Novembro 2013
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Editorial Há duas décadas que na U. Porto se iniciou o percurso na pós-graduação em saúde pública. Foi desenhado como uma colaboração entre diferentes estruturas da Universidade, que no seu conjunto contribuíam para completar o espaço disciplinar da saúde pública, e também uma colaboração com as estruturas e os profissionais de saúde que traduzem o conhecimento em acção. Muito se evoluiu ao longo dos anos, numa curva de aprendizagem ainda longe de um desejável planalto. Há que integrar mais pessoas, departamentos, áreas e saberes, garantindo com qualidade as respostas exigidas no âmbito do esforço organizado com que as sociedades pretendem assegurar a saúde das populações. A criação do Instituto de Saúde Pública da U.Porto (ISPUP) foi certamente um marco nesse caminho: inspirou-se no contributo de centenas de estudantes, nos anseios que lhes pressentimos, na informação que a sua posterior actividade nos trazia de volta. Mas também no desejo de construir um lugar específico para uma área carenciada no nosso espaço de educação superior e de treino profissional, desafiante na sua complexidade e atraente por permitir uma tradução evidente do conhecimento em ganhos de saúde, colocando o público no centro das preocupações.
O Instituto idealizou-se por isso como um lugar de encontro onde se possam desenvolver as áreas fundamentais da saúde pública, no que têm de específico para informar a arte de resolver problemas, que afinal define a saúde pública. Mas queremo-lo com uma forte componente de competitividade científica, expressa na qualidade da sua produção, medida em publicações e teses, e na influência que exerça informando as escolhas em saúde. Queremos fazer do ISPUP uma grande Escola de Graduação em Saúde Pública. Para isso é indispensável a qualidade dos seus estudantes, passados e presentes, embaixadores essenciais na sua presença atenta, no seu olhar crítico, no seu contributo exigente. E a dedicação e qualidade do grupo de docentes e investigadores que vivem o quotidiano do ISPUP, que já o tornaram numa referência óbvia. Vamos seguramente prosseguir um projecto de crescimento que se centra no avançar da inovação, no traduzir da saúde pública para o público, em internacionalizar definitivamente o nosso espaço de influência e treinar as novas gerações de cientistas da saúde pública. Esta newsletter, que agora lhe chegará regularmente, é mais um instrumento de comunicação com todos os que fizeram e fazem viver o ISPUP. Por isso, tanto quanto informar e lembrar a vida que se vai criando no nosso edifício pretendese fazer nela também eco da voz dos alumni, dos profissionais de saúde pública e da comunidade que servimos. • Henrique Barros
23% dos portugueses inquiridos revelaram ter adormecido ao volante pelo menos uma vez nos últimos 2 anos e, destes, 8% reportaram ter tido um acidente de trânsito como consequência. Estes são alguns dos resultados do Wake-up Bus Sleep Study, um estudo europeu sobre sonolência ao volante, coordenado por Marta Gonçalves, psiquiatra e estudante de doutoramento em Saúde Pública no ISPUP, e cuja análise estatística e produção do respectivo relatório técnico ficou também a cargo do Instituto. Através de um questionário online feito em 19 países europeus (Alemanha, Áustria, Bélgica, Croácia, Eslovénia, Espanha, Estónia, França, Grécia, Holanda, Islândia, Itália, Lituânia, Polónia, Portugal, Roménia, Sérvia, Suécia e Turquia), este estudo da European Sleep Research Society e, em Portugal, da Associação Portuguesa do Sono, procurou Newsletter ISPUP
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ISPUP analisa sonolência ao volante na Europa
A equipa da campanha Wake-Up Bus
"ESTE ESTUDO REFORÇA A IMPORTÂNCIA DO SONO AO VOLANTE COMO POTENCIAL CAUSA DE ACIDENTES DE TRÂNSITO." 1