comportamento
“A gente se conheceu quando tinha 8 anos, numa classe de reforço na nossa escola. O Lucas diz que começou a gostar de mim ali: até desenhou o momento em que estávamos brincando e escreveu uma cartinha atrás. (A mãe dele guardou esse desenho e, quando começamos a namorar, ele me deu!) Eu não dava muita bola pra ele até então. Foi só em 2010, quando a gente tinha uns 14 anos, que rolou nosso ‘primeiro encontro’: sentamos na última fileira na apresentação de um trabalho, sozinhos, e rolou um clima, mas nada além de um bracinho no ombro. Foi então que ele pegou um pedaço de papel e começou a fazer uma dobradura. O Lucas fez um tsuru, um origami de passarinho, e me deu. Foi um gesto simples, mas que significou muito pra mim naquela hora. Por causa do tsuru, quando começamos
Tem hora em que um simples presente vira a maior declaração de amor que você poderia receber
a namorar, combinamos de sempre fazer os nossos presentes. Claro que eu tenho o primeiro guardado. No Natal daquele ano, ele fez a coisa mais linda: costurou dois bonecos de pano, representando a gente, com um coração no meio. Eles ficam na minha cama até hoje. No meu último ano de escola, decidi que queria fazer intercâmbio. Eu contava todas as notícias e detalhes pra ele, e ele só ouvia, fingindo que não estava ansioso. Até que um dia me disse que iria comigo! Já tinha conversado com a mãe dele e estava tudo certo. Ninguém botou fé que a gente ia mesmo. Só quando finalmente dissemos que estávamos embarcando as pessoas acreditaram. E aqui estamos nós, na Nova Zelândia: um lugar lindo, que tem um ar especial de paixão pra gente. Parece que estamos juntos pela primeira vez...”
Ele sabia que eu gostava de passarinhos e fez um tsuru pra mim. Foi um gesto simples, mas que me marcou.” Fernanda Seo, 18 anos, Suzano (SP)
Edição Thiago Theodoro Reportagem Isadora Attab Ilustração BabyC Foto Jaime Alves Design Débora Islas
A
entrada de cinema do primeiro filme que viram juntos? Guardada. E o primeiro presente que ele te deu? Está até hoje no seu quarto. Um amor não é nada sem memórias. E olhar para antigos presentes é como reviver o momento em que você os ganhou. É como renovar seu amor pelo garoto que te comprou aquele moletom meio estranho, mas escolhido com o coração. A seguir, três garotas dividem com você os presentes que marcaram o namoro de cada uma. Bonito de ler...
“O André e eu sempre estudamos juntos, desde pequenos. Nós nos conhecemos em 2006, devíamos ter uns 8, 9 anos. Eu era amiga de todos os amigos dele – e ele não falava comigo porque tinha vergonha! Foi só quando começamos a fazer aulas de inglês na mesma turma, em 2012, que ele pediu meu celular. E aí a gente começou a conversar todo dia por mensagem e a amizade foi crescendo, mas nunca fomos mais do que bons amigos. Em julho daquele ano, ele foi viajar para Londres e me fez uma surpresa: quando 40 capricho
Acredito que começamos a namorar mesmo por causa do ursinho. Foi o que fez com que eu me apaixonasse pelo André. Ele fica na minha cama até hoje.” Giovanna Belchior, 16 anos, São Paulo (SP)
voltou, me trouxe um ursinho de pelúcia. De verdade, eu não estava esperando por aquilo, pois não fazia ideia que ele gostava de mim. Fiquei sem reação. Ele tinha procurado um presente pra mim em várias lojas durante a viagem... O que aquilo significava? Foi aquele presente, o primeiro que ele me deu, que fez com que a gente se aproximasse ainda mais. Dali em diante, acabamos nos tornando melhores amigos. Alguns meses depois, na festa de uma amiga, nos beijamos. Continuamos ficando de vez em quando, mas
nada sério. Eu até o convidei para ser o príncipe da minha festa de 15 anos e ele foi, dançou comigo. Foi maravilhoso, como ele sempre é. Até que um dia eu estava saindo da aula de crisma e o André estava me esperando no pátio do nosso colégio. Ele pegou na minha mão, fez uma declaração linda e abriu uma caixinha. Dentro dela tinha um pingente em formato de coração com dez brilhantes para que eu colocasse na minha pulseira. E foi então que ele me perguntou: ‘Quer namorar comigo?’”
“O Arthur tocava baixo na banda de uns amigos meus e eu fui ver um show. Segundo ele, naquele dia, ele passou a me chamar de ‘menina do sorriso bonito’. E eu sempre o achei um fofo! Depois de muito tempo, nos encontramos quando fui alugar o vestido para a festa de 15 anos de uma amiga. Na hora, fiquei ansiosa: ele também iria! Foi no aniversário que a gente conversou bastante, e acabou rolando. Quando nos despedimos nesse dia, ele só disse: ‘Nossa, você é demais!’ A partir daí, não paramos de nos ver. Ele me pediu em namoro no meu aniversário, mas não mudou muita coisa: a gente já estava junto fazia um tempo, e eu sabia que não queria ficar sem ele mais. Precisamos um do outro. É uma amizade forte, um apoio de irmão. A gente se completa.
Quando nós fizemos sete meses de namoro, ele viajou para a Itália e me comprou vários presentinhos: uma foto da Marilyn Monroe, uma caixinha com a música do filme Cantando na Chuva e um monte de outras coisas fofas. Mas o presente que mais marcou foi que, durante a viagem, ele me escreveu um diário contando como eram os dias, o que ele tinha visto, o que ele achava que eu gostaria de ver, tudo com muitos detalhes, e sempre colando coisinhas como lembranças, tipo ingressos, para que eu pudesse acompanhar um pouco do que ele estava curtindo. Ele também comprou duas pulseiras pra gente, e escreveu no diário a promessa de que um dia me levaria para aquele lugar incrível. Guardei o diário e nós usamos as nossas pulseirinhas todo dia.”
Vamos nos formar no ano que vem e talvez ganhemos uma viagem dos nossos pais. A Itália é o nosso primeiro destino!” Juliana Souza, 15 anos, Cotia (SP) capricho 41