COSTA, Aline Vieira; SILVA, Isadora dos Santos.
ANÁLISE DE ÁREAS CONTAMINADAS NO BAIRRO DA MOOCA EM SÃO PAULO - SP Aline Vieira Costa e Isadora dos Santos Silva INTRODUÇÃO As antigas áreas industriais na cidade de São Paulo têm sofrido uma progressiva perda das suas funções originais, tornando-se objeto de intensas transformações, particularmente no que diz respeito ao reaproveitamento dos imóveis e ao padrão de ocupação do solo existente, mediante a implantação de empreendimentos e atividades totalmente diversas daquelas que as haviam caracterizado no passado. (MORINAGA, 2013) Dependendo do uso anterior, essas áreas podem apresentar contaminação do solo e água subterrânea. Entende-se por área contaminada aquela em que há comprovadamente poluição causada pela disposição inadequada de resíduos depositados, acumulados, armazenados, enterrados ou infiltrados, manejo inadequado de substâncias perigosas nos processos industriais em operação, armazenamento inadequado, vazamentos, acidentes, além da desativação de processos produtivos. (GÜNTER & VALENTIM, 2014) Conforme mapeamento da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a Mooca carrega marcas do passado industrial em seu solo: são 26 áreas contaminadas e ociosas que ocupam cerca de 300m mil metros quadrados (5% do bairro), espaço suficiente para a construção de 40 prédios de 17 andares, com sobras ainda para um parque de 30 mil m 2. (Estadão, 2009) Conceitos importantes sobre áreas contaminadas O conceito de degradação tem sido geralmente associado aos efeitos ambientais considerados negativos ou adversos e que decorrem principalmente de atividades ou intervenções humanas. Raramente o termo se aplica às alterações decorrentes de fenômenos ou processos naturais. O conceito tem variado segundo a atividade em que esses efeitos são gerados, bem como em função do campo do conhecimento humano em que são identificados e avaliados. De acordo com o uso atribuído ao solo, a definição de degradação pode variar dependendo da área profissional envolvida (TAVARES, 2013). Várias atividades antropogênicas são causadoras de degradação ambiental e entre elas podemos destacar as atividades industriais, principalmente através da geração de resíduos inerentes a estas atividades que contaminam o solo, os recursos hídricos e o ar, resultando na contaminação ambiental destes compartimentos (TAVARES, 2013). A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – Cetesb, é o órgão responsável pelo controle dessas áreas contaminadas dentro do Estado. Diante desta responsabilidade a companhia elaborou o Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas (Cetesb, 2001), onde disponibiliza a sistemática do Gerenciamento de Áreas Contaminadas, visando facilitar este processo além da redução de custos e riscos. O manual consta ainda todas as definições e diretrizes para a avaliação, monitoramento e remediação de áreas caracterizadas como contaminadas. Em suma, o Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC), baseia-se em uma estratégia constituída por etapas sequenciais, em que a informação obtida em cada etapa é a base para a execução da etapa posterior (Figura 1). Desta forma o GAC é dividido em dois processos Centro Universitário Senac – dez/2016