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RIVISTA
Vitta colezzione
Speciali 120 Anni STILE & MODA
Arte, Design & Fotografia HOTEL & VIAGGI
Sapori DECORAZIONE
Carta d
do editor D
olorumquis magnamet a nimo del ipid eum fugita qui di officia duciate aborpore alique
volupta sunt faccat labor siminto dit, unt eaquatur a doluptur reperib ercient velendandis es alibus simpore ntenes ut utestis volupti dendiam dempore litas volupta tempore rendam nes molupta turesequi coris min pedis magnimin plam sint res et, simolo quiducia de eiciis assequa ectibus voluptas eumAm diaspiet, omnia veruntur, optur, simolo quam et ut ut volupta adipit re voluptatur magniminte eium voluptatur, que nes et aborepudit, quatiam idelita tiatis volorec tiosae dolorum doluptamus alibus. Ihicto te re eosapel itistinum ea vellamus se natur sequas imaionsequi cus et faceatio omnim quam esequis nonsedit volore imilibust quistrum et rectatem re nossinum faccus exeribusdae aliquo consequi que cus el in consequidi rempell ectota velluptatur sundaepta nam harumquas quasperferi inveliq uaeces dolor simil mod enihicient pero blabo. Et faccat a event volenet faccae idelia dolupta tinvere moloribusae res mo etus ped mincimus dolum quosani autem quiscium nationem exerum repudit inulpar itatis imo berum volorrorro cuptametus ipsapidicia volore eaque nonsed quis eum etus preseque nitius estotati dolestibus cum eum si id maiorehent, as mod qui dolorit atibea ex eatium ea vit archite mperspitium nimi, que comnissum sus, estia net la de dolupta que num aut volut quation secus, que volupti utatur?
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mario Speciale
Storia Trussardi 120 anni 10
Stile & Moda Moda Spiaggia 22 Valentino 42
Fatto a mano 50 Home wear 56
Arte, Design & Fotografia Luiz Trípolli 34
Jardim Planetário 76
Decorazione
Colezzione Primavera 62
Hotel & Viaggi Le Nostre Origini 92
Sapori
Il Número Uno 86
L' Ultima Parole 103
Indirizzo 104
Trussardi Squadra Gerente da Marketing Alvin Rauh Neto Coordenação Tamara Ambrosi Conteúdo e Projeto Gráfico Jussara Romão / Agência de Comunicação & Moda Direção de Arte e Projeto Gráfico Iza Cabette Arte Final Pedro Ishikawa Revisão Paulo França Assessoria de Imprensa MktMix Assessoria de Comunicação Colaboradores da Edição Allana da Silva, Ana Paula Nascimento, André do Val, Andrea Navarra, Bianca Martinelli, Debora Voss, Daniel Tavares, Estúdio Brandão, Fabio Tonbolato, Gianluca Ferraro, Ilaria Capponi, Kalone Kienda, Karla Silva, Klaus Schlickmann, Laira Soares, Mari Campos, Mariana Payno, Mateo Troncoso, Ney Rodrigues, Pamela Klug, Patricia Oyama, Pollyana Torres, Ricardo Nau, Robillards Catering, Walmor de Oliveira
CAPA E CONTRA-CAPA PAMELA KLUG, FOTOGRAFADA POR WALMOR DE OLIVEIRA, PRODUÇÃO CENOGRÁFICA DE FABIO TONBOLATO. CAMA: JOGO DE CAMA, CAPA DE DUVET E ALMOFADAS BELINI, MANTA E ALMOFADAS AMPEZZO E GÉNOVA
Dipendenti
Leca Novo Em 2004 ela comprou sua primeira câmera. Em 2005 é contratada para
Mari Campos roda o mundo desde pequena. Jornalista formada, há mais de catorze anos o faz profissionalmente
cobrir alguns eventos. Em 2011 abandona a profissão de marketing em Belo Horizonte para se dedicar totalmente a fotografia de eventos, moda e viagens. Nesta edição da revista Trussardi ela assina algumas das imagens da matéria 120 Anni , que conta a história de sucesso da marca.
também, contribuindo sobre viagens e lifestyle de luxo para revistas e jornais de sete países diferentes. Está sempre atrás das melhores experiências e dos melhores hotéis dos quatro cantos do planeta.
Patricia Oyama Trabalhou em publicações do Grupo Estado, da Editora Abril e da Editora Globo. É co-autora do livro Receber com Charme 2
André do Val Para assinar as matérias sobre a designer Cademartori e a marca Valentino, convidamos o jornalista de moda e consultor de estilo André do Val. Formado em Publicidade e Propaganda, participou do lançamento do primeiro site de moda brasileiro, o Chic, da consultora Gloria Kalil, em 2000. Escreveu para os cadernos Cotidiano e Ilustrada, da Folha de S.Paulo, e para os suplementos Revista da Folha e revista Moda. Implementou a versão online da revista Marie Claire no Brasil, foi editor no site Petiscos, além de assinar a coluna de moda masculina Pra Macho, e colaborou para Vogue Itália, site HintMag e InStyle Espanha.
(Globo Estilo) e tem uma coluna de receitas na revista Casa e Jardim. Nesta edição Patricia assina a matéria que relembra os 120 anni da Trussardi no Brasil.
Desafios e persistência, perdas e recomeços: a Trussardi mantém viva a coragem dos fundadores e a capacidade de se reinventar sempre, sem perder a sua essência Por Patricia Oyama
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O
casal Matheus e Cristina Trussardi partiu de Milão para São Paulo em 1893. Johann Karsten e a família deixaram a cidade alemã de Hohenwestedt e
desembarcaram no Rio de Janeiro em 1860. Francisco Carlos de Oliveira saiu sozinho de Fortaleza e começou vida nova na capital paulista no ano 2000. Hoje, essas três trajetórias de vida se entrelaçam em Blumenau, Santa Catarina, sob o denominador comum de uma marca: Trussardi. A história da empresa criada pelo italiano Matheus tem lances dignos de um filme de Vittorio De Sica. Fundada em São Paulo em 1898, a Trussardi começou como fabricante de passamanarias, fornecendo cordões trabalhados para a indústria têxtil, que começava a se desenvolver no Brasil. Apenas quatro anos após a inauguração, no entanto, vem o primeiro revés: Matheus morre de gripe, aos 30 anos. Deixa a mulher, Cristina, com 23 anos, quatro filhos e uma fábrica para tocar. Cristina assume o comando, rebatiza a empresa de Passamanaria Viúva Trussardi e toma medidas revolucionárias para a época, como a instalação de uma creche dentro da fábrica — o benefício da creche só seria incorporado às leis trabalhistas do país em 1967. Sob a batuta de Cristina e, posteriormente, de seus filhos, a empresa floresce e expande o ramo de atuação: a partir das décadas de 1920 e 1930, passa a produzir cintos, ligas e suspensórios. Nos anos 1940, é a vez dos artigos de couro entrarem para o portfólio. Na década de 1950, com o
O casal de fundadores, Matheus e Cristina
Brasil vivendo seus anos dourados, os primeiros acordes da bossa nova no rá-
Trussardi: começo
dio e a euforia crescente com o futebol nacional, a Trussardi resolve investir em
anos em São Paulo
roupas de banho e adquire o licenciamento da Rose Marie Reid, grife badalada por produzir maiôs usados por divas de Hollywood, como Rita Hayworth e Marilyn Monroe. Os cobiçados maiôs chegaram a ser vendidos em loja própria na Rua Augusta, em São Paulo.
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difícil nos primeiros
“Um dos pontos importantes na nossa estratégia é gostar de pessoas. Isso está dentro dos nossos valores: nós gostamos de pessoas” João Karsten Neto, membro do conselho administrativo do Grupo Karsten
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Nas seções de trançadeiras para fitas elásticas (pág. à dir.) e de urdimentos (à esq.), dos primórdios da Trussardi, ou nos modernos maquinários (foto maior), o cuidado da marca sempre esteve presente fio a fio
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“Não deixamos a tradição de lado, mas trazemos sempre a renovação” Débora Voss, coordenadora de produto da Trussardi
Mas foram mesmo os bordados e rendas que fizeram da Trussardi uma referência no mercado — e a família decidiu focar seus negócios nesse nicho. No final da década de 1960, a empresa já estava bem consolidada, com Romeu Trussardi Filho, da terceira geração do clã, na presidência. Com os negócios indo de vento em popa, a produção é transferida para modernas instalações no bairro da Vila Leopoldina. Poucos tempo depois da mudança, a Trussardi sofre o mais duro golpe desde a morte do fundador: um grande incêndio atinge a fábrica nova e paralisa os trabalhos por seis longos meses. “Realmente, 1968 foi um ano muito triste”, escreve Romeu Trussardi Filho em seu livro de memórias Um Homem de Família (Inbook Editora). Nessa mesma época, o empresário perde o pai, Romeu Trussardi. Os tempos difíceis se estendem pelos anos seguintes, até que, em 1971, a fusão com a fábrica de bordados Farah Nassif dá novo fôlego à Trussardi, que passa a se chamar Trufana. A parceria com a Farah Nassif dura até 1993. A partir daí, a marca retoma o sobrenome da família e se especializa em roupas de cama, mesa e banho. Mais do que isso: com seus lençóis com bordados minuciosos e uma busca incessante por qualidade, a Trussardi consegue fazer esse setor atingir um novo patamar de luxo no Brasil. O lençol de 140 fios, que até então era o máximo do requinte, é desbancado pelo tecido de 200 fios da Trussardi – que depois ainda lançaria os lençóis de 230 fios, de 300, até chegar aos 1.000 fios. Muitos lojistas que começaram a trabalhar com a Trussardi nesses primeiros anos dedicados aos enxovais continuam com ela até hoje. “Conheço um bordado bem-feito. Quando vi uma foto de lençóis da Trussardi numa revista, me apaixonei”, conta Zita de Oliveira, dona da tradicional loja Essencialli, em João Pessoa, na Paraíba. Zita foi atrás dos tais lençóis e desde então é vendedora e consumidora da marca: “Minha filha casou há 17 anos e ganhou lençóis Trussardi. Estão perfeitos e ainda mais macios do que antes”, conta ela.
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Além do capricho e do perfeccionismo que fazem dessas peças objetos do desejo, alguns outros fatores contribuíram para criar uma aura de glamour em torno dos produtos. Para Romeu Filho, o lançamento de uma nova coleção de lençóis deveria ser tratado com a mesma pompa que o desfile de uma grife de alta-costura. “Os lançamentos aconteciam no Rio e em São Paulo. Ele fazia festas magníficas no Copacabana Palace, no Leopolldo. Uma vez, o lançamento da coleção foi feito juntamente com a comemoração de aniversário do doutor Romeu, no Jockey Club de São Paulo”, relembra Mônica Cordeiro Pires, diretora comercial da área de hotelaria da Trussardi. Na empresa desde 1999, Monica atende hotéis como o Palácio Tangará, Hyatt e Unique, entre outros estabelecimentos de luxo do país, que usam as roupas de cama e toalhas da marca. O hotel Fasano de São Paulo é cliente desde que foi inaugurado, há 15 anos. “A Trussardi se preocupa com detalhes e qualidade como nós”, diz Claudia Marino, gerente-geral do Fasano paulista. O prestígio da Trussardi rendeu até um feito histórico: quando o papa Bento XVI visitou o Brasil, em 2007, usou um enxoval Trussardi, bordado exclusivamente para a ocasião. O instrutor operacional Francisco Carlos de Oliveira era operador de máquinas nessa época e se lembra bem do dia em que seu chefe avisou que eles fariam os lençóis para a cama do papa, em Aparecida. “Era um bordado muito lindo”, conta ele. Na empresa desde 2000, onde começou a trabalhar recém-chegado do Ceará, Francisco acompanhou outro momento crucial da Trussardi: a compra da marca pelo Grupo Karsten.
“Não era suficiente apenas incorporar a Trussardi à Karsten. O processo produtivo é diferente, exclusivo. Quando vimos a dificuldade, reagimos e tomamos as ações para preservar a marca” Leoni Pasold, gerente do NIK (núcleo de inovação Karsten)
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As instalações da fábrica em meados do século 20 (no alto e à esq.) e nos dias de hoje (foto maior): sem parar no tempo
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“Minha mulher diz que tenho mais ciúmes da máquina de bordados do que dela” Francisco Carlos de Oliveira, instrutor operacional da Trussardi
À esq., a antiga máquina que produzia rendas valencianas. Na foto maior, uma parte do atual processo fabril: o investimento em novas tecnologias é contínuo
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A negociação, concluída em 2010, não se tratou apenas da venda de uma empresa. Foi a passagem do legado de 112 anos de uma família para outra, que já contabilizava 128 anos de atuação na indústria têxtil. “As histórias da Karsten e da Trussardi têm tudo a ver”, diz João Karsten Neto, bisneto do fundador Johann Karsten e membro do conselho administrativo do grupo. “Qualidade, tradição e honestidade são valores que elas têm em comum.” Como os Trussardi, os Karsten não tiveram um início fácil no Brasil. Depois de uma rápida passagem pelo Rio de Janeiro, estabeleceram-se em Blumenau, às margens do Rio do Testo, onde a sede da empresa se mantém até hoje. O primeiro negócio foi um moinho de fubá e, em seguida, uma serraria. Então, veio a grande enchente de 1880: em questão de horas, a família perdeu todo o patrimônio que havia conseguido juntar em 19 anos de trabalho. Mas o que poderia ser a ruína para alguns acabou sendo o estopim para Johann Karsten mudar de ramo e dar origem a uma das empresas mais longevas do país. Com dois amigos, comprou teares na Alemanha e fundou a tecelagem Roeder, Karsten & Hadlich, em 1882. Das dificuldades iniciais no século XIX, às guerras mundiais no século XX, até as mudanças nos acordos do comércio internacional no século XXI, que reduziram as exportações brasileiras, a Karsten sobreviveu porque sempre soube se reinventar. “Se uma empresa fica parada, ela morre”, diz o diretor comercial Alvin Rauh Neto, responsável pela entrada da Trussardi no grupo Karsten. Assim como a indústria fundada por imigrantes alemães, a empresa de sangue italiano nasceu com a inovação no DNA. Depois de um período de ajustes, em que a produção passou de São Paulo para a unidade da Karsten no Ceará, até finalmente se estabelecer em Blumenau, a Trussardi encontrou seu lugar no grupo: usa a seu favor uma estrutura poderosa para investir em novas ideias, sem perder o esmero na produção de cada peça. Um exemplo dessas novidades possibilitadas por esse casamento feliz é a roupa de cama com estamparia digital, que produz imagens com maior definição, em cores mais vivas e com maior durabilidade. As coleções são renovadas cinco vezes por ano e a inspiração vem de fontes diversas: passarelas internacionais, artistas plásticos — até mesmo um detalhe arquitetônico de uma igreja ou uma joia podem dar origem a um bordado, conta Débora Voss, coordenadora de produto da Trussardi.
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“A marca está atenta, está conseguindo criar novas identidades mais contemporâneas”, avalia o empresário Sandro Vilardo, que comanda as lojas Blumenau e Dular, além de uma monomarca Trussardi, em Brasília. Vilardo também destaca o fortalecimento da empresa como fabricante de toalhas. Antes de 2010, as toalhas eram itens pouco expressivos no portfólio da Trussardi. Já a Karsten é, há décadas, uma das mais importantes fabricantes de felpudos do país. A junção das empresas deu origens a peças como a Massima, feita com fios sem torção, de algodão egípcio, com alto poder de absorção e fofa como nenhuma outra. Ou a Maggiore, a maior toalha do mercado, com 1,80 m de comprimento. Mas as inovações não se limitam aos setores dominados pelas duas fabricantes centenárias. Para Bianka Eickenberg, gerente da marca, a Trussardi tem potencial para se expandir para inúmeros setores. E esse movimento já começou: a coleção de agosto apresenta também pijamas, saídas de praia, xales e kaftans. “Queremos crescer pelo menos 20% este ano”, diz Bianka. Tudo isso, claro, preservando a essência da Trussardi, visível em cuidados como o acabamento manual do setor de rebordagem e na checagem peça a peça, que não deixa passar nenhuma falha. Ou, ainda, nos lençóis meticulosamente passados a ferro, antes de serem embalados. E, principalmente, no olhar atento de funcionários como Francisco Carlos de Oliveira, que há 18 anos cuida das máquinas de bordado com carinho de pai. Um time todo dedicado a fazer com que a Trussardi, aos 120 anos, continue a vestir a cama dos sonhos — e sonhe cada vez mais alto.
“Em todos os quesitos, a Trussardi consegue se manter a número 1. É a marca mais desejada” Sandro Vilardo, dono das lojas Blumenau, Dular e da monomarca Trussardi, em Brasília
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oda M SPIAGGIA Inspirada na região de Cinque Terre, a coleção Trussardi Praia explora o litoral da Itália localizado na costa da Ligúria. As cinco terras são formadas por Vernazza, Riomaggiore, Monterosso, Manarola e Corniglia.
Em um cenário paradisíaco de mar azul, as colinas são decoradas por construções coloridas, e o verde da
natureza. Elementos estes que foram utilizados para o desenvolvimento de estampas, cores e texturas das toalhas de praia, lenços e mini lenços, saídas de praia e kaftans, que coordenam as temáticas entre si.
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Toalha de Praia Manarola
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Lenรงo Belforte Toalha de Praia Vernazza Saia XXXXXXXX
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Kaftan La Marina Lenรงos Montenero e Corda di Mare
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Toalha de Praia Monterosso Lenรงo Aurora
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Saída de praia XXXX Lenços Guvano
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Xales Cristina nas cores Fendi , Cielo e Pitaia
Coordenação Tamara Ambros Estilo Allana da Silva Fotógrafo Walmor de Oliveira Assistente de Fotografia Kalone Kienda Assistente de Fotografia e Videomaker Klaus Schlickmann Produtora Executiva e Styling Pollyana Torres Modelos Ilaria Capponi e Andrea Navarra Makeup & Hair Gianluca Ferraro Tratamento de Imagem Bianca Martinelli
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Expert em retratos, imagens de moda e ensaios sensuais, o fotógrafo descendente de Sicilianos se mantém na ativa e prepara mais duas mostras com seu trabalho. Por Daniel Tavares
LUIZ TRIPO 34
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E
le atravessou as últimas cinco décadas com uma câmera fotográfica sempre a postos e manteve seu nome entre os mais importantes profissionais
brasileiros da fotografia. O carioca Luiz Tripolli, que começou ainda adolescente na carreira, nunca se acomodou. Com imagens que contam histórias e são marcadas por uma luz incomparável, ele se destacou (e ainda se destaca!) fazendo retratos, editoriais de moda e muitas fotos de nu. Aliás, se tem algo que ele tem orgulho, é de saber deixar uma mulher bonita e sensual sob sua lente. Trussardi entrevistou o artista de 69 anos em seu novo apartamento, em um charmoso imóvel da década de 1940 no coração do bairro dos Jardins. Nesse delicioso bate-papo, ele contou detalhes de sua vida e carreira e revelou quais são as novidades que vêm por aí.
Início “Sempre adorei desenhar e ainda na adolescência, a prima de uma tia minha, que trabalhava na escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, me chamou para frequentar o curso como ouvinte. Curioso, eu participava de muitas aulas.” Um dia, ele conta, acabou levando alguns filmes para revelar em um laboratório e acabou acompanhando todo o processo. Foi paixão à primeira vista diante daquele momento mágico. O primeiro emprego, que arranjou em 1964, foi como office boy de uma agência de publicidade, e o objetivo era justamente o de guardar dinheiro para comprar a primeira máquina.
Copacabana Palace Assim que conseguiu ter sua própria câmera, começou a fazer trabalhos bem pequenos por indicação de amigos e parentes. Até que surgiu uma oportunidade no luxuoso Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Eles estavam procurando um profissional para fotografar um espetáculo que estrearia lá, no chamado Golden Room. Tripolli se candidatou, e com suas fotos do ensaio do show foi o escolhido. Feitas em 1964, elas representam para ele o início profissional como fotógrafo.
Nudez Depois de montar um pequeno estúdio no centro do Rio de Janeiro, ele começou a fazer trabalhos que tinham alguma visibilidade, como retratar cantores para capas de discos. Ainda menor de idade, ficou sabendo que a revista Fairplay começaria a ser publicada e traria mulheres nuas. Correu para conseguir uma modelo, clicou seu primeiro ensaio sensual e levou o resultado para o Ziraldo, o famoso cartunista e escritor, que na época ocupava o cargo de diretor de arte da revista. “Ele adorou o resultado, mas, com a cara de moleque que tinha na época, me fez levar a modelo até lá para que ela confirmasse que eu era o fotógrafo”, relembra ele, que tem em seu currículo dezenas de ensaios com mulheres nuas, entre famosas e anônimas. Entre os mais emblemáticos estão os de Christiane Torloni e um de Deborah Secco, ambos para a Playboy. “O da Deborah, em 2002, foi o último que fiz.” E como deve ser uma boa foto com uma mulher nua? “Eu acho que ela precisa contar uma história, ter elementos (roupas, cenário, maquiagem) que ajudem a levar essa ideia para o observador, e, principalmente, ela pode ser muito ousada, mas nunca vulgar.”
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Na Terra da Garoa O carioca chegou em São Paulo em 1969. “O Rio não tinha muito trabalho e como minha namorada da época era daqui e eu também tinha parentes na cidade, vim de mala e cuia. Uma época tive até vontade de voltar para lá, mas hoje não mais.” Foi na capital paulista que o fotógrafo começou a consolidar seu nome, colaborando para os principais veículos impressos e também para a publicidade.
Moda “Lembro que meu primeiro ensaio fashion foi para a Claudia Moda, no início da década de 1970, no qual a grande Costanza Pascolato era ainda uma profissional estreante.” Ele conta que já chegou inovando. Pediu ventilador, cubo de espelho, fez uma luz diferente da que se usava na época. Também mandava as modelos evitarem as poses mais comuns da época. Resultado? Foi um sucesso e os convites não pararam de chegar. “A única coisa que não suportava e ainda não suporto é quando me pedem para fazer algo igual a de um outro profissional de fora. Se vocês querem algo como o dele, o chamem para fazer. Eu vou dar o meu olhar”, enfatiza ele, que ganhou inimigos e também admiradores por ter essa postura. “Hoje só topo fazer editorial fashion se eu puder ter liberdade para criar.”
Tecnologia Digital “Fui um dos primeiros da minha geração a fazer a passagem da câmera analógica para digital no início dos anos 2000.” Para o expert, essa mudança foi bem tranquila, ao contrário do que aconteceu com outros fotógrafos. Tripolli mergulhou em um período de estudos e experimentação para descobrir como tirar os melhores resultados da novidade que havia acabado de chegar. “Consegui entender rapidamente como fazer uso principalmente da luz e da velocidade da máquina, para não obter uma foto sem profundidade, que era o grande problema que o digital trazia”, explica ele, que, mesmo não tendo que usar negativo, faz em seus ensaios poucos cliques. “Sei quando já estou com boas opções de imagens, então não preciso ficar fotografando sem parar só porque não tenho mais que me preocupar com a quantidade de filme que posso gastar.”
Photoshop Segundo Tripolli, as pessoas têm usado esse software de edição de imagens para praticamente refazer a foto, e alteram tanto as modelos (as emagrecem, afinam seus rostos, mudam o tamanho de seus narizes), que elas não parecem mais as mulheres que foram fotografadas. “Eu uso o Photoshop para tratar de um detalhe ou outro, como eu fazia no tempo do laboratório analógico, não para tirar a textura da pele de alguém, ou apagar os traços de sua idade ou ainda para mudar totalmente a luz. Sou totalmente contra esse uso abusivo.”
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Família Italiana Descente de italianos por parte de mãe e pai, ele se sente muito conectado com a Itália. “Viajei muito para lá, principalmente para a Sicília, onde tenho parentes. Adoro a gastronomia do país, falo bem a língua, não fotografo sem uma boa taça de vinho tinto do lado, amo tomar grappa muito antes de ter virado moda, e claro, tenho esse lado passional muito forte.”
Mulheres e Casamentos Namorador, Tripolli também ficou famoso por desfilar por décadas rodeado de mulheres lindas. Casamentos? Teve cinco. Entre eles, com as modelos Ully Duwe e Claudia Tollendal. Há 27 anos é casado com a fotógrafa Adriana Lobo, 43, com quem tem dois filhos, Carmela, 14, e Nicola, 13. São cinco filhos no total. “Gosto de mulheres, de sedução, nunca escondi para nenhuma delas quem eu era nem meu estilo de vida. Sempre fui fiel a quem eu sou”, conta ele, que agora, aos 69 anos, se diz bem mais tranquilo.
Retrato especial “Uma das fotos que mais me marcaram foi um retrato que fiz do cineasta Federico Fellini, de quem sempre fui um grande fã. Eu estava em Roma e soube que ele estava filmando lá também. Acabei conseguindo o contato de uma produtora do filme, e durante três dias fiquei na porta do estúdio esperando uma oportunidade. No fim desse período, devido à insistência, me deram cinco minutos com ele. A instrução era a seguinte: que eu entrasse, fizesse as imagens e não conversasse com ele. Lembro que eu tremia, e, no primeiro clique, ele já ficou bravo porque eu me abaixei para fotografá-lo e ele não gostou. No fim, consegui um retrato incrível dele, com uma expressão séria e forte. Enviei essa imagem para a família dele. Tenho muito orgulho desse momento”.
Galeria Própria O fotógrafo possui há oito anos uma minigaleria de arte de 26m2, que foi batizada com seu sobrenome. Além de exposições de suas fotos, o local, que fica no bairro dos Jardins, na capital paulista, abriga mostras de outros artistas representados por ele, como o paulistano Jorge Sato, jovem talento que utiliza muito a famosa câmera analógica Lomo. “Fico sempre de olho em profissionais que têm um trabalho realmente autoral, como é o caso do Sato”, diz.
Novidades Em setembro, será inaugurado o novo espaço da artista Bia Doria, na avenida Europa, em São Paulo, e uma das exposições escolhidas para a abertura é de uma série de Tripolli batizada de Renascimento. São 18 imagens P&B que trazem detalhes de obras assinadas por Bia. “Ela me convidou para expor lá e eu sugeri fazer esse trabalho que nasce a partir das criações dela”, conta ele, que também pretende fazer no ano que vem uma grande mostra para comemorar 55 anos de carreira.
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A moda como escapismo, narrativa e tradição é a base de Pierpaolo Piccioli na vida e na sua posição de diretor-criativo da grife Valentino Por André do Val
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“S
empre amei cinema e na minha adolescência eu sonhava em ser diretor”, disse uma vez Pierpaolo Piccioli,
A história de sua passagem por duas das mais importantes casas italianas de moda e acessórios, Fendi e Valentino, se
atual diretor-criativo da Valentino, sobre como começou na
confunde com a da longa parceria criativa que teve com
profissão. “Quando descobri a moda e seu poder de narrativa,
outra estilista italiana, Maria Grazia Chiuri, atualmente na
decidi me tornar um estilista. Para mim foi como a evolução
Dior. A separação deles foi tratada como um divórcio pela
natural de um sonho”. Realmente, sua trajetória neste
imprensa especializada na época, gerando muita especula-
mercado poderia virar um roteiro...
ção sobre o sucesso que cada um teria individualmente. Mas eles conseguiram manter seu brilho próprio, distante da sombra da dupla que formavam antes. Os dois se conheceram no começo dos anos 1980, por meio de amigos em comum, e estudaram Moda na mesma época no Istituto Europeo di Design, em Roma. Na virada para os anos 1990, Pierpaolo e Maria Grazia começaram a trabalhar juntos na Fendi — ela como estilista e ele como designer da linha de acessórios. Dez anos depois, foram contratados (ambos no cargo de designer de acessórios) pelo próprio Valentino Garavani. Seguiram crescendo lado a lado ali dentro, até assumirem toda a criação (de roupas e acessórios) da linha de difusão Red Valentino, já oficialmente como uma dupla, em 2003. Portanto, não foi uma surpresa quando, na ocasião da aposentadoria de Valentino na direção da marca alguns anos depois, em 2008, eles assumiram a responsabilidade por toda a área de acessórios. É desta gestão em conjunto que vimos emergir a linha Rockstud, com sapatos e bolsas decorados com tachas — até hoje um sucesso comercial.
A mitologia grega foi apenas o ponto de partida para a coleção de alta-costura apresentada em Paris, mas Pierpaolo disse ter seguido exercitando combinações de cores, tecidos e silhuetas, sem se prender a uma história já pronta. Na foto que abre esta reportagem, a impactante imagem da modelo Kaia Gerber, filha de Cindy Crawford, com o dramático cabelo armado que marcou a temporada de desfiles
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Vale lembrar que a confecção de artigos em couro é um dos pilares da indústria de moda e acessórios Made in Italy e que este segmento representa normalmente um faturamento muito maior do que o das roupas propriamente ditas. Por isso, eles já tinham vantagem sobre qualquer concorrente que pudesse estar na disputa. O grupo financeiro que controla a Valentino teve dificuldade em encontrar um substituto, em outra marca, que conhecesse tão bem o seu histórico e tivesse tanto apelo com seu público como eles. Então preferiu apontar os dois talentos da casa como codiretores criativos. “Trabalhar tão de perto com artesãos e com a expertise italiana tem sido fundamental. Me permitiu entender e perceber as regras para que pudesse quebrá-las e reescrevê-las. Savoire-faire é a base da profissão de designer, é onde cada processo criativo começa”, descreve Pierpaolo sobre sua experiência. Nesses oito anos em que atuaram como uma dupla, têm como mérito a modernização da Valentino nas coleções de prêt-à-porter, alta-costura, bolsas, moda masculina e óculos. De
vermelho e também entre um público mais jovem. Já ela
olho em um consumidor mais jovem, trabalharam a imagem de
não foi tão bem-recebida ainda com seus lançamentos para
uma feminilidade delicada com um verniz contemporâneo. Di-
a tradicional marca francesa. Mesmo entre eles, a relação
ferente da silhueta de streetwear que tem dominado as vitrines
parece ter esfriado. Em uma de suas declarações na época,
de hoje, com moletons grifados, looks esportivos e tênis espe-
Pierpaolo disse que estava achando mais fluido trabalhar
ciais de colecionador, a Valentino tem vestido as meninas ricas
sozinho, pois entre eles era tudo debatido antecipadamente,
com cara de meninas ricas, em peças de cetim, tule e babados.
para manter um discurso alinhado. Porém agora tinha uma
Deu certo, ao menos pelo ponto de vista financeiro, tendo ele-
comunicação direta com a equipe de criação.
vado o faturamento da casa para US$ 1 bilhão em 2015. Quando Maria Grazia Chiuri anunciou em julho de 2016
Fofocas de bastidores à parte, Pierpaolo Piccioli manteve muitos dos traços criativos que tinham em conjunto: principalmen-
que iria para a Dior, para ocupar a vaga deixada por Raf
te as silhuetas dramáticas em tecidos leves e transparentes. Na
Simons, Pierpaolo Piccioli assumiu sozinho a direção criativa
apresentação mais recente de alta-costura, nesse mês de julho,
da Valentino. Suas coleções seguintes foram sucesso de
ele foi mais além: encerrou a semana de desfiles em Paris com
crítica, tendo mantido suas criações no radar do tapete
volumes tirados da Grécia Antiga e da mitologia.
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O tempo é uma questão íntima. É algo imaginado que se torna substancial: é a fantasia da alta-costura real, representada em um devaneio, trazida para a vida através de emoções. Já o romance foi a principal definição da coleção de
função: transformar o comum em extraordinário.” São todos
prêt-à-porter de inverno 2019. “O romantismo é o ponto forte.
temas ligados ao escapismo, que ao mesmo tempo é a
Ele coloca a sensibilidade antes da racionalidade, a autentici-
mesma força que movimenta a moda, particularmente neste
dade antes de estereótipos. A graça é a maior autoridade. Ela
recorte da alta-costura e dos tapetes vermelhos em que
encontra na amabilidade o tom da expressão, e a individua-
Valentino tem tão boa performance.
lidade no etéreo”. Para Pierpaolo, ser romântico é uma forma
“Estou interessado na ideia de humanismo que nutre a
de viver a vida, de dar forma à liberdade de ser, subvertendo
criatividade. A conexão humana que faz esta casa é para
os clichês do vestir.
mim o melhor time possível. Aqui descobri que não há
Na estação anterior, do verão 2018, ele havia falado sobre
inovação sem um conhecimento profundo da tradição. Ao
fantasia. Segundo o próprio, “o gênero literário que favorece
mesmo tempo, sei que o senso de limite que nasce dessa
o conhecimento, a exploração, a descoberta e a investigação
percepção dá a liberdade de pensar em como ultrapassá-lo.
de outras perspectivas”. Por isso, fez da lua um símbolo de
Esta é, em síntese, a nova direção da Valentino. Uma narrati-
glamour. “A moda volta a ser um exercício livre de fantasia,
va humana, pessoal e ainda assim unânime, de uma história
já que esta é uma de suas funções, ou melhor, sua principal
que está para ser escrita.”
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IMPERADOR VERMELHO Cher, Marilyn, Madonna, Adele... Somente as grande divas são conhecidas apenas pelo primeiro nome. Inclua nessa lista o de Valentino Garavani, estilista e costureiro de maior destaque na ponte aérea Milão-Paris, eixo em que ficou famoso por vestidos de festa, alta-costura e tapete vermelho. Vestiu atrizes de cinema, damas da sociedade e personalidades políticas com um tom muito particular de vermelho, que ficou conhecido na indústria como vermelho-Valentino. Entre elas, Elizabeth Taylor (uma de suas primeiras clientes) e princesa Margaret, da Inglaterra. Para Jackie O fez muitos vestidos, do preto que usou no luto do presidente Kennedy ao branco do casamento com o armador grego Aristóteles Onassis. Estudou na École Des Beaux-Arts de Paris e fez estágios com Balenciaga e Guy Laroche antes de abrir em Roma, em 1959, seu estúdio próprio. O negócio teve sucesso por conta de seu talento, mas também pela parceria (na empresa e na vida) com Giancarlo Giammetti, que o fez crescer comercialmente. Em 1998, eles venderam a marca, que depois acabou nas mãos de um grupo financeiro. Se aposentou em 2007, com todas as honrarias do criador de um fábrica multimilionária de vestidos, sapatos, bolsas, óculos e sonhos.
Acima: desfile de alta-costura de Valentino em 1991, com muitos dos emblemas que sua marca carrega até hoje: o vermelho, luvas e flores como símbolo de glamour e de uma feminilidade poderosa. Ao lado, duas gerações de comando da empresa, Maria Grazia Chiuri, Valentino Garavani, Pierpaolo Piccioli e Giancarlo Giammetti
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Stile & Moda
Antes de sua marca de acessórios ser uma história de sucesso, Paula Cademartori investiu em formação internacional na Itália, fez estágio em uma grande grife e participou de um concurso de novos talentos. Hoje, suas bolsas e sapatos são vistas aos montes no Instagram e em multimarcas do mundo todo Por André do Val
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Q
uando fez as malas para Milão, aos 21 anos de idade e logo após terminar sua faculdade de Desenho Industrial no Brasil, Paula Cademartori não sabia então que sua mudança seria definitiva. Sabia menos ainda que uma simples marca
de bolsas de couro divertidas que viria a lançar se transformaria em um negócio multimilionário em tão pouco tempo. De uma família de origem italiana de Porto Alegre (RS), ela embarcou em 2005 para cursar um mestrado Design de Acessórios no conheci-
do Istituto Marangoni, em Milão. Além da especialização em acessórios, Paula Cademartori também fez um curso para jovens empreendedores de moda, em uma importante escola italiana de negócios, a SDA Bocconi. Depois de formada, Paula passou três anos trabalhando no departamento de acessórios da Versace para alta-costura e prêt-à-porter. Somente por essa colocação profissional nesse começo de carreira, já seria uma conquista muito importante... Lá, teve o primeiro contato com os artesãos locais, que acabou virando um de seus maiores diferenciais. Paula sabia que poderia brilhar sozinha além de um emprego em uma marca conhecida, e pediu demissão em 2009 para participar no concurso de novos talentos “Who’s Next”, da Vogue Itália. Com uma coleção de 32 pares de sapatos, conseguiu ser citada na lista de 140 criadores emergentes recomendados pela revista, que à época ainda tinha Franca Sozzani como diretora. No ano seguinte, já atuando independentemente como consultora para outras marcas do segmento, ela decidiu dar um passo à frente. Juntou suas economias e as dos pais para lançar uma marca própria de bolsas de mão artesanais, práticas e decorativas. “Acredito muito no conceito ‘Fatto a Mano’. Aqui na Itália se fazem as melhores bolsas do mundo,” diz Paula, que calcula levar cerca de 32h para produzir cada peça. Arte, fotografia e arquitetura são, desde então, a base de inspiração de seu trabalho, que é focado em uma visão refinada da femilinidade. “Quando desenho, eu sempre penso no valor intrínseco de uma obra de arte, que passa pelo teste do tempo como emblema de beleza infinita.” Com geometrias, blocos de cores e contrastes de texturas, criou uma identidade marcante que fez sucesso entre as mulheres que mais bombam na internet, como as blogueiras Miroslava Duma, Chiara Ferragni (The Blonde Salad) e Leandra Medine (Man Repeller), além das atrizes Julia Stiles e Alice Eve.
“MINHAS CRIAÇÕES SÃO CONCEBIDAS COMO PEÇAS DE DESIGN, PARA POSSUIR E VALORIZAR, ATEMPORAIS E EMBLEMÁTICAS, AINDA QUE FUNCIONAIS E VERSÁTEIS”
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Mas foi a partir do aval da maximalista editora da Vogue Japão, Anna Dello Russo, que passamos a ver com mais frequência a sua marca registrada no Instagram: um fecho metálico característico inspirado no smbolo grego Pi (π), que finaliza tanto as bolsas e quanto o solado dos calçados. Outra de suas assinaturas é dar às bolsas nomes de mulheres conhecidas no universo de moda, beleza e estilo: Faye, Linda, Twiggy… Sua empresa hoje conta com escritório, estúdio e showroom instalados na famosa via Borgogna, em Milão, a poucos passos do Duomo. Foi ali também que abriu ano passado sua pop-store, marcando a estreia no varejo próprio. Paula mantém a produção com quase 10 mil peças por ano em pequenas fábricas no interior da Itália, não por acaso o maior pólo de acessórios em couro e de mão de obra artesanal no mundo — se não por volume, pelo prestígio da denominação de origem. Em 2015, expandiu também para o segmento de calçados, que hoje representam 30% nas vendas, e pequenos artigos de couro. Em um simpósio da Camera Nazionale della Moda Italiana em que participava, ela conheceu Renzo Rosso, fundador da marca de jeans Diesel e dono do OTB Group (Only the Brave), que tem no portfólio as marcas Maison Martin Margiela, Viktor & Rolf e Marni, e agora é sócio majoritário de Paula Cademartori. Com este apoio na distribuição, levou suas criações a mais de 150 pontos de venda ao redor do globo, com destaque para as principais multimarcas, como 10 Corso Como, An-
“O VERDADEIRO LUXO ESTÁ NOS DETALHES”
tonia e Excelsior (Milão), e Luisa Via Roma (Florença), Le Bon Marché (Paris), Harvey Nichols e Harrods (Londres), e chegando também aos EUA, Ásia e Oriente Médio. Paula Cademartori fez ainda colaborações com outras marcas italianas, como Ports 1961, Atelier Biagetti, Santoni e Kartell, esta composta por bolsa e sandália feitas de plástico injetável e decoradas com flores, inspiradas no Jardim Botânico do Rio. Já colaborou também com a norte-americana esportiva Nike. Como ela também já teve experiência com joias no início da carreira, pretende lançar algo neste sentido em breve, além de roupas e uma flagship store. E quem sabe não entre também no setor de malas de viagem, para inspirar outras garotas a terem jornadas como a sua: rumo ao sucesso!
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Stile & Moda
HOME WEAR Pensada para momentos de
bem-estar e descanso, a coleção de pijamas Trussardi traz
coordenados aconchegantes. A proposta da coleção é vestir a
mulher e o homem, completando o enxoval de cama e harmonizando o vestir para dormir de forma confortável e elegante. Elaborados em Modal, uma fibra tecnológica de origem natural, confere aos modelos benefícios como: maior durabilidade, conforto, melhor transpiração, suavidade e maciez, além de manter as cores vívidas mesmo após muitas lavagens.
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Camisola longa Geovana
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Stile & Moda
Conjuntos Matteo e Elena
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Camisola curta Elena
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Stile & Moda
Conjunto, camisola e robes Mirella
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Coordenação Tamara Ambros Estilo Allana da Silva Fotógrafo Walmor de Oliveira Assistente de Fotografia Kalone Kienda Assistente de Fotografia e Videomaker Klaus Schlickmann Produtora Executiva e Styling Pollyana Torres Modelos Ilaria Capponi e Andrea Navarra Makeup & Hair Gianluca Ferraro Tratamento de Imagem Bianca Martinelli
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Decorazione
C
ollezione
PRIMAVERA
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Jogo de cama XXXX e almofada XXX
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Decorazione
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Mazzo di Fiori e manta Merano
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Decorazione
Toalhas Ambra
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Toalhas Doppia
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Decorazione
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Jogo de Cama Palazzo Reale
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Decorazione
Toalhas Celebrare
Coordenação Tamara Ambrosi Fotografia Walmor de Oliveira Decoração Karla Silva Produção Fabio Tonbolato Estúdio Estúdio Brandão Cenários Ney Rodrigues Colaboradores Debora Voss, Pamela Klug, Laira Soares, Ana Paula Nascimento, Klaus Schlickmann, Robillards Catering, Mateo Troncoso Tratamento de Foto Ricardo Nau
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Toalhas Brescia
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Decorazione
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Jogo de cama Galles
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Decorazione
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Jogo de cama Quadrato e manta Treccia
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WOLFGANG TRÄGER/CORTESIA MANIFESTA 12 E FALLEN FRUIT
Arte, Design & Fotografia
JARDIM
PLANETÁRIO Uma das principais bienais de arte da Europa, a Manifesta escolhe Palermo, na Itália,
O
Jardim Botânico de Palermo, criado em 1789 como um laboratório para cultivar, estudar e
misturar diferentes espécies de plantas, floresce na cidade como uma metáfora para sua história. En-
como palco de sua 12ª edição,
cruzilhada de rotas marítimas do Mar Mediterrâneo,
que celebra a diversidade e a
entre a Europa, a Ásia e a África, a capital da Sicília
coexistência entre os povos Por Mariana Payno
recebe fluxos migratórios de diversos povos desde a Antiguidade: gregos, normandos e migrantes do Oriente Médio, norte da África e sudeste da Ásia contribuíram (e contribuem) para a distinta flora cultural e demográfica que foi fincando raízes na região ao longo do tempo. Não à toa a cidade foi eleita para abrigar, entre 16 de junho e 4 de novembro, a 12ª edição da Manifesta, bienal de arte nômade que desde o início dos anos 1990 viaja entre diferentes sedes na Europa. Já naquela época, marcada pela recém-finda Guerra Fria, o evento procurava estabelecer um diálogo entre a arte e a sociedade no continente
Obras contemporâneas
— propósito reforçado neste ano, com iniciativas
ocupam prédios históricos em
que trazem à tona debates centrais para o mundo
Palermo, caso da instalação
contemporâneo. Soma-se a isso o fato de Palermo
multimídia Theatre of the Sun,
ser palco de fenômenos cada vez mais relevantes,
do coletivo Fallen Fruit, no Palazzo Butera
como as migrações e as mudanças climáticas.
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Arte, Design & Fotografia
desta temporada de arte viva na cidade nasçam frutos duradouros. “Palermo é bastante conservadora, como
pelo arquiteto italiano Ippolito Pestellini Laparelli, a
toda a Itália, e fiquei muito satisfeito ao ver as instituições
jornalista e cineasta holandesa Bregtje van der Haak,
compreenderem o valor desse esforço cultural e a po-
o artista espanhol Andrés Jaque e a curadora suíça
pulação envolvida com a bienal”, diz. Os moradores da
Mirjam Varadinis — ressalta essas questões. “Como
cidade participam, por exemplo, de oficinas de criação
lidar com um mundo movido por redes de informação
artística e de dança e desfiles.
invisíveis, interesses privados transnacionais, inteligên-
As atrações da Manifesta estão por todos os cantos:
cia algorítmica, mudanças ambientais e crescentes
prédios públicos, igrejas, palácios, jardins. Alguns desses
desigualdades?”, indagam.
lugares, em situações corriqueiras, não seriam abertos
A resposta pode estar na noção que norteou o con-
ao público. “Palermo é uma incubadora de múltiplas
ceito curatorial da bienal, o “jardim planetário” do botâni-
condições globais: migração de pessoas, mudança
co francês Gilles Clément. “Os jardins são lugares onde
climática, gentrificação devido ao turismo de massa.
diversas formas de vida se encontram e se adaptam
Todos esses fatores são registrados pela cidade e seus
para coexistir. Gilles Clément descreveu o mundo como
espaços. Procuramos lugares onde esses fenômenos
um jardim cujo jardineiro seria a humanidade. A metáfo-
ocorrem, e a maioria dos locais que encontramos para
ra ainda é atraente, não como um espaço para os seres
a Manifesta são uma resposta direta a essas observa-
humanos assumirem o controle, mas sim como um
ções”, explicam os curadores.
local onde agentes de diversas espécies reconhecem
O conceito da bienal arrancou elogios dos artistas
sua interdependência e compartilham responsabilida-
convidados, sobretudo pela postura de firmar o evento
des”, defendem os curadores.
como um espaço de diálogo e tolerância. “Em um tem-
Com isso em mente, a Manifesta colocou em prática
po em que muito se fala sobre a construção de muros,
a ideia de transformar Palermo em um laboratório de
a Manifesta tem um forte valor simbólico de abertura,
narrativas do século 21, trazendo projetos de artistas,
em particular por ter escolhido Palermo, um lugar de
coletivos, escritores, pesquisadores e jornalistas que
trocas e encontros no cruzamento de rotas marítimas
abordam as múltiplas e complexas facetas da contem-
durante séculos”, diz Yuri Ancarani, videoartista italiano
poraneidade. Ao mesmo tempo, criou uma perspectiva
que apresenta dois filmes na bienal.
interativa da arte sobre a história e os habitantes da
A dupla Nicolò Massazza e Jacopo Bedogni, do
cidade. “Trata-se de oferecer uma plataforma de cola-
coletivo MASBEDO, baseado em Milão, também lembra
boração e mobilização social, para que as pessoas se
a importância da arte nesse contexto. “Hoje é realmente
juntam e aprendam a permanecer assim”, diz Marinella
essencial que a arte se oponha ao vazio político que
Senatore, uma das artistas italianas convidadas.
estamos experimentando. A arte deve ter coragem e
Além dela, outras personalidades passaram meses
integrar no mundo sonhos, pensamento, beleza, deve
em Palermo, preparando a bienal e desenvolvendo
dar esperança. A arte é uma bela luta.” Se depender da
projetos junto à população. É o caso de Filippo Minelli,
Manifesta 12, as sementes estão plantadas para que
um dos pioneiros da street art italiana. Ele espera que
tudo isso floresça em meio ao caos aparente do mundo.
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WOLFGANG TRÄGER/CORTESIA MANIFESTA 12 E PATRICIA KAERSENHOUT
Em conversa por e-mail com a revista Trussardi, a equipe de idealizadores da Manifesta 12 — formada
A instalação da artista holandesa Patricia Kaersenhout contrasta com a arquitetura do Palazzo Forcella De Seta
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Arte, Design & Fotografia
OS ARTISTAS ITALIANOS DA MANIFESTA 12
Um quarto dos artistas que se apresentam na Manifesta 12 vem da Itália. Conheça alguns deles e suas obras que discutem assuntos relevantes para o cenário mundial.
FORENSIC OCEANOGRAPHY
O italiano Lorenzo Pezzani se juntou ao americano Charles Heller para investigar as mortes de imigrantes registradas nas fronteiras marítimas da Europa, sobretudo no Mar Mediterrâneo. Com o vídeo Liquid Violence (foto), eles exibem alguns resultados dessa pesquisa na Manifesta 12.
MARINELLA SENATORE Teatro, música e cinema são a base para as obras de Marinella Senatore, que usa diversos tipos de plataformas e técnicas de expressão artística para trazer à tona temas como emancipação e
WOLFGANG TRÄGER/CORTESIA MANIFESTA 12
igualdade. O projeto Palermo Procession, idealizado para a bienal por mais de seis meses junto aos moradores da cidade, inclui performances (foto), pinturas, instalações e oficinas abertas ao público. “A ideia é mostrar a narração como uma experiência que pode ser explorada a partir do aprendizado não hierárquico, da autoformação e da criação de uma cidadania ativa”, diz a artista. “A procissão reflete Palermo, uma cidade dançante, em constante movimento.” 80
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FRANCESCO BELLINA/CORTESIA MANIFESTA 12 E JELILI ATIKU
CAVE STUDIO
Arte, Design & Fotografia
O Teatro Garibaldi é um dos espaços tradicionais da cidade de Palermo a abrigar as atrações da Manifesta 12
MASBEDO Nicolò Massazza e Jacopo Bedogni formam o duo desde 1999. Nos últimos anos, os dois têm estudado o envolvimento do espectador com vídeos, produzindo performances e instalações interativas. Eles levam a Palermo a Videomobile, uma van dos anos 1970 transformada em um “vagão de vídeo” que roda takes sobre a história da cidade (foto). “O projeto atravessa a memória que emerge do cinema investigativo. Elaboramos imagens que revelam dinâmicas de poder e as mudanças socioculturais escondidas no presente de como o sentimento de pertencimento e a fé nas utopias”, conta a dupla. 82
CORTESIA
Palermo, dando atenção especial a temas
YURI ANCARANI Misturando cinema documental e arte contemporânea, o videoartista explora os detalhes esquecidos do dia a dia e das relações sociais. Os dois vídeos que ele apresenta na Manifesta 12 trazem reflexões sobre a memória e os traumas da história coletiva. Lapidi observa as práticas (de selfies a demonstrações comemorativas)
INVERNOMUTO
A dupla formada por Simone Bertuzzi e Simone Trabucchi desenvolve pesquisas artísticas sobre diversas mídias, principalmente visuais e sonoras. O projeto delas para a Manifesta 12 é o Black Med, uma colaboração com a pesquisadora Alessandra Di Maio que se debruça sobre a migração africana para a Itália, produzindo intervenções sonoras e uma plataforma online.
em torno das placas que homenageiam as vítimas da máfia em Palermo (foto). Já Whipping Zombie registra um ritual de descendentes de escravos em uma aldeia do Haiti. Sobre este último, Yuri afirma CORTESIA
que “talvez tenha um significado catártico e com certeza faz você refletir sobre o processamento de um trauma”.
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Arte, Design & Fotografia
FILIPPO MINELLI Um dos pioneiros da street art na Itália no início dos anos 2000, Filippo Minelli viajou o mundo e hoje vive entre a Espanha e o Paraguai, se dedicando à performance e à fotografia. Na Manifesta 12, ele apresenta a instalação Across the border (foto), fruto da parceria com artistas de 40 países, que falam de suas experiências pessoais e identidades. “É um projeto participativo sobre as conexões transfronteiriças entre indivíduos e lugares, usando bandeiras para narrar essas histórias”, explica ele. A empreitada ainda está em curso, buscando aumentar as representações geográficas, demográficas e sociais.
MANIFESTA 12 ATÉ 4 DE NOVEMBRO DE 2018 PALERMO, ITÁLIA MANIFESTA.ORG/
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WOLFGANG TRÄGER/CORTESIA MANIFESTA 12
Sapori
IL
NUMERO
UNO Influente dentro e fora da cozinha, Massimo Bottura se consagra mais uma vez como o melhor do mundo. Conheça a seguir um pouco mais
sobre a trajetória do chef italiano, seus novos empreendimentos e suas iniciativas contra o desperdício de alimentos. Por Daniel Tavares
N
a edição deste ano do The World´s 50 Best,
“É preciso estar atento a tudo para criar”, já declarou
incensada premiação promovida pela revista
em algumas de suas entrevistas.
inglesa Restaurant, a Osteria Francescana, assim
Quem olha para o sucesso que ele colhe hoje
como aconteceu em 2016, ficou com o primeiro
não imagina que seu olhar moderno para a cozinha
lugar no ranking dos melhores restaurantes do
italiana já lhe custou um longo período de rejeição
mundo. A casa, que já possui as tão almejadas três
por parte dos moradores de sua região. Eles acusa-
estrelas Michelin desde 2011, fica em Módena, na
vam Bottura de, na verdade, estar traindo os valores
Itália, e é liderada pelo mais importante chef da cena
da gastronomia do país, e o restaurante quase teve
gastronômica atual: Massimo Bottura.
de ser fechado por falta de clientes. Foi preciso
Os reconhecimentos, os prêmios e as muitas deferências que o expert italiano de 55 anos recebeu
outros países e críticos internacionais validassem
nos últimos anos são resultado do trabalho obses-
seu trabalho para que o conceito do lugar come-
sivo e autoral que vem realizando em sua Osteria
çasse a ser compreendido por sua comunidade.
desde que foi inaugurada, em 1995, na charmosa ci-
Atualmente, as reservas para ocupar uma de suas
dade na qual nasceu e vive até hoje (após algumas
doze mesas têm de ser feitas com, pelo menos, três
idas e vindas pelo mundo). Sua cozinha tem como
meses de antecedência.
grande inspiração a tradicional culinária italiana, mas
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muita insistência e, claro, que frequentadores de
Há, no estrelado endereço, dois menus degusta-
reinterpretada sob uma nova perspectiva e com
ção, com 10 e 12 pratos, que saem respectivamente
o uso de técnicas contemporâneas. Além disso,
250 e 270 euros, e também é possível pedir à la
os ingredientes locais, a música, a arte e o cinema
carte. Entre as criações mais icônicas desse artista
também estão em seu grande mix de referências.
da cozinha estão A Parte Crocante da Lasanha,
Nesta página, a icônica sobremesa Ops, Eu Derrubei a Torta de Limão Ao lado, o chef Massimo Bottura
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Sapori
que coloca em evidência justamente aquele cantinho queimado do prato que todos adoram, e As cinco texturas do Parmigiano Reggiano, que traz um dos
“COZINHAR É UM CHAMADO PARA AGIR”
produtos mais famosos da área onde o chef vive em versões completamente diferentes. Essa receita, aliás,
ideia é que cada receita desperte todos os sentidos e
foi criada para uma campanha internacional liderada
que o sabor seja sempre o grande protagonista.
por Bottura, cujo objetivo era evitar que os produtores
“Quando era pequeno, eu ficava embaixo da mesa
locais fossem à falência após um terremoto que acon-
da cozinha, onde minha avó preparava seus tortellinis.
teceu na Itália em 2012 e comprometeu grande parte
Comer aquela massa ainda crua é até hoje a melhor
da produção desse queijo.
sensação gastronômica que carrego, e sempre tento
Outro prato bem famoso assinado por ele é o Ops,
provocar em meus comensais uma experiência pró-
Eu Derrubei a Torta de Limão. A sobremesa foi criada
xima daquela que vivi quando criança”, contou ele no
de uma maneira totalmente inesperada. O subchefe da
aclamado Chef´s Table, da Netflix. A série documental
casa derrubou na bancada da cozinha a torta de limão
sobre os grande talentos por trás dos melhores restau-
já pronta para ser servida. E aquela era a última. Ao invés
rantes do mundo, e que é dirigida pelo norte-americano
de se desesperar, o irreverente Bottura enxergou um
David Gelb, estreou em 2015 e trouxe o italiano como a
novo jeito de apresentá-la: como uma torta descons-
estrela do primeiro episódio.
truída. O visual do doce ficou ainda mais incrível! Aliás,
Por falar em infância, foi nessa época, cercado pelas
as apresentações de seus pratos, sempre impecáveis,
mulheres de sua família que faziam mágica pilotando
viraram uma marca registrada. Mas, segundo o chef, a
as panelas, que ele começou a se apaixonar pelo ofício. Porém, na hora de escolher uma profissão, optou pelo Direito. Infeliz com as aulas, largou o curso e assumiu seu primeiro restaurante, a Trattoria del Campazzo, em Módena, aos 23 anos. Nesse início, suas receitas ainda seguiam a tradição. Mas ele já sentia que não era esse o caminho que queria trilhar. Segundo o chef, a inquietação sempre o acompanhou, pois rejeitava a ideia de ser um profissional mediano. Por isso, algum tempo depois, ele resolveu dar uma pausa no dia a dia da Trattoria para se reciclar durante alguns meses em Nova York, nos EUA. Lá, no mesmo café onde trabalhou, conheceu sua esposa Lara Gilmore. O casal tem dois filhos: Alexa, 21, e Charlie, 17. A norte-americana se tornou o seu braço direito e sócia em todos os projetos. Após a temporada na Big Apple, ele voltou para sua cidade natal em 1994 e logo recebeu um convite do premiado chef francês Alain Ducasse para trabalhar em um de seus restaurantes. Ele não pensou duas vezes. Vendeu sua trattoria e partiu para Mônaco. Esse período de parceria com o mestre da culinária francesa, e a temporada que passou posteriormente, no ano 2000, com o expert espanhol Ferran Adrià (do extinto El
Nesta página, O Refettorio Paris, inaugurado em março embaixo da Igreja de la Madeleine, e o salão com tons de verde da novíssima Gucci Osteria.
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Prato Mediterranean Sole, feito com linguado e coberto com um papel comestĂvel feito com ĂĄgua do mar desidratada
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Sapori
Bulli), famoso por seu trabalho com a culinária molecular, foram fundamentais para que Bottura pudesse ter seu grande potencial desenvolvido e prepararam seu caminho para estar hoje no Olimpo da gastronomia. Em 2012, já com sua casa principal consolidada, Bottura abriu um segundo endereço em sua cidade: o Franceschetta58, que possui um visual informal e oferece um menu com receitas mais simples e mais acessíveis financeiramente. Um detalhe importante: lá, são usados os mesmos ingredientes de qualidade que aparecem em algumas criações do restaurante que o tornou famoso. No início deste ano, mais uma casa que leva a sua assinatura foi inaugurada em Florença. O sofisticado endereço fica dentro do cha-
O chef em ação no Refettorio Gastromotiva, no Rio de Janeiro
mado Gucci Garden, espaço multicultural da grife de luxo francesa, no qual há também loja e espaço
que sobravam do grande evento. Essa cozinha
de exposições. Batizado de Gucci Osteria, o novo
comunitária segue funcionando hoje com recursos
empreendimento gourmet traz pratos que fazem
vindos principalmente de feiras e supermercados.
referência às culinárias de diversos países visitados
No ano seguinte, o chef e sua mulher criaram a
pelo chef. Mas é claro que ele não deixou a Itália
Food For Soul, uma organização sem fins lucrativos,
de fora das inspirações, e o Tortellini com molho de
para idealizar mais projetos ligados a essa grande
Parmigiano Reggiano é um dos grandes destaques
bandeira levantada pelo casal.
entre as criações.
De lá para cá, foram inaugurados outros Refettorios pelo mundo, como o Felix, em Londres, e mais
“É PRECISO ESTAR ATENTO A TUDO PARA CRIAR”
recentemente o de Paris, em março deste ano. O Brasil também possui o Refettorio Gastromotiva, no Rio de Janeiro, que abriu as portas em 2016, durante as Olímpiadas do Rio. Ele foi criado em parceria com a jornalista Ale Forbes e a Gastromotiva, organização não governamental fundada pelo chef paranaense David Hertz há doze anos.
Paralelamente a este trabalho incansável, Bottura
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Como já deu para perceber, o chef número um do
tem se dedicado nos últimos anos a criar diversas
mundo tem feito história não só dentro de sua cozi-
iniciativas de combate ao desperdício de alimentos,
nha, mas também fora dela, se mobilizando para que
afinal um terço de tudo que é produzido é joga-
não haja mais fome no mundo e para que alimentos
do fora. Em 2015, durante a famosa Expo Milão,
ainda aproveitáveis não tenham o lixo como destino.
ele criou o Refettorio Ambrosiano, dentro de um
Sua posição como uma grande estrela não o isolou,
teatro abandonado que foi totalmente repaginado,
pelo contrário, ele usa essa grande influência para
onde chefs estrelados de vários países prepara-
reunir cada vez mais a comunidade gastronômica
ram refeições diárias para pessoas em situação de
para lutar junto com ele. Afinal, como o chef costu-
vulnerabilidade social, utilizando os ingredientes
ma dizer, cozinhar é um chamado para agir.
O prato Burnt, que traz o sabor de sardinhas defumadas. O prato faz uma homenagem ao artista conceitual norte-americano Glenn Ligon
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Le
Nostre
ORIGINI Na edição em que completamos 120 anos de história no Brasil,
embarcamos em um roteiro de sonho às nossas origens pelas regiões italianas da Lombardia e da Ligúria Por Mari Campos
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O
carro vai deslizando suavemente por estradas cênicas e sinuosas. Mar, paredões rochosos, lagos e vilarejos multi-
coloridos se descortinam no horizonte, como se fosse a cena de abertura de algum filme. Das casinhas coloridas e barcos de pescadores das Cinque Terre, atravessamos da Ligúria à Lombardia para explorar a bela, pacata e histórica Bérgamo até chegar à agitada e surpreendente Milão, com seu trânsito por vezes caótico e o andar apressado de seus moradores. Essa mistura aparentemente desconcertada de ambientes e destinos italianos tão diferentes entre si dá muito samba, sim! Hotéis luxuosos, restaurantes deliciosos, vinhos especialíssimos e paisagens arrebatadoras são garantia neste itinerário inesquecível por terras italianas. Mamma mia!
Acima: Vista panorâmica do vilarejo de Vernazza, nas Cinque Terre, e uma das ladeiras de pedra da vila em close. À direita: Lusco-fusco logo após o sol se pôr em Bérgamo.
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CINQUE TERRE Cinco terras. Cinco vilarejos vizinhos à beira-mar, a literalmente
praias de faixa de areia curta e mar agitado, os carruggi (corredo-
minutos de distância uns dos outros. Antigamente um segredo
res de pedra com escadarias íngremes), as belíssimas igrejas e a
bem-guardado por quem se embrenhava por suas ruazinhas em
icônica Via dell’Amore (a passarela recortada por um túnel repleto
cidadelas encravadas em penhascos da Ligúria, as Cinque Terre
de citações de Dante e Shakespeare e cadeados sem fim de
figuram hoje entre os destinos mais visitados da Itália.
casais apaixonados) cativam turistas à primeira vista.
Dá pra percorrer as cinco vilas em um único dia de trem, a pé
A idílica região, que já foi lar de figuras ilustres como Mary
ou de barco — a maneira mais popular hoje em dia. Mas o ideal
Shelley e Lord Byron e citada em obras de Dante, é famosa
mesmo é misturar um pouquinho desses três meios de transporte
também pelo vinho de sobremesa Sciacchetra, muito doce e
durante o passeio.
com 18% de teor alcoolico.
Monterosso al Mare, Corniglia, Vernazza, Riomaggiore e Ma-
Portovenere é chamada por alguns de “sexta terra”, de tão
narola são os cinco adoráveis vilarejos encravados nas encostas
pertinho que fica das Cinque Terre — e constitui a melhor base de
rochosas que, recortadas pelo azul intenso do Mediterrâneo, nos
hospedagem por lá. Os passeios de barco geralmente chegam ou
dias ensolarados parecem feitas para o Instagram — e cada qual
partem de Portovenere para as Cinque Terre (Corniglia é a única
com sua própria personalidade.
das cinco vilas que não tem nenhuma ligação com o mar).
Patrimônio da Humanidade pela Unesco desde o final da déca-
A cidade medieval se desenvolveu a partir de um castelo (que
da de 90 e fundadas na Idade Média, as Cinque Terre chegaram
hoje abriga um belo museu de arte contemporânea) e, além da
a ser dominadas por piratas, mas hoje o turismo representa uma
cidade em si e das Cinque Terre, também oferece diversas opções
fonte de renda muito maior por lá do que a pesca, agricultura ou
de passeios de barco para as ilhotas mais próximas da costa.
viticultura. A beleza de suas encostas rochosas que chegam a
Outra base possível é La Spezia, de onde partem os trens que
800 metros de altura, as ruelas estreitas e casas multicoloridas, as
passam pelas cinco cidadezinhas.
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Porta San Giacomo, em Bergamo, uma das portas de entrada para a cidade antiga
BÉRGAMO Bela cidade amuralhada de arquitetura medieval, barroca e renascentista e localizada a apenas 60 quilômetros de Milão, Bérgamo pode ser destino de um passeio de um dia a partir da capital italiana da moda ou ser uma base de hospedagem por si mesma (afinal, tem até seu próprio aeroporto). Bérgamo fica dividida em duas zonas: a cidade alta, delimitada pela Muralha Veneta e tomada por ruas de pedra e edifícios medievais, e a cidade baixa, que contém a parcela moderna e contemporânea de seu território. A cidade alta é protegida por uma muralha que, originalmente, tinha 6 km de extensão e apenas quatro portas — sendo a mais famosa delas a Sant’Agostino, ponto de acesso para a maioria dos turistas. O centro antigo é considerado um dos mais bem preservados da Itália e é repleto de tesouros arquitetônicos, como a Piazza Vecchia (antigo coração social e político da cidade), a Torre Cívica (com uma incrível vista panorâmica do alto de seus 52 metros), a monumental Basílica de Santa Maria Maggiore e o icônico Duomo de Bérgamo (a bela catedral dedicada ao padroeiro São Alexandre de Bérgamo). Tudo isso sem mencionar os deliciosos restaurantes, cafés (como o tradicionalíssimo Caffè del Tasso, com mais de 500 anos de existência e uma louvável carta de vinhos), galerias de arte e mercados. A culinária local é assunto tão sério por lá (destaque para o cotechino, uma grande linguiça cozida de porco), que dá até pra fazer cursos de culinária em lugares tradicionais, como a Trattoria del Teatro. No belo trajeto de carro entre Bérgamo e Milão, tomado por ciprestes, fica o belo Lago de Iseo, tão bonito quanto os lagos de Como, de Garda e Maggiore, mas ainda menos tomado pelas hordas de turistas. À esq: Barcos de pescadores em uma das prainhas de Vernazza À dir: Produtos italianos à venda nas ruelas de Bergamo
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MILÃO Milão tem pressa. Como em São Paulo, em Milão as pesso-
Vittorio Emanuele II, repleta de lojas e restaurantes), uma das
as têm o caminhar agitado, falam mais rápido, têm pressa
obras de arte mais comentadas da história (A Última Ceia, de
sempre. O Quadrilatero d’Oro (ou Quadrilatero della Moda),
Da Vinci), um castelo em pleno centro (o Castello Sforzesco),
como é chamado o quarteirão mais fashion da cidade,
museus fora do óbvio (como o Triennale Design Museum e o
compreendido entre as vias Montenapoleone, Sant’Andrea,
Museo del Novecento), uma deliciosa área de canais d’água
Manzoni e della Spiga (e recheado de lojas de grifes como
tomada por bares e restaurantes (Navigli Lombardi) e uma das
Ferragamo, Armani, Chanel, Missoni, Prada, Versace e tantas
cenas gastronômicas mais excitantes da Itália.
outras), é o símbolo internacional que colocou Milão como
A boa mesa milanesa está presente desde os mais simples
uma das maiores capitais da moda do planeta. Mas nem só
restaurantes até os mais icônicos (como o Trussardi Alla Scala,
de fashionistas e shopaholics (além das inúmeras lojas da
duas estrelas Michelin) ou mais trendy (como os badalados
cidade, Milão ainda é rodeada pelos outlets de luxo Fidenza
Ceresio 7 e Mimmo Milano). A “l’ora del aperitivo” é também
Village e Serravalle Designer Outlet) vive Milão.
uma verdadeira instituição milanesa: bons drinks acompanha-
A cidade tem uma das mais famosas igrejas do mundo (o Duomo de Milão), a galeria coberta mais icônica (a Galleria
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dos de fartos buffets de finger food que fazem a alegria da happy hour em lugares como o tradicional Ricci.
À esq: Começo de noite na adorável região de Navigli, em Milão, cheia de bares e restaurantes à beira do canal. Abaixo: Mesinhas na calçada no final de tarde em Riomaggiore
É também a cidade italiana que mais grandes nomes da hotelaria reúne por metro quadrado, abrigando propriedades dos grupos Four Seasons, Mandarin Oriental, Armani e Bulgari a passos de distância uns dos outros, em pleno Quadrilátero da Moda. O Mandarin Oriental, instalado em elegantes edifícios do século XVIII, tem restaurante estrelado no Michelin (o delicioso Seta), spa de 900 metros quadrados e até uma Fornasetti Suite, toda decorada com peças originais de um dos mais famosos artistas milaneses. O Four Seasons, que ocupa um prédio histórico cheio de afrescos renascentistas na discreta Via Gesù, tem design by Pierre Yves-Rochon, spa by Patricia Urquiola, gastronomia de primeira e a mais premiada equipe de concierges da cidade.
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ESCAPADA EXTRA Quem tem mais dias de viagem pode aproveitar o fato de que os idílicos lagos de Como, de Garda e Maggiore estão concentrados na porção norte da Itália e são facilmente acessíveis de carro ou trem a partir de Milão. Como, distante meros 50 km de Milão, tem suas margens tomadas por hotéis de luxo renomados como Grand Hotel Tremezzo e Il Sereno e diversos vilarejos encantadores — o mais icônico é Bellagio, que inspirou o icônico hotel homônimo em Las Vegas. O lago Maggiore, a cerca de 90 km de Milão e esparramado entre o Piemonte e a Lombardia, é lar de onze idílicas ilhas, sendo as Borromeias (Isola Madre, Isola Bella e Isola dei Pescatori) as mais famosas. Já o Lago de Garda é o maior da Itália, famoso também pela produção de azeites e pelas ruínas romanas e castelos da cidadezinha de Sirmione. Os hóspedes do hotel Four Seasons Milano agora contam também com passeios customizados e exclusivos ao Lago de Como, incluindo voo de helicóptero desde Milão até um idílico jardim privado às margens do lago, jornada privativa em lancha e uma refeição al fresco, com decoração especial, vistas imbatíveis para o lago e um menu de quatro passos elaborados pelos chefs do hotel — cenário perfeito para famílias, grupos de amigos ou uma romântica escapada a dois.
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Acima: Detalhe de uma das suítes do hotel Four Seasons Milano, um verdadeiro oásis no centro de Milão. Abaixo: A piscina infinita do hotel Il Sereno, à beira do Lago de Como
QUEM LEVA Não precisa quebrar a cabeça para montar seu roteiro para os Alpes italianos: a região é ampla, mas diversas agências e operadoras de luxo brasileiras montam itinerários exclusivos para lá com toda a infraestrutura necessária e muitos mimos e complementos de texto aqui
A Teresa Perez Tours propõe 4 noites em Milão no Mandarin Oriental Milan, 4 noites em Portofino no Belmond Hotel Splendido e 3 noites em Bérgamo no Relais San Lorenzo, com passeio de dia inteiro para o Lago de Como, tour em barco privativo por Cinque Terre e passeio à cidade de Monza. teresaperez.com.br A Superviagem sugere um roteiro de nove noites pelo norte da Itália, sendo três no Hotel Principe Forte dei Marmi (próximo às Cinque Terre), três no Palazzo Parigi em Milão e três no Il Sereno no lago de Como, com passeio de um dia de Ferrari 488 Spider até Bérgamo. superviagem.com.br A Local Turismo criou um itinerário com duas noites em Bérgamo no Relais San Lorenzo, duas noites na Riviera Italiana no Grand Hotel Portovenere, com passeio de barco até Cinque Terre, e duas noites no Mandarin Oriental em Milão, com jantar no restaurante duas estrelas Michelin Seta. localturismo.com.br
Turista observa o movimento no Lago de Como a partir de um dos cantinhos do hotel Il Sereno
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L’ultima parole
T rabalhar tão “
de perto com artesãos e com a expertise italiana tem sido fundamental
“
Pierpaolo Piccioli
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Indirizzo
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