Revista do Jardim zoológico | Junho 2013

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MAGAZINE SEMESTRAL Nº 17 · Junho 2013

Trazer a Natureza de volta à vida Nos bastidores da Baía dos Golfinhos Nascimentos 5 chitas + 2 ursos-pardos


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3.

editorial

Educação, conservação e diversão

4.

Nascimentos

5 Chitas + 2 Ursos-pardos

7.

Fora de Portas

Troca de koala com zoo francês

Trazer a Natureza de volta à vida

10.

Radiografia

Nos bastidores da Baía dos Golfinhos

12.

Entrevista

Avô Cantigas

17.

curtas

CTT lançam edição dedicada ao Zoo

Luzes, Câmara, Zoo!

20.

In&Out

Os eventos dentro e fora do Zoo

21.

Novo!

Jardim Zoológico lança programa especial para seniores

22.

Passatempos

Sopa de Letras, Cruzadex, Palavras Cruzadas

Ficha técnica Coordenação Serviço de Marketing Colaboradores Marta Lopes Design Serviço de Marketing CAPA Manuel dos Santos Tiragem 2.000 exemplares Toda a edição foi feita ao abrigo do novo acordo ortográfico, com a exceção do Editorial.

Zebra-de-grevy


Jardim Zoológico

EDITORIAL

{Educação, conservação e diversão} No próximo ano, o Jardim Zoológico celebra 130 anos de existência. São 130 anos dedicados à pedagogia, às famílias e, principalmente, à luta pela conservação da Natureza. Neste número, contamos de que maneira o Jardim Zoológico actua no terreno para garantir a reprodução dos animais, não só em Lisboa, mas pelo mundo inteiro. Como membro da mais importante organização de jardins zoológicos, a Associação Mundial de Zoos e Aquários (WAZA), o nosso Zoo participa de forma activa e relevante nos vários programas de conservação, fazendo mesmo a coordenação de alguns deles. Mas vamos ainda mais longe. Todas as nossas instalações e procedimentos são planeados de forma a que os animais se sintam como se estivessem no seu habitat de origem, levando-os a serem capazes de reproduzir. Só assim se pode fazer a troca de animais entre zoos e, idealmente, fazer a reintrodução no habitat natural, como o recente caso dos Leopardos-da-pérsia na Rússia. Muito é feito diariamente para garantir que os animais estão nas melhores condições. Não é excepção a popular Baía dos Golfinhos, cujas portas lhe abrimos aqui. Vai descobrir os vários departamentos que fazem do delfinário um sucesso e perceber como o espectáculo tão apreciado pelos nossos visitantes é preparado com cuidado, usando comportamentos naturais dos animais. Orgulhamo-nos de, apesar da profícua idade, o Jardim Zoológico ter conseguido, em vez de envelhecer, mostrar-se cada vez mais novo. Quem acompanhou esse crescimento reconhece as diferenças para melhor do parque. É o caso de Carlos Vidal, mais conhecido como Avô Cantigas, que neste número fala da sua longa amizade com o Zoo. Felizmente, o Jardim Zoológico tem criado amizades fortes durante toda a sua história e as parcerias têm sido fundamentais para a divulgação do parque na sociedade civil. É o caso, por exemplo, dos CTT, que, recentemente lançaram o livro “Animais do Jardim Zoológico”, repleto de ilustrações e informações úteis sobre as espécies, ou da RTP, que escolheu o Jardim Zoológico como cenário para a série “Sinais de Vida”, como outras no passado. Apesar de todas estas áreas serem fundamentais, nada é mais tocante que o nascimento de um novo animal no Jardim Zoológico. Temos tido o privilégio de assistir com frequência a esses momentos de alegria que, apesar de parecerem milagrosos, são o resultado de muito trabalho, pesquisa e cuidado diário. É ao ver nascer uma nova cria que temos a certeza absoluta que estes quase 130 anos de remodelações, desafios, a busca constante de perfeição, têm valido muito a pena. Mais uma vez quero agradecer a todos aqueles que têm contribuído para que a missão do Jardim Zoológico seja cumprida: funcionários, visitantes, parceiros, voluntários e amigos. A todos um Muito Obrigado! Bem haja! Francisco Naharro Pires Presidente

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Jardim Zoológico

NASCIMENTOS

Nascidas em: 20

de Agosto Peso: 2kg

Comprimento: 35 cm Sexo: Masculino FilhAS de:

Dakartas e Aska

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akartas, fêmea de Chita, deu à luz pela primeira vez, dando ao parque uma ninhada de cinco crias. Mãe muito protetora, apesar de inexperiente, a Chita tem conseguido criar com desenvoltura os seus cinco rebentos. O pai, Asaka, como é recomendável e acontece em estado selvagem, está separado da mãe e das crias e não participa no crescimento dos descendentes. O nascimento destas crias é um motivo de orgulho para o Jardim Zoológico, já que em noventa jardins

Nascidas em: 26 de setembro 2012 Peso: 300g Sexo: 2 machos e 3 fêmeas FilhAS de: Dakartas (5 anos) Asaka (9 anos)

5 Chitas zoológicos com chitas, só nove é que estão a reproduzir esta espécie tão ameaçada. José Dias Ferreira, curador de mamíferos do Jardim Zoológico, explica porquê: “é muito complicado em termos técnicos o maneio reprodutivo, porque é preciso manter os machos afastados das fêmeas”. Tal como acontece em estado selvagem, machos e fêmeas não têm qualquer contacto e não se vêem. Se estiverem juntos, agridem-se ou comportam-se como irmãos. No entanto, têm de saber que o outro existe. Para garantir estas condições, o Jardim Zoológico investiu numa instalação que permite manter o macho e a fêmea afastados, mas também juntá-los na altura certa. Os procedimentos para que a reprodução possa ser viável são trabalhosos e complexos. “À noite, temos os machos a marcar

o território todo e as fêmeas estão numa outra zona. Durante o dia, as fêmeas visitam as zonas que os machos marcaram, mas não se vêem”, conta o curador. O acompanhamento por parte dos tratadores foi essencial neste processo, porque, como explica José Dias, são eles que “têm de ver o que é que se está a passar, se a fêmea está interessada nos cheiros que o macho deixou no dia anterior ou não.” Mas, pela impossibilidade de os tratadores estarem 24 horas por dia na mesma instalação, o apoio dos voluntários revelou-se essencial. “Eles é que nos davam informação daquilo que se estava a passar. Receberam formação nesta área e sabem exatamente que vocalização é que a fêmea faz quando sente a marcação de território do macho e está a começar a ficar recetiva”.


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Jardim Zoológico

Nascimentos

© Manuel dos Santos

crias

2 Ursos-pardos

A

família dos ursos do Jardim Zoológico está agora mais alargada com o nascimento de dois machos. A mãe tem 9 anos e está no Jardim Zoológico desde 2009, e o pai chegou ao parque em 2010. Os pequenos ursos dão agora os seus primeiros passos no exterior e são muito ativos e brincalhões. Já correm e já sabem nadar, mas nunca se afastam muito da mãe, dependendo ainda bastante dela para se alimentarem. As crias já começam a ingerir os seus primeiros alimentos sólidos, mas continuam a ser amamentadas. Esta espécie, conhecida pelo seu corpo pesado e robusto, com cauda curta, cabeça larga e patas fortes, não passa despercebida. Sabia que os machos podem chegar a pesar

mais de 700 kg? As novas crias nasceram com 400 gramas e neste momento já pesam 6 kg. A pelagem castanha varia ao longo do ano, sendo mais densa no outono e mais leve no verão. Durante o ritual de acasalamento os machos lutam entre si e formamse casais por um curto período de tempo. A implantação do ovo no útero só acontece cerca de cinco meses depois da fecundação, sendo que o período de gestação a partir daí, é apenas de 60 dias e começa no período de hibernação, entre outubro e dezembro. As crias nascem pouco tempo antes da primavera, altura em que o alimento é mais abundante. A dieta desta espécie é omnívora e muito variada, composta por frutos, raízes, sementes, mel, peixe e insetos, mas

também juvenis de aves e veados. Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza, esta espécie está classificada como “pouco preocupante”, e é ameaçada sobretudo pela destruição e fragmentação do seu habitat, uma vez que estes animais precisam de áreas grandes para sobreviverem e manterem a variabilidade genética da espécie. O nascimento destas duas crias é mais um contributo do Jardim Zoológico para a preservação e conservação desta espécie.

Nascidas em: 18 de janeiro 2013 Peso:

450g

Sexo:

2 machos


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Jardim Zoológico

CURTAS

Sabias que sou capaz de usar folhas como se fossem chapéus de chuva?

Férias de Verão, no Jardim Zoológico! De 17 de junho a 6 de setembro.

NO

INSCRIÇÕES

VO

Atelier de Férias › Dos 3 aos 5 anos. ATL do Zoo › Dos 6 aos 16 anos.

T. 217 232 960 . F. 217 232 961 . E-mail: pedagogico@zoo.pt

O Jardim Zoológico é titular do nº 68/2011/DRLVT , emitido pelo IPJ, que o licencia para o exercício de atividade de organização de campos de férias, nos termos do decreto-lei nº 304-2003.

www.zoo.pt


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FORA DE PORTAS

Troca de koala com zoo francês U

m novo membro da família dos koalas chegou ao Jardim Zoológico. Pintupi, um Koala macho francês, veio do Zooparc de Beauval, no âmbito de uma troca com vista a reunir as condições necessárias para o acasalamento e continuidade da espécie nos dois parques zoológicos. Para França viajou Kiwa, nascido há três anos no Jardim Zoológico de Lisboa, onde vivia com a mãe, a irmã e a tia. O Koala é um animal solitário que pode viver em pequenos grupos e, tanto Pintupi, como Kiwa coabitavam apenas com outros membros da família, o que impossibilitava o acasalamento. A troca de koalas faz parte do programa de preservação da espécie, realizado pela Associação Europeia de Zoos e Aquários (EAZA). Graças ao acompanhamento profissional por parte da TAP e do Jardim Zoológico, Kiwa e Pintupi puderam adaptar-se à viagem de avião e às novas casas. Numa primeira fase, Pintupi vai permanecer no interior das

instalações, podendo ser visto no exterior quando as temperaturas o permitirem. Ainda no início da sua integração no grupo, o Koala francês está a reagir bem ao processo de adaptação. É entre setembro e janeiro que decorre o período de acasalamento da espécie, cuja gestação dura apenas 35 dias. Após essa etapa, as crias vivem durante sete meses nas bolsas marsupiais das mães. Originários do Leste e Sudeste da Austrália, são excelentes trepadores e podem ser encontrados em florestas de eucaliptos. No entanto, atualmente estão classificados pela União Internacional para a Conservação da Natureza como espécie quase ameaçada. A desflorestação, os fogos, as doenças e a caça excessiva por desporto e para o comércio de peles, são algumas das principais ameaças a esta espécie, que é símbolo da Austrália. Por isso, o Jardim Zoológico está a fazer todos os esforços para garantir que esta espécie volte a reproduzir-se no parque.

Filomena Alves, tratadora do Koala no JZ, acompanhou Kiwa.

O animal viajou junto aos passageiros.

A equipa do Zooparc de Beauval, recebeu Kiwa à chegada.

Funcionários da TAP curiosos com o Koala.

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Jardim Zoológico

Trazer a Natureza de volta à vida Atualmente, qualquer jardim zoológico moderno e de qualidade, tem como objetivos máximos a reprodução e reintrodução das espécies no habitat natural. O Jardim Zoológico de Lisboa orgulha-se de ter um papel preponderante nessa área, em conjunto com os outros membros da Associação Europeia de Zoos e Aquários. Esta luta tem conseguido autênticas “ressurreições” de espécies, que de milagrosas têm muito pouco...

D

esde Sochi, na Rússia, foram nove horas de carro, três horas de jipe e quatro horas a cavalo para chegar ao local onde irá viver a descendência de Andreia e Zadig, os Leopardos-da-pérsia que partiram do Jardim Zoológico, em Lisboa, para o Cáucaso, o seu habitat natural. Já passaram alguns meses desde que José Dias Ferreira, curador dos mamíferos no Jardim Zoológico, e a sua equipa foram entregar o casal de leopardos aos cuidados dos técnicos do centro de reprodução de Sochi, que terão a tarefa de reintroduzir a espécie, extinta na zona. Mas o trabalho ainda não terminou. Depois da formação recebida na Rússia, os tratadores de Sochi vão continuar o seu treino com os portugueses, desta vez no Jardim Zoológico. Em Junho, vieram a Lisboa aprender o maneio, o enriquecimento ambiental, a alimentação e a reprodução tanto de leopardos como de outras espécies de felinos, continuando depois a formação na Suécia.

Estes conhecimentos são essenciais para garantir bons resultados no centro de reprodução de Sochi, nomeadamente com Andreia e Zadig. Felizmente, a adaptação ao novo lar corre da melhor forma possível. “A adaptação foi muito boa, se tivermos em conta que o clima é muito diferente”, conta José Dias Ferreira. “Em Sochi, há neve no Inverno”. Não foi, por isso, uma decisão aleatória levar o casal no outono, para a passagem do calor ao frio ser mais suave. Aliás, nada neste processo é por acaso. A adaptação à dieta e aos tratadores foi feita de forma gradual, tal como será a reintrodução no meio selvagem. José Dias Ferreira revela que “as crias serão sujeitas a um processo de rewilding”, ou seja, irão aprender a ser totalmente selvagens novamente e a subsistirem sozinhas. Para isso, têm de aprender algo que não fazem em cativeiro: caçar. “A parte do instinto está lá toda”, diz o curador. “É preciso é desenvolver”. Para isso, no centro de reprodução de Sochi, existe uma grande instalação com cerca de 1 hectare onde


Jardim Zoológico

FORA DE PORTAS

Só depois de garantirem que os animais têm todas as condições para se alimentarem e defenderem sozinhos, é que os técnicos de Sochi irão soltá-los no habitat natural, na reserva natural do Cáucaso.

serão colocadas as crias e a mãe. São introduzidas presas, que podem sair a qualquer momento de uma das muitas portas da instalação. A mãe, com fome, vai ter de caçar e as crias vão aprender observando. “É a passagem de informação, como acontece no habitat natural. As crias vão aprendendo que a carne não aparece já cortada e posta à frente delas. A carne está sob a forma de presa, tem pêlo e foge. Isso é essencial para que haja sucesso na reintrodução”, explica José Dias. Sem saberem caçar, a sobrevivência das crias é, obviamente, impossível. Numa primeira fase, vão ficar confinados a uma área de 5 hectares e, mais tarde, terão a totalidade da reserva, uma enorme área protegida, onde não é permitida a entrada a pessoas, com excepção de cientistas e técnicos autorizados. Aí serão acompanhadas à distância por cientistas, através de radiotelemetria ou GPS. Mas, para chegar a esse ponto, há uma condição imprescindível. Andreia e Zadig têm de reproduzir. No entanto, nem este processo tão natural fica entregue às mãos do destino. É pre-

ciso reunir todas as condições para que o casal de leopardos possa dar descendência. “A parte fulcral disto tudo é tentar ensinar aos tratadores do centro de reprodução de Sochi a identificar cios. Se eles não souberem fazer isso, não vão saber quando é que têm de juntar o macho à fêmea.” Tanto em estado selvagem como em jardins zoológicos, os machos e fêmeas de leopardos-dapérsia nunca estão juntos. Andreia e Zadig são, no entanto, uma excepção. José Dias Ferreira revela “aqui neste caso, eles dão-se muito bem, foi uma sorte. Mantendo-os juntos, eles podem estudar o comportamento de cada um dos animais e, se falharem na identificação do cio, não faz mal, porque o macho só vai cobrir na altura certa.” O curador defende que as mudanças a que foi sujeito o casal vai atrasar um pouco a reprodução e acredita que, se ainda estivessem em Lisboa, Andreia já teria dado à luz uma ninhada, a juntar às três que já teve no Jardim Zoológico.

Nascer selvagem, permanecer selvagem Qualquer processo de reintrodução é complexo. Os animais, habituados a estar protegidos em cativeiro, têm de aprender a viver no meio selvagem. Se falarmos de felinos, complica ainda mais, já que têm de aprender a caçar o alimento. Para isso, é imprescindível reunir as condições físicas e psicológicas ideais. Não é, portanto, sem muita ponderação que são escolhidos os espécimes a serem reintroduzidos. É aí que o trabalho dos jardins zoológicos é essencial. Como explica José Dias Ferreira, “trabalha-se ex-situ [fora do habitat natural] para se poder trabalhar in-situ [no habitat]”. Quem visitou o Jardim Zoológico nos últimos dez anos, notou certamente as grandes transforma-

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Jardim Zoológico

Sochi

Reserva Kavkazky

Apesar de ainda haver uma visão romântica do Jardim Zoológico, em que o tratador faz festinhas no animal, estamos cada vez mais longe dessa realidade.”

ções em todo o parque, principalmente no que toca às instalações dos animais. Estas mudanças não visam apenas tornar o Jardim Zoológico num espaço mais agradável para quem o visita, mas principalmente promover o comportamento natural dos animais. Atualmente, as instalações são construídas de forma a ficarem o mais semelhante possível aos habitats naturais. “Em vez de serem instalações de cimento”, explica José Dias, “são instalações com substrato natural, com vegetação”. Para se construir uma instalação para uma determinada espécie, existem hoje regras internacionais a cumprir. Essas diretivas encontram-se nos guias de maneio, uma espécie de ficheiro orientador para cada espécie disponibilizado aos jardins zoológicos pela EAZA (Associação Europeia de Zoos e Aquários). “Ao contrário daquilo que se fazia há trinta anos”, conta o curador de mamíferos, “em que se fazia a instalação mais a pensar no público, agora fazemos ao contrário. Se quero desenhar uma

instalação para suricatas, para além do guia de maneio, tenho de me pôr no papel do animal. Se eu fosse uma Suricata, o que é que eu gostava de ter? Uns túneis, se calhar têm de ser aquecidos de inverno, tem de ter uma drenagem...” Mas não é só instruções para a instalação que se encontra nos guias de maneio. Todas as informações sobre a espécie estão condensadas nesse ficheiro e são fundamentais para definir a maneira de lidar com elas. Uma das formas privilegiadas para manter a “natureza” nos animais é o enriquecimento ambiental, um conjunto de procedimentos que estimulam o comportamento natural. Por exemplo, a alimentação nunca é dada diretamente. Os alimentos são colocados em pontos estratégicos da instalação, para obrigar os animais a esforçarem-se para obter o alimento. Também é feito um enriquecimento olfativo, como explica José Dias Ferreira: “o animal é fechado no interior e depois o tratador espalha canela, pimenta e torna a complexidade olfativa do recinto muito boa, o animal vai explorá-lo”. Mais complexo ainda é manter o máximo afastamento entre animais e tratadores. O animal não pode ver o homem como um amigo, principalmente se for reintroduzido no futuro. No habitat natural, uma das grandes ameaças, e razões pelas quais há espécies praticamente ou totalmente extintas, é a caça. Em Sochi, a descendência de Andreia e Zadig terá de aprender, no processo de pré-reintrodução, a ver o Homem como um inimigo.

Guerreiro da conservação Este trabalho minucioso não tem apenas como objetivo último o bem estar animal. Só com todas as condições reunidas é possível garantir a reprodução das espécies, sem a qual é


Jardim Zoológico

ENTREVISTA

Cáucaso

impossível considerar sequer a reintrodução no habitat natural, já que algumas espécies já só existem em cativeiro. O Jardim Zoológico tem tido resultados brilhantes, reconhecidos mundialmente, daí ter sido o escolhido para o programa de reprodução dos Leopardos-dapérsia, por exemplo. Já antes participou em programas de reintrodução, como o caso de sucesso do Rinoceronte-preto Shibula. Conta José Dias Ferreira que Shibula “já teve uma descendência de onze animais, filhos e netos, tudo no habitat natural”. Além dos animais oferecidos para reintrodução, do financiamento e do apoio técnico a estes programas, o Jardim Zoológico tem tido um papel ativo em programas de conservação. “Nós financiamos oito programas em todo o mundo, em diversos países, e coordenamos o de Madagáscar. Estamos também em vias de colaborar com o parque nacional da Gorongosa, que é o nosso objetivo para 2013”, revela José Dias. Além disso, participa em cerca de 160 programas europeus de reprodução de espécies ameaçadas. Alguns deles são mesmo coordenados pelo Jardim Zoológico. É o caso do Saguim-imperador, da Niala, da Tartarugaespinhosa, do Periquito-dourado e da Impalade-face-negra. São curadores portugueses que verificam que jardins zoológicos têm condições para ter essas espécies, quais podem reproduzir, que trocas ocorrem, etc. “Nós realmente temos muita experiência”, acrescenta José Dias, “muito know-how de uma série de espécies das quais se conhece muito pouco, como por exemplo os Okapis, que temos reproduzido aqui também”. Além do Okapi, existem outras espécies com boas taxas de reprodução no Jardim Zoológico, como o Saguim-bicolor, a Chita, a Girafa, o Koala (que só existe em 5 jardins zoológicos europeus), o Tigre-de-sumatra ou o Rinoceronte-branco.

Reproduzir para devolver ao habitat Cada vez mais, reproduz-se nos jardins zoológicos com o objetivo de reintroduzir no habitat natural. Para José Dias Ferreira, não há dúvida de que “essa é a parte mais importante do nosso trabalho. Daí a dedicação toda, daí as instalações adaptadas às espécies, os tratadores com formação na área”. Cada vez mais longínquo está o conceito de jardim zoológico como uma montra de fauna. “Nós já somos muito mais do que uma zona onde se exibem animais”, continua o curador, “[o Jardim Zoológico] é uma zona onde se sensibilizam pessoas, onde se fala dos tais problemas de conservação, onde se tenta mostrar espécies de uma forma que não é possível nem com o melhor documentário do mundo”. Quanto a Andreia e Zadig, o objetivo para já é conseguir que se reproduzam antes dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, que irão realizarse em Sochi e têm como uma das mascotes o Leopardo-da-pérsia. “O objetivo não é impressionar as pessoas que vão ver os Jogos Olímpicos de Inverno”, explica José Dias, “é aproveitar a boleia para conseguir fazer mais, já que dá visibilidade”. Além disso, acrescenta, “se a mascote é um Leopardo, não faz sentido que a espécie esteja extinta no Cáucaso”. Com o esforço do Jardim Zoológico e do Centro de Reprodução de Sochi, depois de o casal dar descendência e as crias aprenderem a caçar e a viver em estado puramente selvagem, pode finalmente abrirse a porta para que o Leopardo-da-pérsia volte a casa. José Dias Ferreira conclui: “pode querer dizer que daqui a trinta anos tenhamos 200 leopardos no Cáucaso, quando havia zero”. E não há recompensa maior para o Jardim Zoológico do que saber que os seus animais estão livres e selvagens no seu habitat, prontos para garantir que a espécie permanece.

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{12} radiografia CURTAS Jardim Zoológico Zoológico Jardim

Nos bastidores da Baía dos Golfinhos As apresentações no Delfinário, também conhecido como a “Baía dos Golfinhos”, são dos momentos mais aguardados das visitas ao Jardim Zoológico. estas apresentações são fruto de um trabalho contínuo e muita dedicação que animais e humanos

Bancadas e cobertura

desenvolvem diariamente nos bastidores.

Farol

Tratamento de àguas O Delfinário é tratado como uma miniETAR, onde a elevada qualidade da água é assegurada nos 3,5 milhões de litros que circulam regularmente nas piscinas.

Pátio de serviço

Painéis de vidro

O Treino

Maria Manuela Oliveira e Liliana Prudêncio, executam um procedimento médico num dos golfinhos.

Cada treino médico, toma de vitaminas, ou mesmo uma reportagem, conta como uma sessão, desde que o treinador peça para o golfinho interagir. É também nestes momentos que eles são treinados para cooperarem em procedimentos médicos, como a recolha de sangue, suco gástrico e outros exames, numa lógica de medicina preventiva.

Tu Piscina de Apresentações


Jardim Zoológico

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A Apresentação

A Cozinha

Cenário de vila piscatória / Espaços de apoio

Barcos de pesca

unel de apoio técnico e tratamento de àguas

Arenque, carapau, capelim ou mesmo cavala são algumas das iguarias que, combinadas entre si, compõem o menu, de acordo com as necessidades de cada animal. Todos os dias são preparados entre 300 kg e 400 kg de peixe e lulas.

Piscina médica de fundo elevatório

Apoio Médico A Equipa

Piscina de apoio nadores)

Trei Valter Elias (Chefe dos

Lia Costa (Assistente de Treinador)

Júlio Gouveia (Assistente de Treinador)

Sónia Matias (Bióloga), Marisa Pinto (Assistente de Treinador), Liliana Pru Treinador), Arlete Sogorb dêncio (Assistente de (Médica Veterinária e Dire tora do Centro de Vida Nunes (Secretária do Cen Marinha), Manuela tro de Vida Marinha), Mar ia Manuel Oliveira (Treinad (Praticante), Patricia Bar ora), Carla Santinho ros (Praticante) e Mafalda Magalhães (Assistente de Treinador)


Este ĂŠ um zoo de cinco estrelas!


Jardim Zoológico

ENTREVISTA

Avô Cantigas Foi enquanto Carlos Vidal que visitou pela primeira vez o Jardim Zoológico de Lisboa, mas seria na personagem de Avô Cantigas que iria passar a ser presença assídua no parque. Ao longo de 30 anos, editou quase duas dezenas de álbuns, entre os quais o “Jardim da Bicharada”, composto para o Zoo. Recentemente, o avô mais conhecido de Portugal voltou para dar vida à canção do Orangotango, um tema criado no âmbito da campanha de alerta para a extinção dos animais no Sudeste Asiático, promovida pela EAZA. Com um DVD e espetáculos para breve, não esquece a importância da relação com o Zoo e da preservação dos animais. Recorda-se de vir ao Jardim Zoológico em criança? Eu nasci na Lousã e só vim para Lisboa com 12 anos. É claro que depois houve o dia em que vim ao Jardim Zoológico! E o Jardim Zoológico desse tempo era um bocadinho o do tempo do Avô Cantigas, porque, durante um longo período, o Zoo não mudou muito. As mudanças profundas viriam depois, são próprias desta época, em que houve grandes obras, modificações profundas, que vão durar até se descobrir uma forma ainda melhor de cuidar dos animais. Quais são as principais diferenças que encontra para os dias de hoje? Há 30 anos, o Jardim Zoológico já era um sítio onde era agradável estar, mas hoje temos um melhor jardim zoológico. Este é um Zoo de cinco estrelas! A grande diferença que noto é nas jaulas, hoje em dia já nem existem, deram lugar a espaços mais próximos dos habitats naturais.

Hoje tem mais vontade de voltar ao Zoo? Sim, é que os próprios espaços estão mais cuidados, com uma preocupação pela flora e a criação de ambientes. Esse é um cuidado que favorece os animais, mas também proporciona ao público uma visita mais agradável. Como começou a relação do Avô Cantigas com o Jardim Zoológico? Começou há uns 30 anos, com a Corrida pela Primeira Idade, uma corrida para crianças. Nessa altura, juntámos centenas e centenas de pessoas que vieram em camionetas e trouxeram os seus farnéis, foi uma romaria!

O cenário atual (do Jardim Zoológico) é tão bom, que quase não conseguimos prever melhorias, porque já está perfeito.

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{16} entrevista

Jardim Zoológico

Se fosse possível fazer uma pacto de nãoagressão com os gorilas, não me importava nada de levar uma cadeirinha e fazer um piquenique no espaço deles”

A extinção dos animais foi um tema que sempre o preocupou? Sim, apesar de o mundo atual estar atento às dificuldades que se colocam, não só relativamente aos animais, mas também ao ambiente, em geral. Espero que a humanidade tenha tempo de poder usufruir das vantagens de estar a ser relativamente cuidadosa, pois há uns anos não se pensava nisto. Hoje, os problemas são visíveis e o Homem, inteligente como é, tomou medidas para tornar as agressões ao planeta mais controladas. Durante a campanha de alerta para a extinção dos animais do Sudeste Asiático que atividades o marcaram mais? Por ocasião dessa campanha, em que criei a canção do Orangotango, fiz duas atuações no Delfinário, em que

também abordei o tema dos animais em vias de extinção, para centenas de crianças. Foi um momento que me trouxe de volta ao Jardim Zoológico e correu muito bem. Tenta passar uma visão positiva do mundo às crianças, enquanto Avô Cantigas? Tento e acho que consigo passar uma imagem positiva, embora a minha relação profissional com crianças seja feita sobretudo em concertos, para grandes plateias, em que se goza o puro espírito recreativo. Esses não são momentos em que converse muito com o público, mas há sempre canções com mensagens pedagógicas. E o que anda a fazer agora o Avô Cantigas? Acabei de gravar um DVD, que vai sair pela altura do festival Panda, de música para crianças, onde vou atuar. Também estou muito feliz, por estar a preparar um espetáculo novo, que se vai chamar “É bom sonhar”. Vou ter comigo em palco dois bailarinos e atores para dar corpo a pequenos enredos que vão conduzir às canções. Vamos tentar transformar cada cantiga num videoclipe ao vivo. Ainda estamos a montar o espetáculo e teremos de ensaiar. A partir do verão, vamos começar a apresentá-lo em várias salas do país, onde esperamos que as pessoas levem as suas crianças. Sente que já faz parte do Jardim Zoológico? Sinto, porque se estas coisas ficam registadas na história do Jardim Zoológico, estará algures aí apontado que o Avô Cantigas passou por aqui! Mesmo o facto de estar a dar esta entrevista é bom, porque me faz voltar ao Zoo e isso é importante para nunca me afastar deste espaço e fortalecer esta relação.


Jardim Zoológico

CURTAS

CTT lançam edição dedicada ao Zoo

C

om praticamente 130 anos, o Jardim Zoológico tem histórias e personagens dignas de um livro. Foi isso que pensaram os CTT quando aceitaram a proposta do jornalista Orlando Raimundo e dos ilustradores Pedro Salvador Mendes e Jorge Macedo para o livro Animais do Jardim Zoológico. São quase 150 páginas de ilustrações a carvão, que retratam várias espécies existentes no Jardim, acompanhadas de textos que resumem as características das espécies e os riscos que correm. Os autores juntaram-se para este projeto, mas vêm de campos distintos. Jorge Macedo é desenhador e ilustrador profissional há doze anos. Os seus trabalhos assentam principalmente na área da publicidade e da BD, mas abraçou este desafio com energia. Já Pedro Salvador Mendes é ilustrador científico, habituado ao desenho de animais. Pertence ao Grupo do Risco e, com ele, realizou a Expedição à Amazónia. Orlando Raimundo é escritor, jornalista e investigador independente. Já foi professor e redator do jornal Expresso. Neste livro, procurou escrever textos com linguagem simples, de forma a transformar a informação em saber. O livro faz parte do plano editorial

dos CTT e foi apresentado em abril, num evento na Estufa de Pedra, no Jardim Zoológico. Tanto os ilustradores como os representantes dos CTT e do Jardim Zoológico mostraram-se orgulhosos desta obra, que visa dar a conhecer as espécies, mas principalmente chamar as pessoas para o Jardim Zoológico e sensibilizá-las para a fragilidade de muitas dessas espécies. Além de algumas palavras dos intervenientes, o evento contou ainda com um leilão dos originais de três das ilustrações que constam no livro. O lucro obtido reverterá para a proteção do Lince-ibérico, espécie endémica de Portugal e Espanha, que está extremamente ameaçada. No fim, os convidados tiveram ainda o privilégio de assistir a uma demonstração de Aves em Voo Livre.

Quem comprar o livro, disponível nos CTT e nas lojas do Jardim Zoológico, tem como bónus um DVD com o documentário “A criar natureza: Jardim Zoológico de Lisboa”, um programa do National Geographic Channel, realizado por ocasião dos 125 anos do Jardim Zoológico. Com o livro, vem também um conjunto de seis selos da coleção “Animais do Zoo de Lisboa”. Animais do Jardim Zoológico é, sem dúvida uma edição de colecionador, para amantes de filatelia, de ilustração ou dos animais. Ou, como descreve o autor Orlando Raimundo, é uma “carta de amor a Lisboa, ao Zoo, aos animais. E quem melhor que os CTT para despachar esta carta de amor?”

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Câmara, Zoo!

R

ecentemente, o Jardim Zoológico transformouse em cenário de filmagens. Sinais de Vida, a série de longa duração produzida pela SP Televisão para a RTP1, inspirou-se no parque zoológico e criou um núcleo de personagens, que temporariamente habitaram o espaço. Vasco Monteiro, coordenador de argumento da série, confessa que ter o Zoo como cenário era um desejo de longa data da SP Televisão. “Esta é uma instituição que diz muito a todos nós”, revela. “Havia um grande apelo de mostrar

Anabela Moreira e Sérgio Coimbra

aos espectadores não só os espaços que todos nós conhecemos, como também os bastidores e vivências das pessoas que trabalham no Jardim Zoológico”. A série seguia as aventuras e desventuras de um grupo de médicos do fictício Hospital de Santa Catarina, acompanhando tanto os enlaces médicos como os pessoais. Paralelamente, retratava também a vida de técnicos do Jardim Zoológico. Apesar de centrado essencialmente no departamento veterinário, em consonância com a trama médica principal, inclui também tratadores e até a área administrativa. Vasco Monteiro enumera: “tínhamos uma personagem, Sérgio, que era veterinário e uma outra que era anestesista, a Simone. Quisemos também ter retratados os tratadores”, explica, já que “os tratadores eram,

por assim dizer, os olhos dos veterinários no terreno e os primeiros a detetarem qualquer problema que algum animal pudesse ter”. Essas personagens eram Miguel, Hugo e Joana, aos quais se juntou Graça, funcionária da área administrativa. Sérgio Praia, São José Correia, Pedro Caeiro, Jorge Corrula, Anabela Moreira e Teresa Macedo foram os actores que abraçaram estas personagens nascidas do Jardim Zoológico. Para melhor desempenharem os seus papéis, os atores tiveram oportunidade de conhecer o Jardim Zoológico por dentro e acompanhar os tratadores no seu trabalho. O argumentista acredita que foi uma experiência enriquecedora: “eles puderam entender melhor as suas personagens e retratar de uma forma mais realista as funções que

Fotos de José Pinto Ribeiro

Luzes,


Jardim Zoológico

CURTAS

São José Correia

Tratadores de “Sinais de Vida” a reconhecerem o terreno.

desempenhavam, fosse tratador, veterinário ou anestesista”. Escrever para um cenário real é sempre desafiante, já que é necessário construir histórias interessantes sem desvirtuar o espaço onde se insere a trama. “A nossa principal preocupação”, conta Vasco Monteiro, “foi sermos corretos e exatos com a realidade e funcionamento do Jardim Zoológico”. Mas o espaço, mais do que complicado, foi inspirador. Os argumentistas visitaram o Jardim antes de começar a escrever e isso foi o suficiente para as ideias fervilharem. O coordenador confessa que alguns elementos da equipa, incluindo ele próprio, já não visitavam o Jardim Zoológico há muito tempo. “Ficámos agradavelmente surpreendidos com as mudanças que encontrámos. Sinais de vida,

Filmagens no Delfinário.

Equipa de “Sinais de Vida” conhece melhor o dia-a-dia do Jardim Zoológico.

Foi muito inspirador ver o amor e a dedicação que as pessoas que trabalham no Jardim Zoológico têm em relação àquilo que fazem.”

apesar de ser um programa de ficção com o objectivo de entreter o público, acabou por servir para unir ainda mais o Jardim Zoológico e os portugueses, esperando ter criado a vontade de lá voltar a quem não o visita há mais tempo. “Nós próprios sentimos a necessidade e a obrigação de mostrar aos espectadores o que é o Jardim Zoológico hoje em dia”, diz Vasco Monteiro. “A filosofia do Jardim Zoológico mudou muito ao longo do

tempo e hoje está muito mais focada no bem-estar e na conservação dos animais”. Assim, a função do canal em fazer serviço público não foi esquecida. “Nós quisemos desde logo passar esta imagem moderna”, conclui o argumentista, “e tentar sensibilizar para aquilo que é hoje em dia a missão e filosofia do Jardim Zoológico, procurando também reacender o interesse das pessoas por esta instituição”.

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A minha Mãe é uma princesa.

in&out Veja o que se passou dentro e fora do Jardim Zoológico nos últimos meses.

Carnaval Dia da Criança

Páscoa

PT Bluestation Baixa-Chiado

Cascaishopping

BTL – Feira Internacional de Turismo


Jardim Zoológico

NOVO!

Jardim Zoológico lança programa especial para seniores O Jardim Zoológico lança um desafio aos seniores portugueses: descobrir os mistérios do reino animal de uma forma bem divertida. “Zoo… Um outro olhar” é o programa especialmente concebido para pessoas, com mais de 65 anos, que se interessam pela natureza e pela evolução das suas espécies favoritas. Este programa especial inclui visitas

a bastidores, em que tratadores e treinadores desvendam alguns dos segredos das espécies do parque. Isto, para além de percursos temáticos que permitem aos participantes ficar a conhecer melhor vários grupos de animais, como os répteis, mamíferos e aves. Os participantes terão também um local especial para assistir às atrações diárias do Jardim Zoológico,

Vale 15% numa das Lojas do Zoo Válido até 31.12.2013. Não acumulável com outras promoções.

Vale €5

na compra de um Kit Apadrinhamento Válido até 31.12.2013 Não acumulável com outras promoções.

Vale 10% no programa Sábados Selvagens Válido até 31.12.2013 Não acumulável com outras promoções.

tais como a apresentação da Baía dos Golfinhos e a apresentação de Aves em voo livre, no Bosque Encantado. O programa “Zoo… Um outro olhar” decorre entre as 10h00 e as 16h30 e terá um acompanhamento personalizado por um biólogo/educador do Jardim Zoológico. Inscrições: T. 217 232 960 E-mail: pedagogico@zoolisboa.pt

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{22} PASSATEMPOS Jardim Zoológico

Sopa de Letras

Templo dos Primatas Por Paulo Freixinho

Procura na sopa de letras as 15 palavras da lista (não há palavras na diagonal): ANIMAIS, ARBÓREOS, CHIMPANZÉ, CORDAS, ESPÉCIES, GORILA, GRUPO, INSTALAÇÃO, INTELIGENTES, LAGO, ORANGOTANGO, PONTES, RECOLHIDOS, SOCIÁVEIS, TRATADORES.

SOLUÇÕES sopa de letras HORIZONTAIS: Sociáveis, Grupo, Pontes, Cordas, Gorila, Tratadores, Lago, Instalação. VERTICAIS: Chimpanzé, Arbóreos, Inteligentes, Recolhidos, Animais, Espécies, Orangotango.

Cruzadex

ATL do Zoo Por Paulo Freixinho

Tendo como ajuda as letras já colocadas, preenche a grelha com os nomes dos mamíferos da lista: 3 LETRAS › ATL, ZOO 5 LETRAS › CAMPO, NATAL, VERÃO 6 LETRAS › ANIMAL, FÉRIAS, JOVENS, PÁSCOA, TEMPOS 7 LETRAS › PLANETA 8 LETRAS › ANIMAÇÃO, APRENDER, CRIANÇAS, NATUREZA, PROGRAMA, SELVAGEM 10 LETRAS › EXPLORANDO 12 LETRAS › OPORTUNIDADE

SOLUÇões

Palavras Cruzadas

Animais Por Paulo Freixinho

VERTICAIS: 2 › O mais veloz dos felinos terrestres, pois consegue atingir uma velocidade máxima próxima dos 100 a 120 km/h, embora apenas numa distância relativamente curta (cerca de 400 metros). 3 › Mamífero carnívoro da família dos Felídeos. A sua pelagem é amarela com rosetas negras que, ao contrário do jaguar, não têm pintas negras no centro. 5 › (…)-nebulosa, a sua coloração base pode variar entre o cinzento e o amarelo-acastanhado, com um padrão de grandes manchas escuras delineadas ou totalmente preenchidas a preto (este padrão assemelha-se a um céu nublado e daí o seu nome comum). 6 › Ave que se encontra em toda a África Subsariana, em savanas e campos abertos, mas evitando zonas áridas. Vive frequentemente na proximidade de povoações humanas. 8 › Conhecido como o rei da selva, é o mais sociável dos felinos e usa muitas expressões corporais e sons para comunicar entre os da sua espécie. 10 › Distribuído pela África tropical, é uma das maiores aves voadoras, pois mede 115 a 150 cm de comprimento e 225 a 290 cm de envergadura de asas.

SOLUÇÕES Palavras cruzadas HORIZONTAIS: 1› Rinoceronte, 4 › Hipopótamo, 7 › Koala, 9 › Camelo, 11 › Arara, 12 › Urso. VERTICAIS: 2 › Chita, 3 › Leopardo, 5 › Pantera, 6 ›Tecelão, 8 › Leão, 10 › Marabu.

HORIZONTAIS: 1 › (…)-branco, animal robusto que se encontra em savanas, na proximidade de água, entre o rio Orange (África do Sul) e o rio Zambeze (entre o Zimbabwe e a Zâmbia). 4 › Animal corpulento, que pode atingir os 3200 kg de peso, mas que pode correr à surpreendente velocidade de 30 km/h. 7 › Animal arbóreo de hábitos noturnos. Seleciona as folhas e rebentos novos de apenas 20 entre as 350 espécies de eucaliptos existentes na Austrália. 9 › As gorduras armazenadas nas duas bossas ajudam este animal a sobreviver durante longos períodos sem alimento. Pode passar grandes períodos sem beber mas não é verdade que armazene água nas bossas. 11 › (…)-azul-e-amarela, ave que mede cerca de 86 cm de comprimento. As suas patas são zigodáctilas (têm dois dedos virados para a frente e dois dedos virados para trás; em geral, as aves apresentam três dedos virados para a frente e um para trás). 12 › (…)-pardo, encontra-se em algumas regiões da Europa, na América do Norte e Rússia. Têm o corpo pesado e robusto, cauda curta e patas fortes com cinco garras não retrácteis, que podem atingir os 10 cm nas patas anteriores e são utilizadas para escavar o solo em busca de alimento ou de abrigo, para pescar, para trepar e para defesa.


Jardim Zool贸gico

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Estrada de Benfica, 158/160 1549-004 LISBOA Tel: +351 217 232 900 Fax: +351 217 232 901 info@zoo.pt www.zoo.pt


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