Vidro em vez de plástico e máquinas sem copo para ajudar o ambiente

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ID: 79930828

09-04-2019

Meio: Imprensa

Pág: 23

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Diária

Área: 17,65 x 30,00 cm²

Âmbito: Informação Geral

Corte: 1 de 1

Vidro em vez de plástico e máquinas sem copo para ajudar o ambiente "Agir local, pensar global" é a campanha do ISEP para fomentar a separação e a reciclagem de resíduos e declarar guerra aos produtos descartáveis

Certificação Implementada no início deste ano, a campanha é candidata à atribuição do "Coração verde" da Lipor, entidade responsável pelo serviço intermunicipalizado de gestão de resíduos do Grande Porto. O certificado é entregue a instituições que promovam comportamentos ambientais sustentáveis.

Átrio junto da esplanada é uma das áreas em que há caixotes para a separação

Isabel Peixoto ipeixoto@jn.pt PORTO Os números falam por si: 75 mil garrafas de água e 150 mil copos utilizados no espaço de um ano. Tudo de plástico. Foi a partir desta realidade que o Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) entrou em 2019 com uma aposta clara na recolha seletiva de resíduos, ao mesmo tempo que declarou guerra ao plástico. A campanha "Agir local, pensar global" conta como envolvimento direto da associação de estudantes, da Lipor e da empresa municipal Porto Ambiente. Antes de mais, há que ter em conta outros números. É que o campus do ISEP estende-se por uma área de 52 mil metros quadrados e tem uma população fixa de sete mil pessoas, das quais 6500 são alunos. Por isso, só a colocação dos caixotes e contentores para a separação do lixo demorou uma semana, quando as equipas da Lipor

pensavam que podia um dia ou dois. "Não tinham consciência da dimensão", conta ao IN Roque Brandão, responsável pela campanha em curso. Na primeira fase da iniciativa, foram instalados mais de 200 recipientes diferenciados nas zonas comuns e nos gabinetes dos professores. Paralelamente, começou a ser feita a recolha de lixo orgãnico nos quatro espaços de refeições. SÓ VIDRO MANTEVE NÍVEIS

Segundo os dados mais recentes, só a recolha das embalagens de vidro se manteve nos níveis anteriores. Nos restantes tipos de resíduos, os ganhos são significativos. Algo como, por exemplo, três toneladas de lixo orgânico recolhidas a cada mês. Ou o aumento da frequência com que os camiões passam para levar o papel ou as embalagens. A luta contra o plástico vai ter ações específicas. Substituir os copos de plástico pelos de papel não é boa op-

ção porque o papel, estando sujo, não pode ser reciclado. Mas em breve os alunos vão deparar-se com máquinas de café sem copo, para que cada um use a sua chávena, com a vantagem de um abatimento no preço do café. Junto de fornecedores, o ISEP está a trabalhar no sentido de proibir o plástico em eventos, nomeadamente nos serviços de catering. Em relação à água, o vidro vai passar a ser a regra, a começar pelos debates e conferências. A instituição está a ultimar os pormenores do design para uma garrafa própria e não está posta de parte a ideia de se fazer uma outra garrafa, semelhante às que se usa nos ginásios, para os alunos terem consigo no dia a dia. A própria associação de estudantes está a idealizar copos reutilizáveis para as festas. Toda a comunidade está "a aderir bem" à campanha, diz Roque Brandão. Alunos, professores e funcionários, tendo estes recebido formação. •

Orgânicos Uma das mudanças mais significativas foi a separação de resíduos orgânicos: a recolha passou de zero para três toneladas por mês. Formação O pessoal que trabalha na limpeza e nos espaços de refeição recebeu formação específica. Até houve o cuidado de proteger a abertura dos caixotes amarelos para não ficarem sujos com os restos das bebidas que ficam nas embalagens. TOME NOTA

foi quanto aumentou a reciclagem de plástico/metal, enquanto a de papel subiu 50%.

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caixotes azuis, amarelos e verdes foram colocados nas zonas comuns e em alguns serviços.


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