Plano de Gerenciamento de Risco para ETA

Page 1

Centro Universitário Senac – Campus Santo Amaro Engenharia Ambiental e Sanitária – 8º semestre (Manhã) Prof. Eduardo Antônio Licco

GERENCIAMENTO DE RISCOS

Plano de Ação Emergencial e Plano de Gerenciamento de Risco para Estação de Tratamento de Água - Cidade de Jundiaí

Aline Vieira Costa Isadora dos Santos Silva

São Paulo 2016


Centro Universitário Senac

São Paulo, novembro de 2016.

SUMÁRIO I

Introdução.............................................................................................................. 3

II

Definições e Siglas ................................................................................................ 4

III

Localização do Tanque .......................................................................................... 7

IV

Uso e Ocupação da Área ....................................................................................... 8

V

Características do Tanque ................................................................................... 11

VI

Características do Cloro (Cl2) .............................................................................. 11 VI.1

Informações toxicológicas............................................................................. 15

VII Hipóteses Acidentais ............................................... Erro! Indicador não definido. VIII Plano de Ação Emergencial (PAE) ...................................................................... 25

IX

VIII.1

Matrizes de Ação de Emergência .............................................................. 30

VIII.2

Materiais e Equipamentos Disponíveis ...................................................... 31

Plano de Gerenciamento de Riscos ..................................................................... 25

2


I

INTRODUÇÃO

Atualmente, a noção de risco tem adquirido importância e visibilidade na sociedade figurando em debates, avaliações e estudos no meio acadêmico e empresarial, principalmente quando esse risco está relacionado aos impactos de um acidente na população que vive nas imediações das instalações industriais, por exemplo. No Brasil, em particular no estado de São Paulo, com a publicação da resolução nº1 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), de 23/01/1986, que instituiu a necessidade de realização do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, os Estudos de Análise de Risco passaram a ser requeridos pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) para determinados tipos de empreendimentos, de forma que, além dos aspectos relacionados aos impactos ambientais e à poluição crônica, também a prevenção de acidentes maiores fosse contemplada no processo de licenciamento. Para orientar a elaboração do Estudo de Análise de Risco (EAR) no Estado de São Paulo, a CETESB elaborou o documento “Manual de Orientação para Elaboração de Estudos de Análise de Risco” – Norma P4.261, publicada em maio de 2003. A norma sugere uma série de etapas que tem o objetivo de identificar, avaliar e reduzir os impactos de acidentes a limites aceitáveis, onde se eliminam impactos as comunidades que vivem ao redor do empreendimento e se minimizam os riscos ambientais e financeiros relacionados a ocorrência de acidentes. Dessa forma o objetivo desse manual será o de estabelecer uma sistemática para servir de referência para os procedimentos internos da ETA no licenciamento de suas atividades e/ou instalações, incluindo dutos, capazes de causar danos às pessoas e/ou ao meio ambiente, em pontos externos às instalações, em decorrência de liberações acidentais de substâncias perigosas e/ou energia de forma descontrolada, dentro de um contexto de análise de riscos industriais.

3


Para que esse objetivo seja alcançado foram estabelecidos os seguintes pressupostos: 

Identificação dos perigos que possam resultar em maiores acidentes (hipóteses acidentais);

Definição das atribuições e responsabilidades;

Preservação do patrimônio da empresa, da continuidade operacional e da integridade física de pessoas;

Treinamento de pessoal habilitado para operar os equipamentos necessários ao controle das emergências;

Minimização das consequências e impactos associados;

Estabelecimento das diretrizes básicas, necessárias para atuações emergenciais;

II

Disponibilização de recursos para o controle das emergências.

DEFINIÇÕES E SIGLAS

Acidente: toda ocorrência, que foge ao controle de um processo, sistema ou atividade, decorrente de fato ou ação intencional ou acidental da qual possam resultar danos às pessoas, ao meio ambiente, aos equipamentos ou ao patrimônio próprio ou de terceiros. Área Vulnerável: região suscetível aos efeitos adversos provocados por um acidente um incidente. Cenário Acidental: conjunto de situações e circunstâncias específicas de um acidente ou incidente. Corresponde a combinação de uma hipótese acidental (evento) com circunstâncias específicas, agentes relacionados e possíveis danos.

4


Atendimento à emergência: desencadeamento de ações coordenadas e integradas, por meio da mobilização de recursos humanos e materiais compatíveis com o cenário apresentado, visando controlar e minimizar eventuais danos às pessoas e ao patrimônio, bem como os possíveis impactos ambientais. Causa: possíveis causas associadas a um determinado perigo, relacionadas com a existência de falhas intrínsecas em equipamentos/sistemas, com a aplicação de procedimentos inadequados, ou com a ocorrência de erros humanos durante a execução das tarefas. Cenários Acidentais: identificação das hipóteses acidentais passíveis de ocorrência, decorrentes das atividades desenvolvidas associadas as suas causas e consequências. Dano: é a severidade da lesão, ou perda física, funcional ou econômica, que pode resultar, se for perdido, o controle sobre o risco. Emergência: situação em um processo, sistema ou atividade que tenha fugido aos controles estabelecidos e que possa resultar ou já tenha resultado em danos a pessoas, ao meio ambiente, a equipamentos ou ao patrimônio próprio ou de terceiros, com potencial de comprometer a imagem e a confiabilidade da Companhia. Evacuação da área: ato de retirar do local de trabalho, as pessoas que não estejam envolvidas no controle de uma emergência, de forma ordenada, rumo ao ponto seguro de encontro. Exercício simulado: treinamento prático de atendimento a uma emergência. Gestão de risco: aplicação sistemática de políticas de gerenciamento, procedimentos e práticas para análise de tarefas, avaliação e controle de riscos a fim de proteger o homem, meio ambiente e a propriedade, garantindo a continuidade operacional. Inclui a adoção de medidas técnicas e/ou administrativas para prevenir, controlar, e segurar os riscos, visando sua eliminação ou redução.

5


Hipótese acidental: tipo de ocorrência identificada no levantamento de riscos e que gera cenários acidentais. Identificação de perigos: identificação de eventos indesejáveis que levam à materialização de um perigo. Impacto ambiental: qualquer modificação no meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte no todo ou em parte das atividade executadas pela Estação de Tratamento de Água Cidade de Jundiaí. Incidente: evento indesejável ou uma sequência de eventos, casual ou não, e do qual resultam danos, perdas e/ou impactos. Incêndio: é um tipo de reação química na qual, os vapores de uma substância inflamável se combinam com o oxigênio do ar atmosférico e uma fonte de ignição, causando liberação de calor. Modificação: qualquer alteração nas atividades desenvolvidas, processos ou equipamentos utilizados nas instalações da Estação de Tratamento de Água Cidade de Jundiaí. Perigo: fonte ou situação com potencial de provocar dano em termos de ferimentos humanos ou problemas de saúde, danos à propriedade, ao ambiente, ao a uma combinação deles. Processo: é o conjunto de atividades ordenadas e inter- relacionadas, incluindo processos de trabalho de qualquer natureza conduzida na Estação de Tratamento de Água Cidade de Jundiaí. Risco: medida de perda econômica, humana e/ou ambiental, resultante da combinação entre frequência esperada e consequência destas perdas. Vazamento: entende-se por vazamento qualquer situação anormal que resulte na liberação de produto, não estando necessariamente associado a uma situação emergencial.

6


III

LOCALIZAÇÃO DO TANQUE

O tanque de gás cloro, alvo deste estudo, estará localizado dentro da Estação de Tratamento de Água Cidade de Jundiaí, empreendimento este que será construído no cruzamento das rodovias João Cereser e SPA-067/360, Vale Azul - Jundiaí – SP, aproximadamente à 23°09'25.8"S e 46°52'46.4"W, como pode ser visto através da figura 1. Figura 1 – Localização geográfica do local de implantação da ETA (em vermelho).

Fonte: Adaptado de Prefeitura de Jundiaí, 2016.

A Estação de Tratamento de Água será constituída pelos seguintes sistemas abaixo e ficarão dispostos de acordo com a figura 2: 

Escritório;

Casa de Química (armazenamento de coagulante);

Decantadores;

Floculadores;

Calha Parshall;

Estacionamento;

Tanque de armazenamento de Cloro.

7


Figura 2 - Disposição da ETA.

Fonte: Saron-Correa Consultores, 2016.

IV

USO E OCUPAÇÃO DA ÁREA

A área de localização da ETA e seu entorno são caracterizados principalmente pelo reservatório, direção Norte do empreendimento. De acordo com a figura 3, é possível identificar os seguintes tipos de uso e ocupação do solo do entorno: pasto, área de várzea, áreas de reflorestamento, solo descoberto, área urbana, predominância de área de pasto, pontos de horticultura e de mata em estágio médio. Na análise de risco, destacam-se as áreas próximas ao empreendimento, especialmente ao local de armazenamento do cloro onde possa ocorrer maior impacto devido a exposição e vulnerabilidade. Diante disso, verifica-se localização da área urbana ao lado Leste da estação de tratamento.

8


Figura 3 - Mapa de Uso e Ocupação do Solo da Bacia do Rio Jundiaí-Mirin

Fonte: Adaptado de IAC, 2002.

No entorno do local do empreendimento existem algumas ocupações urbanas, caracterizadas pelos bairros Marco Leite (O) e Jundiaí Mirim (E), que compreende os loteamentos Vila Telles, Parque São Luís, Jardim Mirim, Parque Kneubil, Portal da Colina, Jardim das Bandeiras, Jardim Califórnia, Jardim Tarumã e Vila Nova Divinéia. A área total do bairro Marco Leite é de 253,66 hectares, e a densidade

habitacional bruta, ou seja, o número de habitantes por hectare, é de aprox. 2,20. O bairro não está dividido em loteamentos. A ocupação residencial é predominante, cerca de 80% do uso do solo. (Prefeitura de Jundiaí, 2014).

9


Figura 4 - Bairros próximos à Estação de Tratamento

Fonte: Google Earth, 2016.

Em visita técnica realizada ao local do empreendimento, identificou-se a presença de condomínios de classe média em Marco Leite, próximos a Rodovia João Cereser. Figura 5 - Entrada de condomínio em Marco Leite

Fonte: Google Maps, 2016.

Os loteamentos Jardim Bandeiras, Jardim Califórnia e Jardim Taruma fazem parte do Bairro Jundiaí Mirim. A ocupação residencial dessa área é 10


predominante, cerca de 73% e de uso comercial e serviços, cerca de 21%. Menos denso que o bairro Marco Leite, a área total de Jundiaí Mirim é de 166,15 hectares e a densidade bruta de 62,22. Cerca de 67% da população desse município tem rendimentos de 1 a 5 salários mínimos (Prefeitura de Jundiaí, 2014). De acordo com a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/81), são considerados bens a proteger: a saúde e o bem-estar da população; fauna e a flora; qualidade do solo, das águas e do ar; interesses de proteção à natureza/paisagem; ordenação territorial e planejamento regional e urbano; segurança e ordem pública. Nas áreas próximas a represa encontram-se diversos pontos de recarga de chuva além de alguns pontos de nascentes. Na parte norte do terreno assim como na área ao lado da rodovia, é possível verificar as características de brejo. Nos loteamentos Jardim Taruma e Jardim Bandeiras existem cerca de 5 escolas de ensino infantil e fundamental: EE João Batista Curado, a 1,82 km de distância da localização da ETA; EMEB Reynaldo de Montalvão Basile, a 1,72 km; EE Professor José da Silva Junior, a 686 metros de distância; EMEB Maria Thereza Almeida Pontes e Nogueira, a 786,88 metros; e EMEB Maria Aparecida de Souza Almeida Ramos, a 630 metros. Em relação aos prédios que comportam mais de 30 pessoas por reuniões, como igrejas e clubes, existem aproximadamente 9 locais como estes, no bairro Jundiaí Mirim, nos loteamentos Jardim Califórnia e Jardim Taruma.

V

CARACTERÍSTICAS DO TANQUE

Cilindros grandes e pequenos são comumente utilizados na distribuição de cloro. Algumas diferenças entre os cilindros estão nos tipos de válvulas e kits de emergência, além do modo de transporte e manuseio. No empreendimento, o tanque de armazenamento de cloro ficará localizado no corredor entre os dois sistemas de filtro da estação, na parte sul. Será utilizado

11


um cilindro de aço grande, tamanho comercial, com capacidade aproximada de 900 kg de cloro, peso vazio de 682 kg. Figura 6 – Cilindro de aço grande tamanho comercial

Fonte: Hidromar, 2015.

O cilindro tem tampas que são côncavas e soldadas ao corpo dele, com bordas que permitem o encaixe de ganchos para o içamento correto do cilindro. Também é equipado com duas válvulas, e protegidos com um casco de aço ligado aos tubos de saída. O cilindro de 900 kg é equipado com três fusíveis de alívio, espaçados a 120º. O metal do fusível é projetado para se fundir entre 70 a 74ºC para casos de exposição ao fogo e temperaturas elevadas, visando aliviar a pressão interna do cilindro evitando a ruptura do mesmo. Figura 7 – Cilindro e válvula

Fonte: IQUISA, s.d.

Cada cilindro é equipado com duas válvulas idênticas instaladas próximas ao centro do tampo. São diferentes das válvulas do cilindro pequena pois possuem

12


uma passagem interna mais larga. Cada válvula conecta-se com um tubo interno. O cilindro é utilizado na posição horizontal com válvulas alinhadas na posição vertical e fornecem gás pela válvula superior e líquido pela válvula inferior. A vazão do cloro depende da pressão interna que depende da temperatura do cloro liquido. No transporte, deve ser manuseado com o auxílio de barra elevatória com ganchos e talha manual ou elétrica e viga de içamento, com capacidade de carga adequada. Geralmente são movimentados com a utilização de um monotrilho. Para conexão, e recomendada a conexão flexível que faz a ligação entre o cilindro e o sistema de tubulação.

Caso o sistema continue em operação

enquanto o cilindro é conectado ou desconectados, válvulas auxiliares devem ser instaladas para isolar o cilindro do sistema. Essa conexão deve ser inspecionada regularmente.

VI

CARACTERÍSTICAS DO CLORO (CL2)

O cloro é fabricado através de eletrólise pelos processos de diafragma, mercúrio ou membrana. Em qualquer um dos processos uma solução de sal (cloreto de sódio – NaCl) é eletrolisada pela ação direta da corrente elétrica, a qual converte os íons cloreto em cloro elementar. O cloro é o principal agente de saúde pública utilizado atualmente devido às suas características desinfetantes. É a forma mais eficaz e barata de tratamento de água, o que evita uma série de doenças como a cólera e a febre tifoide, entre outras. Por isso, o consumo de cloro é considerado um forte indicador do nível de desenvolvimento de um país, segundo várias instituições, internacionais renomadas das áreas de saúde e social. 1. Propriedades físicas

13


O cloro assume os três estados físicos à temperatura e pressão normais ocorre como um gás de cor amarela esverdeada, tóxico e com odor pungente, que se liquefaz em líquido de cor âmbar (amarelo escuro). Nome do elemento químico Símbolo Massa Atômica Peso Molecular Estado de Oxidação Número Atômico Ponto de Ebulição (C°) Ponto de Fusão (C°) Densidade do Cloro líquido Densidade (Ar = 1) Percentagem de voláteis pH Solubilidade em Água

Cloro Cl2 35,453 70,906 1,3,5,7 17 -34,05 -101 1,468 Kg/l -10° e 2,66 Kgf/cm2 2,48 100% Solução de 0,7% tem pH 5,5 0,7% a 20°C

Em caso de vazamento o gás se encaminhará para o ponto mais baixo da área onde isso ocorrer. Ao dissolver-se em água o cloro forma soluções de ácido clorídrico e hipocloroso. A relação de Volume Líquido/Gás = uma unidade de volume de cloro líquido produz 460 unidades de volume de gás cloro em condições normais. 2. Propriedades Químicas Inflamabilidade: o cloro no estado líquido ou gasoso não é inflamável nem explosivo. Reações com metais: a velocidade de reação do cloro anidro com a maioria dos metais aumenta rapidamente acima da temperatura crítica do metal. 

Abaixo de 121° os metais: ferro, chumbo e níquel, não reagem com cloro anidro, tanto no estado líquido como no gasoso.

O cloro hidratado, principalmente em consequência dos ácidos clorídricos e hipocloroso formados através de hidrólise, são bastante corrosivos aos metais comuns.

14


Reações com composto orgânico: os métodos de preparação do hipoclorito de sódio e de cálcio, são reações típicas do cloro com hidróxidos de metais alcalinos e metais alcalinos- ferrosos. Os hipocloritos formados são fortes agentes oxidantes. Reações com compostos orgânicos: o cloro reage com compostos orgânicos tanto ou mais que com os inorgânicos, para formar derivados clorados e cloretos de hidrogênio. Algumas reações podem ser explosivas, nas quais se incluem as com hidrocarbonetos, álcoois e éteres. VI.1 INFORMAÇÕES TOXICOLÓGICAS 1. Efeitos Potenciais sobre a saúde a) Rotas de entrada no organismo: inalação, pele e olhos. b) Sistemas e Órgãos afetados: vias respiratórias, pele e olhos. c) Irritações: fortemente nas vias respiratórias, pele e olhos. d) Capacidade de Sensibilização: nenhum efeito é conhecido. e) Efeitos na reprodução: nenhum efeito é conhecido. f) Efeitos carcinogênicos: nenhum efeito é conhecido 2. Informações de acordo com as vias de exposição a) Inalação: tosse, irritação das mucosas, dor de cabeça, inquietação e sensação de sufocamento. Exposições a altas concentrações podem causar pneumonia e edema pulmonar. b) Olhos: altas concentrações no ar ou contato direto podem causar queimaduras. c) Pele: contato pode causar queimaduras e destruição de tecidos, contato com o cloro líquido pode causar queimaduras por congelamento em decorrência de baixa temperatura.

15


d) Ingestão: é muito pouco provável que haja ingestão de cloro, acima dos limites de exposição estabelecidos, pode causar redução da capacidade respiratória. 3. Efeitos de Exposição Contínua (Crônica) Não há efeitos descritos sobre exposições a baixas concentrações de cloro, mas acima dos limites de exposição estabelecidos, pode causar hipersecreção de mucosas e, tardiamente, redução da capacidade respiratória. 4. Materiais Sinérgicos Não conhecidos 5. Condições de saúde agravadas por exposição Doenças pré- existentes 6. Efeitos na saúde humana Concentração (ppm) 0,2 a 0,5

Efeitos Os efeitos tóxicos não são imediatos

1a3

Presença de odor com irritação dos olhos e nariz

5a8

Irritação nas mucosas dos olhos e garganta

30 34 a 51 40 a 60

Tosse intensa Pode ser letal após 1,5h de exposição

Após 30 minutos pode causar aumento da respiração, até edema pulmonar Concentração (ppm) Efeitos 100

Pode ser letal após 50 minutos de exposição

430

Pode causar letalgia após 30 minutos de exposição

1000

Pode ser fatal por falta de ar

7. Efeitos Ambientais a) Vegetação: o cloro gera manchas desbotadas nas folhas de plantas, devido ao ataque à clorofila das mesmas. Folhas maduras são mais susceptíveis ao cloro. Geralmente, a planta em si não é destruída, embora seu crescimento e frutificação possam ser retardados.

16


b) Animais: o Registro de Efeitos Tóxicos de Substâncias Químicas (1980) do NIOSH dos Estados Unidos, apresenta o seguinte dado relacionado à inalação: LC50 (concentração de cloro no ar, letal a 50% da população do animal em teste, com tempo de exposição acima do especificado):

VII

ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGOS

A definição das hipóteses e respectivos cenários acidentais é necessária para a elaboração dos procedimentos de atendimento às situações de emergência, bem como para o dimensionamento dos recursos humanos e materiais necessários às ações de resposta à emergência. As hipóteses acidentais contempladas no Plano de Emergência – PAE incluem as diferentes situações emergenciais passíveis de ocorrerem nas instalações e operações realizadas na ETA. Tais operações correspondem principalmente ao uso e armazenamento de gás cloro para tratamento final da água. Dessa forma, foram consideradas as seguintes hipóteses acidentais para vazamento do cloro: Tabela 1 - Hipóteses acidentais com gás cloro Perigo: Vazamento Tipo

Decorrência

Consequência

Causa

Médio (furo de 1cm)

Nuvem tóxica

Intoxicação (morte)

Corrosão externa por outros metais, batida de material pontiagudo

Catastrófico (rompimento do tanque)

Nuvem tóxica

Intoxicação (morte)

Batida de empilhadeira, queda do tanque no momento do transporte, colisão

Fonte: Elaboração própria.

Para a modelagem no software Aloha foram definidos os seguintes fatores: localização, informações sobre a substância química, informações atmosféricas e informações sobre tanque e armazenamento da substância. A localização do evento acidental foi determinada para uma área em Jundiaí, latitude 23º11’12’’ S e longitude 46º 53’ 03” W, altitude 761 m. Foi considerado um prédio de dois andares, local de armazenamento coberto, com aproximadamente 0,3 trocas de ar por hora no ambiente. 17


Ao identificar a substância química, cloro, o programa apresenta categorias do sistema americano que são valores guia para exposição aguda ao elemento, AEGLs (Acute Exposure Guideline Levels). Esses valores auxiliam na resposta às situações emergenciais de exposição a produtos químicos, quando pessoas ficam expostas. Os AEGLs são concentrações estimadas onde um grupo exposto sentirá efeitos adversos consequentes a exposição em um determinado período de tempo. Esses valores incluem indivíduos vulneráveis, como idosos, crianças e doentes. Os três valores de AEGL (AEGL-1, AEGL-2 e AEGL-3) correspondem a um nível especifico de efeito a saúde do indivíduo. A concentração é mais alta para o AEGL-3 e menor para o AEGL-1. Seguem as definições para cada nível de acordo com EPA-US (United States Environmental Protection Agency): 

AEGL-1: concentração no ar (em ppm ou mg/m³)) de uma substância muito além do que uma população poderia suportar, com risco de vida e efeitos graves a saúde.

AEGL-2: concentração no ar (em ppm ou mg/m³) de uma substância acima do que uma população poderia suportar, onde os indivíduos podem ter danos irreversíveis e graves, e efeitos a saúde de longa duração, podendo diminuir a capacidade de escapar da área atingida.

AEGL-3: concentração no ar (em ppm ou mg/m³)) de uma substância acima do que uma população poderia suportar, ocasionando desconforto notável, irritação e outros efeitos, entretanto os efeitos não são incapacitantes e são reversíveis com a interrupção da exposição.

As três categorias são níveis de concentração para três a cinco períodos de exposição, são eles 10 minutos, 30 minutos, 60 minutos, 4 e 8 horas. Os valores AEGL são diferentes para cada tempo de exposição, uma vez que os efeitos são diretamente relacionados com a dose de exposição. Ainda é possível que ocorra o mesmo valor de AEGL-1 para diversos períodos pois nesse caso, alguns efeitos dependem somente da concentração e não do tempo de exposição. 18


Tabela 2 - Níveis de exposição aguda para o Cloro

10 minutos 30 minutos 60 minutos AEGL-1 AEGL-2 AEGL-3

0,5 2,8 50

0,5 2,8 28

0,5 2 20 ppm

4 horas

8 horas

0,5 1 10

0,5 0,71 7,1

Fonte: Adaptado de NOOA USA, 2016.

Os valores de AEGL no software utilizado, Aloha, apresenta inicialmente as concentrações para 60 minutos de exposição. Para os dados atmosféricos foi determinado um vento com velocidade de 3m/s, do lado Oeste a 3 metros de altura do chão. O entorno foi determinado com características de local urbano/floresta, temperatura média de 18ºC e umidade relativa de 50%. Em ambas situações, cenário de furo de 1cm e catastrófico, foram utilizadas as mesmas informações atmosféricas. Para o tanque, foi considerado um diâmetro de 0,8m e altura de 2 metros. Com conteúdo liquido o volume foi de 900 kg, e temperatura interna igual a 18ºC. O preenchimento do tanque foi considerado igual a 63% e a abertura (furo) de 1cm de diâmetro, cerca de 5 cm abaixo do topo do tanque, com tempo de vazamento igual a 10 minutos. Foi considerado que a substancia saindo do tanque seria uma mistura de gás e aerossol. Para o tipo de vazamento catastrófica, impacto forte no tanque ocasionando a ruptura do mesmo, foi elaborado o seguinte gráfico de dispersão atmosférica (considerando uma abertura de 250cm², valor permitido pelo Aloha). Os resultados das áreas de alcance para o vazamento com furo de 1cm e catastrófico são verificados nas imagens a seguir:

19


Figura 8 – Alcance da nuvem tóxica para vazamento com furo (esq.) e catastrófico (dir.)

Fonte: Elaboração própria.

Com as modelagens anteriores, os valores de concentração e tempo de exposição foram alterados para faixas de probabilidade de morte, a partir do Probit. Para o cenário de furo de 1 cm, em um período de tempo de 10 minutos, os valores são: 

103 ppm, 1% de probabilidade;

563 ppm, 50% de probabilidade,

1862 ppm, 95% de probabilidade.

20


Figura 9 – Alcance das nuvens tóxicas com os valores em ppm, catastrófico (dir.) e furo de 1cm (esq)

Fonte: Elaboração própria.

Transferindo a imagem da nuvem tóxica para a imagem de satélite, localizandoa nos pontos corretos de latitude e longitude, obtém-se a seguinte visualização: Figura 10 – Alcance da nuvem tóxica utilizando a imagem de satélite (furo 1 cm)

Fonte: Adaptado de Google Earth, 2016.

A partir dessa modelagem, foram posicionadas utilizando a imagem de satélite do Google, as áreas de alcance foram redesenhadas em relação ao raio da nuvem, sem identificar a direção do vento:

21


Figura 11 – Área de alcance da nuvem tóxica para furo 1 cm

Fonte: Adaptado de Google Earth.

22


Figura 12 - Área de alcance da nuvem tóxica para situação catastrófica

Fonte: Adaptado de Google Earth.

23


Considerando a imagem apresentada anteriormente, é possível verificar a quantidade de residências e seus moradores, estimando a probabilidade de morte, ou seja, quantidade de pessoas afetadas nessas áreas. Tabela 3 – Estimativa da quantidade de pessoas afetadas na área de alcance (furo de 1 cm)

Probabilidade Qtd. casas Qtd. pessoas Qtd. afetados 95% 0 0 0 50% 1 4 2 1% 83 332 3,32 Fonte: Elaboração própria.

Na área de maior probabilidade, 95%, não há presença de casas, exceto a rodovia ao lado leste do empreendimento. Na área de alcance com 50% de probabilidade de morte, nota-se uma casa e estima-se a presença de quatro moradores, sendo o total de afetados igual a 2. Já na área com 1% de probabilidade de morte é onde encontra-se grande parte das residências, estima-se aproximadamente 83 casas, com 332 moradores ao total. Dessa forma, o número de pessoas afeta das seria igual a 3. Tabela 4 - Estimativa da quantidade de pessoas afetadas na área de alcance (catastrófico)

Probabilidade Qtd. casas Qtd. pessoas Qtd. afetados 95%

3

12

11,4

50%

55

220

110

1%

1150

4600

46

Fonte: Elaboração própria.

Verifica-se que a área de alcance da situação catastrófica é consideravelmente maior que a área estimada para situação onde há um furo de 1cm de diâmetro. Dessa forma na área de 95% de exposição são encontradas 3 casas, resultando em 11 pessoas afetadas. Na área de 50% de probabilidade, são aprox. 55 casas, totalizando 110 pessoas afetadas. E na área de menor risco, probabilidade de 1%, são aprox. 1150 casas, resultando em 46 pessoas afetadas, e com probabilidade de morte. Após a apresentação da modelagem para vazamento contínuo e vazamento total, serão apresentados a seguir os programas de ação emergencial e de gerenciamento de risco.

24


VIII PLANO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS Gerenciar os riscos do projeto requer um plano de gerenciamento dos riscos descrevendo como os processos serão estruturados e executados iniciando pela identificação dos riscos, análises, seu plano de respostas e concluindo com a forma que os riscos serão controlados e monitorados. O plano de gerenciamento dos riscos é desenvolvido e aprovado durante a fase de planejamento do projeto e é um plano auxiliar do Plano de Gerenciamento de Projetos. Tem como objetivo aumentar a probabilidade e o impacto dos eventos positivos, reduzir a probabilidade e o impacto dos eventos negativos no projeto e orientar a equipe do projeto sobre como os processos de riscos serão executados. VIII.1RESPOSTAS AOS RISCOS Nesta parte, serão apresentadas algumas ações previstas e que devem ser realizadas pela equipe de trabalho, de acordo com os cenários vazamento contínuo e vazamento total. Cenário 1 – Vazamento continuo devido a furo pequeno no tanque de armazenagem de cloro. Ações – (a) Evitar o armazenamento no mesmo local de outros tanques, canos, e outros materiais que podem corroer o material do tanque; (b) verificar previamente materiais que podem ser utilizados para mitigar o vazamento pequeno (aerossol); (c) assegurar-se da capacidade da bacia de contenção; (d) manter a bacia de contenção fechada, evitando a dispersão do conteúdo líquido; (e) verificar o estado do material do tanque regularmente; (f) verificar se o local de armazenagem do tanque está em condições adequadas (locais cobertos); (g) elaborar e implantar plano de inspeção e manutenção da instalação do tanque e acessórios .

25


Cenário 2 – Vazamento total devido ao rompimento total do tanque por colisão ou queda Ações – (a) Sinalizar a área de transporte e localização do tanque de forma a evitar a presença de pessoas e transportes não autorizados; (b) verificar previamente as condições dos carros de transporte do tanque; (c) verificar, antes do transporte do cilindro, condições das tampas e bordas de encaixe; (d) permitir o içamento e transporte do cilindro somente por pessoas habilitadas; (e) assegurar-se da capacidade da bacia de contenção; (f) evitar o transito de empilhadeiras e outros carros em velocidade alta no local de instalação do tanque; (g) elaborar e implantar plano de resposta em situações emergenciais.

Outros procedimentos que contemplam o programa: treinamento de brigada de incêndio, conteúdo dos treinamentos e simulados, que são apresentados a seguir. VIII.1.1 TREINAMENTO DE BRIGADA DE INCÊNDIO Para segurar que as rotinas descritas nesse plano possam ser executadas com eficiência, torna-se necessário a preparação intensiva de todo o pessoal envolvido no cotidiano de operação da ETA. Os colaboradores e prestadores de serviço da estação de tratamento deverão ser treinados para assegurar uma adequada resposta às ações que se façam necessárias durante uma situação emergencial, principalmente os componentes da brigada, que são peças chaves nas ações que deverão ser tomadas. O treinamento inicial e a manutenção periódica desse treinamento são dirigidos para os colaboradores e prestadores de serviço, especialmente aqueles com tarefas específicas durante um evento emergencial. 

Periodicidade: semestral

Quantidade de participantes: todos os colaboradores brigadistas divididos em suas devidas atribuições e que estejam em atuação à época do treinamento. 26


Carga horária dos treinamentos: 4 horas mensalmente.

VIII.1.2 CONTEÚDO DOS TREINAMENTOS O treinamento abordará as questões teóricas de prevenção em combate a incêndio como: classificação de incêndios, classificação de agentes extintores, teorias sobre a propagação do fogo, conhecimento de riscos existentes na estação, legislação e normas, conhecimento dos recursos disponíveis na estação, manuseio de extintores e material hidráulico, técnicas e táticas de prevenção e combate, técnicas de abandono de área, primeiros socorros e resgates. VIII.1.3 SIMULADOS Parte do programa de treinamento intensivo de preparação da estrutura organizacional de resposta é a preparação de exercícios e simulados de emergências, em harmonia com vários aspectos selecionados do plano, é realizado na própria empresa abrangendo as seguintes atividades: 

Simulação de Incêndio Ambiental com vítimas e necessidade de resgate;

Combate a Incêndio;

Prestação de Primeiros Socorros;

Plano de Abandono e Área (PAA).

27


IX

PLANO DE AÇÃO EMERGENCIAL (PAE)

O organograma apresentado abaixo mostra a estrutura organizacional do Plano de Ação Emergencial. Figura 13 - Fluxo de comunicação a ser seguido em caso de emergência.

28


Qualquer

colaborador

ao

detectar

uma

emergência

deve

comunicar

imediatamente ao ramal de emergência. Posteriormente ao líder da brigada de emergência local, para que este se dirija ao local sinistrado e avalie o cenário. Adotando as ações de combate iniciais e comunicando o Coordenador geral de Emergências. Caso uma ocorrência não possa ser contida com recursos locais, caberá ao Líder da Brigada de Emergência deflagrar as demais ações do fluxograma de comunicação. Quando a Brigada de Emergência é acionada, quanto maior o detalhamento de informações confiáveis que ela puder dispor, melhor será sua resposta ao atendimento possibilitando que a Brigada de Emergência leve para o local os recursos necessários ou acione recursos adicionais. Chegando ao local, os brigadistas confirmam as informações recebidas. A identificação da situação emergencial e a caracterização do local são as duas primeiras ações a serem tomadas. A partir destas ações, os procedimentos necessários são definidos e executados. A detecção da emergência é realizada visualmente no local. Após a detecção são realizadas as comunicações de emergência por meio de rádios e telefones fixos (internos e externo). Sempre quando de uma Emergência geral, cabe ao coordenador geral do PAE manter informados as gerências gerais e/ou diretorias do andamento de emergência. Quando uma situação de emergência for percebida por qualquer colaborador, este deverá comunicar o brigadista mais próximo e/ou comunicar imediatamente o fato através do ramal de emergência, que acionará o líder geral da brigada de emergência através de rádio ou celular, dando continuidade ao fluxo de acionamento. Após a avaliação da emergência pelo líder geral da brigada de emergência serão deslocados os recursos locais para mitigação da emergência. Caso a emergência não seja controlada, podem ser solicitados recursos adicionais.

29


O líder geral de brigadas de emergência em conjunto com a coordenação operacional do plano de emergência após avaliação pode, em função da magnitude e características da emergência solicitar outros recursos que sejam necessários para o controle da emergência. Estes são solicitados pelo coordenador geral do PAE e/ou operacional do plano de emergência e mobilizados pelos grupos de intervenção. IX.1 MATRIZES DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA A matriz de ação de emergência constitui uma síntese de informações destinadas à operacionalização da emergência de maneira rápida e eficaz. Nela, são definidas as ações a serem adotadas, passo a passo, em ordem cronológica e de forma coordenada, para casa hipótese acidental. São apresentadas ainda as responsabilidades sobre a execução das ações; as demais informações contidas na matriz de emergência também deverão contribuir para que o desencadeamento das ações ocorra o mais rápido possível, de modo que as consequências negativas do evento sejam as mínimas possíveis. Figura 14 - Matriz de ação de vazamento de gás cloro na área de processo.

Passo 1

2

3

O que? Comunicar o evento ao COE ou CGE Verificação da gravidade

Isolar área

Quem?

Quando?

Onde?

Por que?

Como?

Qualquer colaborador

Imediatamente

Sala de Segurança ou Gerência

Verificação da Gravidade

Via rádio ou pelo ramal

COE/CGE ou LGE

Após o comunicado

Local sinistrado

Tomada de decisão

Acionamento da brigada de emergência

Brigada de emergência

Após autorização do COE

Toda área do parque de tanques e áreas adjacentes

Risco de incêndio

Através da brigada de emergência

4

Estancar vazamento

Brigada de emergência (mecânicos)

Mais rápido possível

Local de vazamento

Acúmulo de material

Passo

O que?

Quem?

Quando?

Onde?

Por que?

Fechamento de válvulas, alinhamento para outros tanques Como?

30


5

Drenagem do material derramado para caminhões tanques

Brigada de emergência (mecânicos)

Após controle do vazamento

6

Análise do acidente

COE, CGE, LGE, brigadistas

Após retomada do controle

Tancagem

Retirada do material inflamável derramado da área de tancagem

Bomba de transferência

Sala de Segurança ou Gerência

Definir e solucionar causas

Planos de Ação

IX.2 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DISPONÍVEIS Os membros participantes da Estrutura Organizacional deverão ter a sua disposição, equipamentos e materiais indispensáveis durante o atendimento a emergências. Cada componente com nível de liderança da estrutura organizacional, (CGE,COE,LGE) deverá ter consigo um rádio HT para viabilizar a comunicação no momento da emergência. As indumentárias, bem como os calçados necessários para uma perfeita proteção dos brigadistas durante o combate, estão dispostas na sala da brigada próximo à portaria da ETA. Na portaria de entrada de colaboradores existe o telefone do ramal de emergência que deverá estar sempre operacional. Deverá existir uma listagem atualizada com nomes, endereços e números de telefone dos componentes da Brigada de Emergência, além do responsável pela ETA. Também deverão constar telefones do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Polícia Civil e Militar e Hospitais. O sistema de combate a incêndio deverá ser composto de caminhão pipa e extintores. IX.3 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL Para proteção de todos os componentes da brigada de emergência, estes deverão estar munidos com equipamentos que possam garantir um mínimo de

31


proteção, principalmente no combate a incêndio ou quando existe risco de incêndio. Deve existir na edificação um conjunto de combate de compostos de um par de botas, uma japona, uma calça, um capacete de combate e uma balaclava, para cada componente da equipe de brigada. Após o acionamento, a primeira atitude que a brigada deve executar é de se equipar completamente. REFERENCIAS CETESB. Norma Técnica P4. 261: Risco de acidente de origem tecnológica – método para decisão e termos de referência. 2ª edição, dez/2011, 140 págs. CLOROSUR. Cloro básico. 8ª edição – maio/2015. Disponível em:< http://www.abiclor.com.br/wp-content/uploads/2015/04/Panfleto01-port.pdf>. Acesso em: 02/12/2016. CLOROSUR. Guias operacionais e de segurança nas instalações de envasamento de cloro. 4ª edição – Revisão 2, maio/2011. Disponível em:< http://clorosur.org/wp-content/uploads/2015/04/Panfleto17-port.pdf>. Acesso em: 02/12/2016. EPA-US. Acute Exposure Guideline Levels for Airbone Chemicals. US Environmental Protection Agency. Disponnível em:< https://www.epa.gov/aegl>. Acesso em: 04/12/2016. Grupo Hidromar. Apostila Manuseio de cilindros de cloro. Hidromar Industria Quimica LTDA. Disponível em:< http://www.grupohidromar.com.br/wpcontent/themes/hidromar/download/Apostila-Manuseio-de-cilindros-decloro.pdf>. Acesso em: 02/12/2016. NOAA-US. Acute Exposure Guideline Levels (AEGLs). In: Office of Response and Restaoration. National Oceanic and Atmospheric Administration US. Disponível em:< http://response.restoration.noaa.gov/oil-and-chemicalspills/chemical-spills/resources/acute-exposure-guideline-levels-aegls.html> . Acesso em: 04/12/2016. 32


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.