Logística movimentação e armazenagem de materiais

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ano XXVII • número 210 • março 2008 capa dematic.p65

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A todo

vapor

Diretor Responsável: Reinaldo A. Moura Conselho Editorial: Antonio C. Rezende, Antonio Francisco Abrantes, Daniel G. Gasnier, Edson Carillo Jr., Eduardo Banzato, José Maurício Banzato, Mauro Tomaselli, Sidney Trama Rago e Wagner Salzano. Redação: Andréa Espírito Santo – MTb 46219 Sylvia Schandert – MTb 32131 Criação e Edição de Arte: Kátia Oliveira Gomes Colaboração: Fernanda Naomi Akimoto, Adriana Yabiku, Moacir Salles Jr. Impressão: Prol Editora Gráfica

não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados ou entrevistas. Não publicamos matérias redacionais pagas. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte do conteúdo desta revista poderá ser reproduzida ou transmitida, por qualquer meio e de qualquer forma, sem a autorização do Editor. O anunciante assumirá responsabilidade total por sua publicidade.

a 1ª revista de Logística, Movimentação e Armazenagem de Materiais, é uma publicação mensal. Registro no Cartório de Títulos e Documentos sob nº 1086, em 16 de abril de 1980.

fale conosco Redação: Comentários, sugestões, críticas a reportagens, artigos e releases devem ser encaminhados a: Rua Loefgreen, 1400 - Vila Mariana | 04040-902 | São Paulo - SP | fax: (11) 5575.3444 e-mail: redacao@imam.com.br | www.imam.com.br/logistica Edições anteriores: Para solicitar edições anteriores que não estiverem esgotadas: imam@imam.com.br Assinaturas: imam@imam.com.br Fone: (11) 5575.1400 | Fax: (11) 5575.3444 www.imam.com.br Publicidade: Para anunciar ligue: (11) 5575.1400 comercial@imam.com.br

Associado à

ISSN

1679-7620

N

REVISTA, E ATÉ MESMO EM MINHA CARREIRA, vi um ano começar com tamanha euforia – até para os não otimistas. Já em janeiro, antes do carnaval, que até ajudou no calendário dos negócios, os pedidos de reposição de estoques do varejo para a indústria proporcionaram a suspensão das férias coletivas, impulsionaram a contratação de mão-de-obra, a aquisição de equipamentos, principalmente de movimentação e armazenagem de materiais, softwares de logística, desengavetando projetos e novos estudos para os desafios de aumentar a capacidade instalada, e por aí afora. Até mesmo a crise norte-americana do subprime, que em princípio assustou a todos, demonstrou dias depois que de fato as perspectivas econômicas para 2008 estavam descoladas das turbulências mundiais, graças ao forte crescimento de nosso mercado interno. E vamos enveredando por caminhos cada vez mais abertos aos negócios. Nesta edição, anunciamos algumas novidades em nossa parte editorial, como as Seções Logística Sustentável, Dicas de Separação, Novos Serviços e Gestão. Cada uma delas mantém a essência desta Revista de trazer a você, leitor, o que há de mais atualizado na logística sob várias perspectivas, como a questão ambiental ou apresentando especialistas para debater determinados temas. Outro destaque, já que estamos iniciando uma nova Era e desejamos fazer sempre uma retrospectiva do que foi notícia, é a Seção Há cinco, 10, 15, 20 e 25 anos, um apanhado do que Logística já destacou e transformou em história em suas páginas. Em uma releitura, Toque de Midas (antes Papo Afiado) continua destacando as realizações de profissionais de logística e supply chain, tomando o cuidado de aproximar o leitor da realidade de cada um dos entrevistados e suas experiências. Novos artigos e reportagens internacionais da logística dos negócios e a intralogística dentro das empresas serão o nosso foco. Entretanto, não vamos ignorar a infra-estrutura de logística, transportes, de tributos, etc., contudo sem a ênfase de reportar as notícias que a grande imprensa debate à exaustão – governo, PAC, PPP, gargalos, apagões – pois tudo isto todos os leitores já vêem nas mídias. Nossos repórteres estarão em campo para noticiar a evolução dentro das empresas, para destacar as experiências de sucesso, incitar reflexões de melhorias, para informar a evolução da logística e da intralogística, dentro e fora do Brasil. Boa leitura e até a próxima edição! UNCA NA HISTÓRIA DESTA

POR REINALDO MOURA, DIRETOR E FUNDADOR

Gestão 2006 - 2010 Presidente: Eduardo Banzato Vice-Presidente: Daniel G. Gasnier Diretores: Antonio C. Rezende | José Maurício Banzato | Mauro Tomaselli | Wagner Salzano

DO

GRUPO IMAM

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REVISTA

ÍNDICE 2008

CAPA

REPORTAGENS

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Empilhadeiras de elevação e deslocamento manuais

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Arqueadoras: apoio à unitização

20

A SMH no mercado de peças de reposição

28

Toque de midas: conheça o diretor de logística da Abril

30

Tudo sobre as embalagens big bags

38

Conheça as 25 maiores empresas destaque em supply chain

42

Dessecantes e seu uso nas embalagens

44

Pool de paletes contra o lixo industrial

50

A logística nos supermercados de bairro

59

Ford, Still e DHL Exel juntas

64

Segurança e ergonomia

66

Guindaste instala bases na Ponte Rio-Niterói

72

Conheça mais sobre os mapas mentais

78

Separação por luz e produtividade

82

Empilhadeiras a hidrogênio: realidade

87

Segurança nas estruturas porta-paletes

92

Novidades em filmes para paletização

94

O que é preciso saber sobre guindaste veicular?

78

82

CONFIRA! As seções e séries lançadas nesta edição

SEMPRE AQUI

MARÇO

SÉRIES

NÚMERO 210

6

Curtas

26

Literatura técnica

34

Jogo rápido

48

3PL

52

Painel

62

Há 5, 10, 15, 20, 25 anos...

67

Novos serviços

76

Informe-se

86

Logística sustentável

93

Novidades internacionais

97

Teste seus conhecimentos

98

Dicas de separação

12

Resposta eficiente Desafios da gestão da cadeia logística

22

Logística internacional Os gargalos no embarque de veículos

Dematic

em navios Ro-Ro

Consolidação chega com equipamentos e projetos em sistemas

54

Bastidores Harry Potter e a magia da distribuição

60

Gestão e negócios O delicado tema da empregabilidade

68

Logística enxuta O começo de tudo

PRÓXIMA 36

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EDIÇÃO:

Comércio exterior • Condomínios logísticos

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C

U R T A S

Inauguração Nova sede

A Belenus, distribuidora de peças, ferragens e ferramentas, acaba de inaugurar um sistema de transelevadores fornecido pela Ulma em seu CD localizado em Vinhedo, SP. O equipamento tem capacidade para estocar 35 mil caixas e 10 mil paletes.

A Empicamp está mudando, a sede. Os telefones não mudam por enquanto, mas o novo endereço é: Rua Dário Freire Meirelles, nº 175 Campos dos Amarais. CEP 13082-045 Campinas – SP.

Parceria

Baterias

A Unipac celebra o acordo feito com a empresa americana Orbis Corporation, subsidiária da Menasha Corporation. Com esta parceria, a Unipac torna-se o único fornecedor de produtos Orbis no Brasil e na Argentina.

A CEN, empresa nacional com 40 anos no mercado de equipamentos elétricos, acaba de renovar por mais um ano seu contrato de aquisição de baterias Saturnia.As baterias tracionárias Saturnia equipam os rebocadores da CEN há mais de 15 anos.

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TI A Uniconsult Sistemas e Serviços foi escolhida pela Shuttle operador logístico, como parceira para o fornecimento dos Sistemas de Armazéns Gerais e WMS para a Gestão do seu centro de distribuição.

Manutenção Desde novembro, a Somov responde integralmente pela manutenção de uma frota de 233 equipamentos da Caterpillar Brasil em suas operações de recebimento de peças e componentes, estocagem, movimentação interna.

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Cross-docking A Delta Serviços Logísticos inaugurou mais um centro de distribuição em Barueri (SP). Localizado estrategicamente na rodovia Castello Branco, próximo à alça Norte do Rodoanel, o espaço contará com 7 mil m2 dedicados a atividade de “cross-docking”.

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Empilhadeira A Movicarga acaba de se tornar revendedora exclusiva das empilhadeiras da marca Nissan no Brasil. O investimento inicial no novo negócio foi de R$ 20 milhões.


✁ Ao Instituto IMAM Rua Loefgreen, 1400 - V. Mariana - CEP 04040-902 - São Paulo - SP ou pelo Fax: +(11) 5575.3444 Sim, quero filiar-me ao Instituto IMAM na categoria

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Sim, quero(emos) garantir a assinatura anual da Revista Logística por: ( ) R$ 100,00 / semestral ( ) R$ 150,00 / ano ( ) R$ 250,00 / 2 anos Solicito(amos) enviar-me(nos) o Guia de Fabricantes de Equipamentos de Movimentação e Armazenagem de Materiais e o de Prestadores de Serviços Logísticos 2008. Empresa .......................................................................................................................................................................................................................................................................................... Nome ................................................................................................................................................. Cargo .................................................................................................................................. CNPJ/CNPF ...................................................................................................................................... Inscrição ............................................................................................................................. Endereço da Empresa ..................................................................................................................................................................................................................................................................... CEP ............................. - ....................... Cidade ................................................................................................................................................................................ Estado ............................. Tel. ............................................................... Ramal: .......................... Fax ............................................................... e-mail: ......................................................................................................... Opções para Efetuar seu Pagamento [ ] Anexo remeto(emos) o cheque nº ................................................ do Banco ........................................................................................... no valor de R$ ..................................................... [ ] Cartão de Crédito nº

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Para dar uma

mãozinha

Vantagens e limitações das empilhadeiras de deslocamento e elevação manuais

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IMPLES, EFICIENTES E COM

preço bem atrativo. Esses são alguns dos atributos das empilhadeiras de deslocamento e elevação manuais. “São usuárias desse tipo de equipamento todas as empresas que tenham poucas operações”, afirma o diretor da SAS, Vitor Manuel Marques de Oliveira. 8

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“Não acredito que haja um perfil de usuário para um determinado equipamento e sim uma solução mais adequada para a necessidade de cada cliente. No caso específico de uma empilhadeira manual, o que define a aplicação deste equipamento são os seguintes pontos: baixa freqüência de movimentação diária de cargas, trajetos curtos para deslocamentos, re-

gularidade do piso durante o trajeto, além, é claro, da altura de elevação e capacidade máxima de carga (até 1.500 kg)”, afirma o diretor executivo da Dematic, Valério Zorzi Garcia. É o tipo ideal de equipamento para trocas de estampos em prensas e estocagem, itens MRO (Manutenção, Reparo e Operações) em almoxarifados de pequeno a médio porte.

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pilhadeiras com deslocamento e elevação manuais? “A empilhadeira maAfinal, este tipo de empilhadeira nual é mais propícia para um uso não substitui quais equipamentos? “A tão contínuo pois o usuário que tem concorrência nesse segmento de operações quase que ininterruptas equipamentos praticamente não teria mais comodidade utilizando existe. O que existe são outros tiuma elétrica. A elevação também é pos de empilhadeiras com elevação mais rápida na elétrica”, explica o dieletro-hidráulicas onde não é exigiretor de vendas da Marcon, Guilherdo esforço físico dos operadores me Barion de Almeida. para elevação de cargas. O esforço Passa a ser desvantagem o uso fica apenas para o deslocamento da das empilhadeiras manuais a partir empilhadeira”, explica o gerente de da necessidade de ganho de tempo vendas da Artama, Sidnei Ferreira. para movimentação e armazenagem Para o gerente regional para de materiais. “Uma empilhadeira com América Latina da BT, Norival Geelevação manual leva aproximadaraldo Capassi, concorrendo diretamente três minutos para que o garmente com as empifo chegue ao seu lhadeiras de deslocamencurso máximo de to e elevação manuais Nossos equipamentos 1.700 mm. Já uma estão os “empilhadores desta linha têm o selo empilhadeira com staker elétricos”. “Esses elevação eletro-hida Comunidade equipamentos atualdráulica, leva em tormente estão contando Européia, baixo índice no de 30 segundos com custos bastante para que os garfos de quebras, pronto atrativos, principalmenalcancem a mesma te em função do câmbio atendimento de peças altura”, afirma Sidnei, favorável”, analisa. de reposição e uma da Artama. “Ao meu ver, a variedade de alturas e empilhadeira de moviNovidades mentação e elevação cargas que permitem a A Zeloso fabrica manuais substitui o tra- escolha do equipamena empilhadeira, o cibalho braçal”, afirma o to correto para cada lindro e a bomba hiengenheiro da Zeloso, dráulica de elevação Rubens Campos Salles. diferente operação e desenvolveu bom“Suas vantagens são a bas cuja elevação pode ser no pedal, melhoria no processo, ergonomia, ou na mão (através de manivela) com redução de problemas de afastamenvariação da velocidade de acordo to por esforço contínuo e repetitivo com a carga. “Preparamos o lane manuseio, além do equipamento çamento de toda a linha de emnão ser poluente”. pilhadeiras em aço inox, cuja apliPara o diretor de operações da cação está voltada para laboratóPaletrans, Antonio Augusto Pinheirios, indústrias químicas e farmaro Zuccolotto, a grande vantagem cêuticas, alimentícias, entre outras, das empilhadeiras manuais é o cuspodendo ser aplicada solda sanitáto. “Trata-se do equipamento mais ria e acabamentos especiais”, afirbarato que existe no mercado que ma Rubens. realize a elevação e empilhamento de Valério, da Dematic, destaca um palete de carga”, explica. como diferenciais de seus produtos, pintura eletrostática a pó, que Melhor alternativa? proporciona maior resistência à Mas, a partir de quando passa a abrasão física e à corrosão; acioser desvantagem o uso de emnamento via pedal e manivela; sis-

Concorrentes

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EMPILHADEIRA MANUAL É O EQUIPAMENTO MAIS ECONÔMICO PARA ELEVAÇÃO DE MATERIAIS

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tema hidráulico eficiente e resistente com proteção adicional contra carga excessiva. “No projeto de nossos equipamentos, desenvolvemos os seguintes dispositivos: acionamento para elevação via pedal além da tradicional por alavanca; apoio manual para deslocamento e dirigibilidade; grade mecânica de proteção ao operador e sistema hidráulico que impede elevação de carga acima do projetado (1.000 kg ou 1.500 kg)”, afirma. “Na construção de nossos equipamentos são utilizados materiais e componentes dimensionados à capacidade de carga de cada equipamento, o que lhes garantem robustez e longevidade. A Artama acredita que o custo-benefício de suas empilhadeiras se sobrepõe aos custos com manutenções constantes de equipamentos com conceitos mais frágeis de construção, minimizando os tempos de paradas”, diz Sidnei.

A BT adotou como padrão uma bomba chamada “quick lift”. “Esta reduz em 60% o número de bombeamentos. Também trabalhamos com bombas monobloco, que reduzem em 40% o esforço de torção lateral da alavanca”, explica Norival. “Nossos equipamentos desta linha têm o selo da Comunidade Européia, baixo índice de quebras, pronto atendimento de peças de reposição e uma variedade de alturas e cargas que permitem a escolha do equipamento correto para cada diferente operação”, afirma Augusto, da Paletrans. Para Vitor, a SAS tem três diferenciais. “Melhor dirigibilidade, já que a direção tem rodas giratórias que permitem manobras de até 360º, estabilidade da carga com corrente dupla, e velocidade de elevação com pedal para injeção mais rápida e capacidade até 200 kg”.

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SÉRIE | resposta eficiente* 1ª PARTE

Gestão da

cadeia logística: novos desafios

Diante de um novo cenário, há a necessidade de mudanças ou atualizações dos formatos e padrões para atender, com eficiência, às novas exigências dos consumidores

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PARTIR DESTA EDIÇÃO DA

Revista Logística, a Associação ECR Brasil (“Efficient Consumer Response”, Resposta Eficiente ao Consumidor), entidade sem fins lucrativos, fundada em 1997, que reúne mais de 60 empresas associadas e tem como missão difundir as ferramentas de Resposta Eficiente ao Consumidor, passa a desenvolver uma série de 11 artigos exclusivos sobre os mais atuais padrões e processos que permitam aos integrantes da cadeia logística adequar custos, aumentar a produtividade e, acima de tudo, oferecer um atendimento cada vez mais eficiente ao consumidor. O objetivo é que as idéias aqui expostas ao longo deste ano contribuam de alguma maneira para a criação de um canal de debate e proporcio12

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nem ganhos em eficiência e em agilidade para toda a cadeia de abastecimento, desde as matérias-primas e produção, até o abastecimento das gôndolas. A proposta é abordar temas como custo logístico, cadastro de produtos, paletização, impacto da concentração de entrega no fim do mês, reposição de estoques, promoções, entrega noturna, padronização de embalagens, radiofreqüência e transporte, entre outros.

Desafios para gestão eficiente A definição clássica de logística apregoa que a mercadoria certa esteja no lugar certo, na hora certa, na quantidade necessária e ao menor custo. É um conceito correto, porém, demasiado genérico para a situação de

mercado que enfrentamos. Com a globalização, a cada dia surgem novos processos e novas tecnologias que procuram aumentar a eficiência em todas as fases da cadeia de abastecimento. Para se manter permanentemente atualizadas, as empresas devem padronizar seus procedimentos e sua linguagem de comunicação dentro das cadeias e mercados em que atuam, desde o planejamento do suprimento de insumos e componentes até a entrega de seus produtos a revendedores ou mesmo a consumidores individuais. Nesse sentido, a segmentação de mercado tem se mostrado um importante instrumento para o atendimento de necessidades específicas de grupos de consumidores com características similares. Esse processo atinge toda a cadeia e até mesmo define os lotes de produção e processos

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de distribuição para poder atender “clusters” de consumidores, com produtos e serviços sob medida para suas necessidades e preferências. Casos de relações um-a-um podem ser observados em algumas empresas, como a Dell Computadores, a qual permite ao consumidor realizar a compra on-line, a partir da especificação de todas as características do equipamento que deseja adquirir. Os fabricantes produzem os aparelhos sob medida e entregam no domicílio de cada cliente. Da mesma forma, muitos fabricantes de automóveis oferecem um enorme cardápio de opções que permitem personalizações como modelo, motor, câmbio, cores externas e internas, materiais de acabamento, sonorização, acessórios, etc. A operação de estruturas desse tipo – voltadas à diferenciação por segmentos – parece ser a direção seguida em muitos mercados. Isso exige uma retaguarda extremamente flexível, na qual não se opera mais na busca do escoamento rápido e eficiente de uma produ-

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ção padronizada, mediante o conceito de lotes econômicos, mas sim conciliando um canal de informações precisas do consumidor ao fabricante, e processos de produção e distribuição, baseados em uma logística customizável, desde os fabricantes de insumos até a ponta da cadeia em questão. O desafio se torna ainda mais complexo à medida que os investimentos na plataforma de informações e sistemas logísticos são limitados por margens extremamente enxutas, das quais devem ser extraídos os recursos indispensáveis para a competitividade dos processos e empresas, além da manutenção do nível tecnológico o mais atualizado possível. Além das questões diretamente relacionadas ao fluxo logístico ágil, existem novas exigências do consumidor ou da sociedade, tais como a rastreabilidade e a garantia de origem. Tanto por iniciativa dos próprios “players” da cadeia, quanto por imposições legais, busca-se a transparência e visibilidade com efetiva garantia de qualidade de produtos,

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serviços e processos, para todos os envolvidos. No mercado europeu, já é possível dispor de todo o histórico da mercadoria, como origem, destino, tempo de estocagem etc. No Brasil, as ações ainda são tímidas e restritas a determinadas mercadorias, como perecíveis e aqueles mais sujeitos a adulterações, entre eles, os produtos farmacêuticos. As vantagens da rastreabilidade são várias ao permitir 14

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que seja possível pesquisar todo o histórico do produto, conhecer sua data de validade, o fabricante, quando foi adquirido, qual foi a transportadora e para quem foi vendido. Ferramentas para promover o rastreamento já estão disponíveis, mas ainda não encontram “eco” por inúmeras razões, dentre elas, a falta de padronização nas informações trocadas entre fabricantes e varejo.

A rastreabilidade e a garantia de origem, no entanto, exigem capacitações especiais de quem opera no setor, desde estruturas multifuncionais das empresas até a união de especialistas para oferecer soluções sob medida para cada cliente e mercado. A responsabilidade pela eficiência da cadeia, evidentemente, é compartilhada por todos seus integrantes e traz como requisitos a padronização e interoperabilidade de sistemas, cadastros e processos, o compartilhamento amplo e transparente de informações, a avaliação de alternativas tecnológicas (e respectivos custos) para a construção de modelos eficientes e sob medida para cada situação.

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* POR CLAUDIO CZAPSKI, SUPERINTENDENTE DA ECR BRASIL


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Junto, mas não misturado Sistemas de arqueação asseguram a unitização de volumes e a integridade de produtos

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EJAM FERRAMENTAS PARA

uso manual, sejam equipamentos de acionamento semi-automático ou totalmente automático, os sistemas de arqueação atuam na contenção de volumes e cargas completas em paletes, assegurando sua unitização e a integridade durante o transporte. Utilizando consumíveis como as fitas de polipropileno, aço (para aplicações especiais, veja quadro nesta reportagem) ou poliéster, os avanços registrados nestes equipamentos nos últimos anos envolvem o uso cada vez maior da tecnologia, o que se traduz em aumento de produtividade, ou seja, mais volumes sendo arqueados em menos tempo. “No caso dos equipamentos automáticos e semi-automáticos, os avanços também se referem a me16

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nos quantidade de peças – com mais eletrônica embarcada (CLPs e servo-motores) o desempenho operacional aumenta, como nos casos de arqueadoras automáticas com produção de 70 cintagens por minuto – e é possível reduzir os custos de manutenção”, esclarece o gerente nacional de vendas da Signode, Marcello Donadio. A empresa, que tem fábrica em Cabreúva, São Paulo, acaba de lançar os modelos LBX e HBX da linha X com foco na indústria em geral e de papelão (LBX) e de produtos frigorificados (HBX). A tecnologia neles empregada permitiu redução de 40% de peças, acessórios diferenciados e, no caso dos consumíveis para a HBX, fitas que não variam a espessura e a largura, garantindo maior desempenho. A Signode tem ainda em seu portfólio

MODELO DA LINHA X DA SIGNODE: 40% MENOS PEÇAS

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uma paletizadora desenvolvida para o mercado de papelão que combina prensa, arqueadora e cabeçotes modulares para selagem e tensionamento. “Os insumos ou consumíveis também registraram avanços nos últimos anos. A fita em poliéster, por exemplo, substitui a fita de aço em algumas aplicações com muita vantagem em termos de preço/metro e desempenho (resistência e alongamento)”, destaca o gerente de vendas para América Latina da Cyklop, Lineu Caldeira. “O problema é que, em muitos casos, os for necedores trabalham para atender a exigências medianas, deixando de lado a qualidade, e as pequenas e médias empresas contribuem para perpetuar essa situação quando consideram com maior prioridade o preço. Os consumíveis são importantes na hora de comprovar o custobenefício da qualidade e desempenho”. Como exemplo, o gerente cita a fita de resina de poliéster que a Cyklop está

Fitas: os diferentes consumíveis

TIPO:

USO:

Aço:

aplicações de arquear na siderurgia, (aço, bobinas, etc)

Polipropileno:

arqueação de cargas consideradas leves (até 200 kgf)

Poliéster (PET):

arqueação de cargas pesadas (acima de 200 kgf), que pedem maior resistência das fitas, como lingotes de alumínio.Têm maior capacidade de alongamento e retenção de carga que o polipropileno.

desenvolvendo com capacidade para 550 N/mm2 (as tradicionais oscilam entre 420 e 440 N/mm2). “Utilizamos as fitas de poliéster desde 1994 e hoje temos cinco linhas de produção de fitas deste material, em razão do au-

mento da demanda”, afirma Lineu. A empresa lançou em 2007 uma ferramenta de arquear pneumática que traciona até 500 kgf com conjunto redutor, conferindo-lhe maior confiabilidade e menos manutenção. março 2008 |

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Cortesia: Serralgodão

Os tipos de arqueadoras

TIPO

APLICAÇÃO

Arqueadoras manuais: mecânicas, elétricas ou pneumáticas

Utilizando como consumível as fitas plásticas (poliéster ou polipropileno), são aplicadas em fábricas onde a produção seja pequena. As elétricas usam baterias e são indicadas para arqueamento de cargas até 700 kg, com tração de 300 kgf. Realizam, em uma única operação, tensionamento, selamento das fitas e corte. Já as pneumáticas são recomendadas para arqueação de cargas de até 1.500 kg e tração de até 500 kgf.

Cortesia: Furnax

Arqueadoras semi-automáticas

Utilizadas para fechamento de caixas com fita de polipropileno. As cargas apresentam peso entre 18 e 25 kg (por caixa). Não dispensam operador em parte do processo.

Cortesia: Cyklop

Arqueadoras automáticas

Usadas apenas para arqueação de grandes volumes – acima de 20 a 30 paletes/hora, são aplicadas em linhas de produção, dependendo do equipamento fazem até duas arqueações simultaneamente, não oferecem restrições ao tipo de carga, e dispensam operador no processo.Têm sido empregadas nas indústrias de papel, latas, garrafas e painéis de madeira.

Fonte: fabricantes

Escolha inteligente O ideal, segundo os fabricantes de equipamentos e consumíveis para arqueação, é que cada cliente receba uma solução de embalagem que considere também os serviços a serem prestados – aí incluídos treinamento de pessoal para prolongar a vida útil da ferramenta e manutenção. A indicação de determinado equipamento para essa ou aquela aplicação depende de aspectos como o produto a ser arqueado – dimensões e peso –, condições e modo de 18

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transporte, para avaliar o impacto na embalagem, além da armazenagem e demanda, para evitar gargalos. “O pós-venda e continuidade de atendimento do fabricante ou distribuidor da arqueadora e fitas também devem ser avaliados”, assinala o gerente de vendas da Serralgodão, Carlos Alberto Pilão. Para ele, conhecer os fornecedores ou fabricantes dos equipamentos, assegurarse de que tenham capacidade para realizar a manutenção e fornecer peças sem deixar parar a produção, é essencial.

“Entre os serviços que podem ser oferecidos estão o acompanhamento do desempenho da arqueadora considerando a forma como está sendo utilizada, e consumo, desgaste e fornecimento de peças, que fazem parte da manutenção preventiva. Neste segmento, o pósvenda é um diferencial para os fabricantes, pois é uma maneira de manter a parceria com o cliente”, afirma Lineu da Cyklop. Já Marcello da Signode recomenda que antes de adquirir um equipamento de arquear, o usuário

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No embarque de produtos para exportação A Astro Tecnologia também faz uso de fitas e ferramentas para arquear cargas embarcadas em contêineres que serão transportados em qualquer modo – rodoviário, aéreoviário, aquaviário, ferroviário. De acordo com explicações do diretor comercial da empresa, Egidio Melotto, o sistema de embalagem é composto por fitas de poliéster com fios em paralelo agregados com polipropileno aplicadas de forma manual, com auxílio de ferramenta para dar a tensão necessária de contenção. “Esse sistema se aplica a cargas acima de 500 kg até 2 toneladas. As fitas têm capacidade elástica de 7% de seu tamanho para absorver as mudanças que a carga pode sofrer ao longo da viagem, ou seja, em caso de impacto, uma cinta de 100 cm pode alongar-se até o limite de 107 cm e depois retornará ao tamanho original de 100 cm”, assinala. Esse sistema de arqueação é composto por fitas, fivelas, a ferramenta de tensionar e cortar fitas, e ganchos. Pode ser utilizado para fixação de motores em paletes, amarração de vergalhões de aço ou veículos industriais em racks e cargas de formato e tamanho irregulares. março 2008 |

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Cortesia: Astro

também atente para os custos de manutenção, perdas em processo (desperdício de fitas, perda de produção em função de paradas para manutenção e custos de retrabalhos, entre outros). “Conheça bem a sua operação e mais ainda o seu fornecedor”. No quesito parcerias de longo prazo, entram em cena os contratos de manutenção, de fornecimento de consumíveis, e o comodato (ou aluguel) dos equipamentos (que pressupõe um contrato de for necimento dos consumíveis). Apesar da percepção indicar que o mercado hoje adquire mais do que firma contratos de comodato, as empresas ainda se valem deste expediente para fidelizar o cliente com as fitas. “Existe espaço para venda e comodato, mas é preciso avaliar, antes de tudo, o que a operação demanda para adotar o sistema de embalagem mais adequado e eficiente”, encerra Carlos Alberto da Serralgodão.

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Peça qualquer peça A SMH cresce e conquista o mercado de peças de reposição para empilhadeiras

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34% EM 2007 e a expectativa para 2008 é obter um faturamento 30% maior”. A previsão é do gerente-geral da SMH no Brasil, Newton Santos, que acredita que ainda há espaço a ser conquistado no mercado de peças de reposição de empilhadeiras. A empresa tem 20% de participação neste setor e cerca de 560 mil itens diferentes à disposição do cliente. Com a aquisição da Intrupa, a SMH (Systems Material Handling) iniciou a comercialização de peças de reposição para empilhadeiras européias, até então indisponíveis pela empresa. 20

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RESCEMOS

A SMH comercializa peças originais, de acordo com os manuais do fabricante, não necessitando de adaptações. “Este já era um conceito da Intrupa”, afirma Newton. “Como temos um poder de negociação maior com os fabricantes de peças, conseguimos preços menores que os distribuidores”. A empresa, que recentemente quase triplicou sua área, de 650 m2 para 1.650 m2, não teme a concorrência chinesa, uma vez que as empilhadeiras chinesas estão chegando ao Brasil. Segundo Newton, a SMH também dispõe de peças que podem atender a esse mercado. “Já

temos as referências de algumas das marcas deles”. De acordo com o gerente-geral, os fabricantes chineses fazem dois tipos de produtos: os muito bons e os ruins. “Não tem meio termo. O Brasil está começando a dar importância para a qualidade. Não basta um bom produto. E necessário um bom pós-venda. O consumidor compra um produto, o serviço e a garantia. Ninguém pode deixar o equipamento parado por falta de peça”. Newton acredita que o mercado está carente de bom atendimento e mão-de-obra. “O mercado está amadurecendo para o consumo de equi-

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pamentos de movimentação e armazenagem de materiais”. A SMH está presente em mais de 300 países, seja com instalações próprias ou através de representantes. Em alguns países, como no Brasil, conta com centros de distribuição próprios. Em outros, tem lojas ou representantes. “O mercado de peças de reposição é interessante”, afirma Newton. “Teoricamente, gera um volume três vezes maior que o parque instalado. Se por exemplo, o mercado conta com um milhão de empilhadeiras, significa que o de peças de reposição é de mais três milhões”. O diretor-geral afirma que falta aos profissionais de manutenção de empilhadeiras do Brasil a cultura da manutenção preventiva. “Aqui, a estimativa do valor do gasto mensal para troca de peças é de US$ 150,00 por empilhadeira, mas deveria ser

maior. Só pensamos em trocar uma peça depois que a empilhadeira pára de funcionar. O barato acaba saindo caro”. Para Newton, para economizar, uma parcela da população compra peças de reposição com vistas ape-

Só pensamos em trocar uma peça depois que a empilhadeira pára de funcionar. O barato pode sair caro nas ao preço, e não à qualidade, até mesmo para itens de segurança. “Muitas vezes essas peças estão fora de especificação”. A SMH planeja, já no próximo mês, iniciar o uso do e-commerce no Brasil. Será possível fazer cotações, pedidos e buscas no site. Para isso, a empresa está prevendo um

NEWTON: “COMO TEMOS UM PODER DE NEGOCIAÇÃO MAIOR COM OS FABRICANTES DE PEÇAS, CONSEGUIMOS DISPONIBILIDADE A UM PREÇO MENOR”

aumento do investimento em estoque de 60% e dobrar o faturamento até o final do ano. março 2008 |

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SÉRIE | logística pelo mundo

O mar não está para peixe

À medida que cresce a quantidade de locais de manufatura global de automóveis, montadoras sentem crise na capacidade de armadores

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CADEIA DE ABASTECIMENTO

de veículos novos está passando por um desenvolvimento dinâmico que vem ampliando a visão global dos fabricantes e das transportadoras marítimas de automóveis. Mercados estabelecidos na Europa e América do Norte estão mantendo um crescimento positivo e as economias emergentes estão crescendo rapidamente como centros de produção e consumo. O resultado do comércio crescente inter e intracontinental de veículos levou à demanda maior de transportadoras ro-ro (roll-on - roll-off) que pode atender às necessidades, não só para as principais rotas comerciais, mas também para as menores. O problema é que a demanda por capacidade continua a superar a oferta. As soluções recaem não só na introdução 22

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de navios adicionais e maiores, mas também na maior cooperação entre os embarcadores.

Fabricantes identificam os problemas Os fabricantes de veículos têm diversos problemas no uso do transporte ro-ro. Na Mazda Motor Logistics Europe, a principal preocupação está na necessidade de maior eficiência no serviço em longo curso, incluindo menores custos operacionais e melhor confiabilidade no serviço. “Os principais problemas são a combinação entre capacidade e oferta”, explica Paul Carlton, presidente da MOL Bulk Shipping USA. “O crescimento contínuo dos mercados como o do Oriente Médio, América do Sul

e Europa Oriental mudou as necessidades. Devido o crescimento do volume nos EUA, Europa e Oriente Médio, a programação das transportadoras não é tão fácil quanto costumava ser devido à disponibilidade de mão-de-obra nos portos”. Alguns problemas são regionais: Steve Perry, diretor de Supply Chain da Kia Motors UK, prevê desafios quando a Kia começar a usar navios para curtas distâncias para sua nova fábrica em Zilina, Eslováquia. “Se embarcarmos dos portos poloneses pelo mar Báltico para atender o nordeste do Reino Unido, haverá problemas no inverno por causa das condições climáticas. Outras opções são o embarque através dos portos de Bremerhaven (Alemanha) ou Roterdã (Holanda)”.

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pela falta de infra-estrutura e de serviços dos portos brasileiros. Os fabricantes de veículos fundamentam o valor da cooperação com as transportadoras marítimas de veículos com uma visão de melhoria de sua eficiência logística. Robert Strain, diretor de Logística da GM Global Purchasing and Supply Chain, na Ásia Pacífico, conta que a capacidade limitada do transporte ro-ro torna vital para as transportadoras que trabalham com a GM identificarem formas de operar com mais eficiência. “A GM avalia mensalmente o desempenho e as propostas para eliminação de perdas de forma pró-ativa com as transportadoras ro-ro. Partidas no horário, chegadas no horário, fretes reduzidas dos veículos e taxas de avarias nos veículos são alguns dos problemas em que focamos”, ele conta.

O déficit de capacidade

Serviços com valor agregado Na Grimaldi Lines, cujos serviços incluem rotas regulares entre Europa, Oeste da África e América do Sul, Marcello Di Fraia, executivo senior do departamento comercial, diz que é de crucial importância para o crescimento da base de exportadores e importadores de veículos brasileiros a prevenção contra avarias, a garantia de freqüência das rotas, a integridade dos horários e a disponibilidade de espaço. Outros problemas envolvem as flutuações de última hora da produção, os processos com a documentação, as necessidades de programas de garantia da qualidade e a necessidade de parcerias efetivas para o gerenciamento das dificuldades provocadas

O déficit de capacidade é o problema mais significativo que os fabricantes de veículos enfrentam. A Mazda passa por problemas de capacidade da Ásia à Europa e parte do problema é que os navios permanecem em serviço mais tempo do que deveriam. A qualidade dos equipamentos às vezes resulta em freqüência instável, o que afeta os horários, o lead-time e a capacidade. Trabalhando junto com os fabricantes de veículos estão os prestadores de serviços logísticos como a BLG Automobile Logistics, em Bremerhaven, que presta serviços de movimentação nos terminais e agenciamento de fretes. Wolfgang Stoever, diretor do departamento de vendas e operador de portos conta que a falta de espaço continuará até 2008: “embora novos navios estejam sendo construídos, a demanda está crescendo muito mais rapidamente”, acrescenta. O déficit existe não só nas rotas principais. Na Fiat Brasil, o ‘overbooking’ é o principal problema. Devido ao volume crescente, as trans-

portadoras mantêm seus maiores navios nas rotas principais entre o Extremo Oriente, EUA e Europa e há um déficit significativo de espaço", conta. O déficir de capacidade está piorando para a Fiat devido aos aumentos de volume de vários fabricantes de veículos no mundo inteiro. Prevêse déficits de capacidade da América do Sul à África, Europa e América Central. A solução é assinar contratos mais longos com as transportadoras para manter navios maiores e mais modernos nessas rotas comerciais. Robert Bob Wade, Gerente Corporativo de Logística Internacional da Toyota Logistics Services (TLS), conta que seus objetivos no uso de transportadoras marítimas de veículos são o desempenho pontual e a prevenção contra avarias, com a melhor proposição possível de custo e de valor. Segundo ele, o volume de importação dos EUA para a TLS aumentou drasticamente. Em 2006, a TLS movimentou 863.665 veículos. O volume para 2007 foi de quase 1,29 milhão de veículos importados, um aumento de 50%. A TLS espera aumentar ainda mais em 2008, embora não tão drasticamente. O crescimento das exportações da GM está desafiando as transportadoras marítimas apesar dos programas agressivos de construção de novos navios. Para minimizar o impacto do déficit de tonelagem, é crucial que as transportadoras for neçam cronogramas acurados e trabalhem com os fabricantes de veículos quando não conseguirem cumprir seus cronogramas. É necessária ainda suficiente comunicação e aviso antecipado de modo a não prejudicar as vendas e receitas das OEMs (Original Equipament Manufacturer). As OEMs têm as mesmas obrigações de informar às transportadoras sobre qualquer desvio em seus volumes de exportação. Somente com a comunicação aberta todas as partes poderão ter êxito. março 2008 |

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AS ROTAS COMERCIAIS NÃO PRINCIPAIS COMPETIRÃO POR CAPACIDADE COM AS ROTAS SIMILARES À MEDIDA QUE A PRODUÇÃO DE VEÍCULOS AUMENTAR

Coordenação mais rígida Para reduzir o déficit de capacidade, bem como os outros problemas logísticos, é necessária uma coordenação mais rígida entre os fabricantes de veículos e as transportadoras marítimas. Os fabricantes precisam oferecer entregas em ‘just-in-time’ para as transportadoras marítimas, pois elas trabalham conforme previsão. Em casos onde um fabricante de veículos possa, como parceiro de sua transportadora, criar um sistema logístico contínuo voltado à exportação que forneça a produção em ‘justin-time’ até o porto, até o navio e até o mercado, todos ficarão satisfeitos. Existe muita coordenação entre as transportadoras e os fabricantes de veículos em áreas como transmissão de dados, documentação, cobrança de fretes, segurança e qualidade na movimentação, e embora os fabricantes estejam melhorando na previsão e obtendo fornecimento das futuras áreas de produção, estes ainda são os principais problemas. A cooperação de todas as partes é essencial para conseguir uma logística eficiente.

der às exigências dos fabricantes de veículos por maior eficiência logística. Na Subaru, Akira Watanabe, gerente de vendas, explica que sua empresa controladora, a Fuji Heavy Industries cuida da logística de veículos fabricados no Japão destinados aos mercados da Europa. Em 2006, a transportadora marítima da Subaru começou a cuidar da logística dos veículos fabricados nos EUA, incluindo o transporte de portos dos EUA até o porto de descarga, desembaraço alfandegário e o transporte até o destino final, o que aumentou a eficiência da logística. Existem oportunidades e as vantagens para as transportadoras ampliarem seus serviços logísticos. Um exemplo é que as operações nos terminais garantem às transportadoras

prioridade para atracação e espaço para descarga em uma época em que o espaço dos portos está ficando escasso. Isto é especialmente verdadeiro na Costa Oeste dos EUA. A Grimaldi oferece serviços abrangentes de logística na Itália, Irlanda, Norte da Europa, Escandinávia e Oeste da África. Em contrapartida, na América do Sul, e mais especificamente no Brasil, o envolvimento das transportadoras marítimas está relacionado mais com as iniciativas conjuntas de cuidar dos gargalos em terra e dos assuntos relacionados à burocracia.

Em busca da integração Com estes problemas solucionados, poderíamos ver uma evolução para uma integração da logística, porém existem diversas barreiras, incluindo o excesso de burocracia, a falta de legislação clara, que permita que os prestadores de serviço logístico realizem entregas com um único conhecimento de embarque e a falta de investimento na infra-estrutura portuária. Embora a Mazda use as transportadoras de veículos apenas para o transporte marítimo, Eekhof reconhece que os serviços mais abrangentes deverão aumentar a eficiência.

Transportadoras marítimas ampliam seus serviços As transportadoras marítimas estão ampliando seus serviços para aten24

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OPERAÇÕES NOS TERMINAIS GARATEM ÀS TRANSPORTADORAS PRIORIDADE DE ATRACAÇÃO

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Seria uma vantagem combinar os serviços em águas profundas e nos terminais, embora a Mazda ainda cuidaria do transporte interno. No Porto de Southampton (Reino Unido), Ray Facey, gerente do porto, acredita que haverá maior envolvimento das empresas de navegação na cadeia logística geral, desde que seja economicamente viável. “Entretanto, parece que os retornos desta atividade não são especialmente inspiradores”. O Porto de Southampton está trabalhando com alguns de seus principais clientes para promovê-lo como uma instalação de “consolidação e redespacho”. A intenção é fornecer um intercâmbio adequado entre os serviços de longo curso e de curta distância para embarques de veículos nos navios alimentadores nos portos europeus mais próximos. Isto permitiria que os operadores de águas profundas reduzissem o número de escalas em seus itinerários economizando com isso tempo e dinheiro. Algumas montadoras querem tirar proveito das economias que os ‘hubs’ (portos centralizadores) podem oferecer. Outros querem soluções customizadas. Algumas empresas querem soluções simplificadas que exijam habilidades que não têm internamente. Assim, eles estão interessados em fazer parcerias com empresas que tenham estas especialidades. Pacotes de serviços da fábrica ao revendedor, controle de faturamento e reclamações, visibilidade do fluxo dos produtos e gerenciamento dos eventos da cadeia de abastecimento são alguns exemplos.

Melhorias na eficiência da logística Embora algumas melhorias na logística ainda estejam nas etapas de planejamento, outras renderam resultados positivos. A Höegh Autoliners renovou e expandiu recentemente suas operações nos terminais de Jacksonville e Baltimore nos EUA. Com a inclusão de mais terrenos, sua flexibilidade de prestação de serviços de entrada e saída aumentou. De janeiro a setembro de 2007, o desempenho na pontualidade das transportadoras da Toyota Logistics Services nos EUA ultrapassou 96%, um grande avanço considerando que ela usou diversas transportadoras, mais navios fretados e teve mais variabilidade no tempo em trânsito. A BLG construiu um ancoradouro para transportadoras de longo curso e dois ancoradouros para transportadoras de curtas distâncias em Bremerhaven. Ela construirá ainda uma segunda eclusa por volta do final da década. A Grimaldi introduziu cinco navios na rota rumo ao norte a partir do Brasil, lastreando-os através de seu serviço no Oeste da África. Com quase o dobro de sua capacidade de elevação, a Grimaldi possibilitou o sucesso do programa de lançamento e exportação de novos modelos de carros fabricado no Brasil para o mercado do Norte Europeu. março 2008 |

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LITERA TURA AT TÉCNICA

RETÍFICA de motores

SOFTWARES logísticos

EMBALAGENS de madeira

A MM Retífica de Motores faz o recondicionamento de motores veiculares, empilhadeiras e estacionários nacionais e importados desde 1967. Traz em seu catálogo de aplicações em empilhadeiras sua linha de motores GLP, gasolina e diesel. Atende aos modelos das marcas Hyster, Yale, Clark, Mitsubishi, TCM, Nissan, Komatsu, Toyota, Linde, Daewoo e Halla, todos descritos na publicação. De acordo com esta, normalmente são passíveis de recondicionamento peças vitais do motor, como bloco, cabeçote, virabrequim, biela e cárter.

A Infolog Solutions dispõe de diversos softwares para uso logístico. Há catálogos individuais para cada aplicativo: TMS (“transportation management sytem”, sistema de gerenciamento de transportes); GLS (“global logistics system”, sistema logístico global); WMS (”warehouse management system”, sistema de gerenciamento de armazéns) e GTS (“goods traceability system”, sistema de rastreabilidade de produtos). Cada catálogo destaca as principais funcionalidades do respectivo software e seus benefícios específicos.

A Adezan fabrica embalagens de madeira ou mistas adaptadas a cada situação. O catálogo da empresa destaca os serviços de programar embalagens, embalar, movimentar, estocar e estufar contêineres. A empresa, que utiliza softwares específicos para projetos e otimizações, sugere alternativas, com otimização de custo e aproveitamento em contêineres. Merecem destaque ainda, as embalagens para transporte de vidros planos, contentores para exportação, paletes, caixas desmontáveis com “bags” plásticos para líquidos, entre outros.

Distribuidor de EMPILHADEIRAS A Somov foi formada a partir da fusão da Lion, distribuidora mundial da Hyster, com a Sotreq, revendedora Caterpillar. Além de contar um pouco da história da empresa, o catálogo ainda destaca, com fotos, a linha de empilhadeiras, além dos serviços de locação e contratos de manutenção. A literatura também aponta a competência dos colaboradores da Somov na seleção e configuração dos equipamentos.

PARA OBTER OS TELEFONES E WEB MAIL DOS FABRICANTES AQUI MENCIONADOS, CONSULTE O GUIA DE FABRICANTES DE EQUIPAMENTOS DE MAM. 26

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toque de midas

Construtor de soluções

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MAURICIO Abrão Iankis Ajzenberg, diretor de logística da Treelog Logística - empresa de distribuição de impressos dedicada ao Grupo Abril – pode ser visto como um construtor de soluções. Em logística começou formalmente em 1991, na extinta Cia. São Paulo de Petróleo; e o início de tudo foi nos canteiros de obras, quando passou a lidar com a gestão dos suprimentos, logística, distribuição, postos e terminais próprios, além da gestão dos fretes terceirizados e de uma pequena frota própria. A Editora Abril entrou na vida de Mauricio pela primeira vez em 1982 e, depois, em 1997, quando após um período, voltou à empresa. Em 2001 assumiu a diretoria de logística da Dinap (Distribuidora Nacional de Publicações) e em 2008, foi convidado a ocupar esta mesma função na recém-criada Treelog Logística. “Apesar de minha formação e da experiência com a logística dos canteiros, foram fundamentais o apoio e os ensinamentos passados pelos colegas de departamento na ocasião. AtuÃO É À TOA QUE

ar num segmento altamente competitivo, às vezes lado a lado, e outras confrontando as gigantes nacionais e mundiais do setor, acabou sendo outra grande escola”. Um de seus maiores desafios ocorreu durante a crise financeira percebida pela empresa no período 20012004. Neste período, sua equipe conseguiu reduzir os custos logísticos do grupo em até 50%, com o mínimo de impacto em termos de pessoal (demissões/terceirizações), com baixo comprometimento dos níveis de serviço demandados pelas publicações (que são vitais para seu negócio) e com a manutenção de um excelente relacionamento com clientes e fornecedores ao longo de toda a cadeia. “Foram exercícios de foco nos objetivos (necessidades) aliados à criatividade (a equipe foi formidável!) no redesenho de processos, na otimização de recursos e, principalmente, de muita transparência nas ações e resultados”. Para Mauricio, a qualificação e a elevação do nível de instrução dos trabalhadores, além da introdução a uma cultura de serviços (com acordos, regras e funções bem definidas) são as-

pectos que não podem ser ignorados pelos líderes em logística. “Investimento na educação formal dos cidadãos e colaboradores, a definição de regras claras e razoavelmente estáveis na legislação (além, é claro, de seu cumprimento) são um bom início para derrubar parte dos obstáculos que temos de enfrentar diariamente. A economia de mercado ajuda no restante”. O executivo faz questão de ressaltar que sua atividade é estimulante sob vários aspectos, um deles é que a logística, principalmente em segmentos tão perecíveis quanto o editorial, não “dá tréguas”: não há marasmo nem monotonia. No dia-a-dia, o que torna o trabalho desafiador são o atendimento das diferentes expectativas, o cumprimento dos acordos e a busca pelas melhorias. “Um objetivo para minha realização é o de implementar as operações da nova empresa com um modelo de alta flexibilidade de serviços para os clientes, nível de excelência pautado por indicadores e colaboradores ativos, felizes e orgulhosos de seu trabalho”.

MAURICIO ABRÃO IANKIS AJZENBERG Formação: engenheiro civil pela Escola Politécnica - USP, pósgraduado em gerenciamento de empresas pela Fundação Vanzolini e com MBA Executivo em Marketing pela ESPM.

Horas médias de trabalho: em média 9 horas por dia. “Vale lembrar que, na nossa área de atuação, estamos quase que permanentemente de ‘plantão’”.

Idade: 47 anos

Hobbies: viajar em companhia da família, cinema, música, esportes (vôlei , tênis e futebol).

Primeiro trabalho em logística: de um ponto de vista formal, foi como gerente de operações da antiga Cia. São Paulo Distribuidora de Derivados de Petróleo, uma distribuidora nacional de combustíveis (que foi adquirida pela Agip e, mais recentemente, pela BR Distribuidora).

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Os desafios estão na introdução e ampliação de uma cultura de serviços e na elevação do nível de qualificação dos colaboradores.

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PARA MAURICIO, A QUALIFICAÇÃO E ELEVAÇÃO DO NÍVEL DE INSTRUÇÃO DOS COLABORADORES NÃO PODEM SER IGNORADOS

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Big soluções em bags

Vantagens dos contentores flexíveis

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OMO PODEMOS DEFINIR UM

“big bag”? De acordo com o diretor industrial da Topack do Brasil, José Maddaloni, o big bag pode ser definido como um contentor flexível destinado ao acondicionamento e transporte de materiais sólidos em pó ou granulados nos setores agrícola, alimentício, químico, petroquímico e de minérios, entre outros. “É um produto de larga utilização nos países de primeiro mundo, fabricado em ráfia de polipropileno de alta resistência e tenacidade, sendo aditivado contra ação dos raios ultravioleta. Dispensa o uso de qualquer outro tipo de embalagem, é de fácil manuseio, tanto para carga quanto para descarga do produto. Para materiais que requerem uma impermeabilização, existe o modelo 30

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com filme de polietileno interno, que protege totalmente o produto envasado da contaminação e contatos com a umidade”, afirma. A Sanwey, outra fabricante de big bags, dispõe dos modelos padrão tipos A,B, C e D, com capacidade de até 2.000 kg de carga na “versão quadrada”, com divisórias que otimizam o espaço do volume quando estocado e versão paletizada, que dispensa os tradicionais paletes de madeira. “A capacidade de carga varia de 500 kg a 2.000 kg, de acordo com o produto a ser armazenado”, afirma o gerente de marketing da empresa, Yoshito Suzuki. “Enquanto vazio, o big bag pesa em média dois quilos, o que reduz o peso total no cálculo de fretes, assim como o produto chega ao final do processo

com rapidez e segurança, sem perda de material”. O Vinicon, big bag da Sansuy, é constituído de um corpo de formato cilíndrico ou quadrado, um tubo para carga, um para descarga e um sistema de alças para içamento, confeccionados com lona sintética de PVC reforçada com tecido de poliéster de alta resistência. Dependendo da necessidade e da utilização, o departamento de engenharia da empresa produz big bags sob medida. Em geral, os volumes variam de 700 a 2.500 litros.”O Vinicon tem vida útil de cinco anos ou 400 viagens, tomando-se algumas precauções e executando-se consertos e manutenções periódicas”, afirma o assessor de Marketing da empresa, João Carlos Birkholz. O big bag, de acordo com João Carlos, possibilita redução de tempo e

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mão-de-obra na operação de carga e descarga, de perdas do produto por rasgos em relação à sacaria comum de papel ou polietileno. “Pode ser estocado tanto em locais cobertos quanto ao ar livre e não requer instalações complexas para o manuseio. É possível fazer todo o controle das embalagens em trânsito, desde a origem até o destino final através da logotipia e da numeração gravada em cada peça, facilitando assim a sua identificação correta”, afirma João Carlos. Os bigs bags podem ser projetados para um ciclo de utilização (“one way”) ou para vários ciclos. “A classificação é determinada pelo fator de segurança, conforme a norma NBR 15.009, contentor flexível, requisitos e métodos de ensaios da ABNT”, explica o diretor da STD Containers Flexíveis, José Ricardo Blei Sant’Anna. Os diversos tipos são classificados por fator de segurança (veja box).

PEÇAS METÁLICAS EXPORTADAS EM CONTENTORES FLEXÍVEIS (ONE-WAY) COM ECONOMIAS

Cuidados no manuseio Como qualquer tipo de embalagem, os big bags exigem alguns cuidados. “Os principais cuidados no manuseio devem ser informados pelo fabricante por meio de uma etiqueta de identificação presa ao corpo, com a carga máxima permitida de trabalho, fator de segurança, código de rastreabilidade, instruções de uso e símbolos

gráficos de manuseio”, analisa o diretor da STD. “Para os big bags reutilizáveis, sempre deve ser feita uma inspeção visual para verificar a existência de danos, sendo dada maior atenção à abrasão, cortes e rasgos, degradação ultravioleta e/ou ataque químico”, explica José Ricardo, da STD. “Deve ser evitada a lavagem com produtos março 2008 |

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clorados que atacam a proteção UV do tecido, diminuindo sua resistência”. O diretor industrial da Topack afirma que existem muitas empresas especializadas que lavam e recuperam bags retornáveis. “O segmento açucareiro utiliza muito este tipo de serviço. É importante homologar empresas que prestem este tipo de serviço, a exemplo do que acontece com a escolha dos fornecedores de embalagem, pois o trabalho deles influi diretamente na vida útil dos big bags. Fabricamos big bags para acondicionar açúcar desde a década de 1980, sendo atualmente responsáveis pelo fornecimento de aproximadamente 875 mil bags/ano neste setor”, analisa José.

Manutenção A manutenção dos bigs bags reutilizáveis deve ser feita de preferência por empresas especializadas ou por colaboradores treinados. “Embora o big bag seja reutilizável, caso

BIG BAG PALETE TEM AS MESMAS CARACTERÍSTICAS DO BIG BAG, PORÉM EM SUA BASE FOI CONSTITUÍDA EM FORMATO DE PALETES

haja a necessidade de reparos, a responsabilidade é do usuário. As alças não devem ser reparadas, inclusive na sua fixação. A reutilização dos big bags é assegurada pelo fornecedor desde que os mesmos sejam bem utilizados, não necessitando de reparos”, afirma o gerente comecial da Embark, Aram Oliveira. A recomendação de Yoshito, da Sanwey, é para que sempre se inspecione visualmente o contentor para

verificar a possível existência de danos. “Recomendamos a elaboração de um ‘check-list’. Se o bag estiver sujo poderá ser lavado, se reutilizável. Existem empresas especializadas em lavagem que fazem a manutenção e eventuais consertos”.

Novidades A STD obteve, em fevereiro, para seus big bags, a autorização para o uso do Selo de Identificação da Con-

Dicas para a ótima utilização dos big bags ENCHIMENTO • Antes de iniciar o enchimento, verificar se o big bag está com a sua boca de esvaziamento no fundo da embalagem, devidamente fechada; • No início do enchimento manter o big bag distante do solo aproximadamente 15 cm, para facilitar o acomodamento do produto; • No enchimento de produtos que possuírem grãos com aresta ou pontas, apoiar o big bag sobre uma base plana com revestimento de borracha ou espuma, para amortecer os impactos; • Não envasar uma quantidade de produto que supere a capacidade de carga especificada na etiqueta de identificação; • Após o enchimento do big bag, fazer a amarração da boca de enchimento de acordo com as instruções do fabricante a fim de evitar que haja contaminação ou perda do produto; • Nunca utilizar o big bag para produtos diferentes àqueles originalmente designados.

MOVIMENTAÇÃO • • • • • • • •

Os garfos da empilhadeira devem ser ajustados para a largura do big bag, mantendo as suas alças o mais próximo da vertical; O big bag deve ser sempre levantado pelas quatro alças, nunca por menos; Não transitar sob o big bag içado; O big bag não deve ser arrastado pelo chão; O garfo da empilhadeira deve ser mantido na horizontal durante a operação de içamento; O garfo da empilhadeira deve ter arestas arredondadas ou ser coberto por um tubo cilíndrico para evitar o desgaste das alças do big bag; Evitar freadas bruscas durante a movimentação com empilhadeira; O içamento por guincho deve ser feito de tal forma que as alças formem um ângulo maior que 60º em relação à borda do big bag.

TRANSPORTE • • • • •

Evitar que os elementos de amarração como cabos de aço, correntes, atritem no corpo dos big bags; Evitar exposição dos big bags a intempéries; Evitar formação de poças no piso em contato com o fundo; Evitar choques do big bag com a carroceria do caminhão; Se possível, forrar a carroceria para evitar maiores danos no big bag.

Fonte: Embark Bag

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formidade para o Transporte Terrestre de Produtos Perigosos, grupos II e III, conforme Portaria Inmetro nº 250 de 16/11/2006 e Resolução ANTT nº 420/2004. “Como é um assunto novo, temos orientado nossos clientes sobre a interpretação da legislação pertinente a produtos perigosos e a embalagem desses produtos, verificando se é permitido o uso do big bag para o acondicionamento daquele determinado produto perigoso”, afirma José Ricardo. A Embark lançou recentemente o Big Bag Palete, que foi patenteado pela empresa. “Tem como característica a facilidade de movimentação, agilidade de processo e ótimo desempenho, pois esse produto tem as mesmas características do big bag, porém em sua base foi constituída em formato de palete. O palete fica acoplado ao big bag”, conta Aram. A Topack está trabalhando no desenvolvimento de silos flexíveis e no

Classificação por Fator de Segurança (FS): • Descartável (one way, FS: 5:1): contentor flexível projetado e manufaturado para realizar um único ciclo de enchimento e esvaziamento; • Reutilizável (não consertável, Padrão A – FS: 5:1): contentor flexível que não admite consertos ou reparos, projetado e manufaturado para uso repetitivo e atenuado, com um número limitado de enchimentos e esvaziamentos; • Reutilizável (consertável, Padrão B – FS: 6:1): contentor flexível que admite consertos ou reparos, projetado e manufaturado para uso repetitivo normal, com um número limitado de enchimentos; • Reutilizável reforçado (FS 8:1). Nota: O fabricante não se responsabiliza por big bags consertados ou reparados por terceiros. Fonte: STD Containers Flexíveis

melhoramento de alguns produtos já desenvolvidos. “O Silo Topack foi projetado para simplificar as operações de estocagem, carga e descarga de produtos secos a granel. É confeccionado em tecidos de polipropileno de alta resistência e tenacidade e com tratamento contra a ação dos raios ultravioletas. O tecido é de grande durabilidade, resistência ao atrito e baixa defor-

mação,” explica o diretor industrial da empresa. Outra novidade é no desenvolvimento de matérias-primas mais ecológicas. “Empresas como a Braskem e a Dow Química já estão desenvolvendo um polímero derivado de álcool etílico (cana-de-açúcar) para que as resinas utilizadas na fabricação do big bag se tornem orgânicas”, finaliza Yoshito, da Sanwey. março 2008 |

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J OGO R ÁPIDO

Wal-Mart e a RFID Reforçando a evolução das iniciativas de RFID no Wal-Mart americano, a empresa anunciou três novos projetos para uso da tecnologia em seus processos. O primeiro envolve 700 fornecedores e tem como objetivo instalar etiquetas EPC Gen 2 em caixas de paletes de produtos expedidos para o CD do Sam’s Club no Texas, EUA. O segundo projeto é desenhado para incrementar a efetividade das promoções de produtos, e o terceiro vai determinar se o varejista pode impulsionar vendas em todas as categorias de produtos, tendo todos os fornecedores de embalagens com etiquetas RFID em instalações piloto.

Obtenha lucro na DISTRIBUIÇÃO Para transformar seu CD em um centro de lucros faça o seguinte: 1. Elimine os retornos dos produtos utilizando a confirmação antecipada de entregas; 2. Pesquise transportadoras que têm rotas diferentes com descontos superiores, combinando duas ou mais transportadoras dependendo do destino; 3. Quase todo frete é negociável; então verifique se seu sistema suporta cálculos com incentivos; 4.

Não repasse todos os incentivos aos clientes e use a diferença para cobrir as despesas de embarque;

5. Disponibilize informações de rastreamento de veículos e do atendimento de forma automatizada; 6. Tire vantagem dos serviços oferecidos por transportadoras, tais como etiquetagem, embalagens, etc; 7. Ao exportar observe com atenção quem será responsável pelo pagamento dos tributos; 8. Não escolha serviço de encomenda expressa de um ou dois dias se um transporte rodoviário consegue realizar a entrega em prazo similar; 9. Planeje e revise regularmente relatórios de acompanhamento dos indicadores de produtividade para identificar pontos de melhoria e/ou não-conformidades. 10. Não ignore transportadoras de cargas inferiores a um caminhão ao otimizar as rotas com um sistema de múltiplas transportadoras.

Noções de LIDERANÇA Liderança não é questão de poder, mas sim de influência. Um líder eficaz consegue influenciar pessoas a tomarem decisões que sejam boas para si e para a empresa. O dirigente manda através do poder e da intimidação, enquanto o líder usa a persuasão. Líderes não confundem atividade com realização: eles iniciam qualquer projeto com o fim em mente e convencem sua equipe a trabalhar para atingir esse fim.

CADEIAS DE ABASTECIMENTO O desempenho superior das cadeias de abastecimento pode ser usado como arma competitiva? Todos pesquisadores afirmam que sim e citam exemplos de empresas que usam o gerenciamento da cadeia de abastecimento para superar as atividades dos concorrentes. Isso pode envolver o domínio do mercado para um componente escasso ou a prestação de um serviço de entrega superior. Sua logística é um ponto fraco ou forte?

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Dematic atinge

seus objetivos

Depois do processo de reestruturação, empresa foca estratégia na consolidação da venda de equipamentos de movimentação de materiais e sistemas de automatização

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REESTRUTURAÇÃO SOFRIDA

pela Dematic tem rendido resultados para lá de animadores à filial da empresa no Brasil: além da autonomia para decidir sobre os negócios que gera na região, as expectativas de vendas para 2008 são elevadas. Para se ter uma idéia, seu faturamento saltou de R$ 30 milhões em 2007, ano do início das mudanças, para um objetivo de R$ 70 milhões este ano. “Entre nossas estratégias estão garantir a continuidade das vendas de equipamentos de movimentação de materiais, seguir conquistando clientes, captar novos talentos e manter o volume de fornecimento de sistemas de automatização de armazéns”, assinala o diretor executivo da Dematic, Valério Zorzi. “Consolidação e continuidade nortearão nossos passos”. 36

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Empilhadeiras: os “VIPs acessíveis” A demanda pelos equipamentos de movimentação de materiais, iniciada com a importação e venda há seis meses, ganhou força e vem, segundo Valério, ajudando a fixar a marca também neste segmento. Desde a decisão de diversificar sua linha de produtos com o respaldo de uma marca amplamente conhecida por sua qualidade, ficou clara a intenção de ser acessível. “Tivemos o cuidado de mostrar ao mercado que importamos as empilhadeiras da China, mas fazemos o controle de qualidade, garantimos o pós-venda e a continuidade do atendimento”, aponta o diretor executivo. “Vender apenas por vender comprometeria não apenas a produtividade do

cliente como também a imagem sólida de nossa empresa, uma estratégia no mínimo suicida para quem deseja abrir portas em outros nichos”. Apesar do amplo leque de equipamentos de movimentação de materiais, transpaletes e empilhadeiras (manuais, semi-elétricas e elétricas) – é neste momento que a empresa se sente mais estruturada para realizar pós-vendas de empilhadeiras elétricas, que, aliás, são foco de suas vendas em 2008. Esse preparo se traduz em maior e melhor qualificação de profissionais e infra-estrutura para manutenção. Valério conta que o “ponta-pé” inicial dado na feira MOVIMAT não tirou o sentido de realidade que a Dematic tinha em relação ao novo negócio, principalmente em se tratando dos equipamentos elétricos, pois os 33

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Conquistando a confiança Entre as empresas que já adquiriram equipamentos da linha de produtos Dematic estão: Armazenagem automática com transelevadores: Perdigão; Weg; Selmi e Tramontina. Classificadores automático (“sorters”): Malwee e Sodimac (Chile). AGV (veículos automaticamente guiados): Eurofarma. Sistemas de transportadores contínuos: White Martins; Avon; Fagal (Bolívia); Distribuidora Santa Cruz; Reval; Drogaria Pacheco; Concreta Engenharia; Marcopolo, Arcor, MCM Química, entre outros.

PARA VALÉRIO ZORZI, META É CONTINUAR A APRESENTAÇÃO DO NOVO PORTFÓLIO DE EQUIPAMENTOS AO MERCADO E MANTER O RITMO DO AVANÇO EM SISTEMAS

anos de presença no Brasil não poderiam ser arranhados por algo que não tivesse como objetivo o crescimento sustentável. “Nossos produtos tiveram grande aceitação no mercado e temos consciência de que deixamos de realizar algumas vendas, pois tivemos a preocupação de não dar um passo maior do que podíamos naquele momento. Eu classifico essa situação como ‘problema do bem’: poderíamos ter aproveitado o valor de nossa marca para oferecer produtos de valor elevado ou vender além do que poderíamos atender, mas não o fizemos e ganhamos com isso”, ressalta. “Nossa meta é estar presente também nas pequenas e médias empresas, o que abrirá as portas para novos negócios, e onde não há qualquer automação, amanhã poderá haver um de nossos sistemas”.

Sistemas: a “bola da vez” O período entre o fim de 2007 e início de 2008 também foi importante para impulsionar os projetos de sistemas automatizados na

Dematic. Com uma atuação mais fortalecida, a unidade brasileira, que também é responsável pela América do Sul, revisou seus processos, mantendo internamente a engenharia de sistemas e de produtos, a montagem e pós-venda, e terceirizando a fabricação dos componentes e peças. A terceirização, avalia Valério, deu à empresa retorno financeiro vantajoso, na medida em que não tem mais que se ocupar da manutenção de uma fábrica – os parceiros, que têm maior volume de produção, podem oferecer um parque de máquinas moderno e, com isso, assegurar o atendimento e a qualidade exigidas. “O mercado para os sistemas automatizados está aquecido, com projetos sendo impulsionados pelo bom andamento da economia brasileira (as empresas têm mais oportunidades e tempo para planejar seus investimentos) e pelo efeito multiplicador dos profissionais que, ao migrarem para outras empresas, propagam as experiências positivas dos sistemas de automatização no ganho de produtividade”, afirma o diretor.

Outro aspecto que está influenciando os investimentos em sistemas automatizados é a expansão da cultura da automatização das operações. Empresas de diferentes nichos – farmacêutico, alimentício, entre outros – estão percebendo que logística dá retorno, criando mais valor e competitividade. Internamente, a Dematic acredita que sua nova condição, com independência na tomada de decisões, contribuiu e muito para torná-la ainda mais competitiva globalmente no desenvolvimento dos projetos de sistemas. Como diferenciais passou a comercializar seus sistemas em Real, abriu linha de financiamento pelo Finame, e estruturou pós-venda no local, aproximando-se dos clientes. “Os desafios a partir de agora são continuar a campanha de apresentar o novo portfólio de soluções ao mercado e manter o ritmo do avanço em sistemas”, comenta o executivo, que acrescenta: “nossa meta é consolidar a imagem de que podemos fornecer sistemas e equipamentos de movimentação a preços competitivos e qualidade superior”, encerra. março 2008 |

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TOP

Supply Chain

Conheça 25 empresas globais que conquistaram a excelência em suas cadeias de abastecimento

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CADEIA DE ABASTECIMENTO

está experimentando um período de rápida mudança e crescimento de sua influência. Este ranking sobre as 25 empresas que mais se destacaram em suas cadeias de abastecimento tem como objetivo mostrar o quanto dinâmico são as transições pelas quais essas empresas passaram, como tornaram suas cadeias um diferencial competitivo, de retorno financeiro e excelência em inovação. A AMR Research (USA), autora desta pesquisa, identifica em sua relação as 25 empresas que melhor souberam balancear estes itens. Cada uma deve que demonstrar desempenho em termos de retorno sobre os ativos e giros de estoque. Cada uma das em-

presas demonstrou liderança na forma de abordagem estratégica dos princípios de demanda impulsionada no gerenciamento da cadeia de abastecimento. Vista por este ângulo, a liderança em cadeia de abastecimento significa mais negócios e parcerias do que apenas eficiência. Talvez a mais importante distinção entre as empresas destacadas neste estudo e as demais seja a percepção destas empresas de que o gerenciamento da cadeia de abastecimento é um ingrediente essencial, e não apenas de excelência operacional, mas como rápido instrumento e preciso meio para lançamento de novos produtos. Várias empresas desta lista figuram como inovadoras: Apple, Nike, e

outras do segmento farmacêutico. A Nokia, número um deste ranking, por trabalhar abertamente com fornecedores na inovação de produtos, bem como em manufatura e reposição, superando o modelo Demand Driven Supply Network (rede de fornecimento puxada pela demanda) criado pela AMR Research (veja box, página 40). O tradicional termo supply chain, segundo a AMR Research não engloba tudo, tampouco reflete o que ocorre hoje. O modelo afirma que as empresas precisam transformar a manufatura com para atividades de inovação e potencialidades da cadeia para direcionar a demanda pelos consumidores. O mais relevante na abordagem de demanda puxada é a cadeia de valor que as empresas estão empregan-

As TOP 25 globais

Fonte: Revista Modern Materials Handling

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do, seu melhor desempenho financeiro em termos de retorno de ativos, margens, e ganhos por nicho de mercado. Após anos de benchmarking baseado em processos de negócios, também foi adotado um indicador que expressa uma clara correlação entre liderança no uso dos princípios da demanda puxada e indicadores financeiros.

Definindo excelência Excelência é uma questão de visibilidade, comunicação e processos confiáveis. Cada cadeia de valor pode responder rapidamente e eficientemente às oportunidades decorrentes do mercado ou de uma demanda do consumidor. Isso significa compreender mercados bem o suficiente para criar e gerenciar a demanda, e não apenas para cumprir pedidos com cadeia enxuta –

Como fazer dinheiro rápido Nesta pesquisa, a AMR Research coletou dados internos operacionais que melhor medem a capacidade de uma empresa de “fazer dinheiro”. Duas dimensões básicas de desempenho pontuaram o melhor em cadeia de valor: excelência operacional e excelência em inovação. Os indicadores que a pesquisa utilizou quando definiu os TOP 25 mais da cadeia de abastecimento foram: 1. Excelência operacional; 2. Pedidos perfeitos; 3. Custo total da cadeia de abastecimento; 4. Excelência em inovação; 5. Tempo de agregação de valor; 6. Retorno do desenvolvimento e lançamento de novos produtos.

algo demonstrado com habilidade pela Apple. Aliás, a grande história do ano desses 25 destaques da cadeia de abastecimento vem da Apple. A lição para os profissionais de cadeia de abastecimento é que design criativo e a inovação significam muito. Realizando quase US$ 2 bilhões de vendas com estoque quase zero

de produto (iTunes) e criando uma demanda com um forte apelo de marketing e design, a Apple conseguiu consumidores ávidos em uma cadeia com pouquíssimos produtos físicos em estoque. A Hewlett Packard aplicou esta lição ao seu negócio de PCs com muito sucesso no ano passado, e a Nike, pelo segundo ano na lista, manteve-se nela. março 2008 |

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Outro destaque surgido nesta pesquisa refere-se à O que parecia ficção científica há 20 anos tornou-se batalha pela supremacia travada na indústria de aparereal e essas empresas conseguiram sustentar preços lhos celulares. Três das 12 baixos, facilitando o acesso A lição para os profissionais de cadeia primeiras colocadas – Nokia, às suas tecnologias. A lideSamsung e Motorola – são rança da cadeia de abastede abastecimento é que design criativo fabricantes de celulares. cimento comandada por e a inovação significam muito Com ciclo de vida curto e este grupo inclui a colabogrande demanda global, a habilidade de coordenar uma ração entre-empresas, alta sofisticação no modelo de complexa cadeia envolvendo o design de chips, fabricaatender demanda, e a criação de estratégias de platação de equipamentos e serviços de telecomunicações são forma de produto no ecossistema da cadeia de abastecicruciais para a inovação em todo o mundo hoje. mento.

12 dimensões da pesquisa de cadeia de abastecimento Execução

Atividades relatadas no recebimento, expedição e distribuição física.

Gestão

Aquisição, terceirização, colaboração, contratos de gerenciamento, qualidade e risco, e gerenciamento de complexidades

Manufatura

Processos e iniciativas relatadas de forma direta ou indireta à manufatura ou montagem de produtos acabados, incluindo decisões entre “fazer ou comprar”, manufatura puxada pela demanda

Inovação

Capacidade e iniciativas para desenvolver novos produtos. Inclui a descoberta de novas oportunidades e priorização e rastreamento de oportunidades de negócios

Lançamento

Atividades relacionadas aos lançamento e comercialização de novos produtos, incluindo planejamento do processo de manufatura, precisão da cadeia de abastecimento, design e execução de campanhas de venda e marketing.

Ciclo de vida

Gerenciamento de todo o ciclo de vida dos produtos, da concepção até sua obsolescência.Enfatiza o máximo valor do produto em todos os estágios de maturidade, incluindo pós-venda.

Modelagens da demanda

Processo e técnicas através das quais a demanda dos consumidores de uma empresa é ajustada, incluindo gerenciamento de preço e promoção, programas de atendimento de demanda e venda cruzada.

Percepção da demanda

Técnicas através das quais a demanda do cliente é percebida ou prevista.

Gerenciamento do serviço

Atividades relacionadas a serviços de uma empresa, incluindo reposição de peças e parcerias.

Gerenciamento do desempenho

Gerenciamento ativo do desempenho da cadeia, desenvolvimento e manutenção de programas de indicadores, coleta de dados, interpretação de resultados, e implementação de ações corretivas

Aplicação de tecnologia

Plataformas de aplicações de tecnologias e infra-estrutura usadas para dar suporte nas atividades entre cadeias

Planejamento de vendas e operações

Processos colaborativos que alinham negócios estratégicos com fornecimento, e gerenciamento da demanda e produtos.

FORNECIMENTO

PRODUTO

DEMANDA

INFORMAÇÃO

Fonte: AMR Research

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Modelo Demand Driven Supply de demanda orientada ao abastecimento O QUE HÁ DE DIFERENTE? SÉCULO 20 Modelo linear, empurrado

SÉCULO 21 Modelo Circular, autorenovável

OFERTA SUPRIMENTOS

PRODUTO ACABADO

DEMANDA

DEMANDA

INOVAÇÃO

Demanda empurrada

Demanda puxada

Inovação de produto de forma interna

Voltada à inovação de produtos

Otimização determinística

Otimização “probabilística”

Qual é o futuro para este grupo? A indústria força as empresas a envolver desde os fabricantes de aparelhos de telefone até facili-

tadores de criação de conteúdo wireless e consumo, aumenta a colaboração enquanto cada empresa mantém grupos de inova-

ção de produto e parcerias mais sofisticadas para design com parceiros de telecomunicações e entretenimento. março 2008 |

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Carga

livre da umidade

Há dessecantes sob medida para cada necessidade

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M GANCHO QUE FACILITA

o acondicionamento do sachê de dessecante em contêineres e outras embalagens e a utilização do Tyvek na confecção de sachês. São as novidades da SPL Dessecantes em contenção de umidade. A empresa, localizada em Atibaia, no interior de São Paulo, fabrica dessecantes para diversas situações de embalagem e proteção contra a umidade, inclusive para a indústria farmacêutica. “Analisamos cada caso e indicamos a solução mais eficiente”, afirma o diretor comercial da empresa, Roberto José Sápia. “Fabricamos os dessecantes embalados em não tecido ou em Tyvek, da marca Dupont, que não solta fibra, é resistente a rasgos e tem a opção de ser anti-estático que ainda pode ter contato com produtos ingeríveis”. Entre os produtos de fabricação própria estão a linha SiliPac, produzida com sílica gel, especialmente recomendada para utilização com produtos farmacêuticos, vitamínicos e alimentícios; os ArgiPac, sachês de ar42

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gila aditivada, solução de baixo custo para proteção de produtos e materiais contra a umidade; e o ContainerDesibag, solução de baixo custo para proteger cargas acondicionadas em contêineres contra os efeitos prejudiciais do excesso de umidade. Ele reduz os riscos de condensação no interior do contêiner ao adsorver (adsorção é a fixação de moléculas de uma substância na superfície de outra substância) o excesso de vapor d’água, baixando assim o ponto de condensação. Tem a capacidade de adsorver mais de 75% de seu peso em umidade. Além dos produtos de fabricação própria, a empresa passou a representar, no segundo semestre de 2007, com exclusividade no Brasil, a Buffers, empresa americana de dessecantes. Entre esses produtos estão o Absorbag, o Absortop e o Absorpole. O Absorbag é ideal para contêineres em geral. É um produto a base de cloreto de cálcio que, preso por ganchos, transforma a umidade do ar em água líquida, sendo acondicionada em espaço próprio. Adsorve até 2,25 litros de salmora/bag. Atua em uma faixa de temperatura entre - 20º C e 90º C. A indicação é de quatro a oito bags por contêiner de 20 pés.

O Absortop é ideal para contêineres com produtos agropecuários e sacarias em geral. A base de cloreto de cálcio transforma a umidade do ar em água líquida, sendo acondicionada em coletor próprio. Adsorve até quatro litros de salmora e são indicados de dois a quatro unidades por contêineres de 20 pés. Completando a linha, o Absorpole é ideal para contêineres com produtos industriais. O produto a base de cloreto de cálcio transforma a umidade do ar em água líquida, sendo acondicionada em espaço próprio, com a vantagem de permitir a medição da adsorção ao final da viagem. Adsorve até dois litros de salmora por unidade. São indicados de quatro a oito unidades por contêiner de 20 pés. Preso por gancho, encaixa-se na lateral do contêiner sem “roubar” espaço interno. “Treinamos os profissionais de nossos clientes para utilizarem o produto com todas as suas potencialidades e fazemos o monitoramento de áreas com e sem dessecantes para testes. O cliente vê os dessecantes e a embalagem como despesa mas na verdade, esse custo evita perdas de produtos até que estes cheguem em seus destinos”, finaliza Roberto.

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os 3 “Rs”

Reduzir, Reusar, Reciclar Pool de paletes e contentores retornáveis ajuda a controlar o lixo industrial

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M ATRIBUTO IMPORTANTE

da atividade sustentável é a redução do consumo de energia. O outro é a redução de lixo. Essa última, recai nos três “Rs”. Neste caso, cada “r” significa reduzir, reusar e reciclar. As empresas precisam buscar formas de redução do volume de recursos que utilizam, especialmente no âmbito das embalagens descartáveis. A regra é usar menos embalagem possível na cadeia de abastecimento. A reciclagem, sempre que possível, também ajuda a conservar os recursos não renováveis. Os distribuidores de alimentos, especialmente os atacadistas, têm menos relevância no que tange ao volume total de lixos gerados pela cadeia de abastecimento em comparação aos fabricantes e varejistas. 44

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Os atacadistas tendem a não fracionar as caixas, por isso não descartam, por exemplo, muito papelão ondulado. E a maior parte das atividades de embalagem cai fora da sua esfera de operação. Algumas empresas tentam reduzir o volume de embalagens de filme esticável que usam, tentando diferentes métodos de cintamento, por exemplo. E os fornecedores de filmes também estão ajudando na tentativa de encontrar a menor espessura disponível (densidade do plástico) que seja suficiente para a boa execução do trabalho a fim de reduzir as perdas e melhorar a utilização dos recursos. Provavelmente o item em que as empresas podem provocar maior impacto está no reuso de determinados materiais, em especial os paletes. Em muitos armazéns, os paletes de

madeira descartados representam a maior categoria de lixo.

O enigma dos paletes Existem basicamente dois métodos de controle do descarte de paletes: mudar para materiais mais robustos como plástico, ou encontrar formas de tornar os paletes de madeira mais duráveis. Um palete em média, consegue realizar cerca de 10 viagens até não ser mais reutilizado. Em seguida, ele é triturado até virar lasca ou, se for de material de boa qualidade, pode virar papel; entretanto, paletes de madeira quebrados não têm muito valor. Por outro lado, os paletes de plástico são fabricados para suportar entre 150 e 200 viagens em média. O argumento ambiental em favor de um sistema de pool de paletes de plástico

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é similar ao de outros unitizadores – conservar os recursos. Um dos benefícios ambientais intrínsecos no conceito de um pool de paletes é que é gerado menos lixo, pois é possível reusá-los em um número maior de vezes. Existem muitos paletes que foram colocados em serviço há vários anos e que ainda estão em uso. Os paletes das empresas do pool duram mais porque são de construção mais robusta desde o início, e a empresa que os aluga tem o maior interesse na sua manutenção. Em 2006, a Chep nos Estados Unidos distribuiu aproximadamente 220 milhões de paletes. Segundo um relatório da empresa, que comparou seu uso e longevidade com os paletes tradicionais de “madeira bruta”, o uso da madeira (pintada) da Chep evitou a geração de cerca de 270.341 toneladas de gases poluentes, que contribuiram para o efeito estufa. Qual o melhor: pool de paletes de madeira ou plástico? Depende a quem perguntar e também da aplicação específica. A objeção mais freqüente aos paletes de plástico é o custo. Diz-se que este problema pode desaparecer uma vez que as dividirmos os núme-

ros e analisarmos o custo por viagem, o custo médio de aquisição de um palete de plástico é seguramente mais caro, mas a obtenção de algo entre 150 e 200 viagens faz seu custo por viagem ser menor. Esta vantagem de custo para o plástico ainda não leva em consideração fatores que entram no custo verdadeiro. O plástico dos paletes é totalmente reciclável. Quando alguns destes paletes são danificados ou não são mais utilizáveis, são recomprados. E ainda há de se levar em consideração a mão-de-obra extra envolvida na inspeção, reparo e, eventualmente, sucateamento dos paletes de madeira. Embora as empresas estejam ficando mais interessadas no benefício da sustentabilidade dos paletes de plástico retornáveis, o mais forte argumento a seu favor ainda recai sobre a economia. A principal limitação dos paletes de plástico é que eles, em geral, não fazem sentido na maioria das operações de varejo. Quando se gasta um valor em um palete de plástico, temos que ter certeza de obtê-lo de volta. Se não tivermos 100% de controle sobre os paletes, fica difícil justificar o investimento.

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EMBALAGEM FLIP-PACK PARA MOVIMENTAÇÃO CD ÀS LOJAS, AINDA É POUCO UTILIZADO NO BRASIL

DE PRODUTOS DO

Entretanto, para as operações internas - movimentação de materiais dentro de uma instalação, ou entre as fábricas e os centros de distribuição de uma única empresa, por exemplo, os paletes de plástico são uma solução econômica e ambientalmente amigável. No setor de supermercados, eles podem funcionar muito bem para as redes de autodistribuição, onde se tem caminhões dedicados de ida e volta entre o centro de distribuição e as lojas do varejo. Algumas empresas também formam parcerias para fazerem a troca dos paletes de madeira pelos de plástico.

Necessidades atendidas Além dos paletes, existem outros tipos de contentores e embalagens para embarque retornáveis e disponíveis para atender a uma variedade de necessidades específicas. Os contentores retornáveis não são novidade mas, recentemente, observa-se mais empresas automobilísticas mudando para as embalagens e contentores retornáveis devido à preocupação crescente sobre o futuro do meio ambiente e um desejo de redução das perdas. Muitos varejistas (nos EUA), incluindo farmácias e supermercados, vêm usando há anos os flip-packs (caixas com tampas acopladas) para a 46

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movimentação dos produtos do centro de distribuição às prateleiras das lojas. Recentemente, um grande abatedouro de frangos começou a usar contentores de plástico para movimentar seus produtos resfriados pela cadeia de abastecimento. Devido ao ambiente adverso por onde passam seus produtos, com altos níveis de umidade, a empresa descobriu que o papelão ondualdo não resiste aos rigores da movimentação tão bem quanto os contentores plásticos. Também vemos o uso crescente de contentores plásticos no setor de hortifruti, onde tem-se produtos sendo movimentados o tempo todo do campo até a prateleira do supermercado no mesmo contentor plástico. Muitos destes contentores, alguns deles colapsíveis, hoje são embarcados direto para o chão das lojas e usados como expositores. Existem ainda centenas de variedades de configurações de contentores reutilizáveis, alguns customizados exatamente para aplicações específicas. Outra vantagem sobre os paletes e outros métodos de embalagem do produto para embarque, é que eles podem ser projetados especificamente para proteger os produtos envolvidos, resultando em menos avarias e lixos. No geral, os contentores de embarque reutilizáveis não só fazem bom sentido na política ambiental, mas também na economia. Estudos demonstram um retorno sobre o investimento em torno de 6 a 18 meses, dependendo da cadeia de abastecimento. É uma economia real e imediata. Quando se inclui os benefícios ambientais entre outros, o interesse passa a ser maior.

SAIBA MAIS SOBRE O ASSUNTO PARTICIPANDO DO CURSO “EMBALAGEM INDUSTRIAL E DE EXPORTAÇÃO REALIZADO PELA UNIMAM NOS DIAS 14 E 15 DE MAIO DE 2008.

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As boas perspectivas da BDP A BDP International, empresa de gestão logística com atuação mundial, quer dobrar seu faturamento em 2008. A empresa, tem foco nos mercados químico e petroquímico e faturou US$ 50 milhões em 2007. No último ano, fechou grandes contratos entre Brasil e Argentina, lançou novos serviços, está contratando novos profissionais e tem plano de inaugurar escritórios regionais.

CEVA amplia CD de Jundiaí e operará Carrefour em Manaus A Ceva Logistics investirá em projetos de infra-estrutura e Tecnologia da Informação. A Divisão de Contratos Logísticos investirá no primeiro semestre deste ano, R$ 15 milhões na ampliação do seu principal centro de distribuição, em Jundiaí (SP). Com a reforma, o local será duplicado e terá 25 mil metros quadrados para estocagem de produtos eletrônicos, bens de consumo e materiais de escritório. No CD de Jundiaí a Ceva realiza atividades de recebimento, estocagem, expedição e gestão de transporte para clientes como Nívea, ABN Amro e Philips. Atualmente, o local tem capacidade para 10 mil posições-palete e após a ampliação esse número crescerá 110%. “Fizemos uma análise dos mercados de eletro-eletrônicos e ‘fast movement’ e vimos que tinham potencial de crescimento. Resolvemos apostar neles. Escolhemos a região de Jundiaí pela proximidade com o Rodoanel e com Campinas, que reúne hoje várias empresas de high-tech. Essas regiões têm recebido muitos investimentos em logística, como os centros de distribuição das Casas Bahia e Magazine Luiza”, aposta o diretor de desenvolvimento de negócios da Ceva, Paulo Franceschini. Entre os diferenciais oferecidos pela empresa no local estão sistemas de gestão de armazenagem, como o WMS Click, entre outros programas adequados para o regime de armazenagem geral. O CD será adequado aos pré-requisitos da certificação TAPA (Transportation After Protection Association), criada para a indústria de tecnologia com a finalidade de prover segurança a toda cadeia de abastecimento. Em 2007, o inventário realizado para um dos clientes que utilizam o CD teve índice de acurácia de 99,86%, graças ao modelo de gestão utilizado pela empresa. “A Ceva pretende adotar a separação de itens por voz (“voice picking”) e um novo sistema de gestão de pátios. Tem meta de crescimento de 10% no faturamento para o ano de 2008 e para alcançar esse número, é preciso oferecer infra-estrutura e soluções para aumentar as possibilidades de negócios com os clientes atuais e futuros”, destaca Paulo. Os clientes atendidos no CD de Jundiaí foram responsáveis por 3% do faturamento da Ceva em 2007. Ao final da reforma do espaço, a expectativa da empresa é alavancar esse número para 6%. Ainda sobre a empresa, a divisão de Contratos Logísticos anunciou o Carrefour de Manaus como novo cliente do segmento de bens de consumo. O contrato com a rede de varejo terá início em abril de 2008 e contará com 43 funcionários da Ceva. Entre as atividades que a empresa realizará no armazém de 12,5 mil metros quadrados estão recebimento, estocagem, separação e gestão de inventário de milhares de itens, como alimentos, perfumaria, eletrônicos e eletrodomésticos. “Nosso objetivo na parceria com a Ceva, em Manaus, é usar de sua experiência e aporte tecnológico para ganharmos em qualidade e produtividade e oferecer um elevado nível de serviço às lojas, com custo competitivo, além de desenvolver no Brasil mais um operador logístico com o know-how específico no dinâmico setor do varejo supermercadista”, diz Tulio Bolzoni, diretor de logística do Carrefour Brasil.

EXATA LOGÍSTICA terá novas filiais A Exata Logística pretende, para 2008, quando completa dez anos, expandir sua estrutura de atendimento com novas filiais e novos centros de distribuição, e alcançar os R$ 80 milhões em faturamento. A expectativa da empresa é alcançar R$ 100 milhões em 2009. Estão nos planos da Exata para 2008 um investimento de R$ 1,7 milhão em tecnologia da informação a fim de suportar suas operações logísticas. 48

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EXPRESSO ARA ÇATUB A ARAÇ TUBA reforça atuação na Argentina O Expresso Araçatuba está reforçando sua estrutura na Argentina, onde atua há mais de 12 anos. Após três anos no País junto a um parceiro, que era responsável pela comercialização, a empresa volta a ter uma equipe própria com a contratação de profissionais para as áreas comercial, administrativa e financeira. As atividades operacionais, que envolvem armazenagem e transporte, continuarão sendo feitas por meio de parceiros operacionais. Os investimentos feitos na Argentina fazem parte da estratégia de expansão da Internacional Araçatuba, divisão do Expresso Araçatuba responsável pelas vendas internacionais. A divisão cresceu 37% em 2007 e, para 2008, a expectativa é ainda mais otimista, chegando aos 45%.

COLUMBIA adota ações com foco em inteligência logística A Columbia planeja, para 2008, superar os resultados conquistados no último ano. Volta suas atividades para o cliente e foca seus serviços no conceito de inteligência logística. Para que estes objetivos sejam atingidos, várias ações serão de vital importância: investimento de aproximadamente R$ 8 milhões em novos equipamentos de movimentação e estocagem; foco na ampliação das ações junto ao setor químico, farmacêutico, vestuário e eletro eletrônicos, além de serviços logísticos na área de energia elétrica; continuidade no desenvolvimento do setor de transportes, aumento da frota e novas parcerias; desenvolvimento dos negócios nos estados da região Sul; implantação de um novo centro de distribuição em Salvador, junto ao seu porto seco atual e o desenvolvimento no Estado de Pernambuco. Para alcançar o crescimento de 13% em logística e 57% em “trading” previstos para 2008, a Columbia aposta em tecnologia. Por este motivo, investiu nesse segmento em 2007 e em 2008 implementa seus novos sistemas de CRM, WMS para operações do CD e da Trading, o IBT – gestão de propostas, o novo “web tracking”, além da virtualização dos servidores, que reduzirá o tempo das operações em aproximadamente 30%, sem contar a economia de recursos. Este investimento facilitará o dia-a-dia dos colaboradores ao integrar todas as unidades a um único banco de dados. Aos clientes, que poderão monitorar sua carga em qualquer unidade do grupo, trará maior agilidade e visibilidade nos processos.

McLANE prevê crescer 20% em 2008 A McLane do Brasil prevê crescer aproximadamente 20% em volume de negócios em 2008. “Acreditamos que a tendência é de crescimento do setor como um todo através da consolidação da terceirização logística”, aponta a gerente de desenvolvimento de Novos Negócios, Mônica Passos. “O cenário econômico é favorável, pois a expectativa é de aumento dos investimentos do exterior, gerando o estabelecimento de novas empresas no Brasil e prospects para os operadores logísticos. Também prevêse um aumento significativo das importações e a manutenção do crescimento das exportações que geram impacto direto no crescimento do setor logístico”, acredita.

AGV Logística expande em Goiás A AGV Logística vai investir cerca de R$ 20 milhões em suas operações em Goiás. A empresa, que já conta com uma filial em Goiânia, anunciou a construção de um novo centro de distribuição multitemperatura nos arredores da capital. O empreendimento deve gerar cerca de 120 empregos diretos e vai abrigar – inicialmente – as operações logísticas de dez clientes da AGV nas áreas de saúde animal e humana, entre outras.

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De olho no vizinho

Supermercados de vizinhança como o Todo Dia do Wal-Mart apostam no reabastecimento diário

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CONSUMIDOR QUER FAZER

uma comprinha básica ali mesmo, do lado de casa. Quer um mercado pequeno e com preço muito bom. Para atender a esse desejo, grandes redes de supermercados tiveram que diminuir seus custos logísticos e aprender a trabalhar sem estoque no ponto de venda. “Para oferecer preços baixos todos os dias, a estratégia é operar com custos baixos. Para isso, tudo é pensado: da localização da unidade à formação do mix de produtos (que envolve tanto itens de marca quanto de marcas próprias, e produtos de fornecedores regionais), logística e serviços, reforçando o conceito de ‘tudo em um só lugar’”, afirma o vicepresidente de logística da rede Wal Mart, José Paulo Pereira que mantém os mercados Todo Dia neste conceito. “Isso porque, além de produtos, as lojas Todo Dia também contam com serviços a exemplo da recarga digital 50

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e venda de vale-gás, além de caixa eletrônico. Também apostamos da mãode-obra do bairro para atuar nas lojas”, completa. O Wal-Mart tem 19 lojas neste formato no Nordeste e duas no Sudeste, em São Paulo. No caso da região Nordeste, são 10 unidades em Pernambuco e nove na Bahia. O tamanho das lojas varia, mas em média 1.400 m2. Dependendo do tamanho da loja, o mix varia entre três mil e quatro mil itens, entre alimentos e não-alimentos. No Todo Dia, o cliente encontra não só o sortimento com itens comuns aos supermercados de bairro, como também artigos eletroeletrônicos, confecção, utensílios domésticos, esportes, perfumaria, padaria, açougue, mercearia, entre outros.

Abastecimento O reabastecimento acontece conforme da demanda das vendas. E não

há depósito na loja. A estocagem é feita em racks na parte superior das gôndolas, o que agiliza pois a reposição dos itens é imediata. Dessa maneira, tal procedimento ajuda a reduzir os custos e permite oferecer produtos com preços baixos. “É bem simples e funcional. Como a estocagem dos produtos é feita na parte superior das gôndolas, a reposição dos itens passa a ser mais ágil, funcional e com menor custo”, afirma José Paulo. Para isso, o Wal-Mart usa sistemas de tecnologia da informação desenvolvidos pela própria empresa e além de colaboradores próprios, também utiliza um operador logístico. “Em Pernambuco, as lojas Todo Dia são abastecidas pela central de distribuição da Muribeca, localizada no município de Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana do Recife. A unidade também é responsável pelo abastecimento das demais lojas de outros formatos do grupo em

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Outros no mesmo modelo Seguindo esse mesmo conceito, a Coop - Cooperativa de Consumo, lançou, em dezembro de 2007, a Zapt Coop - primeira unidade no formato loja de proximidade. Segundo o presidente da Coop, Antonio José Monte, está prevista para 2008 a inauguração de mais oito unidades de distribuição, sendo seis no formato Zapt Coop, uma unidade convencional e um empório, voltado para consumidores que buscam produtos diferenciados. O valor de investimentos para este ano é de R$ 60 milhões e além das novas unidades de distribuição, será contemplada também a construção de um novo centro de distribuição. “Deveremos chegar em 2011 com 23 unidades”, completa. O projeto Zapt Coop consiste na instalação de unidades compactas em vilas e bairros do Grande ABC e Interior de São Paulo que tenham concentração urbana representativa. Os pontos de distribuição terão entre 500 e mil m² de área de atendimento, drogaria e mix de 5 mil itens. Esta primeira unidade terá 700 m² de área de atendimento e um dos grandes diferenciais é que será abastecida de acordo com as necessidades, sem estoque no local. Embora o mix de produtos a ser oferecido nas unidades Zapt Coop seja menor em comparação às demais da rede, isso não significa que os cooperados sairão perdendo, pois somente a variedade será menor. O Carrefour também dispõe de lojas nesse formato, o Dia %, e o Grupo Pão de Açúcar tem a bandeira Extra Perto. O Dia% trabalha com um sistema de reabastecimento organizado, simples e totalmente informatizado. Os produtos são colocados nas prateleiras diretamente em suas embalagens de origem, o que garante um ganho de tempo de reposição da mercadoria.O Extra Perto também aposta na maior flexibilidade para conseguir os preços baixos. “O Extra Perto é resultado de uma série de pesquisas que detectaram um novo nicho de mercado decorrente de uma mudança no comportamento de compra. Hoje o consumidor quer, entre as opções de canais disponíveis, ir a uma loja que apresente mix completo de alimentos e sortimento adequado de não-alimentos, para uma compra ágil, prática e completa, num espaço acolhedor”, conclui o diretor executivo do Extra, Hugo Bethlem.

Pernambuco e nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Maranhão e Piauí. Já as lojas Todo Dia na Bahia são reabastecidas pela central de distribuição da empresa, em Pirajá. Essa unidade também atende às demais unidades de outros formatos, nos Estados da Bahia e Sergipe”, explica José Paulo. Os resultados das operações do Todo Dia são favoráveis. Tanto que, no ano passado, esse padrão de loja recebeu cinco novas unidades no Nordeste. Foram inauguradas três novas lojas em Pernambuco e duas unidades da Bahia. O investimento para essas unidades chegou a R$ 20 milhões.

Desenvolvido a partir das experiências do Balaio (que já foi convertido para a bandeira Todo Dia), no Nordeste, e de bandeiras populares do Wal-Mart na América Central e México, o Todo Dia é uma loja de vizinhança centrada no preço baixo, localização e atendimento, cujo foco é o público de baixa renda. Para atrair ainda mais a clientela, normalmente são utilizadas ações publicitárias ao longo do ano na divulgação dos produtos e serviços disponíveis. Entre elas, publicidade em mídia popular para reduzir o custo e permitir oferecer preço baixo aos clientes; campanhas e ações de marketing, inclusive no ponto de venda; folhetos semanais de produtos e mídia de rádio. março 2008 |

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A I N E L

LAND ROVER lança programa piloto de RFID A divisão Land Rover da Ford Motor Company e a norteamericana Savi anunciaram um programa piloto que emprega soluções de identificação por radiofreqüência (“radio frequency identification”, RFID) ativa, para melhor sincronizar a entrega de peças oriundas de múltiplos fornecedores para a linha de montagem principal da Land Rover em West Midlands (Reino Unido). A Savi, uma empresa da Lockheed Martin e fornecedora de soluções de gerenciamento de ativos baseado em RFID, está fornecendo hardware e software RFID para aprimorar a visibilidade, o gerenciamento de estoques e a utilização de ativos, e para reduzir perdas, interrupções de linhas e o tempo gasto na localização de peças da montagem. As informações em tempo real dos ativos etiquetados com RFID são compartilhadas entre as partes interessadas, e são transmitidas automaticamente para telefones celulares, assistentes digitais pessoais (PDAs) e software de rastreamento baseado na Internet. As etiquetas RFID ativas da Savi são aplicadas aos contêineres tipo ‘stillage’ ao saírem das instalações da fornecedora, e são associadas às peças de carro carregadas pela transportadora. Leitores fixos de etiquetas são colocados nas plataformas de carga e de descarga, nas entradas e saídas dos fornecedores e na linha de montagem da Land Rover. Sempre que o contêiner passa por um leitor, o carregamento é registrado e as informações de sua localização são transmitidas para os usuários designados. Alertas de exceção são enviados quando os contêineres não chegam no prazo e onde são esperados.

KBK investe na exportação

A KBK Plásticos, localizada em Eldorado do Sul, RS, está apostando no aumento de sua produção de paletes para exportação em 2008. A empresa, que completou 10 anos em 2007, também vai lançar em todo o território nacional, suas estantes fabricadas em polietileno de alta densidade (PAD) para uso em câmaras frias e depósitos de secos. Modulares, as estantes são de fácil limpeza, não enferrujam e têm resistência superior para uso em ambientes refrigerados. Outro destaque da empresa são os paletes plásticos (em polipropileno com fibra vegetal e polietileno de alta e baixa densidade), com capacidades que variam conforme o modelo, suportam cargas de 1.500kg para carga dinâmica e entre 3.000 kg a 5.000 kg para carga estática. Juntamente com as estantes, a KBK deseja aumentar a produção de paletes para exportação. 52

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Transporte CONTEINERIZADO A Maersk Line tem um novo conceito de transporte conteinerizado de carga, desenvolvido para cargas cuja forma não permite acomodação dentro do ISO contêiner. O Contrail é um contêiner colapsível de 40 pés com estruturas laterais que permitem o transporte da carga com até três metros de altura, e o respectivo empilhamento. Ainda existe uma versão com estrutura telescópica que permite cargas com até cinco metros de altura serem transportadas. Rampas laterais facilitam o acesso de veículos para posicionamento da carga sobre a base do conteiner. As taras são padrão, com 11.500 kg e 12.500 kg para o modelo mais robusto, que permite o transporte de cargas com 21.000 kg e 30.000 kg, respectivamente.

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Investimentos MULTILOG

Plataforma de ELEVAÇÃO marítima na VALE

A Multilog pretende investir R$ 30 milhões este ano para ampliação da sua capacidade de estocagem. O investimento no ano passado foi de R$ 35 milhões e a empresa está terminando de entregar cerca de 35 mil metros quadrados de área coberta. Para 2008, serão 90 mil m2 de área coberta, a instalação de cerca de 16 mil posições-paletes, e a compra de quatro reachsteakers. Recentemente a empresa credenciou cerca de 1.000 metros quadrados para a estocagem de alimentos, químicos e medicamentos, junto à Anvisa.. No ano passado, a movimentação da empresa cresceu 27% e a expectativa para 2008 é um acréscimo de 30%.

A Zeloso desenvolveu uma plataforma marítima de elevação para a Vale que permite aos usuários inspecionar os porões de carga antes da parada total do navio, reduzindo o processo de carregamento de minério em algumas horas. Trata-se de um elevador telescópico com acionamento hidráulico para ate 24 m (altura necessária para transpor o costado/bordo) do navio vazio. Com capacidade de carga de 400 kg, (quatro pessoas) a plataforma permite aos fiscais o embarque para vistoria do navio sem que o mesmo esteja amarrado ao “finger” onde as correias transportam o minério para os porões do navio. Sua elevação vertical e movimentação horizontal são controladas por rádio.

VOLVO cresce no Brasil A fábrica brasileira da Volvo Construction Equipment comemora um aumento de sua produção: foram 1.017 no mercado doméstico, um salto de 57% em relação a 2006. Localizada em Pederneiras, interior de São Paulo, a planta está totalmente integrada ao sistema industrial global da marca. As exportações cresceram 50% no período, saltando de 1.340 unidades em 2006 para 2.010 equipamentos no ano passado. A fábrica brasileira produz pás-carregadeiras, motoniveladoras, caminhões articulados, escavadeiras e, desde o ano passado, minicarregadeiras (veja reportagem em Logística, edição 207).

FERRAMENTAS GERAIS ampliará Factory Store em 2008 Com o objetivo de reduzir custos, evitar desperdícios e otimizar o processo de aquisição de produtos para manutenção, reparo e operação, a Ferramentas Gerais criou a Factory Store, que funciona como uma loja personalizada no atendimento às necessidades específicas da empresa onde está inserida. Cada estabelecimento é adaptado ao negócio, segmento e porte da empresa. Hoje, a Ferramentas Gerais tem 30 lojas instaladas dentro do espaço físico de seus clientes como Klabin Papéis, Sadia, Electrolux, Copesul, e Portobello Cerâmicas – e planeja abrir mais 15 unidades em 2008. Um dos cases que mais se destaca entre as Factory Store é o da Portobello Cerâmicas, onde a implantação da Factory Store ocorreu em junho de 2007. A Portobello teve um ganho substancial em processos com a redução de 64 fornecedores na primeira etapa do projeto, quando foram inclusos 1.400 itens que geraram uma economia em imobilização de estoque superior a R$ 300 mil.

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bastidores

A magia da distribuição Para os milhões de fãs que aguardavam o lançamento de Harry Potter e as Relíquias da Morte, a venda em 2007 nos Estados Unidos foi uma questão de planejamento cuidadoso e de execução impecável de logística

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ODE TER SIDO O EVENTO MAIS

aguardado da história das publicações. Certamente foi o maior lançamento de um livro em um único dia. Para os milhões de fãs que acompanharam Harry Potter na batalha contra o malvado Lord Voldemort em seus seis livros anteriores, o auge de tudo isso - o lançamento da sétima e última parte - não poderia ter vindo em hora mais especial. 54

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As livrarias dos Estados Unidos permaneceram abertas até tarde da noite do dia 20 de julho de 2007, muitas oferecendo festas comemorativas, já que aguardaram a meianoite para o lançamento de Harry Potter e as Relíquias da Morte. Em 24 horas, as livrarias convencionais e virtuais venderam juntas 8,3 milhões de cópias do episódio final da série de extraordinário sucesso da autora J.K. Rowling.

Na distribuição de 12 milhões de livros dentro do prazo para os clientes de todos os Estados Unidos e de outros 29 países sob um manto de rigorosa segurança, a editora americana Scholastic Inc., enfrentou desafios comparados aos enfrentados por Harry e seus amigos. Estes 12 milhões de livros representaram o maior projeto de distribuição de um único livro da história do setor - superando o re-

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corde anterior de 10,8 milhões mantido pelo sexto livro da série, Harry Potter e o Enigma do Príncipe (Harry Potter and the Half-Blood Prince), lançado em 2005. Com milhões de fãs reservando os pedidos e esperando a chegada no sábado de manhã ou à venda em suas livrarias antes do amanhecer, a não disponibilidade destes livros conforme o prometido estava fora de cogitação. Aliás, nem a divulgação antecipada dos livros. A Scholastic adotou as medidas mais rigorosas para garantir que nenhuma destas cópias escapasse de seu controle. “O número de pontos de exposição é muito grande,” conta Andrew Yablin, vice-presidente de logística da Scholastic, responsável geral pela distribuição do livro. “Tentamos minimizar o risco entregando o livro no menor tempo possível.” Não foi uma tarefa fácil, dado que os livros foram transportados por

caminhões, por trens e por aviões - e, em pelo menos em um caso, a cavalo ou carroça em Mackinac Island no Michigan (EUA). Mas no final deu tudo certo, conta Andrew. “Todos que precisavam receber os livros receberam”.

Nenhum ato de magia O sucesso da Scholastic não foi nenhum ato de magia. Ao contrário, foi um esforço de distribuição cuidadosamente planejado e executado que exigiu a rigorosa colaboração entre os membros da equipe de logística da empresa e de um grupo de transportadoras. O planejamento do lançamento começou seis meses antes do lançamento, ainda antes da Scholastic terminar de digitar o manuscrito. Internamente na Scholastic, o projeto exigiu rigorosa coordenação entre os

membros da equipe de logística e seus colegas de vendas, compras, serviço ao cliente e produção. Andrew aponta Ed Swart, diretor de operações e Francine Colaneri, vice-presidente de produção e suprimentos, como principais parceiros e membros da equipe. A rigorosa colaboração também se estendeu aos parceiros de logística da Scholastic: J.B. Hunt, Combines Express, Yellow Transportation e ActivAir. A J.B. Hunt, uma das maiores transportadoras rodoviárias dos Estados Unidos, transportou a maior parte dos livros - cerca de um milhão de cópias. A Hunt operou em parceria com a Combined Express, empresa de logística e transporte rodoviário especializada no transporte de publicações e do varejo. A Yellow Transportation, maior transportadora de cargas fracionadas, cuidou dos embarques domésticos. A ActivAir, expedidora internacional especializamarço 2008 |

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da na distribuição de livros e revistas, cuidou dos embarques internacionais para 32 destinos em 29 países. Andrew observa que várias transportadoras da Scholastic tinham muita prática na distribuição de Harry Potter. A J.B. Hunt e a Yellow, por exemplo, foram envolvidas nos lançamentos anteriores de Harry Potter. A Hunt na verdade conseguiu reunir a mesma equipe para trabalhar no lançamento mais recente. E a equipe da Yellow Transportation foi liderada por Terry Budimlija, diretor de operações da área de Chicago que também desempenhou a mesma função nos lançamentos anteriores.

Qual foi o plano? Durante os meses que levaram até o lançamento, cada uma das transportadoras se reunia freqüentemente com os gerentes da Scholastic e elaborava planos de distribuição detalhados que os gerentes tinham que aprovar. As transportadoras assinaram 56

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contratos de estrita confidencialidade até que o projeto fosse concluído. Os planos foram baseados em diversos fatores tais como tempo de percurso e, para os embarques internacionais, o desembaraço alfandegário. Entre outros assuntos, as transportadoras deviam explicar claramente como elas planejavam equilibrar a necessidade de distribuir os livros cedo o suficiente para que os clientes da Scholastic suprissem seus próprios pontos de vendas (ou de seus clientes) com a necessidade de manter os livros nas embalagens o maior tempo possível. Elas também tiveram que tratar de assuntos com respeito à segurança e custo. Andrew, como era de se esperar, deu atenção especial aos planos das transportadoras quanto à maximização da densidade dos embarques para minimizar o número total de embarques e a conta do transporte. Andrew ressalta o processo de planejamento com a Yellow como exemplo de como a colaboração vale a pena. “A maior diferença desta vez

foi a rara oportunidade da transportadora sentar-se à mesa e ajudar a elaborar o plano de logística,” ele explica. “Seis meses antes, sua equipe de comando sentou-se comigo e me ajudou a otimizar toda a operação.” Todavia, as reuniões de planejamento não ficaram restritas às equipes de comando das transportadoras. Mark Calcagni, vice-presidente de vendas da J.B. Hunt das contas do nordeste dos Estados Unidos, relata que as reuniões realizadas pela Scholastic, Combined Express e Hunt também incluíam segurança patrimonial, segurança física, manutenção, serviço ao cliente e outro pessoal da Hunt, bem como os gerentes de operações ferroviárias e rodoviárias. “Não deixamos ninguém fora da lista que pudesse estar envolvido com isso,” afirma. Com um projeto desta envergadura, explica Calcagni, a Hunt achou que era essencial envolver todo o seu pessoal. “Podemos ter toda a tecnologia mas tudo se resume em motoristas e as outras pessoas.” Em especial, Calcagni enaltece Steve Keller, gerente de operações senior da Hunt para projetos especiais e Larry Koger, diretor de operações e de serviço ao cliente da transportadora, por seus trabalhos no projeto. A Yellow Transportation também considerou importante incluir pessoas de todas as áreas da empresa no processo de planejamento - especialmente sua equipe de segurança. “Envolvemos desde o início para garantir que tivéssemos um bom plano” analisa o presidente Maynard Skarka.

Carregando tudo ... Tão logo recebidas as informações sobre o tamanho e o peso reais do livro, a Scholastic começou o processo de cálculo dos planos de carga. “Em seguida, pudemos associar isso a uma fórmula para ver quantos livros poderíamos colocar em um caminhão e reservar a capacidade,” conta Andrew.

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Entretanto, quando se chegou nas particularidades do planejamento da carga, os parceiros logísticos da Scholastic assumiram grande parte da responsabilidade. Para as cargas fechadas, a Combined Express - que atuou como prestadora de serviços logísticos terceirizados - trabalhou junto com a Hunt para a elaboração de um plano uniforme: cada carga de um caminhão completo seria exatamente igual à próxima. As cargas uniformes foram paletizadas, com cada palete embalado em filme termo-retrátil e papelão na parte de cima e cintado. “Ficou uma embalagem bem firme,” conta Andrew. “Tentamos criar uma embalagem de modo que pudéssemos dizer com rapidez se esta foi violada.” Antes de fechar e selar as portas do semi-reboque, toda a carga foi fotografada. Andrew elogia a Hunt por seu desempenho na execução do plano. “A Hunt foi fenomenal,” ele conta. “Eles não deixaram cair nenhuma carga.” Para os embarques de LTL, a Yellow Transportation ficou responsável pela carga. Ao contrário dos projetos anteriores, a Scholastic e a Yellow concordaram que a transportadora seria responsável pela carga e pela contagem, o que tornou a Yellow responsável por qualquer discrepância na entrega. “Trouxemos seu pessoal para dentro e deixamos que eles carregassem da maneira que quisessem,” afirma Andrew. “O plano estava adiantado. Sabíamos quais códigos postais eram atendidos por cada terminal e organizamos o fluxo do centro de distribuição por terminal e por caminhão.”

... e distribuindo tudo À medida que o lançamento oficial se aproximava, começava o 57

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Enquanto isso, no Brasil... No Brasil, o lançamento da versão em português do “Harry Potter e as Relíquias da Morte” ocorreu no primeiro minuto de 10 de novembro de 2007, com tiragem inicial de 400 mil exemplares. Para atender a essa tiragem recorde, o maior dos sete títulos da série, a Rocco, editora responsável pela obra no Brasil, contratou três das maiores gráficas do País. Só para imprimir o miolo dos livros foram compradas 420 toneladas de papel certificado com o selo FSC (Forest Stewarship Council), ou seja, proveniente de florestas bem manejadas ambiental, social e economicamente. Para a capa, a editora comprou outras 24 toneladas de papel-cartão. Dezessete carretas foram reservadas exclusivamente para carregar o fornecimento de papel às gráficas. A assessoria de imprensa da Rocco não divulgou detalhes da operação no Brasil, porém, segundo ela, não foi contratado um operador logístico para esta missão. Os livros foram entregues das gráficas direto às livrarias. Uma pequena parte foi para o armazém da editora, no Rio de Janeiro. A distribuição levou cerca de 10 dias para atender aos pedidos e não havia um acordo oficial proibindo a venda do livro antes de 10 de novembro. O que foi assinado foi um acordo de intenções, que previa o início das vendas naquela data em todo o País. Para marcar esse dia, a editora disponibilizou displays de pé em formato tradicional e outro em formato cenográfico, com capacidade para atender a coleção completa de Harry Potter e estocar até 48 livros, além de flyers, móbiles, capas de alarme e totens para livrarias. Os seis primeiros volumes da série venderam 2,5 milhões de exemplares no Brasil, e mais de 325 milhões de exemplares, em 64 línguas, em todo o mundo.

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processo de transporte dos livros das áreas de encader nação até os centros de distribuição realizado pelos principais revendedores como Barnes & Noble, Borders Books e Amazon. A J.B. Hunt cuidava destes embarques que eram todos em cargas de caminhões completos que se dirigiam diretamente para os centros de distribuição. O cronograma das entregas foi baseado nos cálculos de duração dos percursos feitos pela Combined Express a partir das gráficas de encadernação. Os embarques para os destinos mais distantes das gráficas saíram antes para locais de espera a um dia de viagem dos centros de distribuição dos clientes. A Hunt manteve todas as suas carretas em espera nas instalações das gráficas escolhidas por suas rigorosas seguranças. “Escolhemos os locais considerados seguros, com pessoas no local 24 horas por dia,” diz Calcagni. “Foi uma espécie de operação secreta. Nós a tratamos pelo nosso fluxo normal, porém a vigiamos de forma diferente.” No local, a Hunt usou a tecnologia de rastreamento e monitoramento de semi-reboques da Terion Inc. para oferecer uma delimitação da área geográfica em torno de cada carreta. Se um caminhão se movimentasse 3 metros, ele

dispararia um alarme”, diz Andrew. “Não queríamos depender dos guardas da portaria. Ele já daria meia-volta antes de chegar na portaria.” Além das proteções eletrônicas, o pessoal da segurança inspecionava os selos dos lacres várias vezes por dia. Logo que as carretas alcançaram a estrada, Hunt contou com seu sistema de rastreamento via satélite da Qualcomm para alertar se um caminhão se desgarrasse da sua rota prescrita. Ao todo, cerca de 70% das cargas foram transportadas por rodovia. O restante foi transportado em embarques intermodais, com a Hunt providenciando o transbordo e as ferrovias ao Sul de Norfolk cuidando do transporte direto de longa distância por trilhos. Todas as entregas foram com hora marcada.

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Dobradinha de sucesso Ford repete parceria com DHL-Exel e Still no gerenciamento de suas operações intralogística

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Ford de São Bernardo do Campo (SP) está repetindo uma fórmula de sucesso no gerenciamento de sua intralogística: delegou suas operações nas áreas de estamparia, caminhões e automóveis, exportação CKD, e recebimento de materiais importados à DHL-Exel. A operação envolve 480 pessoas e provocou a renovação de toda a frota de empilhadeiras e rebocadores da montadora. A fábrica de São Bernardo opera em um turno, as operações de CKD em dois, e a estamparia trabalha em três turnos. O início do acordo entre as empresas foi em Camaçari (BA), onde a DHL-Exel atua desde 2001 nas linhas do Fiesta e do EcoSport. Já naquela época, o operador logístico escolheu a Still como fornecedor oficial de empilhadeiras e rebocadores por estes equipamentos estarem alinhados, em sua concepção, com metas de produtividade, por serem adequados a questões ambientais, e por aliarem modernidade, ergonomia e um contrato vantajoso de manutenção e pós-venda. “A renovação da frota era necessária e fez parte de nosso plano estratégico para dar maior suporte às operações. São 85 empilhadeiras (elétricas e a combustão, com capacidades de 1,6 a 7 toneladas), 45 rebocadores (com capacidades de 3 a 6 toneladas) e quatro transpaletes elétricos que foram entregues em prazo recorde – seis meses – e começaram a operar em fevereiro”, explica o gerente-geral de operações da DHL-Exel alocado na Ford, Mauricio Almeida. Outra preocupação da Ford para garantir a continuidade de suas atividades a partir da disponibilidade de equipamentos foi elaborar um sólido contrato de manutenção. Segundo Almeida, há uma equipe dedicada da Still na planta da montadora para gerenciar quatro salas de baterias e para realizar a manutenção preventiva, corretiva, além de inspeções operacionais dos equipamentos. “O sistema de reposição de peças garante rapidez no atendimento: com 97% das peças em estoque no Brasil, a fabricante de empilhadeiras pode disponibilizá-las à Ford em até duas horas, e o que estiver na Europa vem via DHL em até 72 horas”, assinala o gerente-geral. Estão operando nas dependências da Ford empilhadeiras modelo CL 70 e XL 25 (combustão), RX 50, RX 20 e RX 40 (elétricas), estas últimas com facilidades de manutenção como o acesso lateral às baterias, motor de corrente alternada – conferindo a elas maior desempenho com menor necessidade de manutenção por sofrerem menos desgastes –, além de serem mais compactas.

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GESTÃO E NEGÓCIOS | rogério leme

Você está preocupado com seu emprego ou com sua Quem só se preocupa com seu próprio emprego não está aberto a mudanças, tem uma carreira limitada e perde tempo defendendo a todo custo sua situação atual

empregabilidade

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MPREGO E EMPREGABILIDADE:

não é apenas um jogo de palavras. É uma questão de carreira, pois existe uma importante diferença entre esses dois termos. O profissional que se preocupa com o emprego, na realidade, é um profissional limitado para o mercado e, conseqüentemente, tem sua carreira igualmente limitada. Isso tem um impacto ainda maior em áreas relativamente novas, como a do profissional de logística. Essa limitação ocorre, quando o indivíduo está preocupado com seu emprego e perde tempo 60

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defendendo a todo custo sua situação atual. Ele está preocupado apenas consigo e geralmente não está aberto a mudanças. Devido à velocidade das mudanças que ocorrem no mundo corporativo e à grande concorrência, onde é preciso fazer mais para atender os clientes e por um custo cada vez menor, a flexibilidade, a inovação, a criatividade, a necessidade de agregar valor aos produtos e serviços ganham força e são um caminho para que as empresas permaneçam no mercado. Os profissionais preocupados com o emprego

não se encaixam nesse perfil. Estranhamente, esse profissional pode até estar envolvido com a empresa, participando de sua evolução, pensando ser insubstituível e que tudo que faz é o suficiente. O fato é que estar envolvido não é suficiente para o mercado. Já o profissional preocupado com sua empregabilidade pensa no coletivo em vez do individual, busca resultados e formas para que sua equipe possa atingir os objetivos organizacionais. Esse profissional desenvolve a sua equipe, delega tarefas, tra-

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balha seu desenvolvimento pessoal que haverá um emprego para tal e promove o desenvolvimento da profissional, seja na empresa que essua equipe. Ele também busca constiver atuando ou em outra que vier tantemente o aprimoramento de a trabalhar e, além disso, ele é e será suas competências e habilidades. indispensável para a organização. Diferente do indivíduo preocuComece já a se preocupar com pado com o emprego, o profissua empregabilidade, mesmo se sional preocupado com a emprevocê estiver pensando em mudar gabilidade não está envolvido com de emprego nos próximos meses a empresa. Ele está comprometiou considerar que não vale a pena do com ela, pois estar envolvido é investir na empresa que está trafazer o que mandam, enquanto esbalhando atualmente. Deixe os pretar comprometido é fazer o que é conceitos de lado e comece a agir preciso, sem a necessidade de rejá. Você conquistará um amadureceber ordens. cimento e crescimento profissional Ele é um profissional pró-atie levará isso sempre consigo, invo. Seu comprometimento vai além dependente do local de trabalho. da empresa, pois Quem sabe você antes de tudo, está possa redescocomprometido brir seu atual emO profissional consigo mesmo e prego, ou mesmo preocupado com com sua carreira. sua empresa posEsse profissional sa enxergar ou a empregabilidade compreende, por redescobri-lo não está envolvido exemplo, que uma como profissioatualização profisnal. com a empresa. sional não é obriAgora, se Ele está comprometido você gosta de seu gação da empresa, mas sim dele. Ele emprego e da com ela investe em seu caempresa que trapital intelectual. balha, a preocupaIsso não significa, obrigatoriamenção com sua empregabilidade é te, assumir todos os custos com a obrigatória. Invista em você, em capacitação profissional, mas a sua capacitação profissional. Proobrigação de retornar todo o incure desenvolver suas competênvestimento de capacitação recebicias. Procure ter “feedback” de seus do, implementando as mudanças superiores referente ao seu desemnecessárias em suas atividades e penho para superar seus pontos trazendo inovações para seu amfracos e investir ainda mais em seus biente de trabalho. pontos fortes. Esteja compromeO dicionário traz a definição de tido com a empresa, pois é isso que empregabilidade como “qualidade o mercado precisa. Fazendo isso, de empregável”. Isso quer dizer você terá empregabilidade.

ROGÉRIO LEME É ESPECIALISTA EM GESTÃO COM FOCO EM COMPETÊNCIAS E AUTOR DOS LIVROS “SELEÇÃO E ENTREVISTA POR COMPETÊNCIAS COM O INVENTÁRIO COMPORTAMENTAL” E “FEEDBACK PARA RESULTADOS NA GESTÃO POR COMPETÊNCIAS PELA AVALIAÇÃO 360º”.

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H Á 5, 10, 15, 20, 25

ANOS ...

...

EM

A partir desta edição você vai conferir tudo o que foi destaque nas páginas da Revista Logística ao longo de sua existência e como estão hoje os personagens das reportagens de ontem.

Sistemas de ARMAZENAGEM Sob o nome LOG&MAM, destacamos há 5 anos os avanços da Águia Sistemas com a criação da Divisão de Movimentação para crescer num mercado que estava aquecido para equipamentos de automatização da movimentação de materiais. Naquela época, a empresa firmou parcerias para atender o que estava fora de seu “core business”, como os sistemas de transportadores contínuos. Hoje, já existe a NBR 15.524, primeira norma brasileira de sistemas de armazenagem; enquanto isso, na Águia os avanços em soluções especiais continuam, como o sistema de estocagem por gravidade (dinâmico) para a indústria de alimentos visando o estoque de grandes volumes de carga.

SUPLEMENTO de Logística Há 10 anos, ainda sob o nome Movimentação & Armazenagem, a revista Logística ganhava o suplemento LOG, com páginas dedicadas às notícias de produtos e serviços de logística para auxiliar na tomada de decisões. Os destaques eram cases de empresas como a Petrobrás e a Nike, que estrearam o suplemento. Em 2008, os temas movimentação, armazenagem, embalagem de materiais e os cases e boas práticas de logística fazem parte de uma só publicação, conciliando os temas e agregando ainda reportagens sobre comércio exterior, multimodalidade e serviços.

Cargas PALETIZADAS Há 15 anos, a Probel, que hoje está no ramo de colchões, foi destaque na capa de Logística com o lançamento de equipamentos para envolver cargas. A marca era a Signode, e os equipamentos e insumos, importados, situação que em 2008 já é bem diferente: a Signode tem fábrica em Cabreúva, SP, importa equipamentos mas já nacionaliza alguns deles, como as envolvedoras automáticas desenvolvidas para a indústria de madeiras MDF. A empresa também fabrica aqui suas fitas e presta serviços em soluções de embalagem.

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SALTO para o mundo Há 20 anos, a Paletrans destacava sua linha de produtos manuais com fabricação 100% nacional. Atualmente figuram em seu portfólio transpaletes manuais e elétricos; empilhadeiras manuais, elétricas, tracionárias e retráteis; além de serviços como locação de transpaletes manuais. Com unidade fabril localizada em Cravinhos, SP, a Paletrans, parte do Grupo Unihold, juntamente com a Disktrans e a Paletrans Carretas, exporta seus equipamentos para mais de 20 países e já recebeu por dois anos (2006 e 2007) o Prêmio TOPLog outorgado por esta publicação.

GIGANTE ontem e hoje O CD de peças e acessórios da Volkswagen na ala 21 da planta de São Bernardo do Campo de 25 anos atrás tinha capacidade para movimentar 140 milhões de peças por ano, 93 mil m2 de área construída em um edifício de dois andares. Era considerado um projeto grandioso. Instalado hoje em Vinhedo, SP, o CD tem 131.800 m2 tem capacidade de estocagem de 150 mil locações fixas, tem área dedicada às exportações, agrega mais de 400 fornecedores, e movimenta pelo menos cinco milhões de peças/mês. O CD recebe 300 mil linhas de pedidos mensais, além de pedidos urgentes de veículos parados em concessionárias.

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Ergonomia sem problemas Conhecer os riscos envolvidos na movimentação manual é o primeiro passo

EVITE GIRAR A COLUNA OU RECURVAR PARA OS LADOS.

O

MANUSEIO DE MATERIAIS ocorre em quase todo local de trabalho. Estudos apontam que existem mais lesões devido à movimentação manual incorreta do que devido a qualquer outra atividade e representam mais de um terço de todas as lesões com afastamento por mais de três dias. A movimentação manual contribui significativamente para as lesões conhecidas como DORTs (distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho), e a maioria está relacionada com esforços excessivos da coluna, além de outras partes do corpo. Contudo, algumas lesões são difíceis de ser relacionadas a atividades ou acidentes específicos, já que são cumulativas: é um processo gradual e pode não ser observado como problema à primeira vista. Se levarmos em conta as ações descritas a seguir, elas ajudarão a evitar essas situações de risco.

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MANTENHA A CABEÇA LEVANTADA DURANTE

ABAIXE A CARGA

A MOVIMENTAÇÃO

E EM SEGUIDA, AJUSTE-A

Fatores a serem observados na movimentação manual: 1. As tarefas e o que as envolvem: a manipulação de cargas está sendo realizada distante do tronco? A movimentação ou postura corporal está insatisfatória? Movimentação de cargas é excessiva? O movimento de empurrar ou puxar é excessivo? Existe risco de movimentação brusca? Os períodos de descanso ou de recuperação são suficientes? 2. Quanto às cargas, elas são: pesadas? Volumosas ou de difícil manuseio? Difíceis de segurar? Instáveis ou com conteúdo que tende a se deslocar? Pontiagudas, quentes ou de alguma outra forma potencialmente danosas? 3. No ambiente de trabalho, observe: Existem limitações de espaço que impeçam a boa postura? Existem pisos desnivelados, escorregadios ou instáveis? Temperaturas extremas

de trabalho? Condições que provoquem problemas de ventilação ou rajadas de vento? Más condições de iluminação? 4. Quanto à capacidade individual: exige-se força, altura, etc., incomuns? Gera-se riscos consideráveis para mulheres grávidas ou para alguém que tenha algum problema de saúde? Exige-se informações ou treinamentos especiais para a sua realização da atividade? A movimentação manual se aplica a uma ampla gama de atividades, incluindo o ato de erguer, abaixar, empurrar, puxar ou carregar. A prevenção e o controle dos DORTs na movimentação manual devem ser tratados como prioritários.

Em foco A ergonomia nas operações de movimentação manual de cargas deve ser observada com atenção para evitar afastamentos. Quando possível, avaliar a mecanização do processo.

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Melhor prevenir do que remediar Primeiramente, deve-se entender e analisar os riscos da movimentação manual e consultar os colaboradores sobre como minimizar estes riscos. De muitas formas, pode-se oferecer soluções práticas para ajudar a controlar ou eliminar os riscos. Evite a necessidade de movimentações manuais perigosas até onde for razoavelmente praticável. Verifique se realmente é necessário movimentar. Estude a possibilidade de automação, especialmente para os novos processos. Pense na mecanização e no uso de equipamentos auxiliares de movimentação como transportadores contínuos, transpaletes, talhas elétricas ou manuais, manipuladores, ou ainda, empilhadeiras, entre outros. Avalie o risco de lesão devido a qualquer movimentação manual perigosa que não possa ser evitada. Identifique as formas de tornar o trabalho menos perigoso, mais fácil e com menor esforço físico. Solicite a ajuda de especialistas nas atividades mais complexas, porém, em muitas delas, seus colaboradores poderão ajudar. As avaliações podem ser genéricas, mas também poderá haver a necessidade de se fazer avaliações individuais, por exemplo, em mulheres grávidas ou funcionários com alguma restrição.

BRAÇOS ELEVADOS

BRAÇOS ELEVADOS

ALINHADOS VERTICALMENTE E TRONCO ERETO

AFASTADOS E EM ÂNGULO COM O CORPO

BRAÇOS ELEVADOS AFASTADOS E EM ÂNGULO COM O CORPO, QUE DEVE FICAR INCLINADO PARA FRENTE

TRONCO INCLINADO PARA FRENTE

Reduza o risco de lesões devido à movimentação manual, isto é, reduza o risco até que os custos de prevenção sejam satisfatórios. Deve-se providenciar auxílios mecânicos quando se for praticável e se o risco identificado na avaliação puder ser reduzido ou eliminado. Lembre-se que todos os funcionários deverão ser treinados nas técnicas de movimentação manual com segurança.

ACIMA DOS JOELHOS E/OU ABAIXO

CORPO ERETO E BRAÇOS

DA ALTURA DO COTOVELO

ELEVADOS NA ALTURA DO OMBRO

NO NÍVEL DO CHÃO

NA ALTURA DA CABEÇA OU ACIMA

Colaborou na seção de fotos: Moacir Salles

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Ajuda do

alto

Guindaste de 110 metros de altura instala bases operacionais suspensas do vão central da Ponte Rio-Niterói

O

VÃO CENTRAL É A REGIÃO

da Ponte Rio – Niterói onde se registra o maior número de acidentes e avarias de veículos. As bases operacionais suspensas foram criadas para proporcionar às equipes do SOS Usuário da concessionária maior rapidez nos atendimentos e na liberação das pistas após os incidentes. As obras de construção das bases operacionais suspensas da Ponte – começaram em 2007, com toda a logística de acesso às estruturas e os

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serviços feitos pelo mar. Em janeiro, foram executadas as operações de instalação das vigas nas laterais da ponte junto aos trechos de subida do vão central, nos dois sentidos de direção, com ajuda de um guindaste flutuante de 110 metros de altura – o equivalente a um prédio de 17 andares. Cada viga tem dimensões expressivas: 80 metros de comprimento, 4,5 m de largura e peso de 170 toneladas cada. A instalação das vigas envolveu algumas variáveis críticas para a segurança e o sucesso das operações: o trabalho só pode ser realizado durante o dia, porque o guindaste não tinha permissão dos órgãos reguladores da navegação para operar à noite, embora as condições climáticas e de maré do período da manhã fossem mesmo as ideais para os requisitos de precisão e segurança da obra. Além disso, em caso de uma inversão nas condições favoráveis de tempo – a ocorrência de ventos fortes, por exemplo – toda a operação teria de ser reprogramada, o que aconteceu por duas vezes, por motivo de tempestades. Os controladores do Centro de Controle de Tráfego da Ponte SA monitoram toda a ponte e seus acessos por meio de 25 câmeras de um circuito fechado de televisão. Quando uma situação de emergência é visualizada, equipes do SOS Usuário 24 horas são acionadas e podem entrar em ação quase em tempo real.

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NOVOS

SERVIÇOS

BUSQUE AQUI SUA SOLUÇÃO

Volta a fabricação de LOCOMOTIVAS no Brasil O que há de novo: a GE anunciou em janeiro o início da produção de locomotivas no Brasil. A empresa tem investido mais de US$ 100 milhões por ano na produção em sua fábrica de Contagem, MG. Resultado: a ampliação da produção inclui a transferência de equipamentos e tecnologia de última geração, inclusive para a fabricação de locomotivas AC (corrente alternada), que permitirá o aumento da capacidade de tração, podendo levar a uma maior eficiência da malha de transporte ferroviário no País.

Atendimento via CHAT O que há de novo: a Jamef Encomendas Urgentes acaba de lançar seu mais novo serviço on-line: o atendimento via chat, um sistema de comunicação on-line para atendimento e suporte no esclarecimento de dúvidas sobre o posicionamento da carga, previsão de entrega, confirmação de recebimento de mercadoria, entre outros serviços. Resultado: possibilita um ponto de contato e troca segura e eficiente de informações e serviços dentro da Jamef, envolvendo parceiros, clientes e colaboradores, de acordo com as necessidades de cada um.

RFID em bagagens O que há de novo: a Emirates associou-se a três aeroportos internacionais - Heathrow, de Londres, o de Dubai e o de Hong Kong - para testar a tecnologia de RFID no manuseio de bagagem. Este será o maior teste do gênero no transporte aéreo, envolvendo cerca de meio milhão de malas de vôos da Emirates durante os seis meses de duração. Resultado: revolucionar o modo como as bagagens são monitoradas e rastreadas, além de gerar soluções inovadoras para o manuseio do número crescente de bagagem. Em paralelo, as etiquetas continuarão a apresentar o código de barras tradicional.

Carga AÉREA global O que há de novo: a UPS tem novo portfólio global simplificado de envio de carga aérea, incluindo uma opção expandida de remessas expressas com serviço garantido de entrega porta a porta. Resultado: triplica o número de linhas expressas atualmente cobertas pela empresa e oferece entregas com tempos definidos e garantidos de um a três dias, incluindo atividades de rotina de liberação alfandegária, para as principais áreas metropolitanas. março 2008 |

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SÉRIE | logística enxuta* 1ª PARTE

O início da A base para a prática enxuta é o kaizen, que por sua vez tem o ciclo PDCA como ponto de partida. Quanto mais se souber sobre lean, melhores e mais consistentes serão os resultados

logística enxuta

D

EPOIS DE CONCORDAR QUE

uma abordagem de gestão traz os benefícios esperados, a questão que surge é por onde começar. A logística enxuta é uma abordagem prática. Então, simplesmente comece. Nada de planejamentos intermináveis (que normalmente não são executados). Comece por identificar o valor para o cliente. Depois, identifique as perdas e trate de eliminá-las. Este é o primeiro de uma série de onze artigos, nos quais haverá um aprofundamento contínuo dos temas. Por isso, não é necessário ter todo o conhecimento disponível da abordagem enxuta (lean) para começar. À medida que as ações forem tomadas, as necessidades de conhecimentos correspondentes irão aparecendo naturalmente. A Toyota levou mais de 25 anos para consolidar o Sistema Toyota de 68

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Produção (TPS), que mais tarde foi chamado de JIT e, agora, lean no Ocidente. Passaram-se mais de 60 anos para que ultrapassasse a General Motors em volume de vendas, embora antes disso já apresentasse maior lucro do que as três maiores montadoras juntas. Quando ela começou a desenvolver seu sistema de gestão não havia conhecimento disponível sobre kaizen, JIT, reposição puxada, kanban, milk run, nivelamento (heijunka), lean e desdobramento das políticas (hoshin kanri). Ela simplesmente começou, e não parou mais de introduzir patamares cada vez mais elevados de desempenho.

O que é preciso saber desde o início Embora muitos resultados possam ser colhidos rapidamente, a logística enxuta é uma iniciativa de longo pra-

zo. Se a sua empresa tiver por premissa obter resultados financeiros com o lean a curto prazo, ela falhará, porque logo terá um dilema entre a iniciativa de curto prazo e a de longo prazo. E quando começar a dar prioridade às ações de curto prazo, o ímpeto das melhorias tende a cessar. A base da logística enxuta é o kaizen (melhoria contínua – que abordaremos na parte 9), o que por si só demanda uma mudança de mentalidade.

Valor ao cliente Se alguém acredita que a empresa já sabe tudo sobre as preferências dos clientes, é bom lembrar que as empresas em geral estão divididas em compartimentos (as funções de Marketing, Vendas, Pós-vendas Produção, Distribuição) e que as informações não fluem agilmente entre eles. Mesmo dentro das funções existe uma

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estrutura hierarquizada onde as informações sobre o cliente ficam escondidas. Ao começar a procurar internamente o que o cliente valoriza e quais são os problemas, sempre somos surpreendidos com as informações que aparecem. Fazendo uma análise do valor agregado aos clientes, um gerente de logística de uma pequena empresa descobriu com os motoristas/entregadores que a maioria dos clientes gostaria que estes fizessem sugestões de reposição, desde que se mantivesse um limite mínimo dos estoques. A implementação dessa medida simplificou os controles, diminuiu as faltas de estoque e aumentou as vendas feitas para esses clientes. Depois de avaliar as informações sobre os clientes disponíveis internamente, visite o cliente. Não se limite ao pessoal da área comercial, leve junto pessoal de engenharia, operações, logística, produção, pós-

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Exemplos de perdas (que não agregam valor), nos armazéns: • Os pedidos são processados em lote. Todos os pedidos do dia são verificados quanto ao crédito do cliente antes de serem enviados para o armazém; • Os produtos chegam em paletes despadronizados, são descarregados e repaletizados (demora e esforço desnecessários); • Separadores de pedido esperam reabastecimento do “picking” (falta na área de picking, mas há no estoque de fundo) para retirar produtos; • Embarque aguardando item faltante para ser completado (perda de tempo e espaço); • Produtos aguardando conferência para dar entrada no estoque (perdas de tempo, esforço e espaço); • Contagens de produtos por causa de falta de contentores padronizados (esforço desnecessário e perda de tempo); • Descoberta de que há falta de produtos na ocasião da retirada (perda de tempo e esforço).

vendas, etc. Sintetize as informações obtidas e comece a agir. Reclamações e sugestões de clientes valem ouro. Podem surgir grandes oportunidades, normalmente no processo de desenvolvimento de produtos, processamento de pedidos e redução de falhas na entrega.

Enxergando os fluxos e eliminando as perdas Quando há perdas, os fluxos de materiais tendem a ser interrompidos, a ter um comportamento irregular e a se acumular na forma de estoques. Para mostrar a relação entre perdas e fluxo,

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Saiba desde o início

3) “Não posso eliminar esta atividade, ela é importante” – de que forma diferente podemos fazê-la? Você está deixando de fazer o mais importante (eliminar perdas) 4) “Não temos dinheiro para investir” – geralmente a eliminação das perdas não exigem investimento; 5) “Vai piorar a produtividade” – provavelmente você não está identificando corretamente as perdas. Se você ainda não consegue enxergar as perdas, aprofunde seu conhecimento em “lean”.

1) É fundamental que a opção pelo lean seja declarada pelo presidente da empresa, logo de início. As iniciativas podem começar com a gerência, mas o ‘presidente’ deve entender o que é lean e dar total suporte às iniciativas; 2) Alguém na empresa com conhecimento e liderança deve fazer o papel de agente da mudança. Se isso não é possível, busque ajuda externa; 3) Atitude: vá onde o valor está sendo criado - no cliente, no embarque, no armazém, no almoxarifado, na fábrica. Saia do escritório, fale com as pessoas, veja você mesmo; 4) Esteja preparado para mudar seu posicionamento sobre produtividade (a fim de parar equipamentos e pessoas quando não estão agregando valor) sobre tamanhos de lotes econômicos de compras e de embarque; 5) Aprenda a enxergar os fluxos de produtos, de materiais e de informações e as perdas relacionadas; 6) Não compre tecnologia antes de avaliar e eliminar as perdas dos processos que você pensa em automatizar. Aproveite o retorno sobre o investimento que a abordagem enxuta oferece; 7) A prática enxuta libera recursos (pessoas, tempo e equipamentos). Jamais demita alguém por causa das melhorias obtidas. Seria um revés muito grande para a transformação enxuta.

normalmente é utilizada a analogia do rio com pedras no fundo. Para as pedras não aparecerem, o nível da água deverá ser mais alto do que as pedras. Se o nível de água for pequeno, as pedras emergirão e o fluxo será turbulento. Qualquer objeto sendo conduzido pelo fluxo do rio esbarrará seguidamente nas pedras e demorará mais a fazer o percurso. Nessa analogia, as pedras representam as falhas/ perdas e o nível do rio representa o nível dos estoques. Tal como as pedras no rio atrapalham o fluxo de água, as perdas atrapalham o fluxo logístico. Por isso, o efeito observável dos sistemas logísticos ineficientes é o elevado nível de estoques. A solução mais eficaz para melhorar o fluxo é reduzir as perdas. Eliminar as pedras e baixar o nível da água. Eliminar as perdas e incertezas é baixar o nível de estoques. Nos sistemas logísticos enxutos, onde é fundamental eliminar as perdas, pode-se identificar três tipos de atividades: 1) Atividades que agregam valor. Exemplo: transporte de produtos ao cliente; 2) Atividades que não agregam valor e que ainda são necessárias (devido à tecnologia e aos recursos atu70

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Checklist

ais). Exemplo: estocagem de produtos de alta movimentação e demanda regular em estruturas porta-paletes para posterior retirada e abastecimento da área de picking. 3) Atividades que não agregam valor e que podem ser eliminadas imediatamente. Exemplo: o separador confere as quantidades quando entrega para a expedição e a expedição reconfere (duplicidade de conferências). Acompanhe o fluxo dos pedidos e dos produtos (desde a entrada do pedido até o recebimento dos produtos pelos clientes) juntamente com o pessoal das áreas envolvidas. Acompanheos como se estivesse viajando junto com o pedido e com o produto. Identifique as perdas. Depois, trate de elimina-las imediatamente. Inicialmente, há uma dificuldade maior em classificar as perdas como elimináveis. A tendência é achar justificativas para não eliminá-las: 1) “Lean é antigo, eu já conheço” – conhecer não é suficiente, é preciso praticar. Esse tipo de pensamento causa deficiência de aprendizagem; 2) “Não tenho tempo” – lembre que o papel do gerente é dedicar mais da metade do seu tempo às melhorias;

1) Comece já. Você já começou, sua empresa já começou? 2) Ao cabo de uma semana você deve ter identificado pelo menos uma dezena de perdas. 3) Em duas semanas você deve ter eliminado pelos menos uma grande perda. Se você não chegar até aqui, reveja sua atitude no trabalho (passa mais tempo lidando com a rotina; “apagando incêndios”; não tem tempo; considera que o pessoal não vai colaborar). 4) Se a sua empresa estiver focada em apresentar resultados de curto prazo para “inglês ver”, e não vai mudar, avalie sinceramente as perspectivas futuras. Esse tipo de empresa reage contra melhorias reais. Se você está interessado somente em resultados de curto prazo, as melhorias serão, provavelmente, transitórias. 5) Se você conhece o ciclo PDCA (Plan - Do - Check - Act) e nunca utilizou, utilize-o de fato. 6) Continue aprendendo cada vez mais. Continue reduzindo perdas e agregando valor. As melhorias não têm fim. Até o próximo mês!

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* POR ROGÉRIO BAÑOLAS DA PROLEAN LOGÍSTICA ENXUTA


Você já ouviu falar em mapas mentais? Ferramenta de construção e gestão de conhecimento está se popularizando rapidamente

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OCÊ J Á PAROU PA R A

refletir que o mundo empresarial fica cada dia mais complexo, e as pessoas parecem estar se perdendo em um oceano de informações? Nossos pensamentos parecem se perder nesta complexidade sem fim, não é mesmo? Pois existe uma ferramenta que pode ajudar estes e inúmeros outros desafios: Chama-se mapa mental (“mind map”). 72

mapas mentais fig.p65

Mapa mental é uma técnica gráfica que organiza e comunica visualmente as relações entre idéias, alternativas, conceitos e informações de uma forma estruturada. Trata-se de uma ferramenta para análise e síntese, que facilita a assimilação e registro de conhecimento, em virtude de sua forma hierárquica. Como a figura da página 73 mostra, é uma representação esquemática de um pensamento irradiante, pois do tópico central partem conexões

ramificadas, como um neurônio ou ár vore, possibilitando assim o reconhecimento e a construção dinâmica de conhecimento. Aqueles que estudam (e colecionam) os mapas mentais afirmam

Em foco O mapa mental é uma forma de representar graficamente as idéias — na redação deste artigo, por exemplo, a técnica foi adotada.

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Exemplo de mapa mental usado para elaborar este artigo

que é uma abordagem mnemotécnica e multisensorial, pois combina diferentes estímulos, tais como palavra, letra, cores, símbolos, sons, formas, imagens, desenhos, fotos e até vídeos.

Em termos de ergonomia cognitiva, podemos afirmar que estes mapas facilitam a aquisição, compreensão, codificação, arquivo, integração e utilização da informação, março 2008 |

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mas o mais importante mesmo é que envolve as pessoas no processo criativo de forma divertida e natural. Entre os benefícios, os mapas possibilitam melhor comunicação, melhorando a colaboração em equipe. Também facilitam processos criativos, ampliando nossos modelos mentais (como pensamos), e ainda melhoram a memorização. Possibilitam aprender a aprender, viabilizando as organizações aprendizes, pois as empresas somente serão efetivamente capazes de aprender quando tiverem habilidade de colecionar, disponibilizar e utilizar o conhecimento de seus colaboradores. Neste tema, um dos maiores expoentes é Tony Buzan, psicólogo e guru em criatividade, que é considerado o pai dos “mind maps”, termo criado no final da década de 1960. Quando postulou suas Leis da Cartografia Mental, seu recado 74

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era de que pretendia orientar, mas não limitar, propondo os seguintes princípios: • Ênfase: causar o maior impacto possível; • Clareza: comunicar com palavraschave e linhas de conexão; • Associação: estabelecer relações através de setas, cores, códigos, etc; • Influência: as características pessoais e estilo do autor lhe dá relevância e significado individuais. No papel, os mapas mentais podem ser elaborados seguindo os seguintes passos: 1. Identificar o tema central no centro da folha; 2. Identificar os braços principais; 3. Identificar os ramos secundários; 4. Usar palavras curtas, formas, figuras, cores, símbolos... Também já existem softwares especializados para produzir mapas mentais. Estes softwares permitem

realizar um “brainstorming” colaborativo entre diversas pessoas e, com o passar do tempo, ir acrescentando mais tópicos, ou ainda conectar os tópicos com conteúdo multimídia, aprimorando ainda mais a visibilidade. Por tudo o que aqui apresentamos, e concluindo, acreditamos que esta é uma ferramenta com muito a contribuir com qualquer processo de melhoria ou inovação, treinamento, padronização, etc, sendo portanto de interesse geral. Experimente e constatará que vale a pena. Bom proveito.

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POR DANIEL GASNIER DIRETOR DO GRUPO IMAM


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I

N F O R M E

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S E

RACK aramado

PORTAS

A Artok desenvolveu uma solução específica para a movimentação e estocagem de componentes automotivos. O rack metálico aramado para transporte de condensadores e radiadores foi projetado para a movimentação de materiais e de difícil acomodação que necessitam de uma proteção mais adequada – os fornecedores podem reduzir consideravelmente as avarias, diminuindo os prejuízos causados por embalagens deficientes. Por outro lado, o rack também proporciona agilidade na operação, podendo ser utilizado diretamente na linha de produção. Suas medidas externas: 1.170 mm (comprimento) x 940 mm (largura) x 1.160 (altura).

A Rayflex lança a Dock Door, porta flexível para docas que pode ser instalada em grandes vãos, proporcionando excelente vedação e funcionalidade em terminais de cargas de centros de distribuição, armazéns, depósitos. São fabricadas em tecido vinílico com trama de poliéster reforçado, auto-extinguível, anti-estática, e elevada resistência (por exemplo, a correntes de ar até 100 km/h, pressão até 20 kg/m2). A operação de abertura e fechamento da portas é elétrica com moto-redutor.

BALANÇAS A Toledo está lançando uma balança para facilitar o processo de pesagem de animais de pequeno e grande portes. O MGR Campo é simples de operar e permite fácil visualização das informações. O equipamento é também robusto, pode se comunicar com computadores, tem um grande display que mostra informações de peso e apartação (leve, médio e gordo). É um equipamento leve que pode ser levado com facilidade de um local para outro por uma pessoa apenas, podendo ser instalado pelo próprio usuário.Tem capacidade de 500 kg para animais de pequeno porte e de 3 mil kg para animais de grande porte.

PLATAFORMA niveladora A plataforma niveladora de docas modelo MKS-6000 PND-ME da Marksell é utilizada em docas de carga/descarga, servindo de ponte entre a doca e o veículo, ajustando para compensar a alteração e a variação da altura do piso da carroçaria, permitindo o acesso de carrinhos, transpaletes, etc. Com capacidade de 6.000 kg distribuídos (3.000 kg por eixo espaçado, bi apoiada), a plataforma quando em repouso ao nível do piso permite o trafego normal sobre a plataforma.

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Implemento RODOVIÁRIO A Pastre tem em seu portfólio o Bitrem Multi-uso, que além de ser basculante pode ser carregado pelas laterais e por cima. Na prática, significa que o produto pode transportar cargas à granel, ensacados, paletizados, entre outros. Com Peso Bruto Total Combinado (PBTC) de 57 toneladas, tem um sistema de bandeja lateral para escoamento, com abertura e fechamento acionado por cilindros hidráulicos de dupla ação e tampas na parte traseira para descarga em tombadores. O implemento tem ainda grades no lado direito da caixa traseira, com abertura tipo sanfona, para colocação de sacarias ou paletes.

CAMINHÃO A Agrale tem em seu portfólio de veículos o Agrale 13.000, um modelo de maior capacidade, com Peso Bruto Total (PBT) de 13.000 kg. O novo caminhão foi desenvolvido principalmente para aplicações urbanas, como o transporte de cargas fracionadas, além de viagens rodoviárias de curtas e médias distâncias, para bebidas, hortifrutigranjeiros, materiais de construção, etc. Entre as principais novidades está o câmbio de seis marchas sincronizadas que permite engates mais suaves e precisos.

EMBALAGEM de proteção A Best-Pack oferece com exclusividade na América do Sul o AirPaq, uma linha de embalagens de proteção amplamente utilizada e validada nos EUA, Europa e Ásia. O AirPaq é capaz de adaptar-se as diversas formas e possibilita desenvolvimento de projetos personalizados, substituindo diretamente os vários tipos de embalagens pré-moldadas: isopor (poliestireno expandido), espuma de poliuretano e espuma de polietileno. Seu conceito de fabricação, através de filmes flexíveis e canais independentes de ar, confere a esta embalagem maior qualidade em embalagens de proteção.

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Há luz no fim do túnel Com a velocidade e o volume maiores de pedidos, além da pressão por redução de custos, só o treinamento para aumentar a produtividade e a acuracidade não é o bastante

P

EDIDOS MAIS FREQÜENTES

com menos itens por pedido e maior flutuação no volume, combinados com a pressão por parte da gerência para a redução de custos, estão fazendo as empresas contratarem mais funcionários temporários. Infelizmente, a contratação e o treinamento constantes estão resultando em aumento da rotatividade, maiores custos de treinamento, mais erros e menos produtividade. Essa situação está provocando a redução da acurácia e da produtividade da separação dos pedidos, e conseqüente aumento dos custos. Estas tendências não poderiam vir numa época pior. Mas não se desespere! Existe uma luz no fim do túnel. 78

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O caminho para a melhoria A maioria das operações de separação de pedidos é feita manualmente, um por vez ou em lotes de pedidos, cada lote tendo a mesma quantidade de pedidos. Recentemente, um gerente de armazém pediu a um separador de pedidos que usasse um “pedômetro”, um aparelho que mede a distância percorrida, por um dia durante a separação dos pedidos dos clientes. Para surpresa de todos, o separador de pedidos caminhou 9,6 km nesse dia, após a conversão. A separação de pedidos pode ser a atividade com mão-de-obra mais intensiva em seu armazém, com até 75%

do tempo de separação sendo gasto em atividades de deslocamento. Para combater essa situação e manter a acurácia e a produtividade a níveis elevados, ao mesmo tempo que se mantém os custos de mão-de-obra reduzidos, as empresas estão buscando processos e tecnologias alternativas. São viáveis altos ganhos de produtividade nas separações e de

Em foco O tempo de separação de pedidos pode ser reduzido sem perda da acuracidade por meio de métodos e sistemas que auxiliem o processo, por exemplo a separação com o apoio da luz.

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Exemplo da ecomposição do tempo de separação de pedidos

5%

Caminhando

10% Separando

25%

Procurando

60%

Anotando

Fonte: IMAM Consultoria Ltda.

acurácia dos pedidos e reduções de custos, com retorno de investimento rápido, com a mudança da forma de separação de seus pedidos, bem como das ferramentas usadas. Este artigo investigará a combinação das duas soluções produtividade-melhoria, oferecendo rápido retorno de investimento em menos de um ano, separação em lotes com carrinho e sem papéis, usando uma solução de separação por luz.

Separação de pedidos em lotes Uma vez que até 60% do tempo dos separadores de pedidos é gasto para caminhar, quanto mais pedidos separados, menos tempo de caminhada o separador de pedido gastará. Por isso, a separação de mais de um pedido por vez pode reduzir drasticamente o tempo de caminhada e aumentar a produtividade. Na separação de pedidos em lotes, são agrupados vários pedidos em lotes. Um separador de pedidos separa todos os pedidos dentro do lote em um

SMART CAR AJUDA A SEPARAÇÃO POR LOTES

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PICKING TO LIGHT AUMENTA O DESEMPENHO DA SEPARAÇÃO

só percurso usando uma lista de separação consolidada. Normalmente, o separador usa um carrinho de separação de múltiplos níveis mantendo uma caixa no carrinho para cada pedido. Os sistemas mais eficientes variam os tamanhos dos lotes dependendo da média das separações por pedido ou do volume dos itens por pedido. A separação de pedidos em lotes reúne um grupo de pedidos, digamos seis pedidos, e organiza os itens destes pedidos na seqüência de localização do layout do armazém, permitindo ao separador fazer uma única viagem usando uma “folha resumida dos pedidos do lote” e um carrinho de separação, permitindo ao funcionário separar os seis pedidos e colocando-os em um carrinho de separação. Usando esta folha, o separador é dirigido até um local de separação, informado da quantidade a separar e quanto colocar em qual local do carrinho.

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Separação orientada por luz Nas últimas duas décadas, a separação orientada por luz provou ser uma das tecnologias usadas para oferecer maior velocidade e acurácia e reduções de custo na separação de pedidos. Os módulos tradicionais de estanterias dinâmicas e orientadas por luz oferecem a maior capacidade de fluxo e acurácia para as seções com produtos de giro rápido. Contudo, para os grandes armazéns com grande número de SKUs e baixo giro de estoque, ou operações com um investimento mínimo, o sistema de estanterias dinâmicas e orientado por luz pode ser proibitivo em termos de investimento. Comece com o carrinho de separação orientada por luz com RF que empregue soluções de hardware e software que possam ser remodeladas para os seus carrinhos de separação de pedidos existentes. Este sistema transmite os pedidos de um computador para o controlador do carrinho usando radiofreqüência e

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leds luminosos no carrinho, permitindo a separação sem papéis. O carrinho de separação em lotes direcionado por luz com RF contém um controlador montado na frente do carrinho e leds luminosos nas prateleiras. O controlador direciona o separador de pedidos até um local do armazém e indica a quantidade de itens para separação de todos os pedidos do carrinho para esse item. Ao mesmo tempo, o led acende no display do carrinho a quantidade que cada pedido no carrinho precisa desse item. O carrinho contém uma bateria que dura até 60 horas e um indicador de bateria no controlador que indica a carga da bateria e pode ser carregada durante a noite.

Vantagens adicionais Em virtude do separador conectar-se a um carrinho ao iniciar a se-

paração dos pedidos, o computador do carrinho pode registrar o tempo de início da atividade. Uma vez que o computador sabe quantos pedidos e quantas linhas o separador de pedidos atende, são gerados relatórios de produtividade de mão-de-obra de-

A separação de pedidos pode ser a atividade com mão-de-obra mais intensiva em seu armazém talhando as linhas e os pedidos por hora. Com os novos dados, a gerência consegue quantificar os funcionários, bem como identificar as necessidades de treinamento. Pelo fato do sistema saber a freqüência com que um item é separado de um determinado local, a velo-

cidade ou as freqüências dos relatórios das separações ficam disponibilizadas. Com os novos dados, a gerência consegue gerenciar e locar as caixinhas de forma pró-ativa, relocando os itens de giro mais rápido e os de giro mais lento. Para as empresas que desejam aumentar a produtividade da separação dos pedidos, melhorar a acurácia dos pedidos, simplificar o treinamento e reduzir os custos de mão-de-obra, o carrinho de separação em lotes direcionada por luz com RF oferece uma solução econômica, fácil de implementar e proporciona rápido retorno de investimento, em geral menos de seis meses. SAIBA MAIS SOBRE O ASSUNTO PARTICIPANDO DO CURSO “TÉCNICAS E MÉTODOS DE SEPA-

P EDIDOS ”, REALIZADO PELA UNIMAM NO DIA 16 DE MAIO DE 2008. RAÇÃO DE

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A energia do Fabricantes vêm tentando utilizar o hidrogênio como fonte de energia viável desde o início do século 19, mas as tecnologias concorrentes e suas próprias limitações estão protelando seus esforços 82

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hidrogênio

C

OM O NOVO MILÊNIO ,

surge uma nova oportunidade para a energia do hidrogênio e um recomeço, em grande parte graças às aplicações na movimentação de materiais. Embora tenha havido muito sensacionalismo sobre fontes alternativas de energia e como elas mudarão o mundo automotivo em uma outra geração, hoje estão sendo colocadas várias tecnologias de células de combustível para funcionar nas fábricas e cen-

tros de distribuição, embora a maioria seja de forma experimental. A Toyota, por exemplo, saiu na frente com um protótipo de empilhadeira movido a células de combustível, o FCHV-F. A Toyota está

Em foco Já existem empilhadeiras que utilizam células de combustível como fonte de energia principal. A questão é: quando esta tecnologia estará disponível para uso em massa?

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pesquisando e desenvolvendo ativacerto que o uso atual dos combustímente tanto a tecnologia híbrida de veis fósseis como principal energia células de combustível de hidrogênio mudará, isto poderá levar muitos quanto a de gasolina. A decisão soanos. As empilhadeiras movidas a dibre quando ou se estas tecnologias esel e GLP são o sustentáculo da moserão introduzidas será tomada no vimentação de materiais nas aplicadevido tempo com base na aceitação ções industriais externas e isto proe na disponibilidade destas tecnologias vavelmente continuará por um futuno mercado. ro previsível, não haverá uma grande A Hydrogenics implementou céexplosão com respeito à introdução lulas de combustível ativadas por hide energias alternativas. drogênio em duas empilhadeiras da Serão desenvolvidos vetores de Hyster que foram usadas nas operaenergias renováveis e usados em pações do dia-a-dia durante três meses ralelo com as fontes de energia de em uma fábrica de automóveis da GM combustível fóssil ‘negro’. Enquanto no Canadá. As empilhadeiras eram isso, embora os combustíveis modelos movidos à bateria e foram ambientalmente mais corretos sejam convertidas para tecnologia de hidrodesenvolvidos para uso comer-cial, é a gênio com uma unidade de energia tecnologia híbrida que assumirá pohíbrida de células de sição de destaque. combustível colocada As empilhadeiras a Não se pode deixar no compartimento de células de combustível bateria existente. Foi em despercebido o fato exigem mínima reincluído contrapeso carga e significativade que, por exemplo, adicional nos veículos, mente menos manua armazenagem já que a bateria fazia tenção do que as empiparte do contrapeso. do hidrogênio em alta lhadeiras elétricas, O hidrogênio foi cujas baterias devem pressão será um desafio gerado no local graças ser periodicamente para a área ao equipamento de recarregadas, reabasa b a s t e c i m e n t o de engenharia. Por isso, tecidas de água e HySTAT que produz substituídas. Além disas opiniões diferem hidrogênio através da so, o sistema híbrido de eletrólise, dividindo as células de combustível quanto ao provável moléculas de água em garante fornecimento prazo de adoção oxigênio e hidrogênio. de combustível e deNa GM, este processempenho constanso ocorreu dentro do prédio da manutes, eliminando a redução de tensão fatura. A Hydrogenics também fornena saída quando as baterias descarceu suas unidades de energia de células regam. Atualmente, os custos dos de combustível a outras fabricante de materiais das pilhas de células de empilhadeiras como Still. combustível são elevados e o ciclo No geral, os especialistas concorde vida destas pilhas não está a um dam que as células de combustível de nível aceitável: as empresas que adohidrogênio estarão acionando as tarem esta nova tecnologia preciempilhadeiras antes dos automóveis. sarão instalar tanques de combusEntretanto, seja para o mercado de tível de hidrogênio e postos de movimentação de materiais, seja para reabastecimento. E esta infra-estruo mundo automotivo, existem vários tura pode sair caro. obstáculos a superar antes que o hiOs pesquisadores concluíram que drogênio possa ser facilmente armaos carrinhos hidráulicos são atualmenzenado e distribuído. te mais competitivos para as aplicações Executivos da Linde Material com células de combustível do que as Handling salientam que embora seja empilhadeiras com operador a bordo. março 2008 |

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OS COMPONENTES DA CÉLULA DE COMBUSTÍVEL (PILHA DE CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL, TANQUE DE HIDROGÊNIO DE ALTA TEMPERATURA, ETC.) DA EMPILHADEIRA FHCV-F DA TOYOTA SÃO MONTADOS EM UMA ÚNICA ESTRUTURA MODULAR TIPO CARTUCHO QUE PODE SUBSTITUIR AS BATERIAS NOS MODELOS ELÉTRICOS

Nas empilhadeiras com operador sentado, o modelo a células de combustível foi ligeiramente mais caro para operar do que sua contraparte operada por bateria. Os cálculos levaram em conta o valor líquido atual do custo total de propriedade e de operação do sistema ao longo de um ciclo de vida de 15 anos com os custos do hidrogênio a US$ 5 por kg. O custo da empilhadeira com operador sentado, movida a células de combustível, foi de US$ 129.118. O custo da empilhadeira com operador sentado, movida por duas baterias, foi de US$ 115.631. O custo do transpalete elétrico movido por duas baterias foi de US$ 145.193. O custo do modelo a células de combustível foi de US$ 76.075. Como os transpaletes usam células de combustível menores, o custo da substituição das células de combustível teve menor impacto no custo do ciclo de vida ao longo de 15 anos. Além disso, o custo da troca das baterias tem um impacto significativo na competitividade das células de combustível contra as alternativas a bateria. Resultado final: maiores custos de mão-de-obra e longos tempos de substituição das baterias tornam as células de combustível mais atrativas. Onde o setor conseguirá chegar daqui para frente? Os fabricantes precisam focar na durabilidade das células de combustível para que os proprietários não te84

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nham que substituí-las com freqüência, apontam alguns especialistas. A questão da durabilidade virá da melhoria da vida útil das membranas e as economias de produção virão da redução da quantidade de platina encontrada nas células de combustível. A célula de combustível carrega a carga básica contínua. Em um carro, o híbrido envolve uma bateria e um motor que liga e desliga dependendo de quando ele é necessário. Em uma empilhadeira, que tem uma carga flutuante quando o veículo está em uso, o mesmo é válido. Não é possível se livrar das baterias, mas pode-se ter uma fonte eficiente de combustível de energia elétrica estável para recarga dessa bateria ou até mesmo para ligeira suplementação quando ela tiver que fornecer alguma potência.

Gerenciando o combustível Isto nos traz a um dos problemas mais cruciais para que as células de combustíveis funcionem nos centros de distribuição e fábricas dos Estados Unidos: a infra-estrutura do hidrogênio. Ela se resume em duas estratégias: fabricar ou comprar. Mark Schiller, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Proton Energy Systems, vê os centros de distribuição como o próximo mercado-alvo de sua empresa para o consumo de hidrogênio.

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A tecnologia da Proton usa a eletrólise para gerar hidrogênio da água. A empresa está procurando viabilizar a sua tecnologia central de geração de hidrogênio para o abastecimento de empilhadeiras e aplicações de energia de reserva que usam fontes renováveis de energia tais como a solar e a eólica. Para atender a este mercado, Schiller conta que a Proton está se preparando para produzir mais de 100 quilogramas de hidrogênio por dia. O usuário ideal seria um armazém com 150 empilhadeiras ou mais. Esta frota usaria entre 150 e 220 quilogramas de hidrogênio por dia em três turnos. Cada empilhadeira exigiria dois reabastecimentos a cada 24 horas de operação. A Proton conta com a Cellex e a General Hydrogens para argumentar a favor das células de combustível nas empilhadeiras. Ela também trabalha com os usuários finais para convencêlos de que a fabricação de hidrogênio no local faz sentido.

Outras entidades estão dedicando recursos para tornar segura essa transição para uma infra-estrutura do hidrogênio. A Edison Materials Technology Center, patrocinou o trabalho em um sensor de hidrogênio. Pelo fato do hidrogênio ser inflamá-

O ritmo das mudanças é rápido e tempestuoso, porém com a tecnologia de células de combustível é óbvio que este não é o caso de ‘se’, mas ‘quando’ vel, até as pequenas concentrações devem ser detectáveis. Os fabricantes de empilhadeiras só estão começando a mostrar as cartas no que diz respeito às células de combustível de hidrogênio e as técnicas híbridas. Este é claramente só o começo do que poderia ser uma re-

volução dos combustíveis nos equipamentos de movimentação de materiais. Assim como em qualquer tecnologia emergente, o ritmo das mudanças é rápido e tempestuoso, porém com a tecnologia de células de combustível é óbvio que este não é o caso de ‘se’, mas ‘quando’. Mas quando esse caso das células de combustível de hidrogênio parecer claro, deveremos considerar mais o seguinte: os veículos movidos a hidrogênio podem ser limpos no que diz respeito às emissões, porém quando o próprio hidrogênio é gerado (seja do gás natural, da água ou de qualquer outro composto adequado), o carbono ainda é produzido. A solução definitiva seria extrair o hidrogênio usando eletricidade extraída de fontes renováveis tais como energia solar, eólica ou das ondas. Até lá, ironicamente, a produção deste combustível verde continuará a aumentar a nuvem negra. E esta parece crescer cada vez mais. março 2008 |

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L OGÍS TIC A POR

UM

PROJETO DESPOLUIR avança em 2008

S US TENT ÁVEL TENTÁ MUNDO

MELHOR

VOLKSWAGEN testa mistura de 5% de BIODIESEL A Volkswagen Caminhões e Ônibus está testando a mistura de 5% de biodiesel ao diesel convencional em três caminhões VW Worker 26.260E da fabricante de concreto Engemix em Barra Mansa (RJ). Recentemente, o governo federal tornou obrigatória a adição de 2% de biodiesel ao diesel convencional em todo o País, e determinou testes para a mistura de 5%, seguindo recomendações da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Em Barra Mansa, os caminhões Volkswagen transportam concreto para a construção civil, numa média de 2 mil quilômetros rodados por mês. Os testes no Sul Fluminense com modelos da marca, equipados com motores eletrônicos, começaram em dezembro de 2007 e durarão um ano.

OURO VERDE desenvolve programa SÓCIO-AMBIENTAL

Reduzir a emissão poluentes das frotas de caminhões que circulam no país é o principal objetivo do Despoluir - Programa Ambiental da Confederação Nacional do Transporte. Atualmente, 19 estados têm o Despoluir implementado. O programa já atendeu 888 empresas e realizou 21.261 aferições até o fim de 2007. O Despoluir promove o uso de energia limpa pelas empresas de transporte e caminhoneiros autônomos e estimula a adoção de normas ambientais relativas às emissões de poluentes por veículos. As unidades do Despoluir são equipadas com opacímetros (equipamentos que analisam a fumaça emitida por motores a diesel) e verificam a emissão de poluentes dos veículos, com o objetivo de reduzir a poluição e o gasto de combustível, conforme determina o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

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A Transportadora Ouro Verde e a Guardian do Brasil implementaram um projeto para coleta e reciclagem de sucatas de vidros, geradas nas vidraçarias da região Sul do país. O pátio da Ouro Verde, em Curitiba (PR), dispõe de uma usina de reciclagem de vidros. As vidraçarias mantém as sucatas em recipientes apropriados para a Ouro Verde realizar as coletas. Estas ocorrem duas vezes por semana, em um veículo específico. Periodicamente a sucata é transportada para a cidade de Porto Real (RJ), sede da empresa Guardian do Brasil, onde o material é reaproveitado. São transportadas 27 toneladas de sucata de vidro por viagem realizada, chegando a 250 toneladas por mês.

Coleta SELETIVA na RAMOS A Ramos implementou uma série de medidas voltadas para o controle da poluição. Em todas as unidades da empresa funciona o sistema de coleta seletiva do lixo que, após passar por uma triagem inicial, é separado e encaminhado a empresas de reciclagem. Materiais como papel, papelão e óleo são vendidos e o lucro é revertido para o Grêmio Recreativo na própria empresa (SP), que reinveste o valor em benefícios para os colaboradores. Os pneus inutilizados são encaminhados a uma usina de produção, que os utiliza na composição do asfalto, tornando-o mais durável e menos agressivo aos veículos. Para o futuro, a Ramos planeja a neutralização da emissão de carbono.

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Qual o grau de segurança de suas estruturas porta-paletes?

São muitas as ameaças à segurança desses equipamentos

A

S IMAGENS DESTA REPOR-

tagem provavelmente lembrarão a maioria dos leitores sobre aspectos que se vê com muita freqüência, normalmente em armazéns ou instalações de estocagem. O que provoca este tipo de avaria? Bem, as principais ameaças à segurança das estruturas porta-paletes são: a) Mudança dos níveis das vigas sem analisar o efeito da carga sobre a estrutura. Geralmente, quanto mais

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alta a posição do primeiro nível de viga, menos carga a estrutura suportará. Portanto, antes de mudar as posições das vigas, deve-se consultar o fabricante ou fornecedor para confirmação (por escrito) de que a mudança proposta é aceitável e dentro da capacidade da estrutura. (Ver Figura 1). b) Vãos livres de movimentação inadequados entre as cargas dos paletes e a estrutura, entre as cargas dos paletes e a parte de baixo da viga

e entre as próprias cargas paletizadas. É padrão especificar um vão livre mínimo de 75 mm. Entretanto, quanto maior o vão livre, mais segurança para a operação.

Em foco Existem muitas áreas de um processo de armazenagem onde a segurança é crítica. Siga as recomendações do texto e mantenha a segurança.

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Figura 1 - Capacidade de carga da estrutura 1000 Kg

1000 Kg

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O AUMENTO

1000 Kg

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100%

85 a 90%

Capacidade total da estrutura = 8000 kg

Capacidade residual da estrutura = 7200 kg

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VIGAS REDUZ DE CARGA DA ESTRUTURA

A altura dos paletes ao nível do piso aumentou para 1325 mm

Fonte: SESS – Storage Equipment Safety Service

d) Travas de segurança não instaladas nas vigas. São componentes de baixíssimo custo, porém em termos de segurança elas talvez sejam as mais importantes. A omissão fica por sua conta e risco! A trava de segurança é destinada a evitar que a viga sobre uma carga de palete seja levantada verticalmente e desencaixada pela carga, por baixo. Imagine se a trava de segurança não fosse instalada: dois - talvez três - paletes de 1.000 kg caindo da estrutura porta-paletes. Estes acidentes podem matar, por isso as travas de segurança devem ser instaladas. e) Operadores de empilhadeira. Sem dúvida, eles provocam a maioria

das avarias aos componentes da estrutura porta-paletes e raramente parecem conscientes das conseqüências. Certamente, os conscientes tomam mais cuidado e, o que é mais importante, relatam qualquer incidente a seus supervisores ou gerentes. Pode-se argumentar que o treinamento de operadores de empilhadeiras existente deva ser expandido para incluir aspectos tais como operações e vãos livres para movimentação e as conseqüências dos danos nas estruturas porta-paletes. As seções com paredes finas e laminadas a frio, das quais são feitas os componentes das estruturas porta-paletes, são totalmente diferentes

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DOS CENTROS ENTRE A CAPACIDADE

1200

1000 Kg

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1000 Kg

1500

Altura dos paletes 1025 mm

1000 Kg

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1000 Kg

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As cargas estocadas forçadamente nas estruturas porta-paletes provocarão danos às colunas e ou às travessas de reforço da estrutura. As cargas paletizadas, com menos de 75 mm de vão livre entre a parte de cima da carga e o lado de baixo da viga logo acima, fazem com que a viga seja desencaixada ao se tentar remover um palete. (Ver Figura 2). c) A atitude das pessoas às estruturas porta-paletes e à aceitação das avarias. Muitos operadores de empilhadeiras e gerentes de armazém pressupõem que existe um fator de segurança projetado para o equipamento. É claro que existe tal fator de segurança, porém fatores de segurança pressupõem a perfeição, que os componentes se mantenham livres de avarias, que os paletes sejam posicionados corretamente nas vigas e que a instalação não tenha sido desviada de seu projeto original. Alguém também poderá dizer: “essa coluna vem sendo danificada há muito tempo”. Isso até pode ser, porém você consegue dizer quando ela ruirá por completo ou provocará um grande acidente? Qualquer avaria aos componentes das estruturas porta-paletes reduz sua capacidade de carga. A avaria enfraquece progressivamente a estrutura até finalmente ela desmoronar mesmo sustentando apenas uma carga de trabalho normal.

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Figura 2 - Vãos livres para movimentação ALTURAS DA VIGA DIMENSÕES

A

B

C

Até 3000 mm

75

75

75

3000 - 6000 mm

75

75

100

6000 - 9000 mm

100’

100’

125’

9000 - 12000 mm

100’

100’

150’

C

ESTAS DIMENSÕES PODEM AINDA SER REDUZIDAS EM DETERMINADAS CIRCUNTÂNCIAS, POR EXEMPLO, EM OPERAÇÃO DE ESTOCAGEM AUTOMÁTICA

A

B

A

Fonte: SESS – Storage Equipment Safety Service

das seções laminadas a quente de sustentação de prédios que vemos todos os dias. Uma empilhadeira em direção

à coluna de um prédio resultará em sérias avarias à empilhadeira e ao operador. Inversamente, 4,5 toneladas de

empilhadeira colidindo com uma estrutura porta-paletes poderá resultar no desmoronamento dessa estrutura. f) Limpeza e organização deficientes não significa que temos que polir e tirar a poeira. É extremamente importante garantir que os paletes ou contentores sobre rodas não sejam abandonados nos corredores, pois eles reduzem o espaço de operação das empilhadeiras. O resultado em geral é uma colisão com um componente da estrutura porta-paletes, provocando avarias ou possíveis desmoronamentos. Detritos deixados nos corredores podem causar acidentes não apenas envolvendo os equipamentos mecânicos de movimentação, mas também os pedestres que podem tropeçar ou escorregar. Por exemplo, um acidente ocorre onde uma empilhadeira foi jogada para fora de seu curso devido a um pedaço de filme termo-retrátil deixado no corredor. Quando a março 2008 |

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empilhadeira passou sobre a área, o operador perdeu o controle e a empilhadeira foi de encontro à estrutura porta-paletes, provocando sérias avarias à coluna da estrutura. g) Estabilidade da carga e condições do palete são também fatores importantes para o fornecimento de um local de trabalho seguro. A blocagem é um método de estocagem normalmente utilizado, porém tem havido várias situações onde os paletes desmoronaram e por pouco não atingem as pessoas. A pilha deve se manter reta e adequada para manter a segurança da blocagem. Deverão ser realizados cálculos para o estabelecimento que o palete de baixo possa sustentar o palete ou os paletes de cima. Cargas de paletes instáveis não devem ser blocadas. Esta é uma afirmação óbvia, porém regularmente ignorada. A condição e a estabilidade da carga do palete dentro de estruturas porta-paletes é igualmente importante. Um palete sobre o outro sustentado por uma viga não é aceitável exceto se existir um sistema de trabalho para garantir que a capacidade

de carga na viga não seja ultrapassada. (Ver Figura 3). A condição do palete também é importante. Paletes danificados não devem ser empregados em estruturas porta-paletes ou em blocagem. h) Qualidade dos reparos das estruturas porta-paletes. Já dissemos que as estruturas porta-paletes devem ser inspecionadas e mantidas regularmente e que o que ameacem o uso seguro das instalações de estruturas porta-paletes deve ser eliminado. Mas o que dizer do reparo das estruturas porta-paletes? Como regra geral, todos os componentes danificados das estruturas porta-paletes devem ser substituídos por outros iguais, exceto se o fabricante aconselhar ao contrário e por escrito. O corte das seções danificadas e a junção em outra seção não é um reparo aceitável e nem a soldagem de seções diferentes. Certifique-se de que seu reparador/instalador seja um profissional competente. Obviamente, pressupomos que a equipe de reparo das suas estruturas

Figura 3 - Deflexão da viga 3000 mm

Deflexão

Vão Deflexão máxima = 200 Exemplo

3000 mm de vão =

15 mm de deflexão máxima

200 As vigas que têm deflexão permanente foram supersolicitadas e devem ser substituídas. Fonte: SESS – Storage Equipment Safety Service

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porta-paletes seja competente. Verifique se ela é de fato. i) Características dos vãos: devese afixar informações sobre as estruturas porta-paletes, na forma de avisos de dados da carga no final de cada fileira de estruturas porta-paletes. Eles informam claramente não só as capacidades máximas das vigas, mas também as capacidades máximas das estruturas porta-paletes e a altura até o primeiro nível de viga. Estes avisos devem ser providenciados para todas as novas instalações, preferencialmente pelo fabricante.

Orientações conclusivas Existem muitas áreas de um processo de armazenagem onde a segurança é crítica. A seguir um resumo das principais áreas: • Na compra de equipamentos, garanta que eles sejam projetados e instalados de acordo com as normas de segurança; • Antes de alterar suas estruturas porta-paletes, consulte o fabricante ou fornecedor para garantir que essa alteração seja segura; • Estude a possibilidade de aumentar os vãos livres para movimentação; • Treine os operadores das empilhadeiras em como lidar com elas e as conseqüências das avarias nas estruturas porta-paletes; • A instalação das estruturas porta-paletes deve ser inspecionada, pelo menos uma vez ao ano, de preferência totalmente independente de qualquer fabricante, fornecedor, instalador ou reparador e siga seu conselho; • Estabeleça um programa de manutenção preventiva para as estruturas porta-paletes e paletes, incluindo um inspetor interno treinado para reparar danos nas estruturas; • Proteja a estrutura das avarias; • A limpeza e conservação devem ser mantidas com alto padrão; • Os avisos de capacidade devem ficar à mostra.

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Leveza e economia

Concorrente dos filmes stretch e shrink, Winpack ganha boa aceitação no mercado

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PESAR DE SER COMERCIALIZADO

há sete anos no Brasil, o Winpack ainda não é conhecido por todos. Tratase de um filme para cargas paletizadas que tem como principais características a resistência, maior retenção da carga e qualidade na aplicação, além de não requerer a utilização de aparelhos ou equipamentos específicos para aplicação. “O Winpack se encaixa na mesma classificação que os filmes stretch (esticáveis) e o shrink (encolhíveis), mas tem características próprias”, afirma o diretor comercial da AG Remy, que fabrica e comercializa esse filme no Brasil, Plínio Marcos da Silva. “Entre elas destacam-se a resistência a avarias no transporte, diminuindo a perda dos rolos, e o fato das bobinas serem mais leves não exige esforço físico para aplicação, o que permite o uso da mãode-obra feminina”, completa.

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Outra característica do Winpack é ser ideal para aplicação a baixas temperaturas, onde a retenção da carga permanece inalterada, ao contrário do filme stretch, que “vidra” e impede a paletização. O Winpack se ajusta completamente à carga e tem durabilidade de seis meses. A economia é a característica mais citada pelos usuários: utiliza-se menos plástico para fazer a proteção de uma carga. De acordo com o gerente de logística da Mega Forte, Marcílio de Moura, a empresa obteve redução de 30% nos custos. “Os benefícios foram em todos os sentidos: o filme é bem mais fácil de manusear devido ao peso da bobina, que é mais leve. Gasta-se menos filme para obter o mesmo resultado”, afirma. O Pão de Açúcar realizou alguns testes práticos com o Winpack, tanto na área resfriada frigorificada quanto

na carga seca. Como os resultados atenderam às expectativas, foi feito um piloto. “Fizemos uma compra grande para medirmos realmente o resultado, não só financeiro mas também o operacional”, explica o gerente de armazenagem, Maurício Paniquar. “Obtivemos uma redução de custos de 30%: tivemos a satisfação dos colaboradores da área com relação ao manuseio do produto. Tivemos uma redução de perdas em função das outras bobinas se danificarem muito facilmente quando caiam no chão e conseguimos garantir que o produto continue chegando com qualidade às lojas. O palete é colocado dentro de um caminhão que oscila muito, e o produto tem de chegar bem agrupado nas lojas”. O gerente de qualidade da ID Logistics no Brasil, Marcos Eduardo de Albuquerque Oliveira, utiliza o filme da AG Remy há quatro anos. “O produto tem rendimento de 10 a 15% superior e deu à empresa um ganho médio de produtividade de 15% em relação ao stretch, uma vez que é muito fácil de manusear”, afirma Marcos. “Se houver um rompimento no filme, ele não se prolonga”. O operador logístico atua no principal centro de distribuição do Carrefour e garante que o Winpack tem boa elasticidade. “Temos uma heterogeneidade de itens embalados com o filme da AG Remy, desde produtos de perfumaria a elétricoeletrônicos e o produto funciona muito bem” conclui.

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N O V I D A D E S INTERNACIONAIS

Empilhadeira a COMBUSTÃO A MIC [Fone: ++ 49 40 6948-1503] tem em seu portfólio empilhadeiras a combustão a diesel e GLP com motores robustos, estabilidade de operação conceito ergonômico cuidadosamente planejado. O motor funciona com o princípio de câmara de pré-combustão – a combustão suave ocorre com gases de exaustão limpos, sem teor de fuligem visível. As empilhadeiras têm capacidade de até 3.500 kg, baixa emissão de ruídos e realiza empilhamentos até 5 metros.

MANIPULADOR de cargas A Schmalz [Fone: ++ 49 0 7443 2403 0] oferece equipamentos para manipulação de cargas com controle de válvulas solenóides, dispositivos de sucção e válvulas de verificação de segurança. Para aplicações onde são necessários pontos variados de sucção, como por exemplo, a manipulação de caixas de papelão, é possível ajustar os módulos de sucção para realizar a pega e a movimentação. Como opcional a empresa oferece sistemas de controle de pressão para minimizar o uso de ar comprimido quando em manuseio de cargas não porosas.

PALETIZADORES de alta velocidade O modelo TT-H50I faz a paletização de caixas, sacarias e bandejas até 50 unidades por minuto. Desenvolvido pela Top Tier [Fone: ++ 1 (503) 353-7388], tem uma estrutura que abastece os paletes abaixo da mesa. Está disponível com dispensador automático de paletes, painéis automáticos ou inserções de liners, concomitante a sistemas de aplicação de filmes esticáveis e etiquetagem.

MESA elevatória Com posicionamento preciso e repetitivo, a mesa elevadora Aero-Lift da AeroGo [Fone: +1 206 575-3344] move cargas pesadas de forma segura e ergonômica. A mesa elevadora combina o posicionamento com um elevador do tipo tesoura vertical ajustável, oferecendo aos operadores movimentação contínua durante as atividades. A mesa protege a carga durante a operação e pode ser usada como isolador de vibrações em algumas aplicações. março 2008 |

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Quando o homem é o elo mais fraco Na elevação e transferência de cargas, não é apenas a carga o alvo de atenção durante as atividades

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UINDASTE VEICULAR É

como um guindaste motorizado composto de uma coluna que gira em torno de uma base com um sistema de lança fixado no topo da coluna. O guindaste normalmente é montado sobre um veículo (incluindo plataforma) e é destinado a carga e descarga. Embora os guindastes veiculares tornem a carga e a descarga mais fáceis, mais rápidas e mais seguras do que um veículo sem esse equipamento, riscos existem. Eles ocorrem principalmente quando o operador está:

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• • •

Operando o guindaste. Dirigindo o veículo; Acessando locais com desvíveis;

Operando o guindaste Existem dois principais riscos ao se operar o veículo: a segurança dos estabilizadores e do guindaste propriamente dito. Se um guindaste veicular é equipado com dispositivos de travamento para prender cada estabilizador (seja com um ou dois dispositivos separados), o operador do guindaste deve usá-los conforme des-

crito no manual de operação. A responsabilidade por esta medida sempre será do operador do guindaste. O uso dos estabilizadores é uma parte da fixação das cargas que um motorista de caminhão tem que realizar várias vezes ao dia. Este procedimento deve ser conhecido, fácil e natural para ele. Quando o sistema da lança de um guindaste veicular tiver que ser mantido na plataforma de carga ou no topo da carga durante o transporte, deve-

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rá existir um dispositivo de alerta de altura. Normalmente, ao passar sob uma ponte baixa, a lança pode atingir a ponte e o guindaste e a carga serão projetados para fora do veículo. Quem é o responsável pela eliminação deste risco: o fabricante, o prestador de serviço ou o embarcador? O fabricante deve eliminar ou reduzir os riscos ao máximo. Em seguida, ele deve adotar as medidas de proteção necessárias em relação aos riscos que não possam ser eliminados. Finalmente, ele deve informar os usuários dos riscos residuais. O risco de atingir uma ponte pode não ser eliminado, mas reduzido com a instalação de um dispositivo de alerta de altura. Então, de quem é esta responsabilidade? A obrigação é responsabilidade do fabricante projetar e construir o guindaste veicular de tal forma que o sistema da lança poderá ser deixado na plataforma de carga. É responsabilidade do pres-

tador de serviço, transportadoras e verificar se o fabricante entregou um guindaste sem um dispositivo de alerta de altura - o prestador de serviço vai completar este guindaste. Além disso, o instalador deve acrescentar informações sobre o dispositivo de alerta de altura no manual de operação, pois ele pode acrescentar um dispositivo indicador e mudar o uso do guindaste.

É praticamente impossível para os proprietários monitorarem os operadores no local. A única solução e o treinamento contínuos Se o instalador entregar um guindaste veicular sem o alerta de altura e a tansportadora quiser deixar o sistema da lança na plataforma de carga por qualquer motivo, é obrigação da transportadora instalar um dispositivo de alerta de altura. Entretanto, ele é proibido de fazer isso, pois o manual da operação diz que esta é uma condição de trabalho para a qual o guindaste não poderá ser usado. Por isso, o proprietá-

rio do veículo deverá ir até um instalador autorizado e solicitar a instalação de um alerta de altura.

Acessando os locais de controle Muitos guindastes veiculares são equipados com uma estação de controle elevada, como por exemplo, um assento alto ou plataforma. O operador tem que subir no veículo para usar o guindaste e, em seguida, descer. Tropeços, escorregamentos e quedas são acidentes típicos. Um em cada três acidentes envolve estas quedas de um veículo. Os motivos destes acidentes são: • Acesso inadequado e/ou; • Iluminação inadequada; A responsabilidade pelo acesso adequado fica por conta do instalador. Todos os instaladores conhecem as exigências quanto à segurança nos degraus e escadas? Talvez alguns fabricantes devam garantir que seus instaladores estejam mais familiarizados com a normas de segurança. O ponto decisivo ainda está no chamado ‘três pontos de apoio simultâneo’ de cada acesso: as duas mãos e um pé ou os dois pés e uma mão. É claro que a responsabilidade pelo uso do acesso é do operador do guindaste. Sabemos que muitos acidentes acontecem por causa dos saltos ou subidas sobre a roda ou cubo da roda em vez do uso do acesso designado.

Em foco Fabricantes de guindastes veiculares, bem como empresas usuárias e operadores dividem as responsabilidades na operação correta, instalação de recursos de segurança e monitoramento do uso e operação. O treinamento contínuo é o fator crítico para a manutenção da segurança.

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Os níveis de responsabilidade Para o aumento da segurança em guindastes veicular em caminhões são necessárias: • Os fabricantes devem estar sempre cientes da hierarquia de segurança, começando pela eliminação ou redução ao máximo dos riscos na etapa de projeto.

Operando guindastes Ao operar um guindaste veicular, a estabilidade é extremamente importante para a segurança no trabalho. Para o operador, a estabilidade depende principalmente:

Os proprietários dos veículos devem assumir suas responsabilidades pelo treinamento, treinamento e mais treinamento de seus operadores.

Da operação dentro da curva de carga;

É muito importante que o fabricantes e o instaladores consigam provar - por exemplo, através da nota fiscal de venda e da documentação do guindaste, quais recursos especiais o proprietário solicitou e quais foram instalados na época da aquisição ou locação. Isto será especialmente importante após um acidente.

Da correta utilização dos estabilizadores;

De um piso firme;

Do veículo na horizontal ou na inclinação permissível.

Os inspetores de segurança sustentam constantemente a idéia do reforço da segurança ao máximo. Segundo eles, e até o momento parece completamente verdade, o homem ainda é o elo mais fraco de todo o sistema.

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TESTE SEU CONHECIMENTO

34º teste

- Planejamento dos Recursos de Capacidade (CRP)

1. Qual das afirmações a seguir se aplica ao CRP (“capacity requirements planning”)? a) É uma operação independente; que não depende de outras atividades de planejamento e controle. b) Pode ser usado para identificar as condições de sobrecarga provocadas pelos planos de produção. c) Contribui para a redução do “lead time” inconstante. d) É mais usado normalmente na produção sob encomenda. 2. Qual das alternativas a seguir é uma informação de entrada para o CRP? a) Relatório de carga por ordem de serviço. b) Programa revisado das liberações dos pedidos para manufatura. c) Dados de disponibilidade de estoque. d) Programa de manutenção preventiva. 3. Qual das alternativas a seguir é uma informação de saída do CRP? a) Dados para roteirização; b) Relatório de carga da ordem de serviço; c) Programa de manutenção preventiva; d) Centros de trabalho sobrecarregados. 4. As alternativas para aumento da capacidade incluem: a) Acréscimo de turnos; b) Programação de horas extras; c) Acréscimo de equipamentos; d) Todas as anteriores. 5. Qual das alternativas a seguir descreve melhor o conceito de capacidade infinita? a) A carga não permite que a capacidade seja excedida durante o processo de acumulação. b) Ela suporta a programação progressiva, mas não a programação retroativa. c) Ela é mais complexa do que a carga finita. d) As cargas de cada período para um centro de trabalho são acumuladas sem considerar a capacidade. 6. Qual das alternativas a seguir é uma vantagem do CRP? a) Oferece visibilidade distribuída no tempo sobre as diferenças entre carga e capacidade. b) Exige pouco tempo de processamento do computador. c) Mostra claramente o efeito das revisões no programa-mestre no alcance do equilíbrio. d) Se aplica igualmente a qualquer tipo de ambiente de produção

7. Em relação à flexibilidade da capacidade, quais das afirmações a seguir são verdadeiras? I. A flexibilidade qualitativa se aplica às pessoas e não às máquinas. II. A flexibilidade quantitativa das máquinas é afetada pela flexibilidade qualitativa dos funcionários. III. A flexibilidade quantitativa é afetada pelo nível de utilização. IV. A flexibilidade qualitativa é aumentada com o treinamento da força de trabalho occasional. a) I e II. b) II e III. c) II, III e IV. d) I, II, III e IV. 8. A aplicação da técnica de programação orientado à capacidade oferece quais dos resultados a seguir? I. Extensão do “lead time” uniformemente distribuída para todos os pedidos. II. Cada pedido carregado é programado dentro de um “lead time” mínimo. III. Máxima utilização dos centros de trabalho geralmente bem utilizados. a) II. b) III. c) I e II. d) II e III. 9. Na programação do fluxo do processo, as seqüências de processo são programadas usando-se a programação retroativa, a programação progressiva, ou a programação mista. Isto significa: a) É programado primeiro um estágio intermediário quando o gargalo principal se move para um equipamento desse estágio. b) O primeiro estágio é programado em primeiro lugar. c) O último estágio é programado em primeiro lugar quando o primeiro estágio é limitado apenas pelo abastecimento de materiais. d) Qualquer destes métodos pode ser usado. 10. Identificando um conflito de sobrecarga de recursos o programador deve: a) Recusar o pedido de qualquer dos clientes. b) Permitir que um dos pedidos programados atrase e depois resolver com os interessados. c) Instruir a produção para resolver o conflito por sua conta. d) Nenhuma das anteriores.

Repostas da edição anterior: 1,b; 2,d; 3,d; 4,b; 5,d; 6,a; 7,b; 8,b; 9,a; 10,b. março 2008 |

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dicas de separação

Terminais

móveis

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A SEPARAÇÃO DE PEDIDOS OS TERMINAIS MÓVEIS E OS PCS QUE operam com dados via rádio-freqüência são conectados no sis tema de gerenciamento do armazém (WMS, “warehouse management system”). Para identificar os produtos movimentados, os terminais utilizam um leitor de códigos de barras integrado ou podem ser conectados a um leitor externo.

Função O sistema de dados via rádio-freqüência deve cobrir toda a área do armazém e permitir que todos os terminais móveis, portáteis e instalados nas empilhadeiras se comuniquem com o sistema de gerenciamento. Qualquer movimentação do estoque é registrada em tempo real de modo que não há necessidade de listas de separação impressas.

Benefícios Devido a conexão “on-line” com cada terminal instalado nas empilhadeiras, o sistema de gerenciamento do armazém consegue alocar o pedido da separação diretamente ao operador de empilhadeira de acordo com sua posição dentro do armazém naquele determinado momento. Isto reduz o número de viagens ‘vazias’ e leva ao incremento substancial da eficiência das empilhadeiras. Além disso, a leitura dos códigos de barras do item e da posição de estocagem evita erros durante o recebimento, relocação e abastecimento, bem como durante a separação dos pedidos. Isto reduz drasticamente os erros de separação, por sua vez, aumenta a acurácia das entregas e reduz os custos.

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Treine e retreine seus funcionários com os vídeos durante a semana da SIPAT em sua empresa SEQÜÊNCIA SUGERIDA PARA EXIBIÇÃO: Ergonomia Ergonomia: Técnicas de Levantamento de

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