesta base, jogos de encaixe serão a grande sensação da garotada. Mas, atenção: cuidado com os utensílios domésticos. Objetos menores, como botões e tampinhas, que podem ser engolidos, devem ser evitados. Se você oferecer ao seu filho potes, pratos e panelas, certifique-se de que não há o menor risco
de eles quebrarem. A criança adorará empilhá-los e tirar uns sons dos novos brinquedos com uma colher. No entanto, frente a essa enorme bagunça, você não precisa reagir passivamente. Deixe-o brincar à vontade, mas, no fim, incentive-o a arrumar tudo, cada coisa em seu lugar. Zele também pela segurança da criança. Suas pequenas investidas poderão ser bastante arriscadas. Portanto, coloque grades na janela e não se esqueça de fechar a porta da cozinha enquanto estiver cozinhando. Não deixe objeto cortante, pontiagudo ou produto de limpeza ao alcance dela. Incentive ainda o contato do seu filho com outras crianças da mesma idade. Ele irá perceber assim que não é o centro do universo. Este será um grande exercício de convivência, necessário para a criança perceber que não pode ter tudo para si. Aprenderá a abrir mão das suas vontades, dividindo e compartilhando. Etapa fundamental para seu processo de socialização.
O primeiro corte de cabelo É fundamental que o bebê já consiga sentar sem apoio para a mãe realizar esta tarefa. Em primeiro lugar, escolha um corte que combine com o tipo de rosto do seu filho. Use sempre uma tesoura com pontas arredondadas e improvise um minissalão com espelho, toalhas, escova e pente. Para manter a criança quieta durante a atividade, deixe alguns brinquedos ao seu alcan-
ce. As de cabelo fino ficam melhor com um corte em mechas, cortadas na hori-zontal. Já as de cabelos com fios grossos não devem receber um corte em camadas, para não haver retrocesso. A franja é sempre uma boa saída. Ela dá uma maior leveza ao rosto e deve ser cortada da seguinte maneira: divida o cabelo em forma triangular. Prenda o dedo indicador e o médio junto
ao cabelo. Leve em direção ao nariz e corte de uma vez só, bem alto, acima das sobrancelhas. Assim, a tesoura não fica perto dos olhos. Apare as pontinhas que ficarem e enrole com o dedo toda a ponta da franja que tomará uma forma côncava.
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1 - 3 anos
Esteja atento aos primeiros passos
Agora que seu filho está se movimentando, trombadas e machucados tendem a aumentar. Veja como reduzir esta probabilidade: Vigie os pés: não deixe as crianças andarem de meias em pisos de madeira ou cerâmica. Mantenha o chão livre de bagunça: para a criança, jornais, revistas, sapatos, fios, cobertores, almofadas e brinquedos são verdadeiros obstáculos. Mantenha os pequenos longe de pisos úmidos: coloque-os em segurança quando estiver lavando o
chão. As crianças são leves e podem deslizar e escorregar neste piso. Tenha cuidado com cantos cortantes: mesas com tampos de vidro são as piores. Esses cantos são extremamente afiados e podem causar cortes e machucados. Ensine aos irmãozinhos mais velhos a brincar com os menores.Os maiores precisam ser mais cuidadosos, já que crianças pequenas caem facilmente. Até um pequeno esbarrão pode derrubá-Ias.
Medo de injeção? Ninguém gosta de tomar injeção, mas, às vezes é necessário. Apesar das dificuldades para convencer os pequenos, aqui vão algumas dicas que podem ajudar nesta tarefa. • Se você tem pavor de injeção, nunca vá sozinha com seu filho ao posto. Ele sentirá o seu nervosismo e ficará com medo.
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• Não diga que vai a um lugar qualquer para, de repente, entrar com a criança em uma farmácia e contar-lhe que levará uma injeção. Ela pode perder toda a confiança em você. • No caso de irmãos, leve-os separados à vacinação. Os gritos de um acabarão por assustar o outro. • Explique a criança o porquê da vacina, da injeção ou de qualquer outro medicamento.
Pequena batalha noturna Colocar os filhos para dormir não é fácil. Toda noite é uma batalha. Observe se você não está tornando o ritual da hora do sono ainda mais complicado. Eles estão cansados, ou você apenas acha que devem ir para cama? Veja se não os está colocando para dormir cedo demais. Estão comendo doces demais antes de deitar? Estes alimentos são energéticos. E isto é uma coisa de que eles não precisam nesta hora. Eles estão tendo estímulos demais antes de ir para a cama? Deve haver um momento tranqüilo antes deste momento para que todos se acalmem. Intervalos de brincadeiras agitadas .A ou filmes movimentados são péssimas ocasiões para rnandar os pequenos dormirem. Há barulho demais fora do quarto? Algumas crianças são sensíveis ao barulho. Não importa o quanto você tente andar na ponta dos pés perto delas. Seu filho tem um medo do qual não fala? Talvez você não devesse ter mencionado o incrível monstro do armário. Como está a temperatura do quarto? As crianças têm mais dificuldades para dormir se não estão confortáveis. Exatamente como os adultos.
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Matéria especial
Seja firme diante desta cena Jacqueline Boechat Consultora: Mariza Campos da Paz, psicanalista
Mal entra no supermercado, Tatyane, três anos, aponta gulosamente para um pacote de biscoitos na prateleira. Pedido negado, ela se joga no chão, chora, faz um escândalo. Os pais, vermelhos de vergonha, tentam manter a calma. Depois, resolvem dar o que a menina quer para acabar logo com o mal-estar. Um momento de calma até ela se encantar com outra novidade e ... começar tudo de novo.
É
possível que você já tenha visto esta cena. Talvez até mesmo tenha protagonizado uma. Quantas vezes você e seu filho foram ao shopping com intenção de comprar apenas umas coisinhas e voltaram carregados de sacolas? Ou você teve que arrastá-Ia por vários quarteirões, em meio aos berros, porque ele cismou com aquele brinquedo da vitrine? Tomar uma atitude violenta ou deixar para lá não são boas so-
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luções. Primeiro, é necessário entender que, para uma criança pequena, um passeio no supermercado equivale a um espetáculo para os adultos. As embalagens ultracoloridas, sons diversos e texturas diferentes oferecem um grande banquete para os cinco sentidos. Realmente dá vontade de pegar e experimentar tudo.
O Porquê do querer Além do encanto natural pela novidade, as crianças são pressionadas de diversas maneiras.
A publicidade, por exemplo, tem feito do público infantil um dos seus vilões mais explorados ultimamente. Das roupas e sapatos específicos, até os brinquedos caros e avançados, tudo é usado como apelo para aguçar o desejo consumista dos pequenos. Sem contar a superexposição destes produtos nos meios de comunicação, que os tornam ainda mais interessantes e desejados. Por trás dos pedidos insistentes, também pode se esconder um pequeno carente de amor
Matéria especial e atenção, que pensa ser esta a única maneira de consegui-Ias. Geralmente, sua própria família está acostumada a trocar afeto por bens materiais. Na sua cabecinha passa a vigorar, então, um código baseado na troca: a noção equivocada de que qualquer coisa pode ser compensada com um presente. E ainda é preciso lembrar de que não existe criança que não peça nada, em nenhum momento. Por mais satisfeita que esteja com os pais, mais imune ao apelo publicitário, há sempre alguma coisa que encante seus olhos. Ainda mais na fase em que os pequenos acham que o mundo gira em torno deles e da satisfação de seus desejos.
Limitar é preciso No caso dos pré-adolescentes e adolescentes, a situação é diferente. Mesmo bombardeados pelas mensagens publicitárias, suas manhas costumam (e devem) ser menos toleradas. Eles já estão em idade de entender
questões como dificuldades financeiras, ordem de prioridade, crise econômica. Os adultos devem esclarecer que existe uma determinada quantia de que podem dispor e que antes do video game existe o aluguel, a comida, a mensalidade escolar e mui tas outras coisas que não podem ser esquecidas. Existem pais que não conseguem impor esse tipo de limite aos filhos. Seguem a filosofia do meu filho vai ter tudo aquilo que eu não pude ter. Mas o que é adquirido com facilidade logo perde a graça e faz com que a criança volte a atenção para outro objeto que ainda não tenha e recomece a bateria de pedidos. Quem nunca foi frustrado ou limitado tem muito mais dificuldade em amadurecer. Existe um nível de frustração que força as pessoas a tomar uma atitude e partir em busca do que desejam. Quando não se precisa correr atrás de coisa alguma, a tendência é o comodismo. E é esse tipo de comportamento que norteará a vida da criança até a fase
adulta.
O que fazer? Mesmo que os pais sejam pessoas carinhosas, dêem toda a atenção possível para os filhos e ainda saibam impor limites, vez por outra podem enfrentar pedidos insistentes com direito a choro e gritaria. Nessas horas, é necessário ser firme. Dizer que naquele momento não dá e ponto final, sem se abalar com a pirraça. Claro que não é fácil. Às vezes o constrangimento é grande e provoca a reação dos que estão ao redor. Alguns dirão que os pais não sabem educar - Ah, se fosse meu filho ... -, outros, que é um absurdo não dar o que a criança quer. Mas não tenha medo de exercer sua autoridade. Mesmo que você tenha dinheiro suficiente, não precisa comprar o que julgar caro demais ou desnecessário. Assim, seu filho aprende, desde pequeno, a controlar seus impulsos e a valorizar o que tem.
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4 - 6 anos
Para ir ao médico
Seu filho a observa bastante para ver como você se comporta nas diversas situações. Quando for ao médico, demonstre que este profissional é um amigo e que os procedimentos que utiliza são para o bem do paciente, mesmo que possam machucar ou incomodar. Esteja de bom humor e relaxada. Se você estiver assim, seu filho também estará. Cumprimente o médico com entusiasmo. Isso faz com que a criança saiba que você gosta do médico e está feliz ao vê-Io. Dirija-se ao médico pelo nome. As pessoas parecem mais amigas se você as trata pelo nome. Agradeça ao médico depois do exame. Isto reforça o falo de que esle profissionar eslá aí para ajudar. Não use a possibilidade de ir ao médico como uma ameaça. Evite dizer: “Se você não ficar bonzinho vou levá-lo ao médico para tomar injeção.” Não minta para seu filho. Não diga que vai ou não doer. se não for verdade.
Os dez mandamentos da responsabilidade
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Comece sempre com pequenas tarefas. À medida que as crianças forem crescendo, aumente suas responsabilidades. Ensine-lhos a arrumar a cama ou separar as roupas sujas. Faça as tarefas junto com seus filhos até que aprendam a executá-Ias sozinhos. Torne o trabalho divertido.
Não use a força e, sim, uma persuasão suave. Mas insistente.
Seja suave, porém, firme. Não se deixe vencer pelos argumentos infantis. Esteja preparada para quando seus filhos quiserem escapar do trabalho com choradeiras. E tenha certeza: eles vão chorar. Diminua o tempo de supervisão. Lentamente, as crianças se tornam mais independentes e você pode confiar-Ihes mais tarefas. Elogie a tarefa do seu pequeno trabalhador e distribua muito carinho.
Evite a síndrome do deixe-me ajudá-lo com isso. Além de ser irritante, eles precisam aprender a lidar com as tarefas sozinhos.
Pai super-heroi
Essa é a imagem que muitos filhos têm dos pais, em determinada fase da infância. Veja o que diz o especialista A cena é clássica. E costuma se repetir em várias famílias. Na infância, os filhos se aproximam do pai. É ele quem leva a molecada para se divertir no parque, que faz as brincadeiras dentro de casa, que se une aos pequenos na hora da bagunça... Enfim, é ele quem assume o lado mais divertido da criação. Para meninos e meninas com até 10 anos
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de idade, geralmente o pai é tido como um verdadeiro herói, capaz de realizar todos os desejos e superar as dificuldades com um passe de mágica. Essa figura do pai-herói é muito comum, e o psicólogo Aguinaldo Gomes, da Universidade Estadual Paulista, garante que ela não traz nenhum entrave para o desenvolvimento infantil. O problema é quando essa cumplicidade atrapalha o estabelecimento uma relação de autoridade com os filhos, diz. E como é possível perceber quando os limites estão sendo
ultrapassados? Acima de tudo, é importante ter bem claro que, apesar de toda a amizade que se constrói com os filhos, o pai jamais pode abrir mão de sua identidade. Se o moleque quer jogar videogame até tarde da noite e tem aula na manhã seguinte, a melhor solução não é sentar ao lado dele no sofá e assumir um dos controles para tornar o jogo mais emocionante, mas dizer não com firmeza, para que a criança perceba que, mesmo diante de um herói, nem tudo é possível.
4 - 6 anos
Pais, os principais modelos Brincos, batom, sapato alto, colares. Ela ainda é tão pequena, mas anda pela casa com pose de adulto. Ele só quer saber de jogar bola, falar e andar como o pai. Nessa idade, a brincadeira predileta das crianças parece ser imitar os pais. Muitos adultos ficam preocupados, achando que isso demonstra uma precocidade perigosa. Na realidade, esse processo é bastante natural e até mesmo sadio. Nessas imitações, o pequeno elabora novos sentimentos e emoções e passa a entender melhor a vida das pessoas grandes. O pai e a mãe são certamente
os principais modelos: servem como base para que assimile determinadas caracte-rísticas que passarão a fazer parte de sua personalidade, no futuro. No entanto, não é preciso parecer exemplar para garantir aos filhos uma boa formação. O que as crianças precisam é de autenticidade. Todos têm qualidades e defeitos e de nada adianta tentar passar para a criança uma imagem de perfeição. O mais importante é ser sempre muitp sincero e verdadeiro. Esse é o melhor modelo que uma criança pode ter.
Como aproveitar as férias em casa Nem sempre é possível viajar com os filhos nesta época do ano. O que fazer então? Selecionei algumas ideias para você aproveitar as férias, mesmo sem sair da cidade As férias representam para a criança um tempo para fugir da rotina, das obrigações e das responsabilidades. Vale dormir até mais tarde, ter a tarde livre para brincar e para inventar, ir para a casa da avó, encontrar os amigos e passear a qualquer hora. Essa é também, para os pais, uma época boa para ficar mais perto dos filhos, descobrir novas maneiras de se divertir juntos e, assim, reforçar os vínculos curtindo momentos que o dia a dia muitas vezes não permite. No entanto, os pais costumam ficar aflitos com o que fazer com os filhos nas semanas de folga. Selecionei algumas sugestões:
- Quem mora em apartamento pode montar um clubinho e assim os pequenos terão com quem brincar. Vale lembrar: tente limitar os períodos passados em frente a tevê e ao computador. Isso não tem nada de positivo. Coisas gostosas e diferentes podem acontecer longe dos aparelhos eletrônicos. - Experimente preparar junto com seu filho um prato de brigadeiro ou um bolo. - Organize um dia para fazer uma faxina nos brinquedos. Os pequenos podem ajudar a limpar e a lavar alguns bonecos. - Uma ideia que agrada a criançada é brincar de ‘papel grandão’: Compre papel bobina numa papelaria. Use-o para forrar o chão do quarto e terá mil possibilidades. Desenhe, por exemplo, uma cidade, ruas, parques, casas e deixe que a criançada
decore o cenário com seus brinquedos. Quando o papel estiver todo rabiscado, vire-o de lado e transforme a folha em branco em um zoológico. Os bichinhos de plástico ou de pelúcia podem ser os habitantes do lugar. Vale desenhar, pintar, colar (com as crianças mais velhas, a cidade pode ser montada com recorte e colagem de revistas velhas). - Leve a molecada para uma visita a livraria. Muitas têm espaços especiais para as crianças e é possível passar bastante tempo por lá. Procure saber, ainda, sobre a programação com Contadores de histórias, ou seja você mesmo um. Faça das férias dias especiais, mesmo que sejam dias de preguiça. Vocês têm este direito e a criançada também.
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Esses bebês e suas mentes maravilhosas Pesquisadores descobrem que a criança pode raciocinar muito antes do que se imaginava e a cada estímulo carinhoso ela fica mais esperta. Lélia Chacon e Fábio Mello
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os primeiros meses de vida, ao mostrar uma bola ou outro objeto qualquer para seu bebê, você pode ter a sensação de que esse foi um gesto inútil e que sua intenção de estimulá-Io não causou o mínimo efeito. Por muitos anos, impressões como essa levaram pesquisadores do desenvolvimento infantil a concluir que o bebê agia assim porque seu cérebro não estaria suficientemente “inteligente” e desenvolvido para captar o estímulo.
Capa
Agora, novos estudos mostram que a qualidade dessa inteligência estava sendo subestimada e que a indiferença de seu bebê é apenas aparente. Mesmo que ele não balance os bracinhos para a bola que você mostrou, seu cérebro desde muito cedo pode e está respondendo a esse estímulo. E você, com atitudes como essa, além de lhe dar carinho, pode estar certa de que estará lhe oferecendo condições de ser um bebê cada vez mais inteligente e preparado para o futuro. São pesquisas da Universidade de Paris, chefiadas pelo psicólogo Roger Lécuyer, diretor do Instituto de Psicologia, que comprovam a formidável inteligência dos bebês. Seus resultados, a partir de experiências realizadas com crianças de 3 a 4 meses de idade, indicam que os bebês podem pensar e desenvolver o raciocínio lógico de forma muito mais precoce do que se imaginava. Daí a importância do estímulo para favorecer o desenvolvimento intelectual da criança.
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Capa
Formidáveis
Para testar essa capacidade nos bebês, os pesquisadores utilizaram imagens animadas em telas de computador. Num dos testes, os bebês viam na tela um urso se deslocando da direita para a esquerda. Depois de se acostumarem à cena, surgia um fato novo: no meio do seu passeio, o urso desaparecia aos poucos, como se entrasse por uma porta invisível. “Os bebês demonstraram surpresa e depois, em vez de se desinteressarem pela imagem, o que era esperado, redobraram sua atenção ao visor, como se aguardassem, por um raciocínio lógico, o retorno do urso a qualquer momento”,explica o psicólogo Lécuyer. Um pouco mais sofisticado, um segundo teste apresentava aos bebês um desfile de coelhos grandes e pequenos. Ao passarem, eles se escondiam momentaneamente atrás de uma parede. Depois, essa parede ganhou uma janela no topo. A conseqüência previsível era que os coelhos menores passassem por ela sem ser notados. Dos coelhos maiores seria possível ver o rosto ou pelo menos as orelhas, mas, na hora que eles passam, nada se vê. A reação da maioria das crianças, segundo Lécuyer, foi de estranheza e inquietação, indicando que “os bebês, desde muito cedo, são capazes de reter na memória a imagem de um objeto, ou seja, saber que ele continua existindo mesmo que não esteja visível”. Esse é, precisamente, o ponto que faz a diferença na pesquisa do psicólogo francês. Isso porque a maioria dos especialistas em comportamento defende que o “pulo do gato” no nível da inteligência
• Controle emocional, visão e socialização são favorecidos até os dois anos de idade. Capriche em brincadeiras como “cadê-achou” . • Desenvolvimento motor tem período proplcio até os cinco anos. Está aberta a temporada das corridas e construções com blocos.
do bebê só acontece depois dos 8 meses de idade, quando seu filho começa a memorizar objetos e pessoas. A partir daí, poderia, finalmente, se iniciar na arte do pensamento e do raciocínio lógico, condição básica para o florescimento da inteligência. Antes disso, os efeitos de um carinhoso estímulo nos bebezinhos permaneceriam como que “à flor da pele”, apenas ampliando seus sentidos, como a visão ou tato, e não sua capacidade intelectual.
Muita conversa
Um outro estudo, realizado na Universidade de Boston, EUA, mostra que nossa capacidade de raciocínio já está 50% formada antes dos quatro anos. E o quanto isso representa de inteligência vai depender diretamente dos estímulos recebidos desde os primeiros meses de vida. É que o cérebro contém bilhões de neurônios. São células que tendem a diminuir de força e quantidade, a menos que se interliguem, “conversando” entre si, impulsionadas pelos carinhos e brincadeiras da mamãe e pelas atrações que o bebê tem à sua volta. Pena que nem sempre você consegue notar os avanços que resultam dessa comunicação e se admirar, cheia de orgulho, da inteligência de seu filho tão pequeno. Mas isso não significa que ele tenha ficado indiferente ao estímulo. Mesmo que não se manifeste por alguma movimentação corporal, alterações no seu batimento cardíaco e até mudanças químicas internas na sua pele estarão acusando uma reação e, portanto, ativando novas “conversas”
• Habilidades lingüísticas devem ser estimuladas principalmente até os três anos. Boa hora para historinhas. • Musicalidade tem no período dos três aos nove anos sua melhor fase. Invista na banda. • Raciocínio lógico e matemático, têm períodos ótimos de um a nove anos.Brincadeiras em cursos de línguas e até a simples divisão do bolo de aniversário são bons treinos nessa fase.
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Capa Vale tudo E quais seriam os melhores estímulos para propiciar uma verdadeira reunião de comadres tagarelas no cérebro do bebê e, dessa maneira, aumentar o potencial de sua inteligência? Para o neurologista Mauro Muszkat, professor da Universidade Federal de São Paulo, a resposta é simples: todos! “Tudo o que o bebê pode ver, ouvir e tocar é um aprendizado que ativa novas conexões de neurônios.” Para a psicóloga Clotilde Rossetti, da Universidade de São Paulo, “favorecer o desenvolvimento da inteligência significa criar um ambiente rico em atividades e brincadeiras das mais variadas e oferecer muitos objetos e brinquedos para a criança explorar”. E como você pode saber se o seu filho está aproveitando essa festa? Segundo os especialistas, basta ficar atenta. Uma nova manha ou um gesto inédito, aparentemente tão simples e despretensiosos, denunciam enormes saltos qualitativos na capacidade da criança de perceber o mundo e de se relacionar com ele. Veja como isso acontece. • Os primeiros dias de vida, as reações do recém-nascido ao ambiente se resumem a movimentos casuais e reações de natureza orgânica, como alterações imperceptíveis na química da pele e nos batimentos cardíacos. • Nas primeiras semanas, porém, ele já se manifesta, principalmente diante da presença da mamãe, estremecendo ou mesmo se agitando como quem diz “Ei!”. • No segundo mês, o grande avanço é o sorriso, que deixa de ser um reflexo para se transformar numa reação diante de algo muito bom: de novo, a mamãe. • Por volta do terceiro mês, seu filho já desenvolve movimentos mais voluntários e coordenados. Ao ser tocado, por exemplo, ele faz menção de segurar alguma coisa. A atenção ao que acontece à sua volta aumenta e ele já é capaz de acompanhar movimentos e se concentrar por períodos mais longos na contemplação de algo especialmente interessante. Quase ao mesmo tempo, sua capacidade de se orientar melhora e ele já ensaia tentativas de se movimentar, mesmo que desajeitadamente, em direção aos objetos ou às pessoas que deseja. •À partir do quarto mês a qualquer instante, pode vir o grande pulo do gato: o momento em que seu bebê começa a procurar com o corpo ou com o olhar algum objeto que lhe tenha chamado a atenção e sumido de cena repentinamente - e que, memso assim, ele já sabe que continua existindo.
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Claro que esses pequenos passos preciam estar envolvidos de muito carinho da mamãe para se tornarem avanços signifivativos. Como explica o neurologista Mauro Muszkat, “a inteligência só é construída sobre bases emocionais. Hoje se sabe que as formações cerebrais mais precoes no ser humano são as da emoção e do afeto, que reforçam todas as outras estruturas do cerébro”. Outro conselho de Muszkat aos pais, e até mesmo a profissionais das áreas de educação e psicologia, é não exagerar na dose de estímulos. “A superestimulação faz o cérebro do bebê se estressar com facilidade. Daí, ele simplesmente não toma conhecimento dos estímulos que vêm adiante. Pior ainda, ele pode reagir com choros ou cólicas.” O segredo, portanto, é aliar bom senso e sensibilidade para evitar que a estimulação bem intencionada acabe se transformando numa fonte de irritação. Assim como todos nós, o bebê precisa de concentração para aprender melhor. “Quando não há uma pausa entre um estímulo e outro, apesar de atenta, a criança não consegue fechar os circuitos. É como alguém que assiste a vários programas de tv ao mesmo tempo: pode até ser possível ver todas as imagens, mas provavelmente nenhuma será fixada”, conclui o neurologista.
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7 - 10 anos
Férias em família • Não faça uma agenda muito apertada. • Mantenha os horários de comer e dormir das crianças (na medida do possível). • Reserve um tempinho de sobra para ficar se divertindo com elas.
• Leve apetrechos suficientes para a comida e a bebida. •Limite a quantidade de fruras frescas que leva com você (ou as compre durante a viagem) . • Tenha líquido ele sobra com você.
Castigo
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bom comportamento se encoraja através de elogios e recompensas, do exemplo pessoal e das explicações sobre os motivos dos limites. Mas, às vezes, tudo falha e você tem de apelar. Nestes casos, as seguintes orientações podem ajudar: • O castigo deve ser adequado à gravidade da falta. • Deve ser dado imediatamente após a falta. • Jamais ameace se não puder cumprir. • Certifique-se de que a criança entendeu claramente que o castigo não é sinal de que você deixou de amá-Ia. Terminada a punição, faça as pazes, abrace-a e diga palavras de carinho. • O castigo físico é pouco eficaz e pode gerar ressentimento.
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Cuidado com o som alto No ônibus, na rua, na escola e até no banheiro.eles não deixam seus mp3,mp4,mp5,ipods e etc por nada. No entanto, os pais devem estar conscientes do perigo que isto representa:
• Os fones de ouvido podem aumentar o risco de acidentes de trânsito quando são usados ao caminhar ou pedalar no tráfego, pois reduzem a percepção do que acontece em redor.
• O som não precisa ser altíssimo para danificar a audição. Mesmo que eles insistam em que o volume não está alto, não significa que o volume sonoro seja seguro.
Dica: Quando outras pessoas no ambiente podem escutar o som que escapa dos fones de ouvido, provavelmente o som está alto demais.
7 - 10 anos
Lancheira saudável Pesquisa americana mostra que o lanche de 9 entre 10 crianças atinge temperaturas que podem prejudicar a qualidade dos alimentos. Veja como garantir a segurança na hora de montar a lancheira do seu filho Bruna Menegueço
F
ruta, sanduíche e suco. Na hora de montar a lancheira do seu filho, você se preocupa em escolher alimentos para que ele faça uma refeição equilibrada. E como manter a qualidade do lanche até a hora do recreio da criança? Para garantir a segurança dos alimentos que seu filho leva na lancheira, o primeiro passo é saber a hora do recreio da criança. “O tempo entre o preparo e a hora do consumo é fundamental para acertar na escolha”, diz a nutricionista Werusca Barrios, do Hospital Samaritano, em São Paulo. Tanto a lancheira quanto a garrafa têm de ser térmicas e no caso de alimentos que precisam de refrigeração, a saída é colocar gelos reutilizáveis. “Para calcular a quantidade de gelinhos, inclua sempre o suficiente para igualar o peso de todos os alimentos juntos”, diz a nutricionista. Por exemplo, se um iogurte, uma fruta e um sanduíche pesam 250 gramas, coloque a mesma quantidade de gelos na lancheira. Se possível, deixe a lancheira vazia na geladeira durante a noite. Ela vai absorver a temperatura e manter o gelo e a qualidade dos alimentos por mais tempo. O mesmo vale para a garrafa térmica.
- Escolha bem os alimentos Na hora de escolher os alimentos, lembre-se que os derivados do leite – como iogurtes, queijos, requeijão – são mais sensíveis às mudanças de temperatura e perdem a qualidade facilmente. Com os cuidados adequados, esses alimentos mantêm as características por duas horas. O mesmo tempo vale para os embutidos, como peito de peru e presunto. As melhores frutas são maçã, pêra, banana, pêssego, goiaba, uva e nectarina. As frutas que precisam ser descascadas como mexerica e manga perdem um pouco de nutrientes. Antes de embalar, higienize bem a fruta. As que a criança consome a casca têm de ser lavadas em água corrente e depois colocadas em uma solução clorada (o produto é vendido em supermercados, veja no rótulo da embalagem
como proceder). Se a casca for descartada, só lave e seque. Pães, biscoitos, cookies, barrinhas não estragam, assim como queijos processados e sucos industrializados. Na hora de escolher a melhor opção para o seu filho, cheque se no rótulo do suco, há corante ou sabor artificial. Fuja desses e prefira sempre os preparados com frutas.
A presença do pai deixa seu filho mais esperto Você participa ativamente do dia a dia de seu filho? Isso pode melhorar o comportamento dele e deixá-lo mais inteligente, de acordo com uma pesquisa da Universidade de Concórdia (Canadá). Cerca de 140 crianças foram analisadas entre 3 e 5 anos e depois novamente entre 9 e 13 anos. Segundo os pesquisadores, a habilidade do pai de estabelecer limites e estruturar o comportamento dos filhos influenciou positivamente a habilidade de resolver problemas e diminuiu questões emocionais, como tristeza, isolamento social e ansiedade. “A presença do pai estimula principalmente o raciocínio lógico-matemático, a construção de relações entre objetos concretos e a noção espacial, habilidades que culturalmente estão mais associadas ao homem”, explica José Aparecido da Silva, professor do departamento de psicologia da USP de Ribeirão Preto (SP). E o estudo mostrou que isso acontece mesmo quando o pai não mora com os filhos. Ou seja, o que conta é o seu envolvimento com eles quando estão juntos.
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Cartas
HISTÓRIA DE CRIANÇA Criança tem cada uma! O negócio é anotar tudo de engraçado que ela diz para não esquecer. Mande a história do seu filho pra gente publicar: E-mail: revista@revistasemprefilhos.com.br Av. Presidente Vargas, 642. Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20071001.
Um monstrinho Maria Luiza estava ansiosa para ver a primeira ultrassonografia do irmãozinho. Lá, a médica começou a mostrar o corpo, os bracinhos, a cabeça ... E a pequena, emocionada com as imagens, não resistiu e falou: ‘Mamãe, ele é tão bonitinho, até parece um monstrinho” Maria luiza, de 4 anos. Filha de Daniela e Manoel.
Meleca saudável Um dia, a mãe do Nicolas disse para ele comer tudo porque é bom para a saúde. O pequeno retrucou: “Eu não gosto de saúde. Fica tudo melecado“ A mãe não entendeu: ‘Como assim?” E ele explicou, todo sério: “Quando eu espirro e dizem ‘saúde’, eu fico todo melecado .. “ Nicolas, de 5 anos. Filho de Andréa e Marcelo.
Troca de torcidas O pai da Teresa é superpaciente e bonzinho. Um dia, a vovó Cidinha comentou: “Tetê, seu pai é santo” A menina, conhecendo muito bem o pai, negou: “Não, ele é São Paulo” Teresa. 2 anos. Filha de Luciana e Ricardo.
Temperatura do cabelo A mãe de Julia comentou com o pai: “Você viu que bonito o cabelo do Rafael. Depois do corte, ajeitei com gel”. A pequena, com cara de confusa e com as mãos no cabelo, entrou na conversa: “Ai mamãe, graças a Deus, meu cabelo não tá congelado, tá quentinho, né?” Julia, 3 anos. Filha de Eloísa e Juliano e irmã de Gabriela e Rafael.
Bebê diferente Mateus foi visitar sua tia Juliana, que acabara de dar à luz o seu priminho. O menino, muito carinhoso, acariciava o bebê, até que pediram para que ele parasse por causa da moleira - disseram que ainda não tinha todo o ossinho. O pequeno indagou na hora: “Ele é invertebrado!” Mateus, no época com 9 anos. Sobrinho de Juliana e Eduardo.
Feliz dia de folga A família da Nina estava indo tomar café da manhã num feriado de Páscoa, e os pais questionaram a pequena: “Você sabe que dia é hoje?” E ela, toda sorridente disse: “Sei, é um dia muito especial que a gente comemora eu não ter aula.” Valentina, de 4 anos. Filha de Fernanda e Mauricio.
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