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BIBLIOTECA ESCOLAR PÁG
No dia 8 de fevereiro, às 11h15min, decorreu a assembleia de delegados e subdelegados de turma do 2º ciclo, na biblioteca da escola Esta reunião foi dinamizada pela Dra. Marta Alves, Psicóloga do Serviço de Psicologia e Orientação da Escola, com a colaboração da Coordenadora de Projetos Educativos e da Cidadania e Desenvolvimento e a Coordenadora dos Diretores de Turma do Ensino Básico. Esta ação teve como principal objetivo apoiar os alunos na reflexão sobre o papel e importância do Delegado e Subdelegado na vida da escola. Nessa reunião, os alunos fizeram grupos de trabalho, com três elementos cada e elegeram o porta-voz de cada grupo. Foi também eleito o aluno Tomás Baldaque, da turma 6. º A, como porta-voz da assembleia.
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Serviço de Psicologia e Orientação #3: A Voz dos alunos
Cada grupo discutiu vários temas e, numa folha, escreveu o que poderiam melhorar
na vida da escola!
No final, o porta-voz de cada grupo foi para o centro da sala e partilhou com a restante assembleia as suas ideias. Houve alunos que discordaram e outros que concordaram com as diversas sugestões, mas evidentemente chegou-se a um consenso!
O que ficou decidido na respetiva reunião foi: - melhorar a higiene sanitária; - criar mais opções de lazer; - melhorar a comida na cantina; - aumentar a diversidade de produtos no bar; - aumentar a área de relvado; - repor as balizas; - apostar mais no tema da reciclagem.
A Direção da Escola irá deliberar e tomará uma decisão sobre a melhor maneira de implementar estas medidas, de forma a melhorar a vida da escola.
Maria Carolina da Costa Cunha, 6.ºA Tomás Baldaque Ferreira, 6.ºA
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Plano 21|23 Escola+ Escola a Ler
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A ação «Escola a ler», da responsabilidade da Rede de Bibliotecas Escolares, do Plano Nacional de Leitura 2027 e da Direção-Geral de Educação, resulta da agregação de todas as propostas respeitantes à ação Escola a ler, integrada no Plano Escola + 21|23.
Visa trabalhar a leitura de forma sistemática, estruturada e diversificada e constituir uma rede colaborativa de trabalho e partilha, no âmbito desta medida.
Público-alvo
Todos os Agrupamentos de Escolas e Escolas não Agrupadas (doravante escolas) do subsistema público, são convidados a inscrever-se nesta ação, selecionando as atividades que pretendem implementar.
Atividades
1. As atividades a implementar são as que constam do Plano Escola+ 21|23, a saber:
a) Leitura orientada
Realização de atividades que proporcionem o contacto dos alunos com livros que os motivem e estimulem a prática regular e continuada da leitura e da escrita: uma hora por dia no primeiro ciclo do ensino básico e uma hora por semana no segundo ciclo do ensino básico.
b) Projeto Pessoal de Leitura
Desenvolvimento de projetos individuais de leitura que explicitem objetivos de leitura e impliquem o contacto com temas comuns em obras, em géneros e em manifestações artísticas diferentes (obras escolhidas em contrato de leitura com o(a) professor(a)).
Continua…
c) Tempo para ler e pensar!
Leitura e exploração de livros, jornais, revistas e/ ou outros materiais de leitura na biblioteca escolar em articulação com docentes de diferentes áreas curriculares, com periodicidade e tempo estipulados (desejavelmente mensal, em cada turma).
d) Vou levar-te comigo!
Dinamização periódica de sessões de requisição domiciliária na biblioteca escolar, em articulação com os docentes da turma e com recurso a estratégias motivadoras.
e) Livr’ à mão
Leitura silenciosa de um livro que o aluno traz sempre consigo. A atividade e respetiva seleção de livros é organizada pela biblioteca e desenvolve-se de forma articulada com o professor titular de turma/ professor de português/ diretor de turma, podendo aderir qualquer docente do conselho de turma.
f) Equipas de leitura
Seleção de alunos com bom desempenho leitor, disponíveis para prestarem apoio aos alunos/ colegas na dinamização de sessões regulares de leitura. Orientação das sessões e preparação das atividades de leitura pelo professor bibliotecário e/ou outros docentes.
2. De entre as seis atividades propostas, o nosso Agrupamento selecionou quatro, que considerou adequarem-se ao seu contexto, a saber:
a) Leitura orientada b) Projeto Pessoal de Leitura c) Tempo para ler e pensar! d) Vou levar-te comigo!
A trabalhar até 31 de julho de 2023.
DGE / IPAV – Academia de Escolas Ubuntu
O programa faz parte do Plano 21|23 Escola + e no âmbito deste plano encontra-se
previsto o desenvolvimento da Ação Específica 1.6.2 - Programa para competências sociais e emocionais (como o autoconhecimento, autoconfiança, resiliência, empatia e sentido de serviço) concorrendo para o objetivo global de promoção de medidas diferenciadas dirigidas à promoção do sucesso escolar e combate às desigualdades através da educação, procurando dar resposta às necessidades de recuperação de aprendizagens e garantir que ninguém fica para trás. https://www.dge.mec.pt/noticias/encontros-programa-escolas-ubuntu
Decorrente deste enquadramento a Direção Geral da Educação pretende desenvolver, em parceria com o Instituto Padre António Vieira, nos anos letivos 2021-2022 e 2022-2023 o Programa Escolas Ubuntu.
Em parceria com a Direção-Geral da Educação, o projeto tem capacitado centenas de educadores para o trabalho em contexto escolar através do Método Ubuntu.
O modelo de intervenção passa por diferentes fases de apropriação da metodologia.
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Decorrida a formação teórica e prática para a equipa da Escola Clara de Resende envolvida na dinâmica, foi dinamizada de 21 a 25 de fevereiro de 2022 a Semana Ubuntu com os alunos da turma 10. º F, contando com a presença e apoio da Formadora Marta Rodrigues do IPAV.
Está lançada a semente! O próximo passo é verificar o impacto da ação na turma, na comunidade… e a criação do Clube Ubuntu da Escola Clara de Resende!
UBUNTU �� Eu sou porque tu és!
https://www.academialideresubuntu.org/pt/escolas-ubuntu
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Isabel Pereira
Plano 21|23 Escola+ Biblioteca Escolar A BE apoia a Leitura Orientada em Sala de Aula Plano 21|23 Escola+
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https://pnl2027.gov.pt/np4/file/3074/LeituraOrientadaemSaladeAula.pdf
A leitura é fundamental para o sucesso dos alunos pela sua transversalidade e pela forma como influencia as aprendizagens em todas as áreas curriculares. O sucesso neste domínio está diretamente relacionado com a frequência de contactos com livros e com práticas de leitura, pelo que o tempo dedicado à leitura condiciona de forma decisiva os progressos na compreensão, cabendo à escola um papel relevante no ensino da leitura e na promoção do gosto de ler. No âmbito do Plano 21|23 Escola+, que visa a recuperação das aprendizagens, procurando garantir que ninguém fica para trás, o PNL2027 disponibiliza propostas de trabalho integradas na ação Escola a Ler: para os 1. º e 2. º ciclos, Leitura Orientada na Sala de Aula e, para o 3. º ciclo, Contratos de Leitura. O PNL2027 propõe que os docentes do ensino básico reforcem as atividades em torno do livro e, nesse sentido, apresenta um conjunto de orientações organizadas em oito áreas:
https://www.leituraorientada.pnl2027.gov.pt/orienta%C3%A7%C3%B5es
Isabel Pereira
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DeClara nº 51 Fevereiro 2022 Plano 21|23 Escola+ DeClara – A Escrever, a Ler e a Recuperar
O Jornal da Agrupamento de Escolas Clara de Resende, o DeClara, é um projeto de promoção da leitura, de caráter mensal e pretende colocar toda a comunidade escolar a ler e escrever, de modo formativo, informativo e recreativo. Dar a conhecer tudo o que se faz na escola, presencial ou digitalmente, e dar voz a todos aqueles que querem partilhar algo com a comunidade educativa… Pretende constituir-se como um instrumento de educação para a cidadania, de promoção do espírito crítico e de integração dos diferentes saberes, com recurso às diferentes tecnologias da informação e comunicação, a um nível transversal. Este projeto dirige-se e envolve alunos do 1. º ao 12. º ano, professores, funcionários, pais/encarregados de educação e Comunidade educativa em geral. É gratuito, enviado digitalmente por email para toda a comunidade escolar e fica disponível no blogue das Bibliotecas do Agrupamento Clara de Resende.
http://bibliotecaescolarclararesende.blogspot.pt/
As notícias para publicação podem ser enviadas para o email:
isabelpereira@clararesende.pt
Com a vossa colaboração e participação, o Jornal será "mais nosso" e sairá muito mais enriquecido!
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https://erte.dge.mec.pt/cic-clubes
Isabel Pereira
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A Semana Ubuntu da Empatia a passar pelas escolas portuguesas
De 21 a 25 de fevereiro, estudantes e escolas de todo o país associaram-se à iniciativa ‘Semana Ubuntu da Empatia’. O objetivo passou por promover uma “revolução de empatia”, através de ações que levaram os jovens “pensar e sentir a partir do ponto de vista do outro”. Durante 5 dias, a comunidade Ubuntu realizou atividades e dinâmicas que promoveram uma verdadeira revolução de empatia. O objetivo central destas atividades, inseridas na Semana Ubuntu da Empatia e que se realizaram em escolas de todo o país, foi pensar e sentir a partir do ponto de vista do outro. A Semana Ubuntu da Empatia é promovida pelo Instituto Padre António Vieira – mais precisamente através do seu projeto da Academia de Líderes Ubuntu – em parceria com a revista Forum Estudante. A iniciativa está alinhada com o movimento internacional “Empathy Week” e realizou-se de 21 a 25 de fevereiro. https://bityli.com/Dadjr Foram os parceiros das Academia de Líderes Ubuntu a dar forma a esta iniciativa, dinamizando uma ou mais atividades, no seu contexto de intervenção, a partir da inspiração Ubuntu. Neste âmbito particular, assumiram especial importância as Escolas Ubuntu que, através dos seus Clubes Ubuntu, propuseram e organizaram atividades no seu contexto educativo e alargaram, em alguns casos, à comunidade, bem como outros parceiros, como Instituições de Ensino Superior. Algumas destas ações serão em breve divulgadas em streaming nas redes sociais da Academia de Líderes Ubuntu. Na Escola Clara de Resende realizou-se, em simultâneo com a ´Semana Ubuntu da Empatia`, na Biblioteca Escolar, a Semana Ubuntu com a turma do 10.ºF
IPAV Academia de lideres Ubuntu
Isabel Pereira
O que é a filosofia africana Ubuntu e por que ganha adeptos nas escolas portuguesas?
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“Aceito que um aluno não queira construir pontes, posso respeitar que seja passivo, o que não aceito é que destrua as pontes que construímos. ” Paulo Mota é diretor da secundária Almeida Garrett, em Vila Nova de Gaia, uma escola não agrupada e uma das primeiras em Portugal a deixar entrar a filosofia africana Ubuntu. A referência às pontes não vem por acaso: Ubuntu é criar pontes, laços, perceber que sem o outro ninguém existe. Quando Paulo Mota pôs o braço no ar para participar na iniciativa — apresentada às escolas de Gaia pela Câmara Municipal — a secundária Almeida Garrett estava fora da lista daquelas onde o programa faria especial sentido por terem comunidades mais problemáticas. Mas Paulo Mota gostou tanto do que ouviu que foi em frente. Formou na filosofia africana professores e técnicos especializados da escola (psicólogos), avançou para as academias de alunos — uma semana inteira Ubuntu sem aulas — e criou o clube com o mesmo nome. Hoje, o objetivo é chegar a cada vez mais estudantes, de preferência à maioria, mesmo que saiba que nunca chegará a todos. Ubuntu, de forma muito resumida, é um programa de capacitação de jovens que usa como modelos de inspiração líderes como Nelson Mandela, Martin Luther King, Malala, Madre Teresa de Calcutá ou Aristides de Sousa Mendes. De origem africana, traduz-se na expressão “eu sou porque tu és”, e valoriza a solidariedade, procurando inspirar os jovens a serem agentes de mudança ao serviço da comunidade, de forma a construir uma sociedade mais justa e solidária. Este ano letivo, o programa ganhou novo fôlego. O Instituto Padre António Vieira (IPAV), criador das Academias Ubuntu, assinou uma parceria com a Direção Geral de Educação (DGE) e a iniciativa passou a fazer parte do Plano 21|23 Escola+. Dito de outra forma, ao ser integrado no programa de recuperação de aprendizagens desenhado pelo Ministério da Educação, que serve de resposta às perdas sofridas pelos alunos durante a pandemia (académicas e sócio emocionais), qualquer escola do país pode candidatar-se a ter uma Academia de Líderes Ubuntu. O mentor do projeto, Rui Marques, não podia estar mais satisfeito e os vários diretores ouvidos pelo Observador aplaudem a iniciativa — desde que se mantenha de adesão voluntária, quer seja da escola, dos professores e dos alunos.
O programa em escolas públicas é único em Portugal — em 2016 tinha duas escolas, hoje chega a 380 — , mas o IPAV quer crescer e já tem parcerias com dezenas de países. Para chegar às escolas, nos últimos anos, têm sido os municípios a entrar com o financiamento necessário. Um dos exemplos é o da Câmara da Mealhada — que celebrou um protocolo com o Instituto Padre António Vieira e o agrupamento de escolas do município — , atribuindo um total de 18 mil euros ao IPAV para a implementação e execução do projeto em três anos letivos consecutivos (2020/2021, 2021/2022 e 2022/2023). Feitas as contas, são 6 mil euros por ano para as várias escolas. Seja em que agrupamento for, o custo por aluno irá variar consoante o número de estudantes que cada escola mobiliza para as suas academias, explica Rui Marques. “A nossa estimativa é que possa corresponder entre 60 a 90 euros por aluno participante e por ano letivo. ” Segundo declarações feitas no início do ano letivo pelo ministro da Educação, cada aluno da rede pública custa 6.200 euros por ano ao Estado, segundo as contas do ministério que apontam para um aumento da despesa de mais de 30% nos últimos seis anos. A Fundação Gulbenkian, parceira da iniciativa desde o seu nascimento em 2010, já investiu cerca de um milhão e meio de euros nas várias vertentes do Projeto Ubuntu, do qual as Academias são uma pequena parte. Estas passam agora a estar inseridas, durante três anos letivos, no plano de recuperação de aprendizagens que assenta em três eixos e cinco domínios. O orçamento? 900 milhões de euros para a totalidade do plano de recuperação, do qual Ubuntu é uma ínfima parte.
No Plano 21|23, as Academias Ubuntu fazem parte do eixo Ensinar a Aprender (que oferece 37 ações específicas à escolha dos diretores) e do domínio Inclusão e Bem Estar. Este engloba oito ações específicas e, dentro delas, as academias Ubuntu fazem parte do Programa para Competências Sócio Emocionais. Ashoka, Dream a Dream e Ubuntu: tudo tem a ver com empatia
João Costa, secretário de Estado Adjunto da Educação, explica ao Observador que Ubuntu não é único, há outros movimentos de empreendedorismo social a acontecer nas escolas de todo o mundo. “Há várias iniciativas deste tipo noutros países, por exemplo o programa Ashoka, ou o Dream a Dream, com forte presença na Índia. Portugal é, tanto quanto me é dado perceber, um dos poucos países que integra um programa desta natureza na política pública de educação. ” O programa Ashoka, que tem presença em Portugal, defende que todos são agentes de mudança e contribuem para alterações sociais de uma maneira positiva. Uma das suas pedras basilares é garantir que todas as crianças praticam a empatia.
Já o Dream a Dream chama a si a missão de capacitar jovens de origens vulneráveis a superar as adversidades, dando-lhes competências sócio emocionais, para que possam prosperar. Com tantos projetos que visam aumentar as soft skills dos estudantes, por que motivo a escolha recaiu no Ubuntu? Enquanto o projeto funcionou em piloto, explica João Costa, teve sempre o acompanhamento da tutela e o apoio financeiro de alguns municípios e da Gulbenkian e foi mostrando resultados positivos entre os alunos. “Os resultados dos estudos de impacto e a avaliação das intervenções nas escolas TEIP revela que há um efeito transformador em várias dimensões do desenvolvimento dos alunos, em tudo coerente com o trabalho pretendido no Apoio Tutorial Específico, pelo que entendemos que faria todo o sentido abrir a possibilidade a que todas escolas aderissem ao programa. ” O secretário de Estado diz ainda que “a fase piloto foi sujeita a avaliação, sendo manifestos os impactos nos resultados escolares e em competências sociais e emocionais”. Desde que o Apoio Tutorial Específico foi criado, em 2016, que se assumiu que se devia centrar no desenvolvimento de competências que permitem uma melhor relação dos alunos consigo próprios e com os outros, argumenta João Costa. “Entendemos que este programa é um apoio inequívoco para os professores tutores. ” O Observador pediu ao ministério dados dessa avaliação, mas não os obteve até à publicação deste texto. Da mesma forma, o ministério não esclareceu quais os custos das academias por aluno. Autoconfiança e autoestima são indicadores que sobem entre os alunos. Os números concretos são apresentados por Rui Marques e decorrem da avaliação de impacto que é medida através da autoavaliação: os jovens dizem como estavam no início da formação e dizem como estão no final. A seguir é fazer contas. “Esta ferramenta mostra, consistentemente, melhorias em todos os indicadores”, sublinha Rui Marques. Os aumentos mais expressivos são nos indicadores da autoconfiança, que sobe, em média, 34%; no do desenvolvimento pessoal e profissional (28%); no da autoestima (24%); e no do autoconhecimento (22%). “Em autoavaliação, os estudantes participantes sinalizam um impacto muito significativo, mas temos em desenvolvimento outras ferramentas de avaliação que nos darão progressivamente mais informação sobre o impacto gerado na Academia”, sustenta Rui Marques. Aliás, o facto de fazer parte do plano de recuperação e aprendizagens obriga a isso mesmo: a medir e monitorizar resultados.
Filinto Lima, diretor do agrupamento de escolas Dr. Costa Matos, está no início do processo de ser uma escola Ubuntu. Ele próprio fez a formação, em conjunto com muitos outros diretores de Vila Nova de Gaia. “É muito interessante, aprende-se muito da vida e faz-nos olhar para o nosso interior. Muitas vezes fazemos as coisas de forma mecânica, sem as saborearmos. Este lado humanista interessa-me muito e cativou-me. ” Satisfeito de ver chegar a iniciativa ao resto do país, o também presidente da Andaep, associação que representa diretores de escolas públicas, só deixa um alerta: “Deve continuar a ser voluntário aderir. Não devemos impor este tipo de projetos, devemos proporcioná-los para que as escolas, onde façam sentido, os abracem. Mas vejo muitas qualidades e acho que em qualquer escola o feed back será positivo, porque trabalha sobretudo o lado do aluno-cidadão, a forma como olha as pessoas e como interage com elas. ” O mesmo diz a presidente do Conselho de Administração da Gulbenkian, parceira do IPAV desde a primeira hora. “Faz sentido disponibilizar, mas não impondo localmente, antes facultando como recurso para que, quem assim o entenda, o possa aplicar ”, afirma Isabel Mota. Nesse sentido, e tendo surgido como resposta “de baixo para cima”, diz ver com agrado que quase 400 agrupamentos tenham entendido experimentar esta metodologia. Até à data, junto dos diretores, não foram levantadas objeções sobre um projeto que o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, já assumiu que gostava de ver chegar a mais escolas do país. Por agora, estão envolvidas 380 escolas espalhadas por 170 concelhos do país, segundo Rui Marques. As Academias Ubuntu contam com o alto patrocínio do Presidente da República e o do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, na versão Ubuntu United Nations, que levou a metodologia criada em Portugal a 190 países (só Coreia do Norte, Mónaco e Liechtenstein ficaram de fora). Nesses eventos, 100% online, os jovens Ubuntu têm a oportunidade de ouvir vários prémios Nobel da Paz falar sobre as suas experiências de vida.
Programa chega a metade das escolas portuguesas
“O Ministério da Educação, de forma inteligente — e nem sempre é assim — , conseguiu ir buscar este programa que faz todo o sentido. Se estivermos bem, estamos mais disponíveis, aprendemos melhor ”, diz Paulo Mota. Quanto a potenciais críticos ao programa, está sempre disponível para conversar.
“Ser contra estas ideias não é crime e não estamos a falar de um programa curricular. É de adesão voluntária, qualquer aluno precisa da autorização do encarregado de educação para participar. Se o aluno não acredita, se a família não acredita, está no seu direito e convivemos bem com isso”, explica o diretor, que faz um paralelismo com a história dos alunos de Famalicão, onde, por opção dos pais, dois irmãos não frequentaram a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, curricular e obrigatória. Aqui, não há qualquer semelhança, porque tudo é opcional.
No entanto, Paulo Mota assume que, se tivesse à sua frente um pai ou uma mãe contrários à filosofia, tentaria explicar ao encarregado de educação o que está em causa, para garantir que a sua resposta às Academias Ubuntu é mesmo negativa, depois de se estar informado sobre o tema. “Até agora, não apareceu ninguém contra. Mas estou pronto para conversar com quem quer que seja sobre o que Nelson Mandela, Martin Luther King ou Madre Teresa de Calcutá tenham exercido de mal ou em que é que foram contra o Homem. Até me podem ajudar a ver onde falharam”, conclui o diretor da escola secundária.
A filosofia é africana, a metodologia portuguesa. A meta é ter líderes servidores
A Academia de Líderes Ubuntu nasceu há 11 anos, recorda Rui Marques, quando a Fundação Calouste Gulbenkian procurava uma iniciativa que capacitasse jovens descendentes de imigrantes africanos e originários de contextos vulneráveis. Em 2010, a Amadora tornou-se o epicentro Ubuntu em Portugal e as academias aconteciam fora das escolas, com a ajuda de parceiros como a Fundação Oriente e o Centro de Estudos dos Povos e Culturas de Expressão Portuguesa da Universidade Católica. Ter começado por olhar para jovens descendentes de africanos com uma filosofia vinda da África do Sul foi apenas uma feliz coincidência, sustenta Rui Marques. “O Ubuntu é um presente de África para o mundo e que faz muita falta no mundo em que estamos. A ideia ‘eu sou porque tu és’ é um conceito fundamental das comunidades ancestrais, e foi a chave para Nelson Mandela e Desmond Tutu quererem transformar uma África do Sul que vivia num regime de apartheid num Estado em que todas as etnias fossem consideradas membros de uma Nação Arco-Íris. ” Como é que de um país que vivia em segregação racial se dá o pulo para um programa que faça sentido nas escolas portuguesas onde a democracia já tem 47 anos? “A ideia é africana, mas a visão é portuguesa”, explica Rui Marques.
O que o IPAV desenvolveu, com Rui Marques a encabeçar o projeto, foi uma metodologia de educação não formal — ou seja, que passa pelas experiências e relações — para capacitar jovens para a liderança, através da ética do cuidado, do cuidar de si próprio, do outro, da comunidade e do planeta, explica. “O primeiro foco é capacitar jovens para serem líderes. A segunda dimensão é que sejam líderes servidores, que servem a comunidade. É quase o oposto da tradição de que líder é aquele que é servido e tem todos os direitos. O líder servidor tem uma grande carga de humildade e é o primeiro a servir quem está à sua volta. ” Outro ponto fundamental da metodologia, explica o mentor do projeto, é a construção de pontes: “Os Ubuntus são pontífices, construtores de pontes num mundo cheio de fraturas, polarização e discurso de ódio. Ser Ubuntu é dialogar com uma perspetiva construtiva, é ser capaz de construir pontes entre ideias, crenças ou religiões diferentes. ”
Os cinco pilares Ubuntu e os cinco dias sem aulas
A metodologia Ubuntu está estruturada em cinco pilares “essenciais para o desenvolvimento sócio emocional” dos alunos, como explica Isabel Mota, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian: o autoconhecimento, a autoconfiança, a resiliência, a empatia e o serviço.
A avaliação externa, garante, tem demonstrado resultados muito positivos, tornando evidente que “os alunos que acedem a esta oportunidade se sentem mais confiantes e mais capazes de cuidarem de si, dos outros e do planeta”, defende Isabel Mota que vê com satisfação o crescimento do projeto: “É com agrado que vemos como esta ideia portuguesa, nascida pela mão do Dr. Rui Marques e do IPAV, se internacionalizou, estando presente em 190 países, e agora se transformou em política pública. ” Mas, na prática, como é que o Ubuntu chega às escolas? Primeiro, formam-se os adultos — diretores, professores e técnicos especializados — depois os alunos. Os alunos, que só podem entrar nas academias com o consentimento dos pais, não têm aulas durante uma semana inteira e as atividades decorrem no estabelecimento de ensino ou noutro local alternativo. “Ao longo de uma semana, juntamos entre 30 a 40 alunos, escolhidos pelas escolas, e temos cinco dias temáticos: liderar como Mandela; construir pontes, vencer obstáculos; vidas Ubuntu e I have a Dream”, explica Rui Marques. A metodologia usada passou pelo crivo do programa Academias de Conhecimento da Gulbenkian, que testa e valida metodologias que melhorem as chamadas soft skills.
O agrupamento de escolas do Alto do Lumiar, dirigido por Maria Caldeira, fez parte do primeiro projeto piloto de Academias Ubuntu em Portugal. “Foi durante as Jornadas do Pensamento Emocional do ISCTE, quando as academias foram apresentadas com o intuito de puderem vir a ser adaptadas às escolas, que tive o prazer de conhecer o Rui Marques. ” Mais tarde, a DGE convocou todas as escolas de Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP) de Lisboa para integrar o piloto e ver como funcionava em adolescentes. Até à data, o alvo do programa eram jovens adultos. “Em 2018, fizemos a primeira semana e decidimos fazê-la fora do contexto da escola, porque achámos que era bom os alunos sentirem outra dinâmica, e usámos o Centro Social da Musgueira”, conta a diretora Maria Caldeira. Desde então, têm feito as semanas com alunos do 7.º, 8. º e 9. º anos, inclusive durante a pandemia. “Começámos depois a fazer outra reflexão sobre como seria alargar a iniciativa ao 1. º ciclo e o IPAV queria muito responder a essa pergunta. Assim, este ano estamos a formar os professores dos mais novos e, se tudo correr bem, no 2. º período faremos a formação das turmas do 3. º ano. ” As Academias de Líderes Ubuntu são cinco dias de experiência imersiva. “Não têm aulas, usam uma metodologia muito própria, trabalham a resiliência, partilham experiências de vida, criam pontes, discutem projetos de vida, ouvem-se testemunhos de líderes servidores, exemplos de superação e histórias de sucesso de pessoas que tiveram percursos de vida desafiantes”, conta a diretora, que considera que o dia mais marcante para os alunos é aquele em que ouvem as histórias de vida. No último dia, são os alunos a dar o seu próprio testemunho e, no final, quando se tornam Ubuntu recebem uma t-shirt preta com o número 466/64, o número de Mandela na prisão na Ilha Robben. Se algum dos alunos escolhidos não quiser participar, algo que até à data não aconteceu, é integrado noutra turma durante essa semana e tem um horário letivo normal. E há diferenças visíveis nos estudantes ao fim desses cinco dias? “Varia imenso, porque também estão em diferentes estágios de vida, de empatia, em diferentes estágios emocionais. Onde sinto maior diferença é nos alunos com histórias de vida mais difíceis e que mudam muito o comportamento em sala de aula e em relação aos outros. ” Na sua escola, os líderes Ubuntu acabam por ser integrados noutro programa do agrupamento, os Diálogos de Liderança, Tutorias e Mentorias, onde desempenham o papel de mentores. O projeto é para continuar neste agrupamento, e só resta ver como será a sua evolução depois da experiência com o 3. º ano.
“Julgo que alargar este projeto é bom para todos. Em territórios como os meus é ainda mais importante porque dá outro ponto de vista aos alunos. A ideia de ‘eu sou porque tu és’ nestas escolas com enquadramentos sociais desafiantes ajuda muito a criar empatia”, sublinha a diretora. Em contrapartida, acha que desperta quem não teve experiências de vida tão marcantes para a dificuldade de outras existências e ajuda esses jovens a olhar os colegas de outra forma. Se até agora nunca ouviu um não de um encarregado de educação, acredita que isso possa acontecer noutras zonas de Lisboa, com outros contextos sociais. “A única justificação que vejo que possa ser usada, em contextos mais favorecidos, é por ter alguma ligação à religião, embora não tenha qualquer cariz católico. Mas como a iniciativa é do Padre António Vieira, se os pais não forem católicos podem achar que tem a ver com a igreja e não querer participar. ”
Em Sintra, “parece que vinham possuídos pelo bem”
A primeira experiência de Luísa Oliveira com a filosofia Ubuntu foi em 2016. O seu agrupamento de escolas, o Alto dos Moinhos, em Sintra, fez uma parceria com o IPAV e uma turma passou pela Academia de Líderes. “Ficamos com o bichinho de ter mais”, conta a diretora. A hipótese chegou através da Câmara Municipal de Sintra e das candidaturas ao Portugal 2020. “Apresentámos a proposta como um programa de promoção de sucesso escolar e foi aceite. ” A diferença que viu nos primeiros professores formados foi imediata. “Parecia que vinham possuídos pelo bem”, diz rindo. “Vinham de coração cheio, energia renovada, e ficámos cheios de vontade de irmos aplicando a metodologia a mais turmas, principalmente a grupos de alunos mais velhos, com mais problemas de relacionamento e de insucesso escolar. ” Sobre a semana Ubuntu não tem dúvidas: é intensiva e muito poderosa. Se, no início, alguns professores ficavam reticentes com o facto de os alunos não terem aulas, as dúvidas dissiparam-se. “Os professores veem a importância dessa semana e não levantam problemas, até porque é mesmo visível a mudança nos alunos. Fica ali uma semente. ” Continuando sempre a dar passos em frente, a escola já tem um mediador Ubuntu, um psicólogo, a trabalhar na escola a tempo inteiro e a potenciar outros projetos que o agrupamento já tinha, como o da equipa de bem estar ou o programa de mentorias e tutorias. “Aqui na escola o Ubuntu acaba por estar sempre presente e tem princípios que deviam fazer parte do projeto educativo de qualquer escola: aprender a cuidar dos outros, a cuidar de si e da comunidade”, argumenta a diretora. No seu agrupamento, este ano letivo, as academias vão chegar também ao
1. º ciclo.
A conclusão de Luísa Oliveira é que ser Ubuntu muda mesmo alunos e professores: “Olham e veem verdadeiramente o outro como ele é, aprendem a compreender porque é que o outro é assim e acabam por cuidar e respeitar mais o outro. Há mais empatia, menos bullying. Para os professores, é mais uma ferramenta para percebermos melhor os alunos e cumprirmos a missão de não deixar ninguém para trás. ”
Ubuntu como ferramenta para combater o bullying
“O programa é uma ferramenta apenas. ” João Costa usa a expressão, mas não minimizando o que a ferramenta pode fazer. “O propósito” é que seja usada para combater, ou até evitar, problemas como bullying, exclusão e insucesso escolar. O plano de recuperação das aprendizagens prevê que sejam desenvolvidos instrumentos de monitorização do próprio plano, mas também de indicadores de bem-estar sócio emocional, lembra o secretário de Estado, revelando que para tal o Ministério da Educação conta com o apoio da Ordem dos Psicólogos. “Sabemos que a pandemia afetou o bem-estar de todos e também dos jovens. Por isso, recuperar aprendizagens é também trabalhar a inclusão e as emoções. ” E essa é uma das vantagens, quando se pensa no bem-estar, desta metodologia: o estudante que se torna Ubuntu, em relação a outro a quem não são dadas as mesmas ferramentas (seja através de que metodologias for), terá mais capacidades ao nível do autoconhecimento, da autorregulação, autoconfiança, resiliência, empatia e cuidado consigo e com os outros, ressalva João Costa. A evidência? “ Temos hoje dados, por exemplo do estudo em que Sintra participou, promovido pela OCDE, que mostra uma clara correlação entre estas dimensões e o desempenho académico dos alunos. ” João Costa refere-se ao estudo apresentado em novembro em Sintra, que analisou as competências sociais e emocionais de milhares de alunos, de 10 e 15 anos, em 10 cidades de todo o mundo. Uma das conclusões apresentadas é que os jovens de 15 anos têm menos capacidades sociais e emocionais do que os colegas de 10 anos, mostrando que a criatividade e a curiosidade dos alunos cai à medida que avançam no percurso escolar. Por outro lado, o estudo inédito revela que o sentido de responsabilidade é a característica que é partilhada pelos bons alunos do concelho de Sintra, a cidade portuguesa que participou no estudo inédito. Assim, as competências sociais e emocionais são “fortes indicadores do desempenho na escola”, conclui a OCDE.
Isabel Mota acrescenta que a experiência no terreno, e a avaliação externa que vem sendo conduzida, tem demonstrado resultados muito positivos, evidenciando que os alunos que acedem a esta oportunidade se sentem mais confiantes e mais capazes de cuidarem de si, dos outros e do planeta. Para a presidente da Gulbenkian, estas academias estão ao serviço da escola, mas também da comunidade, ajudando a construir uma sociedade mais justa e solidária. “Ao desafiar os jovens a olharem para si, para os outros e para a sua escola e comunidade, a Academia tem o poder de os convocar a agirem sobre as suas realidades e contextos”, acredita. Esse foco nos problemas próximos, e esse convite para agir enquanto coletivo na mudança que queremos ver, tem por si só uma enorme potencialidade. Rui Marques resume de outra maneira. “Os jovens Ubuntu são mais bem-sucedidos, e têm mais sentido e propósito na vida. Quando se questionam sobre o que andam aqui a fazer, já estão a ajudar a promover o sucesso escolar e a combater o bullying, porque se detetam um caso são os primeiros a intervir. Um Ubuntu não pode ser passivo. ”
in vozprof
Isabel Pereira
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«O Vendedor de Passados», de José Eduardo Agualusa
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Félix Ventura exerce uma profissão peculiar: vende passados falsos. Apesar de terem o futuro assegurado, os seus clientes, geralmente pessoas poderosas e influentes, carecem de um passado glorioso, repleto de memórias felizes e com boas origens. A vida, em Luanda, corria-lhe bem até que, numa noite, recebeu em casa um misterioso estrangeiro a pedir que lhe vendesse uma identidade angolana. É a partir deste momento que «o passado irrompe pelo presente» e que se dão vários acontecimentos inesperados: uma osga reflete sobre lembranças da sua encarnação passada, como ser humano; o misterioso cliente fica tão obcecado com o seu novo passado que se transforma na sua identidade falsa. Estas são apenas duas entre outras situações, algumas bastante inverosímeis. Este romance oferece uma sátira mordaz, sempre divertida e bem-humorada, à sociedade angolana.
Francisco Manta Rodrigues, 12.º C
Biblioteca Escolar: Sugestão de Leitura
Encanto do Inverno
Não sei quem disse que o inverno não tem perfume, não tem alma nem encanto. Se a brancura da neve não trouxesse o seu alvo manto a uma natureza calma não a encheria de beleza. Passa o frio que cobre essa princesa. E, se alguma chuva cai beijada pelo vento; Então é tempo de procurar uma janela e contemplar como a vida é bela, calma mas efémera. Inverno dá para refletir, caminhar devagar e esperar que a Primavera traga novamente o desabrochar de mais um ano.
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Elaborado por TM
Biblioteca Escolar: Sugestão de Leitura
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http://bibliotecaescolarclararesende.blogspot.com/
Biblioteca Escolar: Ideias de Escrita PNL
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Iridescências
A partir de Ofélia morta, pintura de John Everett Millais (1851-1852)
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Flutua, parado, o rosto afogado de Ofélia com o seu cabelo verde em compridos véus esparzidos.
Lírio depositado em vão que suspira ainda na vaga verde de um qualquer rio, num pôr do sol de um dia de verão.
Transparência num corpo de Ninfa que vogará com os braços abertos no fulgor iridescente da corrente.
João Santos - 29/12/2021 Professor de Português AECR
Hoc post hoc
A teoria de Darwin diz-nos
(Sapiens nihil affirmat quod non probet)
que a evolução da espécie humana
se fez por sucessiva mutação.
O primata e o hominídeo compõem
duas linhagens com partes em comum:
a linhagem do macaco e dos chimpazés,
depois - exempli gratia ,
a linhagem do Homo habilis, do Homo erectus
e outros mais que vieram
em quatro patas até aos dois pés
do manequim final.
João Santos - 29/11/2021
Encontro com o mar
Amanhã e depois irei até junto do mar. Quero escutar o marulhar das ondas para aprender a força do seu embalo de encontro ao areal. Quero sentir a fragrância da maresia e da ressalga. Quero poder ver ao longe o desenho do barco no instante em que se perde no sol poente, rumo à vida além da linha do horizonte.
João Santos - 25/11/2021
Ela trazia consigo um enigma escondido no peito e só ela o saberia desvelar. Esperou, por isso, o nascer do dia e lançou a sua pedra ao mar
João Santos -11/11/2021
Sibila
Razão e coração
razão e coração duas palavras em desunião sim e não.
João Santos -12/11/2021
Dia de chuva
A água da chuva que cai, lá fora, nervosa, escorrega pelos beirais do telhado, e cai no abismo, marcando compassadamente o tempo. As esferas do pêndulo de Newton, aqui, no tampo da secretária, dançam convulsas, procurando o seu equilíbrio.
É por isto que gosto de estar sozinho.
João Santos - 04/10/2021
Professor de Português AECR
Biblioteca Escolar: Página Cultural
Mia Couto, in �� ������������������������������������
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Pintura de Jacqueline Hurley (Reino Unido) "É preciso falar de esperança todos os dias. Só para que ninguém esqueça que ela existe...
" Mia Couto
Edward Burne-Jones
DeClara nº 51 Biblioteca Escolar: Página Cultural
Padre António Vieira [6/02/1608 -18/07/1697] " A primeira coisa, que me desedifica, peixes, de vós, é que vos comeis uns aos outros (...). Olhai como estranha isto Santo Agostinho (...) "Os homens com suas más, e perversas cobiças vêm a ser como os peixes, que se comem uns aos outros. " (...) Olhai, peixes, lá do mar para a terra (...) Para cá, para cá , para a cidade é que haveis de olhar. (...) Vedes vós todo aquele bulir, vedes todo aquele andar, vedes aquele concorrer às praças, e cruzar as ruas; vedes aquele subir, e descer as calçadas, vedes aquele entrar, e sair sem quietação, nem sossego? Pois tudo aquilo é andarem buscando os homens como hão de comer, e como se hão-de comer " . Padre António Vieira, Sermão de Santo António (aos Peixes), Cap. IV
Santo António pregando aos peixes, c 1580, Paolo Veronese (1528 -1588), Galleria Borghese, Roma
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Continua…
Biblioteca Escolar: Página Cultural
"Não precisa ter pressa. Não há necessidade de brilhar. Não precisa ser ninguém além de si mesmo. " Virgínia Woolf (25 de Janeiro de 1882 - 28 de Março de 1941)
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Virgínia Woolf, 1939, by Gisèle Freund "Eu tento decorar minha imaginação, tanto quanto posso.
" Franz Schubert
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"Schubert at the Piano", 1945 by Gustav Klimt "O beijo é flor no canteiro ou desejo na boca?"
Carlos Drummond de Andrade
Gustav Klimt, 1904-1905
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Professora Fátima Noronha Peres Miranda, Grupo 300
Biblioteca Escolar: Reflexões…
Que sentido faz?
Que sentido faz? Que sentido faria? O que é o sentido? Tem de existir sentido para a existência ou existências. O sentido existe? Existirá mesmo sem existência? O que é o passado, presente e o futuro? O que é um … Um conjunto de Partículas, um conjunto de algo existencial?? E se não existir mundo? É possível que exista algo que não conseguimos …designar por palavras. O que é a matéria? O que é um sentimento? Se não puderes ser sentido… o que seria o sentir se não houvesse sentimentos, relações, emoções? O que é o mundo se não existissem partículas do que seriam as partículas, se não existisse mundo. Mas, afinal, o que é um mundo? Mas o que define a forma de uma Memória? a forma do mundo … O que é que define a minha forma? Que sou? O que é o mundo? O que é forma? A verdade é que eu … Não sei o que é verdade. Não sei o que é mentira, não sei o que é um sonho, imaginação. Conhecer o desconhecido. Esquecer o que conheço? E o que é que eu conheço? Não sei…Não sei. Porque não sei o que desconheço? Como posso dizer que conheço algo… Se não o conheço na infinitude do seu ser...
Biblioteca Escolar: Reflexões…
Dizer que este mundo pode vir a ser perfeito. Podemos afirmá-lo? E quando afirmamos? “Este momento podia ser perfeito ou é perfeito” Como podemos nós afirmar isso ou sequer pensá-lo? Se nós não estamos? Nem, nunca estaremos ao nível da compreensão … num diálogo que não nos possui. E que nós também não possuímos? A perfeição… estará? não … não … Não está ao alcance de quem é finito no tempo. De quem é esquecido em palavras? De quem é quem sem vida deu mais passos em frente do que o reflexo descreveu para trás. De quem? Tudo fez para ser lembrado. Ou simplesmente nada fiz por ser esquecido. Como pode algo ser perfeito neste mundo? Onde? Não sei o que conheço, nem o que desconheço. Porque a cada momento se tudo se altera, tudo se transforma em algo. Que não consigo definir. Afinal, que sentido faz?
2021-2022
IN^D´FL~
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Imagem do mês fevereiro de 2022
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Notícias em revista…
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Na pagina seguinte, encontrarás as capas utilizadas na montagem… Quantas capas consegues encontrar nesta montagem ?
Nesta montagem encontram-se distribuídas as seguintes capas :
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Melro Preto
Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Aves Ordem: Passeriformes Família: Turdidae Género: Turdus Espécie: T. merula
Alimentação
O melro-preto é omnívoro, consumindo uma grande variedade de insetos, vermes, bagas e drupas. A caça é predominante, sendo particularmente importante durante a época de nidificação, com as bagas e as drupas a serem mais consumidas durante o outono e o inverno. Alimenta-se sobretudo no solo, correndo e pulando, progredindo aos trancos e barrancos, com a cabeça inclinada para um dos lados. Caça principalmente com a visão mas também pode usar a audição, pesquisando o húmus em busca de minhocas e fazendo-as sair das suas tocas com o bico, e revirando folhas em decomposição de forma barulhenta e demonstrativa em busca de outros invertebrados. Ocasionalmente, pode ainda caçar pequenos vertebrados como girinos e pequenos sapos ou lagartos.
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Distribuição
Comum em zonas arborizadas na maioria da sua área de distribuição, o melro-preto tem preferência por florestas de folha caduca com vegetação rasteira densa, podendo também ser encontrado em zonas arbustivas, campos de cultivo, jardins ou parques, mesmo em zonas urbanas. Os jardins fornecem os melhores locais de nidificação.
Reprodução
Acasalam em março abril, o melro-preto macho atrai a fêmea com uma exibição de corte, que consiste de corridas oblíquas combinadas com vénias, o bico aberto e uma canção grave "estrangulada". A fêmea permanece imóvel até levantar a cabeça e a cauda para permitir a cópula.
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Embora o macho possa ajudar na construção do ninho, principalmente no transporte de materiais de construção, é a fêmea que constrói sozinha um ninho em forma de taça com ervas ou pequenos galhos, geralmente forrado com lama. Cada postura possui habitualmente três a cinco (normalmente quatro) ovos verde-azulados salpicados com pequenas manchas vermelho-acastanhadas. A incubação é feita unicamente pela fêmea e dura geralmente de 12 a 14 dias.
Predadores
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O melro-preto é muito vulnerável à predação, visto que passa muito do seu tempo no solo em busca de alimento e patrulhando o seu território. Junto a habitações humanas o principal predador desta espécie é o gato doméstico (Felis silvestris catus).
Professor Artur Neri
Resposta ao desafio de janeiro
Numa mala há 5 cofres, em cada cofre há 3 caixas e em cada caixa há dez moedas de ouro. A mala, os cofres e as caixas estão todos fechados, Quantas fechaduras devem ser abertas para se obterem 50 moedas?
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Resposta ao problema de janeiro: 8 fechaduras
Desafio de matemática de fevereiro
Professor Artur Neri
Quantas letras têm em comum as palavras CANGURU e PROBLEMA?
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Professor Artur Neri
Biblioteca Escolar: Sugestões do mês
As secas do mês #44
Atenção: Estas anedotas são extremamente secas. Mesmo muito secas! As mais secas que já alguma vez ouviste!
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Num stand de automóveis: - Bom dia, procuro um automóvel com poucos quilómetros. - Não procure mais, tenho aqui um modelo com apenas 0,003 km de comprimento!
Qual é o peixe preferido dos ladrões? - Roubalo! Como é que sabes se tens um urso escondido dentro do forno? - A porta não fecha!
Francisco Manta Rodrigues 12.ºC
Informação (in)útil #2
Depois de cada jogador fazer três movimentos num jogo de xadrez, existem 121 milhões de caminhos possíveis para a partida.
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Obras selecionadas para a Fase Municipal
As obras de leitura obrigatória selecionadas para a Fase Municipal são da autoria do premiado escritor, radicado na cidade do Porto desde 1990, Richard Zimler, nomeadamente:
2. º Ciclo do Ensino Básico:
• O cão que comia a chuva. Porto: Porto Editora, 2016.
3. º Ciclo do Ensino Básico:
• Ilha Teresa. Alfragide: D. Quixote, 2011.
Ensino Secundário:
• Os anagramas de Varsóvia. Alfragide: Oceanos, 2009.
A data para a realização das provas da fase municipal é o dia 3 de março, quinta-feira,
As obras para leitura serão gentilmente emprestadas pelas Bibliotecas da Câmara Municipal do Porto.
Alunos apurados para a Fase Municipal
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http://bibliotecaescolarclararesende.blogspot.com/2022/01/regulamento-do-cnl-fase-municipal.html
Biblioteca Escolar: Concurso Media@ção 2022
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O concurso Media@ção, este ano, coloca à escolha dos concorrentes a abordagem de um dos três temas: relacionar os media com a liberdade de expressão; com a participação em termos de cidadania, na escola e/ou comunidade; pensar a relação entre diferentes media. Mais uma vez, partindo da vivência e dos usos e práticas mediáticas individuais.
O atual Regulamento faz referência à desvalorização de trabalhos tipo Powerpoint animado ou construídos a partir de programas de animação automática.
Abrangendo o público estudantil o concurso Media@ção destina-se a todos os alunos que queiram refletir sobre a sua experiência de uso dos media e dar expressão à sua criatividade através de um vídeo, um podcast ou uma animação 2D, 3D ou stop motion!
A data limite para entrega dos trabalhos é o dia 5 de abril de 2022, não sendo necessária inscrição prévia.
Regulamento no Portal RBE https://www.rbe.mec.pt/np4/Mediaacao.html
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Biblioteca Escolar: Concursos “Isto também é comigo!” e "Jornalistas em Rede"
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O concurso “Isto também é comigo!” insere-se numa parceria entre o PÚBLICO na Escola e a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE). Tem como destinatários alunos do 9.
º ao 12. º
ano, desafiados a escrever um texto de opinião a propósito de um trabalho do jornal PÚBLICO O regulamento do concurso está disponível online. Em cada mês, o estudante vencedor recebe uma coleção de livros do PÚBLICO e vê o seu texto publicado nas plataformas digitais do PÚBLICO na Escola e da RBE e respetivas redes sociais. À escola é oferecida uma assinatura digital anual do PÚBLICO ou uma coleção de livros para a biblioteca. Integram o júri do concurso: Bárbara Simões, coordenadora do PÚBLICO na Escola; Cláudia Sá, professora de Português e coordenadora do Clube de Jornalismo da Escola Básica António Correia de Oliveira, em Esposende; Joana Amaral, aluna do 12. º ano na Escola Secundária Emídio Navarro, em Almada; e Raquel Ramos, elemento da equipa do Gabinete Coordenador da Rede de Bibliotecas Escolares. Um outro concurso, “Jornalistas em Rede” , está também a decorrer neste ano letivo, no âmbito da mesma iniciativa conjunta, apresentada, no final de outubro, num programa no Ao Vivo do PÚBLICO: “Aceita o desafio: da tua biblioteca ao PÚBLICO”.
Participa!
Biblioteca Escolar: Concurso Repórter XS
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REPÓRTER XS – faz uma reportagem sobre a tua escola!
Um desafio que deverá passar pelo espaço da biblioteca escolar e que tem como objetivos promover a leitura, a escrita e o sentido crítico, com recurso aos media. #rededebibliotecasescolares #rbe #parcerias #concursos #projetos
Destinatários
Poderão concorrer todos os alunos dos 1. º e 2. º ciclos das escolas de Portugal Continental,
correspondendo cada ciclo a um escalão.
Participação
Cada Agrupamento de Escolas/ Escola não Agrupada apenas poderá enviar uma reportagem por escalão – 1. º ciclo e 2. º ciclo, com duração máxima de 3 minutos.
Submissão
A submissão das reportagens é formalizada pelo professor bibliotecário até 26 de abril de