Unificação das Forças Atuantes na Macro e na Microestrutura do Universo: - Proposta alternativa.

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Unificação das forças atuantes na macro e na microestrutura do universo: - Proposta alternativa.

J.R. Silva Bittencourt


Advertência O texto que se segue é da responsabilidade do autor. Ele manifesta um ponto de vista alternativo, que não é reconhecido oficialmente (ainda), levantando questões que envolvem o observador isolado e a participação da sua memória na interpretação dos eventos que ocorrem à sua volta. Temas inexplicáveis sob a ótica da ciência, como é o caso da orientação das forças no espaço-tempo e a constância da velocidade da luz, encontram explicação teórica curiosa quando se leva em conta que, para nós, somente existe o que pode ser lembrado.


- Unificação das forças atuantes na macro e na microestrutura do universo: - Proposta alternativa. J.R. Silva Bittencourt Não existe possibilidade de se unificar a atuação das forças na escala astronômica e aquelas que gerenciam o movimento no nível subatômico, sem a introdução da figura do observador isolado neste contexto. Isso se deve ao achado de que as coisas somente passam a existir quando podem ser lembradas por nós. Na realidade, o nosso ponto de vista importa muito pouco para o universo que está ao nosso redor, mas é a nossa memória que dá sentido aos eventos que ocorrem à nossa volta. Pode ser que uma estrela distante esteja brilhando no céu e a sua luz ainda não tenha nos impressionado o suficiente para sabermos, através do seu brilho, que ela existe na prática. O que é comum na forma com que interagimos com a realidade, tanto na escala astronômica quanto ao nível dos átomos, é o princípio de rastreamento das informações. Ou seja, tanto faz se você estiver por trás de um potente telescópio ou com os olhos fixos nas lentes de um microscópio ótico, que ainda precisará contar com o espalhamento local da luz para ver as partículas. O que vemos é a luz espalhada pela partícula, e não


ela mesma. No processo de observação não se leva em conta a diferença de tempo que a luz teria necessitado para percorrer o espaço que nos separa de uma estrela, em relação ao ínfimo lapso de tempo que nos separa da nossa preparação, quando vista ao microscópio. Nesta forma de abordagem é possível notar a semelhança entre as duas formas de infinitude. O lapso de tempo que nos separa das partículas subatômicas tende ao infinito, um limite que jamais será alcançado, pelo menos quando se trata do nosso ponto de vista. É que, sem o tempo mensurável, a nossa memória perderia o sentido. Por isso, a partir de certos limites de contração do tempo naquele nível, as partículas desaparecem da nossa visão por não poderem ser lembradas, mesmo continuando lá. Por outro lado a dilatação do tempo, que dá sustentação a essa memória, também tende ao infinito na macroestrutura, sem jamais alcançá-lo. Isso significa que, uma vez que o marco zero do tempo estivesse sempre na posição do observador e não na posição do observado, se ele deslocasse a sua posição física no espaço estaria levando consigo o centro da observação. Isso não significa que o observador estaria no centro do universo, mas certamente iria manter-se sempre no momento presente. A dilatação do tempo, uma vez


suspensa na direção do infinito pressupõe, em tese, que os lugares mais remotos do universo pudessem ser alcançados pelo observador enquanto se mantivesse sobre o centro, o que logicamente não acontece na prática devido às limitações físicas. Para tentarmos ilustrar a atuação das forças no espaço-tempo, a partir do ponto de vista do observador, iremos examinar a relação do Sol com os seus planetas, e a forma como a gravidade estaria gerenciando as suas órbitas. Para a Teoria da Visão Inversa estaríamos convivendo com duas formas de realidade. A uma delas chamamos realidade primária, a partir da qual deriva todas as informações que nos chegam com atraso. A outra realidade, dita secundária, é aquela percebida com atraso pelos nossos sentidos sendo, portanto, resultado da decodificação das informações oriundas da realidade primária. Em princípio, os eventos em curso nas duas realidades deveriam coincidir, mas, devido a um princípio de exclusão de acesso direto à realidade primária, não se tem certeza se isso acontece na prática. Qualquer forma de decodificação de informações demanda tempo, e o tempo é a chave do enigma. Como a nossa memória depende do tempo, ou nada poderia ser avaliado em tempo real, parece que estamos


definitivamente excluídos da realidade primária, numa forma curiosa de exílio. O nosso corpo físico, onde se inclui o nosso cérebro, está na realidade primária, mesmo sem saber disso. No entanto, de que adiantaria se esse lugar fosse um paraíso de delícias e não pudesse ser aproveitado? Dito de outra forma, para que serviria o paraíso se não houvesse alguém com consciência para dar-lhe sentido? Mas, uma forma de consciência suportada pela memória teria, como ônus, o exílio temporal. Para os planetas a densidade assumida pela massa solar seria mais importante do que a sua própria massa. Se o observador pudesse ter conhecimento das variações da densidade do Sol, poderia ver um quadro totalmente diferente do usual. Normalmente, o Sol passeia sobre a eclíptica durante o dia, do leste para o oeste, sem nenhuma variação mensurável na sua massa e no seu volume. A luz do Sol parece estar escondendo possíveis variações da sua densidade. Por consequência, a massa solar estaria ligada a uma curvatura única e constante no espaço. Essa curvatura única deveria gerenciar simultaneamente a órbita de todos os oito planetas do seu sistema mais Plutão, o que parece um pouco estranho. A intensidade da luz também iria decair de forma proporcional às distâncias em


que os planetas se colocam, devido ao fato de que o brilho local da nossa estrela seria conservado ao longo do tempo. Se as variações da densidade solar fossem sensíveis visualmente, poderíamos saber, pela variação do volume da nossa estrela, se a Terra estaria em rota de aproximação ou de afastamento; se neste momento a Terra estaria passando no periélio ou no afélio. Isso, logicamente, não acontece na prática. Se o Sol e as outras estrelas não emitissem partículas de luz para o espaço, nós não teríamos como saber das suas existências. Portanto, a responsável pelo problema da curvatura única do espaço seria a radiação cósmica. Ela teria assumido a função de ser a mensageira do espaço, mas estaria cumprindo a sua missão com reservas, ou com alguns segredinhos guardados a sete chaves. Johannes Kepler conseguiu desvendar um deles, o de que, contrariamente ao que se supunha na sua época, as órbitas dos planetas formariam uma elipse ao longo do tempo, e não um círculo. Sabe-se que o círculo está diretamente ligado à luz e ao seu movimento harmônico. Isto é, no caso da luz o movimento harmônico, derivado do circular, poderia ser desdobrado na forma de ondas cíclicas. O achado de que o Sol não varia a sua massa e


volume ao longo do tempo está de acordo com a sugestão de que isso poderia ser uma das consequências do nivelamento dos extremos energéticos do espectro de Maxwell, antes da manifestação ou da chegada da luz do Sol a Terra. O tema já foi abordado anteriormente, mas estaria relacionado com o cone de luz do futuro do Sol. Apesar de o Sol atuar como uma fonte puntiforme, emissora de ondas circulares e concêntricas de luz, alguns teóricos do assunto levantaram a hipótese de que as ondas de luz iriam se superpondo ao longo do tempo, resultando na formação de um cone reto. No caso do Sol, o tempo teria ficado retido por oito minutos, até nos alcançar na Terra. No entanto, o tempo que cursa no futuro não pode ser medido diretamente, tratando-se de um tempo imaginário. Podem-se fazer cogitações sobre o tempo gasto pela luz dentro daquele cone, tendo por base a sua velocidade limitada. Apesar de ser um pensamento justificável, avaliar o tempo no futuro através da luz não tem suporte científico, tratando-se de uma forma de avaliação indireta. O próprio cone tridimensional teria uma existência duvidosa. De qualquer modo, isso levanta uma antiga discussão sobre qual seria a terceira dimensão do espaço. Ora, se a superposição das ondas no tempo viesse


resultar na terceira dimensão do espaço e na formação de um cone de luz do futuro, o tempo, fosse ele imaginário ou não, seria anterior à nossa sensação de profundidade do espaço. Portanto, desbancaria a profundidade e assumiria o status de ser a terceira dimensão do espaço e não a quarta, como normalmente se aceita. Vamos supor que a lâmina do espaço fosse inicialmente bidimensional e se curvasse ao receber a influência direta da massa solar. Com isso, teríamos que contar com o acréscimo do tempo imaginário influenciando a profundidade do espaço e a retenção transitória da luz. Se o espaço tivesse o poder de nos comunicar diretamente a influência sofrida pela massa solar, poderíamos pensar que isso iria gerar gravidade diretamente, ao provocar uma curvatura no espaço. No entanto, no caso dos planetas e mais notoriamente na Terra, onde existe um observador consciente, o efeito de curvatura não se manifesta instantaneamente. Segundo alguns físicos, o evento seria comunicado na Terra depois de oito minutos, estando na dependência das ondas de gravidade. Essas ondas se deslocariam na velocidade limitada da luz. Brian Greene cita as consequências do desaparecimento súbito do Sol: “A perturbação gravitacional que resulta do


desaparecimento do Sol formará uma onda, que viajará ao longo do espaço-tempo da mesma forma que uma pedra atirada num lago provoca ondas que viajam na superfície da água. Nós não sentiríamos uma modificação da nossa órbita em volta do Sol, até esta onda chegar à Terra. Einstein calculou que as ondas de gravidade viajam exatamente à velocidade da luz”. Como nada poderia viajar mais rápido do que a luz, os físicos concluíram que Newton estaria errado ao afirmar que a gravidade atuaria instantaneamente e à distância. Da sua parte, Einstein se mostrou cauteloso e não teria feito nenhum comentário sobre isso. De qualquer forma, nota-se que o espaço teria ficado fora do processo de comunicação dos eventos que estariam ocorrendo dentro do cone de luz do futuro do Sol e das outras estrelas, por ter ficado na dependência de um mensageiro. No caso das ondas de gravidade elas somente existem na teoria, porque não existiria movimento em um lugar do espaço em que o tempo não pudesse ser medido porque, ali, as leis de Newton não seriam aplicáveis. Este é o caso do cálculo das forças e da aceleração; da gravidade e da sua resultante centrípeta. O projeto Teoria da Visão Inversa ou Reverse Sight Theory, RST, acena com a possibilidade de que a ausência de tempo


dentro do cone de luz futuro dos eventos seria consequência direta do nivelamento parcial dos extremos energéticos da radiação, contraindo o tempo a níveis subliminares. A partir dali, não se poderiam medir as posições subsequentes, ocupadas no tempo pela mesma partícula. Traduzindo essa forma de pensamento, desembocamos no efeito citado por Brian Greene, de que as ondas de gravidade se deslocariam no espaço de forma semelhante às ondas que seriam formadas quando se jogasse uma pedra em um lago, com as mesmas viajando na superfície da água. Se o tempo se contraísse além de certos limites, ainda muito distantes do zero absoluto, não poderíamos contar com a existência de ondas reais em movimento. Portanto, para que essas ondas pudessem ser evidenciadas seria necessário que houvesse uma inversão no sentido da seta do tempo, e ele passasse a se dilatar a partir de então. Neste momento, as ondas de gravidade, se detectadas indiretamente, já fariam parte do nosso passado. Assim, pode-se dizer que tanto Newton quanto Einstein estariam corretos na sua forma de pensar. A instantaneidade da atuação da força de gravidade e a sua atuação à distância, levantadas por Newton, seriam justificadas pela retenção do tempo no futuro. Ou,


dito de outra forma, o marco zero do tempo teria migrado virtualmente do Sol para a posição do observador isolado, de onde nunca mais saiu, tendo esse tempo passado a se dilatar na direção do nosso passado. Você não pode afirmar, sem correr riscos, que a luz teria se deslocado a partir da posição do Sol e de lá para cá, na velocidade da luz, porque não se pode medir movimento de qualquer espécie na ausência de tempo mensurável. Assim, pelo menos quando se trata do nosso ponto de vista, a luz do Sol sempre teria estado à nossa inteira disposição para ser seguida somente na direção do passado. Para atuar de forma contínua, a nossa memória precisa da presença constante da informação. Vamos considerar que a nossa memória estivesse na total dependência do espalhamento dos fótons para lembrar-se do que está a sua volta. Ou, dito de outra forma, que para serem avistadas as partículas precisariam antes ser iluminadas. Neste caso, não se pode esquecer que as ondas de luz perturbam a posição da partícula, de uma maneira incontornável. Isso está previsto no princípio da incerteza e a perturbação estaria associada a alterações na geometria da estrutura atômica. Um elétron, por exemplo, não pode ser encontrado entre


dois níveis energéticos subsequentes. Não existem outras formas de se descrever visualmente os eventos que acontecem naquele nível microscópico, que não dependam do espalhamento de algum tipo de luz ou feixe de partículas que enviássemos naquela direção. O que acontece no exato momento em que um quantum se choca com um elétron livre, escapa de qualquer análise experimental. Haveria um vazio de informações no momento do choque devido à ausência de tempo mensurável, o que ficou evidenciado pelo trabalho de Boethe-Geiger. Eles demonstraram que quando o quantum se espalha, ele e o elétron atingido aparecem simultaneamente, sem que nenhum intervalo de tempo mensurável os pudesse estar separando. Parece que estamos, no exato momento da colisão, frente a um processo negativo de esticamento do espaço sendo seguido da contração do tempo, caso esse tempo exista. Sem o tempo, não se pode medir movimento de qualquer espécie, de acordo com a definição de velocidade instantânea de uma partícula. Sem poder ser lembrada, a partícula desaparece da nossa realidade física ou assume uma posição incerta. É como se a luz fosse absorvida transitoriamente pela própria partícula, numa forma de trabalho negativo semelhante ao que ocorre numa implosão. Se


ousássemos perguntar onde o elétron poderia ser encontrado antes do espalhamento do quantum ou no momento do choque, não encontraríamos resposta. Ele estaria passando pelo seu estágio estacionário, sem receber ou emitir radiação, em algum lugar incerto entre dois níveis de energia subsequentes do átomo. Sem o concurso da luz as informações se tornam inacessíveis, mesmo estando lá. Essas características são compatíveis com a primeira fase do movimento harmônico da luz. O primeiro indício é o de que a inexistência de tempo, entre o surgimento da partícula e a luz espalhada por ela, poderia ser interpretada como sendo o resultado da nossa incapacidade técnica, para medir esse tempo diretamente. Quer dizer, o tempo existiria, mesmo estando contraído a níveis subliminares e sem permitir a sua medição direta. De qualquer forma, poderíamos pensar que a contração do tempo fosse consequência do esticamento negativo do espaço ao redor da partícula, que reteria a luz transitoriamente. Caso a perturbação da partícula estivesse associada a uma curvatura direta no espaço, o observador ficaria aguardando o espalhamento da luz para acessar a informação. Lamentavelmente para o observador, a contração do tempo também iria estar associada a


uma forma de nivelamento parcial entre os extremos de máxima e mínima energia da órbita do nosso elétron, fundindo o espaço e a luz. Isto é, a nossa dependência em relação ao mensageiro do espaço teria nos levado à conclusão de que ambos formariam um todo, ou uma coisa só. Não haveria mais distinção entre o comportamento da luz e o do próprio espaço. Então, quando a luz se espalhasse nada de diferente seria notado no espaço, mantendo a estrutura atômica equilibrada. Diz-se que o elétron teria dado o salto quântico, entrando imediatamente na fase de decaimento para o nível de energia inferior. Um esticamento do espaço, que fosse descrito através da luz, poderia ser considerado o resultado de um trabalho negativo. Na primeira fase do seu movimento harmônico, a luz nos diria que a força apontaria no sentido contrário ao do esticamento do espaço, e haveria um predomínio da energia potencial elástica sobre a cinética. Caso houvesse movimento, ele seria retardado. Isso sugere que o elétron iria assumir um hipotético movimento inverso, e na direção do núcleo do átomo. Os limites extremos da energia potencial elástica seriam a barreira intransponível, que impediria que o elétron se chocasse com o núcleo. Isso poderia ser


interpretado de outra forma, dizendo-se que a massa nuclear estaria gerando força antigravitacional nesta primeira fase do movimento harmônico da luz, ou no sentido contrário ao do movimento de aproximação do elétron. Com isso, sendo indetectável no seu estado estacionário, o elétron poderia assumir as características transitórias de uma antipartícula. Os limites máximos de aproximação do elétron em relação ao núcleo seriam estabelecidos pela contração do tempo, devido ao princípio de complementaridade entre o espaço e o tempo, previstos na teoria da relatividade. Segunda fase do movimento harmônico da luz. Ao contrário do que aconteceria na fase anterior de esticamento, o tempo se tornaria mensurável abruptamente, depois do espalhamento dos fótons. O espaço descrito pela luz, aparentemente formando um todo com ela, deveria se contrair, sendo seguido da dilatação do tempo. No entanto, a segunda fase do movimento harmônico mostra o afastamento característico da fase anterior, sendo acompanhado da aceleração do movimento, previsto para a fase atual. Refém da sua memória o observador conclui que o elétron, quando avistado, estaria na máxima


aceleração do seu movimento e no ponto distal da sua órbita. O espalhamento dos fótons seria a única fase registrável em todo esse processo, por isso, ela se torna virtualmente contínua. É difícil para nós aceitarmos que a nossa consciência pudesse estar atuando de forma descontínua como sugerido no efeito fotoelétrico, simplesmente porque nada existe fora dela. Os comprimentos de onda da luz se dissociam e se tornam rastreáveis, dando oportunidade para o surgimento do efeito Doppler e para a velocidade da luz, como sendo partes de um pacote de informações aberto fora do tempo real dos eventos que lhe teria dado origem. Aplicação do comportamento da estrutura atômica ao sistema solar. Uma vez que a macroestrutura fosse considerada uma imagem espelhada e inversa de eventos que teriam origem no nível subatômico, e considerando que a forma de rastreamento da luz é a mesma nos dois casos, sem depender das distâncias envolvidas em cada um deles, poderíamos adotar alguns efeitos orbitais atômicos para uma melhor compreensão do movimento planetário. Esta forma de comparação esbarra em algumas


dificuldades, que poderíamos tentar remover com esta nova forma de se abordar as infinitudes, em que o papel do observador se torna relevante. Por exemplo, quando um quantum se chocasse com um elétron livre e se espalhasse, a partícula tenderia a espiralar na direção do núcleo, por conta da atuação das forças coulombianas. Naturalmente, isso não acontece na prática e no caso da estrutura atômica, pois o tamanho de toda a estrutura atômica gira em torno de quatro vezes o tamanho do seu núcleo. Se os elétrons espiralassem até a colisão, o átomo teria as mesmas dimensões do seu núcleo. Seria útil estender-se o comportamento dos elétrons da nuvem atômica para o caso do Sol e dos seus planetas. Da mesma forma que para vermos os elétrons, precisamos da chegada da luz solar para sabermos da sua existência. Assim, teríamos que levar em conta o processo de quantização a que a luz do Sol precisaria ser submetida antes do espalhamento para, somente então, poder ser apreendida pelos nossos sentidos limitados. No espaço-tempo toda a forma de energia mensurável é empacotada ou quantizada. A quantização prevê um virtual nivelamento da energia e a passagem da luz por uma fase estacionária, devido à esperada contração do tempo no processo. Isso iria impedir


que pudéssemos dimensionar diretamente as alterações da geometria do espaço, como é o caso da sua curvatura. O acesso às informações seria possível somente com retardo e utilizando uma forma de rastreamento remoto da luz, depois do espalhamento dos fótons. O mesmo seria válido para o possível efeito direto da massa solar sobre o espaço, curvando-o. Seria importante para nós conhecermos os estágios de maior ou de menor densidade que a nossa estrela pudesse estar experimentando ao longo do tempo, por duas razões básicas: 1. A densidade influenciaria a curvatura do espaço, mesmo sem a necessidade da variação da massa total da estrela; 2. Uma massa mais densa curvaria mais o espaço ao seu redor, e reteria mais o tempo do que uma massa igual, mas menos densa. A prova de que não temos acesso direto a esses dados sobre a densidade solar quando utilizamos a luz rastreada é o movimento circular e uniforme, que vemos projetado na abóbada celeste gerenciando o movimento de todas as estrelas. Outro indício é o achado de que o Sol se movimenta sobre a eclíptica, ao longo do dia, sempre conservando a mesma massa e o mesmo volume.


Uma curvatura do espaço que fosse constante pressuporia uma mesma retenção de tempo no futuro, ou dentro do cone de luz do Sol. Esse é o caso dos oito minutos que nos separam da nossa estrela. Além disso, seria impossível afirmar-se, através da utilização da radiação solar, se um planeta estaria, em determinado momento, passando no afélio ou no periélio. Caso tentássemos escapar da órbita circular aparente, a que seríamos conduzidos por esse nivelamento teórico da luz dentro do cone do Sol, seria um bom conselho darmos uma olhada no comportamento dos elétrons no seu movimento na direção do núcleo, mas não em volta dele. Seria esperado que a massa do Sol, assim como a do núcleo, ao esticar o espaço à sua volta iria predispor a uma acomodação tardia da luz, à curvatura então formada. Esse trabalho negativo sobre o mensageiro do espaço, a luz, iria afastar o planeta na direção do afélio, uma vez que a força gerada apontaria no sentido contrário ao do esticamento do espaço. No entanto, quando se analisasse o comportamento do elétron na estrutura atômica, a retenção da luz e a passagem da partícula pelo seu estágio estacionário iriam sugerir que o movimento da partícula seria na direção do


núcleo, passando a ocupar, sem registro direto, o nível de menor energia cinética, mais interno e logo abaixo. Isso se deve ao achado de que durante o esticamento do espaço, correspondente à primeira fase do movimento harmônico da luz, o trabalho realizado seria negativo e haveria um incremento da energia potencial elástica. Ou seja, se você comparasse o espaço a uma tira elástica, ela estaria agora na sua fase de esticamento. Como a força aponta no sentido contrário, a inversão de expectativas, associada à luz, iria sugerir que a força nuclear estaria se antepondo ao movimento do elétron. Essa seria uma orientação antigravitacional da força nuclear que, além de impedir que o elétron se chocasse com o núcleo, iria atribuir ao estado estacionário do elétron as características positivas de uma misteriosa antipartícula, impossível de ser rastreada no espaço-tempo devido à retenção da luz. No caso do Sol o trabalho negativo de esticamento poderia afastar o planeta na direção do afélio, mas esse movimento não poderia ser descrito diretamente, porque seria acompanhado da contração do tempo. Sem tempo mensurável não existe movimento, o que seria incompatível com a presença de ondas eletromagnéticas dentro do cone de luz futuro do Sol. O planeta passaria a ocupar


gradualmente o ponto distal ou de máxima energia potencial da sua órbita (afélio). Como não existe movimento mensurável diretamente, isso aconteceria sem que o planeta abandonasse o lugar que ocuparia no espaço. Já comentamos anteriormente que o decorrente nivelamento dos extremos energéticos da luz do Sol, a mesma luz que a nossa memória irá utilizar logo após a inversão no sentido da seta do tempo para acessar as informações, impediria que pudéssemos registrar possíveis variações sazonais na curvatura do espaço. Por isso, existe a chance de que mesmo conservando a sua massa o Sol pudesse aumentar a sua densidade na fase de esticamento do espaço à sua volta, diminuindo o seu volume transitoriamente e empurrando o planeta para o ponto distal da sua órbita, mesmo sem ele sair do seu lugar. Tal como no comportamento do núcleo do átomo, a tendência do planeta seria a de estar sempre em rota de afastamento do Sol, desde que a força vigente nesta fase do movimento harmônico teria orientação antigravitacional, apontando sempre no sentido contrário ao do esticamento do espaço. Se a densidade do Sol ou a do nosso núcleo aumentasse transitoriamente, a Terra e o elétron afastar-se-iam mais. Se, por outro lado, a densidade de ambos


diminuísse a Terra ou o elétron afastar-se-iam menos, o que poderia ser interpretado como um movimento de aproximação. Outra característica, que seria esperada nesta primeira fase, é que o planeta deveria assumir um movimento retardado na direção do afélio. Em relação a uma possível fase de menor densidade a que a massa solar pudesse ser submetida, poderíamos prever que o Sol, agora mais denso, irradiaria menos luz para o espaço, retendo mais o tempo dentro do seu cone de luz do futuro. Quando fosse espalhada na posição do observador isolado na Terra, a luz já teria entrado na segunda fase do seu movimento harmônico. Agora, passaríamos a conviver com o conceito de ondas aparentemente contínuas; com o efeito Doppler e com a velocidade da luz, todos sendo agora partes do mesmo pacote, embalado anteriormente dentro do cone do Sol. O observador entra na dependência da sua memória. O que não pode ser lembrado, como é o caso do cone de luz do Sol, não existe na prática. Inverte-se o sentido da seta do tempo e ela passa a apontar de forma contínua na direção do nosso passado, desde que para nós somente existe o que pode ser lembrado.


No caso da Terra e da sua órbita elíptica o planeta, deduz-se, estaria agora acelerando constantemente na direção do Sol, acompanhando o relaxamento ou a contração do espaço. Não se esqueça de que estamos considerando, como é comum na prática cosmológica, que a luz e o espaço estariam formando um todo, ou uma coisa só. Por isso mesmo costuma-se avaliar a curvatura do espaço pelos desvios a que a luz seria submetida, por força dos corpos celestes de massas consideráveis. Se o espaço se curva, a luz se curva do mesmo modo, e vice-versa. Nesta segunda fase do movimento harmônico da luz, a de restauração positiva da força, surge o conceito de gravidade como sendo a única força capaz de atuar em escala astronômica, à distância e de forma instantânea. Isso se deve à inversão no sentido da seta do tempo junto ao observador, que teria deslocado virtualmente o marco zero do tempo da posição do Sol para a da Terra. Ou seja, o tempo estaria contido em nós mesmos por um princípio de exclusão de acesso direto ao nosso futuro, ou ao que ocorreria dentro do cone de luz futuro dos eventos. O Sol estaria passando pelo seu estágio de menor densidade, o que não pode ser comprovado por falta de acesso direto a uma luz que teria ficado retida


anteriormente, sendo submetida a um teórico processo de nivelamento energético. Conforme já foi abordado anteriormente, a segunda fase do movimento harmônico da luz estaria expondo a fase anterior, ou de esticamento. Essa primeira fase, no entanto, surgiria acrescida da aceleração do movimento, que seria uma característica esperada para a segunda fase. Com isso, pode-se dizer que o planeta continuaria em rota de afastamento do Sol, mesmo quando estivesse se aproximando da estrela durante a fase de contração do espaço e da dilatação do tempo, em que a curvatura do espaço estaria se desfazendo gradualmente, acompanhando o decréscimo da densidade da massa solar. O aumento de volume por parte do Sol ou a queda da densidade da sua massa coincidiria com o aumento da força da gravidade, que estaria puxando o planeta na direção da nossa estrela. Como isso estaria relacionado com a diminuição da curvatura do espaço ao redor do Sol, poderíamos dizer que a força gravitacional estaria aumentando por conta de uma diminuição na força de orientação contrária, também conhecida como força antigravitacional. Neste caso, o planeta, mesmo sem sair do seu lugar, iria acelerar por conta de uma diminuição da energia potencial


elástica, associada à fase anterior de esticamento do espaço. Parece contraditório, mas tudo isso decorre da nossa dependência em relação à atuação da radiação cósmica como mensageira do espaço, sem a qual não teríamos notícias sobre a existência do Sol e das galáxias distantes. No caso da Terra e dos outros planetas eles estariam sempre em rota de afastamento do Sol, mesmo quando estivessem passando pelo periélio, ponto mais proximal das suas órbitas. Como a curvatura média do espaço os manteria num distância relativamente segura, em condições normais não haveria como os planetas se chocarem com o Sol. Quando a nossa estrela passasse pelo estágio de gigante vermelha poderíamos supor que, mesmo na presença de um aumento da sua força gravitacional, a menor curvatura no espaço ao redor da estrela iria continuar empurrando o planeta para longe do centro. Esse pensamento se choca com a visão atual, que prevê que os planetas interiores deveriam ser engolidos pelo Sol, no ocaso da sua existência. Outra consideração notável sobre essa forma de se analisar a geometria do espaço, seria compará-la à visão cosmológica atual, que não leva seriamente em conta o papel do observador isolado e da sua memória, no contexto dos eventos. Por exemplo, o


nivelamento teórico dos extremos energéticos da radiação dentro do cone de luz do futuro do Sol, até o seu espalhamento, estaria impedindo que pudéssemos notar possíveis variações na densidade solar ou na sua massa. Na nossa escala normal de tempo de vida, de no máximo 90 anos, um pouco mais um pouco menos, o Sol não deveria apresentar variações significativas na sua massa. No entanto, quem nos garante que, ao longo de um ano, o Sol não estivesse passando por estágios variáveis na densidade da sua massa? Se isso estivesse acontecendo, mesmo sem podermos evidenciá-las na prática, pergunta-se: - as variações transitórias da densidade solar não iriam influenciar de forma variável a curvatura do espaço à sua volta? Costuma-se dizer que Saturno é tão pouco denso que, se pudesse ser colocado em uma piscina, o planeta flutuaria. Comparado com a Terra, o nosso planeta iria direto para o fundo da piscina. O problema com a conservação da massa e da densidade solar, assim como a mesma curvatura no espaço ao longo do tempo, é que elas trazem embutidos uma série de desdobramentos. Esse é o caso do movimento circular e uniforme. Durante muito tempo acreditou-se que esse movimento é que regia as órbitas planetárias, com a Terra ocupando


o centro do Universo. Se um planeta executasse uma órbita circular, não haveria afélio ou periélio. A Terra e os outros planetas se manteriam sempre à mesma distância da estrela, sem o movimento de afastamento ou de aproximação. Outra consequência nefasta seria a relação da gravidade, uma força de atração contínua, com o destino dos planetas. Se não houvesse um limite máximo de aproximação para cada planeta em relação ao Sol, na medida em que o Sol fosse envelhecendo ele aumentaria de volume, ao passar pelo estágio de gigante vermelha. Isso, segundo os astrônomos, seria acompanhado de um aumento da gravidade solar, o que faria com que a estrela fosse engolindo, um por um, os planetas de órbitas mais interiores. A visão apresentada pela RST e ao longo deste trabalho é mais otimista. Viu-se, no texto logo atrás, que uma diminuição da densidade solar e um aumento do seu volume seriam seguidos de um aumento da força gravitacional e da aceleração do planeta. No entanto, um limite máximo de aproximação seria estabelecido diretamente pelo esticamento do espaço que relacionamos à massa solar, atuando como força antigravitacional. Esse esticamento poderia ser maior ou menor, dependendo da densidade assumida pela massa da


estrela. Isto é, mesmo que devido ao menor esticamento do espaço a antigravidade atuasse de forma menos intensa quando o Sol passasse pelo seu estágio de gigante vermelha, aumentando em contrapartida a sua atração gravitacional, o planeta, mesmo acelerando estaria sendo empurrado constantemente na direção do afélio ou para o ponto de máximo afastamento da sua órbita. A gravidade surge, neste caso, atuando apenas como uma força secundária de restauração, o que está de acordo com a teoria sobre o movimento harmônico executado pela luz. O problema é interpretativo, pois o observador está na dependência do mensageiro do espaço (e não do espaço diretamente) para fazer considerações sobre a existência e o comportamento das estrelas. Inversão da seta do tempo na microestrutura do universo e o surgimento da misteriosa antipartícula. Quando se analisasse a estrutura atômica através da luz, ou seja, de forma secundária e depois que as partículas fossem iluminadas, iríamos desembocar inevitavelmente no movimento circular e uniforme, regendo as suas órbitas. Isso significa que, em termos de movimento da partícula, nada de


novo aconteceria. Elas não se aproximam do núcleo nem se afastam, girando sempre a uma mesma velocidade e aceleração, mantendo-se sempre a uma distância segura. Esse quadro é muito suspeito. Neste trabalho leva-se em consideração que antes de ser espalhada a luz precisaria ser empacotada ou quantizada, ou não poderia ter a sua presença registrada pelo observador. Para a RST esse processo envolveria alterações na geometria do espaço que, pelo menos até o espalhamento da luz, não poderiam ser medidas diretamente. A tese sugere que a quantização poderia simular uma curvatura no espaço ao redor da partícula, gerando uma perturbação que resultaria na incerteza da posição ou da velocidade da mesma. No processo haveria uma contração gradual do tempo, até que o mesmo viesse a perder as suas características de mensurabilidade direta. Com isso, a partícula desapareceria. No caso do elétron embora a luz já estivesse junto a ele, as trevas iriam tomar o seu lugar. Os extremos energéticos da luz seriam parcialmente nivelados entre si havendo, por exemplo, a aproximação entre o ultravioleta e o infravermelho. A luz assumiria a função de ser a mensageira do espaço, e durante o empacotamento estaria sendo preparada para disponibilizar o


acesso às informações assim que o espalhamento ocorresse. Na fase de quantização da luz, o espaço estaria sendo blindado quanto ao acesso direto. Os efeitos que serão descritos através da luz teriam necessariamente que levar em conta o seu movimento harmônico, devido ao envolvimento de forças conservativas, que costumam ser descritas no conjunto massa-mola. Por exemplo, costumamos interpretar que quando o espaço se esticasse, como no caso da fase inflacionária do universo, o evento seria acompanhado de aceleração do movimento das galáxias. No caso da luz utilizada para rastreálas, o esticamento da mola do conjunto corresponderia à primeira fase do seu movimento harmônico e, diferentemente do que seria esperado, haveria um predomínio da energia potencial elástica sobre a cinética. Isto é, o movimento expansionário, ao ser descrito pela luz, deveria ser retardado. Isso acontece porque, no caso do movimento harmônico, a força aponta no sentido contrário ao do esticamento da mola do conjunto. Nota-se a importância de se separar o comportamento do espaço e o da própria luz que ele abriga, como no caso das estrelas. Na prática cosmológica isso se tornou impossível. Pode-se citar o exemplo da observação da posição das estrelas,


fotografadas antes e depois do eclipse de 1919 e que veio a confirmar as previsões de Einstein sobre a ação das massas sobre o espaço. O que passou despercebido por todos foi o detalhe de que quem nos permitiu descrever a curvatura do espaço ao redor do Sol, e a mudança da posição das estrelas ao fundo, teria sido a luz. O espaço, mesmo iluminado, não irradia nada que nos permita livrálo da escuridão e das trevas. Nesse processo de interpretação, parece que fundimos o comportamento do espaço com o da própria luz. Isso pode ser constatado, também, na afirmação de Einstein de que a gravidade seria capaz de atrair a luz, que é uma forma de energia e não de massa. Vamos supor que, em tese, a luz ficasse transitoriamente retida no processo de formação da curvatura do espaço pela massa solar. Neste caso, ficaríamos sem informações sobre o tempo que porventura tivesse sido necessário para que a curvatura do espaço se completasse. Sem tempo não haveria movimento mensurável, e as ondas de luz não existiriam para todos os efeitos. Assim, não poderíamos superpô-las à medida que se afastassem da fonte, para permitir a formação do cone de luz do futuro do Sol. A luz da nossa estrela poderia ter sido condensada gradualmente no processo, sem nenhum


registro direto. Essa retenção da luz, caso ela se fundisse ao espaço, iria sugerir a existência de uma força e um trabalho negativo do espaço, como os que costumam acompanhar uma implosão. Ela se enquadraria na primeira fase do movimento harmônico da luz, em que haveria um predomínio da energia potencial elástica. Depois que a luz da estrela distante se espalhasse junto ao observador, permitindo-lhe avaliar o desvio que ela teria sofrido ao passar nas proximidades do Sol, qualquer alteração da geometria do espaço seria anulada pelo prévio nivelamento da luz. A alteração visualizada no Doppler seria apenas uma imagem tridimensional, projetada pela luz na abóbada celeste e no nosso passado, na segunda fase do seu movimento harmônico. Como o início da contagem do tempo teria migrado do Sol para a posição do observador, devido à exclusão de acesso à luz antes do seu espalhamento, a inversão aparente no sentido da seta do tempo nos levou à ideia de que a luz das estrelas estaria chegando do nosso passado. Por isso, a radiação cósmica é hoje considerada uma radiação de fundo. Sendo descontínua devido ao seu comportamento cíclico, a luz quantizada não poderia ser usada como instrumento para se avaliar o cone de luz futuro de qualquer evento.


Normalmente se desconsidera esse detalhe, o que fica evidente na conclusão de que a luz do big bang estaria chegando do nosso passado e não do nosso futuro. Isso decorre da suposição de que a radiação cósmica seria formada por ondas contínuas. Para o nosso ponto de vista tanto faria, neste caso, se ela estivesse partindo da fonte ou chegando até a sua posição. A atitude seria justificável porque, conforme já foi comentado anteriormente, para interagir com a realidade à sua volta o observador estaria na dependência da sua memória. Assim, a primeira fase do movimento harmônico da luz, a de esticamento do espaço ou de quantização, não poderia ser lembrada. O que resta, como consequência, é o fluxo aparentemente contínuo das ondas eletromagnéticas, depois do espalhamento da luz. Tal pensamento daria suporte duvidoso ao rastreamento remoto da radiação cósmica e ao emprego do efeito Doppler. Santa Maria, RS, 27/03/2019.


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