í
ndice
3..... Introdução 5..... O People Marketing 8..... Linguística e Jornada de Compra 11... O que é linguagem? 15... O estudo da linguagem 23... Emoções e Marketing 31... Como usar emoções no Marketing? 43... Conclusão
I
ntrodução
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Introdução
Todos nós somos consumidores. Fazemos uma
O que a gente vai te mostrar nesse conteúdo
compra de mercado, um vestido novo para o ve-
é que nossas decisões são muito mais emo-
rão, um celular mais moderno. Só que, na hora
cionais do que a gente julga. E mais: que,
de levar esses produtos, seja numa loja online
através da linguagem, é possível escolher
ou física, você sabe o que está por trás das suas
os gatilhos corretos para despertar certos
decisões? Você tem consciência de como pen-
sentimentos no seu público e, assim, guiar
sa e o que motiva o seu consumo?
essas pessoas na jornada de compra rumo a conversão. Quer ver como? Então vem!
o
People Marketing
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O People Marketing Para começar a entender como a escolha das
A metodologia, criada pela Social Miner, tem
palavras que vão compor uma campanha podem
foco no engajamento de consumidores atra-
ajudar sua marca a convencer o visitante do seu
vés de interações humanizadas para cada
site a comprar na sua loja, a gente precisa expli-
etapa na jornada de compra.
car, primeiro, o que é o People Marketing.
CONSIDERAÇÃO
AVALIAÇÃO
CONVERSÃO
RETENÇÃO
LOOPING DE LEALDADE
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O People Marketing A jornada de compra, dentro do People Marke-
e o ajudem a decidir qual é o melhor opção
ting, define as fases que uma pessoa passa para
para ele.
a tomada de decisão. Ela é dividida em 4 etapas: consideração, avaliação, conversão e retenção.
Quando o consumidor escolhe o melhor modelo, que cabe no seu bolso e atende às suas
Na fase de consideração, o consumidor tem um
necessidades, ele está na fase de conversão e
problema, mas não sabe ao certo o que precisa
vai fechar a compra. Mas a jornada não acaba
para resolvê-lo, sendo uma oportunidade para
aqui, uma vez que, na fase de retenção, uma
as marcas contarem histórias que o ajudem a
boa experiência é essencial para que o consu-
identificar uma solução. Na fase de avaliação, o
midor avalie bem a marca ou possa se tornar
consumidor já entende o que precisa para resol-
um cliente fidelizado, que volte a fazer novas
ver seus problemas e, nesse momento, as lojas
compras nessa mesma loja, no futuro.
podem contar histórias que falem dos produtos
L
inguĂstica e Jornada de Compra
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Linguística e Jornada de Compra, o que tem a ver? Uma das bases do People Marketing são as his-
deração, avaliação, conversão e retenção –,
tórias, que têm o poder de ajudar o usuário a
fazendo com que esse consumidor se envol-
evoluir nas fases da jornada de compra – consi-
va com a marca e torne-se um cliente.
CONSIDERAÇÃO
CENÁRIO
PROBLEMA
AVALIAÇÃO
RETENÇÃO
CONVERSÃO
DECISÃO
SOLUÇÃO
FIDELIDADE
LOOPING DE LEALDADE
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Linguística e Jornada de Compra, o que tem a ver? As histórias, por sua vez, aplicadas nesse cená-
e a linguagem, essencial nos ambientes di-
rio, têm dois pilares: o contexto, que tem a ver
gitais, sendo um dos únicos meios de co-
com o que acontece no entorno do consumidor,
municação entre as marcas e seu público.
LINGUAGEM
HISTÓRIAS
CONTEXTO
o
que é linguagem?
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O que é linguagem?
A literatura conta com diversas definições para
E se você está se questionando quanto a lin-
“linguagem”. Neste material vamos considerar a
guagem ser uma capacidade exclusivamen-
,,
da American Speech-Language-Hearing Asso-
te humana, você não está sozinho. No meio
ciation (1982), que diz que a linguagem é a
científico, existe uma grande discussão sobre o tema e estudos defendem que algumas
capacidade humana para compreen-
espécies de animais, como os golfinhos, têm
der e usar um sistema complexo e di-
sistemas complexos de comunicação.
nâmico de símbolos convencionados, em modalidades diversas para comunicação e pensamento.
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O que é linguagem? Todos os animais se comunicam. Isso é um fato.
tuguês nós temos os fonemas que, assim
Mas, claro, existem diferenças entre a nossa lin-
como em outras línguas, são compostos de
guagem e aquelas usadas pelos bichos. São,
pequenas unidades.
mais precisamente, quatro as qualidades específicas da linguagem humana:
2. Outra qualidade da nossa linguagem é a gramática, que nada mais é do que as regras
1. Uma das qualidades que determina uma lin-
de como você vai usar as unidades para for-
guagem humana é a distinção. São unidades
mar palavras, frases. Ou seja, a gramática é o
– sons, palavras, letras – que podem ser agru-
conjunto de regras que ditam como você tem
padas para fazer palavras. Por exemplo: no por-
que agrupar essas unidades.
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O que é linguagem?
3. Temos também a produtividade, isto é, a ca-
4. Outra qualidade é o deslocamento, que é a capa-
pacidade de usar a linguagem para produzir uma
cidade de usarmos a linguagem para falar de coisas
quantidade infinita de combinações. Percebemos
que não estão na nossa frente. Diferente dos animais,
essa qualidade quando estamos falando, afinal
somos capazes de criar histórias e inventar coisas.
somos capazes de formar frases, numa gama in-
Podemos contar uma mentira, por exemplo, ou falar
finita de combinações, para comentar diversos
de coisas que nunca vimos.
assuntos, articular temas, chamar atenção para algum tópico ou explicar alguma questão.
o
estudo da linguagem
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O estudo da linguagem Nas ciências, temos diversas áreas dedicadas
E temos também a neurolinguística, que trata
ao estudo da linguagem. Elas são muito inter-
muito dos correlatos neurais, que seriam as
disciplinares, sendo a neurociência apenas
partes do cérebro que estão envolvidas na lin-
uma delas.
guagem – na produção, na compreensão, na articulação da fala. Então a neurolinguística vai
Temos a fonoaudiologia, que estuda a fala e como
olhar para como a gente começa a aprender a
usamos o corpo – a boca, a respiração – para ar-
falar, como é que a gente compreende a fala, o
ticular palavras; a filosofia, que usa a linguagem
impacto disso no nosso comportamento.
como entendimento do mundo; a literatura, que é bem vasta e trabalha, entre outras coisas, como a
Mas essas não são as únicas áreas que se
língua é mutável; a psicologia, que faz um estudo
dedicam ao estudo da linguagem, que acaba
da linguagem para terapia.
inserida em, praticamente, todas as ciências.
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E por que a linguagem faz a diferença na sua loja? Para vender, não podemos evitar de nos comu-
-las. Muito louco, né? Quer um exemplo?
nicarmos. Mas e se eu te dissesse que, sabendo
Então aqui vai:
de alguns artifícios da língua, essa comunicação pode ser muito mais efetiva, mexendo com
Não leia a palavra abaixo
as emoções das pessoas e conquistando muito
PARQUE
mais clientes? Se te damos um comando como esse, para Para chegar lá precisamos entender primeiro que
não ler uma certa palavra que você sabe ler,
a leitura e a compreensão são processos auto-
que está na sua língua, é improvável que você
máticos. Isso significa que, se a gente bate o olho
não leia. Isso acontece porque esse é tido
numa palavra ou frase que sabemos ler, nós va-
como um processo automático.
mos ler e processar essas informações, entendê-
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E por que a linguagem faz a diferença na sua loja? Ou seja: a gente não consegue evitar de ler uma
Ao ler “urso polar”, provavelmente você ima-
coisa. Sabe crianças que, quando estão apren-
ginou um urso polar. Você sabe que é um ani-
dendo a ler, apontam e leem todas as placas e
mal, que tem quatro patas, que é branco, que
letreiros pelo caminho. Pois então… como isso é
vive no ártico.
algo novo e automático, elas ficam animadas. Nesse sentido, a compreensão é, também, totalmente automática. Logo, se você conhece a palavra e sabe o que ela significa, é impossível não compreendê-la. Outro exemplo: Não compreenda a palavra abaixo URSO POLAR
Então, sendo a leitura e a compreensão dois processos tão rápidos e automáticos, a escolha da linguagem e comunicação vai ser muito importante na hora de conversar com o consumidor.
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E por que a linguagem faz a diferença na sua loja?
Afinal, imagine que você está navegando num site. É impossível não ler o nome dos produtos, o que está escrito nas seções. É por isso que, quando o seu visitante está a procura de uma informação, esse conteúdo deve ser apresentado do jeito mais fácil possível.
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A linguagem das emoções
Nesses casos fica muito mais difícil recusar algum produto ou não fazer uma compra.
Sim, o processo de leitura e compreensão é
E o contrário também acontece: se você é
totalmente automático, de modo que estamos
maltratado, não recebe ajuda, nenhum tipo
sempre preparados para ele. Mas a importân-
de suporte, isso influencia no seu processo
cia da linguagem vai além.
de decisão e pode levá-lo a não comprar naquela loja.
A forma com que a gente se comunica pode, também, influenciar o modo
Portanto, o modo como nos comunicamos,
como a gente se sente.
através da linguagem, pode influenciar o que sentimos e nossas emoções que, por sua
Um exemplo, no contexto de vendas, é quando
vez, direcionam as decisões que vamos to-
vamos a uma loja e, dependendo do jeito que so-
mar – inclusive as decisões de compra. É por
mos recebidos e tratados pelo vendedor, esco-
isso que entender como se comunicar me-
lhemos comprar ou não. Quem nunca se sentiu
lhor com o seu consumidor pode fazer tanta
mal de sair de uma loja de mãos vazias quando
diferença na hora vender, especialmente no
o vendedor te foi super receptivo e empático?
contexto digital.
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A linguagem emotiva
,,
A “linguagem emotiva” ou “linguagem humaniza-
A linguagem emotiva é uma área de estudo
da” seria o
que pretende entender quais são as palavras certas responsáveis por evocar emoções, uso de palavras e frases para evocar
reações e decisões específicas nas pessoas.
emoções no leitor e encorajar uma de-
Ou seja, usar o imperativo “compre!” não é
terminada reação ou decisão.
o que, necessariamente, vai fazer com que o seu consumidor compre. Por outro lado,
E, como a gente falou, a linguagem é um dos pila-
existem uma série de documentos que indi-
res do People Marketing.
cam como você deve se comunicar para que uma pessoa tome uma certa decisão ou tenha uma certa reação.
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Um pouquinho sobre emoções Como mostramos, a linguagem evoca emoções
a tristeza, a raiva, o nojo, o medo e a surpresa.
e é capaz de direcionar reações. Portanto, nada
Mas nós não sentimos apenas uma coisa de
mais justo do que entender um pouquinho sobre
cada vez. As emoções podem ser sentidas ao
sobre esses sentimentos.
mesmo tempo e nosso objetivo aqui é entender como elas se relacionam com o marketing
A gente tem 6 emoções, chamadas de “emoções
e como as marcas as têm usado para melhorar
primitivas” ou “emoções base”. São elas a alegria,
a experiência do consumidor.
E
moçþes e marketing
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Emoções e Marketing Várias pesquisas sobre o processo de tomada
Já outros estudos mostram que respostas
de decisão, consumo e comportamento mos-
emocionais a propagandas são mais influen-
tram como as pessoas, inconscientemente, se
tes do que o conteúdo da propaganda em si.
apoiam muito mais em emoções do que em
Isso explica porque cachorrinhos fazem tan-
pensamentos racionais.
to sucesso em comerciais de chinelos, carros e até de papel higiênico, não é não? Isso
Sim, isso é curioso. Afinal, quem nunca falou
acontece exatamente porque as empresas
“eu penso muito antes de tomar uma decisão”?
estão buscando gerar empatia, fazer com
E, no entanto, no nosso inconsciente, as emo-
que a gente se identifique com a marca.
ções estão tomando essas decisões e a gente nem percebe.
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Emoções e Marketing Ou seja: racionalmente falando, não tem nada
E nós temos outros mil e um exemplos como
a ver ter um cachorrinho numa propaganda
esse, desde o uso de criança em propa-
de papel higiênico - não tem nenhuma liga-
ganda até o apelo para o humor. Ou seja: o
ção com a finalidade do produto ou como ele
marketing já reconheceu que essa resposta
é fabricado, por exemplo - e mesmo assim as
emocional é muito mais importante que a
companhias colocam o bichinho ali. Ou seja,
resposta racional em si e explora muito bem
é realmente para trazer essa resposta incons-
este recurso.
ciente, emocional.
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Emoções e Marketing felicidade A “felicidade” é uma das emoções mais exploradas pelas marcas. E com razão. Uma pesquisa da Fractl revelou que a “felicidade” é um dos principais impulsionadores para compartilhamento de conteúdo nas redes sociais. Para verificar isso, eles separaram vários materiais que se tornaram virais nas redes – isto é, que as pessoas compartilharam muito – e avaliaram que a maioria despertava sentimentos relacionados a felicidade, como superação, peças engraçadas, entre outros. Já outro estudo, do The New York Times, anali-
sou 7 mil artigos que eram enviados por e-mail, avaliando os que geravam mais engajamento – que eram mais encaminhados, em que as pessoas mais clicavam, etc. Eles perceberam que os artigos mais positivos, ou seja, que remetiam a felicidade, tinham maior probabilidade de serem compartilhados. E quem aí pode dizer que nunca viu um vídeo fofo ou engraçado e a primeira coisa que fez foi encaminhar para um amigo ou alguém da sua família? Pois é… a felicidade realmente desperta esse desejo na gente de querer dividir com as outras pessoas, sendo um impulsionador de compartilhamento. E a felicidade é uma emoção muito importante para as marcas, porque cria uma imagem positiva. Afinal, se você tem uma boa experiência com essa empresa, geralmente com a felicidade, você tende a levar isso com você depois.
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Emoções e Marketing tristeza É estranho falar de tristeza e marketing, né?
Nesse sentido, quando as pessoas são expos-
Mas a tristeza é uma emoção de conexão. E
tas a relatos tristes, como de uma vítima de
não, a ideia não é a marca falar exclusivamen-
uma doença, e em seguida tem a oportunidade
te de coisas tristes. Só que quando a gente tem
de fazer uma doação para uma instituição que
qualquer emoção e, nesse caso estamos pen-
apoie a cura daquela doença, as pessoas ten-
sando na tristeza, liberamos hormônios que
dem a doar mais dinheiro, por exemplo.
podem nos fazer mais generosos. Já no marketing, alguns comerciais que focam Nesse contexto, um estudo do pesquisador
em histórias tristes oferecem, em contrapartida,
Paul Zak demonstrou que esse tipo de hormô-
um final feliz, para fazer com que os consumi-
nio nos faz criar conexões.
dores se conectem com a marca. Consequentemente, temos mais confiança nas marcas que usam esse tipo de apelo.
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Emoções e Marketing medo e surpresa Ninguém gosta de assistir filmes de terror so-
E, no marketing, algumas empresas podem se
zinho, certo? Imagine que você está com medo
apoiar nessas emoções para promover suas
ou levou um susto, logo vem o instinto de nos
causas. ONGs que trabalham com causas cli-
agarrar a pessoa que está do lado.
máticas e meio ambiente, por exemplo, podem trabalhar essas emoções ao mostrar o aumento
Na neurociência, a teoria é que medo e surpresa
no volume dos mares, o derretimento das calo-
fazem com que a gente queira agarrar alguma
tas polares ou espécies ameaçadas de extinção.
coisa, para lidar com aquela situação. Isso implica que, quando estamos assustados, preci-
São informações que o público possivelmen-
samos compartilhar essa experiência para nos
te desconhece e que vão gerar surpresa e, em
sentirmos mais seguros.
muitos casos, medo.
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Emoções e Marketing raiva e nojo Raiva e nojo são emoções muito fortes que fi-
Mas tem mais: estudos mostram que essas
cam em evidência. Isso significa que, se eu pe-
emoções podem nos fazer mais teimosos. A
dir para você identificar uma pessoa que está
Universidade de Wisconsin, por exemplo, re-
com nojo, é provável que ela esteja com a testa
alizou uma pesquisa em que os participantes
franzida e o nariz torcido. Isso porque a gente
eram convidados a ler um post de blog em que
sabe que esse movimento é uma expressão fa-
o conteúdo era imparcial e falava sobre riscos e
cial de nojo, certo? Sim, é difícil esconder quan-
benefícios da nanotecnologia.
do estamos com raiva e com nojo.
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Emoções e Marketing raiva e nojo Após a leitura, uma parte dos participantes foi
sas “Fake News” e como precisamos ter consci-
exposta à comentários agressivos – a favor ou
ência da influência que sofremos sobre diversos
contra a tecnologia – e a outra parte, à comen-
assuntos, uma vez que a exposição à comentá-
tários neutros. Com isso, no pós-pesquisa, eles
rios, posts e notícias agressivas podem desper-
descobriram que as pessoas que leram mensa-
tar nossas emoções e acabar polarizando nos-
gens rudes acabaram sendo mais polarizadas
sa opinião.
em suas opiniões. Ou seja: se elas achavam que a nanotecnologia era um risco, elas tendiam a
Dentro do marketing, podemos aplicar as emo-
reforçar os riscos e, se fossem a favor, focavam
ções de raiva e o nojo como no exemplo da ONG
nos benefícios.
com causas ambientais. É possível que uma organização deseje que você sinta raiva do aque-
Isso explica, inclusive, a repercussão das famo-
cimento global.
C
omo usar as emoçþes no marketing?
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Como usar as emoções no marketing? Como a gente viu, as emoções são importantes para criar conexões entre marcas e pessoas. Nesse sentido, especialmente no universo digital, as empresas usam muitos recursos de linguagem para auxiliar no processo de decisão do público. E vamos mostrar como você pode usar esses mecanismos a favor do seu negócio.
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Elementos de linguagem Quando estamos montando uma peça publici-
é aversiva, nem agradável. Mas se lemos “Ma-
tária, uma campanha ou um e-mail marketing
ria deu um tapa em Fernanda”, essa sentença é
– seja qual for o canal que você usa – o ideal é
aversiva, porque a Maria não deveria estar ba-
ter em mente alguns elementos de linguagem:
tendo em outras pessoas. Agora, se eu disser
as variáveis psicolinguísticas. Esses elementos
que “Maria doou dinheiro para caridade”, essa
são características de uma frase ou de uma pa-
frase é mais agradável.
lavra que são percebidas, em maior ou menor grau, pelas pessoas. São elas:
Frases e palavras têm, portanto, valência. Aliás, uma pesquisa rápida na internet já revela
A valência: possibilita a polarização do compo-
listas que informam a valência de uma série de
nente emocional, entre aversiva ou agradável,
palavras onde, por exemplo, a palavra “assalto”
propiciada pela sentença.
apresentaria uma valência baixa, porque é ruim e, consequentemente, aversiva.
Nesse sentido, se lemos a frase “Maria abriu a
porta”, essa sentença não é boa, nem ruim; não
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Elementos de linguagem Na prática, vamos supor que você queira provocar “felicidade” nos seus consumidores. O ideal é usar palavras de valência alta, isto é, agradáveis, nas suas mensagens, em detrimento de palavras que são aversivas para as pessoas. Arousal: tem a ver com alerta e excitabilidade, e possibilita acessar o grau de intensidade emocional gerado pela sentença ou pela palavra. Diferente da valência, que dá uma qualidade de boa ou ruim e representa o quanto nos sentimos emocionados ou incomodados com algum termo, arousal é uma medida mais interna, sendo um elemento que representa como a pessoa está se sentindo lendo algo. Então, retomando o exemplo da Maria, na frase
“Maria abriu a porta”, você não sente uma intensidade emocional e fica, portanto, neutro. Mas se você ouve que “Maria deu um tapa em Fernanda”, você pode ter um arousal alto - intensidade emocional alta - , mas com uma valência baixa. Isso significa que as variáveis de arousal e valência podem ser combinadas entre si. Familiaridade e Frequência: permitem mensurar o quanto uma sentença ou palavra é comum e familiar dentro do uso cotidiano da linguagem. Nesse sentido, se eu falar “Avenida Faria Lima”, esse nome será, provavelmente, mais familiar para as pessoas de São Paulo, e usado com mais frequência por quem transita ou mesmo mora na zona oeste ou sul da cidade.
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Elementos de linguagem Agora, para as pessoas de fora de São Paulo,
seu consumidor, tome o cuidado de usar pala-
talvez este não seja um nome familiar e, con-
vras com as quais eles têm familiaridade e estão
sequentemente, não será usado com frequên-
acostumados a usar. Muitas marcas, por exem-
cia. Portanto esses dois elementos têm relação
plo, se arriscam no uso de gírias. E isso não é,
com o quanto usamos uma palavra ou frase e o
necessariamente, ruim, mas é preciso ter o cui-
quanto essa expressão nos é familiar.
dado de garantir que o seu público vai entender.
Do ponto de vista do mercado, uma preocupa-
Figuratividade: permite caracterizar as senten-
ção que as empresas precisam ter em mente é
ças quanto à combinação das palavras, as quais
que tudo o que é familiar para o consumidor, é
podem produzir um sentido figurado ou literal.
mais fácil para ele entender, sendo menos aver-
O estudo dessa relação permite entender se
sivo para o seu cérebro.
pode existir uma preferência afetiva relacionada ao uso figurativo ou literal.
Portanto, quando for escrever uma frase para o
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Elementos de linguagem Figuratividade é, portanto, o elemento que pre-
Um exemplo é o uso de memes - aquelas piadas
tende avaliar se uma frase ou palavra tem o sen-
da internet que circulam nas redes sociais. Al-
tido figurado ou literal. Exemplo: na passagem
gumas marcas usam os memes que, em geral,
“pode tirar o cavalinho da chuva” o sentido é
tem um sentido figurado e são piada internas de
totalmente figurativo, sendo que a maioria das
grupos muito específicos e, às vezes, as pesso-
pessoas conhece essa expressão e sabe que
as não entendem.
não é uma coisa literal. Você não tem um cavalinho e não precisa estar chovendo.
Então é bom deixar bem claro para o seu público que isso é uma coisa figurativa, uma brincadeira,
A gente pode estudar esse elemento dentro das
ou tentar usar outros recursos, mais neutros, em
frases – se é muito ou pouco figurativo – e usar
que você possa trabalhar a figuratividade, mas
a figuratividade pode ser muito bom ou muito
ainda assim garantir que todo o seu público está
ruim, dependendo do seu público. Isso porque
entendendo a mensagem da sua marca.
algumas pessoas podem não saber o significado figurativo da palavra ou da frase escolhida.
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Triggers A gente pode usar alguns triggers – gatilhos – no marketing e na linguagem para evocar certas emoções. Temos o medo, a culpa, a confiança, o valor, o pertencimento, a competição, a liderança, a urgência, a felicidade, entre outros. E a ideia é associar os triggers às emoções que você quer causar nas pessoas. Observe alguns exemplos de mensagens que a gente envia através dos canais da nossa plataforma e os triggers trabalhados em cada frase.
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Triggers
1 “
Não sei você... Mas tá todo mundo querendo essa bota linda! Não viu ainda? Vem ver!
Triggers: Urgência, presente no “Você não viu
ainda? Vem ver!”; e Pertencimento, evocado pela passagem “Tá todo mundo querendo”. Nós que somos seres totalmente sociais, que gostamos de fazer o que está todo mundo fazendo. Então, com essa frase, cria-se um apelo para o nosso desejo natural de fazer fazer parte do todo. Emoções: Medo, Felicidade. A frase desperta a felicidade de fazer parte do grupo, que tem essa bota, e o medo de não estar na moda.
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Triggers
2
“
Que bom ter você aqui! Separamos um presente surpresa pra comemorar sua chegada! Clica aqui e aproveita <3
Triggers: Felicidade, inspirados pelo emoji, pela recepção. Emoções: Felicidade e Surpresa, de receber uma mensagem empática e um presente de boas-vindas.
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Triggers
3
“
Falta pouco! Pode correr pro abraço, porque seu produto preferido já tá quase garantido! Corre aqui :)
Triggers: Urgência, trabalhada por passagens como “falta pouco”, “corre aqui” ou “já tá qua-
se garantido”. Emoções: esse trigger pode gerar Medo, no sentido de “se eu não for logo, vai acabar” e Felicidade no sentido de que “falta pouco” para para eu ter meu “produto preferido”, isto é “se eu completar essa ação, eu vou conseguir o meu produto”.
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Triggers
4 “
Aquela conexão que só você e sua mãe entendem <3 Conecte-se para saber como tornar o dia das mães mais especial.
Triggers: Confiança, Valor Emoções: Felicidade Quando a gente tem datas especiais, como Dia das Mães, dos Pais e das Crianças, a gente tem triggers de confiança, valor, pertencimento. Se você pensar em propagandas sazonais de datas comerciais como Natal, desde comerciais de margarina, até de refrigerante passando por cosméticos, todas usam aquele negócio de família, do valor da marca, dos valores do próprio consumidor, da confiança, e todos esses triggers geram a emoção de felicidade.
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Triggers
5 “
Quer ser VIP? Conecte-se e receba em primeira mão nossas ofertas.
Triggers: Pertencimento, pontuado na parte de “ser VIP” e Competição, em “receba em primei-
ra mão as nossas ofertas”, dando uma ideia de exclusividade. Emoções: Felicidade, porque a pessoa “vira
vip” e tem a recompensa de receber algo em troca – no caso, as ofertas.
C
onclusĂŁo
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Conclusão
Esses exemplos mostram como podemos construir frases, apostando nos triggers certos, para guiar as emoções dos nossos consumidores. Isso porque a linguagem é um processo automático, capaz de evocar emoções, transformar a experiência do consumidor e impactar nas suas decisões.
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ReferĂŞncias
- https://blog.bufferapp.com/science-of-emotion-in-marketing - https://www.entrepreneur.com/article/205240 - https://blog.hubspot.com/marketing/emotions-in-advertising-examples - https://www.callfire.com/blog/2015/12/15/emotional-ranking-research-suggests-emotive-language-is-a-marketing-no-brainer - http://www.massey.ac.nz/~alock/virtual/bamberg.htm - https://writingexplained.org/grammar-dictionary/emotive-language
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