ISEP.BI BOLETIM INFORMATIVO Instituto Superior de Engenharia do Porto QUARTO TRIMESTRE 2007 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
2007
UM ANO POSITIVO! Perfil
Destaque
À conversa com....
ENTREVISTA A ISMAEL CAVACO, PROFESSOR DECANO
COOPERAÇÃO EM S. TOMÉ E PRÍNCIPE
GUSTAVO ALVES FALA SOBRE EXPERIMENTAÇÃO REMOTA
01 Editorial Presidente do Conselho Directivo
02 A Reter ISEP desenvolve sistema inédito de monitorização remota de habitações ISEP no consórcio CDIO Poliempreende Cooperação entre os Institutos Superiores de Engenharia Inovação e sustentabilidadde na construção As tecnologias ao serviço do ensino Tecnologia automóvel: novos desafios
04 Eventos Há 100 anos era assim... Semana da Ciência e Tecnologia ISEP cria novo ambiente na FNAC UEFA Futsal 07 - ISEP foi parceiro tecnológico Desafio Único Robótica na Praia
ISEP.BI
12 Perfil Entrevista ao Engº Ismael Cavaco - Professor Decano
16 Destaque ISEP - cooperação em S. Tomé e Príncipe
18 Investigação à Lupa Biodiesel - Nídia Caetano CIDEM/SOPSA - Transferência de tecnologia LABCARGA - Valorização de Águas Termais dos Açores
26 À Conversa com... Gustavo Alves - Laboris - experimentação remota
28 Breves Alunos e funcionários não docentes têm novos representantes no C.D. Tomada de posse da nova Comissão Directiva do Departamento de Engenharia Electrotécnica Seminário A Matemática dos Engenheiros Seminário Metodologias e Instrumentação para a Caracterização de Postos de Trabalho do Ponto de Vista da Higiene, Segurança e Saúde Ocupacionais na Indústria Extractiva Nova Licenciatura em Optimização e Inovação Quartas à Tarde no DEI ISEP e a presidência portuguesa da UE as
ADI - ISEP esteve nas 3 Jornadas de Inovação ERASMUS 20 anos World Water Safety conference ITED - Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios Novo espaço de restauração no campus do ISEP Agência de Viagens no ISEP
BOLETIM INFORMATIVO EDITORIAL Com esta edição do
concluímos o primeiro ano de publicação. O crescimento do
número de páginas de número para número traduziu a necessidade de divulgar as inúmeras actividades que decorreram no último trimestre do ano que terminou.
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E 2007 foi um ano positivo para o ISEP! Apesar das dificuldades orçamentais resultantes da redução das transferências do orçamento de estado e das contribuições para a Caixa Geral de Aposentações pelas instituições de ensino superior (introduzidas pelas primeira vez em 2007), a verdade é que foi possível concretizar, na generalidade, os objectivos a que nos tínhamos proposto.
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Foi possível preencher na totalidade as vagas abertas para os diferentes cursos no concurso nacional de acesso ao ensino superior e tivemos um aumento significativo no número que alunos que ingressou no ISEP pelos diferentes concursos especiais de acesso. Também se concluiu a introdução dos cursos adequados ao modelo de Bolonha e iniciou-se o funcionamento dos Mestrados. Naturalmente que subsistem algumas dificuldades, comuns aliás à generalidade das instituições de ensino superior, decorrentes da necessidade de implementação dos novos paradigmas de ensino. Será necessário algum tempo mais para que docentes e discentes se adaptem à nova realidade. Alargamos também, de forma significativa, o número de cursos de pós-graduação e a formação não conducente a grau.
Ficha técnica
O ISEP passou também a dispor de um leque de novos serviços (alguns ainda em fase de
PROPRIEDADE
em que se verificaram nítidas melhorias, com o ordenamento dos espaços exteriores e
Instituto Superior de Engenharia do Porto
recuperação (ainda em curso) de espaços interiores e exteriores, quer para as actividades
EDIÇÃO
de ensino e investigação mas também com a criação novos espaços de estudo (com e sem
DCI - Divisão de Cooperação e Imagem
equipamento informático).
implementação) que melhoraram as condições de vida no campus. Aliás esta foi uma área
REDACÇÃO Alexandra Trincão
A divulgação e promoção do ISEP no exterior teve alguns pontos altos, com muitas e
PAGINAÇÃO E GRAFISMO
diversificadas iniciativas que atingiram, de forma muito clara, os objectivos que tinham sido
José Silva
definidos e assim foram percepcionadas pela sociedade.
COLABORADORES ESPECIAIS Ismael Cavaco, Nídia Caetano, José Martins
A investigação residente obteve resultados muito positivos pelo elevado número de projectos
Carvalho, Gustavo Alves e Mediana
aprovados para financiamento por diversas entidades externas, pelos elevados montantes
TIRAGEM
envolvidos, pelos resultados envolvidos e pelas possibilidades criadas para transferências de
1000 exemplares
tecnologia e pelas bolsas obtidas para a contratação de investigadores doutorados.
CONTACTOS GCI - Gabinete de Comunicação e Imagem Rua Dr. António Bernardino de Almeida, 431
Claro que muito resta por fazer. Os desafios são constantes e as ameaças permanentes. E há aspectos de funcionamento que ainda são manifestamente insatisfatórios. Mas que
4200- 072 Porto
decorra o ano de 2008 como decorreu o de 2007 e, seguramente, que nos sentiremos
Tel. 351 228 340 576 | Fax: 351 228 321 159
satisfeitos.
e-mail : gci@isep.ipp.pt EXECUÇÃO marca-ag.com Porto_2.2008 DEPÓSITO LEGAL 258 405/07
.A RETER ISEP DESENVOLVE SISTEMA INÉDITO DE MONITORIZAÇÃO REMOTA DE HABITAÇÕES
ISEP NO CONSÓRCIO CDIO No seguimento da participação do Presidente do Conselho Directivo do ISEP e do Director da LEI-ISEP
na
Conferência
Internacional CDIO2007 e da decisão favorável que a proposta do ISEP para integrar o Consórcio CDIO obteve, o ISEP acolheu um encontro europeu CDIO nos passados dias 25 e 26 de Outubro 2007. Esta conferência foi uma organização conjunta de diferentes instituições europeias de ensino superior (Hochschule Wismar, Hogeschool Gent, Politecnico Milano, Chalmers University of Technology, ISEP) e contou com apoio da comissão coordenadora do CDIO. O ISEP, através do Laboratório de Automação do Departamento de Engenharia Mecânica, desenvolveu um sistema de automação e monitorização doméstica que, a partir do telemóvel, permite o controlo do sistema de intrusão, de aquecimento central, rega, luzes exteriores, portões de entrada e garagem, piscina, estado energético disponível, bem como a monitorização do som ambiente no interior da habitação.
Durante dois dias foi discutida a iniciativa CDIO (Conceive, Design, Implement e Operate) enquanto programa educativo inovador no ensino da engenharia. Este encontro promoveu uma discussão alargada sobre os princípios que devem reger o ensino da engenharia com o objectivo de formar engenheiros aptos a responder às necessidades reais da indústria. A partilha de experiências sobre a implementação da reforma do ensino da engenharia e o impacte
Combinando tecnologias existentes no mercado ao nível da
que teve em alguns parceiros do consórcio CDIO, também foi um
automação industrial, da comunicação via GSM e utilizando como
dos assuntos centrais desta conferência. O conceito CDIO aliado às
suporte de implementação do projecto um autómato industrial da
reformas curriculares e pedagógicas, à criação de espaço de trabalho,
família S7-200 da Siemens bem como um módulo GSM de recepção
actividades e avaliação vem resolver a dificuldade em conciliar a
e envio de mensagens escritas (SMS), a equipa desenvolveu um
aprendizagem de materiais fundamentais no ensino da engenharia
sistema que possibilita ao utilizador desencadear um conjunto de
com outras competências não menos importantes.
acções que permitem controlar o ambiente, recebendo no seu telemóvel a confirmação da execução da ordem dada ou a informação de uma qualquer anomalia detectada pelo sistema. Esta solução, desenvolvida à medida das necessidades do utilizador,
O ISEP incorpora no seu ensino a filosofia subjacente à iniciativa CDIO e enquanto membro deste consórcio, contribui juntamente com outras reconhecidas Instituições de Ensino Superior para um novo ensino da engenharia.
apresenta uma flexibilidade de controlo do sistema já desenvolvido em termos de expansão futura e do ponto de vista económico, já que permite integrar num único sistema o controlo de equipamentos de uso doméstico corrente e a vigilância de um alarme via GSM. O projecto, integrado no plano curricular da licenciatura em Engenharia Mecânica, foi desenvolvido por um aluno finalista e um aluno Erasmus e encontra-se já instalado e a funcionar numa habitação localizada na serra do Gerês. O Laboratório de Automação do Departamento de Engenharia Mecânica continuará a desenvolver e melhorar o sistema criado através da incorporação de câmaras de vídeo para envio de mensagens multimédia (MMS), aliando o som à imagem.
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V CONCURSO POLIEMPREENDE - PROJECTOS DE VOCAÇÃO EMPRESARIAL A 5ª edição do concurso Poliempreende é pela primeira vez alargada a todos os Institutos Politécnicos nacionais, e tem por objectivo sensibilizar o universo académico para a importância do empreendedorismo, aprofundar competências empresariais e estimular a criação de empresas de base tecnológica. Passada a fase inicial de divulgação e de formação experiencial (Oficina E), toda a comunidade académica foi convidada a apresentar ideias de negócio. Nesta fase, após a análise das ideias, o ISEP passou à fase seguinte elaboração de plano de negócio - com duas ideias Computing Application Open (CAO) e Marine Advanced Robotic System , que irão concorrer em Maio no concurso regional.
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.A RETER COOPERAÇÃO ENTRE OS INSTITUTOS SUPERIORES DE ENGENHARIA
INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO
No passado dia 14 de Setembro foi celebrado, numa cerimónia oficial,
O ISEP é membro fundador da recém criada plataforma para a
um protocolo de cooperação entre os Institutos Superiores de
construção sustentável a CentroHabitat.
Engenharia de Lisboa, Coimbra e Porto. É objectivo dos Presidentes dos Conselhos Directivos dos três Institutos que esta parceria promova a troca de experiências a nível científico e pedagógico, a cooperação em Júris de provas públicas e de mestrados, a cooperação em investigação científica e tecnológica, a colaboração em cursos de licenciatura e mestrado, na orientação de estágios bem como uma maior cooperação para a elaboração de análises conjuntas em domínios de interesse comum.
A CentroHabitat, tem como missão incentivar intervenções inovadoras na oferta e procura de bens e serviços orientados pela construção sustentável enquanto novo paradigma de desenvolvimento, envolvendo em rede instituições de I&D, autarquias e a importante comunidade empresarial da fileira do habitat, na afirmação duma especialização em construção sustentável. Esta plataforma pretende transformar os desafios que a construção enfrenta em oportunidades de inovação, através da conjugação de esforços e de conhecimentos dos diferentes agentes no processo da construção. Neste sentido fixou como um dos seus objectivos o desenvolvimento de competências na área da construção sustentável, nomeadamente pesquisando materiais, produtos e tecnologias de construção e reabilitação ou melhorando o desempenho energético e ambiental da actividade da construção e do ambiente construído.
TECNOLOGIA AUTOMÓVEL: NOVOS DESAFIOS A protecção ambiental e a segurança são dois dos factores mais importantes e influentes no desenvolvimento dos veículos no futuro. Para atingir os valores fixados pela União Europeia, os fabricantes de
AS TECNOLOGIAS AO SERVIÇO DO ENSINO
automóveis terão que criar veículos cuja emissão média de CO2 terá que ser inferior a 130g/Km. A título de exemplo, um dos meios para
As tecnologias ao serviço do ensino estiveram em debate, no ISEP,
alcançar este objectivo é a utilização de combustíveis a partir de
no passado dia 4 de Dezembro. Este seminário, organizado pelo
fontes de energia renováveis e combustíveis de baixo carbono, como
NACiPe, Núcleo de Apoio Científico-Pedagógico, no âmbito das suas
gás natural, hidrogénio e bio combustíveis. Novos materiais de
actividades potenciadoras da operacionalização de competências
construção, novas e diferentes e inovadoras tecnologias, diferentes
pedagógicas, teve por objectivo, clarificar e concretizar elementos
componentes do motor, novos lubrificantes, também fazem parte da
de ligação entre a pedagogia e as tecnologias ao serviço do ensino
resposta às novas exigências de segurança e de impacto ambiental
superior, através da apresentação de casos de experiências
que a indústria automóvel enfrenta.
pedagógicas recentes.
Neste contexto, a utilização de novos combustíveis, o seu impacto
Este seminário, no qual estiveram presentes cerca de uma centena
ambiental e a utilização de novos sistemas de condução são os temas
de docentes do universo IPP, contou na sua abertura com a
nucleares de um projecto europeu desenvolvido por um consórcio
intervenção da Doutora Cristina Matos, presidente do Conselho
de 9 instituições europeias de ensino superior: Universidade Paul-Henri
Científico, à qual se seguiram os diferentes oradores e intervenções:
Spaak, Bruxelas (Bélgica), Faculdade de Engenharia de Taline (Estónia),
Doutora Ana Amélia Carvalho, do Instituto de Educação e Psicologia
Universidade Técnica de Radom (Polónia), Instituição Educacional
(UM) com a comunicação "Apoiar, Reflectir e Debater no LMS:
Tecnológica de Salónica (Grécia), Universidade de Ciências Aplicadas
implicações dos podcasts"; o Doutor Vaz de Carvalho (ISEP) apresentou
de Turku (Finlândia), Universidade de Ciências Aplicadas em Colónia
uma comunicação sobre "Aplicações práticas de tecnologia no
(Alemanha), Universidade de Ciências Aplicadas Joanneum Graz
ensino"; a Doutora Teresa Pessoa, da Faculdade de Psicologia e
(Áustria), Universidade Técnica de Wroclaw (Polónia), Karel de Grote
Ciências da Educação (UC) fez a comunicação "Conversas digitais
Hogescool, Antuérpia (Bélgica) e Instituto Superior de Engenharia do
no ensino superior textos e contextos para a sua utilização"; seguiu-
Porto, representado pelo seu Departamento de Engenharia Mecânica.
se a comunicação de autoria conjunta do Doutor Gustavo Alves, do Dr. Paulo Coelho Oliveira e da Eng. Marina Duarte intitulada "Experimentação remota no apoio à leccionação". O seminário terminou com a comunicação de autoria conjunta da Dra. Clara Viegas (ISEP) e Dr. Paulo Coelho Oliveira com o título "O ensino à distância como ferramenta para gerir o curriculum".
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Este consórcio organizou no ISEP, nos passados dias 26, 27 e 28 de Setembro, um conjunto de seminários subordinados ao tema das novas tecnologias automóveis e novos combustíveis e reuniu com o objectivo de preparar mais um curso intensivo que terá lugar em Radom (Polónia) em Março. Este curso intensivo permitirá a um conjunto de docentes e estudantes das diferentes instituições de ensino superior
Sendo que promover o debate em torno das vivências pedagógicas
e de diferentes áreas do saber mecânica, electrónica, química e
dos docentes do ensino superior é um dos objectivos do NACIPe, ficou
gestão industrial criarem um espaço de partilha sobre o estado da
a promessa de novas iniciativas para 2008.
arte dos novos desafios da tecnologia automóvel.
.EVENTOS
Há 100 anos era assim Instituto Superior de Engenharia do Porto recria aula de química Nos passados dias 14 e 15 de Dezembro, o ISEP voltou ao passado, a uma aula de há 100 anos! Para tal, a escola utilizou o vasto e valioso acervo de instrumentos científicos, com mais de um século, não sendo esquecidos pormenores como figurinos, decoração e documentos da altura. As aulas começaram por volta das 10:00, na Sala de Actos, e marcaram as comemorações dos 155 anos da instituição que é uma das mais antigas escolas de engenharia do país.
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Conhecer o ISEP de hoje através do seu passado foi o mote para a iniciativa que congregou vários esforços. Para as aulas de Química dos dias 14 e 15 de Dezembro, foi recriado o ambiente do ano 1907, data escolhida por corresponder a 100 anos de história e ser o ano da morte de Mendeleev, distinto físico e químico. Os instrumentos científicos datados, na sua grande maioria, do séc. XIX, fazem parte do espólio do Museu Parada Leitão, localizado no ISEP, e são verdadeiras relíquias. Fátima Morgado, doutorada em Engenharia Química, foi durante muitos anos Vice-Presidente do Instituto Politécnico do Porto, e foi a Professora desta turma. Os alunos foram antigos professores do ISEP, já aposentados, tendo sido figuras de destaque, na vida da instituição. A Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do IPP (ESMAE) , contribuiu com a montagem dos cenários e selecção dos figurinos e a Universidade do Porto cedeu para a ocasião a mobília do laboratório Ferreira da Silva. Após a aula, seguiu-se uma visita ao Museu Parada Leitão, cuja colecção se estende a quase todas as áreas da engenharia leccionadas no ISEP, da física à electrotecnia, da matemática à mecânica, da engenharia química à civil sem esquecer a notável colecção de mineralogia. Para além de objectos, o Museu Parada Leitão possui ainda um considerável acervo bibliográfico, assim como um arquivo com diversos tipos de documentos, tais como: actas, correspondência, processos de alunos, entre outros.
.EVENTOS
SEMANA DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA 2007
A Semana da Ciência e da Tecnologia, iniciativa do Programa Ciência
(caracterização dos solos, rochas, identificação de minerais, medição
Viva, da Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica
do pH, condutividade e temperatura da água); hands-on engenharia
teve lugar no ISEP, na semana de 19 a 25 de Novembro. Durante esta
informática (montagem de um computador pessoal, teste formativo
semana, o ISEP abriu as suas portas dando a conhecer as actividades
online sobre temas ligados à informática, elaboração de uma página
científicas e de investigação que se desenvolvem na nossa escola.
web, projecção de filmes temáticos, visita ao museu de informática);
Este ano, sob o tema Engenho e Arte , o ISEP recebeu nos seus laboratórios mais de 380 alunos de Escolas do ensino básico e secundário que, acompanhados dos seus professores, visitaram sob a forma de viagem temática, os diferentes departamentos e participaram activamente em experiências cientificamente
experimenta a engenharia mecânica (ar como fonte de trabalho, luzes para a vida, samba de uma nota só, impressionismo no aço, o automóvel); engenho & arte em engenharia química (os artistas da electroquímica, analisar depois de colorir); Fisik@ VIVA (experimenta robótica); arte, jogos e matemática (jogos matemáticos).
enriquecedoras e muito apelativas - os grandes desafios da
A edição da Semana C&T deste ano, organizada no ISEP através do
engenharia civil ; com as mãos na energia eléctrica (a magia do
Núcleo de Apoio à Divulgação do Conselho Científico, trouxe à nossa
movimento, máquinas eléctricas, a produção de energia eléctrica,
escola alunos de muitas escolas do Ensino Básico e Secundário da
produz tu mesmo!, o projecto electrotécnico, o fascínio do
região norte do país, que se revelaram muito curiosos e ávidos de
electromagnetismo, ver e sentir a energia eléctrica); robôs e luz
fazer ciência e engenharia. A experiência foi muito enriquecedora e
(robôs à solta, feixes de luz); o engenho e a arte da geotecnia
terminou com a promessa de regressarem em futuras edições.
ISEP CRIA NOVO AMBIENTE NA FNAC No mês de Outubro passado, durante uma quinzena, a FNAC da rua de Santa Catarina ficou com um ambiente diferente do habitual! A livraria FNAC foi mais um espaço onde o ISEP, integrado na semana do IPP na FNAC, fez notar a sua presença - os robôs do LSA voltaram a andar à solta, criaram-se oportunidades de debate sobre veículos autónomos aéreos, marítimos e terrestres. Já o Departamento de Engenharia Mecânica demonstrou que a partir de um modelo de um carro (brinquedo) é possível a elaboração dum modelo virtual permitindo, após análise cuidada e verificação de todos os detalhes, a construção de um protótipo real. Também expôs e explicou com base numa maqueta, o funcionamento de um sistema de controlo remoto para automação e de uma rede GSM e, juntamente com o grupo de alunos do ISEP vencedores do Challenge Desafio Único promoveu uma conversa sobre esta prova automóvel.
.EVENTOS
ISEP FOI PARCEIRO TECNOLÓGICO DA UEFA NO EUROPEU DE FUTSAL
.EVENTOS
Partindo de um trabalho de investigação feito no âmbito de uma
jogadores na maioria das acções do jogo, pelo que as decisões dos
tese de mestrado dum docente do Departamento de Engenharia
treinadores puderam basear-se em informações cruciais devidamente
Informática, o ISEP desenvolveu um projecto pioneiro de recolha de
sistematizadas, permitindo-lhes corrigir sempre que necessário as
dados estatísticos em competições desportivas, passível, pela
estratégias a usar no decorrer dos próprios jogos.
tecnologia utilizada, de ser aplicado a diversas modalidades desportivas. Este projecto, que despertou desde logo interesse da UEFA, deu origem a uma parceria tecnológica entre o ISEP e a UEFA. No âmbito desta parceria o ISEP desenvolveu, para o Campeonato Europeu de Futsal, uma ontologia que representa os dados relevantes que podem ser obtidos num jogo de futsal e uma aplicação que os recolhe e armazena. Foi através desta plataforma que todas as incidências ocorridas nos jogos golos, defesas, remates, faltas, passes, entre outros, foram registadas, por alunos do ISEP, sob a forma de informação estatística e disponibilizadas em tempo real para a UEFA. A interface utilizada, através de écrans tácteis, foi também um dos aspectos importantes da aplicação, ao permitir uma recolha extremamente rápida das diferentes informações.
O sistema desenvolvido é inovador em duas das suas características: pode ser utilizado para qualquer modalidade desportiva e o utilizador pode aceder à informação de acordo com os seus objectivos, podendo combinar e cruzar todos os dados existentes e não ficar limitado a um conjunto pré-definido de informação. As mais-valias criadas por esta plataforma foram reconhecidas por
Este é mais um dos exemplos de transferência tecnológica promovida
aqueles que têm a seu cargo a gestão de uma equipa. Com base
pelo ISEP e que lhe permitiu aplicar na prática a investigação que
nos dados fornecidos, foi possível determinar qual a eficácia dos
desenvolve.
TROPHY TOUR TEVE PARAGEM NO ISEP O Troféu do Campeonato da Europa passou e esteve exposto no ISEP. Esta passagem despertou o interesse de alguns isepianos que aproveitaram para fotografarem e serem fotografados junto do troféu que se ambicionava para Portugal. Ainda no âmbito da trophy tour, também a selecção portuguesa visitou o ISEP e entre distribuir autógrafos e cachecóis da selecção, os jogadores foram convivendo com alguns dos seus apoiantes. Esse dia foi ainda marcado por uma conferência de imprensa na qual se apresentou o programa estatístico que iria ser usado durante o Campeonato Europeu de Futsal.
.EVENTOS
EQUIPA ISEP|MUNDAUTO CONQUISTA O 1º LUGAR DO CHALLENGE DESAFIO ÚNICO Da ideia de participar à conquista do 1º lugar foi um passo. Em 2007
espírito de grupo. O ISEP bem como o DEM apoiaram e apadrinharam
foi lançado o Challenge Desafio Único uma competição
a participação dos alunos nesta iniciativa pelo que estes depressa
automóvel, homologada pela Federação Portuguesa de
reuniram as condições para poderem participar. Foi comprado um
Automobilismo e Karting e promovida pela Faculdade de Engenharia
Fiat Uno que foi totalmente desmontado e posteriormente, com o
da Universidade do Porto. A participação nesta competição,
apoio da Mundauto, foi reconstruído de acordo com os requisitos da
constituída
prova.
por 5 provas, implicava adquirir um carro, desmontá-lo e reconstruí-
A equipa do ISEP|Mundauto, tendo como piloto/aluno Nuno Duarte,
lo de acordo com o regulamento da prova. Um grupo de alunos do
demonstrou ao longo dos cinco circuitos um grande entusiasmo e
ISEP, trouxe a ideia para o Departamento de Engenharia Mecânica
muita vontade de sair vencedora, o que se veio a concretizar no
(DEM) e manifestou grande vontade de participar. Esta competição
mítico Circuito de Vila Real, no qual se realizou a última prova deste
assumia-se como uma oportunidade de chegar ao mercado de
Troféu. Esta vitória é fruto do conjunto de toda a disponibilidade,
trabalho mas era sobretudo uma excelente ocasião para os alunos
trabalho, apoio e experiência dos docentes envolvidos e pela vontade
consolidarem os conhecimentos de engenharia adquiridos ao longo
e qualidade dos alunos e pelo o apoio dados pelos patrocinadores.
do curso, desenvolverem competências de trabalho em equipa e de
PARABÉNS EQUIPA ISEP|MUNDAUTO!
.EVENTOS
EVENTO SINGULAR NA MARGINAL DE MATOSINHOS O ISEP, numa organização conjunta com a Câmara Municipal de Matosinhos e com o apoio da Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL), promoveu entre 19 e 30 de Setembro de 2007 uma iniciativa inédita no nosso país. O "ROBÓTICA NA PRAIA" destinou-se a um público generalista e teve por objectivo colocar em contacto com um conjunto de tecnologias emergentes, adultos e crianças de uma forma participada. O carácter da iniciativa centrouse na divulgação científica e tecnológica e foi a primeira do género realizada em Portugal. Dinamizada pelo Laboratório de Sistemas Autónomos fez chegar junto de um público alargado um conjunto de tecnologias de elevado valor acrescentado em áreas de actividade emergentes tais como: monitorização ambiental, segurança, patrulha e gestão do espaço marítimo português, prevenção de incêndios florestais e gestão agro-florestal ou intervenções de elevado risco humano como apoio em situações de busca e salvamento ou em cenários de recuperação de catástrofes. Deorreram um conjunto diversificado de actividades ao longo dos vários dias, acessíveis a todos os públicos, com momentos especialmente dedicados a estudantes do ensino básico e secundário. Os visitantes, que ultrapassaram os 15000, puderam observar e interagir com uma variedade de robôs móveis avançados e tecnologias associadas para as diversas aplicações, desde as aeronaves não tripuladas do programa FALCOS para detecção remota de fogos florestais e monitorização em ambiente marinho, os veículos marinhos ROAZ e ROAZ II para missões de segurança, monitorização ambiental e caracterização da morfologica, robôs terrestres LINCE de exploração remota e busca e salvamento ou os robôs jogadores de futebol da equipa ISePorto (incluindo robôs humanoides). Complementarmente existiu a possibilidade de interagir com arte robótica, microrobótica educativa e levar para casa uma foto do robô preferido. O dia da inauguração contou com a presença do Presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto e do Presidente do Conselho Directivo do ISEP, João Rocha, que realçaram o facto de ser responsabilidade das instituições juntarem sinergias para levarem ao grande público, as expectativas da tecnologia e da ciência para os próximos anos. Ficou a promessa mútua de se repetir o evento.
.EVENTOS
ROBÓTICA EM MATOSINHOS PARA DIVULGAR INOVAÇÃO in Público 20-09-07
INICIATIVA DO ISEP CAPTA INTERESSE DA CÂMARA DE MATOSINHOS EM APLICAR ALGUNS PROJECTOS in O Primeiro de Janeiro 20-09-07
.EVENTOS
APARELHOS PARA LOCALIZAR PESSOAS EM SITUAÇÃO DE CATÁSTROFE OU DETECTAR INCÊNDIOS ENTRE AS NOVIDADES MOSTRADA PELO INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DO PORTO in Público 20-09-07
...ROBÔS DO INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DO PORTO VÃO MANTER-SE À BEIRA MAR... in Jornal de Notícias 24-09-07
.PERFIL
Ismael Cavaco, docente desde 1969 no então Instituto Industrial do Porto, passou pela integração do ISEP no Instituto Politécnico do Porto, foi membro da Comissão Coordenadora do Conselho Científico, desempenhou o cargo de director de curso de engenharia mecânica,
de
Departamento
presidente de
do
Engenharia
Mecânica, membro do Conselho Geral do IPP, é actualmente Professor
Professor Decano
Coordenador e o Professor Decano do ISEP. Nessa qualidade, acedeu ao convite do
ISMAEL CAVACO
para uma pequena
entrevista.
É inevitável assumir que em alguns
desempenhar. Estamos a falar dum meio,
que o diplomado, na maior parte das vezes,
aspectos o Instituto de outrora é muito
então substancialmente mais restrito e,
vai assumindo posições de hierarquia
diferente do ISEP dos nossos dias. Há alguma
naturalmente muito melhor conhecido. Hoje
progressivamente mais elevadas e a sua
semelhança entre desafios que se
formamos diplomados para um universo sem
realização como profissional depende
enfrentaram e os que hoje se colocam?
.
limites, com requisitos variáveis e em evolução
largamente do desempenho das equipas que
Ismael Cavaco (I.C.) - Acho que os desafios
permanente e sobre um espectro de
chefia. Nesse sentido, as suas capacidades
se centram, no essencial, nos mesmos alvos:
conhecimentos muito mais vasto....
de comunicar, motivar e liderar são
o prestígio da Escola, o seu reconhecimento pela sociedade e pela comunidade empresarial, a qualidade dos nossos diplomados e, em particular, a adequação das suas competências às exigências do mundo actual. Há porém um conjunto de factores que sofreu mudanças substanciais: o mercado requer novas e mais alargadas
Em suma, a essência dos desafios é da mesma natureza, mas a substantiva mudança dos factores envolventes, das múltiplas vertentes sobre que incidem e da própria dimensão e cultura da Escola impõem, hoje, uma atitude de gestão claramente mais profunda, mais atenta e mais rigorosa.
determinantes e as competências associadas têm que ser trabalhadas e desenvolvidas ao longo do percurso formativo. A apetência para o empreendedorismo exige todas essas competências
e,
ainda,
algumas
características de personalidade como o gosto pelo risco e por determinar o seu tipo de vida, forte sentido de responsabilidade,
competências, a concorrência é muito maior,
Actualmente, é por muitos defendido
auto-confiança e auto-estima, imaginação,
emergem novos modelos de ensino-
que o aluno do ensino superior deve adquirir
originalidade, espírito crítico. Há portanto aqui
aprendizagem e também novos padrões de
competências além das técnicas e científicas
alguma vertente intrínseca que deve ser
avaliação mais exigentes. A envolvente,
ligadas ao seu curso. Neste sentido começa
considerada e portanto eu não sei bem dizer-
claramente mais dinâmica, torna mais
a haver uma grande tónica relacionada com
lhe se o empreendedorismo deve ou pode
complexa a previsibilidade e a formulação
o empreendedorismo. Ensinamos os nossos
de objectivos. Entretanto todas estas
alunos a serem empreendedores? Que
mudanças ocorrem ao longo dum período
exemplo damos?
em que a Escola viveu um crescimento e uma
I.C. É geralmente aceite que o diplomado
renovação muito grandes com as decorrentes necessidades de reorganização interna.
deve dispor doutras competências para além das estritamente técnicas e científicas. Parece-
Há 30 ou 40 anos os professores conheciam-
me uma concepção completamente
se todos, sabiam os nomes dos alunos, o tipo
correcta, pois o diplomado vai exercer
de formação era muito prático e ligado à
engenharia inserido num grupo ou numa
natureza do exercício profissional dos docentes
organização e esse exercício obriga
a grande maioria dos professores exercia
necessariamente a uma permanente relação
engenharia, poucos eram aqueles cuja
com outras pessoas, em várias vertentes: como
actividade principal era o ensino -, e havia
chefe, como subordinado, como cliente,
também uma compreensão mais correcta
como fornecedor, como parceiro. Uma parte
das necessidades do mercado e um
significativa do sucesso do diplomado decorre
conhecimento mais preciso do perfil das
da qualidade que ele é capaz de pôr nesta
funções que o diplomado viria a
relação. Em particular, devemos ter presente
...uma atitude de gestão claramente mais profunda, mais atenta e mais rigorosa.
.PERFIL ser ensinado. Acho que deve ser referenciado, avaliado e constituir objecto de análise, como uma opção e uma oportunidade de vida. Parece-me bem que o empreendedorismo seja trabalhado numa óptica de seminários ou pequenos ciclos de acções como julgo que vem acontecendo, o que também proporciona a intervenção de agentes externos à Escola e a possibilidade de análise de experiências concretas. Na sua opinião, em Portugal, há mais semelhanças ou diferenças entre os dois subsistemas de Ensino Superior? I.C. Julgo que a tendência vem sendo no sentido da maior semelhança. Na maior parte dos casos o empregador tem dificuldade em compreender as diferenças de formação proporcionada por cada um dos subsistemas e também me parece que as instituições, em especial as ligadas ao Ensino Politécnico, não têm conseguido clarificá-las. Por outro lado, o dispositivo legal vem prosseguindo o estabelecimento de discriminações de natureza social e não propriamente de natureza vocacional, o que, não só dificulta a caracterização das marcas, como induz a aproximação formativa. Julgo que nos cabe, a nós gente do Politécnico e em particular do ISEP, o esforço de tornarmos compreensível e visível, quer para a sociedade quer para os empregadores, a diferença do nosso tipo de formação. Mas, estou igualmente convencido que, do ponto de vista do mercado, não é nada importante esta questão da proveniência do subsistema de que o diplomado é oriundo; o empregador quer diplomados de qualidade, capazes de responderem às suas necessidades e implementarem as políticas de empresa com sucesso. Compete-nos, por isso e
principalmente, a obrigação de exprimir com
procura facilitar a mobilidade de estudantes
muita clareza os nossos objectivos, o conjunto
entre Estados e contribuir assim para a
de competências que cada um dos nossos
competitividade da UE. Em simultâneo,
cursos proporciona e, finalmente a
incentiva a formulação clara das
capacidade de o demonstrar de forma visível
competências
e credível. Acho que este esforço de
demonstrabilidade e procura realçar as
clarificação, de objectividade e de luta pela
vantagens
conquista do devido reconhecimento vem
aprendizagem centradas no aluno e na sua
acontecendo na nossa Escola duma forma
autonomia de trabalho. Estas tónicas
empenhada e positiva e, sem prejuízo das
promovem a necessidade de análises mais
naturais diferenças de visão próprias de cada
rigorosas sobre o perfil efectivo da procura e
Departamento, esse esforço ajudará a manter
também
e expandir a imagem da nossa Escola, o
adequabilidade dos currículos a esse perfil.
prestígio dos nossos cursos e a qualidade dos
Creio que este tipo de trabalho, muito difícil,
nossos diplomados. As boas escolas são as
se bem conduzido, produzirá bons resultados
que obtêm o reconhecimento do seu mérito
a curto prazo, em termos de melhoria da
pela sociedade, independentemente de
qualidade dos nossos cursos e duma
estarem inseridas no Ensino Politécnico ou no
adequação
Ensino Universitário.
conseguida.
das
sobre
adquiridas
e
sua
metodologias
a
de
estruturação
escola-mercado
e
mais
Apesar de não existir na UE uma política
Mas, a referência de qualidade a que liga a
de educação comum e sendo de cada
sua questão só é visível através dos resultados
Estado a responsabilidade do seu sistema de
competência demonstrada pelos
educação, como vê a aplicação do sistema
diplomados, contributo evidenciado pelas
de Bolonha no Ensino Superior? Acredita que
instituições para o desenvolvimento, mérito
esta harmonização contribui para alcançar
que lhes é reconhecido pela sociedade. E,
o desafio de tornar Sistemas de Educação
estou em crer que não há uma receita de
Europeus uma referência de qualidade
metodologias para o sucesso. As mesmas
mundial?
metodologias podem, nuns casos conduzir
I.C. Não creio que a aplicação dos princípios
ao sucesso, noutros ao insucesso; se
de Bolonha, possam, por si, conduzir à
examinarmos mais atentamente esta questão
referência que menciona. Bolonha procura
constataremos que essa diferença resulta, na
vantagens económicas (os diplomados obtêm
maioria dos casos, das pessoas que as gerem
capacidade profissional em menos tempo),
e implementam. Com Bolonha ou sem
.PERFIL
Bolonha, as escolas têm que descobrir os seus
exigências é naturalmente graduável e,
próprios caminhos e métodos, estabelecer
certamente que uma empresa, por cada
modelos credíveis de acção e, trabalhar
mestre, deve ter três ou quatro licenciados. A
muito, muito e organizadamente sobre eles,
ideia que as universidades fizeram vingar do
naturalmente atentas à qualidade dos
conceito de mestrados integrados destrói esta
resultados e sensíveis às críticas que suscitem.
lógica pois o mestrado integrado não só não
Tentando resumir, Bolonha não é um passaporte para a citada referência de
profissionaliza o licenciado, como força o aluno a manter-se cinco anos na escola, sob
Como avalia o novo Regime Jurídico do Ensino Superior? I.C. Tenho alguma dificuldade em fazer-lhe uma avaliação global bem estruturada, mas vou procurar referir-lhe alguns aspectos que, em minha opinião, abordaria de forma diferente.
um processo muito semelhante ao que vinha
A organização do governo parece-me
acontecendo até agora. O que está em jogo
excessivamente concentradora. O Conselho
é organizar unidades propedêuticas, de
Geral elege o Presidente, controla o seu
Mesmo tendo por base a filosofia de
ciências da engenharia e da especialidade
exercício e, em determinadas circunstâncias,
aprendizagem ao longo da vida, acredita
em ciclos mais curtos que confiram com a
pode deliberar a sua destituição; controla
que uma maior diversidade e quantidade de
devida diferença de níveis, mas num e noutro
ainda o Conselho de Gestão, já que este é
matérias não técnicas somadas a um primeiro
ciclo, competências profissionais e isto é
nomeado pelo Presidente. Apesar da sua
ciclo de estudos superior, com menos anos,
mais difícil de fazer do que fazer um curso
composição colegial e da sua razoável
é o caminho para termos técnicos superiores
único de cinco anos, mas é o objectivo.
representatividade, o Conselho Geral é, de
qualidade, mas proporciona pistas que, bem trabalhadas, a ajudarão certamente a atingir.
melhor formados, com competências que os habilitem a responder aos novos desafios do
Gostaria ainda de lhe dizer que o ciclo de mestrado não consiste em somar matérias
facto um órgão que concentra muito poder, já que as matérias de maior responsabilidade para a Instituição passam pela sua aprovação
mercado de trabalho?
não técnicas a um primeiro ciclo de estudos
I.C. Acho genericamente que sim, mas
aparentemente mais técnico, como parece
gostaria de introduzir algumas correcções ...
sugerir a sua questão. Os conteúdos ligados
A organização do ensino superior iniciada por
às
um ciclo de licenciatura de três anos parece-
relacionamento, saber estar em grupo e na
processo não dependente do Conselho Geral,
me bem. Não se trata de discutir se um
sociedade, capacidade de análise e
mas antes decorrente de sufrágio
licenciado detem todas as competências
resolução de problemas, liderança e outras
substancialmente mais amplo, facultando a
exigíveis pelo mercado de trabalho.
que simplificadamente estamos a chamar de
possibilidade de toda a instituição conhecer
Claramente que não, mas claramente
não técnicas, devem ser gradual e
o pensamento dos candidatos, avaliá-los e
também que algumas vai seguramente ter.
harmonicamente inseridos na estrutura do
decidir em conformidade. O Presidente é o
Trata-se é de graduar as competências
curso, desde o seu início; isto é, o aluno não
órgão superior de governo da instituição,
afectas a um ciclo de formação de três anos
vai aprender a tècnica num primeiro tempo
quem dirige e representa a Instituição, mas
e as adquiridas por um ciclo complementar
e a vertente sócio-comportamental num
de facto, ou o faz de acordo com a vontade
segundo tempo. Desde o 1º semestre da
expressa do Conselho Geral ou fica impedido
licenciatura terá que, por exemplo, aprender
da função. Haveria, por isso ainda, de estar
a expor um problema, a saber descrevê-lo
prevista a forma de resolução de manifesta
por escrito e oralmente, a discuti-lo e a
incompatibilidade de governo que possa
argumentar os seus pontos de vista, a trabalhar
ocorrer entre o Conselho Geral e o Presidente.
de mais dois anos. Não tenho dúvidas que as competências possíveis de obter na licenciatura respondem a uma percentagem significativa das exigências profissionais; temos é de as saber especificar (como igualmente temos de o fazer em relação ao mestrado).
questões
de
comunicação,
em equipa.
e faz também algumas funções próprias dum Conselho Fiscal e duma Assembleia Geral. Preferiria que a eleição do Presidente fosse
Esta mesma atitude concentradora manifesta-
A organização do ensino superior nestes dois
E, ao longo do seu percurso na escola, as
se também, por exemplo, no poder atribuído
ciclos permite graduar e adequar melhor os
várias componentes da formação plena
à Assembleia Estatutária. A aprovação de
níveis de competências e de exigências
(técnicas e não técnicas) devem continuar
Estatutos, pela sua importância para a
profissionais
a interligar-se com harmonia, qualquer que
Instituição, merecia, na minha opinião, ser
seja o ciclo de estudos.
atribuída a uma assembleia mais vasta.
e
portanto
torna-se
economicamente vantajosa. O quadro de
.PERFIL Acho que a caracterização dos dois
universidades ou quando abusa do termo
cultura. Esta obrigação parece-me excessiva
subsistemas do ensino superior pune, sem
profissionalizante para caracterizar, e bem, o
e parecia-me melhor que fosse uma
razões aceitáveis, o subsistema politécnico,
ensino politécnico e em alternativa os termos
disposição optativa (como acontece com o
não contemplando a possibilidade deste
ciência e cultura quando refere o ensino
Presidente).
conceder o grau de doutor. De facto, acho
universitário (parece que as universidades não
que há duas questões distintas que não
formam profissionais ). É bom lembrar que
Uma outra questão que me parece mal
devem ser misturadas. Uma diz respeito aos
as escolas de engenharia fazem engenheiros
tratada tem que ver com o conceito de
objectivos de cada subsistema, o universitário
e os engenheiros não são cientistas nem
especialista. O especialista qualifica o corpo
com preocupações mais orientadas para o
agentes privilegiados de cultura; são
docente do Politécnico como o doutor
desenvolvimento científico e investigação
profissionais preparados para resolver
qualifica o da Universidade. Não é razoável
fundamental,
com
problemas concretos, cuja formação, assente
que a lei use o conceito, que quantifique a
preocupações mais orientadas para a
em bases científicas e culturais bem
percentagem exigível de especialistas para
vertente técnica e investigação aplicada.
estruturadas, é uma formação de engenharia,
o corpo docente do Politécnico e não se
Mas, estas diferenças de caracterização não
isto é, uma formação particularmente
saiba, com rigor, do que estamos a falar.
devem, a meu ver, influenciar a limitação do
orientada para a capacidade de aplicar e
Parece-me perfeitamente normal que uma
nível de graus a conceder por cada
adequar os conhecimentos e os resultados
lei remeta a caracterização dum conceito
subsistema. Uma coisa é definir a natureza
da ciência ao serviço do progresso e bem-
para outro dispositivo legal, mas, percebo
dos subsistemas, outra, a capacidade que
estar da humanidade. E o erro está em
muito mal que isso possa acontecer num caso
nunca deveria ser impedida por lei de
considerar-se que fazer esta ponte é menos
em que o conceito é estruturante e
qualquer deles progredir na qualificação. A
nobre ou menos exigente do que fazer ciência
condiciona disposições que a própria lei
capacidade de atribuir graus deveria ser
e, assim sendo, o Politécnico não precisa (ou
estabelece (no caso, regras sobre a
objecto de avaliação, caso a caso, em
não é capaz) de fazer doutores nessa
composição do corpo docente). No limite,
função da satisfação de requisitos adequados
importantíssima missão de dar corpo e eficácia
pode mesmo vir a ter lugar uma
e pré-estabelecidos, como qualificação do
ao conhecimento.
caracterização futura de especialista hostil
o
politécnico
corpo docente e de investigadores, qualidade
ou inadequada aos interesses do Politécnico.
dos meios disponíveis e da investigação
A obrigatoriedade do Presidente do Conselho
produzida, relevância dos serviços prestados
Geral ser uma personalidade externa à
Finalmente um outro ponto que gostaria de
e outros critérios de qualidade, que, de facto
Instituição, embora possa ter alguns
comentar liga-se com a possibilidade da
são os critérios selectores racionais para a
argumentos compreensíveis, parece-me ser
eventual transformação das instituições
capacidade de atribuição de graus. A
uma imposição de concretização difícil. Não
públicas em fundações públicas com regime
limitação imposta prejudica não só a
esqueçamos que deve tratar-se de
de direito privado. De facto presumo que se
autonomia de criação de quadros próprios
personalidade de relevo, que tem de dispor
trate de questão importante, mas não sei
no Politécnico, como não encoraja o
de tempo para estudar e ficar por dentro de
exactamente o que significa e o que visa e
desenvolvimento de grupos de investigação
assuntos normalmente complexos e ainda
também não tenho conseguido que me
aplicada. Esta menoridade mantém-se ao
que o Conselho Geral é claramente o órgão
expliquem. Deixaria só o seguinte comentário:
longo do articulado do RJIES, por exemplo
que concentra mais poder e responsabilidade.
tratando-se de forma de organização jurídica
quando considera que o desenvolvimento de
Conhecemos bem as dificuldades de tempo
alternativa, que porventura abre novas ou
actividades ligadas ao ensino ou à cultura
que as personalidades externas normalmente
diferentes oportunidades ao ensino superior,
não constituem requisito para os Instituto
têm em poder acompanhar a vida das
não deveria ser mais clara e bem explicada
Politécnicos, mas constituem para as
instituições e até em compreender a sua
no texto da lei?
PUB
.DESTAQUE
ISEP
COOPERAÇÃO EM S.TOMÉ E PRÍNCIPE
A República Democrática de São Tomé e
integral. A população são-tomense actual é
considerável com o aumento do turismo. O
Príncipe é um estado insular localizado no
de cerca de 185.000 habitantes, dos quais
descobrimento da existência de petróleo nas
Golfo da Guiné, composto por duas ilhas
135.000 em São Tomé, 6000 no Príncipe, e o
águas territoriais de São Tomé e Príncipe abre
principais (São Tomé e Príncipe) e várias ilhotas,
resto no exterior (a grande maioria deles reside
as possibilidades de desenvolvimento do país.
num total de aproximadamente 1.000 km².
em Portugal).
Sem fronteiras terrestres, situa-se próximo das
sociedade
UPM e a República Democrática de São Tomé
predominantemente rural, em que os sectores
e Príncipe assinam um acordo de
económicos com maior expressão são a
colaboração para formação de alunos são-
As ilhas de S. Tomé e Príncipe fazem parte de
agricultura, a silvicultura e as pescas.
tomenses no ISEP e na Universidade Politécnica
um conjunto de afloramentos vulcânicos, que
Actualmente os parceiros comerciais mais
de Madrid na área da engenharia dos
além destas ilhas, inclui também as ilhas de
importantes são os países da comunidade
petróleos. Como resultado deste acordo,
Ano Bom e Fernão do Pó. Encontram-se no
europeia e Angola. Portugal contribui com
espera-se a inscrição de dois alunos são-
prolongamento da Cordilheira dos Camarões,
60% das ajudas externas. Entretanto, o sector
tomenses no próximo ano lectivo 2008-2009.
formando assim um alinhamento de mais de
dos serviços tende a melhorar de forma
costas do Gabão, Guiné Equatorial, Camarões, Nigéria e Angola.
2,000 km de extensão, desde a ilha de Ano Bom até a margem sul do Lago Tchad.
.
Aceita-se de forma geral, que os navegadores João de Santarém e Pêro Escobar, ambos cavaleiros da casa do Rei D. Afonso V, teriam provavelmente arribado à Costa Norte de S. Tomé no ano de 1470 encontrando-se as ilhas descobertas desabitadas. Em 12 de Julho de 1975, o arquipélago de São Tomé e Príncipe, após 500 anos sob domínio Português, assumiu a independência
Trata-se
Em Novembro de 2006, o ISEP-IPP, a ESIMMduma
.DESTAQUE A visita do Presidente da região autónoma do Príncipe, Exmo. Sr. José Cassandra, ao ISEP, em 23 de Abril de 2007, aprofundou os contactos previamente estabelecidos entre o ISEP e o Governo de São Tomé e Príncipe. Como consequência da reunião mantida, o ISEP disponibilizou-se a entregar para escolas de ensino secundário da Ilha do Príncipe de equipamento informático para a formação dos seus jovens alunos. O presidente do Conselho Directivo do ISEP foi formalmente convidado pelo governo do Príncipe a uma visita oficial com o objectivo da assinatura dum protocolo de colaboração técnico, cultural e científico entre o ISEP a o Governo
Um dos objectivos da visita foi formalizar a
professores do secundário. Pode considerar-
do Príncipe.
entrega de vinte computadores que tinham
se que uma das maiores preocupações do
sido anteriormente enviados, com
Governo do Príncipe, são as lacunas de
colaboração do IPP, para a sua distribuição
formação média e superior das populações
por duas escolas da cidade de Santo António,
e a sua relação com o desenvolvimento do
capital do Príncipe. Estes computadores
país.
No mês de Outubro de 2007 o Presidente do Conselho Directivo do ISEP, Doutor João Rocha, o Cônsul da República Democrática de São Tome e Príncipe em Aveiro, Sr. Eduardo Cavaco e o Director do Curso de Engenharia Geotécnica e Geoambiente, Engº António Vega deslocaram-se a São Tomé e Príncipe para melhor conhecer a realidade local e poder assim estabelecer outros acordos,
tornam-se essenciais, nas palavras da responsável de educação do governo autónomo do Príncipe, para a formação actualizada dos alunos do ensino básico e secundário na ilha.
programas e projectos que contribuam para
As autoridades e responsáveis pelas escolas
o desenvolvimento da ilha do Príncipe, nos
deram a conhecer os espaços onde serão
quais o ISEP, como escola de engenharia de
colocados os computadores e expressaram
referência, possa idealizar e implementar.
as dificuldades materiais e de formação dos
O Presidente do C.D. do ISEP fez entrega também de material escolar do ISEP aos responsáveis das escolas visitadas. No dia 25 de Outubro foi assinado formalmente, em presença da comunicação social, um protocolo de colaboração técnica científica e cultural entre o Governo Autónomo do Príncipe e o ISEP que servirá de suporte para a concretização de projectos conjuntos que serão estabelecidos um futuro próximo. Durante a visita a São Tomé foi também possível celebrar reuniões com outras autoridades da ilha, dos quais podemos destacar o Exmo. Sr. Embaixador de Portugal, o Exmo. Sr. Embaixador do Brasil e o Exmo. Sr. Primeiro-Ministro do Governo de São Tomé e Príncipe.
... um protocolo de colaboração técnica científica e cultural entre o Governo Autónomo do Príncipe e o ISEP que servirá de suporte para a concretização de projectos conjuntos ...
.INVESTIGAÇÃO À LUPA
{Nídia Caetano ...e o projecto BIODIESEL} Aproximadamente 40% de toda a energia
O que são os biocombustíveis e o que
o metanol e um catalisador como a soda cáustica (NaOH).
consumida é proveniente do petróleo, do
distingue o Biodiesel?
carvão e do gás natural, sendo que são
Nídia Caetano (N.C.) Os biocombustíveis são
fontes limitadas, pelo que se torna
combustíveis líquidos ou gasosos, produzidos
imprescindível a procura de fontes
a partir da biomassa que é a fracção
tanto no BD ?
alternativas.
biodegradável de produtos e resíduos
N.C. Porque o BD pode ser produzido
provenientes da agricultura, da silvicultura e
facilmente por qualquer pessoa, na sua
de indústrias conexas, bem como a fracção
própria casa, a partir de óleo alimentar usado
biodegradável dos resíduos industriais e
ou virgem. Mas há que ter muito cuidado. O
A UE assumiu o compromisso de substituir 20% dos combustíveis convencionais por combustíveis alternativos até 2020.
Porque é que que ultimamente se fala
urbanos. De entre os vários biocombustíveis,
metanol é muito perigoso, quando mal
dos
podemos salientar o bioetanol (etanol
manipulado. É inflamável, provoca cegueira
biocombustíveis insere-se na estratégia
produzido a partir da biomassa e/ou da
e cirrose do fígado. O NaOH também não é
da UE de redução da emissão de gases
fracção biodegradável de resíduos, para
propriamente saudável Além do BD,
com efeito de estufa decorrente dos
utilização como combustível), o biogás (gás
também se produz glicerol, contaminado com
compromissos assumidos no protocolo de
combustível produzido a partir de biomassa
excesso de metanol utilizado. O que é que o
Quioto.
ou da fracção biodegradável dos resíduos)
produtor doméstico faz com isso? Cano
e o biodiesel (BD) (que é um éster metílico
abaixo, imagino! Não me parece que isso
produzido a partir de óleos vegetais ou
possa de todo ser permitido. Não há ETAR que
animais, com qualidade de combustível). Este
aguente!
Em
Portugal,
a
promoção
O ISEP entra também nesta tendência dos Biocombustíveis, com a produção de Biodiesel.
último pode ser usado em motores diesel. Quando em misturas com até 5% de BD (B5)
Então, a produção do BD vai competir
usadas em motores não adaptados, a sua
no consumo de oleaginosas. Isso não vai fazer
utilização não necessita de qualquer controlo
subir o preço dos óleos alimentares?
mas, se usado em misturas com maior teor de
N.C. Essa é precisamente uma das questões
BD (20% - B20 ou 100% - B100) em motores não
apontadas ao BD. Podemos falar em BD de
adaptados, é obrigatório o controlo da sua
primeira geração (o que é produzido a partir
utilização no ambiente, nomeadamente no
de sementes de oleaginosas alimentares
que diz respeito às emissões para a atmosfera.
como o girassol e a soja), que compete com
Quanto à produção do biodiesel, pode ser
a indústria alimentar, colocando problemas
feita de diversos modos, sendo a mais comum
de ordem ética não faz muito sentido usar
a reacção de transesterificação de
culturas alimentares para produzir combustível
triglicerídeos (gorduras) com um álcool como
especialmente se a produção não for
.INVESTIGAÇÃO À LUPA para a subida do preço das oleaginosas alimentares, como já tem sido verificado pelos produtores nacionais. Mas podemos também falar em BD de segunda geração (o que é produzido a partir de culturas específicas de oleaginosas que não tenham fins alimentares, como é o caso da Jatropha e castor) ou de resíduos. É para este tipo de culturas que já se vem apontando. Finalmente, surge o BD de terceira geração, que é produzido a partir de algas e cianobactérias,
que
precisam
de
manipulações transgénicas. É um facto que o ISEP produz Biodiesel. Qual a sua finalidade? N.C. O ISEP tem vindo a dedicar atenção ao BD há algum tempo e a vários níveis, nomeadamente na investigação, ensino, divulgação da ciência e gestão ambiental,
temos apostado nas técnicas analíticas
estações de tratamento de águas residuais
tendo em vista uma abordagem integrada,
necessárias para a caracterização do BD de
(ETAR). Se forem depositados com os resíduos
com projectos a decorrer em cada uma
acordo com alguns dos parâmetros legislados,
domésticos, na maioria dos casos vão
destas áreas. A nível de I&D, estão em curso
na optimização da sua produção, no projecto
contaminar os sistemas de tratamento de
no Departamento de Engenharia Química
de unidades de produção e purificação do
lixíviados dos aterros sanitários. Ora estas
(DEQ) vários projectos de investigação (alguns
BD, e na produção de BD com catalisadores
gorduras constituem uma importante fonte
dos quais financiados pela AdI) relacionados
alternativos, menos nocivos para o ambiente
de matéria-prima para a produção de BD
com a produção de biodiesel, focando
(como as lipases enzimas do fígado), ou
(que é já objecto de recolha selectiva por
aspectos como a melhoria do processo
com um álcool mais bio (o etanol, que além
parte de algumas empresas). Assim, tem sido
produtivo e o aproveitamento de matérias-
do mais é muito menos tóxico do que o
também uma preocupação do ISEP contribuir
primas alternativas, tais como óleos
metanol). No que diz respeito à gestão
para a redução do problema da gestão
alimentares usados e gorduras animais. Alguns
ambiental e responsabilidade social, todos
destes resíduos, valorizando-os da maneira
destes projectos são desenvolvidos em
sabemos que os óleos alimentares usados
mais adequada possível. Está em fase de
colaboração com empresas do sector, com
resultantes quer da actividade doméstica
instalação um sistema de recolha e
as quais o ISEP estabeleceu parcerias, quer a
particular, quer da actividade industrial,
transformação em BD de óleos alimentares
nível de caracterização/meios de análise,
constituem um grande problema de gestão
usados (OAU) produzidos pela comunidade
quer a nível de desenvolvimento do próprio
de resíduos. Não estando ainda constituída
do ISEP. Neste momento, já é possível a
processo. Isso permite-nos reforçar a ligação
uma entidade gestora para este fluxo
qualquer utente do Campus do ISEP entregar
da escola ao tecido empresarial, fundamental
específico de resíduos, o seu despejo no
no Laboratório de Tecnologia Química do
à formação dos alunos e à sua integração
colector municipal ou no domínio público
DEQ/ISEP os seus óleos alimentares usados.
na vida activa profissional. A nível de ensino,
hídrico causa problemas substanciais nas
Esperamos, num futuro próximo, dispor de um local específico no parque de resíduos do ISEP, para a entrega do OAU de toda a comunidade escolar. O BD produzido está já a ser utilizado na frota do ISEP numa primeira fase, apenas o dumper está a ser abastecido, muitas das vezes com B50 ou B100, e isto sem qualquer modificação. Pretende-se com isto sensibilizar toda a comunidade escolar e, através desta, a comunidade da área envolvente, para a necessidade de tratar adequadamente os resíduos e produzir biocombustíveis alternativos aos combustíveis fósseis tradicionais. O interesse e apoio que o Conselho Directivo tem demonstrado e prestado à realização de todas estas iniciativas tem sido gratificante e um bom motor impulsionador de todas estas actividades.
.INVESTIGAÇÃO À LUPA
quer a injectar na REN. Tudo isto, fazendo a
aspectos fundamentais. O primeiro, a
sensibilizar o grande público ?
integração deste sistema na sua actividade
formação nos métodos de análise necessários
N.C. O ISEP tem organizado um conjunto de
pedagógico-científica e tecnológica,
e a caracterização do BD produzido como
actividades com o objectivo de divulgar a
contemplando as etapas de produção,
forma de monitorização do processo produtivo
ciência e tecnologia junto das comunidades
purificação, caracterização do BD, controlo
e de garantia da qualidade do produto (foi
escolares dos Ensinos Básico e Secundário. A
da unidade, valorização do glicerol, testes do
o caso do protocolo estabelecido com a
produção de BD em laboratório é uma das
combustível produzido em motores diesel,
Socipole e, mais recentemente, com a
experiências propostas, em que os jovens têm
caracterização das emissões produzidas, etc.
Bioportdiesel). Naturalmente que, não
contacto directo com o trabalho laboratorial
Para tudo isto, estamos a procurar estabelecer
dispondo o ISEP de um laboratório acreditado
numa perspectiva de aplicação prática e
parcerias com empresas, de modo a que esta
pelo IPAC para a prestação de serviços de
também com os aspectos tecnológicos da
unidade piloto possa ser usada em estudos
análise ao BD, nem de todos os equipamentos
produção industrial do BD. Esta tem sido uma
com interesse prático, e também a nível de
necessários para a caracterização completa
proposta que tem registado uma adesão
experiência prática do tipo estágio.
do BD, as análises cá realizadas não podem
O que é que se está a fazer para
.
servir para efeitos legais. O segundo aspecto,
maciça dos estudantes e a avaliação francamente positiva que dele tem sido feita
Referiu também parcerias desenvolvidas
prende-se com o apoio à avaliação de
traduz o interesse que estas actividades e o
com empresas. Qual o papel do ISEP nessas
potenciais fontes de matéria-prima (gordura)
BD em particular suscitam nos jovens.
parcerias?
alternativa, como foi o caso da colaboração
N.C. Tanto quanto é do meu conhecimento,
com a Enerfuel e, mais recentemente, e
até ao momento as parcerias que foram
através de um projecto de I&D em consórcio,
estabelecidas tiveram como finalidade dois
com a Curtumes Aveneda e Luís Leal & Filhos.
.
Qual o próximo passo? N.C. A internacionalização. Nesse sentido, já começamos a estabelecer parcerias com entidades brasileiras, espanholas e outras. Recentemente, tivemos contacto com o Presidente da Região Autónoma do Príncipe que nos forneceu algum óleo de côco e palma que foi usado com grande sucesso na produção de BD. Parece claro que estamos perante uma abordagem multidisciplinar, alargada e integradora do Biodiesel. Para onde seguimos? Poderemos falar num novo programa energético? N.C. A perspectiva que temos tido ao longo do tempo está relacionada com o objectivo que o ISEP tem de construção de uma unidade piloto integrada para a produção de biodiesel e, a partir deste, vapor e energia eléctrica, a usar quer nas instalações do ISEP,
.INVESTIGAÇÃO À LUPA Segundo Dean M. Peters, a transferência de tecnologia é o processo pelo qual uma tecnologia existente é aplicada a uma nova utilização ou a um novo utilizador. Esta transferência assenta fundamentalmente numa base tecnológica já existente e pode ocorrer entre qualquer entidade que detenha um conhecimento científico ou tecnológico específico e qualquer outra que tenha interesse em obter o direito a utilizar esse conhecimento. O projecto CIDEM-SOPSA insere-se na vertente da transferência de tecnologia de uma instituição do SCTN (Sistema Científico e Tecnológico Nacional) para uma empresa nacional.
.
CIDEM-SOPSA Transferência de Tecnologia CIDEM
Em 2003 o CIDEM obteve o reconhecimento da FCT e desde então tem expandido o seu corpo de doutorados e as suas actividades que se traduzem num número significativo de artigos, comunicações em
O Centro de Investigação e Desenvolvimento em Engenharia
congressos e publicações académicas e em projectos de colaboração
Mecânica (CIDEM), é uma instituição do STCN, residente no
com as empresas.
Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) do Instituto Superior de Engenharia do Porto. Foi criado com o objectivo
A Sopsa - Representações e Comércio, Lda., é uma empresa nacional
de agregar os diversos docentes do DEM que colaboravam (e
que desenvolve o seu negócio no sector do ambiente, sendo as suas
colaboram) noutros centros de investigação de diversas
principais actividades o desenvolvimento, a produção e a
universidades do Norte do país (FEUP, UM, UA, UTAD), dando
comercialização de soluções de contentorização semienterrada para
espaço ao crescimento e desenvolvimento de projectos próprios
RSU (Resíduos Sólidos Urbanos), bem como todos serviços associados.
nas seguintes áreas científicas: Construções Mecânicas Fluidos e Calor
Neste segmento de mercado a Sopsa é líder incontestada, com uma quota de mercado de cerca de 25%, sendo os seus produtos usados por mais de 2 milhões de Portugueses.
Gestão Industrial
Esta liderança foi resultado de uma aposta feita há 14 anos num
Materiais e Processos Tecnológicos.
produto inovador, o contentor semienterrado da marca MOLOK,
Os seus objectivos são: Aprofundar os conhecimentos científicos das áreas de investigação fundamental e aplicada;
estando neste momento instalados mais de 10.000 nos principais municípios do país. Este elevado número de Moloks instalados, prova que para além desta aposta ter sido correcta, os Moloks apresentam elevados níveis de fiabilidade e funcionalidade.
Criar e apoiar iniciativas conducentes à realização de
Contudo, e provavelmente pelas razões expostas anteriormente, estes
acções de formação de recursos humanos naqueles
não sofreram grandes inovações ao longo tempo, o que tem vindo
domínios;
a contribuir para o seu elevado nível de maturidade.
Difundir o conhecimento científico na sua área de
Paralelamente, o mercado do ambiente tem sofrido evoluções
actividade, nomeadamente através da edição de
profundas quer por força das novas directivas comunitárias para o
publicações e da realização de encontros, congressos e
sector, que são cada vez mais exigentes e restritivas nas suas metas,
colóquios nacionais e internacionais;
quer por efeito da evolução de toda a sociedade portuguesa, a qual
Promover o intercâmbio científico com instituições e investigadores afins; Realizar trabalhos de investigação, desenvolvimento e consultoria para o exterior;
.
ao atingir níveis de bem estar mais elevados, gera maiores níveis de consumo e em consequência destes mais desperdícios. Por outro lado denota-se existir uma maior atenção aos aspectos estéticos, nos PDM´s e nas novas urbanizações. Esta combinação de vários factores, leva as empresas de recolha e
Contribuir para o processo de desenvolvimento e
toda a fileira a tornarem-se mais eficazes e profissionais sendo obrigadas
modernização do sector produtivo do país na área de
a procurar novas soluções inovadoras, capazes de dar resposta às
Engenharia.
necessidades do momento e de antecipar as futuras tendências do mercado.
.INVESTIGAÇÃO À LUPA A SOPSA desenhou um plano estratégico de desenvolvimento de produtos e serviços inovadores que possam potenciar o seu crescimento de uma forma sustentada no mercado Ibérico, revertendo a seu favor as oportunidades que estes movimentos dos mercados podem proporcionar. Para concretizar este plano estratégico a SOPSA submeteu e viu aprovado um ambicioso projecto de Inovação e Transferência de Tecnologia à AdI (Agência de Inovação), ao abrigo do programa NITEC, no valor de 312.437,00 , envolvendo uma equipa de 4 investigadores do CIDEM em conjunto com outras equipas de design industrial, estudos de mercado e gestão do processo criativo.
.
Este projecto envolve a transferência de tecnologia entre a SOPSA e o CIDEM no âmbito das actividades de I&D daquela empresa, na área do desenvolvimento de soluções de contentorização e recolha de resíduos urbanos e de óleos usados, especialmente contentores
linguagem, de cumprimento de prazos e de alinhamento de
totalmente enterrados, com vista ao desenvolvimento de novos
prioridades/objectivos.
produtos a comercializar pela SOPSA.
Estas dificuldades têm sido apontadas como causas para um
A capacidade de empreender e criar oportunidades de negócio
desempenho insuficiente em matéria de criação de riqueza através
com potencial de sucesso é cada mais dependente da inovação
de um processo de reunião de competências e esforços.
incorporada através das ligações ao conhecimento e à tecnologia. A transferência de um importante activo das fontes produtoras de conhecimento (universidades, institutos politécnicos, centros de I&D; laboratórios, etc.) para as empresas, que concretizam a sua aplicação em produtos e serviços no mercado, constituem um factor fulcral de desenvolvimento económico e criação de riqueza.
.
.
O projecto CIDEM-SOPSA, pelas suas características, representa um passo importante no sentido de ultrapassar aquelas dificuldades e uma oportunidade de fortalecimento da ligação do ISEP, em geral, e do Departamento de Engenharia Mecânica, em particular, com o mundo empresarial. A forte componente de investigação aplicada à criação de novos produtos e ao desenvolvimento dos actuais, o
As dificuldades de relacionamento entre o mundo académico e o
seu horizonte temporal alargado (de cerca de 30 meses) e a sua
mundo empresarial são já conhecidas: fortes diferenças culturais, de
multidisciplinaridade, conferem a este projecto um interesse particular.
PUB
.INVESTIGAÇÃO À LUPA
Valorização de águas termais dos AÇORES
LABCARGA Laboratório de Cartografia e Geologia Aplicada O LABCARGA constitui um pólo de dinamização, em estreita articulação com os restantes laboratórios, em particular o Laboratório de Geotecnia e Materiais de Construção (LGMC), do ISEP, para apoiar nos domínios das geociências e geoengenharia: o ensino pré e pós-graduado para apoiar o projecto pedagógico do Departamento de Engenharia Geotécnica, a promoção de acções de formação internas e externas, a investigação científica, a prestação de serviços ao exterior, a promoção de actividades de extensão cultural e científica e as actividades museológicas, em particular ligadas ao Museu de Mineralogia e Petrologia. O LABCARGA tem competências nas áreas das geociências e da geoengenharia, nomeadamente: cartografia (geológica, hidrogeológica, geotécnica, geológico-mineira), cartografia aplicada / SIG (recursos geológicos e hídricos, ordenamento de território), hidrogeologia e geotermia, prospecção hidrogeológica, geotecnia, geologia estrutural e geomecânica de maciços rochosos, geologia e geotecnia urbanas, geologia de engenharia, geologia mineira e geologia ambiental. O LABCARGA apresenta, desde 2005, uma série de trabalhos realizados e adjudicados, designadamente, com as seguintes empresas e instituições: Geologia e Geotecnia, Consultores, Lda; Terra, Ambiente e Recursos Hídricos, Lda; Geosonda: Sondagens Geotécnicas e Geofísicas, Lda; Profico Ambiente & Ordenamento, Lda; Empresa das Águas do Alardo/ Drinkin, Lda; Francisco Pereira Marinho & Irmãos: Construção, SA; IPPAR Mosteiro de Tibães; INATEL; INOVA-Açores e Irmãos Cavaco, SA.
No início de 2006 o LABCARGA do Departamento de Engenharia Geotécnica do ISEP foi convidado a participar na coordenação e na realização de tarefas específicas no domínio dos recursos hidrominerais e geotérmicos do projecto Valorização de Águas Termais dos Açores, em curso no INOVA. Este projecto insere-se numa estratégia geral de exploração racional das energias endógenas da Região Autónoma dos Açores e tem como objectivo genérico a valorização integral das nascentes de água quente do arquipélago, colocando este recurso ao serviço das populações e da economia regional, primordialmente nas vertentes turística e de lazer. O projecto é financiado pelo Programa PRODESA e pela DRCIE Direcção Regional do Comércio, Indústria e Energia, da Secretaria Regional da Economia. Para esse efeito foi posteriormente assinado um protocolo de cooperação entre o INOVA e o ISEP, sendo todas as actividades coordenadas pelo director científico do INOVA, Prof. João Carlos Nunes e pelo geólogo José Martins Carvalho, Prof. Adjunto convidado do ISEP em representação do LABCARGA. Prevê-se a conclusão do projecto em meados de 2008.
.
.INVESTIGAÇÃO À LUPA Principais acções e tarefas realizadas O projecto Valorização de Águas Termais dos Açores dá seguimento
autorizações por parte da Secretaria Regional do Ambiente e
a acções anteriores realizadas pelo INOVA e pela DRCIE, apoiadas
do Mar (DROTRH e DRA);
pelo geólogo José Martins Carvalho, nos pólos termais do Carapacho (Ilha Graciosa), Varadouro (Ilha do Faial) e Ferraria (Ilha de São Miguel).
4. Início do processo de qualificação do recurso como água mineral natural e geotérmico (Carapacho AC1), água mineral natural
O objectivo dos trabalhos desenvolvidos, quer no Carapacho, quer
(Varadouro PS4) e geotérmico (Ferraria AC3). Esta actividade
no Varadouro, era, inicialmente, a captação de água mineral natural
inclui bombagem, análises químicas e bacteriológicas, controlo
(termo-mineral no sentido geológico) dos tipos Carapacho e
dos resultados da monitorização e a preparação de toda a
Varadouro em quantidades adequadas à laboração dos pequenos
documentação técnica e burocrática inerente à legislação em
estabelecimentos termais ali existentes, considerando-se que caudais
vigor. Esta tramitação exige a apresentação de análises químicas
da ordem de 1 a 2 L/s seriam suficientes para as necessidades
e bacteriológicas mensais no período de um ano;
estimadas. Alternativamente veio a considerar-se, no decurso das intervenções, que a captação de águas quentes, ainda que de
5. Realização de três furos de pesquisa e captação no Carapacho,
quimismo diverso, ou mesmo de água salgada, poderia ter interesse
dos quais dois (PS2 e PS3) captaram água tipo Carapacho e
para desenvolvimentos turísticos que se perspectivam para esses e
o PS1 capta água salgada. Os furos foram realizados com martelo
outros locais.
de fundo de furo e com controlo das zonas instáveis com
Sinteticamente, e dispensando a pormenorização de inúmeras tarefas processuais no âmbito do projecto (designadamente a preparação de especificações técnicas, cadernos de encargos, negociações com as entidades consultadas, adjudicações, fiscalização, contactos com instituições públicas e privadas, etc.) foram realizadas as tarefas seguintes:
instalação simultânea de coluna em aço (Simetrix); 6. Realização de um ensaio de caudal na captação tradicional das Termas do Carapacho. Para além das actividades atrás descritas foram efectuadas, ainda, outras acções auxiliares, fundamentais para os objectivos técnicocientíficos e de inserção social que se pretende alcançar com o
1. Inventário de origens: foram inventariadas virtualmente todas as
projecto, e que incluíram:
origens termais do arquipélago, incluindo nascentes, furos de captação de água potável abandonados por terem interceptado
a) Prospecção termométrica submarina ao longo de uma faixa do
águas quentes, furos termométricos e poços geotérmicos e mesmo
litoral entre o Varadouro e Cancelas/(Ilha do Faial), visando
fumarolas onde são aquecidas águas normais, cujo caso
detectar eventuais anomalias térmicas e, deste modo, inferir do
paradigmático corresponde às termas da Ribeira Grande; .
potencial posicionamento da anomalia correspondente ao furo AC4 (Capelo) e seu desenvolvimento até às termas; os resultados
2. Dimensionamento, aquisição e montagem de casetas e
obtidos não identificaram a presença de anomalias significativas;
equipamento de bombagem e monitorização nas captações do Varadouro, Carapacho e Ferraria para protecção do equipamento de bombagem e de monitorização;
.
3. Preparação dos dispositivos de evacuação da água à superfície (designadamente aduções), incluindo obtenção das necessárias
b) Levantamentos topográficos vários c) Preparação do projecto e licenciamento da adução do efluente geotérmico da captação AC1 do Carapacho para a zona do Balneário Termal;
.INVESTIGAÇÃO À LUPA Acções adicionais a implementar No âmbito do projecto serão realizadas as tarefas adicionais seguintes: Qualificação dos recursos hidrominerais e geotérmicos do Carapacho, do Varadouro e da Ferraria, no respeito pelo quadro institucional em vigor; Preparação dos processos para atribuição de concessões nas áreas de Carapacho, Varadouro e Ferraria; d) Preparação das especificações técnicas para a realização de furos de captação de água salgada na Ferraria;
.
e) Controlo da qualidade da água do mar na zona da Ferraria, com
Definição, e materialização no terreno, da zona imediata dos perímetros de protecção nos pólos do Carapacho, Varadouro e Ferraria;
diversas medições em baixa-mar e preia-mar, incluindo nas
Lançamento e construção dos aproveitamentos termais e
piscinas naturais, considerando que poderá ser implementado
geotérmicos previstos e cujos projectos estão em curso;
neste local um empreendimento geotérmico incluindo uma estação de talassoterpia;
Realização de estudos geotérmicos de pré-viabilidade noutras
Monitorização dos taludes na zona da Rua Ilha Sabrina (Ferraria),
eventualmente a relação consumidores/recurso seja
com medições em geral semanais, visando avaliar as condições
interessante.
áreas inventariadas no âmbito do projecto, onde f)
de estabilidade da zona e as medidas de contenção a implementar no futuro; g) Preparação de especificações para o controlo sistemático do equipamento de bombagem e monitorização das novas captações do Varadouro, Carapacho e Ferraria, e das medidas higiénico-sanitárias a implementar; h) Início dos contactos para a realização de estudos médicohidrológicos no Carapacho e no Varadouro; i) Apoio à Câmara Municipal da Ribeira Grande para o relançamento das Termas da Ribeira Grande;
j) Apoio à Secretaria Regional da Economia e à Secretaria Regional do Ambiente e do Mar na elaboração de propostas de valorização da Ponta da Ferraria, incluindo a recuperação do antigo edifício termal existente e a preservação deste Monumento Natural Regional; k) Apresentação de um artigo científico no Porto, em Novembro de 2006, no II Fórum Ibérico de Águas Engarrafadas e Termalismo, realizado no ISEP. O artigo teve o título Aproveitamento e Valorização de Águas Termais no Arquipélago dos Açores , sendo os autores: J.C. Nunes, J.M. Carvalho, M.R. Carvalho, J.V. Cruz,
Conclusões Os estudos e trabalhos já efectuados apresentam um balanço muito positivo que se pode resumir como segue: 1. As captações primitivas do Carapacho e do Varadouro apresentavam variações importantes de características físicoquímicas conforme as marés e as condições de extracção. A captação tradicional do Carapacho é inadequada para uma água mineral natural para uso balneoterápico (caudal de apenas
4. As águas das captações PS2 e PS3 do Carapacho e PS3 e PS4 do Varadouro, são semelhantes às do tipo Carapacho e Varadouro clássico, respectivamente, e poderão vir a ser qualificadas, de acordo com o Dec-lei 90/90 como águas minerais naturais, com aplicação em balneoterapia, atendendo ao seu elevado teor de sílica e à constância de parâmetros físico-quimicos e microbiológicos;
0,8 L/s e extrema vulnerabilidade à contaminação). A captação
5. A água do furo AC3 da Ferraria poderá ser aproveitada como
tradicional do Varadouro, nos últimos anos, apenas fornecia água
recurso geotérmico para utilização em talassoterapia, decorrendo
fria que era aquecida localmente.
neste momento as acções necessárias ao lançamento do
2. No Carapacho dispõe-se agora, de duas captações (PS2 e PS3) de água tipo Carapacho , com um caudal de 6 L/s, de uma captação geotérmica (AC1) e de uma captação de água do mar, para talassoterapia (PS1), com caudal da ordem de 11 L/s. 3. No Varadouro as águas das captações PS3 e PS4 têm uma tipologia físico-quimica próxima do tipo clássico do Varadouro, mas são frias. Em fase das características destas águas considerase que será possível a respectiva qualificação como água mineral natural;
concurso para a captação de água do mar, no respeito pelos valores ambientais de tão sensível área.
À CONVERSA COM...
{à conversa com...
Gustavo Alves}
Membro de comités científicos, moderador e revisor em conferências e revistas internacionais, Gustavo Alves é, desde 1994, Professor Adjunto do Grupo de Ciências Básicas da Electrotecnia, Departamento
de
Engenharia
Electrotécnica do ISEP. Com formação específica em Engenharia Electrotécnica e de Computadores, este docente que concluiu a formação em 1999 com um Doutoramento sobre Teste e Depuração com base nas Arquitecturas 1149.1 e P1149.4 é responsável pelo grupo de I&D LABORIS. Apostado em promover investimentos externos no ISEP, em estimular parcerias com outros grupos de Investigação e em apoiar a formação dentro do ISEP, o LABORIS tem na experimentação remota uma das suas áreas de interesse. O
, em conversa
com Gustavo Alves, ficou a saber um pouco mais sobre esta área de investigação e descobriu que o ISEP é já uma referência internacional nesta área.
Experimentação remota
CONTROLAR O MUNDO VIA INTERNET Controlar equipamento real através de um computador ligado à Internet Numa perspectiva simplificada, Gustavo Alves define a experimentação remota como controlar equipamento real através de um computador ligado à Internet . De facto, a experimentação remota com uma estrutura semelhante à visionada no famoso filme WARGAMES de 1983 - visa a disponibilização e criação de ambientes online, tendo como objectivos comandar e observar a interacção com sistemas físicos reais. Esta é, nas palavras do responsável pelo LABORIS, uma área profundamente multidisciplinar, dado que pode ser aplicada às mais diversas áreas, das quais também necessita, desde Química, Física, Electrotecnia, Mecânica, ou seja todas as áreas da ciência e da engenharia que implicam experimentação , salienta. Apesar de, do ponto de vista conceptual ser uma área abstracta, o certo é que não faltam aplicações práticas desta área do saber, tais como a promoção, 24 horas por dia, 365 dias por ano, entre todos os alunos do ISEP, ou quaisquer outras instituições de ensino, da partilha de laboratórios e experiências entre instituições um pouco por todo o mundo.
Ora isto concretiza-se numa optimização do aproveitamento dos equipamentos laboratoriais, na distribuição mais eficaz da carga dos laboratórios por diferentes fusos horários, de modo a proporcionar aos alunos uma maior variedade de experiências disponíveis. Exige-se apenas uma infra-estrutura para ligar o equipamento físico a um computador com ligação à Internet, para que se possam levar a cabo experiências químicas, mecânicas ou mesmo de observação espacial (www.discoveryspace.net). Neste último caso, por exemplo, é possível controlar remotamente um telescópio localizado no no Reino Unido ou em Creta para observar um dado corpo celeste, em tempo real, usando a Internet a partir do ISEP.
À CONVERSA COM... Experimentação remota ao serviço do ensino
Estado da arte da investigação em experimentação remota
Gustavo Alves salienta a aplicação da experimentação remota
Nas palavras de Gustavo Alves, uma das grandes mais-valias da
no ensino nomeadamente nas aulas laboratoriais, pois um aluno
exploração desta área consiste no facto potenciar parcerias com
tem a oportunidade de repetir um trabalho de uma aula prática,
outras entidades, salientando, a nível da exemplo, propostas
caso este esteja disponível via experimentação remota. Embora
endereçadas ao LABORIS por parte de outros grupos de I&D para
o software de simulação também permita aos alunos voltar a
participar em projectos, nomeadamente consórcios. Como pudemos
praticar exercícios das aulas, o responsável pelo LABORIS destaca
constatar numa breve conversa, o LABORIS atingiu um grau de
a importância, para o interesse e a motivação do aluno, do facto
credibilidade e prestígio juntos dos seus pares tal que, para além
de saber que está a controlar uma coisa real . No fundo, como
destas propostas, os investigadores do grupo já publicaram diversos
explica o docente do ISEP, a experimentação remota acaba por
trabalhos nesta área, dos quais se destacam: A Smart Layer for
funcionar como um complemento aos recursos colocados ao
Remote Laboratories", no International Journal of Online Engineering
dispor dos alunos: aulas laboratoriais presenciais, experimentação
(iJOE) e o primeiro capítulo da obra Advances on remote laboratories
remota e a experimentação virtual/laboratórios virtuais, o que
and e-learning experiences", da Universidade de Deusto, dedicado
permite a este instituto superior ajustar a exposição das matérias lectivas às características/necessidades de cada um dos alunos. A experimentação remota, realça Gustavo Alves, acaba por concretizar um investimento pedagógico, muito para além do investimento em I&D.
a um estudo sobre Redes de Laboratórios Remotos de pequena e grande dimensão, ambos em 2007. Este capítulo teve como base um projecto sobre esta área no qual o LABORIS participou - projecto ALFAII_0465-A RexNet - que reuniu instituições de ensino superior europeias e latino-americanas (Portugal, Espanha, Escócia, Chile, Brasil e México).
Ora a investigação no campo da experimentação remota, que
De evidenciar é ainda a organização
é um dos fócus essenciais do trabalho do LABORIS levou o grupo
internacional que reuniu cerca de 11 países, comprovando que a
de uma conferência
a debruçar-se sobre problemáticas geradas pela aplicação desta
investigação em experimentação remota levada a cabo pelo ISEP
área do saber, nomeadamente ao nível da gestão, reforçando
posiciona-se no mais alto nível de desenvolvimento desta área
o carácter multidisciplinar desta ciência.
científica.
Experimentação remota na indústria Não
se
pense,
contudo,
que
a
experimentação remota tem somente aplicações académicas, muito pelo contrário. Como explica Gustavo Alves, o tele-trabalho já chegou ao meio empresarial e às linhas de produção industriais, dado que existe uma cada vez maior facilidade em ligar os equipamentos à Internet. Ao nível das linhas de produção, o responsável pelo LABORIS salienta diversas potencialidades da experimentação remota, tais como a vigilância da linha de produção, o controlo da linha de produção, telediagnóstico, telemanutenção, que podem ser muito benéficas ao nível da gestão,
dado
que
permitem
uma
racionalização ao nível dos custos em recursos humanos. Para além de questões económicas, tais como quanto custa deslocar um especialista , a experimentação remota pode ainda ter um papel fundamental no desenvolvimento científico, ao permitir partilhar equipamento caro para a investigação. Os microscópios electrónicos, por exemplo, podem passar a ser partilhados por diferentes grupos de I&D, o que se traduz numa democratização do acesso ao conhecimento.
.BREVES ALUNOS E FUNCIONÁRIOS NÃO DOCENTES TÊM NOVOS REPRESENTANTES NO CD. Maria Almeida e Emanuel Thiago de Sousa Oliveira, aluno do Departamento de Engenharia Civil foram no passado dia 24 de Outubro, eleitos representantes dos funcionários não docentes e dos discentes, respectivamente, no Conselho Directivo. Maria Almeida, representante da Lista A obteve uma votação de 55 dos votos de um total de 88 eleitores inscritos. Emanuel Thiago de Sousa Oliveira, representante do corpo discente da lista A conseguiu 25 votos de um total de 5778 discentes eleitores inscritos. A cerimónia da tomada de posse decorreu no passado dia 7 de Dezembro, pelas 10:00 horas, na Sala de Actos, perante o Presidente do Instituto Politécnico do Porto, Prof. Vítor Correia Santos e o Presidente do Conselho Directivo do ISEP, Prof. João Rocha.
TOMADA DE POSSE DA COMISSÃO DIRECTIVA DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA No passado dia 7 de Novembro tomou posse a nova comissão Directiva do Departamento de Engenharia Electrotécnica numa cerimónia presidida pelo Presidente do Conselho Directivo e que decorreu como habitualmente na Sala de Actos. Os empossados fora José António Tenreiro Machado (Presidente), José António Oliveira e Sá (Vice-Presidente) e Anabela Maria Azevedo Oliveira Lopes (Vogal).
SEMINÁRIO A Matemática dos Engenheiros" O objectivo primordial do seminário foi o de mostrar a aplicação de
de matemáticos e engenheiros. Os alunos de Licenciaturas e Mestrados
modelos matemáticos nas várias áreas da Engenharia, desde a
nas áreas da Matemática e da Engenharia também foram convidados
Engenharia Mecânica, à Engenharia Electrotécnica, passando pela
a assistir ao evento.
Engenharia Informática. Os oradores convidados são membros de diversas unidades de investigação reconhecidas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, tais como o Instituto de Sistemas e Robótica de Lisboa (ISR), o Grupo de Investigação em Engenharia do Conhecimento e Apoio à Decisão do ISEP (GECAD), o Nonlinear Optimization Research Group da Universidade do Minho (NORG) e a Unidade de Integração de Sistemas e Processos Automatizados da FEUP (UISPA). A organização deste seminário enquadra-se numa conjectura de promoção da Matemática e das suas aplicações numa Escola de Engenharia. Pretendeu-se dar a conhecer o que de mais recente se faz na área da Engenharia Matemática e estimular o trabalho conjunto
SEMINÁRIO Metodologias e Instrumentação para a Caracterização de Postos de Trabalho do Ponto de Vista da Higiene, Segurança e Saúde Ocupacionais na Indústria Extractiva No passado dia 5 de Dezembro, sob a organização do Departamento
Engenharia Tecnologia e Inovação (INETI). Foi objectivo deste seminário
de Engenharia Geotécnica, decorreu no ISEP o seminário sobre
identificar os principais factores que podem provocar acidentes de
Metodologias e Instrumentação para a Caracterização de Postos
trabalho e/ou doenças profissionais e abordar as diferentes
de Trabalho do Ponto de Vista da Higiene, Segurança e Saúde
metodologias utilizadas para avaliação dos postos de trabalho nas
Ocupacionais na Industria Extractiva , que teve como oradora
pedreiras. Este foi também uma oportunidade para apresentar o
convidada a engenheira Maria Luísa Matos do Instituto Nacional de
diverso equipamento utilizado para a referida caracterização.
.
.BREVES
NOVA LICENCIATURA EM OPTIMIZAÇÃO E INOVAÇÃO Competências genéricas conferidas aos alunos Capacidade de aplicar métodos e técnicas científicas a processos de apoio à decisão; Capacidade de analisar e trabalhar informação; A Licenciatura em Optimização e Inovação, recentemente aprovada pela tutela, faz uma conjugação inovadora em Portugal de saberes,
Capacidade de aplicar e desenvolver ferramentas informáticas em áreas de aplicação comuns;
proporcionando uma elevada variedade de saídas profissionais. Esta
Capacidade de desenvolver, aplicar e avaliar novas soluções
licenciatura foi criada para responder a uma lacuna de licenciados
a problemas concretos;
com esta formação e aos novos desafios que as empresas enfrentam.
Capacidade de compreender e utilizar as técnicas básicas
Neste sentido, tem como objectivo a formação de licenciados com
da gestão empresarial.
os conhecimentos técnicos e científicos necessários ao desenvolvimento e implementação de novas soluções, especialmente
Competências específicas conferidas aos alunos
nas actividades relacionadas com as várias áreas da engenharia. A sua missão é formar estudantes com bons conhecimentos em áreas
Capacidade de aplicar conhecimentos matemáticos na
de Matemática Aplicada, nomeadamente Investigação Operacional
resolução de problemas concretos, em especial nas áreas
e Estatística, de Tecnologias de Informação, de Gestão Empresarial
de engenharia opcional escolhida (minor);
e numa área de Engenharia opcional (minor), a escolher pelos alunos.
Capacidade de formular e resolver modelos matemáticos;
Tendo em consideração os desafios introduzidos pelo processo de
Capacidade de recolher e interpretar informação
Bolonha, houve na concepção desta licenciatura, uma preocupação
especialmente a que se pode traduzir em dados estatísticos;
em proporcionar uma formação alargada, que permite aos alunos
Capacidade de analisar dados, e extrair informação para
prosseguir estudos não apenas para um 2º ciclo específico numa área
previsão;
de Matemática, Gestão ou na área de Engenharia correspondente ao minor, mas em mais do que uma área científica.
.
Capacidade de aplicar as técnicas mais apropriadas à natureza do problema e às condicionantes (tempo, meios
O 1º ciclo foi desenhado de modo a assegurar aos alunos uma
computacionais, recursos);
componente de aplicação dos conhecimentos adquiridos às
Capacidade de propor e avaliar a qualidade de diferentes
actividades concretas do respectivo perfil profissional, estando previsto
soluções para a resolução de problemas;
no 6º semestre um estágio profissional/projecto, que visa fornecer uma
Capacidade de comunicar;
visão integradora e de aplicabilidade das várias áreas científicas, e que deverá ser desenvolvido preferencialmente em ambiente empresarial.
Capacidade de trabalhar em equipas multidisciplinares, isto é, com especialistas de outras áreas cientificas; Capacidade de desenvolver novas ideias para enfrentar os
Responder aos desafios propostos pelo processo de Bolonha também significa estar mais aberto a percursos interdisciplinares, que possam cruzar várias áreas científicas. Desta forma, justifica-se a organização da Licenciatura em Optimização e Inovação que dá uma formação
desafios que se colocam às organização; Capacidade de participar em actividades de inovação, empreendedorismo ou investigação aplicada;
de aplicação geral (major) nas áreas da optimização e inovação,
Capacidade de se exprimir e redigir na língua Inglesa em
da gestão empresarial e das tecnologias de informação, que é
ambiente profissional;
completada por formação específica (minor) numa área de
Capacidade de aplicação das competências adquiridas,
engenharia a escolher pelo aluno (ver opções abaixo).
inerentes a cada um dos minor.
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MINOR (Especialização numa Engenharia) Minor em Engª Informática | Minor em Engª Civil Área de gestão de
1ºANO 1ºSEMESTRE 2ºSEMESTRE
Sistemas de Energia | Minor em Data Mining |Minor em Tecnologias Ambientais | Minor em Engª Geotécnica e Goambiente | Minor em
3ºANO 1ºSEMESTRE 2ºSEMESTRE
Disciplinas de Inovação
Disciplinas de Matemática
projectos | Minor em Engª Civil Área de estruturas | Minor em Engª Electrotécnica e Computadores | Minor em Engª Electrotécnica
2ºANO 1ºSEMESTRE 2ºSEMESTRE
Disciplinas de Matemática Aplicada Disciplina de Física
Disciplina de Optimização
Disciplina de Optimização
Disciplinas de Informática
Engª Mecânica | Minor em Computação Evolutiva: Optimização e
Disciplinas de Gestão
Aprendizagem | Minor em Engª e Gestão Industrial * | Minor em Engª Computação e Instrumentação Médica* | * aguarda aprovação pela DGES
Disciplinas de Minor
Estágio Profissional
.BREVES
QUARTAS À TARDE NO DEI
PESQUISA DE INFORMAÇÃO E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL Sob a organização conjunto da Departamento de Engenharia
PROPRIEDADE INTELECTUAL, AUTORIAS, PLÁGIOS, DIREITOS, (AB)USOS E DESAFIOS (PROBLEMÁTICA HISTÓRICO-FILOSÓFICA, JURÍDICO-SOCIAL E TECNOLÓGICA) .
Informática do ISEP, da Associação Portuguesa para a Inteligência Artificial e do Laboratório de Inteligência Artificial e Apoio à Decisão da Universidade do Porto, teve lugar no dia 17 de Outubro no ISEP um seminário subordinado ao tema Pesquisa de Informação e Inteligência Artificial . Promover o debate em torno da pesquisa e arquivo de grandes volumes de informação não estruturada no âmbito da Inteligência Artificial foi o objectivo central deste seminário que contou ainda com a participação do Grupo de Investigação de Engenharia do conhecimento (GECAD ISEP) do grupo XLDB da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e dos departamentos de Sistemas de Informação e de Informática da Universidade do Minho.
No passado dia 15 de Dezembro, a conferência promovida pelo Departamento de Engenharia Informática recaiu sobre temas muitas vezes debatidos, mas que por vezes não se estendem ao ambiente digital. Nesta quarta feira, foi apresentada uma perspectiva históricotecnológica das patentes e do copyright, foram tecidas algumas considerações sobre o conceito propriedade intelectual e a sua dimensão no ambiente digital e debatida a questão da autoria no ciberespaço, os plágios e contra-assinatura .
WORKSHOP INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E A INVESTIGAÇÃO NOS ISE S
Realizou-se no dia 14 de Novembro, pelas 14:30, no Auditório E o
pelo Doutor Carlos Ramos, as instituições, através dos respectivos
Workshop Inteligência Artificial e a Investigação nos ISE s , integrada
Presidentes do Conselho Directivo, analisaram o estado da I&D nos
na iniciativa QTDEI do Departamento de Engenharia Informática do
ISE s como instituições do Ensino Superior Politécnico e perspectivaram
ISEP e que contou com a participação do Grupo de Investigação de
possibilidades de colaboração futura.
Engenharia do Conhecimento e Apoio à Decisão, do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa e do Instituto Superior de Engenharia de
O Workshop incluiu ainda o Seminários ISE's - Inteligência Artificial,
Coimbra, para além do ISEP.
moderado pela Doutora Ana Madureira, com o qual se pretendeu
Este evento, realizado no âmbito das ligações científicas estabelecidas entre os ISE s, visou promover o fortalecimento da cooperação entre os Institutos Superiores de Engenharia. Refira-se ainda, que este evento faz parte do plano de actividades do Portuguese Chapter IEEE Computational Intelligence Society para 2007, fundado em 2005 por docentes do ISEP, do ISEC e do ISEL. No painel Perspectivas da Investigação no Politécnico , moderado
dinamizar e divulgar trabalhos científicos realizados nestas instituições no âmbito da aplicação de técnicas da Inteligência Artificial. Nesta edição foram apresentados trabalhos desenvolvidos pelo Doutor Gonçalo Xufre (ISEL) Aplicação das redes neuronais na análise e detecção de falhas em circuitos , pelo Doutor Francisco Pereira (ISEC) A Influência da Representação na Resolução de Problemas de Optimização Combinatória e pelo Doutor Nuno Gomes (ISEP) Computação Ubíqua em Assistentes Pessoais de Voo .
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.BREVES ISEP E A PRESIDÊNCIA PORTUGUESA DA UE No âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia, inúmeras foram as iniciativas desenvolvidas com o objectivo de promover a ciência, a inovação e a investigação em Portugal. Depois de ter estado presente, no passado mês de Julho, na mostra de tecnologias de informação PorTI2007, o ISEP continuou a responder positivamente aos convites que lhe foram dirigidos. Após o sucesso da sua participação na conferência E-Justice com um conjunto de demonstrações tecnológicas envolvendo robôs aéreos e futebolistas, foi uma das duas entidades convidadas para uma demonstração de capacidade tecnológica nacional na Reunião Europeia Informal de Ministros de Justiça Assuntos Internos no passado mês de Outubro. Nesta reunião esteve presente com uma demonstração de robôs futebolistas humanoides.
ISEP PRESENTE NAS 3as JORNADAS DE INOVAÇÃO Respondendo favoravelmente ao convite feito pela Agência de Inovação, o ISEP marcou presença nas 3 asJornadas de Inovação que decorreram entre os dias 7 e 10 do passado mês de Novembro e cujos objectivos passaram por divulgar resultados de I&D, promover parcerias entre investigadores, empresários e investidores. Durante esta jornadas, o ISEP expôs no Salão Internacional de Inovação e Tecnologias para a Indústria SINOTEC, que decorria em simultâneo, uma maqueta de uma casa inteligente desenvolvida no laboratório de automação do Departamento de Engenharia Mecânica, veículos marítimos autónomos de superfície com especial utilização no patrulhamento de largas áreas oceânicas e portuárias ROAZ e ROAZ II, robôs autónomos aéreos FALCOS demonstrando aplicações de detecção remota de incêndios florestais e o robot autónomo terrestre LINCE, desenvolvidos no Laboratório de Sistemas Autónomos (LSA) do ISEP.
20 ANOS
ERASMUS
a mobilidade e o trabalho em equipas multinacionais e em ambientes culturalmente diferentes, são cada vez mais uma realidade nas empresas. O ISEP participa desde 1989 na mobilidade Erasmus, tendo vindo a aumentar consideravelmente o número de estudantes envolvidos. No ano lectivo anterior, apesar das incertezas geradas pela adequação dos cursos ao modelo de Bolonha, 40 alunos assumiram o desafio de serem estudantes Erasmus, tendo o ISEP acolhido outros 40 alunos com nacionalidades espanhola, turca, italiana, belga, grega húngara, alemã, lituana e francesa. Este ano verifica-se um aumento de 50% no número de mobilidades.
Comemoraram-se em 2007, os 20 anos do Programa Erasmus, programa europeu de intercâmbio de estudantes de ensino superior. Os dados apontam para que mais de um milhão de estudantes embarcaram neste desafio de estudarem numa instituição de ensino superior diferente da sua, esperando-se que até ao fim de 2012 seja atingido o objectivo de envolver 3 milhões de estudantes. A experiência Erasmus, mais do que proporcionar uma aprendizagem de conteúdos científicos, tornou-se num dos principais instrumentos para a construção de um espaço europeu de tolerância, enriquecimento cultural, pessoal, de diálogo intercultural, sendo
Entre 2000 e 2005 Portugal enviou principalmente para Espanha e Itália 16260 estudantes, dos quais 3341 da área de engenharia e acolheu 9185 estudantes, dos quais 2356 das áreas de engenharia, oriundos também na sua maioria de Espanha e Itália. O Erasmus, embora muito associado à mobilidade de estudantes, é também um programa de mobilidade de docentes, encorajando os professores europeus a participar em acções de intercâmbio entre instituições de ensino superior europeias, tendo como um dos objectivos a promoção e o desenvolvimento de projectos de cooperação.
mesmo considerado como uma dos melhores exemplos de integração
O sucesso deste programa já conduziu à criação de outro, o Erasmus
europeia. Frequentemente quem participa diz que o faz para alargar
Mundus, programa de incentivo a mestrandos, alargando a sua
os horizontes As competências transversais que os estudantes
possibilidade de participação a alunos de países terceiros, como por
desenvolvem são valorizadas pelas entidades empregadoras, já que
exemplo o Brasil.
.BREVES ISEP NA FRENTE DA TECNOLOGIA AO SERVIÇO DO SALVAMENTO AQUÁTICO O ISEP esteve presente na World Water Safety Conference 2007 realizada na Exponor em Outubro passado na qual foram abordados os temas relacionados com o salvamento de náufragos e prevenção de acidentes no meio aquático. O Laboratório de Sistemas Autónomos apresentou uma comunicação sobre a utilização de novas tecnologias em operações de busca e salvamento aquático bem como expôs o veículo autónomo de superfície ROAZ II. Este robô permite a operação em ambiente oceânico e dispõe de sensores adequados a busca e detecção tais como sonares de varrimento ou câmaras termográficas. Na sequência desta participação o ISEP foi convidado e esteve presente no International Lifesaving Congress 2007 realizado na Corunha em Dezembro de 2007 para apresentação das tecnologias
A participação do ISEP nestes eventos reflecte a qualidade e o
robóticas em meio aquático.
reconhecimento da investigação desenvolvida no nosso Instituto.
ITED - INFRA-ESTRUTURAS DE TELECOMUNICAÇÕES EM EDIFÍCIOS O Departamento de Engenharia Electrotécnica promoveu nos
acerca das ITED s, bem como para cimentar toda conjuntura legislativa
passados dias 20 Novembro e 18 de Dezembro, dois seminários
das telecomunicações em Portugal.
relacionados com o tema das Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios (ITED). O primeiro seminário foi ministrado pelo Eng. Paulo Mendes Morato da ANACOM-Autoridade Nacional de Comunicações (Lisboa), ligado desde o início à criação do Manual ITED (legislação do sector das
No dia 18 de Dezembro de 2007, ocorreu o segundo seminário que contou com a presença do Eng. Sérgio Novo da empresa JSL. Esta empresa é líder no mercado da aparelhagem eléctrica, nomeadamente fichas e tomadas industriais, caixas, calhas, tubos e
telecomunicações Dec.Lei 59/2000 de 19 de Abril). A ANACOM,
acessórios. No âmbito desta palestra foram abordados os materiais
autoridade reguladora das comunicações postais e das comunicações
ITED que esta empresa oferece aos instaladores para execução das
electrónicas, tem por objecto a regulação, supervisão e representação
instalações de telecomunicações. Para futuros projectistas ITED, como
do sector das comunicações. Neste sentido, o seminário teve por
serão os alunos da pós-graduação em Telecomunicações, Domótica
objectivo consolidar os conhecimentos teóricos/práticos que os alunos
e Segurança a decorrer no ISEP é imprescindível conhecer as
vão adquirindo ao longo do semestre, tendo sido uma excelente
características e qualidade dos equipamentos que estas infra-estruturas
oportunidade para o esclarecimento de dúvidas, para informações
comportam.
NOVO ESPAÇO DE RESTAURAÇÃO NO CAMPUS ISEP No passado dia 19 de Setembro foi inaugurado o restaurante situado no 1º andar do Edifício F. Este novo e amplo espaço oferece um serviço diário de buffet para almoço e jantar e é já uma aposta ganha dado o número de utilizadores diários que recebe. A qualidade, variedade e rapidez do serviço são certamente características que têm permitido tão bons resultados nestes meses. Funciona também como bar durante a manhã e no intervalo entre refeições. Para além disso, este restaurante possibilita a organização de refeições num espaço mais reservado.
AGÊNCIA DE VIAGENS NO ISEP
Desde Outubro último que funciona no ISEP, junto à Secção de Pessoal (Edifício E), um balcão da agência de viagens Abreu. Para além de outras vantagens, a sua utilização para viagens oficiais permitirá um processamento administrativo simplificado de toda a documentação. Poderá também ser utilizado para fins pessoais, devendo ser solicitado um cartão que será fornecido com 3.000 pontos, habilitando de imediato os portadores a um desconto de 7.5 % sobre o valor dos programas turísticos ou serviços publicados em brochura, extensível aos restantes acompanhantes. Este balcão funciona às segundas, quartas e sextas entre as 09:00 e as 13:00, podendo também ser contactado pela extensão 1318.
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FESTA DE NATAL ISEP
AGENDA
ISEP2008 / DOLCE VITA 11/12/13 JANEIRO - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA 8/9/10 FEVEREIRO - DEPARTAMENTO DE FÍSICA 29 FEVEREIRO E 1/2 MARÇO - DEP. DE ENGENHARIA ELECTROTÉCNIA 28/29/30 MARÇO - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA GEOTÉCNICA 18/19/20 ABRIL - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
ISEPATWORK