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Certa vez, em um reino não tão distante, onde morava o Príncipe Sandor, o Príncipe Laertes e o Rei Damián. Sandor era baixinho, troncudo e tinha cara de sapo. Laertes era alto, esguio e tinha cara de lagartixa. Damián era o rei (normal, cansado de apaziguar o ânimo dos filhos pela sucessão e doido para se livrar da coroa para poder se casar com uma plebeia).
Um belo dia, de muito sol, os dois príncipes estavam de bobeira no “riachão”.Sandordentro d’água e Laertes jogado na areia. Sandor não tirava os olhos do irmão. Ele daria cinco saladas pelo pensamento dele (salada era a moeda local do reino de SA, LA &
DA).Mal sabia ele que o seu irmão só tinha um pensamento: o dia que seriaElerei.só pensava no dia que o pai decidisse quem seria o seu sucessor. Certamente não seria seu irmão. Sem altura, gordo, desengonçado...
O Certo seria ele a ser o novo rei. Belo, rápido, forte, esguio...
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No momento dos devaneios de Laertes surge, do nada, um mensageiro. Faz uma mesura, cumprimenta os príncipes, e informa que o rei quer falar com eles Laertesimediatamente.dáumpuloda areia e pensa alegre: com certeza é para proclamar que sou o novo rei.
Nem bem ele termina de completar seu pensamento o mensageiro avisa que aquele que chegar primeiro ao palácio será o sucessor do rei.
Mais dois pulos de alegria e o cara de lagarto olha para o irmão, ainda na água, dá uma gargalhada, sai correndo e gritando que o cara de sapo nunca seria rei. Ele era mais rápido e chegaria ao palácio muito mais depressa.
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Sandor baixou a cabeça, olhou-se na água e triste pensou: realmente seu irmão era muito mais rápido. Levantou a cabeça e voltou a pensar: mas, se o seu irmão tinha ligeireza ele tinha o conhecimento (conhecimento da magia que praticava secretamente).Saiudaágua lentamente e em vez de sair correndo para o palácio foi em busca de uma árvore chamada “Embondeiro” (ele sabia que tinha uma ali por perto). Embondeiro era a árvore da sabedoria, árvore da criação, nascida com o mundo e também conhecida como Baobá.
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Assim que Sandor encontrou a árvore parou, meditou, pediu licença e arrancou um pequeno ramo dela. Enterrou no chão e por cima jogou um pouco de pó mágico que ele sempre trazia consigo.Fechou os olhos e pediu a árvore que atendesse seu pedido de chegar ao palácio antes do Enquantoirmão.isso, Laertes, corria e pensava na razão de seu pai não ter, simplesmente, anunciado ele como sucessor. Para que inventar aquela corrida? Todo reino já sabia que o seu irmão de cara repugnante jamais seria páreo pra ele.
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No mesmo instante, interrompendo seus pensamentos, uma enorme ventania o assusta e ele se esconde nas pedras para não ser arrastado por ela. Não queria se machucar. Queria chegar ao palácio inteiro e formoso.Quando a ventania passou ele voltou a correr e sorrindo pensava: que rei maravilhoso sereiEntretanto,eu! lá na frente, trazido pela ventania, chegava Sandor as portas do palácio. Ao verem quem chegava primeiro, os arautos se espantaram, mas, mesmo assim, anunciaram solenemente tal chegada.
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O rei Damián, nada surpreso, se aproximou, saudou o seu filho e o elogiou pela sua inteligência em saber contornar o problema da corrida.
Ele sabia que um bom rei precisa usar a inteligência em todas as circunstâncias para lidar com as dificuldades diárias.
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As palavras do rei foram abafadas por um novo anuncio: a chegada de Laertes.
Ele entrava no reino todo garboso com ar convencido e um sorrisinho sarcástico pensando na enorme festa que seria dada em sua honra. Sorriu mais alto pensando no seu irmão que, com certeza, ainda estaria no meio do caminho.
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Mas, qual não foi sua surpresa ao chegar no meio do salão. Olhou, piscou, esfregou os olhos, voltou a piscar várias vezes...Ele não acreditava no que via...Seu irmão, feioso, sentado no trono?! Isso significava que... (nem teve tempo de concluir seu pensamento).
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Calmamente, Sandor se levanta, estende os braços, dá as boas-vindas ao irmão e sarcasticamente pergunta.
- Por que você demorou tanto? Por onde andavas?
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Entrou pela perna de pinto saiu pela perna do pato, o novo rei mandou que cada um contasse outro fato!
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