ID: 77854599
26-11-2018
Meio: Imprensa
Pág: 6
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 25,50 x 30,00 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 3
ESTADO DA FERROVIA ©
Risco de acidentes nas linhas de comboio aumentou 85% no espaço de cinco anos Estado da ferrovia o Valença Mau Medíocre
Estado da via
Razoável •=1Bom
100%
Bom
. ,LViana do Castelo •••• Braga Guimarães
Razoável
Mirandela
75%
Medíocre
V. Real
o
o
Mau 50%
Povinho
Porto
Régua
Espinho
25% Vilar Formoso
Aveiro
0%
Guarda (-"' Pampilhosa br' -" • Figueira da Fozor,"" Coimbra
p Covilhã
Infraestrutura
146
179
Operação
2013
3
231
Vendas Novas
Y Évora Setúbal
188
Beja SInes
150
171
2012
2013
2014
2015
2016
146
179
231
188
271
Por tipo de problema Carris partidos
1
Sinal passado em perigo
30 25 76
2rn
121
29 2013
p:=2:zrzim nucz:2 o
Pedro Araújo paraujo@jn.pt TRANSPORTES O número de pro-
De acordo com a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, a CP foi alvo de 1850 queixas no primeiro semestre, acima das 1642 recebidas por aquela entidade em igual período do ano passado.
5 2012
167 146
52 2014
128
2015
2016
I
05" ("
reclamações oficiais em seis meses
17
26
)Zunes .0 V. R. St.° António .... Faro fs
32
3
MI Outros
Funcheira
271
AL_
MI Deformação na via
Lagos
2015
30
198 121 Eivas
FONTE: INFRAESTRUTURAS DE PORTUGAL. AUTORIDADE DA MOBILIDADE E DOS TRANSPORTES
2014
3
- Material circulante
Ertironcamento /...... . Caldas da Rainha o) Seth • rém ae^~--~ Portalegre Torres Ved ‘•.„ Sintra of o ''Llsboa Cascais
2012
Número de problemas que podem causar acidentes
1-) Castelo Branco
Leiria 4 ` Tomar
2011
2009 • 2010
blemas detetados nas linhas de comboio que podem causar acidentes ferroviários aumentou 85% entre 2012 e 2016, segundo o relatório "Ecossistema Ferroviário Português", realizado pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT). Segundo dois especialistas ouvidos pelo JN, a situação não deverá ter melhorado. Não é, por esse motivo, de estranhar que mais de metade das linhas de comboio em Portugal es-
teja em estado medíocre ou mau (ver mapa e primeiro gráfico de barras), segundo um relatório da Infraestruturas de Portugal (IP). Adicionalmente, o serviço prestado ao cliente final pela CP acumula reclamações em várias entidades (ver exemplo na página ao lado). O relatório da AMT demonstra factualmente como as anormalidades se foram acumulando. Se em 2012 havia 146 problemas ("precursores" de acidentes), em 2016 as deficiências detetadas já iam em 271, isto é, um crescimento de 85% no espaço de cinco anos. A maioria relacio-
na-se diretamente com o estado das vias. SUBCONTRATAÇÃO
"A infraestrutura precisa de ser modernizada e o material circulante de ser substituído", resume Pedro Mêda, membro da Ordem dos Engenheiros (0E) do Norte. "É sabido que na última década, devido às restrições orçamentais, a manutenção foi descurada e houve linhas em que a própria conservação da via foi reduzida abaixo dos mínimos", acrescenta Diogo Ribeiro, diretor da licenciatura em Engenharia Civil do Instituto Superior de Engenharia do
O
Porto (ISEP). "A opção pela subcontratação externa faz com que muitos dos trabalhos de manutenção e renovação sejam realizados por operários e técnicos superiores com pouca experiência no terreno", acrescenta. A carga de comboios de passageiros e de mercadorias colocada em cima de linhas ferroviárias com baixo grau de manutenção e investimento é, segundo os especialistas, um problema sério. "Os comboios de mercadorias apresentam configurações de vagões que podem atingir uma extensão de 750 metros, com velocidades de circulação e cargas por eixo